Velozes F1 / R14 singap
Tudo sobre o próximo Grande Prêmio do Mundial de Fórmula 1: horários, a história desta emocionante corrida, as previsões para cada piloto e para cada equipe, os pneus escolhidos, etc. Mais: Perfil de Carlos Reutemann na coluna PERSONAGEM, com mini-posters de seus carros. Tem também um calendário de mesa para você baixa e imprimir aí na sua casa!
Tudo sobre o próximo Grande Prêmio do Mundial de Fórmula 1: horários, a história desta emocionante corrida, as previsões para cada piloto e para cada equipe, os pneus escolhidos, etc. Mais: Perfil de Carlos Reutemann na coluna PERSONAGEM, com mini-posters de seus carros. Tem também um calendário de mesa para você baixa e imprimir aí na sua casa!
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Fórmula 1 / <strong>R14</strong><br />
Tudo Sobre O Grande Prêmio de<br />
Hamilton Bate O Recorde De Poles,<br />
Confirma O Favoritismo<br />
e Vence o Grande Prêmio da Itália
e<br />
Fórmula 1 / <strong>R14</strong>
HAMILTON ASSUME A LIDERANÇA<br />
Seja na pista encharcada do sábado, seja na pista seca do domingo, Hamilton não deu<br />
chance a ninguém e dominou tudo! Na chuva do sábado, Stroll e Ocon se destacaram.<br />
No domingo, Ricciardo fez uma linda recuperação de P16 para quarto, e Bottas se<br />
fixou no segundo lugar, à frente de Vettel – o que deu a liderança do Mundial a Lewis<br />
Hamilton pela primeira vez no ano, depois de 14 corridas.
POLE POSITION<br />
1 44 L. HAMILTON (HAM)<br />
Mercedes AMG Petronas <strong>F1</strong> Team 2 18 L. STROLL (LAN)<br />
Williams Martini Racing<br />
3 88 E. OCON (OCO)<br />
Sahara Force India Racing 4 77 V. BOTTAS (BOT)<br />
Mercedes AMG Petronas <strong>F1</strong> Team<br />
5 7 K. RÄIKKÖNEN (RAI)<br />
Scuderia Ferrari 6 5 S. VETTEL (VET)<br />
Scuderia Ferrari<br />
7 19 F. MASSA (MAS)<br />
Williams Martini Racing 8 26 D. KVYAT (KVY)<br />
Scuderia Toro Rosso<br />
9 20 K. MAGNUSSEN (MAG)<br />
HAAS <strong>F1</strong> Team 10 11 S. PEREZ (PER)<br />
Sahara Force India Racing<br />
11 9 M. ERIKSSON (ERI)<br />
Sauber <strong>F1</strong> Team 12 36 P. WEHRLEIN (WEH)<br />
Sauber <strong>F1</strong> Team<br />
13 33 M. VERSTAPPEN (VER)<br />
Red Bull Racing TAG Heuer 14 27 N. HULKENBERG (HUL)<br />
Renault <strong>F1</strong><br />
15 55 C. SAINZ (SAI) (*)<br />
Scuderia Toro Rosso 16 3 D. RICCIARDO (RIC)<br />
Red Bull Racing TAG Heuer<br />
17 30 J. PALMER (PAL)<br />
Renault <strong>F1</strong> 18 2 S. VANDOORNE (**)<br />
McLaren Honda Racing<br />
19 14 F. ALONSO (ALO)<br />
McLaren Honda Racing 20 8 R. GROSJEAN (GRO)<br />
HAAS <strong>F1</strong> Team
A Ferrari completou 70 anos em<br />
Monza, mas isso não serviu de nada a<br />
Vettel, que viu Hamilton passá-lo na<br />
contagem de pontos.<br />
Ocon, ao lado, fez um treino<br />
espetacular e uma corrida de veterano<br />
em Monza.<br />
Daniel Ricciardo (abaixo) foi um dos<br />
nomes da corrida. Largou da 16ª<br />
posição por causa de penalties por<br />
troca de peças e chegou em quarto, no<br />
câmbio da Ferrari de Vettel, e ainda fez<br />
a volta mais rápida da corrida.
