Consciente_Janeiro2017
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Sente-se exausto, com vontade de desistir<br />
de tudo e de todos? Sente que não faz<br />
sentido continuar a viver assim?!<br />
Questione-se…reflita…porque poderá<br />
precisar de ajuda.<br />
Burnout…“queimar até à exaustão”. A síndrome<br />
burnout foi mencionada pela primeira vez pelo<br />
professor e psicanalista americano Herbert<br />
Freudenberger, depois de o diagnosticar em si<br />
mesmo. O psicanalista media o seu valor em<br />
função do seu sucesso e dedicava-se<br />
exageradamente ao trabalho, movido pelo desejo<br />
de ser o melhor. O burnout é considerado uma<br />
síndrome multifatorial, caracterizada por elevada<br />
exaustão emocional, desumanização ou<br />
despersonalização e reduzida realização<br />
profissional que conduz à erosão de valores<br />
pessoais e profissionais. Os primeiros casos de<br />
burnout foram inicialmente diagnosticados em<br />
profissionais de saúde tendo sido associado ao<br />
contacto direto e constante com pessoas. No<br />
entanto, assume hoje uma dimensão mais<br />
abrangente, sendo redefinido como uma crise no<br />
mercado de trabalho em geral. A crise financeira e<br />
a intensificação do ritmo de trabalho trouxeram à<br />
população em geral novos riscos laborais que<br />
comprometem o bem-estar físico e mental, bem<br />
como a própria produtividade. A síndrome é<br />
marcada inicialmente por uma fase de<br />
irritabilidade associada a uma falta de resposta ao<br />
trabalho que lhe é proposto. De seguida, existe<br />
uma tendência para o trabalhador culpabilizar-se<br />
pela sua situação e no sentido de se defender,<br />
tende a tratar os outros de maneira cínica criando<br />
uma barreira de interceção e relacionamento.<br />
Numa terceira fase da síndrome existem<br />
manifestações de falta de realização pessoal<br />
deixando de ter prazer no seu trabalho e de se<br />
sentir eficaz. O burnout é responsável por um<br />
excessivo stresse laboral afetando cerca de um<br />
quarto da população ativa e será, dentro de cinco<br />
anos, a segunda principal causa de doenças<br />
profissionais, segundo o Observatório Europeu dos<br />
Riscos da Agência Europeia para a Segurança e<br />
Saúde no Trabalho.<br />
Janeiro CONSCIENTE 21