REVISTA GALERIA POR MÁRCIA TRAVESSONI - EDIÇÃO 06

PODER
FAZER
SOCIAL
A DIRETORA REGIONAL DO SESC CEARÁ, REGINA PINHO,
RELEMBRA SUA TRAJETÓRIA NA INSTITUIÇÃO E COMEMORA
O TÍTULO DE DOUTORA PELA UNIVERSIDADE DE COIMBRA.
FOTOS TAMARA LOPES
Regina Pinho define-se como uma eterna aprendiz
do fazer social. Da infância em Senador Pompeu,
sertão central do Estado, vieram as reminiscências
que educaram o seu olhar e formaram no seu
imaginário imagens de vivências socializadoras.
“No interior, vivíamos em uma sociedade mais
horizontal e participativa. As crianças eram criadas com
liberdade, conectadas umas às outras, incentivadas a soltarem
a imaginação e a criatividade. A sala da minha casa
transformava-se em um palco. Ao som da vitrola, imaginávamos
fazer parte de uma companhia de dança, dramatizando
textos, declamando poesias. No sertão, quando chovia,
era uma festa para os sentidos. Não eram apenas os rios
e açudes que encharcavam. Também nós, corríamos para
a rua, apreciar os relâmpagos rasgando os céus, um ritual
próprio dos filhos do semiárido. Nas rodas de conversa nas
calçadas, nas festas tradicionais que participávamos, havia
solidariedade, um sentimento de pertencimento. A minha
infância no sertão possibilitou o exercício do saber e do
fazer comunitário, uma experiência preparatória para tudo
que fiz e tenho feito desde então”, diz ela, que hoje ocupa
o cargo de diretora regional do Sesc Ceará..
Adolescente, já exercitava seu prazer pela escrita.
Criou o jornal da cidade, discutia as pautas com os colegas
e imprimia no mimeógrafo emprestado da escola. Filha
de uma professora, Regina Pinho teve a educação como
principal ferramenta para o seu crescimento pessoal. Graduada
em Ciências Sociais, possui MBA em Gestão Social
pela Fundação Getúlio Vargas – FGV/RJ, MBA em APG:
Gestão Avançada, Amana-Key, Especialização em Lide-
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