A guerra da triplice aliança contra o governo do Paraguay - Louis Schneider - Tomo II

Era não só uma neces idade estrategica, como tambem politica (1).
Já vimos de quão tenue fio pendia a alliança à vista das tendencias
partidarias no Estado Oriental -e nas provincias da Republica Argentina.
Os chefes procediam com sinceridade e verdadeiro tino politico,
mas o elemento popular obedecia por tal modo ás impressões do momento,
que durante ~sta guerra e por causa d'eUa ateou-se a rebellião
não só no Estado Oriental como em todas as províncias occidentaes
da Republica Argentina (2). U r quiz a em Entre-Rios e os federaes de
8anta Fê, Tucuman, Salto, Jejuy, San Luiz e outras provincias,
não hesitariam, ao saberem de qualquer derrota ou retirada, em promover
um pronunciamento adverso à alliança. Adiante veremos que não
faltaram aos governos aliiados a importunação dos protestos, ingerencias,
mediações e bons officios dos neutros com o fim de estorvarem o
andamento da guerra; e bem cautelosos tiveram os generaes de ser
para não dar a 'Sluupto a complicações diplomaticas, porque da menor
falta se aproveitariam o.' inimigos para rebuçarem o pretexto com as
apparencias do direito. Só convinha pois avançar, ou desferir um golpe,
quando fos 'e o resultado bem 'eguro.
A isto accrescia terem sido completamente illusorias as e 'peranças
e promes a dos emigrado paraguayos, que em Buenos-Aires se alistaram
voluntariamente, formando uma legiãO. Seu unico intento, ao
abraçarem a causa do AUiado, fÔl'a libertar o Paraguay, da dictadura
de Lo p e z, mas os factos iam todos os dias demonstrando que não era
,'6 contra o dictador, ma contra todos os eus compatriotas, que tinham
ele pelejar.
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(1) O conselheiro li mem de Mello, na Stl'1 úio[/,-aphia, do Ba"ào do r,;iumpho
explicou do mesmo lJlodo que o auLor a lentidão de que eram accusados os generae~
da alliança :
« Dep i~ do desasLroso resnlLar10 dO,ass.tlLo de C\ll'llp~itr,» diz esse iUusLrado escrip.
tor, ", a ac~ao da alh nça, no ue >nvo1vllnelllo das operaçoes do guerra contra o Pamguay
~el? ,sldo m derada pela, oompl'ehellsão inteira das oO/lseqtlenoias de um "'~lle: no 8r5l~
tnt'lntgo.
~( D'ahi essa lentidÃo, ,mas tambem ossa segurança in~balavel, quo ella imprimia nos
mOV1lllento' das força ,oali adas, Onele estas puzeram pe, ahi fic'lram, sem retroceder
um passo, recuando empre o inimigo diante d'ellas.
« E' esia a feir1io c'\rncteristica das op Jraçõos cresta campanha, sejam quaes forem
os Ol'l'OS parciaes, que tenJlam sido cOlllmetLidos.
,« Os Alliados faziam a guerra por nm dever de houl't, violentando o Brazil os seus
habllos de paz, Aval'os de sangue, não iam elies derramal-o esterilmente na terra ingrata
do P:U'~guay: sim o vertiam com stoica resignarão, como o exigia a cau a que
represent'1.vnm,
« eu fim uno era, fazer o sacrifi 'ia de "icLimas humanas a um inimig e:condido
atroz ele SU'lS t.n~ll:_ltCl!,a em Hill solo OLlI'i