REVISTA GALERIA POR MÁRCIA TRAVESSONI - EDIÇÃO 06
Renato Aragão A essência do homem que leva a sério o ofício de "fazer graça". A preocupação social que move REGINA PINHO + Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia.
Renato Aragão
A essência do homem que leva a sério o ofício de "fazer graça".
A preocupação social que move REGINA PINHO
+ Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia.
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por<br />
RENATO ARAGÃO<br />
A essência do homem que leva a sério o<br />
ofício de ‘fazer graça’<br />
A preocupação social que move<br />
REGINA PINHO<br />
+ Cultura, Decoração, Estilo,<br />
Empreendedorismo e Gastronomia<br />
<strong>06</strong>
Dizem que liberdade é largar tudo.<br />
Mas desde quando liberdade<br />
é ouvir o que os outros dizem?<br />
Novo Audi Q5. Liberdade sem abrir mão de nada.<br />
Audi Center Fortaleza<br />
Bem-vindo ao seu futuro<br />
• Conheça em NovoQ5.com.br<br />
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Pela vida. Escolha o trânsito seguro.<br />
Itens disponíveis de série ou opcionais de acordo com a versão escolhida.<br />
2 <strong>GALERIA</strong> 3
CONTEÚDO #<strong>06</strong><br />
Ano II | Edição #<strong>06</strong> | OUT/NOV/DEZ<br />
EXPEDIENTE<br />
<strong>GALERIA</strong> <strong>POR</strong> <strong>MÁRCIA</strong> <strong>TRAVESSONI</strong><br />
É UMA PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL<br />
QUE ABORDA CULTURA,<br />
COM<strong>POR</strong>TAMENTO, NEGÓCIOS,<br />
MODA, GASTRONOMIA, VIAGENS,<br />
LUXO, GENTE E TUDO QUE<br />
ACONTECE EM FORTALEZA.<br />
DIRETORA-GERAL<br />
Márcia Travessoni<br />
<strong>EDIÇÃO</strong><br />
Jéssica Colaço<br />
TEXTOS<br />
Aline Conde<br />
Jéssica Colaço<br />
Lucas Magno<br />
FOTOGRAFIA<br />
Camila Lima<br />
Fernando Travessoni<br />
Roni Vasconcelos<br />
Tamara Lopes<br />
COLABORADORES<br />
Hugo Rigui<br />
João Carlos Paes Mendonça<br />
Helder Lima<br />
“Talvez (a maior<br />
dificuldade)<br />
tenha sido<br />
superar a<br />
timidez e<br />
lutar contra<br />
o preconceito<br />
da ‘elite’ ”<br />
16<br />
<strong>GALERIA</strong> VISITA<br />
Com vista privilegiada para o mar,<br />
a casa da arquiteta Ione Fiúza tem<br />
ares de galeria de arte, contemplando<br />
estilos variados de peças, artistas e<br />
histórias por trás de cada obra.<br />
32<br />
EMPREENDEDORISMO<br />
No semiárido cearense,<br />
o pedagogo Lúcio Feijão dá<br />
continuidade ao legado do<br />
pai, de consolidar a cidade de<br />
Sobral como polo de educação.<br />
40<br />
PODER<br />
A preocupação com o<br />
bem-estar social e a sede<br />
por conhecimento guiam<br />
a atuação de Regina Pinho<br />
à frente do Sesc Ceará.<br />
68<br />
DEGUSTES<br />
O empresário João<br />
Carlos Paes Mendonça<br />
conta como transformou,<br />
em Portugal, a paixão por<br />
vinhos em hobby lucrativo.<br />
COORDENAÇÃO DE MARKETING<br />
Myrlla Gomes<br />
PROJETO GRÁFICO<br />
LaBarca.Design (Porto/Portugal)<br />
DIAGRAMAÇÃO<br />
Allan Victor Vieira<br />
REVISÃO<br />
Gerardo Martins<br />
IMPRESSÃO E ACABAMENTO<br />
Gráfica Santa Marta<br />
João Pessoa/PB<br />
5.000 exemplares<br />
→→WWW.<strong>GALERIA</strong>MT.COM.BR<br />
MARKETING E PUBLICIDADE<br />
Skyline Produções e Eventos<br />
Direção: Fernando José Travessoni de Pinho<br />
Telefone: (85) 3224.8649<br />
E-mail: skylineeventosce@gmail.com<br />
CNPJ: 23.113.931/0001-00<br />
52<br />
Com quase 60 anos de carreira,<br />
Renato Aragão se dedica com<br />
muito vigor às produções<br />
para a televisão e o cinema.<br />
72<br />
CULTURA<br />
Criado em Fortaleza por Luiz<br />
Severiano Ribeiro, o grupo<br />
cinematográfico Kinoplex<br />
comemorou, este ano,<br />
um século de atividades.<br />
76<br />
DESIGN & DÉCOR<br />
Criado para ser um<br />
ícone do Estado, o BS<br />
Design já é referência em<br />
tecnologia, arquitetura e<br />
integração com a cidade.<br />
82 102<br />
ESPELHO<br />
A vocação natural de Lissa<br />
Dias Branco para o mundo<br />
da moda encontrou solo<br />
fértil na rotina de estudos<br />
dela ao redor do mundo.<br />
ACONTECE<br />
Edson Queiroz Neto e Paula<br />
Queiroz Frota se tornaram<br />
membros beneméritos da<br />
Academia Cearense de<br />
Literatura e Jornalismo.<br />
4 <strong>GALERIA</strong> 5
Conversa<br />
Renato Aragão é humorista, ator, escritor, diretor, mas, para além das<br />
formalidades, é simples e carismático. Tenho o prazer de conviver esporadicamente<br />
em suas temporadas de férias em Fortaleza, quando ele aproveita as praias cearenses.<br />
Renato tem sempre a leveza dos palcos. Muito me encanta vê-lo lidar com seus<br />
admiradores mesmo em momentos de descanso. Pode ser criança, jovem ou idoso –<br />
quem chegar: ele não deixa de brincar ou de contar uma história.<br />
E o que tem a ver a sexta edição da revista Galeria com o grande Renato Aragão?<br />
Ora, o “eterno trapalhão” é expectativa de sorrisos, é gratidão pela sua dedicação e pelo<br />
trabalho feito até aqui, e assim também é essa edição. A última Galeria do ano chega,<br />
em meio ao B-R-O Bró, cheia de sentimentos de alegria, de gratidão e de renovação,<br />
além de delícias gastronômicas, festas, viagens, luxo e vivências diversas.<br />
A arquiteta Ione Fiúza é a convidada do Galeria Visita nessa edição. O empresário<br />
João Carlos Paes Mendonça nos levou à sua Quinta Maria Izabel, em Portugal.<br />
Já a socióloga Regina Pinho conta na seção Poder sua paixão pelo trabalho<br />
desenvolvido no Sesc Ceará.<br />
Quer saber como Lissa Dias Branco, Raquel Machado, Marcela Cabral Carvalho e<br />
Luciano Vidal definem seus estilos? Confere lá na seção Espelho. Também elegemos os<br />
melhores eventos dos últimos meses! A moda é casar longe daqui: o casamento de Lívia<br />
e Ronaldo Ribeiro em Bérgamo, na Itália; e de Rafa e Dado Montenegro em Búzios<br />
(RJ) com exclusividade para vocês.<br />
Em poderosa essência, Helder Lima, meu mestre na Yoga, conta como essa<br />
prática pode impactar em nosso dia a dia de forma tão positiva para nossa<br />
alma, corpo e mente.<br />
Essa revista é sobre sonhos em sua essência: o sonho de fazer graça de Renato e o<br />
sonho de um final de ano cheio de paz e de alegria. Boa leitura e have fun!<br />
@<strong>GALERIA</strong>MT<br />
6 <strong>GALERIA</strong> 7
VIVÊNCIAS<br />
MT<br />
A VEZ DOS CHAPÉUS<br />
É<br />
verdade que a chapelaria no Brasil não tem, ainda, os holofotes que merece,<br />
o que não impede de já termos uma profissional que conduz a arte de fazer<br />
esses acessórios de cabeça com maestria. Com um trabalho impecável e<br />
demandas para a alta-costura, a chapeleira Jomara Cid assinou a linha de<br />
chapéus usada no desfile de Ronaldo Fraga, na última edição do São Paulo<br />
Fashion Week. “O JC Palheta é nossa mais nova aposta. É feito de palha sintética e traz<br />
uma pegada retrô/moderna, inspirado nos chapéus dos anos 1930 e 1940”, detalha<br />
Jomara. Outros modelos que estarão em alta, segundo a chapeleira, são aqueles com<br />
estampas minimalistas, como bolinhas, listras e grafismos, além dos ‘hats’ em fibra de<br />
coco e palha sintética bicolores, inspirado no design escandinavo.<br />
8 <strong>GALERIA</strong> 9
J’ADIOR<br />
Apresentado ao público no ano passado, na estreia de Maria Grazia Chiuri<br />
como diretora criativa da maison Dior, a releitura do clássico slingback, dentro<br />
da linha de acessórios J’adior, chegou recentemente à loja da marca francesa<br />
no Brasil, e já está gerando fila de espera. Os sapatos resgatam um modelo<br />
icônico da Dior, com salto baixo, bico fino e preso ao calcanhar por uma tira,<br />
e que é uma das grandes apostas desta temporada. Na fita que prende o sapato ao<br />
pé, o bordado repetido de “J’adior” faz um trocadilho com o termo “J’adore”, ou “eu amo”,<br />
em francês. O J’adior está disponível nas versões scarpin com salto vírgula de 10cm e de<br />
6,5cm, e também como sapatilha, com acabamentos envernizados ou aveludados. A loja<br />
da Dior no Brasil fica no shopping Cidade Jardim, em São Paulo.<br />
10 <strong>GALERIA</strong> 11
HIGHLIGHTS<br />
CASA COR CEARÁ 2017 FOCA NOS ITENS<br />
ESSENCIAIS DA IDENTIDADE CEARENSE<br />
Mais tradicional mostra de decoração e design do Estado, a Casa Cor Ceará<br />
deste ano tem a proposta de mostrar a nossa terrinha de maneira única e<br />
surpreendente, a partir do olhar dos arquitetos, que seguirão o tema local<br />
“Descubra o Ceará”. O imóvel que recebe a exposição, no bairro Manoel Dias<br />
Branco, tem 7.700m² e abriga 36 ambientes, assinados por 46 profissionais.<br />
A mostra vai homenagear, ainda, o empresário Francisco Silveira, do ramo<br />
de beneficiamento de rochas naturais; e o galerista e curador de arte Max<br />
Perlingeiro (na foto acima com a diretora do evento, Neuma Figueiredo)<br />
, que ajudou a compôr exposições como a Coleção Airton Queiroz. A Casa Cor<br />
Ceará acontece até o dia 15 de novembro.<br />
MÁRIO ARARIPE<br />
ESTREIA NA LISTA DE<br />
BILIONÁRIOS DA FORBES<br />
Com patrimônio avaliado em R$ 4,4<br />
bilhões, o cearense Mário Araripe,<br />
presidente da Casa dos Ventos, apareceu<br />
este ano na lista dos bilionários da<br />
revista Forbes Brasil. No ranking<br />
local, o empresário está atrás apenas<br />
do principal herdeiro da família Dias<br />
Branco, com R$ 13,25 bilhões. Já na<br />
lista nacional, Mário figura entre os 50<br />
maiores bilionários, ocupando a posição<br />
48. A companhia dirigida por Araripe<br />
é responsável por cerca de 30%<br />
dos empreendimentos eólicos em<br />
implantação ou operação no País.<br />
SILVERO PEREIRA DÁ VISIBILIDADE<br />
ÀS QUESTÕES DE GÊNERO<br />
Convidado pela própria Glória Perez para compor o<br />
elenco da novela das 21h da TV Globo, o ator cearense<br />
Silvero Pereira ganhou o carinho do público com o<br />
personagem Nonato, em “A Força do Querer”. Além de<br />
projetar o talento cearense em escala nacional, Silvero<br />
ajuda a pôr em debate temas cada vez mais necessários<br />
como o respeito à diversidade de gênero, uma vez que<br />
seu personagem interpreta a travesti Elis Miranda. Fora<br />
da telinha, Silvero dá vida à também travesti Gisele<br />
Almodóvar, que ele criou em 2002 para o espetáculo<br />
“Uma flor de dama”.<br />
ARTESANATO DO CEARÁ É<br />
DESTAQUE EM <strong>POR</strong>TUGAL<br />
A primeira-dama do Ceará, Onélia Leite, foi uma<br />
das convidadas de honra da 40ª Feira Nacional de<br />
Artesanato de Vila do Conde, que aconteceu no mês<br />
de julho, em Portugal. Além de Onélia, a organização<br />
do evento convidou, para representar o Estado,<br />
as jornalistas do Diário do Nordeste, Germana Cabral<br />
e Cristina Pioner, autoras do livro “Mãos que fazem<br />
história”, um tratado sobre as tipologias artesanais<br />
cearenses e que inspirou o estande cearense no local.<br />
Foto: Lucas de Menezes Foto: Reprodução/internet<br />
NOVO FAROL DO MUCURIPE PROJETA<br />
DESENVOLVIMENTO SOBRE A CIDADE<br />
Maior edificação desse tipo nas Américas e o sexto maior do mundo, o Novo Farol do<br />
Mucuripe, que já estava em funcionamento desde julho, foi oficialmente inaugurado em<br />
setembro. Instalada no bairro Vicente Pinzón, a construção é fruto da parceria entre a<br />
Marinha do Brasil e o Grupo J. Macêdo, e mede 71,7 metros de altura. Além de trazer mais<br />
segurança para as embarcações que navegam na orla da Capital, o equipamento deve<br />
atrair desevolvimento para a região onde está instalado. O presidente do conselho do<br />
Grupo J. Macêdo, Amarílio Macêdo, destacou a importância do farol como referência para<br />
a verticalização das obras da cidade, o que vai permitir, à empresa, aumentar a capacidade<br />
de armazenamento de grãos e, consequentemente, ajudar a movimentar ainda mais a<br />
economia do Estado.<br />
CEARENSES APOSTAM EM<br />
CASAMENTOS FORA DO ESTADO<br />
O paraíso de Búzios, no Rio de Janeiro, foi o cenário<br />
escolhido por Rafaela Scienza e Dado Montenegro<br />
para eternizarem o momento do “sim”. A escolha de<br />
Dado e Rafa (foto ao lado) por um casamento fora<br />
do Ceará é uma tendência cada vez mais forte entre<br />
os noivos, que buscam locações até mesmo fora do<br />
país para o grande dia. É o caso de Ronaldo Ribeiro<br />
e Lívia Pessoa, que trocaram alianças em Bérgamo,<br />
na Itália, e de Dico Carneiro Neto e Roberta Ary,<br />
que se casaram em Portugal. Além da própria festa,<br />
os convidados participam dos ‘welcome parties’,<br />
coquetéis armados quando chegam ao local do<br />
evento, dias antes da cerimônia oficial.<br />
TOQUE<br />
MT<br />
Quatro<br />
troféus<br />
Uma das comendas mais<br />
tradicionais do Estado, o Troféu<br />
Sereia de Ouro, promovido pelo<br />
Sistema Verdes Mares, homenageou,<br />
este ano, a biofarmacêutica Maria<br />
da Penha (foto acima); o arquiteto<br />
Liberal de Castro; o médico Huygens<br />
Garcia; e o ministro do Superior<br />
Tribunal Militar, José Coelho.<br />
A solenidade de entrega foi realizada<br />
no Theatro José de Alencar, em noite<br />
de gala que reuniu autoridades e<br />
nomes importantes da sociedade<br />
cearense. Criado pelo chanceler<br />
Edson Queiroz, o Troféu Sereia de<br />
Ouro somou, em 2017, 47 edições.<br />
Foto: Reprodução/internet<br />
12 <strong>GALERIA</strong> HIGHLIGHTS 13
<strong>GALERIA</strong> ONLINE<br />
O <strong>GALERIA</strong> está online 24h<br />
por dia, a gente não para.<br />
Diariamente, a redação<br />
turbina o site com matérias<br />
novas e cheias de conteúdo<br />
interessante. Para clicar já!<br />
#CanalMT | Vídeo novo toda semana!<br />
/M<strong>TRAVESSONI</strong><br />
Tem vídeo novo toda semana no nosso #CanalMT, no Youtube! Quarta é o dia para ficar<br />
atualizado com programas exclusivos sobre lifestyle, gastronomia, cultura, arte e, claro,<br />
as melhores festas e eventos da cidade. Para dar play e curtir cada momento!<br />
DRESSCODE<br />
Olho nelas que vamos analisar looks de<br />
festa! O <strong>GALERIA</strong> ama uma boa pauta<br />
de moda e nada melhor que verificar<br />
o que as belas e antenadas mulheres<br />
cearenses estão usando nos eventos<br />
mais badalados da cidade! Que tal<br />
conferir as tendências?<br />
O QUE VEM <strong>POR</strong> AÍ<br />
Música, teatro, cinema e arte. Semanalmente o <strong>GALERIA</strong> te atualiza com a agenda<br />
cultural completa do que vai acontecer na cidade. Destaque para o calendário de<br />
eventos sociais que serão registrados pelo site. Tome nota!<br />
→→WWW.<strong>GALERIA</strong>MT.COM.BR<br />
@<strong>GALERIA</strong>MT<br />
/<strong>GALERIA</strong>MT<br />
/M<strong>TRAVESSONI</strong><br />
#THELIST<br />
Quem não ama acompanhar um<br />
lindo casamento? E se ele for ao ar<br />
livre, melhor ainda. <strong>GALERIA</strong> listou<br />
as cerimônias mais deslumbrantes<br />
realizadas em praias, campos e<br />
serras. Tem desde uma subida à<br />
Guaramiranga, passando pelo pôr<br />
do sol de Flecheiras até o visual do<br />
Colosso Lake Lounge.<br />
Love is in the air.<br />
CONVERSA HONESTA COM RC<br />
Agenda cheia, muitas decisões a serem tomadas, compromissos com autoridades,<br />
relacionamento com a população… A rotina do Prefeito da cidade de Fortaleza, Roberto<br />
Cláudio, é bem agitada, mas conseguimos um espaço no seu dia a dia para fazer algo<br />
que amamos: conversar. Márcia Travessoni foi até o Paço Municipal para bater um papo<br />
honesto com Roberto, que não titubeou ao falar sobre diversos assuntos.<br />
PAPO<br />
DESCONTRAÍDO<br />
A jornalista e apresentadora Mônica<br />
Salgado desembarcou em Fortaleza<br />
para palestrar em um evento de<br />
moda. O <strong>GALERIA</strong> não perdeu tempo<br />
e bateu um papo leve com ela sobre<br />
estilo, carreira e os planos para o<br />
futuro. Tem que ler!<br />
CIDADÃ DO MUNDO<br />
Ela ama uma viagem com visuais<br />
incríveis! Joana Laprovitera escolheu a<br />
Dinamarca para fazer um tour cheio de<br />
imagens cinematográficas. Traçamos<br />
o roteiro e listamos as melhores fotos.<br />
Destaque para as montanhas de Faroe<br />
Islands, um território desafiador e<br />
mágico. + no site.<br />
ENT<strong>REVISTA</strong><br />
Ela sabe das coisas. Natália Magalhães<br />
assumiu a gestão da loja Paroma e injetou<br />
modernidade e frescor ao que já era<br />
conhecido pela qualidade da trajetória<br />
familiar. Conversamos com a empresária<br />
e não deixamos de perguntar: como ela<br />
enxerga o mundo da décor nos próximos 5<br />
anos? A resposta você confere no site.<br />
LEITURA ONLINE<br />
Gosta do conteúdo da Revista <strong>GALERIA</strong> e<br />
quer conferir todas as edições anteriores?<br />
Corre no site e clica na sessão <strong>REVISTA</strong>.<br />
Lá é possível acessar a versão digital<br />
de todas as 6 publicações que já<br />
foram lançadas.<br />
CHEERS<br />
Drinks irresistíveis em pauta! Fizemos<br />
um passeio pelos bares mais badalados<br />
da cidade para listar as bebidinhas mais<br />
saborosas e pedidas pelo público que<br />
não perde a oportunidade de brindar a<br />
vida. Para ler e ir conferir os drinks mais<br />
exóticos da terrinha.<br />
MEMÓRIA FASHION<br />
Digital Influencer, empresária, mãe, às vezes até modelo. Nicole Pinheiro prestigia o<br />
universo da moda desde criança e acumulou experiência para saber bem do que fala<br />
e do que faz. Vivendo a ponte aérea entre Fortaleza e São Paulo, onde fixou residência,<br />
a bela pousou recentemente em terras cearenses para aproveitar as férias. <strong>GALERIA</strong><br />
não perdeu a oportunidade e fez uma visita ao apartamento (e ao closet) de Nicole.<br />
O resultado é um vídeo que reflete bem a personalidade única da nossa convidada.<br />
ABRINDO O ATELIÊ<br />
(E O CORAÇÃO)<br />
Os sentimentos que cercavam o imaginário de<br />
Sérvulo Esmeraldo sempre foram indecifráveis.<br />
Um dos maiores artistas brasileiros de escultura,<br />
gravura, ilustração e pintura brincava com<br />
formas, narrava seus pensamentos com maestria,<br />
colocando para fora sua grande paixão:<br />
a geometria. Ele se foi, mas o legado que ficou é<br />
indiscutível. Dono de obras icônicas, seu trabalho<br />
está espalhado pela cidade e hoje recebe o<br />
carinho e a atenção que merece de ninguém<br />
menos que Dodora Guimarães, sua esposa e<br />
companheira, que ajudou a estética de Sérvulo a<br />
ganhar o mundo.<br />
14 <strong>GALERIA</strong> <strong>GALERIA</strong> online 15
<strong>GALERIA</strong><br />
VISITA<br />
COLEÇÃO<br />
DE ARTE<br />
A ARQUITETA IONE FIUZA DESENHOU<br />
O APARTAMENTO EM QUE VIVE, CUJA DECORAÇÃO<br />
PRIORIZA QUADROS E ESCULTURAS<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTOS TAMARA LOPES<br />
16 <strong>GALERIA</strong> <strong>GALERIA</strong> Visita 17
A<br />
infinitude do mar parece fazer parte do cenário<br />
do apartamento de 500m² de Ione Fiuza, localizado<br />
na orla marítima de Fortaleza, entre a Praia<br />
