A guerra da triplice aliança contra o governo do Paraguay - Louis Schneider - Tomo II

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muito arriscada. Devemos supp6r que para esta eventualidade haviam sido
dadas amplas instrucções, que comtudo ficaram secretas.
Quanto a L o pe z não ha duvida que errou com este ataque prematuro.
Desde o momento em que os Alliados pisaram o solo do Paraguay,
achava-se elie na defensiva, pelo que devia aproveitar todas as vantagens
della, isto é, as fortificações. Nos banhados, onde foi exterminado
pela metralha um de seus batalhões, podiam ter succumbido de igual
modo as 'tropas alUadas. Não utilisou-se da sua numerosa ar,tilharia atraz
dos entrincheiramentos; pelo contrario, na frente destes foram suas tropas
lança4as à peleja sem que os canhões pudessem entrar em acção. Seu
plano primitivo de deixar-se atacar e durante o ataque arremetter
contra os Alliados pelos dous flancos e cortar-lhes as communicações com
Itapirú, era melhor em todos os sentidos. Não terem os Alliados aproveitado
a incontestavel victoria para avançarem, não podia elle prever
e isto lhe devia certamente ter causado assombro. Tal não poderia ser
para Lopez a causa de seu plano ou antes de ua precipitada resolução
em antecipar o ataque imminente e outra não podemos inferir das circumstancias
conhecidas.
Os factos demonstram que de ambos os lados se pelejou com denodo.
O avultado numero de Paraguayos mortos e o pequeno numero
de prisioneiro confirmam a noticia de que nenhum Paraguayo em estado
de combater pr.dia ou acceitava quartel. Combatiam por « el Supremo »
e pela honra nacional com tal furia e despreso da morte, que despertaram
a admiraçãO de seus inimigo, de modo que só quem não comprehende
o que é dedicação pôde propalar que L ope z embriagára seus
soldados. Em vão SEI procuram na hi toria do Paraguay os motivos desta
lealdade, amor e abnegação por um soberano que o 'ubmettia á mais
abjecta servidão; mas não pode:n ser negados e ses sentimentos pois
existiam, e no decurso da guerra merecel'am pleno reconhecimento e honra
militar.
Para sub tituir o general Ozo r i o, que fôra feL'Ído (1) e assim o requerêra
a 16 de Maio ao mini~tro da guerra ,2), seguio para o Paraguay
como general em chefe da trolJas imperiaes o marechal de
« Ce plan, au moins partiellement, est contesté par les écrivains anglais; iI l'est en
entier par des narrateurs étrangers aux dellx n'ltions. Ceux-ci prétendent que c'est faíre
aux deux généraux eu chef un honneur tout de suppositiou, que ele leur concéder le mérite
de combinaisons stratégiques; et ils ajoutellt, il, l'appui, qu'iL n'ya I oi'nt de sérieuses com.
binai~ons préelables ,qua~d on es~ d,ans l'enLiére ignorsnce dll PH)'S oú 1'on agit, quand
on n a meme pas prJS som de su, pleer cette 19norance par des reconnaissauces ce qui était
le cas des deux généroux eu ch ef des Alliés. , ,. » ,
(I) O f:(eneral Ozorio fóra mui levemente contuso n s hablhas .1e ~ (' ~J de Muio e i·sso
não influio de modo algum ml su~ resolução de deixar o comUlando do l0 corllo de e'xel'cito.
, (:1) 9 general Ozol'i~ (fLgraciado com o titulo de barão do Hel'v I pela p3ssagem do Paraná
e "Vlclona d!l 17 de Abnl) requereu: aI? governo er~ ':6 el~ Abril (e não 16 d~ r.