11.09.2017 Views

Velozes F1 / R14 singap

Tudo sobre o próximo Grande Prêmio do Mundial de Fórmula 1: horários, a história desta emocionante corrida, as previsões para cada piloto e para cada equipe, os pneus escolhidos, etc. Mais: Perfil de Carlos Reutemann na coluna PERSONAGEM, com mini-posters de seus carros. Tem também um calendário de mesa para você baixa e imprimir aí na sua casa!

Tudo sobre o próximo Grande Prêmio do Mundial de Fórmula 1: horários, a história desta emocionante corrida, as previsões para cada piloto e para cada equipe, os pneus escolhidos, etc. Mais: Perfil de Carlos Reutemann na coluna PERSONAGEM, com mini-posters de seus carros. Tem também um calendário de mesa para você baixa e imprimir aí na sua casa!

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Fórmula 1 / <strong>R14</strong><br />

Tudo Sobre O Grande Prêmio de<br />

Hamilton Bate O Recorde De Poles,<br />

Confirma O Favoritismo<br />

e Vence o Grande Prêmio da Itália


e<br />

Fórmula 1 / <strong>R14</strong>


HAMILTON ASSUME A LIDERANÇA<br />

Seja na pista encharcada do sábado, seja na pista seca do domingo, Hamilton não deu<br />

chance a ninguém e dominou tudo! Na chuva do sábado, Stroll e Ocon se destacaram.<br />

No domingo, Ricciardo fez uma linda recuperação de P16 para quarto, e Bottas se<br />

fixou no segundo lugar, à frente de Vettel – o que deu a liderança do Mundial a Lewis<br />

Hamilton pela primeira vez no ano, depois de 14 corridas.


POLE POSITION<br />

1 44 L. HAMILTON (HAM)<br />

Mercedes AMG Petronas <strong>F1</strong> Team 2 18 L. STROLL (LAN)<br />

Williams Martini Racing<br />

3 88 E. OCON (OCO)<br />

Sahara Force India Racing 4 77 V. BOTTAS (BOT)<br />

Mercedes AMG Petronas <strong>F1</strong> Team<br />

5 7 K. RÄIKKÖNEN (RAI)<br />

Scuderia Ferrari 6 5 S. VETTEL (VET)<br />

Scuderia Ferrari<br />

7 19 F. MASSA (MAS)<br />

Williams Martini Racing 8 26 D. KVYAT (KVY)<br />

Scuderia Toro Rosso<br />

9 20 K. MAGNUSSEN (MAG)<br />

HAAS <strong>F1</strong> Team 10 11 S. PEREZ (PER)<br />

Sahara Force India Racing<br />

11 9 M. ERIKSSON (ERI)<br />

Sauber <strong>F1</strong> Team 12 36 P. WEHRLEIN (WEH)<br />

Sauber <strong>F1</strong> Team<br />

13 33 M. VERSTAPPEN (VER)<br />

Red Bull Racing TAG Heuer 14 27 N. HULKENBERG (HUL)<br />

Renault <strong>F1</strong><br />

15 55 C. SAINZ (SAI) (*)<br />

Scuderia Toro Rosso 16 3 D. RICCIARDO (RIC)<br />

Red Bull Racing TAG Heuer<br />

17 30 J. PALMER (PAL)<br />

Renault <strong>F1</strong> 18 2 S. VANDOORNE (**)<br />

McLaren Honda Racing<br />

19 14 F. ALONSO (ALO)<br />

McLaren Honda Racing 20 8 R. GROSJEAN (GRO)<br />

HAAS <strong>F1</strong> Team


A Ferrari completou 70 anos em<br />

Monza, mas isso não serviu de nada a<br />

Vettel, que viu Hamilton passá-lo na<br />

contagem de pontos.<br />

Ocon, ao lado, fez um treino<br />

espetacular e uma corrida de veterano<br />

em Monza.<br />

Daniel Ricciardo (abaixo) foi um dos<br />

nomes da corrida. Largou da 16ª<br />

posição por causa de penalties por<br />

troca de peças e chegou em quarto, no<br />

câmbio da Ferrari de Vettel, e ainda fez<br />

a volta mais rápida da corrida.