de Iracema e avenida Beira-Mar. Além da vista<br />
incrível, chama atenção o aspecto de galeria do lar,<br />
repleto de obras de artes. É tão acentuada essa ideia<br />
que Ione passeia pelo ambiente, explicando cada detalhe da<br />
casa, como um tour guiado. “Eu convivo com muita alegria<br />
com a arte. Acho que faz parte da minha vida, ao longo dos<br />
anos”, revela a arquiteta.<br />
Uma das peças que ela destaca é um quadro em vermelho e<br />
preto da artista plástica japonesa naturalizada no Brasil Tomie<br />
Othake, um dos nomes mais importantes do abstracionismo<br />
informal. “Pode ser o que eu tenho de mais valioso na casa”,<br />
especula. Outras obras chamam atenção no ambiente, como<br />
a de Roberto Burle Marx, que ocupa quase toda a altura<br />
da parede da sala de estar, e um cusquenho, pintado pelos<br />
índios andinos sobre a Santíssima Trindade. “São três pessoas<br />
numa só, então você percebe que eles têm o mesmo rosto”,<br />
revela Ione, que ganhou o quadro do esposo, quando ela ficou<br />
grávida do primeiro filho.<br />
Assim como as pinturas, as esculturas também ganham<br />
destaque, com peças de autoria que vão desde o cearense<br />
Sérvulo Esmeraldo à carioca Sônia Ebling. Duas iguais,<br />
dispostas na sala de jantar, foram adquiridas em um leilão.<br />
“Eram do lobby do teatro Ziegfeld, em Nova York. Eu as<br />
consegui e fiquei muito feliz”, lembra a arquiteta. Outra peça<br />
que tem destaque no centro de uma das salas é da artista Elma<br />
Bovenizer, brasileira com trabalho bastante difundido na<br />
Califórnia. “Achei fantástica a simbologia desta peça: a mulher<br />
tem a chave de tudo e o homem está querendo segurar. Como<br />
eu achei que é uma escultura de movimento, você percebe que,<br />
em vários ângulos, ela tem uma beleza, a gente desenhou a<br />
base para colocá-la de forma giratória”, detalha.<br />
DESENHO<br />
A planta do apartamento em que moram foi elaborada<br />
pelo marido de Ione, o também arquiteto Luiz Fiuza, quando<br />
venceu um concurso de uma construtora. “O projeto é<br />
todo nosso, da nossa cabecinha, é um duplex. Era um<br />
prédio grande, caro e a gente achava que não ia poder<br />
comprá-lo. Quando ganhamos esse concurso de arquitetura,<br />
pelo projeto, fizemos a cota inicial. Depois, fomos<br />
nos virando, trabalhando e conseguimos adquirir o imóvel<br />
totalmente”, relembra Ione.<br />
Um dos pontos fortes do imóvel é a varanda, oferecendo<br />
um cenário belíssimo entre a piscina instalada no espaço e<br />
o mar que se estende à frente. É nesse ambiente que há um<br />
toten do artista piauiense Cornélio, um dos nomes da arte<br />
popular por quem o casal começou a despertar interesse<br />
a partir da amiga e arquiteta Janete Costa.<br />
A família já vive há mais de 30 anos no apartamento,<br />
que ainda preserva a planta inicial, segundo Ione faz<br />
questão de evidenciar. “Tem minha cara, e também tem<br />
a do meu marido e das crianças. A gente trouxe a vida<br />
cearense aqui para dentro. Nos tempos áureos da minha<br />
vida, assim de juventude, gostávamos muito de festa,<br />
as crianças ficavam dormindo lá em cima e a gente badalava.<br />
Depois inverteu: a gente dormindo e eles badalando”,<br />
comenta ela, rindo. ¤<br />
18 <strong>GALERIA</strong> <strong>GALERIA</strong> Visita 19
COM<strong>POR</strong>TAMENTO<br />
AMORES<br />
ANIMAIS<br />
TRATADOS CADA VEZ MAIS COMO MEMBROS<br />
DA FAMÍLIA, OS PETS DESENVOLVEM UMA RELAÇÃO<br />
DE AMOR SEM TAMANHO COM SEUS DONOS,<br />
E TRAZEM VÁRIOS BENEFÍCIOS AO CORAÇÃO<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS TAMARA LOPES<br />
20 <strong>GALERIA</strong> compoRTAmento 21
Diversas pesquisas e estudos já se debruçaram sobre<br />
os efeitos positivos que a presença de cachorros,<br />
gatos e outros animais de estimação trazem aos<br />
seres humanos, que vão desde a diminuição da<br />
sensação de solidão a potencializar o tratamento<br />
de doenças como a depressão. O certo é que,<br />
quem tem um pet, não precisa de validações científicas<br />
para provar o bem que esses animaizinhos trazem para a<br />
rotina, na forma de um amor que não cobra retorno e dá<br />
alegrias diárias. Seja pela mudança na configuração atual<br />
das famílias, pelas constantes mobilizações para adoção em<br />
redes sociais, ou ainda outros motivos diversos, a quantidade<br />
de animais de estimação no Brasil é notável: segundo uma<br />
pesquisa realizada em 2015 pela Faculdade de Medicina<br />
Veterinária da Universidade de São Paulo (USP), 44,3%<br />
dos domicílios brasileiros possuem pelo menos um cachorro,<br />
enquanto 17,7% dos lares têm, pelo menos, um gato, e nas<br />
casas sem animais de estimação, quase 100% dos moradores<br />
revelou ter vontade de adotar um bichinho.<br />
Para a empresária Wayne Moreira, o desejo de ter um<br />
cãozinho, após vários anos sem um animal de estimação,<br />
foi concretizado há pouco mais de um ano, quando Kenzo,<br />
o cachorro da raça japonesa Shiba-Inu, chegou na casa<br />
dela. “Eu sempre tive vontade, mas meu marido dizia que<br />
ia dar trabalho, até que um dia vimos um cachorro dessa<br />
raça, em São Paulo, e a gente se apaixonou”, lembra Wayne,<br />
que tomou o cuidado de pesquisar sobre o comportamento<br />
do cachorro antes de comprar um. Com os filhos já crescidos,<br />
Wayne confessa que Kenzo é como o caçula dela. “Ele<br />
é muito companheiro, sempre que estou em casa, ele tá do<br />
meu lado, me seguindo aonde eu vou. Não existe tristeza<br />
na casa que tem um cachorro”, estabelece a empresária.<br />
Na casa de Wayne, o Shiba-Inu tem várias regalias:<br />
dorme no quarto do casal, sobre uma chaise, de frente para<br />
o ar condicionado e coberto com uma manta estampada<br />
com desenho de patas de cachorro e fica em uma espécie<br />
de colônia de férias canina quando os donos passam muitos<br />
dias fora. Além disso, passeia pelos menos três vezes<br />
na semana, pelo calçadão da Av. Beira-Mar, com Wayne,<br />
e é acompanhdo por uma profissional especializada em<br />
comportamento animal. “Ela me ensina as técnicas para<br />
o Kenzo não ter medo de sair de casa, porque ele é um<br />
pouco assustado. Na verdade, essa raça é muito cautelosa,<br />
mas depois que eles pegam confiança, viram um grande<br />
companheiro”, garante Wayne.<br />
A CIDADE COM KIRINHA<br />
A designer de moda e empresária Alix Pinho viu a<br />
relação com a cidade mudar um pouco depois que passou<br />
a fazer passeios acompanhada de Kira, ou Kirinha, a Border<br />
Collie de dois anos do namorado dela. “Por mim, faço tudo<br />
junto com ela, não deixo mais ela em casa. Viajamos pra<br />
Jericoacora esse ano, para o casamento da minha irmã,<br />
e ela foi junto, e acho que a Kirinha curtiu mais do que a<br />
gente, porque ela ama praia”, diz Alix, que tem as praias<br />
do Futuro, Iracema e de Flecheiras no roteiro que faz, todo<br />
fim de semana, com a cachorra.<br />
Até mesmo os restaurantes frequentados pela designer<br />
são escolhidos de acordo com a permissão para levar<br />
Kirinha. “Eu deixo de ir pra vários locais porque não posso<br />
levar ela, tenho procurado muitos locais pet friendly” ressalta.<br />
A paixão de Alix por animais é antiga, lembra ela,<br />
que sempre resgatou cães e gatos de rua durante a infância.<br />
“Meu sonho era ser veterinária. Hoje, a Kira é uma das<br />
companhias que eu mais amo ter”, diz ela.<br />
PERSONALIDADE FELINA<br />
Desconfiados, ingratos e até sonsos são algumas caracterizações<br />
que os gatos costumam ganhar, geralmente de<br />
pessoas que não conhecem a rotina junto de um felino. Esses<br />
adjetivos são claramente contestados pelo cirurgião e artista<br />
plástico Isaac Furtado e Cheyla Mota, que têm uma relação<br />
muito especial com esses animais. “Nós temos cinco gatos,<br />
um cachorro e algumas carpas. Essa é a nossa grande família,<br />
que às vezes dá uma confusão”, brinca Isaac. A paixão pelos<br />
gatos, conta ele, começou com a esposa, que ganhou um<br />
felino ainda quando o casal namorava. “Eu nunca pensei<br />
em ter gatos na minha vida, mas me encantei. Já chegamos<br />
22 <strong>GALERIA</strong> compoRTAmento 23
FORTALEZA PET<br />
FRIENDLY<br />
a ter nove gatos, mas alguns faleceram por conta da<br />
idade mesmo”, lembra.<br />
Brincalhões e famosos pelos lugares nada convencionais<br />
que escolhem para dormir ou caçar, os felinos<br />
levaram o casal a fazer algumas mudanças no lar.<br />
“Alguns objetos de decoração são colados com silicone,<br />
pra eles não derrubarem, e as poltronas e sofás são<br />
protegidos com um couro ecológico, e as almofadas<br />
mais bonitas, a gente só tira em dia de festa, porque<br />
eles podem rasgar”, lista Isaac. Todos esses cuidados<br />
rotineiros, pondera o cirurgião, são compensados pela<br />
companhia constante dos bichanos. “Quem nunca<br />
criou, não sabe, mas eles são muito companheiros.<br />
O Tutu, que é o mais novo, é praticamente a sombra<br />
da Cheyla. E a Maria Laura, por exemplo, gosta<br />
sempre de estar comigo. São animais muito inteligentes,<br />
e estão sempre conosco”, relata, deitado na<br />
rede que está sob a mira de uma das gatas para ser o<br />
local da próxima soneca.<br />
Além de Tutu e Maria Laura, o casal tem ainda os<br />
felinos Maria Esther, Maria Luiza e Tim, e o yorkshire<br />
Ravi, que pertence à filha de Cheyla. “Todo mundo<br />
pergunta como é a relação do Ravi com os gatos, e eu<br />
sempre digo que é harmônica. Tem vezes que o Ravi<br />
é quem resolve uns desentendimentos entre as gatas”,<br />
lembra Isaac, entre risos. ¤<br />
DA ESQ. PARA A DIR. Cheyla<br />
Mota com Maria Luiza;<br />
Maria Esyher; Maria Laura;<br />
Cheyla e Isaac Furtado com o<br />
cachorrinho Davi; e o gato Tutu<br />
A preocupação dos donos em dar uma vida<br />
confortável aos bichinhos tem movimentado um<br />
mercado aquecido em Fortaleza, que é o de produtos<br />
e serviços para os pets. De centros de estética<br />
refinados a carrinhos de passeio em shoppings,<br />
passando por festas temáticas a praças com<br />
playgrounds adaptados, eles ganharam a cidade.<br />
Atuando nessa área há 21 anos, o empresário Luís<br />
André Bastos inaugurou este ano, em Fortaleza,<br />
o Mundo Pet, uma mega store que é praticamente<br />
o paraíso para quem tem um animal de estimação.<br />
“Nesse mercado, não se trata apenas de vender<br />
ração, é muito emocional. As famílias estão cada<br />
vez menores, e o pet vem ocupando mais espaço”,<br />
constata Luís, que tem também uma mega loja<br />
em Salvador e planeja, agora, a abertura da<br />
unidade de Recife.<br />
Em agosto desse ano, o Shopping Iguatemi<br />
Fortaleza abriu espaço para circulação de animais,<br />
declarando-se pet friendly, tendência que já havia<br />
sido adotada pelo RioMar Fortaleza, logo que<br />
inaugurou, em 2015, e que disponibiliza o serviço de<br />
aluguel de carrinhos para o transporte dos animais.<br />
Também em 2015, a prefeitura instalou, durante a<br />
revitalização da Praça da Igreja da Glória, na Cidade<br />
dos Funcionários, o primeiro cachorródromo<br />
público da cidade, espaço contornado por cerca<br />
de proteção e com brinquedos para os cachorros<br />
usarem, assistidos por seus donos. Além desses<br />
locais, estabelecimentos como a gelateria San Paolo<br />
e os restaurantes Maison Plume, Sabores Orgânicos<br />
e Empório da Tapioca aceitam a presença dos pets,<br />
desde que acompanhados de seus respectivos<br />
tutores e obedecendo algumas regras.<br />
24 <strong>GALERIA</strong> compoRTAmento 25
ARTE<br />
NA FRENTE<br />
DA CÂMERA<br />
CARIOCA RADICADO NO CEARÁ, O FOTÓGRAFO CELSO OLIVEIRA<br />
DEDICOU PARTE DE SEU TRABALHO AO REGISTRO DE FESTAS<br />
RELIGIOSAS E CULTURAIS BRASILEIRAS, DEFENDENDO A IM<strong>POR</strong>TÂNCIA<br />
DA FOTOGRAFIA COMO AGENTE SINALIZADOR DA SOCIEDADE<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTOS TAMARA LOPES<br />
Celso Oliveira visitou durante anos a cidade<br />
de Belém, no Pará, com a finalidade de fotografar<br />
uma das maiores festas religiosas do<br />
Brasil, o Círio de Nazaré. “O pessoal dizia<br />
que eu tinha que ir lá 13 vezes para alcançar<br />
a graça do Círio. Era uma desculpa para ir<br />
todo ano”, comenta, rindo. Da aventura surgiu, talvez,<br />
a maior graça para um fotógrafo: um ensaio inspirador<br />
sobre a festa popular, que pode ser apreciado no Museu<br />
da Fotografia de Fortaleza.<br />
A escolha de fotografar manifestações e festas culturais<br />
deixa claro quem é Celso Oliveira quando tem<br />
uma câmera nas mãos. “O Brasil que eu acredito, que eu<br />
venero, é esse Brasil que gosta de ser brasileiro. As pessoas<br />
dessas manifestações, você olha para eles e é pura<br />
felicidade. A maior parte vive com muita dificuldade,<br />
mas nem por isso são infelizes. São bastante felizes e<br />
são eles que alimentam essas manifestações, que são a<br />
força, que não deixam isso desaparecer. Eu quero fazer<br />
parte disso”, revela.<br />
CONHECIMENTO<br />
Outros trabalhos também evidenciam esse olhar de<br />
Celso, como o livro “Quem somos nós”, publicado em<br />
2008. “É a minha visão desse povo do Norte e Nordeste<br />
do Brasil. É um trabalho que eu levei 20 anos fazendo.<br />
Uma documentação pessoal e trabalho autoral, nessas<br />
manifestações religiosas e também não religiosas,<br />
porque, às vezes, misturam um pouquinho da vida<br />
cotidiana das cidades, dos lugares...”, descreve.<br />
Essas experiências e as passagens pelos jornais Diário<br />
do Nordeste e O Povo, na capital cearense, proporcionaram<br />
ao fotógrafo conhecer todos os municípios<br />
do Ceará. Foi no jornal O Povo, inclusive, que Celso<br />
conviveu com um dos grandes mestres da fotografia<br />
brasileira, Chico Albuquerque. “Foi um dos melhores<br />
períodos da minha vida. Conviver com ele foi um<br />
negócio de outro mundo e eu tive essa oportunidade<br />
durante um bom tempo. Era uma bíblia da fotografia.<br />
Aprendi com ele em dois aspectos diferentes: um no<br />
Jornalismo e o outro na Publicidade. Foi neste segundo<br />
caso que eu posso dizer que eu cheguei no meu máximo<br />
de aprendizado. O cara sabia muito”, ressalta Celso,<br />
sobre o legado absorvido de Chico Albuquerque.<br />
Apesar da ampla experiência no Jornalismo e na<br />
Publicidade, a paixão de Celso é pelo trabalho autoral.<br />
“Porque você desenvolve a partir de uma coisa que<br />
deseja fazer. Hoje eu posso dizer que eu vivo do meu<br />
trabalho. Porque quando se é fotógrafo e tem que<br />
cobrir o que mandam, é o trabalho da pessoa, e não<br />
o seu. É material do jornal, por exemplo”, comenta o<br />
fotógrafo, que é natural do Rio de Janeiro, mas mora<br />
em Fortaleza desde 1980.<br />
O trabalho autoral que Celso desenvolve atualmente<br />
é sobre o Rio Cocó, maior extensão fluvial<br />
que nasce em Pacatuba, passa pela capital cearense<br />
e por outros municípios da Região Metropolitana,<br />
como Maracanaú, Eusébio, Aquiraz e Itaitinga. “É um<br />
livro em que vou mesclar um pouco do que as pessoas<br />
precisam para olhar para o rio, saber como o rio leva<br />
a cidade, mas, no meio disso, eu vou colocar coisas da<br />
minha leitura pessoal sobre o visual do rio”, explica<br />
Celso, acrescentando que o projeto conta com um<br />
grupo de outros fotógrafos.<br />
Para o futuro, ele pensa em uma empreitada pelo<br />
Cariri, não só o cearense, mas também a parte de Pernambuco,<br />
Paraíba e Rio Grande do Norte. “Talvez seja<br />
esse o meu último trabalho. São muitos municípios,<br />
vou ter que morar por lá durante um período, para<br />
poder captar mais a vida do local. O Cariri é como<br />
26 <strong>GALERIA</strong> ARTE 27
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
um reduto ecológico e social mais fascinante que a gente<br />
tem aqui. O que eu conheço de gente de fora do Brasil que<br />
vai para lá só para estudar, não é brincadeira”, ressalta.<br />
Do material que já tem em casa, de trabalhos anteriores,<br />
Celso pensa em organizar algumas exposições. É o caso<br />
de um ensaio que fez recentemente em Cuba, quando<br />
levou um grupo para fazer um curso de fotografia de rua<br />
no país,e inclui retratos de mulheres, cuja exposição ele<br />
pretende chamar de “Retratos não autorizados”. “Nunca<br />
fiz essa exposição de retratos de mulheres, mas tenho<br />
muita vontade de fazer. São sempre pessoas que não<br />
gostariam de ser fotografadas, elas fizeram porque não<br />
teve outro jeito e elas não conseguiram escapar. Então é<br />
diferente de quando uma pessoa quer ser fotografada e<br />
posa para aquilo”, pondera.<br />
PAPEL SOCIAL<br />
A Fotografia, para Celso, tem muitos papéis, que vão<br />
desde o social até o político. “A partir das expressões,<br />
a gente pode ter uma leitura de como a sociedade está, se a<br />
gente está feliz ou não, se as coisas estão funcionando ou<br />
se não estão. Acho que a Fotografia cumpre muitos papéis.<br />
Além do papel da identidade da pessoa, ela é quase a nossa<br />
memória geral. Se você me mostrar uma foto, eu sei em<br />
qual década foi tirada, só pela roupa, pelo cabelo, pelo<br />
sapato, pelos óculos, eu tenho muita facilidade de ler a<br />
imagem”, afirma ele.<br />
Celso comemora a existência do Museu da Fotografia<br />
de Fortaleza, inaugurado este ano pelo empresário Silvio<br />
Frota, como um espaço que aproxima a população do<br />
trabalho de vários fotógrafos, e como um equipamento<br />
que obtém diversas narrações da sociedade. “Isso aqui é<br />
o baú da memória, é um privilégio para a gente. Até hoje<br />
sou colaborador do museu gratuitamente, venho aqui,<br />
dou ideia, recebo gente. Acho que no mundo existem<br />
poucos lugares como esse, tivemos muita sorte”, pontua.<br />
Tornar grandes prazeres que, para as demais pessoas<br />
parecem pequenos, faz parte da paixão que Celso nutre<br />
pela profissão: ser fotógrafo, comenta ele, é uma realização<br />
total e uma forma de mostrar o mundo para os<br />
outros. “Muita gente fala que um fotógrafo se esconde<br />
atrás da câmera. Eu acho que eu não me escondo, não.<br />
É tipo assim: ‘olhe o que eu estou vendo’. Apareço bem<br />
na frente da câmera, assim atrás das fotos que eu faço.<br />
É como se fosse uma extensão do meu olhar, do meu braço,<br />
da minha vida. A fotografia é o meu terceiro olho”, define,<br />
constatando que consegue conhecer as pessoas por meio<br />
das fotos que elas fazem. ¤<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
28 <strong>GALERIA</strong> ARTE 29
30 <strong>GALERIA</strong> ARTE 31
EMPREENDEDORISMO<br />
Oásis do<br />
conhecimento<br />
À FRENTE DE UM IMPONENTE GRUPO EDUCACIONAL, LÚCIO<br />
FEIJÃO FEZ COM QUE SUAS CONSTANTES INOVAÇÕES<br />
PEDAGÓGICAS ELEVASSEM A CIDADE DE SOBRAL AO STATUS<br />
DE POLO DE EDUCAÇÃO DO SEMIÁRIO CEARENSE<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
32 <strong>GALERIA</strong> EmpREENDEDORISMO 33
EMPREENDEDORISMO<br />