Volta Mais Rápida:<br />
Daniel Ricciardo > 1’23,361 (49)<br />
Notas:<br />
Pole-position 69 de Hamilton (*)<br />
Vitória 59 de Hamilton na F-1<br />
(*) = Novo recorde<br />
absoluto de poles<br />
Pos Piloto Carro<br />
1 HAMILTON Mercedes 53 voltas<br />
2 BOTTAS Mercedes +4.471<br />
3 VETTEL Ferrari + 36,317<br />
4 RICCIARDO Red Bull + 40.335<br />
5 RAIKKÖNEN Ferrari + 1'00.082<br />
6 OCON Force India + 1'11.528<br />
7 STROLL Williams + 1'14.156<br />
8 MASSA Williams + 1'14.834<br />
9 PEREZ Force India + 1'15.276<br />
10 VERSTAPPEN Red Bull 52 v<br />
11 MAGNUSSEN Haas 52 v<br />
12 KVYAT Toro Rosso 52 v<br />
13 HULKENBERG Renault 52 v<br />
14 SAINZ JR Toro Rosso 52 v<br />
15 GROSJEAN Haas 52 v<br />
16 WEHRLEIN Sauber 51 v<br />
17 ALONSO McLaren 50 v<br />
18 ERICSSON Sauber 49 v<br />
19 VANDOORNE McLaren 16 v<br />
20 PALMER Renault 4 v
Sexta-feira, 1 de setembro de 2017<br />
Treino Livre 1 6:00 – 7:30<br />
Treino Livre 2 10:00 – 11:30<br />
Sábado, 2 de setembro de 2017<br />
Treino Livre 3 7:00 – 8:00<br />
Classificação – 9:00 – 10:00<br />
Domingo, 3 de setembro de 2017 Largada – 9:00
YAS MARINA (circuito de rua)<br />
Extensão da Pista : 5.065m<br />
Numero de voltas: 61 = 308,828 km<br />
Recorde da pista: 1:47’187<br />
D. RICCIARDO (2016)
Veja como o campeonato chega em Cingapura<br />
MUNDIAL DE PILOTOS 2017 / CLASSIFICAÇÃO<br />
POS No. PILOTO PTS<br />
1 44 LEWIS HAMILTON 238<br />
2 5 SEBASTIAN VETTEL 235<br />
3 77 VALTTERI BOTTAS 197<br />
4 3 DANIEL RICCIARDO 144<br />
5 7 KIMI RÄIKKÖNEN 138<br />
6 33 MAX VERSTAPPEN 68<br />
7 11 SERGIO PÉREZ 58<br />
8 31 ESTEBAN OCON 55<br />
9 55 CARLOS SAINZ JR. 36<br />
10 27 NICO HÜLKENBERG 34<br />
11 19 FELIPE MASSA 31<br />
12 18 LANCE STROLL 24<br />
13 8 ROMAIN GROSJEAN 24<br />
14 20 KEVIN MAGNUSSEN 11<br />
15 14 FERNANDO ALONSO 10<br />
16 94 PASCAL WEHRLEIN 5<br />
17 26 DANIIL KVYAT 4<br />
18 2 STOFFEL VANDOORNE 1<br />
19 36 ANTONIO GIOVINAZZI ITA 0<br />
20 30 JOLYON PALMER 0<br />
21 9 MARCUS ERICSSON 0<br />
22 22 JENSON BUTTON 0<br />
MUNDIAL DE CONSTRUTORES 2017 / CLASSIFICAÇÃO<br />
POS MARCA PTS<br />
1 MERCEDES-BENZ 435<br />
2 FERRARI 373<br />
3 RED BULL TAG HEUER 212<br />
4 FORCE INDIA MERCEDES 113<br />
5 WILLIAMS MERCEDES 55<br />
6 TORO ROSSO RENAULT 40<br />
7 HAAS FERRARI 35<br />
8 RENAULT 34<br />
9 McLAREN HONDA 11<br />
10 SAUBER FERRARI 5
PREVISÃO VELOZES <strong>F1</strong> - As chances de cada equipe em Yas Marina<br />
MERCEDES – Agora é a vez das Flexas<br />
de Prata sentirem o drama! Depois de<br />
dominar nos dois circuitos mais velozes, o<br />
time da Mercedes terá que suar para segurar<br />
as Ferraris no circuito de rua de Cingapura,<br />
numa prova noturna que vai pôr à prova<br />
todo o equilíbrio do chassis e sua capacidade<br />
de gerar calor para os pneus. A chance é ir<br />
bem nos treinos e segurar a ponta, mas o<br />
ritmo da Ferrari em corrida é superior.<br />
FERRARI – Agora é a vez da Ferrari!<br />
Numa pista mais favorável ao seu carro, que<br />
tem-se mostrado equilibrado, os “rossos”<br />
deverão dar as cartas em Yas Marina. Mas<br />
presaremos ver se usarão a quarta unidade<br />
motriz, que significará a limitação no uso<br />
de óleo em relação à Mercedes, o que vai<br />
reduzir a potência disponível. Mas o motor<br />
parece ter torque nas saídas de curva para<br />
compensar a menor potência final.<br />
RED BULL – Não tem muito o que fazer<br />
para se aproximar de Ferrari e Mercedes. A<br />
alocação de pneus é bastante ortodoxa e<br />
existe a possibilidade de ter que usar menos<br />
óleo no motor se usar a quinta unidade<br />
motriz, o que reduzirá a potência. O fato de<br />
ter um excelente chassis não vai ser de<br />
grande valia, pois que a diferença de potência<br />
é grande e seus pilotos deverão ficar num<br />
limbo entre o quarto colocado e o sétimo.<br />
FORCE INDIA – Não foi tão competitiva<br />
nos dois circuitos de altíssima, o que leva a<br />
crer que podem se apresentar melhor em<br />
Yas Marina. É possível que os carros rosa<br />
possam aproveitar que poderão usar mais<br />
óleo e ter mais potência que alguns<br />
concorrentes, mas será difícil alcançar as<br />
Red Bulls na pista, talvez a briga fique<br />
mesmo contra McLaren e Renault.<br />
WILLIAMS – Largando de mais à frente,<br />
as Williams tiveram um bom resultado em<br />
Monza, mas numa pista travada e à noite, a<br />
deficiência desse chassis em gerar<br />
aquecimento dos pneus deverá ser fatal para<br />
as esperanças da equipe de voltar a somar<br />
pontos no Mundial. Sua briga no momento é<br />
com a Toro Rosso, outro carro que pouco fez<br />
de evolução na temporada. McLaren e<br />