Volta Mais Rápida:<br />

Daniel Ricciardo > 1’23,361 (49)<br />

Notas:<br />

Pole-position 69 de Hamilton (*)<br />

Vitória 59 de Hamilton na F-1<br />

(*) = Novo recorde<br />

absoluto de poles<br />

Pos Piloto Carro<br />

1 HAMILTON Mercedes 53 voltas<br />

2 BOTTAS Mercedes +4.471<br />

3 VETTEL Ferrari + 36,317<br />

4 RICCIARDO Red Bull + 40.335<br />

5 RAIKKÖNEN Ferrari + 1'00.082<br />

6 OCON Force India + 1'11.528<br />

7 STROLL Williams + 1'14.156<br />

8 MASSA Williams + 1'14.834<br />

9 PEREZ Force India + 1'15.276<br />

10 VERSTAPPEN Red Bull 52 v<br />

11 MAGNUSSEN Haas 52 v<br />

12 KVYAT Toro Rosso 52 v<br />

13 HULKENBERG Renault 52 v<br />

14 SAINZ JR Toro Rosso 52 v<br />

15 GROSJEAN Haas 52 v<br />

16 WEHRLEIN Sauber 51 v<br />

17 ALONSO McLaren 50 v<br />

18 ERICSSON Sauber 49 v<br />

19 VANDOORNE McLaren 16 v<br />

20 PALMER Renault 4 v


Sexta-feira, 1 de setembro de 2017<br />

Treino Livre 1 6:00 – 7:30<br />

Treino Livre 2 10:00 – 11:30<br />

Sábado, 2 de setembro de 2017<br />

Treino Livre 3 7:00 – 8:00<br />

Classificação – 9:00 – 10:00<br />

Domingo, 3 de setembro de 2017 Largada – 9:00


YAS MARINA (circuito de rua)<br />

Extensão da Pista : 5.065m<br />

Numero de voltas: 61 = 308,828 km<br />

Recorde da pista: 1:47’187<br />

D. RICCIARDO (2016)


Veja como o campeonato chega em Cingapura<br />

MUNDIAL DE PILOTOS 2017 / CLASSIFICAÇÃO<br />

POS No. PILOTO PTS<br />

1 44 LEWIS HAMILTON 238<br />

2 5 SEBASTIAN VETTEL 235<br />

3 77 VALTTERI BOTTAS 197<br />

4 3 DANIEL RICCIARDO 144<br />

5 7 KIMI RÄIKKÖNEN 138<br />

6 33 MAX VERSTAPPEN 68<br />

7 11 SERGIO PÉREZ 58<br />

8 31 ESTEBAN OCON 55<br />

9 55 CARLOS SAINZ JR. 36<br />

10 27 NICO HÜLKENBERG 34<br />

11 19 FELIPE MASSA 31<br />

12 18 LANCE STROLL 24<br />

13 8 ROMAIN GROSJEAN 24<br />

14 20 KEVIN MAGNUSSEN 11<br />

15 14 FERNANDO ALONSO 10<br />

16 94 PASCAL WEHRLEIN 5<br />

17 26 DANIIL KVYAT 4<br />

18 2 STOFFEL VANDOORNE 1<br />

19 36 ANTONIO GIOVINAZZI ITA 0<br />

20 30 JOLYON PALMER 0<br />

21 9 MARCUS ERICSSON 0<br />

22 22 JENSON BUTTON 0<br />

MUNDIAL DE CONSTRUTORES 2017 / CLASSIFICAÇÃO<br />

POS MARCA PTS<br />

1 MERCEDES-BENZ 435<br />

2 FERRARI 373<br />

3 RED BULL TAG HEUER 212<br />

4 FORCE INDIA MERCEDES 113<br />

5 WILLIAMS MERCEDES 55<br />

6 TORO ROSSO RENAULT 40<br />

7 HAAS FERRARI 35<br />

8 RENAULT 34<br />

9 McLAREN HONDA 11<br />

10 SAUBER FERRARI 5


PREVISÃO VELOZES <strong>F1</strong> - As chances de cada equipe em Yas Marina<br />

MERCEDES – Agora é a vez das Flexas<br />

de Prata sentirem o drama! Depois de<br />

dominar nos dois circuitos mais velozes, o<br />

time da Mercedes terá que suar para segurar<br />

as Ferraris no circuito de rua de Cingapura,<br />

numa prova noturna que vai pôr à prova<br />

todo o equilíbrio do chassis e sua capacidade<br />

de gerar calor para os pneus. A chance é ir<br />

bem nos treinos e segurar a ponta, mas o<br />

ritmo da Ferrari em corrida é superior.<br />

FERRARI – Agora é a vez da Ferrari!<br />

Numa pista mais favorável ao seu carro, que<br />

tem-se mostrado equilibrado, os “rossos”<br />

deverão dar as cartas em Yas Marina. Mas<br />

presaremos ver se usarão a quarta unidade<br />

motriz, que significará a limitação no uso<br />

de óleo em relação à Mercedes, o que vai<br />

reduzir a potência disponível. Mas o motor<br />

parece ter torque nas saídas de curva para<br />

compensar a menor potência final.<br />

RED BULL – Não tem muito o que fazer<br />

para se aproximar de Ferrari e Mercedes. A<br />

alocação de pneus é bastante ortodoxa e<br />

existe a possibilidade de ter que usar menos<br />

óleo no motor se usar a quinta unidade<br />

motriz, o que reduzirá a potência. O fato de<br />

ter um excelente chassis não vai ser de<br />

grande valia, pois que a diferença de potência<br />

é grande e seus pilotos deverão ficar num<br />

limbo entre o quarto colocado e o sétimo.<br />

FORCE INDIA – Não foi tão competitiva<br />

nos dois circuitos de altíssima, o que leva a<br />

crer que podem se apresentar melhor em<br />

Yas Marina. É possível que os carros rosa<br />

possam aproveitar que poderão usar mais<br />

óleo e ter mais potência que alguns<br />

concorrentes, mas será difícil alcançar as<br />

Red Bulls na pista, talvez a briga fique<br />

mesmo contra McLaren e Renault.<br />

WILLIAMS – Largando de mais à frente,<br />

as Williams tiveram um bom resultado em<br />

Monza, mas numa pista travada e à noite, a<br />

deficiência desse chassis em gerar<br />

aquecimento dos pneus deverá ser fatal para<br />

as esperanças da equipe de voltar a somar<br />

pontos no Mundial. Sua briga no momento é<br />

com a Toro Rosso, outro carro que pouco fez<br />

de evolução na temporada. McLaren e<br />

Renault já superaram os carros brancos.<br />

McLAREN – O carro foi bem em Monza,<br />

em que pese o abandono de Alonso. O azar é<br />

ter que largar sempre do final do grid por<br />

causa das punições por trocas de<br />

componentes, pois Vandoorne brilhou nos<br />

treinos. Numa pista mais travada, largar do<br />

fundo do grid é ruim para as pretensões de<br />

pontos, mas as punições começam a afetar<br />

outras marcas, então a briga será duríssima!<br />

TORO ROSSO – É o carro que menos<br />

evoluiu na temporada, junto com a<br />

Williams. A situação começa a se complicar<br />

com as notícias de troca de motores com a<br />

McLaren e a provável perda de Sainz Jr para<br />

a Renault em 2018. Será que essas notícias<br />

porão Kvyat como piloto número um já?<br />

Não se esperem grandes apresentações<br />

deste carro na Marina de Yas, quando muito<br />

vai trocar tintas com as Williams.<br />

H A A S – Eles dizem que solucionaram o<br />

problema nos freios. Mesmo sendo uma<br />

corrida noturna, vamos ver se isso é<br />

verdade nas ruas de Cingapura. O chassis<br />

tem se mostrado equilibrado, e a<br />

elasticidade do motor Ferrari pode dar<br />

alguma vantagem nas saídas de curva.<br />

Curiosamente, o time optou por 4 jogos de<br />

Super-Ms e terá apena 8 Ultras, o que talvez<br />

signifique um trecho inicial bastante longo.<br />

RENAULT – Agora numa pista de rua, a<br />

Renault pode nos mostrar o quanto vale o<br />

seu chassis. O motor vem evoluindo aos<br />

poucos, e os dois pilotos estão mais juntos<br />

nos treinos, o que pode ser importante para<br />

marcar pontos. A opção de pneus é aquela<br />

básica e a equipe espera brigar com Force<br />

India pela quarta fila do grid. Espera também<br />

que McLaren não deixe de ser punida...<br />

SAUBER – O carro ficou definitivamente<br />

para trás, consistentemente 1,5seg mais<br />

lento que seus concorrentes mais próximos.<br />

Numa pista de rua, onde o equilíbrio do<br />

chassis é importante, o carro pode<br />

surpreender, mesmo com o motor Ferrari<br />

defasado, mas marcar pontos vai depender<br />

fundamentalmente dos acidentes e<br />

abandonos dos outros carros do grid. Será a<br />

equipe B da Ferrari a partir de 2018, a única<br />

notícia agradável pelos lados de Hinwill.