Há um bom tempo, o Ceará vem se destacando no<br />
contexto educacional do País, tanto pelos modelos<br />
pedagógicos como pelo desempenho dos alunos,<br />
e engana-se quem pensa que os centros de ensino<br />
que contribuem para essa realidade concentram-se<br />
apenas na Capital. Na região Norte do Estado,<br />
em meio ao semiárido, a cidade de Sobral desponta como<br />
um importante polo não apenas de ensino, mas de inovação<br />
e experiências transformadoras que vão muito além da sala<br />
de aula, boa parte desse movimento estimulado pela atuação<br />
do Grupo Luciano Feijão, fundado há 33 anos.<br />
Quem iniciou a empreitada foi o visionário professor de<br />
Matemática Luciano Feijão, que mudou-se para Sobral com<br />
a missão de lecionar, mas viu a oportunidade de empreender.<br />
“Ele criou uma escola privada, dentro do prédio de uma escola<br />
pública, que ele alugou, e funcionava à noite. Foi assim durante<br />
dez anos, até que em 1984, ele já estava casado com a minha<br />
mãe, que também é da área da Educação, e eles criaram a<br />
atual sede do Colégio Luciano Feijão”, conta um dos filhos do<br />
casal, o pedagogo Lúcio Feijão, 39, que atualmente é o diretor<br />
administrativo do Grupo. Crescido já nesse ambiente escolar,<br />
Lúcio entendeu desde cedo a missão de dar continuidade<br />
aos negócios do pai, e decidiu adotar como meta um aspecto<br />
marcante: aliar inovação e tecnologia ao ensino.<br />
“Entrei nessa história em 1994, com a visão mais jovem,<br />
para juntar com a experiência dos meus pais. E aí, com base<br />
em muitos cursos, estudos, especializações, a gente conseguiu<br />
aplicar ideias que transformaram o colégio em uma instituição<br />
de vanguarda”, garante o gestor. Hoje, o Grupo abriga o<br />
Colégio Luciano Feijão, que oferece desde a Educação Infantil<br />
ao pré-vestibular; a Faculdade Luciano Feijão, atualmente<br />
com cinco cursos de graduação, além de um mestrado; e duas<br />
unidades da Livraria Pensar. “Somos a maior escola de Sobral,<br />
também em quantidade de alunos, temos o maior número de<br />
aprovações em vestibular e aprovamos o aluno mais jovem<br />
até hoje no ITA (Instituto de Tecnologia da Aeronáutica)”,<br />
orgulha-se Lúcio, lembrando do jovem Ronaldo Chaves,<br />
que ingressou na instituição militar aos 15 anos.<br />
A Faculdade Luciano Feijão, criada em 2007, argumenta<br />
Lúcio, correspondia a uma oportunidade de mercado,<br />
e logo ganhou destaque. “Para os padrões de universidade,<br />
somos uma faculdade nova, mas já avançamos muito em<br />
termos de estrutura, pesquisa, extensão. Temos mestrado,<br />
vamos iniciar o doutorado e somos referência no estudo de<br />
Direito, reconhecidos como uma das melhores faculdades do<br />
Ceará”, celebra o diretor administrativo, que é responsável por<br />
gerir a formação de mais de cinco mil alunos, entre crianças<br />
na Primeira Infância e estudantes universitários.<br />
ROTINA INTENSA<br />
Administrar esse conglomerado é um desafio e tanto,<br />
reconhece Lúcio, mas ele garante já ter elaborado estratégias<br />
eficientes para a tarefa junto da família, que é toda envolvida<br />
na gestão da escola, da faculdade e das livrarias. “Somos uma<br />
34 <strong>GALERIA</strong> EmpREENDEDORISMO 35
DESEMPENHOS<br />
Colégio Luciano Feijão<br />
2.900 alunos;<br />
Por 35 vezes consecutivas, a escola que mais<br />
aprovou alunos para a Universidade Estadual<br />
Vale do Acaraú (UVA);<br />
Os seis primeiros lugares do vestibular de<br />
Medicina da Universidade Federal do Ceará,<br />
em 2015, foram de alunos do Luciano Feijão.<br />
Faculdade Luciano Feijão<br />
2.400 alunos;<br />
equipe bem forte, uma empresa realmente familiar, mas o<br />
segredo para administrar tudo isso é uma grande equipe,<br />
com pessoas de alta competência e qualificadas”, diz Lúcio,<br />
sem titubear. Outra filosofia do gestor é a transparência,<br />
evidenciada, inclusive, nas paredes de vidro que dividem as<br />
salas da administração e a ausência de secretárias pessoais,<br />
aproximando ainda mais a direção do público. E, claro,<br />
a presença constante: “Todo dia damos expediente das<br />
7h às 11h30 na escola, das 13h às 17h30 na faculdade, e das<br />
19h às 22h30, também na faculdade. É aquele velho ditado,<br />
é o olho do dono que engorda o gado”, brinca Lúcio. Mas o<br />
segredo do sucesso, resume ele, é “trabalhar muito e sempre<br />
buscar coisas novas”.<br />
Essa curiosidade pelo novo tem sido, de fato, a marca<br />
da gestão de Lúcio. “Com a minha chegada, foi criado o<br />
primeiro curso de Informática em Sobral, e isso demandou<br />
e desencadeou uma série de coisas, transformou a escola<br />
em referência em vestibular, com cursinhos de ponta,<br />
concorrendo com Fortaleza. Investimos forte em trazer<br />
profissionais de Fortaleza, e até de Teresina e Natal, porque<br />
Sobral não tinha mão de obra qualificada”, remonta.<br />
Atualmente, o tablet como material didático e a internet<br />
banda larga em toda a extensão da escola e da faculdade,<br />
por exemplo, são realidade para os alunos do Grupo.<br />
HORIZONTES<br />
O futuro é uma preocupação diária para Lúcio,<br />
que encara seu trabalho como a missão de formar pessoas.<br />
“Inúmeros alunos começam aqui na escola com um ano<br />
de idade e só saem depois do pré-vestibular, eles passam<br />
cerca de 16 anos da vida deles com a gente. Temos que<br />
estar sempre atentos com os profissionais para poder fazer<br />
sempre a coisa certa”, pontua. Entre os planos para o colégio,<br />
adianta Lúcio, está a construção de uma escola conceito,<br />
cujas obras estão programadas para 2018. “Vai ser uma escola<br />
só para crianças, com bastante espaço, e lá vai ter tudo o<br />
que sonhamos para um filho, com educação ambiental,<br />
financeira, cultural, aulas de robótica. A gente quer ter<br />
um diferencial, oferecer para Sobral e região uma educação<br />
de qualidade para formar um cidadao completo”, propõe.<br />
Já para a faculdade, a meta é transformá-la em<br />
um centro universitário, que tenha o reconhecimento<br />
do Ministério da Educação (MEC) em todos os<br />
cursos. “Hoje temos Administração, Direito, Psicologia,<br />
Engenharia Civil e Enfermagem, e queremos<br />
colocar Arquitetura, Fisioterapia e Medicina”, lista.<br />
A incumbência não é para qualquer um, argumenta<br />
Lúcio, que confessa sentir o peso da responsabilidade.<br />
“Às vezes, quando a gente deita a cabeça no travesseiro,<br />
é uma realidade difícil, porque são cinco mil<br />
alunos, que estão com a gente por 220 dias letivos,<br />
além dos pais”, reflete Lúcio. O negócio da educação,<br />
contudo, parece estar no sangue dele: “É por gostar<br />
da coisa, e cresci pensando nisso, em querer dar continuidade”,<br />
encerra. ¤<br />
Das 22 faculdades de Direito do Ceará,<br />
ela está entre as três melhores no quesito<br />
aprovação percentual nos concursos da<br />
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB);<br />
Inaugurou, em agosto, a 1ª Vara Cível da<br />
Zona Norte, que oferta serviços jurídicos à<br />
população e proporciona experiência aos<br />
alunos, dentro da estrutura da faculdade.<br />
36 <strong>GALERIA</strong> EmpREENDEDORISMO 37
UM CARRO NA<br />
PALMA DA SUA MÃO.<br />
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38 <strong>GALERIA</strong> EmpREENDEDORISMO 39
PODER<br />
FAZER<br />
SOCIAL<br />
A DIRETORA REGIONAL DO SESC CEARÁ, REGINA PINHO,<br />
RELEMBRA SUA TRAJETÓRIA NA INSTITUIÇÃO E COMEMORA<br />
O TÍTULO DE DOUTORA PELA UNIVERSIDADE DE COIMBRA.<br />
FOTOS TAMARA LOPES<br />
Regina Pinho define-se como uma eterna aprendiz<br />
do fazer social. Da infância em Senador Pompeu,<br />
sertão central do Estado, vieram as reminiscências<br />
que educaram o seu olhar e formaram no seu<br />
imaginário imagens de vivências socializadoras.<br />
“No interior, vivíamos em uma sociedade mais<br />
horizontal e participativa. As crianças eram criadas com<br />
liberdade, conectadas umas às outras, incentivadas a soltarem<br />
a imaginação e a criatividade. A sala da minha casa<br />
transformava-se em um palco. Ao som da vitrola, imaginávamos<br />
fazer parte de uma companhia de dança, dramatizando<br />
textos, declamando poesias. No sertão, quando chovia,<br />
era uma festa para os sentidos. Não eram apenas os rios<br />
e açudes que encharcavam. Também nós, corríamos para<br />
a rua, apreciar os relâmpagos rasgando os céus, um ritual<br />
próprio dos filhos do semiárido. Nas rodas de conversa nas<br />
calçadas, nas festas tradicionais que participávamos, havia<br />
solidariedade, um sentimento de pertencimento. A minha<br />
infância no sertão possibilitou o exercício do saber e do<br />
fazer comunitário, uma experiência preparatória para tudo<br />
que fiz e tenho feito desde então”, diz ela, que hoje ocupa<br />
o cargo de diretora regional do Sesc Ceará..<br />
Adolescente, já exercitava seu prazer pela escrita.<br />
Criou o jornal da cidade, discutia as pautas com os colegas<br />
e imprimia no mimeógrafo emprestado da escola. Filha<br />
de uma professora, Regina Pinho teve a educação como<br />
principal ferramenta para o seu crescimento pessoal. Graduada<br />
em Ciências Sociais, possui MBA em Gestão Social<br />
pela Fundação Getúlio Vargas – FGV/RJ, MBA em APG:<br />
Gestão Avançada, Amana-Key, Especialização em Lide-<br />
40 <strong>GALERIA</strong> poder 41
PODER<br />
“A atuação do Sesc tem<br />
valor inestimável, criada<br />
a partir da contribuição<br />
dos empresários<br />
do Comércio, numa<br />
perspectiva de<br />
responsabilidade<br />
social e a compreensão<br />
de que não existe<br />
desenvolvimento<br />
econômico sem<br />
desenvolvimento<br />
social e humano.”<br />
rança Executiva em Desenvolvimento da Primeira Infância<br />
pela Harvard University, Estados Unidos. Recentemente,<br />
concluiu o Doutorado em Turismo, Lazer e Cultura pela<br />
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É membro<br />
da Academia de Letras dos Municípios do Estado do<br />
Ceará (ALMECE) e da Academia Juvenal Galeno (AJUG).<br />
Mas a sua maior formação para o exercício do fazer social<br />
vem do trabalho na instituição para a qual tem dedicado a<br />
sua vida, o Serviço Social do Comércio (Sesc).<br />
Há 37 anos, Regina Pinho era selecionada para estagiar<br />
no Sesc. A partir daí, tornou-se Gerente de Planejamento,<br />
Diretora de Planejamento, Diretora de Programação Social<br />
e, desde 20<strong>06</strong>, é Diretora Regional. Ao relembrar sua trajetória,<br />
Regina Pinho, define as experiências no Sesc como<br />
o grande aprendizado da sua vida. “Se a educação formal<br />
conduziu os meus passos para chegar até aqui, foi o Sesc,<br />
essa grande instituição com a missão ancorada na educação,<br />
como base da construção de uma sociedade mais justa;<br />
a minha maior formação, a grande escola. O Sesc é plural.<br />
Nossas unidades oferecem uma diversidade de atividades<br />
para os trabalhadores do Comércio, sejam de lazer, cultura,<br />
educação, saúde ou assistência. Mas todas as atividades<br />
têm uma ação efetivamente educativa. Educar no sentido<br />
de abrir percepções, oferecer acesso, democratizar. Até os<br />
nossos restaurantes oferecem refeições balanceadas, com o<br />
auxílio de nutricionistas, como ação educativa. A cultura<br />
tem a dimensão de educar o olhar, manter vivas as nossas<br />
tradições e ao mesmo tempo, dar palco a todas as linguagens<br />
atuais, num permanente intercâmbio de significâncias.<br />
Então, no Sesc, eu consegui conciliar a teoria acadêmica<br />
com a prática do fazer social”.<br />
PROJETOS SOCIAIS<br />
Regina Pinho participou ativamente do crescimento do<br />
Sesc no Estado. Sua experiência como Diretora de Programação<br />
Social possibilitou o convívio com as comunidades<br />
mais carentes. Conhecendo de perto a realidade das pessoas,<br />
sentiu na pele o que disse Ariano Suassuna sobre o hiato<br />
que divide o Brasil, entre o país dos privilegiados e o país<br />
dos despossuídos. À frente do Sesc, participou da criação e<br />
implantação de projetos que tornaram o Sesc o braço social<br />
do Comércio, que abraça cada vez mais os comerciários,<br />
suas famílias e a população em geral.<br />
“A atuação do Sesc tem valor inestimável, criada a partir<br />
da contribuição dos empresários do Comércio, numa<br />
perspectiva de responsabilidade social e a compreensão de<br />
que não existe desenvolvimento econômico sem desenvolvimento<br />
social e humano. No Ceará, o Sesc desempenha um<br />
papel fundamental na transformação da vida das pessoas.<br />
Veja, por exemplo, a Mostra Sesc Cariri de Culturas, na sua<br />
19ª edição. Um projeto inovador que nasceu no Ceará e tornou-se<br />
um palco democrático para os artistas em todo o País.<br />
As nossas unidades que vão até as comunidades possibilitar<br />
o acesso a um tratamento odontológico com a OdontoSesc<br />
ou mesmo o acesso à leitura com a BiblioSesc, que tem um<br />
dos maiores acervos sobre quatro rodas. A unidade móvel<br />
Sesc Saúde da Mulher tem estado nos bairros mais carentes,<br />
realizando exames para prevenção de câncer de mama e<br />
colo do útero, além de incontáveis ações educativas que<br />
promovem a saúde da mulher”.<br />
O EXERCÍCIO DO AMOR INCONDICIONAL<br />
Regina Pinho é mãe de três filhos, Juliana, Ranieri Filho<br />
e Felipe. Mesmo com uma vida comprometida com o saber<br />
e o fazer, o seu papel como mãe é parte importante do<br />
exercício do amor pleno. “Ser mãe é compreender na prática<br />
a diversidade, aceitar as diferenças e amar incondicionalmente.<br />
Agora a vida me presenteou com dois sentimentos<br />
que pareciam antagônicos: ser mãe e ao mesmo tempo ter<br />
serenidade. Só mesmo sendo avó. Davi e Liz, meus netos,<br />
são a manifestação sagrada do amor. Quando os vejo é<br />
como se olhasse para o céu estrelado do sertão, uma sensação<br />
de plenitude me invade. É como se o universo inteiro<br />
coubesse no meu coração”.<br />
GRANDE CONQUISTA<br />
O maior passo na vida acadêmica de Regina foi o doutorado<br />
em Cultura, Turismo e Lazer pela Universidade<br />
de Coimbra, em Portugal, do qual ela muito se orgulha.<br />
A tese “Potencialidades para o Desenvolvimento do Turismo<br />
Sustentável de Base Comunitária no Sesc Iparana: Povos do<br />
Mar” foi defendida ainda este ano, aprovada com louvor,<br />
nota máxima e por unanimidade pelos sete membros da<br />
banca. “Isso é de um significado muito grande para o trabalho<br />
do Sesc e para o meu trabalho”, comenta a diretora.<br />
“Nós fazemos um turismo social e não de massa. Enquanto o<br />
turismo olha para os 573 km de extensão do litoral cearense<br />
como atrativo comercial, nós olhamos para esse território<br />
de dunas, falésias e nos preocupamos com as comunidades<br />
que habitam neles. Rendeiras, marisqueiras, pescadores,<br />
artesãos, indígenas. Então, começamos a desenvolver um<br />
projeto que preserva os ecossistemas e convive com as<br />
42 <strong>GALERIA</strong> poder 43
PODER<br />
“Enquanto o turismo<br />
olha para os 573 km<br />
de extensão do litoral<br />
cearense como atrativo<br />
comercial, nós olhamos<br />
para esse território<br />
de dunas, falésias e<br />
nos preocupamos<br />
com as comunidades<br />
que habitam neles.<br />
Rendeiras, marisqueiras,<br />
pescadores, artesãos,<br />
indígenas.”<br />
comunidades litorâneas. Povos do Mar é uma rede<br />
social que conecta os saberes, os sabores e os fazeres<br />
de quem vive nas comunidades. Meu papel foi provar<br />
que o turismo social e o turismo de base comunitária<br />
podem alavancar o desenvolvimento social”.<br />
As diversas frentes de estudo de Regina, todas em<br />
áreas distintas, que vão desde a pobreza, passando por<br />
infância, até o turismo, têm uma explicação, para ela.<br />
“O Sesc é um mundo, trabalhamos com várias áreas<br />
de atuação. Na minha cabeça de estudiosa, eu preciso<br />
compreender o máximo que eu puder do mundo. É para<br />
eu me tornar uma pessoa melhor e, principalmente,<br />
para que eu possa servir melhor”, ressalta. Sobre o<br />
poder, Regina Pinho afirma que está alinhada com as<br />
reflexões do pensador francês Michel Foucault: “Não<br />
consigo pensar no poder como uma forma de apropriação<br />
minha de um bem. O poder não é meu. O poder<br />
perpassa pelas pessoas, ele é servível, é positivo e é o que<br />
a gente faz, por exemplo, aqui no Sesc, quando se consegue<br />
construir uma rede social, como o Povos do Mar.<br />
O poder passa pela gente, não é do indivíduo. O poder<br />
não é para dominar é para libertar”, argumenta. ¤<br />
44 <strong>GALERIA</strong> poder 45
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46 <strong>GALERIA</strong> poder 47
CAPA<br />
O ETERNO<br />
TRAPALHÃO<br />
A VOCAÇÃO HUMORÍSTICA DE RENATO ARAGÃO PARECE TER VINDO JÁ EM SEU<br />
SANGUE, E NÃO TEM PREVISÃO DE PARAR DE RENDER FRUTOS DE SUCESSO<br />
48 <strong>GALERIA</strong> capa 49
Em um domingo de janeiro de 1935, lá em Sobral - município<br />
distante 240km de Fortaleza -, nascia Antônio<br />
Renato Aragão. Filho de dona Dinorá e Paulo Aragão,<br />
aquele menino do interior hoje é um dos principais<br />
comediantes do País, sendo referência para muitas<br />
gerações. Mas até os 24 anos, quando deu os primeiros<br />
passos no meio do entretenimento, ser comediante era apenas<br />
um sonho em meio a tantos outros planos. “Sobral é minha<br />
recordação doce de infância. Muitas brincadeiras, estrepolias,<br />
molecagem. Nessa época, queria estudar, trabalhar, casar... e fazer<br />
graça”, lembra ele.<br />
Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Ceará, formando-se<br />
na turma de 1961, o ainda então mais conhecido como<br />
Renato conciliou um período com as atividades na TV Ceará,<br />
onde entrou em 1959, após participar de um concurso para trabalhar<br />
como realizador. Foi lá que nasceu Didi, personagem que<br />
acompanha Renato por toda a sua vida desde então. “Eu estava<br />
escrevendo o primeiro programa e coloquei Renato. Quando fui<br />
ler, achei normal... aí pensei, tem que ser um nome diferente.<br />
Pensei que do nome Didi as crianças iriam gostar”, revela.<br />
Influenciado por Oscarito - que foi sua primeira referência,<br />
após ver os filmes “Carnaval de Fogo” e “Aviso aos Navegantes”<br />
mais de 30 vezes -, Charlie Chaplin e Carmen Miranda em<br />
seu jeito de se expressar e fazer humor, ele começou a ganhar<br />
destaque. Para ele, o processo de mudança do Direito para o<br />
entretenimento foi algo natural. “Minha cabeça fervilhava de<br />
ideias e, depois de cumprido meu dever acadêmico, acreditei<br />
que o sonho de fazer graça já poderia ter espaço”.<br />
E foi então em busca de voos mais altos. Em 1964, Renato<br />
foi embora para o Rio de Janeiro e lá foi contratado pela TV<br />
50 <strong>GALERIA</strong> capa 51
“(Decidi seguir com<br />