Renault já superaram os carros brancos.<br />
McLAREN – O carro foi bem em Monza,<br />
em que pese o abandono de Alonso. O azar é<br />
ter que largar sempre do final do grid por<br />
causa das punições por trocas de<br />
componentes, pois Vandoorne brilhou nos<br />
treinos. Numa pista mais travada, largar do<br />
fundo do grid é ruim para as pretensões de<br />
pontos, mas as punições começam a afetar<br />
outras marcas, então a briga será duríssima!<br />
TORO ROSSO – É o carro que menos<br />
evoluiu na temporada, junto com a<br />
Williams. A situação começa a se complicar<br />
com as notícias de troca de motores com a<br />
McLaren e a provável perda de Sainz Jr para<br />
a Renault em 2018. Será que essas notícias<br />
porão Kvyat como piloto número um já?<br />
Não se esperem grandes apresentações<br />
deste carro na Marina de Yas, quando muito<br />
vai trocar tintas com as Williams.<br />
H A A S – Eles dizem que solucionaram o<br />
problema nos freios. Mesmo sendo uma<br />
corrida noturna, vamos ver se isso é<br />
verdade nas ruas de Cingapura. O chassis<br />
tem se mostrado equilibrado, e a<br />
elasticidade do motor Ferrari pode dar<br />
alguma vantagem nas saídas de curva.<br />
Curiosamente, o time optou por 4 jogos de<br />
Super-Ms e terá apena 8 Ultras, o que talvez<br />
signifique um trecho inicial bastante longo.<br />
RENAULT – Agora numa pista de rua, a<br />
Renault pode nos mostrar o quanto vale o<br />
seu chassis. O motor vem evoluindo aos<br />
poucos, e os dois pilotos estão mais juntos<br />
nos treinos, o que pode ser importante para<br />
marcar pontos. A opção de pneus é aquela<br />
básica e a equipe espera brigar com Force<br />
India pela quarta fila do grid. Espera também<br />
que McLaren não deixe de ser punida...<br />
SAUBER – O carro ficou definitivamente<br />
para trás, consistentemente 1,5seg mais<br />
lento que seus concorrentes mais próximos.<br />
Numa pista de rua, onde o equilíbrio do<br />
chassis é importante, o carro pode<br />
surpreender, mesmo com o motor Ferrari<br />
defasado, mas marcar pontos vai depender<br />
fundamentalmente dos acidentes e<br />
abandonos dos outros carros do grid. Será a<br />
equipe B da Ferrari a partir de 2018, a única<br />
notícia agradável pelos lados de Hinwill.
PREVISÃO VELOZES <strong>F1</strong> - As chances de cada piloto em Yas<br />
VETTEL fez a escolha certa ao<br />
ficar com apenas um jogo de<br />
Super-Ms? Se der errado, terá<br />
que se virar com os Macios.<br />
Precisa largar da primeira fila e<br />
bater Hamilton na largada.<br />
KIMI de contrato renovado<br />
terá a missão de segurar as<br />
Mercedes, coisa que ele não<br />
vem fazendo, e para isso<br />
contará com o melhor carro<br />
do grid nessa pista.<br />
VERSTAPPEN tem a chance de<br />
brilhar nos treinos de novo, mas<br />
precisa ser menos afoito na<br />
corrida, ainda mais numa pista<br />
de rua! A notícia de conversas<br />
com a Mercedes nãu ajuda nada<br />
PEREZ esteve abaixo do seu<br />
normal em Monza, mas deverá<br />
ser o líder da F-India nas ruas<br />
de Cingapura. Com as portas<br />
da Ferrari fechadas, deve se<br />
concentrar nas provas de 2017<br />
OCON segue evoluindo de<br />
forma firme. Num pista que<br />
ele já conhece, deverá ser<br />
ainda mais forte e brigar com<br />
Perez pelo P7 no grid e prova.<br />
HULKENBERG Sua briga será<br />
com Perez e Ocon, como<br />
sempre. Não deverá se sair<br />
melhor que isso, contudo, pois<br />
o carro parou de evoluir.<br />
SAINZ JR. não terá uma chance<br />
muito boa em Cingapura, já que<br />
seu carro ficou para trás e a briga<br />
agora é com as Williams capengas<br />
Na expectativa de ir para a<br />
Renault, como estará sua cabeça?<br />
KVYAT não terá muito o que<br />
mostrar em Yas Marina, num carro<br />
com um chassis desiquilibrado e um<br />
motor Renault às costas. Briga com<br />
Sainz e as Williams e nenhum deles<br />
chegará perto dos pontos.<br />
WEHRLEIN fora da Sauber em 2018,<br />
vai largar em último ou penúltimo e<br />
brigar com Ericsson na corrida. Só!<br />
ALONSO não<br />
estava bem<br />
de cabeça em<br />
Monza. Com<br />
a notícia que<br />
a equipe terá motores<br />
Renault em 2018, pode<br />
se concentrar mais no<br />
acerto e na corrida. O<br />
motor Honda se<br />
mostrou muito veloz<br />
em Monza e numa pista<br />
mais fresca e lenta,<br />
pode ir até o final.<br />
MASSA deve ter<br />
mais uma corrida<br />
dura pela frente.<br />
O carro não<br />
responde a<br />
nenhum tipo<br />
de acerto e largar do<br />
fundo do grid é um<br />
tormento. A Williams dá<br />
indicações que não deve<br />