PREVISÃO VELOZES <strong>F1</strong> - As chances de cada piloto em Yas<br />

VETTEL fez a escolha certa ao<br />

ficar com apenas um jogo de<br />

Super-Ms? Se der errado, terá<br />

que se virar com os Macios.<br />

Precisa largar da primeira fila e<br />

bater Hamilton na largada.<br />

KIMI de contrato renovado<br />

terá a missão de segurar as<br />

Mercedes, coisa que ele não<br />

vem fazendo, e para isso<br />

contará com o melhor carro<br />

do grid nessa pista.<br />

VERSTAPPEN tem a chance de<br />

brilhar nos treinos de novo, mas<br />

precisa ser menos afoito na<br />

corrida, ainda mais numa pista<br />

de rua! A notícia de conversas<br />

com a Mercedes nãu ajuda nada<br />

PEREZ esteve abaixo do seu<br />

normal em Monza, mas deverá<br />

ser o líder da F-India nas ruas<br />

de Cingapura. Com as portas<br />

da Ferrari fechadas, deve se<br />

concentrar nas provas de 2017<br />

OCON segue evoluindo de<br />

forma firme. Num pista que<br />

ele já conhece, deverá ser<br />

ainda mais forte e brigar com<br />

Perez pelo P7 no grid e prova.<br />

HULKENBERG Sua briga será<br />

com Perez e Ocon, como<br />

sempre. Não deverá se sair<br />

melhor que isso, contudo, pois<br />

o carro parou de evoluir.<br />

SAINZ JR. não terá uma chance<br />

muito boa em Cingapura, já que<br />

seu carro ficou para trás e a briga<br />

agora é com as Williams capengas<br />

Na expectativa de ir para a<br />

Renault, como estará sua cabeça?<br />

KVYAT não terá muito o que<br />

mostrar em Yas Marina, num carro<br />

com um chassis desiquilibrado e um<br />

motor Renault às costas. Briga com<br />

Sainz e as Williams e nenhum deles<br />

chegará perto dos pontos.<br />

WEHRLEIN fora da Sauber em 2018,<br />

vai largar em último ou penúltimo e<br />

brigar com Ericsson na corrida. Só!<br />

ALONSO não<br />

estava bem<br />

de cabeça em<br />

Monza. Com<br />

a notícia que<br />

a equipe terá motores<br />

Renault em 2018, pode<br />

se concentrar mais no<br />

acerto e na corrida. O<br />

motor Honda se<br />

mostrou muito veloz<br />

em Monza e numa pista<br />

mais fresca e lenta,<br />

pode ir até o final.<br />

MASSA deve ter<br />

mais uma corrida<br />

dura pela frente.<br />

O carro não<br />

responde a<br />

nenhum tipo<br />

de acerto e largar do<br />

fundo do grid é um<br />

tormento. A Williams dá<br />

indicações que não deve<br />

seguir com ele em 2018,<br />

então ele que aproveite<br />

essas últimas corridas<br />

para se divertir e botar<br />

pra quebrar!<br />

HAMILTON vai ter que se<br />

garantir nos treinos e na<br />

largada para não cair atrás de<br />

Vettel. Com inteligência, pode<br />

acabar beneficiado pela<br />

estratégia de pneus.<br />

BOTTAS Pode balançar ao ouvir<br />

que Verstappen entrou no radar<br />

da equipe. Precisa ajudar Lewis e<br />

só pode fazer isso andando na<br />

frente das Ferraris. Nada menos!<br />

RICCIARDO vem fazendo um<br />

ano excepcional, indo com<br />

constância ao pódio quando<br />

algum dos 4 fantásticos tem<br />

problemas. Mas está sendo<br />

batido por Max nos treinos.<br />

GROSJEAN a pista é boa para<br />

seu estilo. Não vai brigar pelo Q3<br />

e tentará marcar pontos com um<br />

stint muito longo no começo da<br />

corrida para voar no final.<br />

MAGNUSSEN também estará na<br />

estratégia de ficar muito tempo<br />

na pista no começo, contando<br />

com os safety cars para avançar<br />

no pelotão e depois montar os<br />

Ultras para garantir pontos. Boa!<br />

PALMER terá uma boa chance<br />

de mostrar sua velocidade. É<br />

uma pista complicada, mas ele<br />

está pilotando bem e obtendo<br />

boas posições no Q2. Com<br />

sorte, poderá passar ao Q3.<br />

VANDOORNE está sendo usado<br />

de cobaia da Honda e isso lhe<br />

custa posições no grid. Num<br />

bloco intermediário muito duro<br />

será difícil ganhar posições na<br />

corrida.<br />

STROLL não terá um bom carro nas<br />

mãos. Falta aerodinâmica e equilíbrio<br />

ao carro da Williams e o canadense terá<br />

muito trabalho para manter as Toro<br />

Rossos atrás dele, mesmo com um baita<br />

motor Mercedes empurrando<br />

ERICSSON vai largar em último ou<br />

penúltimo e brigar com Wehrlein na<br />

corrida. Só!


OS PNEUS PARA A MARINA DE YAS<br />

Macios Super-Macios Ultra-Macios<br />

As Escolhas dos Pilotos


A primeira saída noturna da <strong>F1</strong><br />

Depois de duas corridas que estão a poucos passos de se tornarem centenárias,<br />

a Fórmula 1 muda de continente e volta à Ásia para correr um dos mais novos<br />

Grandes Prêmios do calendário, o GP de Cingapura.<br />

Ainda que o primeiro Grande Prêmio em Cingapura tenha ocorrido em 1961, ainda<br />

quando a cidade-estado era província da Malásia, os carros eram outros, não eram<br />

Fórmulas 1 ou de Grand Prix e a corrida era chamada GP da Malásia – Cingapura só<br />

se separou em 1965. Por isso, podemos considerar que o primeiro GP de Fórmula 1<br />

ali foi mesmo o de 2008.<br />

O neo-zelandês Graeme Lawrence<br />

venceu três vezes o GP de Cingapura.<br />

Aqui, em 1970, com uma Ferrari<br />

especial de Fórmula 5000.