ele) porque Didi é<br />
livre e independente.<br />
Renato Aragão começa<br />
de Sobral para a vida.<br />
Didi começa para alegrar<br />
o mundo... e não tem fim”<br />
Tupi, mas não sem antes bater em muitas portas. “Não tive<br />
vida fácil. [...] esperei em muitas filas até que conseguimos<br />
abrir a porta da TV Tupi”. Lá, Didi encontraria um de seus<br />
maiores parceiros: Manfried Sant'Anna, o Dedé. Juntos,<br />
ganharam espaço no programa “A E I O Urca”. Dois anos<br />
depois, conquistavam a oportunidade de ter um programa<br />
próprio, o Adoráveis Trapalhões, na TV Excelsior. Ali surgia<br />
o embrião do que seria, posteriormente, o seu maior sucesso.<br />
Foi também na Tv que Didi ganharia um sobrenome: Mocó<br />
Sonrisal Colesterol Novalgina Mufumbo. Porém, nem tudo era<br />
alegria na vida de Renato. “Dificuldades e medos fazem parte<br />
da vida do ser humano. Talvez (a maior) tenha sido superar a<br />
timidez e lutar contra o preconceito da ‘elite’ em torno de um<br />
programa de humor palhaço e ingênuo”, pondera.<br />
DIDI E OS TRAPALHÕES<br />
Já conhecido do público, fazendo participação em diversos<br />
programas humorísticos, Renato, junto de seu parceiro Dedé,<br />
estrearam o programa Os Insociáveis, na TV Record. A dupla<br />
ganhava ali a companhia de Antônio Carlos Bernardes Gomes,<br />
o Mussum. Alcançando sucesso, agora como trio, eles migraram<br />
de volta para a TV Tupi. E ali, o grupo ganhava mais<br />
um integrante. Mauro Gonçalves, batizado de Zacarias pelo<br />
próprio Didi, chegava para completar o quarteto.<br />
Os Trapalhões faziam humor, musical, entrevista e tudo<br />
mais dentro de um programa de duas horas e chegaram a bater<br />
programas líderes de audiência na época, como o Fantástico.<br />
Com isso, em 1977, foram convidados para ir para a Rede<br />
Globo. Para Renato, os quatro representavam um pouco do<br />
que era o brasileiro. Didi era o nordestino sofredor. Dedé,<br />
o galã da periferia. Mussum, o negro vindo do morro e Zacarias,<br />
o mineirinho desconfiado. “(Eram) pessoas do povo que<br />
simbolizavam a maioria dos brasileiros, rindo para superar<br />
os desafios da vida”, define o humorista. Em 15 anos juntos,<br />
os quatro gravaram mais de 20 filmes. Um deles, Os Saltimbancos<br />
Trapalhões, figura como a 10ª maior bilheteria do<br />
52 <strong>GALERIA</strong> capa 53
cinema nacional, mesmo após 35 anos da sua estreia, e teve<br />
um público de mais de 5 milhões de espectadores.<br />
Apesar do sucesso, o grupo sofreu alguns baques. Em 1983,<br />
chegaram a se separar por seis meses, período em que Renato<br />
apresentou o programa sozinho. Mas depois retomaram a<br />
parceria e decidiram seguir juntos, permanecendo assim até<br />
1990, quando Zacarias morreu por insuficiência respiratória.<br />
Após a perda, Renato e os outros integrantes ainda tentaram<br />
reformular o programa, que ganhou a participação de nomes<br />
como Jorge Lafond e Tião Macalé. Porém, quatro anos depois,<br />
Mussum também viria a falecer, e em 1995 se encerrava Os<br />
Trapalhões. Como seguir em frente, então, sem a companhia<br />
dos antigos parceiros? “Toda a retomada é difícil, mas a vida<br />
segue e temos que olhar para o futuro com otimismo, seguindo<br />
em frente em todas as situações”, confessa Renato.<br />
O RECOMEÇO<br />
Após alguns anos gravando apenas especiais, em 1998,<br />
Renato estreava, na Rede Globo, o programa dominical A<br />
Turma do Didi. Além do programa, gravou outros tantos<br />
filmes como O Noviço Rebelde, com cenas rodadas no Ceará,<br />
e O Trapalhão e a Luz Azul. Na vida pessoal, o trapalhão<br />
se reencontrou com o amor e casou com Lilian Taranto,<br />
com quem teve Lívian, sua quinta filha - Paulo, Ricardo,<br />
Renato Jr. e Juliana, são também filhos de Renato, frutos do<br />
primeiro casamento com Marta Rangel. A caçula se tornou<br />
uma de suas parceiras também no cinema e atuou com Renato<br />
em filmes como O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili.<br />
Paralelo aos projetos nas telonas e nas telinhas, ele vinha<br />
se dedicando às causas sociais. Em 1985, enquanto Os Trapalhões<br />
ainda estavam no auge, Renato se inseriu na campanha<br />
Criança Esperança, criada pela Rede Globo, onde se mantém<br />
presente até hoje. Desde 1991, ele também trabalha como<br />
embaixador do Fundo das Nações Unidas para a Infância<br />
(Unicef). “O Unicef é uma prioridade na minha vida. Foi na<br />
parceria do Unicef e TV Globo que plantamos a semente<br />
da solidariedade que está dando frutos até hoje”, orgulha-se<br />
Renato. Naquele ano, ele viveu uma de suas experiências<br />
mais icônicas, quando subiu ao topo do Cristo Redentor e<br />
beijou a mão da estátua.<br />
NOVA FASE<br />
Hoje, Renato se dedica, também, à nova fase de Os Trapalhões,<br />
que além dele e Dedé, tem a presença dos atores<br />
Lucas Veloso, Bruno Gissoni, Mumuzinho e Gui Santana.<br />
“Eu estou escrevendo, produzindo e atuando neste programa.<br />
Faz parte da minha vida e estou vivendo tudo intensamente<br />
e novamente, como se fosse o primeiro programa que fiz na<br />
vida”, empolga-se. Apesar de conviver com Didi há tantos<br />
anos, ele não pretende se separar do personagem tão cedo.<br />
"(Decidi seguir com ele) porque Didi é livre e independente.<br />
Renato Aragão começa de Sobral para a vida. Didi começa<br />
para alegrar o mundo... e não tem fim".<br />
Prestes a completar 83 anos, Renato não parou no tempo.<br />
Em quase 60 anos de carreira artística, para Renato, envelhecer<br />
levando alegria para as pessoas é o que o rejuvenesce. “Isto<br />
é tudo para viver com alegria e agradecer ao meu público<br />
e a Deus sempre”, afirma. A internet e o surgimento de<br />
“O Renato tem uma personalidade extremamente<br />
interessante. Na presença de outras pessoas, ele é<br />
tímido, mas na intimidade da família, é extremamente<br />
agradável, uma personalidade muito alegre, muito<br />
voltado para o bem-estar dos outros, que gosta muito<br />
de fazer o bem. E outra coisa, como amigo, ele tem<br />
sido o mesmo, durante toda a vida, com o mesmo<br />
padrão de amizade. Ele sempre diz que você pode<br />
perder tudo, menos os amigos”<br />
“Renato Aragão, para mim, é o melhor pai<br />
do mundo. (Com ele aprendi) ser sempre<br />
paciente e agradecer”<br />
Lívian Aragão, 18, atriz e filha caçula<br />
de Renato Aragão<br />
Afrânio Aragão, 74, diretor-presidente do<br />
Padetec/UFC e sobrinho de Renato Aragão<br />
54 <strong>GALERIA</strong> capa 55
O estudioso<br />
do humor<br />
novas formas de humor, junto dos debates acerca do<br />
politicamente correto, vieram para somar, segundo<br />
Renato, e ele acredita que cada um tem seu espaço.<br />
“A tecnologia veio para ajudar e temos que acompanhá-la.<br />
A essência do meu humor é sempre a mesma,<br />
e a tecnologia e seus efeitos contribuem muito. Standup<br />
é muito bom, é mais uma maneira de fazer as pessoas<br />
rirem. Cada um tem o seu humor e no meu caso não<br />
atrapalhou em nada”, garante.<br />
Com tantos projetos, ele também não pensa em<br />
parar tão cedo e já anuncia as novidades. “Aposentar,<br />
nunca! Os meus projetos são: este programa Os Trapalhões,<br />
no qual escrevo com uma equipe e atuo. (O filme)<br />
“Didi e o fantasma do teatro”, que será lançado no final<br />
do ano. 2018 será uma surpresa!”. Porém, dentre os<br />
planos, voltar para o Ceará ainda não está entre eles.<br />
No entanto, mesmo morando longe há tantos anos,<br />
ele garante que essa ainda é a sua terra. “Fortaleza é<br />
a minha casa, minhas raízes. Sempre que eu posso,<br />
venho a Fortaleza. No mínimo, três vezes ao ano. O que<br />
eu sinto falta é desse vento batendo no meu rosto,<br />
de minha família e amigos”, conclui. ¤<br />
Para além do humorista que<br />
conquistou o coração de gerações<br />
como um palhaço quase que<br />
atemporal, Renato Aragão reserva<br />
ainda a faceta do pesquisador atento e<br />
empenhado em descobrir as técnicas<br />
e possibilidades do humor, segundo<br />
lembra o sobrinho dele, Afrânio Aragão,<br />
de quem Renato é próximo até hoje.<br />
“O Renato é um estudioso de humor,<br />
ele estudou muito Charles Chaplin,<br />
Oscarito, e isso serviu como base para<br />
o trabalho dele. Além disso, a grande<br />
vantagem do Renato é que ele não<br />
é um humorista comum, ele cria,<br />
e essa capacidade de criação, toda<br />
essa verve, foi herdada do pai dele”,<br />
conta Afrânio, que reside em Fortaleza<br />
e é o diretor-presidente do Parque<br />
de Desenvolvimento Tecnológico<br />
(Padetec) da Universidade Federal<br />
do Ceará (UFC).<br />
Na juventude, em Fortaleza,<br />
Renato e Afrânio dividiam não apenas<br />
o mesmo quarto, na casa da avó,<br />
no Centro, mas também o local de<br />
trabalho, uma vez que os dois tinham<br />
ligação com o Banco no Nordeste:<br />
Renato era escriturário e Afrânio, aluno<br />
do curso de Aprendizagem Bancária.<br />
“Ele ensaiava os programas (da TV<br />
Ceará) na casa da minha avó, que tinha<br />
um quintal muito grande, e permitia<br />
que o pessoal da família ensaiasse<br />
junto com ele. Quando saíamos do<br />
banco, ele me levava junto, na lambreta<br />
dele, para as gravações, e eu acabei<br />
fazendo participações em vários<br />
programas”, lembra o sobrinho. Anos<br />
depois, após encontros e desencontros,<br />
Afrânio estava cursando um PhD<br />
nos Estados Unidos e conduziu<br />
Renato em uma visita pelas terras<br />
norte-americanas, ocasião em que ele<br />
aprendeu ainda mais sobre humor.<br />
“Visitamos os Estados Unidos de<br />
carro, e fomos até Nova York, onde ele<br />
conheceu toda a parte das esquetes<br />
humorísticas e eu consegui mostrar<br />
pra ele os comediantes famosos<br />
daquela época. Ele se entusiasmou<br />
muito com aquilo, e pediu que eu<br />
transmitisse aquelas informações.<br />
Então, ele comprou uma máquina<br />
filmadora, eu filmava os programas,<br />
traduzia e mandava os roteiros pra ele,<br />
e assim ele teve muito material, muita<br />
munição para fazer Os Trapalhões”,<br />
destaca Afrânio, que revela ter<br />
ajudado Renato, com esse processo,<br />
ao longo dos quatro anos em que<br />
morou naquele país.<br />
Hoje, diz Afrânio, eles são como<br />
irmãos, estão sempre em contato,<br />
“trocando mensagens pelo WhatsApp”.<br />
“De modo que continuamos numa<br />
interação muito forte. Quando vem<br />
ao Ceará, ele me avisa. Quando vou<br />
ao Rio, fico hospedado na casa dele,<br />
tenho um prazer muito grande de<br />
conviver com ele”, destaca o sobrinho,<br />
que comemora os Natais junto da<br />
família de Renato, sempre em Orlando,<br />
nos Estados Unidos.<br />
56 <strong>GALERIA</strong> capa 57
Uma experiência inesquecível<br />
comeca com os ingredientes certos :<br />
seu toque pessoal eAdria rano Duro<br />
´<br />
.<br />
Adria Grano Duro é uma massa<br />
preparada com a parte mais nobre de<br />
um trigo especial, importado de regiões<br />
de clima frio, que traz uma experiência<br />
naturalmente al dente. Dê um toque<br />
sofisticado às suas receitas e garanta o<br />
prazer de reunir pessoas, preparar um<br />
prato especial e aproveitar o melhor de<br />
cada momento.<br />
Adria Grano Duro.<br />
Grãos importados, experiência<br />
inesquecível.<br />
www.adria.com.br<br />
58 <strong>GALERIA</strong> capa 59
TOQUE MT<br />
TOQUE<br />
MT<br />
CAPELLINI AO SHIMEJI COM<br />
MOLHO DE CAPIM SANTO<br />
Comer bem não precisa estar associado apenas às refeições com pratos elaborados e ingredientes exclusivos. Foi pensando assim que a chef Louise Benevides<br />
preparou uma receita rápida, com insumos fáceis de ser encontrados, e que funciona super bem para mudar o cardápio do jantar da semana, por exemplo,<br />
sem grandes esforços. “São fáceis de serem usados e remetem a várias sensações a partir do aroma, sabor e texturas diferentes”, garante ela. Uma taça de vinho<br />
branco é a sugestão da chef para arrematar a refeição.<br />
Tempo de preparo: 30 minutos<br />
Rendimento: 1 porção<br />
Ingredientes:<br />
180g de massa ADRIA GRANO DURO CAPELLINI<br />
cozida al dente<br />
5ml de azeite<br />
2 dentes de alho<br />
100g de shimeji<br />
100ml de chá de capim santo<br />
50g de creme de leite<br />
100g de queijo grana padana<br />
50g de presunto de parma<br />
Tomates cereja<br />
Raspas de limão taiti<br />
Modo de preparo<br />
1 Refogue, o azeite, o shimeji e, em seguida, acrescente massa cozida.<br />
2 Faça um molho com o chá de capim santo, as raspas de limão, o creme de<br />
leite e o queijo grana padana, levando ao fogo médio até atingir a consistência<br />
mais encorpada.<br />
3 Coloque o molho sobre a massa refogada e finalize o prato com o shimeji,<br />
o presunto de parma e os tomates cereja.<br />
Para ver o passo a passo dessa e outras receitas se inscreva em nosso #CanalMT, do Youtube!<br />
/M<strong>TRAVESSONI</strong><br />
60 <strong>GALERIA</strong> toque MT 61
GASTRONOMIA<br />
SABORES DA<br />
ÁSIA<br />
UM DOS PRIMEIROS A TRAZER A CULINÁRIA JAPONESA PARA<br />
A CAPITAL, O RESTAURANTE MANGOSTIN, DO HOTEL GRAN MARQUISE,<br />
AGORA CONTEMPLA PARTE DA CULINÁRIA ASIÁTICA NO MENU<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS TAMARA LOPES<br />
A<br />
terra da carne do sol e das receitas que variam<br />
do tropical ao sertanejo é também solo fértil<br />
para a gastronomia asiática, e um dos principais<br />
representantes desse menu é o Mangostin, restaurante<br />
do Hotel Gran Marquise e que foi um<br />
dos pioneiros desse segmento na capital cearense.<br />
A empreitada começou em 1994, quando o restaurante abriu<br />
sob o nome de Mariko, e foi o responsável por apresentar<br />
ao paladar cearense o sushi e o sashimi. Hoje, após algumas<br />
reformulações no cardápio, o Mangostin segue o conceito<br />
Pan Asia, contemplando as cozinhas coreana, chinesa,<br />
japonesa e tailandesa, com leves adaptações ao gosto local.<br />
A expansão do menu foi coordenada pelo chef Raimundo<br />
Castro - que aprendeu em São Paulo, na década de 1990,<br />
as técnicas da culinária japonesa -, com o auxílio do gerente<br />
de Alimentos e Bebidas do Gran Marquise, Jorge Bita, e do<br />
chef executivo Edilson Araújo. Junto da assinatura “leve,<br />
vibrante, saborosa e atual” que Bita fez questão de priorizar<br />
na carta da casa, o Mangostin tem uma característica singular:<br />
as porções fartas, bem ao gosto dos hábitos alimentares<br />
do cearense. “No começo, a gente recebia até reclamação<br />
porque o pessoal aqui achava a porção pequena. O cearense<br />
gosta mesmo é de fartura, então, aumentamos a quantidade”,<br />
detalha o chef Raimundo. Além disso, as especiarias<br />
e determinados ingredientes utilizados são comprados nos<br />
próprios países asiáticos, para manter a maior fidelidade<br />
possível à receita original. “Se faltar alguma coisa, eu prefiro<br />
suspender do cardápio naquele dia do que substituir por<br />
algo parecido”, estabelece o chef.<br />
No Mangostin, o passeio pelos sabores asiáticos pode<br />
começar, por exemplo, com o shumaki, entrada japonesa<br />
com peças de sushi de salmão e camarão maçaricado, servido<br />
com molho tarê; ou ainda com o típico pastel chinês<br />
a vapor, o guioza, com recheio de frango. A gastronomia<br />
tailandesa traz, para a carta de entradas, o camarão recheado<br />
com dill, uma especiaria aromática, empanado com coco e<br />
62 <strong>GALERIA</strong> GASTRonomia 63
O PERFIL DE<br />
CADA COZINHA<br />
TOQUE<br />
MT<br />
Japão<br />
Mais leve e sem tantos condimentos, a cozinha<br />
japonesa é conhecida pelos sushis e sashimis, além dos<br />
pratos grelhados e puxados no molho de soja.<br />
China<br />
Peças pequenas e de fácil consumo são o forte dos<br />
menus chineses, caracterizados por receitas agridoces,<br />
à base de macarrão grosso, carne de porco e pasteis<br />
feitos no vapor.<br />
Coréia<br />
Arroz e pimenta têm presença garantida nas receitas<br />
coreanas, que também vêm sempre acompanhadas do<br />
kimchi, feito com couve e outros vegetais como pepino,<br />
rabanete e alho francês.<br />
Tailândia<br />
Com pratos leves, a Tailândia tem como marca<br />
registrada os temperos à base de erva cidreira, curry,<br />
coco, tamarindo e arroz basmati, feito à base de jasmim.<br />
Sabores doces, salgados, amargos e picantes se<br />
encontram nas mesmas receitas.<br />
acompanhado de molho agridoce de pimenta, enquanto<br />
o rolinho de legumes é uma opção para quem quer iniciar<br />
com os sabores da Coréia.<br />
ESPECIALIDADES<br />
Os sushis e sashimis são, de fato, os preparos mais pedidos<br />
no restaurante, segundo o chef Raimundo, mas outros<br />
pratos do cardápio também têm lugar de destaque entre as<br />
preferências do público. “Um deles é o pad thai, que é um<br />
prato tailândes. A gente deixa à cargo do cliente escolher<br />
entre frango e camarão, e isso vai vir acompanhado de<br />
legumes, ovo, suco de tamarindo, molho de peixe, molho<br />
de soja e talharim de arroz, servidos em um chauan, que é<br />
uma tigela asiática”, descreve Raimundo.<br />
Outro favorito no cardápio é a picanha ginger, também<br />
de origem tailandesa, em que a carne é servida em tiras,<br />
junto de molho levemente adocicado de gengibre. A picanha<br />
é ainda a estrela de um prato coreano, o chili, em que<br />
ela vem fatiada, acompanhada de kimichi e massa de arroz.<br />
“O umazushi de atum é bastante pedido também. Consiste<br />
em uma boa porção de atum, marinada no suco de limão<br />
siciliano com molho de peixe, que é selado e vem sobre<br />
a cama de berinjela confitada no azeite, acompanhado<br />
de purê de abóbora aromatizado no gengibre e molho de<br />
wasabi”, detalha o chef. Sushis, sashimis e temakis, claro, têm,<br />
lugar garantido no cardápio, feitos à base de salmão, atum,<br />
peixe branco e camarão, e servidos em porções combinadas.<br />
FRUTAS EM EVIDÊNCIA<br />
Para finalizar o passeio gastronômico, a lista de<br />
sobremesas é de encher os olhos e o paladar, tendo as<br />
frutas como insumos presentes em quase todas as receitas.<br />
Na receita tailandesa de banana crocante, por exemplo,<br />
a fruta é empanada em farinha panko, recheada com doce<br />
de leite e vem acompanha de sorvete de coco. Nesse menu,<br />
quem representa a Coréia é a lichia, servida em calda com<br />
sorvete de capim santo; e o Japão aparece sob a forma de<br />
salada de frutas com sorvete de creme, gelatina de algas<br />
e lichia. Da China, o tradicional harumaki doce, que é<br />
um rolinho com recheio de goiabada e queijo, servido<br />
com sorvete de creme e calda de morango. Todas essas<br />
delícias podem ser harmonizadas com diversos vinhos,<br />
presentes na carta elaborada por Jorge Bita, que tem o<br />
título de Master of Wine. ¤<br />
O CHEF RAIMUNDO CASTRO<br />
aprendeu, em São Paulo, as técnicas<br />
da comida japonesa, e adaptou as<br />
porções ao gosto dos cearenses<br />