seguir com ele em 2018,<br />
então ele que aproveite<br />
essas últimas corridas<br />
para se divertir e botar<br />
pra quebrar!<br />
HAMILTON vai ter que se<br />
garantir nos treinos e na<br />
largada para não cair atrás de<br />
Vettel. Com inteligência, pode<br />
acabar beneficiado pela<br />
estratégia de pneus.<br />
BOTTAS Pode balançar ao ouvir<br />
que Verstappen entrou no radar<br />
da equipe. Precisa ajudar Lewis e<br />
só pode fazer isso andando na<br />
frente das Ferraris. Nada menos!<br />
RICCIARDO vem fazendo um<br />
ano excepcional, indo com<br />
constância ao pódio quando<br />
algum dos 4 fantásticos tem<br />
problemas. Mas está sendo<br />
batido por Max nos treinos.<br />
GROSJEAN a pista é boa para<br />
seu estilo. Não vai brigar pelo Q3<br />
e tentará marcar pontos com um<br />
stint muito longo no começo da<br />
corrida para voar no final.<br />
MAGNUSSEN também estará na<br />
estratégia de ficar muito tempo<br />
na pista no começo, contando<br />
com os safety cars para avançar<br />
no pelotão e depois montar os<br />
Ultras para garantir pontos. Boa!<br />
PALMER terá uma boa chance<br />
de mostrar sua velocidade. É<br />
uma pista complicada, mas ele<br />
está pilotando bem e obtendo<br />
boas posições no Q2. Com<br />
sorte, poderá passar ao Q3.<br />
VANDOORNE está sendo usado<br />
de cobaia da Honda e isso lhe<br />
custa posições no grid. Num<br />
bloco intermediário muito duro<br />
será difícil ganhar posições na<br />
corrida.<br />
STROLL não terá um bom carro nas<br />
mãos. Falta aerodinâmica e equilíbrio<br />
ao carro da Williams e o canadense terá<br />
muito trabalho para manter as Toro<br />
Rossos atrás dele, mesmo com um baita<br />
motor Mercedes empurrando<br />
ERICSSON vai largar em último ou<br />
penúltimo e brigar com Wehrlein na<br />
corrida. Só!
OS PNEUS PARA A MARINA DE YAS<br />
Macios Super-Macios Ultra-Macios<br />
As Escolhas dos Pilotos
A primeira saída noturna da <strong>F1</strong><br />
Depois de duas corridas que estão a poucos passos de se tornarem centenárias,<br />
a Fórmula 1 muda de continente e volta à Ásia para correr um dos mais novos<br />
Grandes Prêmios do calendário, o GP de Cingapura.<br />
Ainda que o primeiro Grande Prêmio em Cingapura tenha ocorrido em 1961, ainda<br />
quando a cidade-estado era província da Malásia, os carros eram outros, não eram<br />
Fórmulas 1 ou de Grand Prix e a corrida era chamada GP da Malásia – Cingapura só<br />
se separou em 1965. Por isso, podemos considerar que o primeiro GP de Fórmula 1<br />
ali foi mesmo o de 2008.<br />
O neo-zelandês Graeme Lawrence<br />
venceu três vezes o GP de Cingapura.<br />
Aqui, em 1970, com uma Ferrari<br />
especial de Fórmula 5000.
Não foi pouca coisa!<br />
O Grande Prêmio de Cingapura de 2008 foi a primeira<br />
corrida noturna da história da Fórmula 1.<br />
Foi também a prova onde Felipe Massa teve o inusitado<br />
enrosco com o tubo de reabastecimento nos boxes, que<br />
ficou preso no bocal do tanque de sua Ferrari.<br />
E também a que desencadeou um dos maiores<br />
escândalos da história da categoria, palco da tramóia<br />
envolvendo dirigentes e pilotos da Renault para simular<br />
um acidente que permitisse a vitória da marca naquela<br />
corrida inaugural. A vitória foi conquistada, mas meses<br />
depois o segredo foi trazido à tona e Flavio Briatore, Pat<br />
Symonds e Nelson Ângelo Piquet foram condenados<br />
pela manobra.<br />
O maior vencedor dessa prova é Sebastian Vettel, com<br />
quatro triunfos: três com Red Bull e mais um com a<br />
Ferrari em 2015. Lewis Hamilton tem duas vitórias, o<br />
mesmo número de Fernando Alonso. Sómente os três<br />
mais Nico Rosberg (2016) venceram em Cingapura até<br />
esta data.<br />
O circuito de Marina Bay é típicamente um circuito de<br />
rua, com muitas curvas de 90º e velocidade média<br />
baixa. Sua Curva 10 foi reconfigurada em 2010 e reduziu<br />
ainda mais a velocidade naquele setor.<br />
A enorme umidade de Cingapura é um teste para<br />
homens e sistemas elétricos, e há quase uma garantia<br />
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Carlos REUTEMANN ..<br />
Será o sangue espanhol, quente, irriquieto? Há muitos pontos de<br />
semelhança entre o argentino Carlos Reutemann e o espanhol Fernando<br />
Alonso, tanto na maneira de se relacionar com seus colegas quando no fato<br />
de sempre estarem no lugar certo, na hora errada! O asturiano venceu dois<br />
mundiais na Renault, mas depois disso entrou numa aspiral que lembra<br />
muito a carreira do piloto de Santa Fé, a quem só faltou o título.<br />
Reutemann foi o piloto que venceu o primeiro Grande Prêmio do Brasil.