Não foi pouca coisa!<br />

O Grande Prêmio de Cingapura de 2008 foi a primeira<br />

corrida noturna da história da Fórmula 1.<br />

Foi também a prova onde Felipe Massa teve o inusitado<br />

enrosco com o tubo de reabastecimento nos boxes, que<br />

ficou preso no bocal do tanque de sua Ferrari.<br />

E também a que desencadeou um dos maiores<br />

escândalos da história da categoria, palco da tramóia<br />

envolvendo dirigentes e pilotos da Renault para simular<br />

um acidente que permitisse a vitória da marca naquela<br />

corrida inaugural. A vitória foi conquistada, mas meses<br />

depois o segredo foi trazido à tona e Flavio Briatore, Pat<br />

Symonds e Nelson Ângelo Piquet foram condenados<br />

pela manobra.<br />

O maior vencedor dessa prova é Sebastian Vettel, com<br />

quatro triunfos: três com Red Bull e mais um com a<br />

Ferrari em 2015. Lewis Hamilton tem duas vitórias, o<br />

mesmo número de Fernando Alonso. Sómente os três<br />

mais Nico Rosberg (2016) venceram em Cingapura até<br />

esta data.<br />

O circuito de Marina Bay é típicamente um circuito de<br />

rua, com muitas curvas de 90º e velocidade média<br />

baixa. Sua Curva 10 foi reconfigurada em 2010 e reduziu<br />

ainda mais a velocidade naquele setor.<br />

A enorme umidade de Cingapura é um teste para<br />

homens e sistemas elétricos, e há quase uma garantia<br />

de Safety Cars durante a corrida!


Veja Este Sensacional Modelo Em Papel Para Montar<br />

Réplica Oficial do<br />

carro restaurado pela DANA,<br />

o primeiro carro de Fórmula 1<br />

construído no hemisfério sul!<br />

Kit Completo Para Você Montar<br />

‣ PEÇAS PRÉ-CORTADAS<br />

‣ BASTA DESTACAR, DOBRAR E COLAR<br />

‣ IMPRESSÃO DE ALTA QUALIDADE<br />

‣ INSTRUÇÕES DE MONTAGEM<br />

‣ RÉPLICA FIEL DO FITTIPALDI FD-01<br />

‣ RECEBA PELO CORREIO NA SUA CASA<br />

Compre direto no nosso site : www.goeverest.biz<br />

Modelismo Em Papel<br />

Um Produto Da


Carlos REUTEMANN ..<br />

Será o sangue espanhol, quente, irriquieto? Há muitos pontos de<br />

semelhança entre o argentino Carlos Reutemann e o espanhol Fernando<br />

Alonso, tanto na maneira de se relacionar com seus colegas quando no fato<br />

de sempre estarem no lugar certo, na hora errada! O asturiano venceu dois<br />

mundiais na Renault, mas depois disso entrou numa aspiral que lembra<br />

muito a carreira do piloto de Santa Fé, a quem só faltou o título.<br />

Reutemann foi o piloto que venceu o primeiro Grande Prêmio do Brasil.


Carlos Alberto Reutemann ( Santa Fe , Argentina , 12 de abril de 1942 ) foi piloto de Fórmula<br />

1 a partir de 1972 até 1982 , e que competiu para algumas das principais equipes da F-1.<br />

Em seu registro de vôo no topo do automobilismo aparecem 12 vitórias, 45 pódios e 6 pole<br />

positions em 144 corridas, além de duas vitórias em corridas estra-campeonato.<br />

Conhecido como Lole, apelido que ganhou em sua infância, porque gostava de animais e muitas<br />

vezes disse que ia ver os "lolechones" (os porcos), é fã declarado do Union de Santa Fe e do River<br />

Plate .<br />

Carlito é filho de Enrique Molina Reutemann e Flora. Ele é o pai de duas filhas, Cora (mãe de seu<br />

único neto, Santiago Bautista Ten Reutemann) e Mariana, ambas de seu primeiro casamento, com a<br />

bela Mimicha. Ele é casado novamente com Verónica Ghio.<br />

Em 1991, aos 49 anos e em paralelo às suas atividades no setor privado como um fazendeiro,<br />

Reutemann começou sua atividade política na mão Partido Justicialista, onde permaneceu até 2015<br />

depois de ter sido senador e governador província de Santa Fe.<br />

Ele teve a sua estreia em corridas a 30 de maio de 1965, a bordo de um Fiat 1500 na cidade de La<br />

Cumbre (Córdoba).<br />

Depois de ser campeão Nacional de Turismo por várias temporadas, ele passou a competir nos<br />

esporte Protótipos em seu país, na categoria Mecânica Fórmula 1 Argentina, e participou da corrida<br />

internacional de Fórmula 2 que aconteceu em dezembro de 1968 na Argentina, com um Brabham,<br />

mas abandonou a prova.


Em 1970, Lole partiu rumo à Europa, para fazer uma carreira internacional e chegar à F-1.<br />

Como Fangio antes dele, Reutemann vai com apoio oficial do estado, através de suporte do<br />

Automóvel Clube Argentino. Monta-se uma equipe de dois carros Brabham BT-30, para<br />

Reutemann e Carlos Ruesch.<br />

Nesse primeiro ano, os resultados são fracos, e Reutemann termina com apenas 3 pontos, frutos<br />

de um sexto lugar na Espanha e um quinto em Hockenheim.


I Grande Prêmio do Brasil, 31 de janeiro de 1972.<br />

Lole largou em segundo e venceu depois da<br />

quebra da Lotus de Emerson Fittipaldi. A primeira<br />

vitória de Reutemann na Fórmula 1, a primeira de<br />

suas quatro conquistas no Brasil.


