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Yoga Avançado Lição 1

Não indicado para principiantes. Estudo do Jnana-Yoga, Karma-Yoga, Bakthi-Yoga e Tantra-Yoga.

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LIÇÃO 01<br />

JNANA-YOGA<br />

OS QUATRO PONTOS DO JNANA<br />

Segundo os sábios hindus o caminho do Jnana-<strong>Yoga</strong> é uma via reta, mais íngreme. O<br />

iluminado hindu Sadânanda em seu texto “Vedânta-Sâra” escrito no século XV descreve<br />

os quatro pontos fundamentais do Jnana.<br />

Para ele os quatro ponto são: “viveka” (discernimento), “virâga”(renúncia), “shatsampatti”(seis<br />

perfeições) e “mumukshutva” (busca da libertação). Segundo o filósofo<br />

“shat-sampatti “ (seis perfeições) são: “shama” ( tranqüilidade), “dama”(controle dos<br />

sentidos) “uparati” (interrupção), “titikshâ” (resignação), samâdhâna (concentração<br />

mental) e “shraddhâ”(Fé). Vejamos cada um desses pontos com mais detalhes.<br />

Primeiro Ponto: Viveka – É o discernimento entre o real e o ilusório, entre o<br />

permanente e o impermanente, entre o imutável e transitório. O janin (praticante do<br />

Jnana-<strong>Yoga</strong>) deve ver o mundo tal qual é ou seja, uma eterna dança de formas. Deve<br />

compreender que o Real está muito além dessa dança fantasmagórica da matéria<br />

mutante.<br />

Segundo Ponto: Virâga – É a renúncia ao resultado das próprias ações. Esse ponto<br />

será amplamente detalhado em lições posteriores quando estudarmos o Karma-<strong>Yoga</strong>. Em<br />

síntese, virâga é praticar boas obras sem esperar nenhuma recompensa.<br />

Terceiro Ponto: Shat-sampatti – Corresponde as seis perfeições que<br />

apresentaremos a seguir:<br />

1) Shama: É a arte de permanecer tranqüilo perante as mais diversas<br />

adversidades do mundo e da vida pessoal ou qualquer ocorrência.<br />

2) Dama: Controle total dos sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato).<br />

Esses estão sempre em busca de novos estímulos. Na verdade os sentidos são<br />

insaciáveis, caso não haja domínio a criatura torna-se um fantoche dos estímulos<br />

externos.<br />

3) Uparati: Refere-se a negação de todas as ações que não estejam<br />

vinculadas a conservação e manutenção do corpo e tampouco a busca de iluminação<br />

espiritual.<br />

4) Titkshâ: É a busca do autodomínio não se deixando abalar pela dança dos<br />

opostos que ocorre tanto na mente como na vida cotidiana. A mente vive em eterna<br />

comparação entre os oposto como calor-frio, alegria-tristeza, sucesso-fracasso,<br />

elogio-crítica, prazer-dor, etc.<br />

5) Samâdhâna: É a concentração mental em um único objeto. Corresponde a<br />

direção da atenção, sobretudo nas instruções e ensinamentos que esteja recebendo.<br />

6) Shraddhâ: É a Fé autêntica, é a confiança plena e total de uma Realidade<br />

Maior e Transcendente. A Fé não é um ato frio, irracional e destituído de fundamento,<br />

mas sobretudo uma resposta, uma atitude do “jnanin” a mensagem divina na qual ele<br />

descobre o sentido profundo de sua existência e a grandeza de seu destino.<br />

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