Carlos Alberto Reutemann ( Santa Fe , Argentina , 12 de abril de 1942 ) foi piloto de Fórmula<br />
1 a partir de 1972 até 1982 , e que competiu para algumas das principais equipes da F-1.<br />
Em seu registro de vôo no topo do automobilismo aparecem 12 vitórias, 45 pódios e 6 pole<br />
positions em 144 corridas, além de duas vitórias em corridas estra-campeonato.<br />
Conhecido como Lole, apelido que ganhou em sua infância, porque gostava de animais e muitas<br />
vezes disse que ia ver os "lolechones" (os porcos), é fã declarado do Union de Santa Fe e do River<br />
Plate .<br />
Carlito é filho de Enrique Molina Reutemann e Flora. Ele é o pai de duas filhas, Cora (mãe de seu<br />
único neto, Santiago Bautista Ten Reutemann) e Mariana, ambas de seu primeiro casamento, com a<br />
bela Mimicha. Ele é casado novamente com Verónica Ghio.<br />
Em 1991, aos 49 anos e em paralelo às suas atividades no setor privado como um fazendeiro,<br />
Reutemann começou sua atividade política na mão Partido Justicialista, onde permaneceu até 2015<br />
depois de ter sido senador e governador província de Santa Fe.<br />
Ele teve a sua estreia em corridas a 30 de maio de 1965, a bordo de um Fiat 1500 na cidade de La<br />
Cumbre (Córdoba).<br />
Depois de ser campeão Nacional de Turismo por várias temporadas, ele passou a competir nos<br />
esporte Protótipos em seu país, na categoria Mecânica Fórmula 1 Argentina, e participou da corrida<br />
internacional de Fórmula 2 que aconteceu em dezembro de 1968 na Argentina, com um Brabham,<br />
mas abandonou a prova.
Em 1970, Lole partiu rumo à Europa, para fazer uma carreira internacional e chegar à F-1.<br />
Como Fangio antes dele, Reutemann vai com apoio oficial do estado, através de suporte do<br />
Automóvel Clube Argentino. Monta-se uma equipe de dois carros Brabham BT-30, para<br />
Reutemann e Carlos Ruesch.<br />
Nesse primeiro ano, os resultados são fracos, e Reutemann termina com apenas 3 pontos, frutos<br />
de um sexto lugar na Espanha e um quinto em Hockenheim.
I Grande Prêmio do Brasil, 31 de janeiro de 1972.<br />
Lole largou em segundo e venceu depois da<br />
quebra da Lotus de Emerson Fittipaldi. A primeira<br />
vitória de Reutemann na Fórmula 1, a primeira de<br />
suas quatro conquistas no Brasil.
O ano de 1971 começou de forma muito especial para El<br />
Lole. No dia 10 de janeiro, ele correu em dupla com<br />
Emerson Fittipaldi nos 1000 km de Buenos Aires, ao volante<br />
de um Porsche 917.<br />
Quinze dias depois, marcou com sua estréia na Fórmula 1<br />
no Grande Prêmio da Argentina. Era uma corrida extraoficial,<br />
para homologação do autódromo de Buenos Aires<br />
para que este passasse a fazer parte do Mundial de F-1 a<br />
partir do ano seguinte.<br />
Curiosamente, a prova foi dividida em duas baterias, com a<br />
soma dos tempos indicando o vencedor final.<br />
Reutemann foi inscrito pela equipe de Joachim Bonnier e<br />
correu com um McLaren M7-C (ao lado). Marcou o quinto<br />
tempo nos treinos, 0.6seg atrás do pole-position.<br />
Terminou a primeira bateria em sexto lugar, que foi sua<br />
posição de largada para a segunda bateria. Na largada da<br />
segunda parte, Lole rapidamente pulou de sexto lugar para<br />
o terceiro, mas foi ultrapassado por Chris Amon na quinta<br />
volta e por Pescarolo na oitava. Na frente, nada parecia<br />
parar Rolf Stommelen, pole, vencedor da primeira bateria e<br />
líder da segunda.<br />
Porém, Siffert a Amon se aproximaram dele e, na batalha<br />
que se seguiu, Amon e Siffert bateram rodas e o March do<br />
suíço foi acertar o Surtees de Rolf, jogando-o para fora da<br />
pista e causando a quebra da transmissão.<br />
A doze voltas do final, Siffert é forçado a abandonar, e com<br />
isso Reutemann assume a terceira posição na bateria, que<br />
acabou sendo sua posição final na soma dos tempos das<br />
duas baterias. O vencedor foi Chris Amon, com a Matra MS-<br />
120, sua única vitória na Fórmula 1.<br />
Esta corrida também marcou a estréia de Wilson Fittipaldi,<br />
com a terceira Lotus da equipe oficial, a velha Mk.49C com<br />
que seu irmão estreara no ano anterior.<br />
A Fórmula 2 só começou em abril, no Jim Clark Memorial<br />
em Hockenheim, e Reutemann chegou em segundo. Um<br />
quinto lugar na sexta etapa, em Rouen, deixou Reutemann<br />
na liderança do Europeu de F-2, 1 ponto à frente de<br />
François Cevert, mas então começou a irresistível<br />
arrancada de Ronnie Peterson, da equipe oficial da March,<br />
rumo ao título, com três vitórias seguidas.<br />
Reutemann levou os pontos do vencedor na antepenúltima<br />
etapa, em Albi, na França, mas uma nova vitória de<br />
Peterson em Vallelunga selou o campeonato em favor do<br />
sueco. Reutemann acabou vice-campeão europeu de F-2.<br />
Para 1972, Reutemann mudou para uma equipe, mais bem<br />
estruturada, a Rondel de Ron Dennis e Neil Trundle.<br />
Terá sido seu primeiro erro de escolha de equipes?<br />
O carro seria um Brabham BT-36.