O ano de 1971 começou de forma muito especial para El<br />

Lole. No dia 10 de janeiro, ele correu em dupla com<br />

Emerson Fittipaldi nos 1000 km de Buenos Aires, ao volante<br />

de um Porsche 917.<br />

Quinze dias depois, marcou com sua estréia na Fórmula 1<br />

no Grande Prêmio da Argentina. Era uma corrida extraoficial,<br />

para homologação do autódromo de Buenos Aires<br />

para que este passasse a fazer parte do Mundial de F-1 a<br />

partir do ano seguinte.<br />

Curiosamente, a prova foi dividida em duas baterias, com a<br />

soma dos tempos indicando o vencedor final.<br />

Reutemann foi inscrito pela equipe de Joachim Bonnier e<br />

correu com um McLaren M7-C (ao lado). Marcou o quinto<br />

tempo nos treinos, 0.6seg atrás do pole-position.<br />

Terminou a primeira bateria em sexto lugar, que foi sua<br />

posição de largada para a segunda bateria. Na largada da<br />

segunda parte, Lole rapidamente pulou de sexto lugar para<br />

o terceiro, mas foi ultrapassado por Chris Amon na quinta<br />

volta e por Pescarolo na oitava. Na frente, nada parecia<br />

parar Rolf Stommelen, pole, vencedor da primeira bateria e<br />

líder da segunda.<br />

Porém, Siffert a Amon se aproximaram dele e, na batalha<br />

que se seguiu, Amon e Siffert bateram rodas e o March do<br />

suíço foi acertar o Surtees de Rolf, jogando-o para fora da<br />

pista e causando a quebra da transmissão.<br />

A doze voltas do final, Siffert é forçado a abandonar, e com<br />

isso Reutemann assume a terceira posição na bateria, que<br />

acabou sendo sua posição final na soma dos tempos das<br />

duas baterias. O vencedor foi Chris Amon, com a Matra MS-<br />

120, sua única vitória na Fórmula 1.<br />

Esta corrida também marcou a estréia de Wilson Fittipaldi,<br />

com a terceira Lotus da equipe oficial, a velha Mk.49C com<br />

que seu irmão estreara no ano anterior.<br />

A Fórmula 2 só começou em abril, no Jim Clark Memorial<br />

em Hockenheim, e Reutemann chegou em segundo. Um<br />

quinto lugar na sexta etapa, em Rouen, deixou Reutemann<br />

na liderança do Europeu de F-2, 1 ponto à frente de<br />

François Cevert, mas então começou a irresistível<br />

arrancada de Ronnie Peterson, da equipe oficial da March,<br />

rumo ao título, com três vitórias seguidas.<br />

Reutemann levou os pontos do vencedor na antepenúltima<br />

etapa, em Albi, na França, mas uma nova vitória de<br />

Peterson em Vallelunga selou o campeonato em favor do<br />

sueco. Reutemann acabou vice-campeão europeu de F-2.<br />

Para 1972, Reutemann mudou para uma equipe, mais bem<br />

estruturada, a Rondel de Ron Dennis e Neil Trundle.<br />

Terá sido seu primeiro erro de escolha de equipes?<br />

O carro seria um Brabham BT-36.


De qualquer forma, o ano começou como o anterior, com o<br />

Grande Prêmio da Argentina. Como a corrida de 1971 não<br />

valeu para o Mundial, a FIA considera esta a estréia oficial<br />

de Reutemann na Fórmula 1.<br />

Desta vez, Lole estava com um carro de fábrica, da<br />

Brabham, e não deixou por menos: fez a pole-position com<br />

o Lagosta, BT-34, batendo o campeão Jackie Stewart!<br />

Na largada, Stewart pulou na frente e o novato argentino se<br />

manteve atrás do Campeão até a oitava volta, quando foi<br />

superado por Emerson na Lotus, agora preta e dourada da<br />

JPS. Na décima-segunda passagem, foi a vez de Hulme<br />

deixar o Brabham para trás, e Lole caiu para a quarta<br />

posição.<br />

Recuperou o terceiro lugar quando Emerson começou a ter<br />

problemas de suspensão, mas no começo da volta 37 teve<br />

um pneu furado e parou nos boxes, retornando 1 volta<br />

atrás de Stewart. Uma pena, pois Reutemann estava<br />

correndo muito bem na sua estréia oficial. Terminou a<br />

prova na 7ª colocação, duas voltas atrás de Jackie Stewart.<br />

Vitória no Brasil<br />

Os carros deixaram a Argentina e vieram para o Brasil, para<br />

o primeiro Grande Prêmio do Brasil – corrido extraoficialmente<br />

para homologação de Interlagos para a<br />

Fórmula 1. Por ser extra-oficial, as principais equipes não<br />

vieram correr em São Paulo, e o minguado grid tinha<br />

apenas Lotus e Brabhams como protagonistas.<br />

Emerson esmagou a concorrência nos treinos, largou na<br />

frente e desapareceu! Reutemann, segundo no grid, se<br />

manteve em segundo, à frente de Ronnie Peterson no<br />

March de fábrica, e de Wilson Fittipaldi na outra Brabham.<br />

No final da volta 32 das 37 previstas, a Lotus de Emerson<br />

quebra a suspensão a mais de 300 km/h em plena Reta de<br />

Chegada. Emerson roda mas não bate, e se retira.<br />

Lole agora está em primeiro, e na liderança ele segue até a<br />

bandeirada final, vencendo seu primeiro Grande Prêmio de<br />

Fórmula 1, ainda que sendo uma corrida extra-oficial. Ele<br />

chegou mais de 1min32seg à frente de Peterson.


Sua corrida seguinte ainda foi na Fórmula 1, o GP da África<br />

do Sul em Kyalami, onde as Brabhams não foram nada bem,<br />

Lole marcou P15 no grid e abandonou com 28 voltas, mas<br />

seu companheiro Graham Hill, que largou ao seu lado, usou<br />

toda a sua experiência para chegar em sexto lugar.<br />

Era hora de voltar à Europa, onde a Fórmula 2 o aguardava.<br />

Na Rondel, Reutemann enfrentou algumas dificuldades.<br />

Os dois principais pilotos na equipe eram Graham Hill e Tim<br />

Schenken, ambos pilotos graduados e que, por isso, não<br />

somavam pontos para o campeonato da F-2 – mas que<br />

apesar disso ganhavam toda a atenção da equipe. No fim,<br />

apenas dois terceiros e dois segundos o relegaram à quarta<br />

posição na tabela de pontos no final com o carro colorido.<br />

Na Fórmula 1, a vida não estava muito mais fácil...<br />

Uma série de problemas com o novo carro, modelo BT-37<br />

(foto abaixo), não permitiram que Lole brigasse por<br />

posições acima de 10º lugar e ele ainda enfrentou alguns<br />

abandonos, como na Áustria, onde ele largou da quinta<br />

posição. Seus primeiros pontos na F-1 só vieram depois da<br />

fase européia, no GP do Canadá, onde Reutemann chegou<br />

em quarto lugar.<br />

Para 1973, a Brabham tinha um novo bólido, elegante,<br />

esguio e novamente com os radiadores montados à frente<br />

dos pneus dianteiros. O modelo BT-42 era tão lindo, que<br />

nunca foi chamado de “lagosta”, como o BT-34.<br />

Reutemann foi guindado à posição de primeiro piloto, e por<br />

companheiro passaria a ter Wilson Fittipaldi, o piloto oficial<br />

da marca na Fórmula 2. Lole deixou de correr de F-2.<br />

Enquanto Wilsinho marcava seu primeiro ponto logo na<br />

abertura do Mundial na Argentina e fazia uma corrida<br />

espetacular em Mônaco, parando por falta de gasolina<br />

quando corria em terceiro, Lole somava uma série de<br />

abandonos.<br />

Mas a partir da corrida seguinte à de Mônaco, Reutemann<br />

começou a tirar do BT-42 o que o carro tinha de bom, e fez<br />

quarto lugar na Suécia e conquistou seu primeiro pódio a<br />

seguir, no Grande Prêmio da França, em Paul Ricard.<br />

Mais pontos na Áustria (4º) e Itália (6º) e ele fecha o ano<br />

com mais um pódio, terceiro lugar no GP dos Estados<br />

Unidos, em Watkins Glen, aquela triste corrida onde<br />

François Cevert perdeu a vida nos treinos.


