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A guerra da triplice aliança contra o governo do Paraguay - Louis Schneider - Tomo II

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Os Argentinos, que haviam toma<strong>do</strong> o ataque <strong>da</strong> vespel'a como um<br />

ensaio, e previsto esta segun<strong>da</strong> investi<strong>da</strong>, tinham leva<strong>do</strong> artilharia para.<br />

Ylltaity-Corá, e assim, mal assomaram os <strong>Paraguay</strong>os, romperam as descargas,<br />

e incontinente voaram as reservas já promp~as <strong>do</strong> acampamento<br />

pilra o lugar <strong>da</strong> peleja. Os 5 batalhões paraguayos, comman<strong>da</strong>dus pelo<br />

coronel R i v a s (1), avançaram deno<strong>da</strong><strong>da</strong>mente <strong>contra</strong> a bateria, (2) mas<br />

esbarran<strong>do</strong>-se com as reservas argentinas, depois de ligeira refrega, retiraram-se<br />

sem resulta<strong>do</strong> de vulto. Como o general Mi t r e prohibio travar<br />

luta séria, pois de na<strong>da</strong> aproveitavam esses tiroteios isola<strong>do</strong>s, limitou-se<br />

a jorna<strong>da</strong> a um combate de atira<strong>do</strong>res, que entretanto por mais de uma<br />

vez pareceu querer tomar caracter grave. A principio um foguete<br />

paraguayo incendinu o capim secco <strong>da</strong> extensa plaillcie e, emquanto a<br />

chammas lavravam, conservaram-se os Argentinos tranquillos. Quan<strong>do</strong><br />

só restavam as cinzas, o general Pau n e r o deu signal de avançar,<br />

(1) Ha nisto engano. O coronel Rivas (depois general) não comman<strong>da</strong>va os Pllrnguayos.<br />

Este dislincto chef~ é oriental de nascimento, e estava então, como hoje, ao se. viço<br />

<strong>da</strong> Republica Ar~entina.<br />

O general' Dlaz foi quem dirigio a acçiio por parte <strong>do</strong>s <strong>Paraguay</strong>os. O batalhão<br />

OorrentJl1o (teneute coronel SOla) e 1 piquete de cavallaria. tambem ccrrenlino, estavam<br />

de serviço no :rasso Leguizamon. O general Diaz ordenou que os batalhões<br />

130 e 20° de infantaria, ás ordens <strong>do</strong> corouei Eliz~r<strong>do</strong> Aquino, com 2 estativos d'l togu~tes<br />

atacassem os Argentinos, fican<strong>do</strong> de res"rva os batalhões 80 e 30° (3 horas <strong>da</strong><br />

tarde.) O batalhão Correntino retirou em ordem até reunir-se ao ]0 de linha e ao<br />

batalhão S. Nicolau. O coronel Rivos dirigio então o fogo, e. acudin<strong>do</strong> to<strong>da</strong> a divisão<br />

<strong>do</strong> coronel ArreJon<strong>do</strong>, foram os <strong>Paraguay</strong>os repelli<strong>do</strong>s, fugindfl em desordem Consegui<strong>do</strong><br />

este resulta<strong>do</strong>, volt.ou Rivos, por ordem <strong>do</strong> general Paunero (4 1/2 <strong>da</strong> tnrde), mas o<br />

presidente Mitre det~rminou que elle avançasse de novo para occupar Yataity·Corá com<br />

o 30 batalhão de linha e a Le~ião Militar.<br />

Os foguetes paroguayos tinham incendia<strong>do</strong> o campo em muitos pontos, e tanto o<br />

fumo como as arvores não deixavam ver as rf>serVas paraguayos. Ao escurecer o general<br />

Diaz e o coronel Aquino atacaram essa força com os batalhões 8°, 13°. 200 e 30. e<br />

alguma caval1ariRo Rivas sustentou a posi\ão que occupava, c ao cabo de dez minutos foi<br />

reforça<strong>do</strong> pelos batalhões 10. 40 e 60 dll linha, la Legião de V..lunlarios, fican<strong>do</strong> de l'pserva<br />

os batalhões S. Nicolau. Correnlino, Riojano, Santafesino, 5° de linha e 2° Legião de<br />

Voluntarioso<br />

A's 7 <strong>da</strong> noite estava termina<strong>do</strong> o combate, sen<strong>do</strong> postos em fuga os <strong>Paraguay</strong>oso<br />

Os Argentiuoll<br />

tiveram a seguinte per<strong>da</strong>:<br />

Mortos o.... 4 ofllciaes e 26 sol<strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

Feri<strong>do</strong>s oo o 12 )l 155)l<br />

Oontusos o.. 8 l) 43»<br />

Os <strong>Paraguay</strong>os, segun<strong>do</strong> o genpral Paunero (argentino) perderam 200 mortos e 4flU<br />

feri<strong>do</strong>s. e, segun<strong>do</strong> Thompson, tiveram 400 homens fóra de' combate. O comman<strong>da</strong>nte<br />

Baez, <strong>do</strong> 8° batalhão parRguayo. foi morto. Em poder <strong>do</strong>s Argentinos ficaram 175 espingar<strong>da</strong>s,<br />

2 caixas de <strong>guerra</strong> e iJO prisioneiros.<br />

O primeiro combate travou-se junto ao Passo Leguizamon, e o segun<strong>do</strong> em Yalaíly­<br />

Corá, que o Semanario descreve assim :<br />

«••••El comhate tuvo lugar en Yataity-Corá, altura pobla<strong>da</strong> de yatays y cRsi circular<br />

de <strong>do</strong>nde con propie<strong>da</strong>d tira el nombre. De alli se baja ai ultimo esteró que sirve de<br />

segun<strong>da</strong> mur~Ila ai enemigo y el PIlSO de Leguizamon, por <strong>do</strong>nde una parte de nue. tra<br />

cabal1eria avanz6 el dia 24: es el paso indispensable ai que quiera Ilegal' por esa parte<br />

a la trinchera y fosos deI enemigo. »<br />

. Como de costume, o boletim paraguayo declarou que os Argentinos solfreram nesse<br />

dIa duas derrotas, que 2 batalhões paraguayos puzeram em fuga 10 balalhões argentinos,<br />

e que os sol<strong>da</strong><strong>do</strong>s destes eram leva<strong>do</strong>s au combate a' chicote e a prancha<strong>da</strong>s, tal era<br />

o terror de que estavam possui<strong>do</strong>s.<br />

Vejo no ÂPPSIHUC6 o n. 31. _<br />

(2) Não havia bateria aliUma nesse lugar,

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