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Consciente_Janeiro2017

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Não existe cura, mas a medicina tem evoluído<br />

bastante de forma a proporcionar aos doentes<br />

portadores da DII uma vida normal. Focamo-nos<br />

então nos tratamentos chave para aliviar os<br />

sintomas: atualmente recorre-se alguns<br />

medicamentos como os corticoides, antibióticos,<br />

imunossupressores e biológicos. Normalmente<br />

estes tratamentos são realizados por etapas<br />

progressivas até se obter uma resposta desejada.<br />

Para os casos em que a medicação não é eficaz e<br />

não se obtém os efeitos desejados e esperados, os<br />

doentes são conduzidos a cirurgia (casos mais<br />

graves). A manutenção da saúde no geral e a<br />

alimentação equilibrada são pontos chave para<br />

reduzir as complicações associadas às DII que não<br />

podem ser prevenidas. No caso do tabaco, é<br />

importante a exclusão do mesmo para evitar<br />

futuras fases de agudização da doença. Visto que, a<br />

doença inflamatória do intestino pode aumentar o<br />

risco de ocorrer cancro no cólon é importante uma<br />

avaliação médica regular.<br />

Então como é que os<br />

Nutricionistas podem ajudar os<br />

doentes portadores da DII?<br />

Nutrição VS DII<br />

Como vimos anteriormente, pensa-se que uma das<br />

causas inerentes ao aparecimento da DII está<br />

relacionada com fatores dietéticos. Uma boa<br />

alimentação é importante para evitar a má digestão<br />

e absorção de proteínas, água, gorduras, vitaminas<br />

e minerais. De uma forma geral alguns estudos<br />

apontam que, dietas que incluam fibras insolúveis,<br />

elevado teor de açúcar e gorduras de origem<br />

animal, constituem fatores de risco. Nas fases<br />

ativas das doenças, a restrição alimentar deve<br />

ajudar no controlo dos sintomas associados às<br />

mesmas e prevenir a perda de peso. Em muitas<br />

situações, deve-se incluir a administração de<br />

suplementos nutricionais, como por exemplo,<br />

suplementação de cálcio, vitamina D,<br />

multivitamínicos e minerais. Uma vez que, é<br />

necessário aumentar as necessidades nutricionais<br />

dos doentes, a dieta deve ser hipercalórica,<br />

hiperproteica, hipolipídica e com restrição de<br />

hidratos de carbono simples, bem como outros<br />

alimentos que causem flatulências. Por vezes, os<br />

doentes podem apresentar intolerância à lactose e<br />

glúten, e nestes casos a dieta deve ser bastante<br />

restrita e individualizada.<br />

Com a evolução clinica do paciente e com o inicio<br />

da fase de remissão da doença, os alimentos devem<br />

ser introduzidos de forma gradual e esperar pela<br />

adaptação dos mesmos, principalmente quando<br />

ocorrer a introdução dos lacticínios. Ao longo do<br />

dia, a alimentação deve ser fraccionada entre 6 a 8<br />

refeições e os alimentos devem ser bem<br />

mastigados.Existem outras formas de ajudar na<br />

DII, como é o caso da Nutrição Entérica e<br />

Parentérica, aumento do consumo de probióticos,<br />

antioxidantes e ácidos gordos polinsaturados. No<br />

caso da Nutrição Entérica é um tipo de dieta<br />

temporária que consiste numa dieta líquida<br />

composta por nutrientes de fácil digestão.<br />

Normalmente é utilizada em crianças com doença<br />

de Crohn, no caso dos adultos é usado com forma<br />

de complementação à alimentação em fases muito<br />

agudas da DII. A Nutrição Parentérica por sua vez,<br />

consiste na administração de nutrientes por via<br />

intravenosa e é usada normalmente em casos de<br />

síndrome do intestino curto e pós-cirurgias. De<br />

seguida, segue um quadro análise relativamente<br />

aos alimentos que devem ser consumidos e<br />

evitados: (cont...)<br />

Janeiro CONSCIENTE 33

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