Para a temporada de 1973, Ecclestone demitiu o projetista Ralph Bellamy, cujo BT-37 apresentou um fraco<br />

desempenho, e entregou o projeto do novo carro a um jovem sul-africano chamado Gordon Murray, projetista<br />

assistente na Brabham desde os tempos de Ron Tauranac. Seu primeiro F-1 foi um carro elegante, com chassis<br />

de seção triangular e fácil de regular, o modelo BT-42.<br />

Com ele, Lole marcou seus dois primeiros pódiuns na F-1: França e Estados Unidos (acima).<br />

O carro seguinte de Murray foi o BT-44, um desenvolvimento do 42. Com ele, Reutemann liderou o seu Grande<br />

Prêmio de casa até a última volta em 1974. Mas a tomada de ar se soltou e afetou a alimentação do motor,<br />

que passou a gastar mais combustível. Na última volta, a menos de 1 quilômetro da consagração, o carro<br />

parou por falta de gasolina, deixando piloto e seu público mudos de tristeza com o duro golpe.


Mas não demorou para as qualidades do BT-44 levarem<br />

Reutemann à sua primeira vitória. Depois de largar de P2<br />

no Brasil mas perder rendimento com problemas nos<br />

pneus, veio a consagradora vitória na terceira etapa do<br />

Mundial, o Grande Prêmio da África do Sul (foto da página<br />

anterior), em Kyalami.<br />

Kyalami era uma pista única, que mudava seu nível de<br />

aderência enormemente conforme mais borracha era<br />

depositada no asfalto. Assim ou você acertava o carro para<br />

andar bem de tanques cheios no começo da prova ou para<br />

tanques vazios, no final da corrida.<br />

P4 no grid, Reutemann assumiu o segundo posto na largada<br />

mas foi ultrapassado por Hailwood, com McLaren, na volta<br />

9. Na frente, Lauda abria uma vantagem confortável.<br />

Depois de 2/3 de corrida, tudo mudou.<br />

Com um carro perfeito para tanques mais vazios,<br />

Reutemann manteve um trem de corrida forte, enquanto o<br />

carro de Hailwood e de Lauda começavam a sofrer de falta<br />

de aderência. A dez voltas do fim, o piloto da casa Mike<br />

Hailwood foi ultrapassado de volta.<br />

E na antepenúltima volta foi Lauda quem caiu vítima da<br />

ignição da Ferrari, mas Lole já estava grudado na sua caixa<br />

de câmbio.<br />

Jean-Pierre Beltoise, com a BRM P-201, também acertou<br />

seu carro para voar no final, e conquistou o segundo lugar,<br />

o último pódio da antes poderosa marca inglesa na F-1.<br />

Seguiu-se uma série de resultados fracos e abandonos. Na<br />

nona etapa, Reutemann ganhou um novo companheiro de<br />

equipe, o veloz brasileiro José Carlos Pace, que deixara a<br />

Surtees e ajudou no acerto do 44.<br />

A partir daí, os resultados apareceram, e Reutemann foi ao<br />

pódio em Nürburgring e venceu na Áustria (abaixo),<br />

voltando a vencer no fechamento do ano, em Watkins<br />

Glen, fazendo ali uma dobradinha com Pace (em baixo).<br />

Para 1975, com um forte patrocínio da Martini & Rossi,<br />

tudo levava a crer que seria o ano da Brabham na F-1!


Reutemann começou o ano liderando nos dois GPs sulamericanos,<br />

mas em ambos dificuldades com os pneus o<br />

impediram de vencer. Foi terceiro em casa, mas apenas<br />

oitavo na corrida brasileira, onde viu seu companheiro José<br />

Carlos Pace vencer à frente de Emerson Fittipaldi.<br />

Muito competitivo, o BT-44B permitiu que Reutemann<br />

juntasse uma sequência de bons resultados: segundo na<br />

África e na Suécia, terceiro na Espanha e na Bélgica, o que o<br />

deixava em segundo lugar na tabela de pontos do Mundial,<br />

mas o carro não era páreo para as Ferraris e seu motor V-<br />

12 boxer de alta rotação e potência.<br />

Reutemann voltou à vitória correndo no prestigioso circuito<br />

de Nürburgring, beneficiado por uma série de pneus<br />

furados nos cinco carros à sua frente, e confirmou o<br />

segundo lugar nos pontos, mas 17 atrás de Lauda com 3<br />

corridas para terminar o Mundial de Pilotos, mas Emerson,<br />

com dois segundos lugares nas três corridas, roubou o vicecampeonato<br />

ao argentino, que só marcou mais 3 pontos.<br />

O problemático Brabham BT-46 Alfa Romeo<br />

Nürburgring/75 – Brilhante vitória na Alemanha com o BT-45B<br />

Ao longo do ano, Bernie Ecclestone viu a chance de ter<br />

motores iguais aos da Ferrari de graça, e pulou de cabeça<br />

no contrato com a Alfa Romeo, empresa irmã da Ferrari<br />

que estava preparando um motor idêntico ao ferrarista.<br />

O elegante chassis deu lugar a um carro quadradão em<br />

1976 (foto abaixo), para acomodar os tanques de<br />

combustível maiores, o V-12 era um beberrão incorrigível.<br />

Reutemann odiou o carro no momento em que andou nele,<br />

e sua insatisfação se converteu em reclamações e<br />

recriminações cada vez maiores, conforme os problemas<br />

foram se acumulando, o que envenenou o ambiente na<br />

equipe. Não deu outra! Quando Lauda teve sua terrível<br />

batida na Alemanha, Lole era um dos nomes da lista de<br />

Enzo Ferrari, e acabou aceitando o convite para substituir<br />

Lauda já em 1976, assumindo o volante de uma 312-T2 no<br />

Grande Prêmio da Itália. Mas Lauda volta e Reutemann<br />

acaba fora das três corridas finais de 1976, ano em que ele<br />

marcou apenas 3 pontos no Mundial.


