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A guerra da triplice aliança contra o governo do Paraguay - Louis Schneider - Tomo II

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leiO<br />

eleva<strong>da</strong> hierarchia, que constitue por assim clizer uma e. pecie de conselho<br />

imperial (1).<br />

As circumstancias eram urgentes e o marechal partia no dia 2·2 de<br />

Outubro levan<strong>do</strong> comsigo <strong>do</strong> Rio de Janeiro a maior parte de seu esta<strong>do</strong><br />

maior (2).<br />

O paquete Carmel, que devia conduzíl-o para o Rio <strong>da</strong> Prata,<br />

soffreo desarranjo na machilla e teve de arribar; em substituição foilhe<br />

<strong>da</strong><strong>do</strong> um transporte especial, o vapor Arinos. Quasi ao mesmo<br />

tempo partia um novo encouraça<strong>do</strong>, o Cabral (3), que acabava de sahir<br />

<strong>do</strong> estaleiro, e embarcaram tambem os primeiros 500 homens <strong>do</strong>s 10,COO<br />

<strong>da</strong> guar<strong>da</strong> nacional mobílísa<strong>da</strong>.<br />

em a noticia <strong>do</strong> revez soffri<strong>do</strong>, nem o boato <strong>da</strong> adhesão de Bolivia a<br />

causa de L op e z abateram a coragem <strong>do</strong> Brazil; pelo <strong>contra</strong>rio, provocaram<br />

novos e maiores esforços, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> P a r a na g n a nomea<strong>do</strong> ministro<br />

<strong>da</strong> <strong>guerra</strong>, porque energicamente aconselhara e instigara a continuação<br />

<strong>da</strong> luta (4). Oontribuia sem duvi<strong>da</strong> para a nova disposição de<br />

cousas a carta dirigi<strong>da</strong> ao Tmpera<strong>do</strong>r D. Pedro pelo general Mi tre,<br />

o qual de sua minuciosa participação deduzia a necessi<strong>da</strong>de de ficar a<br />

esquadra subordina<strong>da</strong> ao comman<strong>da</strong>nte em chefe <strong>do</strong>s exercitas al1ía<strong>do</strong>s<br />

e de não poder general algum, quaesquer que fossem os motivos, operar<br />

em ordem <strong>do</strong> general em chefe (5).<br />

Em lFl51 organlsou e dirigio o exercito que enviámos ao Rio <strong>da</strong> Prata <strong>contra</strong> os<br />

dicta<strong>do</strong>res Rosas e Oribe.<br />

Foi ministro <strong>da</strong> guerril. desde Junho de 1 -5 até 4 de Maio de 1 57, e presidente<br />

<strong>do</strong> con"elbo d mini Lros desde 3 de 'etembro de 1856 até 4 de Maio de 1857, e depois<br />

desde 2 de Marco de 1861 até 2t de Maio de 1862.<br />

Tal e1'1, em- reStUlI0, a vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> illustre general a quem estava reservad'l a gloria<br />

de arrancar o exercito aliia<strong>do</strong> <strong>da</strong> inacção em que jazia desde Maio de 1 66, levan<strong>do</strong>-o<br />

de victoria em victoria até á Assumpção.<br />

. (1) O. autor prova,elmente quer dizei: que o maI:echal Caxia;s era então, como hoje,<br />

"lCe-presldente <strong>do</strong> Supremo Conselho I1IiMar de Justiça. O preSidente d'esse tl'ibunlll é<br />

o Impera<strong>do</strong>r, mas as suas sessões são sempre presidi<strong>da</strong>s pelo mais antigo <strong>do</strong>s conselheiros<br />

de <strong>guerra</strong>.<br />

(2) O marechal Caxias partio <strong>do</strong> Rio de Janeiro no dia 29 de Outubro de 1 66.<br />

hegou fi Montevidéo no dia 2 de ovembro, a Buenos-Aires 110 dia 6 a Corrientes<br />

no dia 14-, e assumio o commall<strong>do</strong> em chefe em Tuyuty 110 clia 18 (Vej. PEREIRA DA<br />

GOSTA, ~58, e seguintes, e 284).<br />

. Coube-lhe o comman<strong>do</strong> . d~p~is <strong>do</strong> desa~tl:e de Curupaity, qne encheo de enthuslasmo<br />

os <strong>Paraguay</strong>os, e COlllClCho com li noticia <strong>do</strong> protesto <strong>da</strong>s republicas d.) Pacifico<br />

<strong>contra</strong> o trata<strong>do</strong> de alliqnça.<br />

O SemanQ/l';o dizia com razão em 8 de Dezembro de 1806: - « el ejército alia<strong>do</strong><br />

no ha <strong>da</strong><strong>do</strong> 'Un paso mas desde el 20 de Jt[Q/lJo.. "<br />

Tu<strong>do</strong> o que haviamos consegui<strong>do</strong> depois de 2! de Maio fóra rcduzir o inimigo li<br />

defensiva.<br />

(3) Os encoill'aça<strong>do</strong>s Cabral re Silva<strong>do</strong> já estwam em Montevidéo quan<strong>do</strong> o almirante<br />

lnhaúnla por ahi pa.ssou em viagem par,. o <strong>Paraguay</strong>.<br />

(-1) Tod~s os ministros e to~o~ os parti~os .<strong>do</strong> paiz e~tavam n'este ponto de accór<strong>do</strong>.<br />

O Gonselheu'o Paunaguá era mlDlstl'O <strong>da</strong> Justiça no gabmetc Zacarias, Passou a exercer<br />

as funcções de ministro <strong>da</strong> <strong>guerra</strong> em 9 de Outubro de 1 66, retiran<strong>do</strong>-se então <strong>do</strong> gabinete<br />

o conselheiro Ferraz, barão de Uruguayana.<br />

(5) Não temos tempo para verificar se o geueral Mitre representou n'esse senti<strong>do</strong><br />

ao govel'llo imperial.

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