De qualquer forma, o ano começou como o anterior, com o<br />
Grande Prêmio da Argentina. Como a corrida de 1971 não<br />
valeu para o Mundial, a FIA considera esta a estréia oficial<br />
de Reutemann na Fórmula 1.<br />
Desta vez, Lole estava com um carro de fábrica, da<br />
Brabham, e não deixou por menos: fez a pole-position com<br />
o Lagosta, BT-34, batendo o campeão Jackie Stewart!<br />
Na largada, Stewart pulou na frente e o novato argentino se<br />
manteve atrás do Campeão até a oitava volta, quando foi<br />
superado por Emerson na Lotus, agora preta e dourada da<br />
JPS. Na décima-segunda passagem, foi a vez de Hulme<br />
deixar o Brabham para trás, e Lole caiu para a quarta<br />
posição.<br />
Recuperou o terceiro lugar quando Emerson começou a ter<br />
problemas de suspensão, mas no começo da volta 37 teve<br />
um pneu furado e parou nos boxes, retornando 1 volta<br />
atrás de Stewart. Uma pena, pois Reutemann estava<br />
correndo muito bem na sua estréia oficial. Terminou a<br />
prova na 7ª colocação, duas voltas atrás de Jackie Stewart.<br />
Vitória no Brasil<br />
Os carros deixaram a Argentina e vieram para o Brasil, para<br />
o primeiro Grande Prêmio do Brasil – corrido extraoficialmente<br />
para homologação de Interlagos para a<br />
Fórmula 1. Por ser extra-oficial, as principais equipes não<br />
vieram correr em São Paulo, e o minguado grid tinha<br />
apenas Lotus e Brabhams como protagonistas.<br />
Emerson esmagou a concorrência nos treinos, largou na<br />
frente e desapareceu! Reutemann, segundo no grid, se<br />
manteve em segundo, à frente de Ronnie Peterson no<br />
March de fábrica, e de Wilson Fittipaldi na outra Brabham.<br />
No final da volta 32 das 37 previstas, a Lotus de Emerson<br />
quebra a suspensão a mais de 300 km/h em plena Reta de<br />
Chegada. Emerson roda mas não bate, e se retira.<br />
Lole agora está em primeiro, e na liderança ele segue até a<br />
bandeirada final, vencendo seu primeiro Grande Prêmio de<br />
Fórmula 1, ainda que sendo uma corrida extra-oficial. Ele<br />
chegou mais de 1min32seg à frente de Peterson.
Sua corrida seguinte ainda foi na Fórmula 1, o GP da África<br />
do Sul em Kyalami, onde as Brabhams não foram nada bem,<br />
Lole marcou P15 no grid e abandonou com 28 voltas, mas<br />
seu companheiro Graham Hill, que largou ao seu lado, usou<br />
toda a sua experiência para chegar em sexto lugar.<br />
Era hora de voltar à Europa, onde a Fórmula 2 o aguardava.<br />
Na Rondel, Reutemann enfrentou algumas dificuldades.<br />
Os dois principais pilotos na equipe eram Graham Hill e Tim<br />
Schenken, ambos pilotos graduados e que, por isso, não<br />
somavam pontos para o campeonato da F-2 – mas que<br />
apesar disso ganhavam toda a atenção da equipe. No fim,<br />
apenas dois terceiros e dois segundos o relegaram à quarta<br />
posição na tabela de pontos no final com o carro colorido.<br />
Na Fórmula 1, a vida não estava muito mais fácil...<br />
Uma série de problemas com o novo carro, modelo BT-37<br />
(foto abaixo), não permitiram que Lole brigasse por<br />
posições acima de 10º lugar e ele ainda enfrentou alguns<br />
abandonos, como na Áustria, onde ele largou da quinta<br />
posição. Seus primeiros pontos na F-1 só vieram depois da<br />
fase européia, no GP do Canadá, onde Reutemann chegou<br />
em quarto lugar.<br />
Para 1973, a Brabham tinha um novo bólido, elegante,<br />
esguio e novamente com os radiadores montados à frente<br />
dos pneus dianteiros. O modelo BT-42 era tão lindo, que<br />
nunca foi chamado de “lagosta”, como o BT-34.<br />
Reutemann foi guindado à posição de primeiro piloto, e por<br />
companheiro passaria a ter Wilson Fittipaldi, o piloto oficial<br />
da marca na Fórmula 2. Lole deixou de correr de F-2.<br />
Enquanto Wilsinho marcava seu primeiro ponto logo na<br />
abertura do Mundial na Argentina e fazia uma corrida<br />
espetacular em Mônaco, parando por falta de gasolina<br />
quando corria em terceiro, Lole somava uma série de<br />
abandonos.<br />
Mas a partir da corrida seguinte à de Mônaco, Reutemann<br />
começou a tirar do BT-42 o que o carro tinha de bom, e fez<br />
quarto lugar na Suécia e conquistou seu primeiro pódio a<br />
seguir, no Grande Prêmio da França, em Paul Ricard.<br />
Mais pontos na Áustria (4º) e Itália (6º) e ele fecha o ano<br />
com mais um pódio, terceiro lugar no GP dos Estados<br />
Unidos, em Watkins Glen, aquela triste corrida onde<br />
François Cevert perdeu a vida nos treinos.
