A guerra da triplice aliança contra o governo do Paraguay - Louis Schneider - Tomo II

68
Os Paraguayos tiveram 2.500 mortos e feridos. O unico official
de importancia que morreu foi o general A qui n Q. O tenente-coronel
Ji me n e z, um dos mais bravos Paraguayos, foi ferido em um pé, mas
pelejou até ao fim da jornada. O coronel Ro a, commandante da artilharia,
cortado do seus, ficou completamente cercado. Com o sabre
partldo, nem por isto se quiz render, e salvou-se atirando terra nos
olhos de dous officiaes inimigos que o atacaram. Escapou sem a menor
contusão. »
,
Tal é em substancia a narração paraguaya, de ataviada das pbrases
encomia ticas (1). EUa prova que a di posição do combate foi acertada,
falhando em muitos seniidos a execução. Em primeiro lagar L o p e z
guarneceu mal o ponto, que essencialmente tinha em mente ganhar e
conservar. Não sendo pos 'ivel fazer conduzir para a collina durante a
noite maior numel'O de bocas de fogo, devia pelo menos ahi reunir
mais tropa para sustentar o primeiro impeto dos Brazileiros. Com 700
homens (2) não se faz frente a uma divisãO inteira i3) e uma posição
dessa não se defende s6mente de cima ou de deniro, mas tambem na frente
e pelos lado.". perda do ponto cobiçaclo foi ajusta punição de não
terem sido os Alliados ho tilisados no dia 16 em toda a linha, como
de feito o foram no dia 18 pelos ataques da parte do proprio centro
alJiado. (4) A chegada da divisão argentina prova que estavam desembaraçados
o centro e o flanco direito dos Alliados; de outro modo essa
divisãO não teria podido receber ordem de unir-se â extrema esquerda.
"ão é menos singular que, tratando-,e de uma manobra de offen iva,
o flanco esquerdo dos Paraguayos ficasse tranquillo no Paso· Leguizamon
n e aUi espera se o ataque em vez de tomar a iniciativa. Quando
se yê minguar a propria força, não se vão arriscar tantas vidas em
em1Jreza , que, mesmo tendo prospero exito, não influem sobre os pontos
capitae , que eram sem duvida, para os Paraguayos, a defesa da fortificação
principal e o impedimento da pa sagem da esquadra (6).
(1) Eslas palavras poderiam induzir o leitor a crer que o que ficou dito acima é o
transumpto de algum documento paraguayo, quando não é seuão a traducção da obra
de Tholllpson.
(~) O autor não tem dado algum para assegnral que apenas 700 Paraguayos floram
encarregados da def~za dessas posições. Porque Thompson diz que 100 enxadas, pús e
picCll'etas fllram enviadas ao Sauce, não se srgue que fosse es e o nllmero de soldados
que occuparam os bosques da nossa esquerda.
(3) Nos desfiladeiros es reitos e sinuosos por onde operaram as nossas tropas nos
dias 16 e 1 de JullJo não podia desenvolver· se uma divisão iuteira.
(4) Não podemos attingir bem o pensameu to do aut\>r.
(5) No Passo Leguizamon, que ficava á'1uem de Yataity-Corá, estavam as forças da
vanguarda argentina e não os Paragnayo3. O 1hllloo esquerdo destes estendia-se drade
Passo Vai (extrema esquerda) até Passo Fern ndez. O oentro ia do Passo Fernandez a Passo
Gome?, e deste ponto ao Potrero Sauce a direita..
Em vez de úgui=amon, Iria-se. portanto,-Pllsso Vaí.
(6) Não nos parecem comprehensiveis lodos rstes trechos.