64 <strong>GALERIA</strong> GASTRonomia 65
DELÍCIAS<br />
Por Hugo Rigui<br />
Ingrediente<br />
histórico e afetivo<br />
Na história da<br />
evolução humana,<br />
a carne teve,<br />
de fato, um papel<br />
determinante.<br />
O consumo<br />
de proteína animal pode ter<br />
contribuído para o crescimento<br />
acelerado da massa cerebral<br />
humana devido à grande<br />
quantidade de nutrientes e<br />
proteínas que eram ingeridos.<br />
O ato de se reunir em torno do<br />
fogo para se proteger, aquecer e<br />
cozinhar deu mais possibilidades à<br />
espécie. Adquirir fontes de energia<br />
e calorias ao invés de comer<br />
alimentos crus difíceis de mastigar<br />
e digerir parecia instigante.<br />
Em torno da fogueira, podia-se<br />
socializar noite adentro, surgindo<br />
possivelmente, com o fogo, o hábito<br />
de contar histórias.<br />
O <strong>POR</strong>CO<br />
A domesticação do porco teve<br />
início na Antiguidade. Domesticar<br />
o animal dava aos nômades<br />
vantagens. Caçar o alimento,<br />
algumas vezes, levava dias. Criar<br />
FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
os próprios animais propiciava, então,<br />
uma evolução no ato de se alimentar.<br />
Atualmente, presenciamos de uma<br />
aproximação afetiva do brasileiro com<br />
a carne suína, também por influência<br />
das américas anglo-saxônicas, onde<br />
o consumo de suínos representa<br />
vantagem em relação a aves e bovinos.<br />
GASTRONOMIA<br />
No cenário gastronômico mundial,<br />
percebemos que a carne suína tem<br />
ganhado cada vez mais o coração<br />
dos chefs, com amplas possibilidades<br />
e, com a evolução do manejo e as<br />
raças modificadas, a carne adquiriu<br />
porte e propriedades que propiciam<br />
novos cortes e técnicas de preparo.<br />
O estilo norte-americano de comer<br />
influencia cada vez mais o hábito<br />
de consumo de suínos no Brasil,<br />
o que desperta o interesse em novas<br />
maneiras de explorar a carne do<br />
animal e nos possibilita a enxergar<br />
a carne suína como uma das mais<br />
saborosas e versáteis.<br />
A COMIDA DA VOVÓ<br />
Culturalmente, adquirimos uma<br />
relação afetiva com a carne suína.<br />
A relação familiar vai muito além do<br />
ato de comer: a vida nas regiões rurais<br />
tem conexão direta com o contexto<br />
da gastronomia nacional, e evidenciar<br />
esses elos tem se tornado cada vez<br />
mais indispensável na hora de criar<br />
um menu. Talvez pela necessidade<br />
ou aconchego, chefs tendem a<br />
desenvolver seus pratos, remetendo<br />
suas vivências familiares. Isso cria<br />
uma proximidade com o outro lado<br />
do balcão, toca as pessoas. O ato<br />
de comer não se faz somente para<br />
satisfazer necessidades fisiológicas,<br />
mas também para relembrar memórias<br />
e sentimentos. ¤<br />
→ → HUGO RIGUI É CHEF DE COZINHA, FUNDADOR<br />
E PROPRIETÁRIO DO EL CHANCHO E ELEGE<br />
COMO UMA DAS RECEITAS FAVORITAS O <strong>POR</strong>CO<br />
À PASSARINHO, QUE INTEGRA, INCLUSIVE,<br />
O CARDÁPIO DO RESTAURANTE.<br />
66 <strong>GALERIA</strong> DELícias 67
DEGUSTES<br />
Por João Carlos Paes Mendonça<br />
INVESTINDO<br />
EM UMA<br />
PAIXÃO<br />
Se eu fosse<br />
resumir em uma<br />
palavra, o que me<br />
levou a investir<br />
no mundo do<br />
vinho, essa<br />
palavra seria encantamento.<br />
Tanto pela região onde<br />
escolhemos produzir quanto<br />
pela bebida que sempre<br />
admirei. Desde 2009, passo<br />
temporadas em Portugal. Tenho<br />
um apartamento em Lisboa e<br />
o país serve de refúgio para<br />
descansar um pouco. Certa<br />
vez, conhecendo a região do<br />
Douro, uma das mais belas que<br />
já vi, soube que uma quinta,<br />
extremamente bem localizada,<br />
poderia estar à venda.<br />
Fui conhecer juntamente com<br />
minha esposa, Auxiliadora, e nos<br />
apaixonamos pelo local.<br />
Já havia uma estrutura de<br />
produção de uva. Compramos,<br />
eu e meu irmão Reginaldo,<br />
sócio na produção do local<br />
que pouco tempo depois seria<br />
batizado de Quinta Maria Izabel,<br />
e iniciamos a preparação. Tive a<br />
sorte de encontrar nessa nova<br />
jornada o enólogo chamado<br />
Dirk Niepoort, hoje um grande<br />
amigo e consultor da Quinta.<br />
Dos primeiros passos até<br />
hoje, recorremos a ele para<br />
dar ao vinho Maria Izabel a<br />
qualidade que queremos.<br />
É uma caminhada de<br />
desafios por ser um mundo<br />
completamente novo para<br />
mim. Minha trajetória de varejo,<br />
hoje mais ligada ao segmento<br />
de shopping, eventualmente<br />
ajuda pela visão de mercado,<br />
mas a essência do negócio é<br />
uma experiência nova. Manter a<br />
qualidade das vinhas, conquistar<br />
mercado com um vinho de<br />
qualidade – algo muito mais<br />
complexo do que se pensa -,<br />
tudo era novo e talvez isso nos<br />
atraiu. Foi e ainda é desafiador.<br />
Produzir vinho abriu para<br />
mim um novo mundo, tanto nas<br />
relações pessoais que passei<br />
a ter com outros empresários<br />
desse segmento, quanto para<br />
as estratégias que precisam<br />
ser traçadas. Mas é bom<br />
deixar claro que não se trata<br />
de um novo negócio. É algo<br />
que nos dá prazer. É uma<br />
espécie de hobby que tratamos<br />
com muito profissionalismo.<br />
Analisamos com cuidado cada<br />
passo e não temos pressa.<br />
Podemos dizer que, ao longo<br />
desses últimos cinco anos,<br />
‘degustamos’ a jornada. E tem<br />
sido exitosa. Hoje, já temos<br />
vinhos tinto, branco, rosé,<br />
do porto, espumante com<br />
algumas classificações e rótulos.<br />
Temos Poeta, M.I, Maria Izabel,<br />
Quinta Maria Izabel, Vinhas<br />
Velhas (Vinhas da Princesa).<br />
Todos são distribuídos em<br />
Salvador, Pernambuco, Ceará<br />
e outros Estados do Nordeste.<br />
Além disso, temos presença<br />
em Portugal, e uma pequena<br />
participação na Alemanha e<br />
na Inglaterra. ¤<br />
→→JOÃO CARLOS PAES MENDONÇA<br />
É FUNDADOR DO GRUPO JCPM -<br />
QUE COMANDA, EM FORTALEZA,<br />
OS SHOPPINGS RIOMAR FORTALEZA<br />
E KENNEDY - E COSTUMA<br />
COMEMORAR DATAS IM<strong>POR</strong>TANTES,<br />
COMO SEU ANIVERSÁRIO,<br />
NA VINÍCOLA DONA IZABEL.<br />
68 <strong>GALERIA</strong> DEGuSTES 69
70 <strong>GALERIA</strong> DEGuSTES 71
CULTURA<br />
LEGADO CEARENSE<br />
NAS TELONAS<br />
CRIADO, EM FORTALEZA, <strong>POR</strong> LUIZ SEVERIANO RIBEIRO,<br />
O GRUPO KINOPLEX COMPLETOU 100 ANOS COM O TÍTULO<br />
DE MAIOR REDE DE CINEMAS TOTALMENTE BRASILEIRA<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE E JÉSSICA COLAÇO FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
O CINE MAJESTIC,<br />
em Fortaleza, em<br />
dois registros: a<br />
fachada imponente,<br />
à esquerda, e<br />
com numeroso<br />
público, à direita<br />
Um trecho importante da história do cinema<br />
e do desenvolvimento de Fortaleza podem<br />
ser contados a partir do Cineteatro São Luiz,<br />
no Centro de Fortaleza. O mais interessante é<br />
que parte dessa narrativa começou antes mesmo<br />
de o cineteatro ser erguido: o quadrilátero onde<br />
o prédio está instalado hoje abrigou, há muito tempo,<br />
o Cine Majestic, primeiro cinema de grande porte da<br />
Capital, construído por Luiz Severiano Ribeiro, há 100<br />
anos, e que deu origem ao atual Grupo Kinoplex, maior rede<br />
de cinemas brasileira, que conta com 260 salas distribuídas<br />
em 17 cidades, nas quatro regiões do País.<br />
Essa história teve início quando, após investir em outros<br />
ramos, como livraria e até fábrica de gelo, Luiz Severiano<br />
decidiu transformar sua paixão pela sétima arte em algo<br />
mais profissional e deixar a magia do cinema mais acessível<br />
ao grande público. “O Cine Majestic é um marco na nossa<br />
história. Foi a primeira concretização de um sonho e nos<br />
inspirou a seguir nesse caminho, inovando sempre e buscando<br />
o que há de mais moderno em tecnologia e conforto<br />
para as nossas salas”, relaciona o presidente do grupo, Luiz<br />
Severiano Ribeiro Neto, herdeiro do negócio familiar.<br />
Neto fala com orgulho sobre a imensurável contruibuição<br />
cultural para o cinema do Brasil deixada pelo<br />
avô, que, após abrir aqui o Majestic, em julho de 1917,<br />
mudou-se com a família para o Rio de Janeiro em 1925,<br />
onde fundou os cinemas Helvética e Royal, além do Cine<br />
Odeon, atualmente o mais antigo cinema em atividade na<br />
capital carioca. “Meu avô era um nordestino determinado,<br />
empreendedor e pioneiro, que buscou, ao longo da vida,<br />
aproveitar ao máximo as oportunidades de negócios.<br />
Negócios estes que ele tratou de forma absolutamente<br />
moderna para a época, imprimindo valores e objetivos que<br />
permitiram, por exemplo, que o Kinoplex chegasse aos 100<br />
anos de existência”, contabiliza o presidente, que esteve em<br />
Fortaleza em julho deste ano para comemoração oficial do<br />
centenário do grupo cinematográfico.<br />
LEGADOS<br />
Um dos méritos do Grupo Kinoplex - que foi batizado<br />
com essa denominação em 2002, até quando levava<br />
o nome do fundador - é, de fato, resistir às constantes<br />
transformações e inovações da indústria cinematográfica,<br />
o que inclui tanto os modelos de distribuição de longas<br />
72 <strong>GALERIA</strong> Cultura 73
CULTURA<br />
ATUAL PRESIDENTE<br />
do Grupo Kinoplex, Luiz<br />
Severiano Ribeiro Neto<br />
(foto acima) administra,<br />
hoje, 260 salas de cinema<br />
em 17 cidades brasileiras<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
metragens e serviços de streaming, até a popularização das<br />
salas de cinema dentro dos shoppings, quase pondo fim à<br />
cultura dos cinemas de rua. Sem falar nas crises econômicas<br />
e períodos críticos para o cinema nacional, de produção<br />
escassa e falta de recursos, como o experimentado entre as<br />
décadas de 1980 e 1990.<br />
“É extremamente gratificante. Afinal, é raro uma empresa<br />
nacional chegar aos 100 anos hoje em dia. (...) Tudo isso só<br />
foi possível porque um dos valores de nossa empresa é a<br />
perseverança. Trabalhamos sempre em equipe e buscando<br />
inovar e nos reinventar a cada dia. Tenho muito orgulho de<br />
conseguir dar seguimento ao sonho do meu avô e, com isso,<br />
fazer parte da história de milhares de pessoas que passaram<br />
por nossos cinemas durante esse período”, constata Neto.<br />
Enquanto o avô iniciou a distribuição de salas de cinema<br />
no País, Luiz Severiano Júnior, pai do atual presidente do<br />
grupo, investiu ainda na produção de cinema, tornando-se<br />
sócio da Atlântida, companhia cinematográfica que produziu<br />
diversas películas entre as décadas de 1940 e 1960.<br />
Na capital cearense, a empreitada do visionário cinéfilo<br />
natural de Baturité deixou uma marca ainda mais especial,<br />
que é o Cineteatro São Luiz. Revitalizado há quase três anos,<br />
o equipamento foi construído também por Luiz Severiano<br />
Ribeiro, depois de o Cine Majestic ser consumido por um<br />
incêndio nos anos 1960. Depois, o prédio foi vendido para<br />
o Governo do Estado, a quem pertence até hoje, e abriga,<br />
além de espetáculos musicais, teatrais e cinematográficos,<br />
a sede da Secretaria Estadual de Cultura (Secult).<br />
DO PRETO E BRANCO AO 3D<br />
Em tempos de fácil acesso a conteúdos e filmes na<br />
internet, levar o público ao cinema é uma tarefa cada vez<br />
mais instigante, mas tratada como prioridade pelo Grupo.<br />
“(...) Um serviço de excelência capaz de encantar a cada<br />
um de nossos clientes e levá-los num processo imersivo<br />
que os faz sentirem-se parte do filme e viajar para mundos<br />
mágicos e repletos de emoção”, explica o presidente,<br />
referindo-se à tecnologia de som e imagem disponível nas<br />
centenas de salas que administra e que receberam, só em<br />
2016, 22 milhões de expectadores. ¤<br />
74 <strong>GALERIA</strong> Cultura 75
DESIGN &<br />
DÉCOR<br />
Ícone<br />
agregador<br />
PENSADO PARA SER UMA REFERÊNCIA ARQUITETÔNICA<br />
NO NORDESTE, O BS DESIGN PROMETE INOVAR TAMBÉM<br />
AO INTEGRAR UMA PRAÇA PRIVADA À ROTINA DA CIDADE.<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO<br />
Existem projetos arquitetônicos criados para<br />
serem ícones. E existem aqueles que se tornam<br />
referência antes mesmo de saírem completamente<br />
do papel, inovando e ousando não<br />
apenas no que diz respeito às regras e conceitos<br />
da edificação, mas interferindo no modo como<br />
o ambiente e as pessoas vão se relacionar com aquele<br />
empreendimento - descrição que se encaixa no BS<br />
Design, projeto desenvolvido pela BSPar, em construção<br />
na Aldeota, e cujos investimentos já ultrapassam<br />
R$ 300 milhões. “A ideia do projeto é fazer com que as<br />
pessoas usufruam do empreendimento, que tenha essa<br />
sinergia tanto com quem está trabalhando lá como com<br />
quem está passando. É aberto para a cidade”, explica<br />
o arquiteto Daniel Arruda, responsável pelo esboço.<br />
Instalado no quadrilátero compreendido entre a<br />
avenida Desembargador Moreira e as ruas Desembargador<br />
Leite Albuquerque, Visconde de Mauá e Torres<br />
Câmara, em um terreno de 100 mil m², o BS Design<br />
é pioneiro em diversos quesitos ligados à tecnologia,<br />
sustentabilidade e conforto, e um dos destaques dessa<br />
vanguarda é o conceito de Edifício Ponte, em que as<br />
duas torres comerciais - que somam 708 salas personalizáveis<br />
- se interligam por pavimentos suspensos,<br />
liberando, no térreo, uma espécie de praça com nada<br />
menos que 3.500m² abertos ao públicos. “Essa foi a<br />
primeira concepção do projeto, criamos a praça e<br />
depois implantamos o projeto nela”, completa Daniel.<br />
No vão livre, um mall que deverá contar com lojas,<br />
restaurantes, academias e até bancos, além de um<br />
paisagismo convidativo, vai estimular a circulação de<br />
pessoas, indo na contramão das grandes construções<br />
que acabam, muitas vezes, reduzindo os espaços para<br />
os pedestres nos arredores.<br />
76 <strong>GALERIA</strong> DESIGn & DÉcoR 77
DESIGN &<br />
DÉCOR<br />
NÚMEROS DO<br />
BS DESIGN<br />
R$ 300 milhões investidos<br />
2 torres<br />
708 salas<br />
18 lojas no mall<br />
1.300 vagas de estacionamento<br />
5 subsolos<br />
1 sky lounge com vista para a Capital<br />
“A periferia das torres também vai ser trabalhada com<br />
paisagismo e espelhos d’água”, acrescenta o arquiteto,<br />
lembrando que o BS Design e sua área livre se integra à<br />
Praça das Flores, localizada há poucos metros do empreendimento.<br />
“Tanto que a própria BSPAr adotou a Praça das<br />
Flores e reformou com o intuito de ter uma ligação com a<br />
praça do BS Design, para que as pessoas usufruam desses<br />
dois novos empreendimentos. É um projeto feito para a<br />
cidade”, estabelece.<br />
VISTAS EXPANDIDAS<br />
Enquanto a parte externa da edificação é de encher<br />
os olhos, com o desenho das torres inspirado nas velas<br />
da jangadas cearenses e uma trama metálica atuando na<br />
sustentação do pavimento de interligação dos prédios,<br />
dispensando o uso de pilares, o interior abriga também<br />
novas possibilidades arquitetônicas. “O conceito das salas<br />
é diferente do normal, são as chamadas salas boca larga,<br />
em que a gente usufrui de uma maior vista. Em vez de<br />
ter uma sala com vista de 3,5 metros, temos uma vista de<br />
5,5 metros, o que melhora, inclusive, a luminosidade dos<br />
ambientes”, exemplifica Daniel. Além disso, as instalações<br />
elétricas e os banheiros, concentrados nas extremidades<br />
das torres, dão mais flexibidade à configuração das salas,<br />
permitindo plantas praticamente exclusivas.<br />
Além disso, a utilização de tipos específicos de vidros,<br />
aparelhos de ar-condicionado, elevadores e até mesmo a<br />
velocidade deles rendeu, ao BS Design, a certificação Leed,<br />
reconhecimento internacional da sustentabilidade de edificações.<br />
“Nas áreas comuns e na praça, toda a água de chuva<br />
e de aguação será reutilizada, e também a água do dreno<br />
do ar condicionado”, exemplifica Daniel. A preocupação<br />
com a sustentabilidade, aliás, foi uma das prioridades do<br />
empreendimento. “Existem excelentes projetos comerciais<br />
no mercado, mas o que tentamos trazer para o BS Design<br />
foi algo novo e único, no que se refere à facilidade de uso,<br />
redução das taxas condominiais por uso de tecnologias<br />
sustentáveis, facilidade de adaptação às mudanças de<br />
usos das salas e as novas tecnologias, segurança, facilidade<br />
de acesso, além de uma arquitetura ímpar, que torna o<br />
prédio uma referência de localização para toda a cidade”,<br />
argumenta o diretor de construção do BS Design, Ricardo<br />
Ary. A conclusão do complexo está prevista apenas para<br />
2019, mas essa empreitada já é modelo para toda a cidade. ¤<br />
ARQUITETO RESPONSÁVEL<br />
pelo projeto, Daniel<br />
Arruda explica que o BS<br />
Design foi pensado para<br />
se integrar à cidade<br />
78 <strong>GALERIA</strong> DESIGn & DÉcoR 79
80 <strong>GALERIA</strong> DESIGn & DÉcoR 81
ESPELHO<br />
Afinidade<br />
com a<br />
moda<br />
Preparando-se para<br />
o futuro no fashion<br />
business, Lissa<br />
Dias Branco revela<br />
um pouco sobre o<br />
próprio closet<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTOS TAMARA LOPES<br />
Apesar de ter apenas 17 anos de idade, Lissa<br />
Dias Branco já sabe os caminhos que quer<br />
percorrer na vida profissional: trabalhar com<br />
moda, em áreas voltadas para o marketing<br />
ou styling. O interesse pelo mundo fashion<br />
despertou quando a cearense foi morar no<br />
Estados Unidos, em 2010. “Eu tinha 10 anos nessa época<br />
e, no começo, não tinha muitas amigas, não sabia falar<br />
inglês e acabava ficando muito na internet. Foi quando<br />
comecei a ficar olhando looks, bem na época que as<br />
blogueiras começaram a fazer sucesso. Eu ia muito<br />
em shoppings e como as coisas lá são muito baratas,<br />
comecei a amar a moda”, relembra Lissa, que morou<br />
até 2014 nos Estados Unidos, com a mãe, Morgana Dias<br />
Branco, e os dois irmãos.<br />
A afinidade de Lissa com a moda é tão evidente,<br />
de forma espontânea e sem muitos esforços, que a mãe<br />
dela se surpreende com a facilidade com que a filha<br />
monta o guarda-roupa. “Ela chega em uma loja, pega<br />
uma saia e já pensa todos os looks que pode fazer, usando<br />
as outras peças que têm em casa”, comenta Morgana.<br />
As bolsas são as verdadeiras paixões da jovem,<br />
que possui diversos modelos, das mais famosas grifes<br />
do mundo, como Gucci, Channel e Valentino. O artigo<br />
mais precioso dessa pequena coleção é a elegância do<br />
design do modelo Birkin, da marca francesa Hermès,<br />
feita manualmente por artesãos, item, sem dúvidas,<br />
para a vida inteira.<br />
“Gosto de tudo, mas eu sou básica. Eu gosto de<br />
usar um acessório, amarrar um lenço, colocar uma<br />
