A guerra da triplice aliança contra o governo do Paraguay - Louis Schneider - Tomo II

vestia calças e blusas de panno azul escuro (1). Dizel)l-me que estes
são os Rifleros, que fazem serviço junto ã pessoa do pre3idente Lopez.
A roupa interior é de fabrica creoula, e, em geral, muito limpa.
Todos traziam morl'ião em f6ema de kepy, feito com couro do paiz (2).
« Dia 29 de Maio.-...•O exel'cito alUado teve fóra de combate
no dia 24 de Maio 3,650 homen, porém estão comprehendidos n'este
numero até mesmo o contusos e feridos insignificantemente, que não
deixaram seus postos na fileira.
« A perda do inimigo, segundo a parte. elos officiaes encal'l'egados
de sepultar os cadaveres, obe a 7,000 mortos, e ainda ha entre as
linha mais de 200 in epuHos, estando tambem coalhados de mortos
os banhado. da frente: »
I. B. - Não reproduzimos outras de cripçães da batalha feita por
corl~espondentes brazi1eiros, porque é facil examinaI-as nas collecções
dos nosso. jornaes, que· se guardam nas' bibliothecas publicas d'e ta
capital.
a obra de Pereira da Costa, vaI. III, estão transcriptos muitos
trechos de uma das correspondencias do Jornal do Gormne;·cio.
comprehender que os grandes mestres nunca se escravisaram a todas as pequenas
circumstancias dos factos que immortalisaram na téla. O pintor historico deve ter
certa liberdade de acção. Os exercitos franceze que, atr'lvessando a Europa inteira,
foram dar a batalha dA. i'vIoskowa, no coração da Russiu, não podiam ter entrado em
fooo com os seus grandes uniformes, barretinas e penuchos. Entretanto apparecem
no quadro que representA. esse feito de armas, ,esUdos como em dia de parada, e
apenas um Oll outro soldado ostenta os cotove11os rõtos, e as calças dilaceradas, para
attestnr que a campanha foi rude e l'lboriosa.
Todos os grandes pintore militares suppuzeram sempre que nas ve peras d'l batalha
haDa dUribuiç.ão de fardamento ás tropas.
Napoleão I atravessou os Alpes em 1U1l pacifico jumento, mas foi representado em
um fogoso cavallo.
e o facto se désse com um general brazileiro e o quadro fosse pintado aqui, não
deixaria o jumento de passar li. posteridade.
(1) Em geral a tropa paraguaya trazia blu '\s vermelhas e chiripá. Os que se bateram
em 2 de Maio tambem estavam vestidos assim.
. .
(2) Em outro lugar do seu Dia1'Ío descreve Palleja com mais particularidades o
nnifo11ue paraguayo:
«•... A. cavallaria Q'az um pequeno morrião com pala. E' de sola bem cosida. No
mor~ão eslíL pintado o .scudo paragua~o c,om 2 bandeh'as d s la'los, collocadas desgraclO~amen~.
~ blus~ e de panDO ,ordinulO encarnado, golla e canhões pret.os. Usam
chiripl;1o de la ate aos Jo~lhos, com listras d~ azul celeste e branco, c roulas de algodão
do palZ com grande fl'anJa, que chega até mela perna. "arlitentos e soldados, todos anelam
descalços. sam grandes e poras de ferro, ele forma antiga. ó os ;ofllci'le anelam calçados.
l( Â infantaria b'az gorras ele quartel com pala, fi motad negm e ouiTa metade
vermelha, com a" letras R. P., de panno ,.rm lho. Usa a mesma blusa, o me mo
chiripá e li mesmaS ceroulas qu fi ca.vallan'l...."