A guerra da triplice aliança contra o governo do Paraguay - Louis Schneider - Tomo II

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.~o dia 20 (I) os dous navios Bahia e Be~monle foram roçados por dou'
torpedos, que vieram, fiuctuando, de Curupaity rio abaixo, ma I ela
prolongada demora na agua provavelmente. e tinham deteriorado. Como
aFpal'eceram durante o dia, foram avistados pelos escaleres de vigia
e pescados de bordo dos navios. Consistiam em um C) lindeo de zinco,
que continha a carga, e ficava dentro de dous outros cylindros A
espoleta era uma capsula de vidro cheia de acido sulphurico, com uma
mistura de chIo rato de pota"sa e assucar branco e por .fóra um involuceo
de lã e algodão. A espol~ta estava encerrada em um cylindro
perfurado, e devia ser quebrada par um piston ao embate de qualquer
corpo solido. A' noite appareceu tamQem um brulote (2), que, felizmente,
deslizou por perto dos navios sem causar damno. A consequencia
de tudo. isto foi despertar a vigilancia da esq uadra, que se estendeu atê aos
mattos das barrancas. Ao menor indicio de movimento dos Par~guayo.
nesses bosqueS', despejavam logo os navios metralha, o que todavia não
impedio (lue os Paraguayos trabalhas em c')m afin~o nas obras do forte
de Cueuzu. Gastava-se quasi um dia inteieo el fazer chegar uma noticia
da e..quaclra ao quartel-g-eoe'ral p01: Itapirú e vice-versa, o que
era geave inconveniente para a harmonia dos movimentos.
L o p e z reconheceu com 'muita razã.o que a . egurança de B umaitá
dependia das obras de Curupai-j,y, e por isso empeegou o maior cuidado
em reforçaI-a. Junto ao lagar em que ellas chegavam rente ti. margem
do Paraguay, eeguia-se o solo cerca de 30 pés acima do nivel commum
do rio. O chão deste planalto consta de barro e areia. Na occasião de
chuvas torrenciaes, a agua rasga fendas tão funda na ingreme encosta
(1) No dia 16 de Junho, ás 2 1/2 horas da manhã, um torpedo roçou na prõa do encouraçado
Bahia e foi desviado pela gual'l1ição deste. A pol vora estava molhada.
Na noite de 19 os Paraguayos la rgaram rio abaixo diversas jangudas de baDlhus com
barris de alcatrão inflammades. ESS5 s brulotes nenhum damno caUSllram, sendo desviados
pelos escaleres de ronda.
No dia 20 foi apanhado outro torpedo perto da canhoneira Araguol·Y. A polvora esla'l'a
lambem humedecida.
No dia 22 itlcorporou-se á osquadm a bombardeira Pedro Arronso.
A 2:3, durante a noite, os Pal'agU(lYoS lançaram rio abaixo lun navio carregado de
pedras, que submergio·se perto do Bebel'ibe. Conduzia um enorme tOI pedo, que nenllum
e1Jeito prod uzio.
A's 3 da madrugada de 2G fez explosão na vanguarda, perto da Jlfem'im um toro
pedo. Ao romper L10 dia foi apanhado outro, contendo mais de GOO libras de polvora.
No dia 28 incorporou·se á esquadra a bombardeira Forte de Coimln·a.
No dia 30 fez' explosão outro torpedo perto dos navios da vanpuarda.
No dia 10 de JIJJho, e no dia 3 inwrporaram-se à esquadra os encouraçados Rio
de Joneiro e Lima Bar-ros .
. ~os dias 2, 3 e 5 fizeram explosão outras torpedos que, como os precedentes, nenhum
preJUIZO causaram.
Da~ m.attas da margem atil'!lram. os Paraguayos foguetes sobre os nossos navios,
mas nao tIvemos a bordo um 50 fertdo. Sempre que de lerra faziam fo"o a esqua.lra
os afugentava com alguns tiros de metralha. o ,
(2) Appareceram muitos durante IL noite.
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