peça diferente, tipo as bolsas. Amo calça jeans e tênis”,<br />
comenta Lissa. Atualmente, ela está cursando o High<br />
School na Tasis, escola americana localizada na cidade<br />
de Lugano, na Suíça. O ano de 2017 é apontado por<br />
Lissa como importante para o futuro, porque foi<br />
quando ela começou a fazer as aplicações para entrar<br />
nas universidades. As opções para ela são os centros de<br />
estudos nos Estados Unidos e Europa, como a cidade<br />
de Milão, na Itália. ¤<br />
82 <strong>GALERIA</strong> espELHo 83
ESPELHO<br />
Manifestação<br />
do ser<br />
Raquel Machado<br />
encara a moda com<br />
uma perspectiva<br />
aprofundada,<br />
relacionada às<br />
expressões de<br />
cada indivíduo<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTOS TAMARA LOPES<br />
Professora do curso de Direito da Universidade<br />
Federal do Ceará (UFC), Raquel Machado<br />
entende a moda como uma forma de exteriorização<br />
do ser. “Eu amo moda porque me permite<br />
realizar a personalidade. Mostra o estado de<br />
espírito daquele momento”, define ela, que vê,<br />
na Moda, uma relevância que vai muito além da aparência.<br />
“Um dos livros mais sensacionais da minha vida, que é<br />
‘Memórias de uma moça bem-comportada’, uma autobiografia<br />
da Simone de Beauvoir, fala um pouco da relação<br />
com a roupa, de como se vestir é lúdico, desde a escolha<br />
da roupa até o que você sente depois que está vestido.<br />
Então, eu gosto de moda porque é uma maneira de você<br />
dialogar, de conversar, além de ser uma manifestação do<br />
ser, é diálogo e também uma manifestação da época. É completamente<br />
cultural”, afirma a professora, citando alguns<br />
trechos marcados por ela no livro da filósofa francesa.<br />
“Tem frases que é bom a gente incorporar à vida”, salienta.<br />
ALÉM DE SI<br />
Na hora de traduzir essa percepção no vestuário, Raquel<br />
se revela prática, moderna e adepta de produções ao estilo<br />
lady like - mas tenta não se ater a padrões. Vestidos e saias<br />
dominam o closet da professora, devido ao clima tropical da<br />
capital cearense. “Saio cedo para dar aula, então, procuro<br />
roupas que eu possa usar durante todo o dia e ir em algum<br />
evento à noite”, explica.<br />
A rotina cheia evidencia outro traço de Raquel: a busca<br />
por conhecer novas culturas. Ela se dedica, por exemplo,<br />
a aprender danças ou a língua de outros países. “Acho<br />
que nunca é tarde para nada. Há dois anos comecei a<br />
fazer balé e depois iniciei no flamengo e na dança árabe.<br />
Adoro viver outros povos, da culinária à língua. Acho bom<br />
quando viajo e posso conversar com as pessoas”, diz ela,<br />
que recentemente viajou para o Rio de Janeiro, Itália,<br />
França e Nova York.<br />
ESPIRITUALIDADE<br />
A religiosidade também é um aspecto importante na<br />
vida de Raquel, que sempre busca ampliar a convivência<br />
com diferentes civilizações e credos. “Eu acho que sou<br />
muito sensível e me considero muito indefesa na vida.<br />
Então, sou religiosa por uma necessidade de conversar com<br />
algo maior que eu e de pedir proteção”, revela, afirmando-se<br />
católica com extremo respeito às demais religiões.<br />
”Adoro quando conheço uma pessoa de religião diferente.<br />
Acho que temos muito o que aprender com os outros.<br />
É sempre importante ir além do que nós presenciamos e<br />
saber como cada povo tem uma forma de dialogar com<br />
deus”, estabelece. ¤<br />
84 <strong>GALERIA</strong> espELHo 85
ESPELHO<br />
Duas<br />
paixões<br />
no mesmo<br />
estilo<br />
A arquiteta Marcela<br />
Turbay Cabral encaixa<br />
as tendências e<br />
movimentos que mais<br />
gosta na Moda e na<br />
Arquitetura, áreas<br />
que a acompanham<br />
diariamente<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTOS TAMARA LOPES<br />
Apaixonada pela Moda - o que a faz estar<br />
sempre de olho nas tendências e novidades-,<br />
e pela Arquitetura, que é o seu<br />
campo de atuação profissional, Marcela<br />
Turbay Cabral consegue encontrar semelhanças<br />
nas duas áreas, que vão desde as<br />
cores em alta, de roupas até móveis, por exemplo,<br />
até formatos e conceitos.<br />
“Sou versátil, adoro ficar ligada nas mídias e sempre<br />
por dentro das novas tendências do que rola na Moda<br />
e na Arquitetura. Para mim, as duas caminham juntas”,<br />
destaca. O minimalismo, por exemplo, é um conceito<br />
aplicado nos dois campos e que Marcela tem apreço.<br />
“A cada nova fase que entro, meu modo de vestir<br />
vem junto. Agora estou numa fase minimalista chic,<br />
com linhas mais retas, enfatizando corte, sem bordados<br />
ou arremates, com cores mais neutras”, detalha.<br />
Uma pitada de ousadia pode deixar o look melhor,<br />
segundo Marcela. “Dependendo da ocasião, jogo peças<br />
de impacto para dar uma pegada mais cool”, explica.<br />
O conforto também é um aspecto que a arquiteta<br />
prioriza na rotina, na hora de montar uma produção.<br />
“Gosto de conforto chic, isso quando não estou<br />
no meu mood sporty que boto meu tênis e vou pra<br />
todo canto”, detalha.<br />
HÁBITOS<br />
Outro fascínio de Marcela são livros e guias de<br />
lugares que ela visita em viagens. Aficcionada por<br />
conhecer novas cultura e estilos de vida, a arquiteta<br />
tem em casa uma pilha de conhecimento em forma<br />
de livro, sobre a Itália, as Maldivas, Nova York, entre<br />
outros. As séries de TV também fazem parte do tempo<br />
de diversão de Marcela. Uma das preferidas é Game Of<br />
Thrones, da HBO, que teve a 7ª temporada finalizada<br />
em agosto. “É um vício. Amo seriados de paixão”. ¤<br />
86 <strong>GALERIA</strong> espELHo 87
ESPELHO<br />
closet, organizo um bazar e troco as roupas por alimentos<br />
para doar a entidades carentes”, garante.<br />
O dono<br />
da coleção<br />
Conhecido pelos<br />
sapatos que coleciona,<br />
o empresário Luciano<br />
Vidal revela que o<br />
gosto pela moda<br />
vai além dos pés<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTOS TAMARA LOPES<br />
Uma casa decorada com móveis que pertenceram<br />
ao tio bispo, trilha sonora na voz de Edith Piaf<br />
e revestimentos que enfatizam o animal print<br />
revelam, ao primeiro contato, um pouco da<br />
personalidade do empresário do ramo da construção<br />
civil Luciano Vidal Júnior, de 50 anos.<br />
“Sou vaidosíssimo e excêntrico”, assume ele, sem rodeios.<br />
O homem de perfil marcante, mas que se revela também<br />
sensível à realidade alheia e ao bem-estar dos outros,<br />
por exemplo, reserva ainda uma surpresa: uma coleção<br />
de sapatos, das mais variadas marcas, estilos e materiais.<br />
“Comecei quando tinha 14 anos”, lembra Luciano,<br />
sem conseguir resgatar, contudo, a memória dos primeiros<br />
sapatos que adquiriu já com o intuito de colecionar.<br />
No acervo, etiquetas clássicas como Louis Vuitton,<br />
Prada e Louboutin, solas com assinaturas de Lino Villaventura<br />
e até os tradicionais chinelos do artesão Espedito<br />
Seleiro têm espaço. “Eu não tenho apego a marca, se for<br />
bonito e me agradar, eu compro”, atesta Luciano. Alguns<br />
itens são quase raridades, como a mais recente compra<br />
dele, um tênis Gucci, cravejado de pedras swarovski,<br />
do qual só foram produzidas dez unidades em todo o<br />
mundo. “Esse é muito chamativo, não dá para usar sempre,<br />
e quando uso, tem que pensar com calma na roupa que<br />
vou usar”, pondera o colecionador.<br />
A escolha das produções que usa para sair à noite,<br />
quando ele expressa ao máximo seu estilo, define Luciano,<br />
são um dilema. “Eu vejo que, quando chego nos lugares,<br />
as pessoas olham logo para os meus sapatos, mas eu me<br />
preocupo com a roupa também, tem que estar tudo equilibrado”,<br />
esclarece ele, que aprecia bastante as camisas<br />
com aplicações em renda renascença, tipologia típica do<br />
artesanato cearense.<br />
INSPIRAÇÕES<br />
Essa relação peculiar com a moda, conta Luciano,<br />
foi herdada da mãe, “a mulher mais elegante e bem vestida”<br />
que ele diz ter conhecido. “Sempre gostei de moda,<br />
de me vestir bem, mas não muito dentro dos padrões.<br />
O que me agrada, geralmente, não é o tradicional”, explica<br />
o empresário, que já ganhou títulos como o de homem<br />
mais elegante segundo o ateliê do alfaiate Domenico<br />
Gabriele. Sem falar no convite que lhe rendeu uma participação<br />
na novela Ti Ti Ti, da TV Globo, em 1985. “Fui<br />
um dos modelos que desfilou para o personagem Jacque<br />
Léclair”, lembra, saudoso. ¤<br />
88 <strong>GALERIA</strong> espELHo 89
BELEZA E<br />
BEM-ESTAR<br />
TOQUE<br />
MT<br />
Rejuvenescimento<br />
com precisão<br />
PRATICAMENTE SEM DOR E COM RECUPERAÇÃO EM POUCAS HORAS,<br />
O MICROAGULHAMENTO ROBÓTICO TEM SE MOSTRADO COMO SOLUÇÃO CADA<br />
VEZ MAIS EFICAZ PARA REDUZIR MANCHAS E SUAVIZAR AS RUGAS DA PELE<br />
Tratamento estético minimamente invasivo,<br />
de rápida recuperação e com efeitos bastante<br />
satisfatórios, o microagulhamento robótico tem<br />
sido cada vez indicado e utilizado por dermatologistas,<br />
especialmente em tempos os quais pessoas<br />
se preocupam cedo com os cuidados pessoais e<br />
têm rotinas dinâmicas. O procedimento, que consiste na<br />
inserção de milhares de microagulhas na pele que produzem<br />
furinhos, estimulando a produção de colágeno e elastina,<br />
garantindo firmeza, melhora da textura da pele, redução de<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO FOTO TAMARA LOPES<br />
manchas, melasmas e de cicatrizes de acne, especialmente<br />
na área da face, pescoço e colo.<br />
Para pacientes que moram em regiões onde o sol é forte<br />
praticamente o ano inteiro, a exemplo da capital cearense,<br />
o microagulhamento se revela uma opção ainda mais vantajosa.<br />
“Como a gente mora em uma área de clima quente,<br />
em que o ano todo faz sol, o microagulhamento pode ser<br />
indicado em qualquer momento, sem risco de o paciente<br />
pigmentar a pele, e a recuperação é rapida, em cerca de<br />
cinco horas o paciente já está com a pele normal”, garante a<br />
dermatologista Manoela Crisóstomo, da Clin, um dos<br />
locais em que o microagulhamento é feito com um<br />
equipamento que causa o mínimo de dor.<br />
Despontando como uma tecnologia que vem sendo<br />
utilizada em larga escala ao redor do mundo, esse tratamento,<br />
segundo a Dra. Manoela, uma vez que não<br />
está associado ao uso de laser, pode ser indicado para<br />
diversas tonalidades de pele e, principalmente, para<br />
o tratamento de melasmas, as manchas que aparecem<br />
na pele devido à exposição demasiada ao sol ou uso de<br />
anticoncepcionais e tratamentos hormonais.<br />
Além dos efeitos mecânicos, o microagulhamento<br />
robótico funciona como potente auxiliar na deposição<br />
de substâncias terapêuticas nas camadas mais profundas<br />
da pele. “Como a gente fez microfuros na pele,<br />
abriram-se canais para colocarmos substâncias líquidas<br />
por meio do drug delivery, que é o grande lance desse<br />
procedimento”, detalha a Dra. Manoela. Em um líquido<br />
de base neutra, a pele recebe, e absorve quase que<br />
imediatamente, vitaminas, clareadores, hidratantes e<br />
outros compostos que poderão agir com maior eficácia<br />
do que se fossem apenas aplicados superficialmente.<br />
Agulhas capilares<br />
Alguns casos de queda de<br />
cabelo podem ser tratados com<br />
o uso do microagulhamento<br />
robótico, segundo explica a<br />
dermatologista especialista em<br />
doenças do cabelo e couro<br />
cabeludo Marília Crisóstomo,<br />
do Instituto de Medicina do Cabelo.<br />
“É indicado principalmente para<br />
casos de alopécia androgenética<br />
(calvície) e eflúvio telógeno,<br />
que é a queda por doenças<br />
ligadas a alterações hormonais ou<br />
nutricionais ou período pós-parto.<br />
Mais recentemente, a técnica<br />
vem sendo usada, também,<br />
em casos de alopécia areata<br />
(queda repentina de cabelo em<br />
MAIS EFEITOS<br />
Outro desdobramento do microagulhamento<br />
robótico é quando ele é associado à radiofrequência,<br />
uma corrente elétrica que potencializa o estímulo<br />
natural da pele e, posteriormente, a absorção de<br />
substâncias por meio do drug delivery. “Nesse caso,<br />
o paciente leva em torno de quatro dias para se recuperar,<br />
porque a pele pode ficar um pouco vermelha<br />
e com um leve inchaço. E para os pacientes que têm<br />
melasma, também não fazemos a radiofrequência porque<br />
ela tem efeito térmico, e se aquecida, a mancha<br />
pode piorar”, pondera a dermatologista.<br />
O tratamento com as microagulhas, que podem<br />
ir de 0,5mm a 3,5mm embaixo da pele e, em alguns<br />
equipamentos, são banhadas a ouro, é indicado a<br />
partir dos 25 anos de idade, quando a pele começa<br />
a perder colágeno. “A gente preconiza, em média,<br />
três sessões de microagulhamento, com intervalo de<br />
um mês. A partir dos 35 anos, associar o microagulhamento<br />
à radiofrequência é um tratamento que<br />
indicamos para diminuir a flacidez da pele”, exemplifica<br />
a Dra. Manoela. ¤<br />
áreas arredondadas”, detalha a<br />
dermatologista. No couro cabeludo,<br />
além de potencializar tratamentos<br />
por meio do drug delivery, que leva<br />
vitaminas, mineirais e substâncias<br />
terapêuticas direto para a raiz<br />
do cabelo, o microagulhamento<br />
desempenha outra função.<br />
“O procedimento causa uma injúria<br />
na pele, sem danificar a raiz do<br />
cabelo, e o objetivo é que tenha<br />
esses pontinhos de sangue, pois<br />
eles trazem plaquetas e, junto<br />
delas, os fatores de crescimento<br />
do cabelo”, sintetiza a Dra. Marília.<br />
Aplicado em associação com outros<br />
tratamentos, o microagulhamento<br />
traz, em 30 dias, resultados que<br />
normalmente levariam de dois a três<br />
meses para aparecer.<br />
90 <strong>GALERIA</strong> Beleza e bem-ESTAR 91
BELEZA E<br />
BEM-ESTAR<br />
TOQUE<br />
MT<br />
Saudável e premium<br />
Desenvolvida por um casal apaixonado por<br />
alimentação saudável, a GranoSquare é um granola<br />
premium, vegana, sem glúten nem lactose. Feita com<br />
ingredientes como castanha do Pará, nozes chilenas,<br />
óleo de girassol e linhaça dourada, a granola é<br />
ideal para acompanhar o lanche, junto do iogurte,<br />
por exemplo, ou mesmo como insumo para o<br />
preparo de cookies.<br />
Mitos sobre<br />
corpo ideal<br />
ESPECIALISTA EM NUTROLOGIA, O MÉDICO FRED CARIOCA TRABALHA CONTRA<br />
OS EXTREMOS NAS DIETAS E ALERTA SOBRE OS ALIMENTOS QUE PREJUDICAM A SAÚDE<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTO TAMARA LOPES<br />
Existe um corpo ideal? Muitas respostas podem surgir<br />
para esta pergunta, todas relativas e com base nas<br />
vivências de cada pessoa. Para o médico e especialista<br />
em nutrologia Fred Carioca, o corpo ideal é<br />
o que faz a pessoa se sentir bem consigo mesma.<br />
“É aquele que gera bem-estar à pessoa, em um sentido<br />
físico, fisiológico, mental, e num aspecto como um todo.<br />
Não se pode definir um perfil totalmente certo”, revela.<br />
Ele destaca que é preciso ter cuidado com os objetivos<br />
quando o assunto é perder peso. “A gente atende pessoas<br />
que, às vezes, já estão magras, mas querem ficar num nível<br />
de excelência para elas, que até foge aos padrões de saúde.<br />
Sempre estimulamos a pessoa a se enxergar dentro de um<br />
perfil normal, para evitar aqueles extremos. Há pessoas<br />
que querem aqueles padrões de magreza exagerada ou de<br />
músculos exagerados. Hoje, esses perfis se definem de uma<br />
forma bem exuberante e a gente tenta fazer uma harmonia”,<br />
pontua o nutrólogo.<br />
Em busca de uma vida saudável, o que deve chamar<br />
atenção das pessoas, segundo o médico, é um estilo de<br />
alimentação personalizado, direcionado por um<br />
especialista no assunto. “O ideal é que a gente faça<br />
uma dieta para cada pessoa, com o ritmo de vida de<br />
cada um e os objetivos específicos. Se a pessoa está com<br />
um peso muito acima, vai ter que restringir a alimentação<br />
por um período, para perder peso. Mas a ideia<br />
é que se façam padrões que possam ser continuados,<br />
quantidades melhores, depois um perfil mais saudável,<br />
com menos gordura, com mais fibras, e que tragam<br />
saúde, mas sem ter esses desvios. Há pessoas com perfis<br />
alimentares tão limitados que chegam aqui com anemia<br />
ou então com carência de nutrientes, ou com alterações<br />
hormonais”, exemplifica, salientando os riscos de dietas<br />
muito restritivas. ¤<br />
CINCO ALIMENTOS PARA EVITAR O<br />
CONSUMO, DE ACORDO COM FRED CARIOCA<br />
Refrigerante<br />
Deve-se fugir desse perfil<br />
de alimento, porque são<br />
calorias vazias. É uma água<br />
gaseificada, com açúcares<br />
e substâncias que, às vezes,<br />
são até desconhecidas. Não traz<br />
benefícios ao corpo.<br />
Frituras<br />
São gorduras que ficam<br />
saturadas e fazem muito mal<br />
à saúde, formando placas nas<br />
paredes dos vasos sanguíneos.<br />
Sucos em caixa<br />
Têm muito açúcar, mesmo<br />
os que dizem ser de baixo<br />
teor. Além disso, as frutas são<br />
muito diluídas ou, às vezes,<br />
nem chegam a entrar na<br />
composição da bebida.<br />
Embutidos<br />
Ricos em nitritos, substâncias<br />
que têm relação direta<br />
com os cânceres.<br />
Doces em geral<br />
Os biscoitos e outros<br />
industrializados são ricos em<br />
gordura trans, responsável<br />
por deixar o alimento<br />
crocante e com maior tempo<br />
de preservação, mas são<br />
péssimos para a saúde.<br />
92 <strong>GALERIA</strong> Beleza e bem-ESTAR 93
VIAGEM<br />
Por Márcia Travessoni<br />
NORONHA:<br />
UM LUGAR DE PURO<br />
ENCANTAMENTO<br />
FOTOS FERNANDO <strong>TRAVESSONI</strong><br />
Chamar Fernando de<br />
Noronha de paraíso<br />
chega a ser simplório<br />
depois de fazer uma<br />
visita. O arquipélago,<br />
localizado no Estado de<br />
Pernambuco, pertencente à Mesorregião<br />
Metropolitana de Recife e à Microrregião<br />
de Fernando de Noronha é bem mais do<br />
que um lugar que encanta pela beleza,<br />
é também um espaço para reenergizar<br />
o corpo e a alma. Basta colocar o pé<br />
na ilha para sentir que existe algo de<br />
diferente por lá, desde suas histórias<br />
e seu mitos, que fazem parte da<br />
trajetória e do imaginário nacional,<br />
até às 21 ilhas de origem vulcânica que<br />
permeiam o arquipélago, de uma área<br />
total de 26 km².<br />
E todo esse desejo por Noronha não<br />
é exagero. Anualmente figura nas listas<br />
de destinos mais procurados por turistas<br />
no Brasil, além de ser considerada<br />
pela UNESCO um Patrimônio Natural<br />
Mundial. Interessante destacar que as<br />
ilhas foram avistadas pela primeira vez<br />
entre 1500 e 1502, por ninguém menos<br />
que Américo Vespúcio, navegador<br />
italiano que acabou cedendo seu nome<br />
para batizar todo o Novo Mundo. Reza a<br />