Lole lidera o GP do Brasil/77 depois da batida entre Pace e Hunt<br />

1977 era um ano que prometia grandes coisas para<br />

Reutemann! Lauda caiu em desgraça diante do<br />

Comendador Ferrari com sua atitude de abandonar o GP do<br />

Japão/76 por causa das condições da pista e com isso<br />

perdeu o Mundial de Pilotos para James Hunt. Regazzoni foi<br />

demitido, e Reutemann se viu como o piloto favorito da<br />

Ferrari para liderar o time rumo ao campeonato.<br />

Tudo começou conforme o figurino, com um terceiro lugar<br />

na abertura do Mundial na Argentina, seguido de vitória no<br />

Brasil. Mas Lauda reagiu: terceiro no Brasil e vitorioso na<br />

África do Sul, os dois ficaram empatados atrás de Scheckter<br />

nos pontos. A coisa seguiu assim depois de um segundo<br />

lugar e um abandono para cada nas duas provas seguintes.<br />

Então Lauda se impôs. Com quatro segundos lugares e duas<br />

vitórias, o austríaco se aproximou de seu segundo título,<br />

enquanto Reutemann acumulou azares e quebras.<br />

Vendo impotente seu companheiro de equipe voar, El Lole<br />

começou a reclamar que não estavam lhe dando o mesmo<br />

equipamento que era entregue a Lauda. Logo essas<br />

reclamações chegaram aos ouvidos de Enzo Ferrari, o que<br />

não agradou nem um pouco a Il Commendatore.<br />

Lauda marcou um quarto lugar nos Estados Unidos que lhe<br />

assegurou o título mundial e imediatamente abandonou a<br />

equipe, indo para a Brabham.<br />

Livre da presença obstrusiva de Lauda, Reutemann teve a<br />

equipe concentrada nele em 1978. Seu segundo piloto era<br />

um jovem canadense chamado Gilles Villeneuve, tão veloz<br />

e audacioso quanto inconstante e errático.<br />

Mas a enorme potência e elasticidade do motor Ferrari não<br />

era mais uma vantagem. Pelo contrário! Uma novidade<br />

técnica tornou o motor boxer obsoleto e, na verdade,<br />

indesejado: o efeito solo dos carros-asa.<br />

Por esse conceito, nas laterais eram montadas asas<br />

invertidas, de forma a provocar a expansão do ar e atuar<br />

como uma ventosa, grudando o carro na pista. O cabeçote<br />

do motor boxer ficava no caminho, impedindo a criação<br />

desse túnel.<br />

Mesmo vencendo pela terceira vez no Brasil e vencendo<br />

em Long Beach e na Inglaterra, a Ferrari não era páreo para<br />

as Lotus 78 de Mario Andretti e Ronnie Peterson, que<br />

venceram o Mundial como quiseram.<br />

Claro que Reutemann começou a reclamar do<br />

equipamento, dizendo que esse tipo de motor já não servia<br />

e que a Ferrari tinha que construir um carro asa se quisesse<br />

mantê-lo na equipe. Se tem uma coisa que você não deve<br />

fazer como piloto da Ferrari é reclamar das Ferrari!<br />

Prost aprendeu isso de forma amarga para ele...


Quando Reutemann deixou o motor morrer no grid do GP<br />

da Áustria e acabou desclassificado por ter sido empurrado,<br />

a situação explodiu de vez.<br />

Chamado de “Atormentado e atormentante” por Ferrari,<br />

Carlos Reutemann foi avisado que não teria seu contrato<br />

renovado com a equipe.<br />

Mas Reutemann não tinha ficado de braços cruzados. Com<br />

a batida e posterior falecimento de Ronnie Peterson em<br />

Monza, Reutemann se aproximou de Colin Chapman e logo<br />

selou um acordo com a Lotus, o carro que dominava a<br />

Fórmula 1.<br />

Como acontecera em 1976, novamente Reutemann<br />

assegurava um cockpit no carro dominante. Antes tinha<br />

sido a Ferrari, agora a Lotus. Suas chances de ser campeão<br />

se mantinha altas, quase de 50%!<br />

Bom...o que ninguém esperava é que a Lotus fosse batida<br />

em seu próprio jogo! Típico de Colin Chapman, assim que o<br />

Mk.79 se mostrou à frente da concorrência, Chapman<br />

desistiu dele e passou a pensar num carro ainda melhor.<br />

Com isso, nunca houve nenhum desenvolvimento do Mk.79<br />

ao longo do ano, e o carro acabou superado por novos<br />

desenhos de carros-asa, como o Ligier.<br />

Pior que isso: com novo pneus radiais da Michelin, a Ferrari<br />

se mostrou competitiva, e Villeneuve e Scheckter deeram<br />

as cartas na Fórmula 1 até que a Williams apresentou o seu<br />

carro-asa, o fenomenal FW-07.<br />

E a Lotus? Típicamente Colin Chapman, seu projeto<br />

seguinte a um vencedor sempre foi um fracasso... Lindo nas<br />

cores da Martini, o novo modelo Mk.80 não se mostrou<br />

nada competitivo! Chapman exagerou no efeito-solo, e o<br />

carro se arrastava na pista. Reutemann não marcou<br />

nenhum ponto com ele. Todos os seus pontos em 1979<br />

vieram do velho Mk.79, agora aposentado.<br />

Insatisfeito com o carro e com Chapman, que não lhe dava<br />

ouvidos quanto ao acerto do carro, Reutemann procurou<br />

novos ares.<br />

A Williams venceu cinco das sete corridas que o FW-07<br />

correu. Por alguma razão, contudo, eles se livraram de Clay<br />

Regazzoni, o piloto que lhes deu a primeira vitória depois<br />

de 20 anos de Fórmula 1, e lá foi Reutemann para a nova<br />

equipe dominante. Pelo menos desta vez a equipe<br />

continuou vencendo...mas se Reutemann achava que<br />

dominaria Alan Jones com facilidade, pela atitude<br />

bonachona do australiano, estava muito enganado!<br />

A equipe tinha sido construída em torno dele.<br />

A Williams era a equipe de Alan Jones, e de ninguém mais.<br />

A Lotus 80. Tão bela quanto lenta


Mônaco/1980 Bela vitória de Lole no Principado<br />

Começando 1980 por baixo, com duas quebras enquanto Jones vencia na abertura e fazia terceiro em seguida, Carlos<br />

Reutemann não teve outra coisa a fazer senão secundar o australiano na sua briga contra Nelson Piquet pelo título de<br />

