21.09.2017 Views

A guerra da triplice aliança contra o governo do Paraguay - Louis Schneider - Tomo II

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

132<br />

Curupaity fosse feliz, os <strong>Paraguay</strong>os seriam força<strong>do</strong>s s6 por isso a aban<strong>do</strong>nar<br />

as linhas de Paso Gomes; no caso <strong>contra</strong>rio as per<strong>da</strong>s <strong>do</strong>s<br />

Allia<strong>do</strong>s, pelo la<strong>do</strong> de Tuyuty, seriam <strong>do</strong>bra<strong>da</strong>me'1te maiores que as que<br />

soffreram diante de Ourupaity.<br />

Não se sabe ao certo o que induzio o general Flores, 'governa<strong>do</strong>r<br />

provisorio <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>-Oriental <strong>do</strong> Uruguay, a deixar o acampamento<br />

logo apoz o ataque de OUl'Upaity, recolhen<strong>do</strong>-se à sua patria.. Querem<br />

uns que fosse o mallogra<strong>do</strong> movimento de flanco pelo Paso-Oanôa, e<br />

outros que algum desgosto pessoal "(1). Sem duvi<strong>da</strong> não era grata em<br />

Montevidéo a longa ausencia <strong>do</strong> chefe <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, ain<strong>da</strong> que este fosse<br />

apenas interino. Desde o restabelecimento <strong>da</strong> ordem interna no Esta<strong>do</strong>­<br />

Oriental e desde o começo <strong>da</strong> <strong>guerra</strong> <strong>contra</strong> L o pe z, tinha Montevidéo<br />

recebi<strong>do</strong> grande impulso, tOl'nan<strong>do</strong>-se o emporio e a principal e, cala<br />

de transporte <strong>da</strong>s provisões bellicas e <strong>do</strong>s reforços de tropas. O ouro<br />

brazilei"'o despejava-se abun<strong>da</strong>ntemente n'essa praça, porque o Imperio<br />

não s6 ahi, como em Buenos-Aires, pagava á vista tu<strong>do</strong> quanto precisava.<br />

Repeti<strong>da</strong>s instancias e admoestaçãe recebeo Fio r es para que voltasse,<br />

pois o parti<strong>do</strong> blanco, acoroçoa<strong>do</strong> por sua ausencia, começava<br />

a agitar-se. A carta dirigi<strong>da</strong> por FIo r e s á sua e posa (2) depois <strong>da</strong><br />

derrota por elIe soffl'i<strong>da</strong> em 2 de Maio nos deixa ver o esta<strong>do</strong> de seu<br />

espirito, evidentemente magoa<strong>do</strong> ;'elo exterminio de seus Orientaes, pela<br />

sua posição de general de briga<strong>da</strong> braúleiro, e pela regeição por parte<br />

<strong>do</strong>s generaes alliaLlos de seus planos de guerrilheiro.<br />

Em fins de Setembro deixou Florl}s o acampan1ento alIiaclo ("<br />

regressan<strong>do</strong> a Montevic1éo por Buenos-Aires.<br />

pesde eS'e dia não houve mais cooperaçelo ffecti l7a <strong>da</strong> parte <strong>da</strong><br />

Republica Oriental.<br />

(I) A r'Limd'1 <strong>do</strong> govel'llldul' FI res nenhuma relaçã l.. m com o m'lnogro <strong>do</strong> alaquo<br />

de CUl'llpr.jty, como vlJrá o leitor <strong>do</strong>s d0cUlllentos qu ti mos no Appendice.<br />

Essa. sua resolução, aconselll..<strong>da</strong> pela situação pJliLica <strong>do</strong>. Estatlo-Oriental, fJi<br />

communic~<strong>da</strong>. ao <strong>governo</strong> im Derial pelo l'eprescnbn e ela Republi'u no Rio de Janeiro,<br />

sendu ohjecto de um prolocollo a signa<strong>do</strong> pur os e diplomala e pelo no 50 minislro <strong>do</strong>s<br />

negocios eSLlUngdros em fins <strong>do</strong> JulJlO ou principios de Agosto de 1 CiG.<br />

Em 2* de Ag.Jslo o go erna<strong>do</strong>r Flnr s annunci <strong>II</strong> lOS Olltl'OS genernes alUa 'os 'lue<br />

pUI'Liri'l no dia 5 de }tcmhro. Devon<strong>do</strong>, porém, inici r-so enti:b o ataque <strong>contra</strong> tu'UZÚ o<br />

('Ul'll, aiLy, ndion alie pOI' algulls dias a sua parti<strong>da</strong>. e sú om 26 de .JttJmhl\l deix.ou<br />

o ncampamenlo de 'l'nyul-y, desp (linelo-se <strong>do</strong>s sens comp1nbeiros <strong>do</strong> armas em uma<br />

proclamaçãfl, e asseglU'un<strong>do</strong>-lhe, qne (>lJ1 breve voltaria il r,ompartilhar Lhs E-ldigas tla<br />

campanha, <strong>do</strong> jo qlle lião pôde salisf lzer, p"rl1ue em l(J de Fevereiro elo anno seguinte<br />

foi b.\rLaramente a sa,,;sina<strong>do</strong> em uma LIas ruas mais [lUlJliC:1S Lle MOlltevidéo.<br />

(2) Já o loitor sabe 'lu pssa c'lrta é npocrvpha. o foi inventa<strong>da</strong> por um poriodico <strong>do</strong> Rio<br />

<strong>da</strong> Prat·], com o unico fim L ex.pôr ao ridiculo o gonCl"ll Flores e deprimir os Bl'

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!