Revista Cleto Fontoura 15° Edição

Sempre morou em Araçatuba?
Sim, minha vida toda morei em Araçatuba e não pretendo
me mudar de cidade.
Como começou a carreira de DJ? Quando começou?
Conte-me sua história.
Eu me apaixonei pelo psy trance em meados de 2001
em algumas festas de Araçatuba... Eu era bem jovem e,
pouco tempo depois, eu estava já tocando como DJ set.
Em 2010, comecei a produzir minhas próprias músicas e
hoje faço parte da maior agência de DJs do Brasil, DM7.
Por que acredita ter escolhido esta carreira? O que te
levou a fazer o que faz hoje?
Acho que o fundamento disso tudo foi o público, porque
sempre percebi uma mentalidade diferente, comparando
aos outros tipos de eventos comerciais. Percebia que existia
um feeling poderoso com a galera, tinha uma harmonia
que não via em qualquer lugar... Tocar em raves e clubes
underground me fez enxergar a paixão pelo mundo da música
eletrônica.
Como vê atualmente o cenário para a música eletrônica
no Brasil?
Hoje em dia as pessoas estão com a mente aberta, porque
a nova geração é jovem e está pronta pra aprender coisas
novas, ouvir músicas novas... A nova era não poderia ter
um momento melhor que esse para a música eletrônica...
estamos fazendo história!
E no interior de SP, como enxerga este cenário?
Existem bons DJs por aqui? E existe um público fiel?
No interior tudo é mais complicado, porém temos um
grupo de DJs envolvidos no movimento de Araçatuba
que ajudam muito no desenvolver da cena. O público
se tornou fiel devido a esse amor dos DJs pela cidade.
Nossos eventos se tornaram grandes e conquistamos
Araçatuba e região!
Quais são suas principais referências na música?
Vim de uma família de músicos e meu pai me influenciou
muito quando criança. Bastou eu crescer para adquirir novas
melhorias, mas meu pai já sabia o destino que isso ia tomar.
Como você define seu som? E como chegou a ele?
Meu som é algo novo que ninguém nunca ouviu! Demorou
muito tempo, mas consegui uma fórmula, depois de passar
quase 5 anos dentro de um estúdio.
O que é o Brutal Bass, que você criou?
O brutal bass é a mistura de progressive com techno e
melodias indian. Tem o toque de vocal brasileiro, que foi o
que definiu totalmente esse estilo.
Quais os principais eventos (e casas) nos quais você
já tocou (onde e em que ano aconteceram)? E qual
deles foi mais marcante pra você (e por quê)?
Realizei muitos sonhos de tocar em grandes festas, como
Tomorrowland, Sirena e muitos outros eventos, mas o que
marcou mais foi uma edição da Xxxperience, em São
Paulo, na qual levaram minha filha de surpresa no dia do
meu aniversário. Eu a ergui no palco, como no filme “O Rei
Leão”, para 50 mil pessoas verem (risos). Eu nunca mais
vou esquecer isso.
Fora do Brasil, onde já tocou?
No Egito, em 2015, e duas vezes na Argentina, em 2016 e
2017... E tenho uma tour este ano no México.
Quais os principais eventos e casas onde tocará em
2017 (e em 2018 também) ?
Sou residente do Xxxperience e este ano, em novembro,
estarei presente novamente. Minha agenda está cheia de
festas. Não gosto de rotular as melhores; pra mim, o importante
é a sintonia do público com o artista, não há grandeza
maior que essa.
Desde quando está à frente da Underground Club?
Qual o público alvo da casa e quais vertentes da música
eletrônica rola?
Estamos com a Underground Club aberta desde junho
deste ano. Estamos aos poucos conquistando o público
com o puro movimento underground, introduzindo o psytrance
e o Techno da melhor forma possível. O mais importante
já foi feito: abrimos a única casa funcional de música
eletrônica na cidade. Agora, com o tempo, vou mostrar o
poder que a música tem na nossa cidade.
Você usa com frequência termos como “abduzido”,
“alienígena”, “disco voador”, usa ovnis e ETs nas
imagens de divulgação. Acredita em vida em outros
planetas? Você costuma ler bastante sobre ufologia?
É um apaixonado pelo assunto, ou não? Se sim,
como começou isso?
A resposta é bem simples: seria muita ignorância achar que,
em um universo tão gigantesco, existe vida só no planeta
Terra. É lógico que existe vida em outros planetas, basta raciocinar
para imaginar que existem outros seres no universo.