1980. Uma bela vitória em Mônaco e três segundos lugares o deixaram em terceiro no Mundial a ajudaram a equipe a<br />

conquistar seu primeiro título de Construtores.<br />

Nesse meio tempo, Reutemann participou da etapa argentina do Mundial de Rally com um Fiat 131 e chegou na terceira<br />

posição, se tornando o primeiro piloto na história a marcar pontos na Fórmula 1 e no Mundial de Rally.<br />

No ano seguinte, Lole pensou que a situação se inverteria se ele estivesse à frente na pontuação. Ele ainda não tinha se<br />

dado conta que a equipe era por Jones. Ou tinha: quando deu combate a Jones na abertura do Mundial, em Long Beach,<br />

Reutemann recebeu ordens de ficar atrás de Jones e não incomodar. Mas El Lole sabia que esta seria sua última chance de<br />

ganhar um Mundial de Pilotos. Assim, ao vencer seu quarto GP do Brasil ignorando as ordens da equipe de deixar Jones<br />

passar, Reutemann selou seu destino na equipe e na Fórmula 1. Nem sequer um mecânico da equipe foi comemorar a<br />

vitória de Reutemann no pódio! Lole chegou em segundo na Argentina, e de novo não deixou Jones passar. Num ano em<br />

que os carros quebraram muito, Reutemann conseguiu chegar à etapa final liderando o Mundial, 1 ponto à frente de<br />

Nelson Piquet, e fez a pole-position. A Williams venceu a corrida de ponta a ponta. Mas foi a Williams de Jones.<br />

Com problemas no câmbio de seu carro, Reutemann foi caindo de posições, enquanto Piquet, que largara em quarto mas<br />

estava muito desidratado, ganhava posições e passara Reutemann. No final, Piquet terminou em quinto lugar, somou dois<br />

pontos, e passou Reutemann pelo título. El Lole chegou apenas em oitavo lugar.


O momento da decisão, Las Vegas 1981: Piquet se aproxima e vai ultrapassar a Williams de Reutemann..<br />

Jones se aposentou ao final de 1981, e Reutemann passou a ter Keke Rosberg por companheiro em 1982.<br />

Uma nova revolução técnica estava em curso, e desta vez era o motor turbo que passaria a ditar as regras na F-1. Alain<br />

Prost e René Arnoux dominaram as duas corridas iniciais do ano, e mesmo tendo conquistado um suado segundo lugar na<br />

abertura do Mundial em Kyalami, Reutemann sentiu que não teria mais chances de vencer um Mundial depois de enorme<br />

decepção da temporada anterior. Totalmente ignorado dentro de sua equipe e com todas as portas fechadas para ele em<br />

Brabham, Lotus e Ferrari, Carlos Reutemann decidiu que era hora de parar. Procurou Frank Williams e negociou sua<br />

imediata saída da equipe, no que foi atendido. Estava encerrada a carreira do homem que correu como principal piloto<br />

nas maiores equipes da Fórmula 1 e nunca ganhou um título mundial.<br />

Uma ironia final, com os acidentes de Viulleneuve na Bélgica e Pironi na Alemanha, e as constantes quebras dos turbos da<br />

Renault e da Brabham-BMW, o título mundial de 1982 acabou nas mãos de Rosberg, seu companheiro de equipe.<br />

Voltando à sua terra natal, o popular Carlos Reutemann foi eleito governador da província de Santa Fé, onde nasceu.<br />

Findo seu mandato, ele se elegeu congressista, e continuou no congresso argentino por muitos anos. Voltou a ser eleito<br />

governador em 1999 e depois concorreu a uma vaga no senado, que venceu e foi depois reeleito, ficando no cargo até o<br />

final de 2021.<br />

Acima, a placa da discórdia<br />

Por desobedecê-la, Lole perdeu o apoio na Williams<br />

Reutemann e sua esposa, Mimicha.


AS PISTAS DO MUNDIAL 2017


OUTUBRO / 2017<br />

www.goeverest.biz<br />

Dobre na linha<br />

corte na linha<br />

OUTUBRO / 2017<br />

www.goeverest.biz<br />

6 S D 2 3 4 5 6 S D 2 3 4 5 6 S D 2 3 4 5 6 S D 2 3 4 5 6 S TE<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31<br />

Dobre na linha<br />

corte na linha


EDITORA EVEREST S/C LTDA.<br />

Marechal Eurico Gaspar Dutra, 888 – Cj 81<br />

CEP 02301-070 São Paulo, SP<br />

CNPJ 03.873.990/0001-60<br />

VELOZES <strong>F1</strong> é uma publicação da EDITORA EVEREST LTDA.<br />

Todas as informações e opiniões aqui contidas são de<br />

responsabilidade do editor.<br />

Todos os direitos reservados.<br />

Proibida a reprodução total ou parcial sem consentimento do<br />

editor.<br />

JORNALISTA RESPONSÁVEL<br />

Walter Svitras<br />

MdT 087744-SP<br />

ATENDIMENTO<br />

Telefone (11) 2976-2794<br />

contato@goeverest.biz<br />

VISITE-NOS<br />

www.goeverest.biz<br />

Créditos das imagens :<br />

LAT/Williamsf1.com \ nonf1.com \ fansshare.com \ wordpress.com \ formulatwo.com \ f1-fansite.com \ youtube \ simscreen.blogpost \<br />

f1technical.com/forum/ \formula1.com \ williamspedia.blogpost.com.br \ w.svitras studio \ f1-fanatic.com.uk \ fijen.com \<br />

mercedesamgf1.com \ autosport.com \ devianart.com \ motorsportretro.com \ pirelli \ heriberto maruzza \ m3forum.net \ flicker.com \<br />

thisisf1.com \ syd-low.com.aus \ herald-sun.com \ vivan reis (G1) \ pavel golovkin (AP)<br />

PARA IMPRIMIR O CALENDÁRIO OU O POSTER:<br />

- Baixe a versão em PDF no site<br />

www.goeverest.biz<br />

- Selecione a página para impressão<br />

- Dê o comando para Imprimir em sua<br />

impressora<br />

NA PRÓXIMA EDIÇÃO:<br />

Tudo sobre o GP de Cingapura/ 2017<br />

As previsões para Sepang<br />

Um novo Personagem: , com Mini-poster<br />

Notícias, novidades<br />

Calendário de Mesa e muito mais!<br />

Se você preferir uma qualidade superior, tente:<br />

- Imprimir em casa em papel fotográfico,<br />

ou<br />

- Leve para imprimir a laser numa loja<br />

especializada. Neste caso, você poderá<br />

imprimir em folha tamanho A3, que é<br />

maior e fica ainda mais bonito

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!