A guerra da triplice aliança contra o governo do Paraguay - Louis Schneider - Tomo II

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l.S armas, porque o general Mit r e ia faíler um reconhecimento á viva
força sobre as posições paraguayas (1).
« Tres minutos depois de dado o signaI convencionado o combate
torlll)U-Se geral, e a fuzilaria era tão bem sustentada que só se ouvia
um estrondo continuo, realçado pelo troar dos canhões alliados. .
« Pela direita ogeneral Ba r r i os levou os Brazileit'os até ao Estero Bellaco
(2), onde elles se refizeram e rechaçaram os Paraguayos até aos
bosques; ahi estes se reorganisaram por seu turno e levaram diante de
si os Brazilelros, repetindo-se ist9 tres vezes durante o dia. »(3)
O ultimo ataquê foi favoravel definitivamente aos Brazileiros.
No combate a cavallaria paraguaya mostrou-se superior a brazileira
(4), mas a artilharia imperial provou me~hor que a paragllaya (5).
(1) O exercito a1lia~o . n~o estava todo « sobre ns armas.» A~ p~'imelro foguete a congreve
dispnrndo pelo 1UlUJlgO soaram do quartel genernl brazlleIro os toques de sentido
e chamada ligeim, e em poucos momentos todo~ occuj?anm seus postos de c0n:tb~te.
O inimigo apezar de encoberto por bosques e mOlbs, so poude sorprender, nn dlreltn,
parte da c;\vallari~ ~rgentina dos gellerRes Homos e eRceres. e no centro 2 batalhões
orientaes e 1 brazileJro que estavam nas avançadas.
Na direita Resquin conseguio chegar nté ás peças argentina, porém no centro e esquerda,
onde estavam os Brazileiros, as descargas da artilharia e infantaria foram t:1es, que um
s6 parnguayo não se npproximou dos canhões, como o attestam as insignificantes perdns
que teve o pessoal dos. nossos corpos de nrtilharia e dos batalhões que a protegiam.
(2) Inexacto: o que não quer dizer que as nossas tropas que defendinm a extrema
esquerda, ou antes, a retaguarda do nosso campo não avançassem e recuassem por vezes
até serem apoiadas. Por ahi combaterem os generaes Menn'l Barreto (José LlIiz) e o coronel
Tristão Pinto. Depois o general Andréa acudio tambem ii este ponto.
A maior parte das tropas de Barrios, porém, apoiou o ataque de DiRZ contra a
divieão Sampaio.
(3) O periodico paraguayo El Centinela. commemorando o primeiro anniyersario da
batalha, diz que este facto deu-se apenas duas ve~es. 'Vej. no Appendice as partes offiociaes
que publicamos.
(41 O autor truncou aqui a narrativa de Thompson, e substitui01um trecho iuexacto
deste por outro de sua lana. encerrando o injusto conceito que se acaba de ler.
O que '.Lhompson diz no trecho snpprimido é que « a cavallaria pamguaya, que
carregou os Brazileiros, quando estes recuavam, fez entre elles grande matança, c:lusando
igual d.\mno entre os Paraguayos a fuzilaria e artilharia dos Brazileiros.»
Dahi concluio o autor Gue 11 cavallnria paraguaya mostrou-se superior li brazileira
e importa isto uma injustiça que não deve passar sem prot~sto.
'
A cavallal'ia do 110SS0 exercito -compunha-se toda de Rio-Grandenses, e não ha em
exercito algum caTal1aria que exceda em intrepidez, a~ilidade e pericla á do Rio-Granue
do Sul, assim como á argentina e á oriental. O conserneiro Homem de Melio disse com
razão na sua Biogmphia, do Barão do Triwmpho: - « Onde a lança brazileira encontrou-se
com a pnraguaya, esta partio-se para sempre, aniquiladas de ll.ma vez as massas fanaticas
que a traziam. »
O autor ignol'rt sem duvida que na batalha de 24 de Maio os Brazileiros não apresentaram
nem 500 homens montados, combatendo a pé, ou ficando innctiva, a maior
parte da nossa brilhante cavallaria.
O exercito argentino, tambem por fgHa de cavaHos, só oppóz aI) inimigo uns 600
ou 71l() homens montados.
Os Paraguayos, entretanto, trouxeram ao ataque 8.400 cRvalleiros, que succumbiram
pela maior parte dizimados pela fuzilaria e pela metralha, quando carregavam loucamente
contra os nossos canhões.
Dos nossos quadrados de inf.mhria nem um s6 pôde o inimigo romper.
(5) A artiJhari,,: ~lliada fez :muito neste. di~ e concorreu poderosamente para o exiLo
da batalha. Na dll'elta (Argentmos) era dIriltlda pelo coronel Julio Vedia. No centro
além de todo o lo regimento b~azileiro de artif!.1llria ~o~tada, de que era chefe o tenente~
coronel Mallet, est'lvam 2 baterIas do 3 0 batnlhao brazllelro de artilharia a pé e a bateria
orienbl: estes canhões fulminavam as divisões paraguayas de Marc6 e Dlaz. Sobre o
nosso flanco esquerdo trabalharam o 10 bntalhão de artilharia a pé e o resto do:]o ás
ordens do (eneral Andrêa, commandante geral dessa arma no exercito imperial. As divisões
de Barrios e Diaz solTreram horrlveis estragos pelo fogo dessas peças.