Para a temporada de 1973, Ecclestone demitiu o projetista Ralph Bellamy, cujo BT-37 apresentou um fraco<br />
desempenho, e entregou o projeto do novo carro a um jovem sul-africano chamado Gordon Murray, projetista<br />
assistente na Brabham desde os tempos de Ron Tauranac. Seu primeiro F-1 foi um carro elegante, com chassis<br />
de seção triangular e fácil de regular, o modelo BT-42.<br />
Com ele, Lole marcou seus dois primeiros pódiuns na F-1: França e Estados Unidos (acima).<br />
O carro seguinte de Murray foi o BT-44, um desenvolvimento do 42. Com ele, Reutemann liderou o seu Grande<br />
Prêmio de casa até a última volta em 1974. Mas a tomada de ar se soltou e afetou a alimentação do motor,<br />
que passou a gastar mais combustível. Na última volta, a menos de 1 quilômetro da consagração, o carro<br />
parou por falta de gasolina, deixando piloto e seu público mudos de tristeza com o duro golpe.
Mas não demorou para as qualidades do BT-44 levarem<br />
Reutemann à sua primeira vitória. Depois de largar de P2<br />
no Brasil mas perder rendimento com problemas nos<br />
pneus, veio a consagradora vitória na terceira etapa do<br />
Mundial, o Grande Prêmio da África do Sul (foto da página<br />
anterior), em Kyalami.<br />
Kyalami era uma pista única, que mudava seu nível de<br />
aderência enormemente conforme mais borracha era<br />
depositada no asfalto. Assim ou você acertava o carro para<br />
andar bem de tanques cheios no começo da prova ou para<br />
tanques vazios, no final da corrida.<br />
P4 no grid, Reutemann assumiu o segundo posto na largada<br />
mas foi ultrapassado por Hailwood, com McLaren, na volta<br />
9. Na frente, Lauda abria uma vantagem confortável.<br />
Depois de 2/3 de corrida, tudo mudou.<br />
Com um carro perfeito para tanques mais vazios,<br />
Reutemann manteve um trem de corrida forte, enquanto o<br />
carro de Hailwood e de Lauda começavam a sofrer de falta<br />
de aderência. A dez voltas do fim, o piloto da casa Mike<br />
Hailwood foi ultrapassado de volta.<br />
E na antepenúltima volta foi Lauda quem caiu vítima da<br />
ignição da Ferrari, mas Lole já estava grudado na sua caixa<br />
de câmbio.<br />
Jean-Pierre Beltoise, com a BRM P-201, também acertou<br />
seu carro para voar no final, e conquistou o segundo lugar,<br />
o último pódio da antes poderosa marca inglesa na F-1.<br />
Seguiu-se uma série de resultados fracos e abandonos. Na<br />
nona etapa, Reutemann ganhou um novo companheiro de<br />
equipe, o veloz brasileiro José Carlos Pace, que deixara a<br />
Surtees e ajudou no acerto do 44.<br />
A partir daí, os resultados apareceram, e Reutemann foi ao<br />
pódio em Nürburgring e venceu na Áustria (abaixo),<br />
voltando a vencer no fechamento do ano, em Watkins<br />
Glen, fazendo ali uma dobradinha com Pace (em baixo).<br />
Para 1975, com um forte patrocínio da Martini & Rossi,<br />
tudo levava a crer que seria o ano da Brabham na F-1!
Reutemann começou o ano liderando nos dois GPs sulamericanos,<br />
mas em ambos dificuldades com os pneus o<br />
impediram de vencer. Foi terceiro em casa, mas apenas<br />
oitavo na corrida brasileira, onde viu seu companheiro José<br />
Carlos Pace vencer à frente de Emerson Fittipaldi.<br />
Muito competitivo, o BT-44B permitiu que Reutemann<br />
juntasse uma sequência de bons resultados: segundo na<br />
África e na Suécia, terceiro na Espanha e na Bélgica, o que o<br />
deixava em segundo lugar na tabela de pontos do Mundial,<br />
mas o carro não era páreo para as Ferraris e seu motor V-<br />
12 boxer de alta rotação e potência.<br />
Reutemann voltou à vitória correndo no prestigioso circuito<br />
de Nürburgring, beneficiado por uma série de pneus<br />
furados nos cinco carros à sua frente, e confirmou o<br />
segundo lugar nos pontos, mas 17 atrás de Lauda com 3<br />
corridas para terminar o Mundial de Pilotos, mas Emerson,<br />
com dois segundos lugares nas três corridas, roubou o vicecampeonato<br />
ao argentino, que só marcou mais 3 pontos.<br />
O problemático Brabham BT-46 Alfa Romeo<br />
Nürburgring/75 – Brilhante vitória na Alemanha com o BT-45B<br />
Ao longo do ano, Bernie Ecclestone viu a chance de ter<br />
motores iguais aos da Ferrari de graça, e pulou de cabeça<br />
no contrato com a Alfa Romeo, empresa irmã da Ferrari<br />
que estava preparando um motor idêntico ao ferrarista.<br />
O elegante chassis deu lugar a um carro quadradão em<br />
1976 (foto abaixo), para acomodar os tanques de<br />
combustível maiores, o V-12 era um beberrão incorrigível.<br />
Reutemann odiou o carro no momento em que andou nele,<br />
e sua insatisfação se converteu em reclamações e<br />
recriminações cada vez maiores, conforme os problemas<br />
foram se acumulando, o que envenenou o ambiente na<br />
equipe. Não deu outra! Quando Lauda teve sua terrível<br />
batida na Alemanha, Lole era um dos nomes da lista de<br />
Enzo Ferrari, e acabou aceitando o convite para substituir<br />
Lauda já em 1976, assumindo o volante de uma 312-T2 no<br />
Grande Prêmio da Itália. Mas Lauda volta e Reutemann<br />
acaba fora das três corridas finais de 1976, ano em que ele<br />
marcou apenas 3 pontos no Mundial.