lenda que Américo se apaixonou assim<br />
que colocou os pés em terra firme,<br />
e, ainda soltou a célebre frase: “o paraíso<br />
é aqui!”. Não posso deixar de concordar.<br />
Em Noronha, tudo é superlativo,<br />
desde as belezas memoráveis da Baía de<br />
Sancho, da Baía dos Porcos e da Praia<br />
do Leão, para fazer passeios com os pés<br />
na areia. Inevitável também é mergulhar<br />
pelas águas transparentes das praias,<br />
ao lado de tartarugas marinhas<br />
e golfinhos. Um espetáculo. Dica<br />
imprescindível é prestigiar o pôr do sol a<br />
partir das praias do Cachorro, do Meio e<br />
do mirante do Boldró. Ao explorar a Vila<br />
dos Remédios, não deixe de caminhar<br />
até as ruínas da fortaleza. Lá do alto,<br />
à esquerda, você enquadra o Morro do<br />
Pico, as praias do Meio e da Conceição<br />
e até o Morro Dois Irmãos. À direita,<br />
os barcos atracados no porto e as<br />
ilhas secundárias.<br />
94 <strong>GALERIA</strong> VIAGEm 95
TOQUE<br />
MT<br />
A Pousada Solar dos Ventos<br />
é uma das melhores opções<br />
de hospedagem em Noronha.<br />
Repleta de bangalôs exclusivos,<br />
fica localizada em uma área de<br />
reserva ambiental, sem falar na<br />
vista privilegiada do arquipélago.<br />
E não posso esquecer da<br />
gastronomia repleta de delícias,<br />
que vão desde as saladas, feitas<br />
com folhas e vegetais frescos<br />
produzidos na horta da pousada,<br />
até os peixes trazidos do mar<br />
de Noronha, temperando o<br />
menu com um sabor rico e<br />
diferenciado. Puro luxo!<br />
RESPONSABILIDADE<br />
AMBIENTAL<br />
Importante comentar sobre<br />
todo o cuidado ambiental que<br />
os nativos fazem questão de<br />
ilustrar. A Econoronha reduziu em<br />
50% o consumo de garrafas de<br />
pet na ilha vendendo squeezes,<br />
que você pode abastecer com<br />
água no Boldró (Centro de<br />
Visitantes do Parque Nacional),<br />
Sancho ou Sueste.<br />
É preciso mostrar que<br />
Fernando de Noronha, além de ser<br />
um local onde se pode desfrutar<br />
das praias e da singular beleza<br />
cênica natural, é também um<br />
local que abriga um ecossistema<br />
delicado e espécies que estão<br />
ameaçadas de extinção em outras<br />
regiões do país e do mundo,<br />
sendo assim este arquipélago<br />
pode ser caracterizado como<br />
um santuário! ¤<br />
TOQUE<br />
MT<br />
Acha que a viagem à ilha é um verdadeiro sonho? Então conheça o<br />
NORONHA EXPERIENCE. A ideia é mostrar o arquipélago através da visão<br />
de quem é de casa, para que os turistas possam vivenciar experiências<br />
ainda mais completas e autênticas do lugar. O roteiro pré-traçado inclui os<br />
principais pontos de visitação, luau, festivais gastronômicos, passeios de<br />
barco e festas exclusivas. É a oportunidade perfeita para conhecer o festival<br />
da Pousada do Zé Maria, curtir o Samba Depois da Missa e degustar o<br />
menu do Corveta. O NORONHA EXPERIENCE acontecerá entre os dias 11 e<br />
15 de novembro e pode ser reservado através do contato (81) 9508-9368.<br />
96 <strong>GALERIA</strong> VIAGEm 97
LUXO<br />
BRACELETE ‘OLLY’ DE COURO<br />
CHLOÉ<br />
SAIA COM DETALHE<br />
CAROLINA HERRERA<br />
CONSUMO<br />
Clássicos<br />
repaginados<br />
VESTIDO COM PAETÊS<br />
BALMAIN<br />
MACACÃO SEM MANGAS<br />
RACHEL COMEY<br />
Alta Moda<br />
COMEMORATIVO<br />
Os 180 anos de fundação da<br />
Tiffany & Co. tiveram, como um<br />
dos marcos comemorativos,<br />
o lançamento de um perfume<br />
homônimo, 15 anos depois de<br />
a joalheria norte-americana ter<br />
lançado sua última fragrância.<br />
O aroma foi desenvolvido pela<br />
perfumista Daniela Andrier e<br />
vem em uma embalagem que<br />
remete aos cortes clássicos<br />
dos diamantes da casa. Além,<br />
é claro, do clássico ‘azul Tiffany’<br />
nos detalhes da caixa e do<br />
vidro. A venda mundial do<br />
produto em outubro.<br />
COURO NOBRE<br />
Os viajantes urbanos,<br />
que buscam novas experiências<br />
a cada destino visitado,<br />
é a referência das peças da<br />
coleção 1926’ Montblanc Heritage,<br />
com bolsas, malas e carteiras,<br />
e que faz alusão ao ano em que<br />
a grife começou a trabalhar com<br />
couro. As peças são produzidas<br />
com couro artesanalmente<br />
tratado na região da Toscana,<br />
e revestidas internamente com<br />
um tecido vermelho inspirado nas<br />
cores da tribo Masai, no Quênia.<br />
As peças estão disponíveis<br />
desde setembro.<br />
CAMBIÁVEL<br />
Os clássicos relógios da linha<br />
Serpenti, da Bulgari, ganharam<br />
uma versão que se destaca pela<br />
possibilidade de personalização<br />
das peças. Cada relógio vem<br />
com dois braceletes, um feito<br />
com pele de novilho e o outro<br />
revestido com couro de Kalung,<br />
uma cobra aquática de pele fina<br />
e macia, e que podem vir nas<br />
cores preta, vermelha, verde<br />
e branca. Os mostradores e<br />
as caixas também podem ser<br />
escolhidos, o que dá ao cliente<br />
cerca de 300 possibilidades<br />
para fazer uma mesma peça.<br />
PEDRAS COLORIDAS<br />
Turmalina Paraíba, rubelitas<br />
e esmeraldas são algumas<br />
pedras que adornam as joias<br />
da nova coleção da Diamond<br />
Design. Ouro branco, ródio<br />
negro e diamantes completam<br />
os modelos de anéis, colares,<br />
pulseiras, brincos e braceletes.<br />
As peças se adequam tanto<br />
para as ocasiões de brilho e<br />
sofisticação da noite, como têm<br />
as luzes realçadas se usadas<br />
durante o dia, a exemplo do<br />
anel gota acima, que une ouro<br />
amarelo, turmalina e diamantes.<br />
BLUSA METÁLICA<br />
SAINT LAURENT<br />
BRINCO ÚNICO COM PINGENTE<br />
MARNI<br />
Saint Laurent, Manolo Blahnik, Balmain, Carolina<br />
Herrera... Nomes que transformam sonhos de moda em<br />
realidade fashion a cada temporada. <strong>GALERIA</strong> listou as<br />
peças perfeitas para uma noite que, além de marcante,<br />
tem tudo para ser digna de flashes.<br />
SANDÁLIA ‘RIH VI’S’ COLEÇÃO<br />
RIHANNA X MANOLO<br />
MANOLO BLAHNIK<br />
CLUTCH COM APLICAÇÕES<br />
SERPUI<br />
98 <strong>GALERIA</strong> consumo 99
CARTAS PARA O CEARÁ<br />
Surpresas do<br />
outro lado do<br />
mundo<br />
MORANDO NA AUSTRÁLIA DESDE<br />
20<strong>06</strong>, A CEARENSE ANNA LUDMILLA<br />
NÃO CANSA DE SE ENCANTAR<br />
COM A EXALTAÇÃO À DIVERSIDADE<br />
CULTURAL QUE ENCONTRA NO PAÍS<br />
<strong>POR</strong> JÉSSICA COLAÇO<br />
A<br />
busca por<br />
oportunidades,<br />
mais<br />
conhecimento<br />
e um ímpeto<br />
por desbravar o<br />
mundo levaram a cearense Anna<br />
Ludmilla Lima Johnston, de 31<br />
anos, a desembarcar na Austrália<br />
em fevereiro de 20<strong>06</strong>, e onde ela<br />
reside até hoje. No continente<br />
oceânico, ela viveu as mais diversas<br />
experiências, conectou-se a outros<br />
países e levou, ainda, um pouco do<br />
Ceará para as praias australianas,<br />
criando a própria marca de<br />
beachwear, inspirada na cultura<br />
brasileira. “O céu é o limite e ser<br />
brasileira me dá mais forças para<br />
ser bem-sucedida”, estabele Anna,<br />
que também trabalha, atualmente,<br />
para a Microsoft.<br />
Logo que se mudou para a<br />
Austrália, lembra Anna, a adaptação<br />
não foi muito difícil, uma vez que<br />
ela já dominava a língua local e<br />
recebeu o suporte de amigos que<br />
moravam lá. “O aspecto mais difícil<br />
foi se acostumar com a questão<br />
do emprego, pois aqui na Austrália<br />
isso não é visto como forma de se<br />
estabelecer na vida social”, conta<br />
ela, acrescentando que, por ser um<br />
país “relativamente novo”, a Austrália<br />
tem, sim, muitas oportunidades de<br />
emprego, mas é preciso aceitar<br />
trabalhar em qualquer função.<br />
“Quando cheguei aqui, trabalhei<br />
como faxineira de hotel, lavadora<br />
de pratos em restaurantes e até<br />
empacotadora de supermercado.<br />
A diferença é que na Austrália<br />
esses são os empregos que dão<br />
base, então, os salários e benefícios<br />
são altos e valorizados pela<br />
sociedade. O povo trabalha de igual<br />
para igual, sem gerar problemas<br />
sociais”, atesta a cearense.<br />
Após superar esse<br />
estranhamento, Anna se entregou<br />
às surpresas que o país trouxe<br />
a ela, como a receptividade da<br />
população local e a exaltação<br />
da diversidade. “Tendo tantos<br />
países asiáticos como vizinhos,<br />
aqui criou-se uma cultura bem<br />
misturada”, define Anna, que elogia<br />
também a variedade de atividades<br />
ao ar livre que ela consegue fazer<br />
diariamente. “O povo australiano é<br />
muito de surfar e aproveitar o dia,<br />
então, sempre que tenho tempo<br />
livre, estou na praia”, conta.<br />
SEM FRONTEIRAS<br />
Outro aspecto que o atual lar<br />
de Anna deixa ainda mais evidente<br />
é a vontade dela em viajar e<br />
explorar o mundo - o que se torna<br />
ainda mais instigante, dada a<br />
localização da Austrália. “Já viajei<br />
para a Malásia, Tailândia, Singapura,<br />
Vietnã, Camboja, onde pude<br />
experimentar a comida e a cultura<br />
de países tão aconchegantes<br />
que você até esquece que o<br />
tempo está passando”, enumera<br />
ela. Sem falar nas aventuras<br />
pelas praias paradisíacas de Fiji,<br />
os vinhos e cidades universitárias<br />
da França e alguns contratempos<br />
inusitados vividos entre Roma e<br />
Barcelona. “Em Nova York, peguei<br />
um trem do Brooklyn para o Central<br />
Park, e me senti em um episódio de<br />
Sex and The City. Mas com certeza<br />
a Indonésia é o país que faz você se<br />
sentir em um paraíso na terra. Viajo<br />
uma vez por ano para Bali, para<br />
reabastecer as energias”, completa.<br />
FOTOS ARQUIVO PESSOAL<br />
Outra viagem periódica de Anna é<br />
ao Brasil, para onde ela vem a cada<br />
dois anos para visitar a família e os<br />
amigos, o motivo da saudade da terra<br />
natal. “Praticamente não quero sair da<br />
praia quando estou no Brasil, porque<br />
nada se compara com a água do mar<br />
de Fortaleza, a temperatura do mar<br />
na Austrália é muito baixa, não tem<br />
como se acostumar. E também como<br />
muito açaí, que amo de paixão”, revela.<br />
O tempero brasileiro, aliás, é um<br />
aspecto do qual Anna sente falta na<br />
Austrália, e de insumos como feijão.<br />
Em 2016, inspirada pela confiança<br />
e empoderamento que as mulheres<br />
brasileiras passam usando os biquínis,<br />
Anna criou sua própria marca de<br />
beachwaer, a LiMe SwiMWear,<br />
produzida no Brasil.<br />
Mesmo sem ter planos de<br />
voltar a morar em terras brasileiras,<br />
a cearense admite que reproduzir,<br />
por aqui, a consciência solidária<br />
típica do povo australiano deixaria<br />
a terrinha mais acolhedora. “O povo<br />
australiano tem, como parte da<br />
cultura, uma hospitalidade muito<br />
respeitosa, sem disparidade ou<br />
preconceito”, conclui. ¤<br />
Austrália, por Anna<br />
COMER<br />
Instalado próximo ao Opera<br />
House, um dos cartões-postais<br />
da capital australiana, o Sydney<br />
Opera Bar é a indicação<br />
gastronômica de Anna Ludmilla,<br />
que destaca a vista do lugar e os<br />
maravilhosos coquetéis.<br />
VISITAR<br />
Considerada uma das sete<br />
maravilhas naturais do mundo,<br />
a barreira de corais em Cairns,<br />
no leste da Austrália, figura entre<br />
os passeios mais inesquecíveis<br />
que Anna já fez no país.<br />
VIVER<br />
Um dos símbolos do país,<br />
o canguru é um animal muito<br />
apreciado na gastronomia<br />
australiana, em pratos que<br />
a cearense recomenda a<br />
degustação. Outro momento<br />
interessante no país é o Dia da<br />
Austrália, celebrado em 26 de<br />
janeiro, com bastante churrasco.<br />
100 <strong>GALERIA</strong> CARTAS PARA O CEARÁ 101
ACONTECE<br />
Igor Queiroz Barroso<br />
e Paula Frota<br />
Aline Félix Barroso<br />
e Márcia Travessoni<br />
EDSON<br />
QUEIROZ<br />
NETO E PAULA<br />
FROTA SÃO<br />
OS NOVOS<br />
MEMBROS<br />
BENEMÉRITOS<br />
DA ACLJ<br />
Randal Pompeu,<br />
Fátima Veras<br />
e Edson Queiroz Neto<br />
Sílvio e Paula Frota<br />
Cláudio e Lenise Rocha<br />
Foi no Palácio da Luz, sede da Academia<br />
Cearense de Literatura e Jornalismo, com<br />
os quadros de Dona Yolanda Queiroz e de<br />
Edson Queiroz ao fundo, que a empresária e<br />
presidente do Conselho de Administração do<br />
Grupo Edson Queiroz, Paula Frota, e o chanceler<br />
da Universidade de Fortaleza, Edson Queiroz<br />
Neto, se tornaram membros beneméritos da<br />
ACLJ. Essa, inclusive, é a mais alta honraria<br />
da entidade, reservada a personalidades que<br />
tenham dado notável contribuição à sociedade<br />
cearense. “Recebemos essa honra com muita<br />
alegria e com o objetivo de dar continuidade<br />
ao trabalho do meu pai”, revelou um Edson<br />
Queiroz Neto emocionado em seu discurso,<br />
agradecendo à família e aos amigos.<br />
Paula Frota<br />
e Edson Queiroz Neto<br />
Márcia Travessoni,<br />
Paulo César Norões,<br />
Paula Frota,<br />
Lenise Rocha<br />
e Elusa Laprovitera<br />
Regina e Huygens Garcia<br />
102 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 103
ACONTECE<br />
Roadshow Investimento<br />
e Desenvolvimento<br />
do Nordeste<br />
Marcelo Neves,<br />
Carlos Prado<br />
e Jorge Bagdéve<br />
EM PROL DO<br />
NORDESTE,<br />
FIEC<br />
PROMOVE<br />
ROADSHOW<br />
EM PARCERIA<br />
COM A<br />
SUDENE<br />
Marcos de Castro<br />
e Sérgio Ferreira<br />
Fernando Laureano<br />
e Firmo de Castro<br />
Ricardo Cavalcante<br />
e Nelci Campos<br />
A<br />
Casa da Indústria recebeu grandes<br />
empresários para discutir projetos,<br />
recursos e desafios em prol<br />
da indústria nordestina. O Roadshow<br />
Investimento e Desenvolvimento foi<br />
realizado conjuntamente pela Sudene, pela<br />
Associação Nordeste Forte e pelo Sistema<br />
FIEC, apoiados pela Agência Brasileira de<br />
Promoção de Exportações e Investimentos<br />
(ApexBrasil) e pela Confederação<br />
Nacional da Indústria (CNI). O presidente<br />
da Federação das Indústrias do Estado<br />
do Ceará, Beto Studart, recepcionou os<br />
convidados e enfatizou o papel ativo da<br />
Sudene no desenvolvimento da região.<br />
“Condenar a nossa região a uma situação<br />
de pobreza somente por estar dentro<br />
de uma área de dificuldades climáticas<br />
é errado. Precisamos trazer uma nova<br />
perspectiva para essa região”, afirmou.<br />
Ricardo Alban,<br />
Nicolle Barbosa,<br />
Beto Studart<br />
e Marcelo Neves<br />
Alessandra Romano<br />
e Rômulo Soares<br />
Roadshow Investimento<br />
e Desenvolvimento<br />
do Nordeste<br />
104 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 105
ACONTECE<br />
Medalha Ivens<br />
Dias Branco<br />
Amarílio e Patrícia<br />
Macedo<br />
JOSÉ DIAS DE<br />
MACÊDO FOI<br />
O GRANDE<br />
HOMENAGEADO<br />
COM A<br />
MEDALHA<br />
IVENS DIAS<br />
BRANCO<br />
Lucca, Lissa, Ivens Jr,<br />
Morgana e Luciano<br />
Dias Branco<br />
Herbert e Gisela<br />
Vieira, Ivens Dias Neto,<br />
Graça da Escóssia<br />
e Geraldo Luciano<br />
Consuelo Dias Branco,<br />
José Dias de Macêdo<br />
e Camilo Santana<br />
Pioneirismo talvez seja a palavra que<br />
melhor defina a trajetória de José<br />
Dias de Macêdo. Seus quase 80<br />
anos de investimentos numa economia<br />
cearense forte e crescente narram, de<br />
forma direta, parte da história da indústria<br />
nacional. O empresário, que lidera<br />
uma das mais consagradas empresas<br />
alimentícias do país, a J. Macêdo, foi o<br />
primeiro homenageado com a Medalha<br />
Ivens Dias Branco, instituída pelo Governo<br />
do Estado do Ceará, para reconhecer<br />
nomes que impulsionaram o Estado na<br />
geração de renda, de empregos e no<br />
poder econômico. Convidados ilustres,<br />
como o Prefeito de Fortaleza Roberto<br />
Cláudio, o Governador do Estado Camilo<br />
Santana e a primeira-dama Onélia Leite, a<br />
Vice-Governadora Izolda Cela, Amarílio e<br />
Patrícia Macedo, Ivens Neto, Júlio Ventura<br />
e Edyr Rolim marcaram presença.<br />
Fernanda Mattoso,<br />
Roberto Cláudio<br />
e Izolda Cela<br />
Beto e Ana Studart<br />
Onélia Leite,<br />
Socorro França,<br />
Hellen Tigre,<br />
Gisela Vieira<br />
e Érica Lima<br />
1<strong>06</strong> <strong>GALERIA</strong> AconTECE 107
Deborah e Ricardo Nibon<br />
Ricardo Cavalcante<br />
e César Ribeiro<br />
Marcos Dias Branco<br />
e Rafaela Fiuza<br />
Eudoro e Thiago Santana<br />
Érica<br />
e Samuel Dias<br />
Antônio Balhmann,<br />
Sérgio Martins,<br />
Ernesto Saboya<br />
e Audic Mota<br />
108 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 109
ACONTECE<br />
Vânia Scienza,<br />
Dado Montenegro,<br />
Rafaela<br />
e Jusmar Scienza<br />
João Guilherme e<br />
Cesinha Montenegro,<br />
Rebeca Sousa,<br />
André, Maria Eduarda,<br />
Dado e Maria Cecília<br />
Montenegro,<br />
Rafaela Scienza,<br />
Gabriela Montenegro,<br />
Fernanda Scienza e<br />
Fabinho Montenegro<br />
#RAFAEDADO<br />
CASAL CHEIO<br />
DE ENERGIA<br />
TROCA<br />
ALIANÇAS<br />
COM VISUAL<br />
DE BÚZIOS<br />
Andréa Rios<br />
e Alexandre Montenegro<br />
Desireé Montenegro,<br />
Simone Schettini,<br />
Vânia Bandeira de Melo,<br />
Lorene e<br />
Patrícia Montenegro e<br />
Marta Sampaio<br />
Alexandre Montenegro,<br />
Andréa Rios, César,<br />
Denise e Dado Montenegro,<br />
Jusmar e Vânia Scienza<br />
Foi com a imensidão e o azul do<br />
mar, representando a infinitude<br />
e a leveza do amor, que Rafaela<br />
Scienza e Dado Montenegro se casaram.<br />
O litoral de Búzios, no RJ, abençoou<br />
a união, assim como os votos de<br />
felicidade das duas famílias e amigos.<br />
Uma decoração de cair o queixo, com<br />
muitas cores e energia, foi arquitetada<br />
por Patrícia Vaks em parceria com um<br />
time de profissionais que transformaram<br />
o cenário em catálogo dos sonhos. O<br />
caminho para o altar foi coroado com<br />
flores e com o sorriso dos noivos que<br />
irradiavam alegria. O cerimonial de<br />
Raquel Abdu foi impecável para guiar<br />
os pombinhos do “sim” até a festa<br />
eletrizante com o DJ Vitor Ventura,<br />
Bruno de Vicq e George Israel.<br />
Denise e<br />
Dado Montenegro<br />
Marcos Montenegro,<br />
Rosalvo e Yvanna Tudi,<br />
Maria Laura<br />
e Eduardo Penido<br />
Dani Gondim e<br />
André Montenegro<br />
110 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 111
Márcia Martin,<br />
Cristina<br />
e Silvana Montenegro,<br />
Carlos Maia,<br />
Felipe Albuquerque<br />
e Christiane Boris<br />
Didier Câmara,<br />
Alexandra Pinto e<br />
Norma Câmara<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
Marcelo<br />
e Sâmia Távora<br />
Tereza Gurgel,<br />
Bitoca Fiuza,<br />
Ana Dáurea Chaves e<br />
Maryanne Machado<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
Cláudia Gradvohl,<br />
Jackeline Barbosa<br />
e Roberta Ary<br />
Jéssica, César Neto,<br />
João Guilherme<br />
Montenegro,<br />
Luciana Carvalho,<br />
Fábio Montenegro,<br />
Denise Montenegro,<br />
César Filho,<br />
Beto e Carolina<br />
