A guerra da triplice aliança contra o governo do Paraguay - Louis Schneider - Tomo II

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para onde tambem foram dirigida as cavalhadas qLle iam desembarcando,
ao pa so que toda a infantaria destinada contra Curupaity se reunia e
se exercitava em Itaplrú, sendo remettidos para o acampamento principal
todos os recrutas que chegavam do Bralil..
Não foi, porém, cousa facil induzir o general em chefe Mit r e a
emprehender o ataque de Curupaity, porque n'es,a occa ião elle receiava
uma forte investida do inimigo, e, a julgar pelas anteriores operações
dos Paraguayos, era bem presumivel tal mo'Vi:nento. Comtudo o general
barão de P o r to- A1eg r e in. istio com tanto ardor e foi tão decididamente
apoiado pelo general Polydoro Jordão (I) que se resolveu a
opera~ão no conselho celebrado a 18 de Agosto no quartel-general do
presidenie Mit r e, onde compareceram, além dos dous generaes em chefe
bmzileires, o governador Flores', e o vice-almirante Tamandaré.
Concordou-se que iriam os mesmos 8.000 homens do 2° corpo de exercito
sob as ordens de. Porto-Alegre, que a esquadra eifectuaria o
transporte das tropas até abaixo do Forte Sul (2) e que se daria um
assalto contra Curuzu, bombardeando-se Curupaity. Com o fim de apoiar a.s
operações do lado de Tuyuty oifereceu-se o general Flores para conduzir
do Potrero Sauce uma força de caval1rtria pelos matagaes e panrano
a sudueste de Curuzú, a ameaçar o fi. \DCO e. querdo da linha de
Curupn.ity, de cuja posição e natureza parece que pouco se sabia (3).
Tambem nãú houve grande pressa em realisa,' e ta expedição, porquanto
15 dias decorreram até que tudo fica se prompto e em ordem.
Parece que até nem houve reconhecimentos prévios: Ta ma n dar é limitou-se
às informações fornecidas pela tribu dos indios Guaycurus (4), habitantes
do Gran-Chaco e inimigo dos Paraguayos, o que não os estorvava
de assasinarem de vez em quando as patrulhas brazt1eira, cujas
armas e roupas iam vender aos paraguayos. Tamandaré alistara 200
d'esses Guaycurús (.j) e os armara. E' provavel que a elles de-
(1) Quem propôz e sustentou com urdor o plllno foi o visconde de Tamanclaré, na con·
ferencia de 18 de Agosto. Plll'tO Alegre o apoiou t"mbem com C.1l0T. OS gencrars :Mitre,
Flores, e Polydoro Jordão acceilaram a combinflção. Este ultimo fizera antrs inuteis esforços
junto a Porto Alegra para cOllvencel·o ua neces idade da juncção dos dous corpos de exercito
em Tuyuty.
(2) A uão ser Curuzú, não sabemos que Forte Sut possa ser esse.
(3) Inexaclo. O genol'tll Flores devia parlir de Tuyuty e nã·) do Potrero Sauce (pos;ção
do inimigo) à frente de uma columna de c!lvül1aria em direcção ao Passo Canoa, nll esquerda
das tinhas de Rojas e não de Curupaity. O proprio « Mappa da pcwte merid[onal do
Paj'aguOIIJ ll, mostra que o movimento indicadg pelo autor era impraticavel.
(4) O visconde de Santa ThenlZa possue, em original. o plano d'essa parte do rio. apresentado
pelo almirant·J na conferencia de 1 de Ag,'sLo, plano que servia de base á discussão
d'esse dia. E' um trabalho muito imperfeito, qlle denr,ta não ttlr havido nntes sérios
reconhecimentos.
(51 Isto iJ repetição do qlle diz Thompson cap. XIII da sua obr : - (l Tamnndaré,
almirante brazileiro. feZ um tratado com os indios Guaycorús do Chaco e Ilrmou 200
d'elles. Estes indios formam uma tribu bellicosa, que sempre esteve em guerra com o
Paraguay; entrelanto, não prestaram grandes serviços aos AlliaJos, porque fugiram com as
armas e a roupa que rtlceberam, e sempre que encontrüvam alguDl; Bn,zileiros, em pcq'lerlo