Montenegro<br />
112 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 113
ACONTECE<br />
Bruna Waleska<br />
e Melina Dias<br />
Sumaya Rocha,<br />
Alexandrina Aguiar<br />
e Karicia Teixeira<br />
ANA CAROLINA<br />
FONTENELE<br />
CONVOCA<br />
TIME<br />
ESPECIAL DE<br />
MODELOS<br />
PARA EVENTO<br />
Izabel Brasil,<br />
Tatiana Rocha<br />
e Ana Carolina Fontenele<br />
Lucas, Ivan<br />
e Ivan Bezerra<br />
Pretinha Rolim<br />
e Luiziane Esteves<br />
Quando se fala em reunir mulheres<br />
lindas e elegantes em um só lugar, as<br />
empresárias Ana Carolina Fontenele<br />
e Luiziane Esteves são experts no assunto.<br />
Promovendo a segunda edição do Diamond<br />
Design Fashion Day, as duas pararam tudo no<br />
Pátio Dom Luís com um desfile, no mínimo,<br />
inusitado. No lugar das modelos habituais,<br />
clientes que são puro luxo e que representam<br />
as diversas facetas da mulher contemporânea.<br />
A alta joalheria da Diamond mixada às peças<br />
sofisticadas da grife paulistana NK cruzaram<br />
a passarela montada em frente a loja.<br />
Daniela Barreira,<br />
Ana Carolina Fontenele<br />
e Ticiana Parente<br />
Diamond Design<br />
Fashion Day 2<br />
Marcela Carvalho<br />
Karina Militão<br />
114 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 115
Ana Carolina Fontenele<br />
e Pedro Garcia<br />
Ana Virgínia Carneiro<br />
e Liliana Fiuza<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
Márcia Jereissati<br />
e Ana Juaçaba<br />
Marcella Porto<br />
e Paulinha Sampaio<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
Camille Cidrão,<br />
Marcella Cidrão<br />
e Brícia Teixeira<br />
116 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 117
ACONTECE<br />
Paulo César Norões,<br />
Simone Moraes,<br />
Amaurílio<br />
e Sâmia Cavalcante<br />
Alcimor e Fabíola Rocha,<br />
Alódia, Samyra e Paulo<br />
Guimarães, e Sâmia<br />
e Amaurílio Cavalcante<br />
BAILE<br />
MARCA O<br />
ANIVERSÁRIO<br />
DE 86 ANOS<br />
DO IDEAL<br />
CLUBE<br />
Giovania e Luiz<br />
Fernando Mota<br />
Moisés e Graça Lima<br />
Gaudêncio e Daniele<br />
Moreira, Michele<br />
e Germano Albuquerque,<br />
Camila e Bergson Coelho<br />
Uma noite de muita emoção e festividades<br />
marcou o baile de aniversário do Ideal<br />
Clube, no Salão Nobre Edson Queiroz.<br />
O clube, que celebra 86 anos de existência<br />
neste ano, foi fundado em 1931. Em toda a sua<br />
trajetória, o Ideal Clube consagrou-se como um<br />
dos principais e mais disputados points sociais<br />
da capital cearense. Amarílio Cavalcante<br />
Júnior, atual presidente do clube, e Alcimor<br />
Rocha, presidente do Conselho Deliberativo,<br />
recepcionaram os convidados com maestria.<br />
Animaram a noite o pianista Rafael Maia,<br />
responsável pela abertura do baile, e o cantor<br />
cearense Marcos Lessa, que emocionou a<br />
plateia com um repertório inesquecível.<br />
Marcos Lessa<br />
Heraldo Filho<br />
e Patrícia Lobo<br />
Adriana e Cel. Cassarino,<br />
Amaurílio Cavalcante<br />
e Adriana Cassarino<br />
118 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 119
ACONTECE<br />
Diana Arreci,<br />
Nicolas Rodriguez,<br />
Flip e Nicole Falca<br />
Gabby Mejia,<br />
Kamal Laftimi, e<br />
Michele Hanash<br />
Alicia Peristeris<br />
Valerie Graves,<br />
Daniella Frewa, e<br />
Iva Kosovic<br />
COCO BAMBU<br />
MIAMI ABRE<br />
AS <strong>POR</strong>TAS<br />
EM GRANDE<br />
ESTILO<br />
Inauguração<br />
Coco Bambu Miami<br />
Um grande feito para a gastronomia<br />
cearense e uma inigualável conquista<br />
para Afrânio e Daniela Barreira. Assim<br />
podemos definir a inauguração do Coco<br />
Bambu em Miami. O restô, instalado em<br />
South Beach, já é considerado o maior da<br />
cidade (com capacidade para 500 pessoas),<br />
motivo de muito orgulho para os sócios Felipe<br />
Luna, Leonardo Pessoa e Marcelo Gomes,<br />
que participaram de cada passo do projeto.<br />
Convidados ilustres marcaram o open house e<br />
o <strong>GALERIA</strong> fica de olho no iminente sucesso!<br />
Inauguração<br />
Coco Bambu Miami<br />
Inauguração<br />
Coco Bambu Miami<br />
Inauguração<br />
Coco Bambu Miami<br />
120 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 121
ACONTECE<br />
Consuelo Dias Branco<br />
e João Dória<br />
Luciana Colares,<br />
Ticiana Queiroz e<br />
Severino Ramalho Neto<br />
LIDE CEARÁ<br />
CONVIDA O<br />
PREFEITO<br />
DE SÃO<br />
PAULO JOÃO<br />
DÓRIA PARA<br />
DEBATE<br />
Deusmar de Queirós,<br />
Carlos Prado,<br />
Graça e Patriolino Dias<br />
Beto e Ana Studart,<br />
João Dória, Carlos e Tom<br />
Prado, Rosângela<br />
e Ricardo Cavalcante<br />
João Dória<br />
e Afrânio Barreira<br />
Em passagem pelo Ceará, o<br />
jornalista, empresário e atual<br />
prefeito de São Paulo, João Dória,<br />
foi recepcionado pelo Lide Ceará,<br />
presidido por Emília Buarque, para um<br />
encontro debate no refinado La Maison<br />
Buffet. Doria, inclusive, é fundador do<br />
Grupo de Líderes Empresariais e nesta<br />
ocasião abordou as práticas inovadoras<br />
na gestão de cidades. O encontro<br />
foi marcado pela presença do atual<br />
presidente do PSDB, Tasso Jereissati,<br />
assim como de empresários de peso do<br />
Ceará, como Beto Studart, presidente<br />
da FIEC e Severino Ramalho Neto, da<br />
Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).<br />
<strong>GALERIA</strong> tem o registro da reunião.<br />
Gisela Vieira,<br />
Consuelo Dias Branco,<br />
João Dória, Silvana<br />
e Adauto Bezerra<br />
Hélio e Verônica Perdigão<br />
Regina e Aloísio Ximenes<br />
122 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 123
Graça da Escóssia<br />
e Geraldo Luciano<br />
Germano Belchior,<br />
Sérgio Resende,<br />
Delano e Alessandro<br />
Belchior<br />
Pio Rodrigues,<br />
Severino Ramalho Neto,<br />
Luiz Teixeira<br />
e Freitas Cordeiro<br />
Geraldo Luciano,<br />
Ildefonso Rodrigues<br />
e Egídio Serpa<br />
Raimundo Padilha<br />
e Otacílio Valente<br />
Emilia Buarque<br />
e Sérgio Resende<br />
124 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 125
ACONTECE<br />
Roberto Cláudio<br />
e Carol Bezerra<br />
Camilo Santana<br />
e Onélia Leite<br />
SUNSET<br />
DE TIRAR<br />
O FÔLEGO<br />
COROA UNIÃO<br />
DE MARIA<br />
EUGÊNIA<br />
E MÁRIO<br />
MÁRCIO<br />
Casamento<br />
de Maria Eugênia<br />
e Mário Márcio<br />
Casamento<br />
de Maria Eugênia<br />
e Mário Márcio<br />
Casamento<br />
de Maria Eugênia<br />
e Mário Márcio<br />
O<br />
entardecer pintou o céu com suas<br />
cores divinas para celebrar a<br />
união de um casal muito querido,<br />
Maria Eugênia Ventura e Mário Márcio<br />
Montenegro. Os filhos de Daniella e Fradique<br />
Accioly, Adriano e Tais Pinto, e de Cleto<br />
Montenegro e Regina Simões subiram ao<br />
altar com o cenário deslumbrante do La<br />
Maison Buffet. “Presente de Deus! Pessoas<br />
amadas, lugar lindo, as melhores energias,<br />
os melhores profissionais e a certeza de<br />
que você me fará feliz todos os dias. Um<br />
sonho que superou qualquer expectativa”,<br />
declarou Maria, que deixou os convidados<br />
emocionados durante sua entrada.<br />
Casamento de<br />
Maria Eugênia<br />
e Mário Márcio<br />
Ana e Beto Studart<br />
Cid Gomes,<br />
Roberto Cláudio,<br />
Camilo Santana<br />
e Júlio Ventura<br />
126 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 127
Célio e Liana Thomaz<br />
Alessandra Arrais,<br />
Andréa Delfino,<br />
Márcia Travessoni<br />
e Talita Delfino<br />
Cid e Maria Célia Gomes<br />
Dito Machado,<br />
Roberto Alves<br />
e Geórgia Saboya<br />
Ailza e Francisco Ventura<br />
Izabella<br />
e Orlando Fonseca<br />
128 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 129
ACONTECE<br />
Team Gastroclínica<br />
Aramicir Pinto,<br />
Mara Farias,<br />
José Benevides,<br />
Luana Coelho,<br />
José Martins<br />
e Carolina Fernandes<br />
A EMPRESA<br />
SELLENE<br />
CELEBROU<br />
SEUS 40 ANOS<br />
E A 13ª <strong>EDIÇÃO</strong><br />
DA FESTA DO<br />
NUTRICIONISTA<br />
Ana Cristina Wolf<br />
e Renata Freitas<br />
Daniele Lodetti,<br />
Fabiana Fontes,<br />
Sellene Câmara,<br />
Caroline Mota, Andressa<br />
Fontes e Tatiane Brito<br />
Raissa Pinheiro,<br />
Mirella Rocha,<br />
Nicole Benevides<br />
e Carla Laprovitera<br />
o<br />
evento mais esperado do ano pela<br />
classe da nutrição, proporcionou<br />
momentos de confraternização entre a<br />
empresa, seus fornecedores e nutricionistas.<br />
Marcaram presença no La Maison Dunas mais<br />
de 650 profissionais renomados do Estado<br />
do Ceará, incluindo o Dr Luiz Aramicir Pinto,<br />
Presidente da Associação dos Hospitais do<br />
Estado do Ceará (AHECE), que participou do<br />
cerimonial com um discurso emocionante.<br />
Daniele Paz,<br />
Jose Benevides<br />
e Ione Aguiar<br />
Fabiana Lustosa,<br />
Rejane Belchior<br />
e Geraldo Munguba<br />
Sellene Câmara<br />
e time de nutricionistas<br />
130 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 131
ACONTECE<br />
Gláucia Andrade,<br />
Venúsia Ribeiro,<br />
Karísia Pontes,<br />
Nilda Andrade,<br />
Valéria Andrade<br />
e Iveline Cecchi<br />
Fernando e Vera Pessoa,<br />
Ronaldo Ribeiro,<br />
Lívia, Fernando e<br />
Rebeca Pessoa<br />
O CASAMENTO<br />
DOS SONHOS DE<br />
LÍVIA PESSOA<br />
E RONALDO<br />
RIBEIRO<br />
Liana e Henrique Brasil<br />
Edilene e Alberto Cassoti<br />
e Lívia Pessoa<br />
Fernando e Vera Mendes<br />
de Paula Pessoa,<br />
Lívia Pessoa,<br />
Ronaldo e Venúsia Ribeiro<br />
A<br />
estonteante e rústica paisagem de<br />
Bérgamo, província localizada na<br />
Itália, foi o cenário do casamento<br />
de Lívia Pessoa e Ronaldo Ribeiro Filho.<br />
O casal trocou alianças em uma tarde<br />
marcada pelo carinho e presença de<br />
pessoas queridas na histórica igreja<br />
Chiesa dei SS. A caprichada recepção<br />
não deixou a desejar: o Castello di<br />
Marne recebeu os convidados com toda<br />
a elegância e magia que só a Europa<br />
pode transmitir. Os pombinhos, filhos<br />
de Vera e Fernando Amaral de Paula<br />
Pessoa e de Venúsia e Ronaldo Ribeiro<br />
(in memoriam), merecem as nossas<br />
maiores felicitações! Entre os amigos de<br />
Fortaleza que prestigiaram a cerimônia,<br />
destaque para Karísia e Luis Pontes,<br />
Lenise e Cláudio Rocha e Denise Pontes.<br />
Eliseu e Rose Batista,<br />
Karísia e Luis Pontes<br />
Mariel Oliveira<br />
Lucas e Natália Pontes<br />
Nathália Matos<br />
132 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 133
Iveline Cecchi,<br />
Gláucia Andrade,<br />
Denise Pontes,<br />
Venúsia Ribeiro<br />
e Valéria Andrade<br />
Lucas Araripe e<br />
Mileide Mihaile<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
Rafael Ribeiro<br />
e Isabelle Parahyba<br />
Tayane Frota,<br />
Ronaldo Ribeiro,<br />
Lívia Pessoa e<br />
Ricardo Frota<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
Nathalia Pontes,<br />
Mileide Mihaile,<br />
Livia Ribeiro,<br />
Thais Câmara,<br />
Thayane Frota,<br />
Liana Brasil<br />
e Manoela Melo<br />
Venúsia Ribeiro,<br />
Lívia Pessoa,<br />
Ronaldo Ribeiro,<br />
Renata e Fernando<br />
Bezerra e filhas,<br />
Roberta e Bruno Neves e<br />
filho, Rafael Ribeiro<br />
e Isabelle Parahyba<br />
134 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 135
ACONTECE ACONTECE<br />
Verônica Perdigão,<br />
Ilia Freitas,<br />
Márcia Travessoni,<br />
Cláudio Silveira<br />
e Ana Cláudia Martins<br />
Márcia Travessoni,<br />
Carol Bezerra e<br />
Roberta Bezerra<br />
MAXIMODA<br />
COMEMORA<br />
DEZ EDIÇÕES<br />
COM EVENTO<br />
MEMORÁVEL<br />
Luiz Gastão Bittencourt<br />
e Cláudio Silveira<br />
Raí Meirelles,<br />
Márcia Travessoni,<br />
Alexandre Birman<br />
e Jackson Araújo<br />
Camila Salek,<br />
Márcia Travessoni<br />
e Andréa Bisker<br />
Uma décima edição histórica foi<br />
arquitetada, sob o cerimonial de<br />
Raí Meirelles, para consagrar o<br />
MaxiModa na agenda de eventos do Nordeste.<br />
Alexandre Birman, Andréa Bisker, Camila<br />
Salek, Chiara Gadaleta e Susana Barbosa<br />
dividiram o palco do Teatro RioMar Fortaleza<br />
para falar das tendências mais relevantes<br />
do momento no cenário da moda. Com<br />
mediação de Jackson Araújo, o seminário<br />
contou com apoio do Shopping RioMar<br />
Fortaleza, da Unifor, do Senac, da Prefeitura<br />
de Fortaleza e muitos outros parceiros.<br />
Alexandre Birman,<br />
Susana Barbosa<br />
e Mila Dallo<br />
Toca Couto<br />
Cintia Tavares,<br />
Ana Quezado,<br />
Ana Cláudia Farias<br />
e Kelly Whitehurst<br />
Chiara Gadaleta<br />
136 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 137
Márcia Travessoni,<br />
Alexandre Birman<br />
e Mila Dallo<br />
Giovanna Gripp Esteves<br />
e Nathalia Petrone<br />
Priscilla Silva<br />
e Alix Pinho<br />
Glicya Cruz,<br />
Beatriz Dantas<br />
e Daniele Batista<br />
MaxiModa 2017<br />
MaxiModa 2017<br />
138 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 139
ACONTECE<br />
Pedro, Gabriela,<br />
Niedja, Prisco e<br />
Davi Bezerra<br />
Camila Moreira,<br />
Lara Travessoni<br />
Clarissa Salazar<br />
FÉ, TALENTO E<br />
CRIATIVIDADE<br />
NO LANÇAMENTO<br />
DA 5ª <strong>REVISTA</strong><br />
<strong>GALERIA</strong><br />
Márcio e Manoela<br />
Crisóstomo<br />
Márcia Travessoni,<br />
Etel Rios,<br />
Natércia Rios e<br />
Socorro França<br />
Carol Bezerra.<br />
Roberto Cláudio e<br />
Márcia Travessoni<br />
Jorge Parente,<br />
Niedja Bezerra e<br />
Nadja Parente<br />
Uma noite que foi um ode ao<br />
talento, a criatividade e a<br />
excelência de cearenses que são<br />
verdadeiras inspirações. O sofisticado<br />
espaço da Cavalieri Confraria foi o<br />
palco escolhido para o lançamento<br />
da quinta edição da Revista <strong>GALERIA</strong><br />
por Márcia Travessoni, com o olhar<br />
apurado de Raí Meirelles comandando<br />
o cerimonial. A Publisher, inclusive,<br />
era só emoção, orgulho do resultado<br />
e alto astral elevado. Na capa, a<br />
história de generosidade e de amor<br />
de Niedja Bezerra, que abriu sua<br />
casa e seu coração para uma matéria<br />
exclusiva sobre um dos assuntos que<br />
a gente mais ama: a beleza da vida.<br />
Confira os detalhes da prestigiada<br />
noite, que teve presenças do prefeito<br />
de Fortaleza, Roberto Cláudio e da<br />
primeira-dama Carol Bezerra.<br />
Fernando e<br />
Márcia Travessoni<br />
e Élcio Batista<br />
Márcia Teixeira,<br />
Leo Gondim,<br />
Gera Teixeira e<br />
Carla Laprovitera<br />
Nathália Ponte<br />
140 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 141
Amanda Távora<br />
e Leonardo Vidal<br />
Tereza Ximenes.<br />
Christiane Leite,<br />
Suzane Farias,<br />
Cláudia Alexandre,<br />
Márcia Travessoni,<br />
Martinha Assunção e<br />
Tane Albuquerque<br />
Erinaldo Peixoto<br />
e Carlos Otávio<br />
Patrícia Macedo e<br />
Dito Machado<br />
George Lima<br />
e Erica Marcan<br />
Isabel Machado,<br />
Rose Batista,<br />
Márcia Travessoni e<br />
Karísia Pontes<br />
142 <strong>GALERIA</strong> AconTECE 143
SERVIÇO<br />
Serviço<br />
BS Design (Stand de vendas)<br />
Av. Desembargador Moreira, 1300 -<br />
Aldeota/ Fortaleza<br />
Tel.: (85) 3052 3511<br />
Clin (Dra. Manoela Crisóstomo)<br />
Av. Dom Luís, 1233. Harmony<br />
Medical Center, 21º andar<br />
- Meireles/Fortaleza<br />
Tel.: (85) 3242 0405/ 3267 6804<br />
Clínica Fred Carioca<br />
Rua Monsenhor Bruno, 2924<br />
- Aldeota/Fortaleza<br />
Tel.: (85) 3055 8694/ 99201 8332<br />
Colégio Luciano Feijão<br />
Rua Dom José,<br />
325 - Centro/ Sobral<br />
Tel.: (88) 3112 1000<br />
Dior Brasil<br />
Av. Magalhães de Castro, 12.000.<br />
Piso Térreo. Shopping Cidade<br />
Jardim - Jardins/ São Paulo<br />
Tel.: (11) 3750 4400<br />
El Chancho<br />
Rua Leonardo Mota, 1477<br />
- Aldeota/Fortaleza<br />
instagram.com/elchanchobr<br />
Jomara Cid Chapelaria<br />
Rua Dr.João de Deus, 200 A<br />
- Fátima/Fortaleza<br />
Tel.: (85) 3212 0898/ 99686 1849<br />
Mundo Pet Fortaleza<br />
Av. Sen. Virgílio Távora, 1400<br />
Aldeota/ Fortaleza<br />
Tel.: (85) 3263 3223<br />
Museu da<br />
Fotografia de Fortaleza<br />
Rua Frederico Borges, 545 -<br />
Varjota/ Fortaleza<br />
Tel.: (85) 3017 3661<br />
Restaurante Mangostin<br />
Avenida Beira Mar, 3980.<br />
Hotel Gran Marquise -<br />
Mucuripe/ Fortaleza<br />
Tel.: (85) 40<strong>06</strong> 5310<br />
Quinta Maria Izabel<br />
Lugar da Cruz - Folgosa do Douro<br />
5110 - 204 Armamar<br />
Tel.: +351 254 105 633<br />
Faculdade Luciano Feijão<br />
Rua José Lopes Ponte, 400 -<br />
Dom Expedito/ Sobral<br />
Tel.: (88) 3112 1001<br />
144 <strong>GALERIA</strong> Serviço 145
PODEROSA<br />
ESSÊNCIA<br />
Por Helder Lima<br />
O PODER TRANSFORMADOR DO YOGA<br />
Psicotecnologia milenar oriunda da Índia, o Yoga<br />
carrega em si uma base filosófica sólida, construída,<br />
aperfeiçoada e transmitida por sábios através dos<br />
séculos. Alicerçando-se numa ética que resgata e cultiva<br />
os valores mais elevados do ser humano, a prática,<br />
com suas configurações posturais, tem uma profunda<br />
atuação nos sistemas musculoesquelético, nervoso,<br />
endócrino, cardiovascular, respiratório e imunológico.<br />
As repercussões destes primeiros benefícios podem<br />
ser sentidas rapidamente. O aprofundamento da prática<br />
mobiliza e expande a energia, desenvolve a capacidade<br />
de abstrair os sentidos, atenua a exposição excessiva<br />
do nosso sistema sensorial, melhora a concentração<br />
e, dessa forma, atingimos estados mais elevados de<br />
consciência. É esta elevação que nos faz perceber o<br />
mundo com outros olhos.<br />
Há um convite a nos colocar no agora, transformando<br />
a nossa relação conosco mesmos e com o mundo ao<br />
nosso redor. Saímos de um estado de mente estímuloresposta<br />
que nos conduz a reações desproporcionadas<br />
e repetitivas. O distanciamento decorrente torna a nossa<br />
ação equilibrada disseminando harmonia. O mundo<br />
ao nosso redor parece que mudou, mas, na realidade,<br />
nós que estamos mudando.<br />
A condução por um instrutor competente com<br />
formação sólida é muito importante para se extrair o<br />
melhor que o Yoga tem a oferecer. Isto permite que o<br />
manancial infinito de potencialidades do indivíduo venha<br />
à tona e assim possa realizar o propósito de estar nesta<br />
vida; dando a sua plena medida.<br />
O reconhecimento global do Yoga levou a ONU a<br />
proclamar o dia internacional do Yoga, 21 de junho;<br />
a UNESCO a declarar o Yoga patrimônio imaterial da<br />
humanidade e o Ministério da Saúde do Brasil a incluir<br />
o Yoga na Política Nacional de Práticas Integrativas e<br />
Complementares.<br />
→ → HELDER LIMA É INSTRUTOR, ESTUDIOSO E FORMADOR DE NOVOS<br />
INSTRUTORES DE YOGA. ACREDITA NA PRÁTICA COMO FILOSOFIA<br />
DE VIDA, COM PODER DE ELEVAR FÍSICA E ESPIRITUALMENTE<br />
QUEM A VIVE. TEM FORMAÇÃO EM VÁRIAS MODALIDADES DE<br />
YOGA E ATUA DESDE 2001.<br />
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