Lole lidera o GP do Brasil/77 depois da batida entre Pace e Hunt<br />
1977 era um ano que prometia grandes coisas para<br />
Reutemann! Lauda caiu em desgraça diante do<br />
Comendador Ferrari com sua atitude de abandonar o GP do<br />
Japão/76 por causa das condições da pista e com isso<br />
perdeu o Mundial de Pilotos para James Hunt. Regazzoni foi<br />
demitido, e Reutemann se viu como o piloto favorito da<br />
Ferrari para liderar o time rumo ao campeonato.<br />
Tudo começou conforme o figurino, com um terceiro lugar<br />
na abertura do Mundial na Argentina, seguido de vitória no<br />
Brasil. Mas Lauda reagiu: terceiro no Brasil e vitorioso na<br />
África do Sul, os dois ficaram empatados atrás de Scheckter<br />
nos pontos. A coisa seguiu assim depois de um segundo<br />
lugar e um abandono para cada nas duas provas seguintes.<br />
Então Lauda se impôs. Com quatro segundos lugares e duas<br />
vitórias, o austríaco se aproximou de seu segundo título,<br />
enquanto Reutemann acumulou azares e quebras.<br />
Vendo impotente seu companheiro de equipe voar, El Lole<br />
começou a reclamar que não estavam lhe dando o mesmo<br />
equipamento que era entregue a Lauda. Logo essas<br />
reclamações chegaram aos ouvidos de Enzo Ferrari, o que<br />
não agradou nem um pouco a Il Commendatore.<br />
Lauda marcou um quarto lugar nos Estados Unidos que lhe<br />
assegurou o título mundial e imediatamente abandonou a<br />
equipe, indo para a Brabham.<br />
Livre da presença obstrusiva de Lauda, Reutemann teve a<br />
equipe concentrada nele em 1978. Seu segundo piloto era<br />
um jovem canadense chamado Gilles Villeneuve, tão veloz<br />
e audacioso quanto inconstante e errático.<br />
Mas a enorme potência e elasticidade do motor Ferrari não<br />
era mais uma vantagem. Pelo contrário! Uma novidade<br />
técnica tornou o motor boxer obsoleto e, na verdade,<br />
indesejado: o efeito solo dos carros-asa.<br />
Por esse conceito, nas laterais eram montadas asas<br />
invertidas, de forma a provocar a expansão do ar e atuar<br />
como uma ventosa, grudando o carro na pista. O cabeçote<br />
do motor boxer ficava no caminho, impedindo a criação<br />
desse túnel.<br />
Mesmo vencendo pela terceira vez no Brasil e vencendo<br />
em Long Beach e na Inglaterra, a Ferrari não era páreo para<br />
as Lotus 78 de Mario Andretti e Ronnie Peterson, que<br />
venceram o Mundial como quiseram.<br />
Claro que Reutemann começou a reclamar do<br />
equipamento, dizendo que esse tipo de motor já não servia<br />
e que a Ferrari tinha que construir um carro asa se quisesse<br />
mantê-lo na equipe. Se tem uma coisa que você não deve<br />
fazer como piloto da Ferrari é reclamar das Ferrari!<br />
Prost aprendeu isso de forma amarga para ele...
Quando Reutemann deixou o motor morrer no grid do GP<br />
da Áustria e acabou desclassificado por ter sido empurrado,<br />
a situação explodiu de vez.<br />
Chamado de “Atormentado e atormentante” por Ferrari,<br />
Carlos Reutemann foi avisado que não teria seu contrato<br />
renovado com a equipe.<br />
Mas Reutemann não tinha ficado de braços cruzados. Com<br />
a batida e posterior falecimento de Ronnie Peterson em<br />
Monza, Reutemann se aproximou de Colin Chapman e logo<br />
selou um acordo com a Lotus, o carro que dominava a<br />
Fórmula 1.<br />
Como acontecera em 1976, novamente Reutemann<br />
assegurava um cockpit no carro dominante. Antes tinha<br />
sido a Ferrari, agora a Lotus. Suas chances de ser campeão<br />
se mantinha altas, quase de 50%!<br />
Bom...o que ninguém esperava é que a Lotus fosse batida<br />
em seu próprio jogo! Típico de Colin Chapman, assim que o<br />
Mk.79 se mostrou à frente da concorrência, Chapman<br />
desistiu dele e passou a pensar num carro ainda melhor.<br />
Com isso, nunca houve nenhum desenvolvimento do Mk.79<br />
ao longo do ano, e o carro acabou superado por novos<br />
desenhos de carros-asa, como o Ligier.<br />
Pior que isso: com novo pneus radiais da Michelin, a Ferrari<br />
se mostrou competitiva, e Villeneuve e Scheckter deeram<br />
as cartas na Fórmula 1 até que a Williams apresentou o seu<br />
carro-asa, o fenomenal FW-07.<br />
E a Lotus? Típicamente Colin Chapman, seu projeto<br />
seguinte a um vencedor sempre foi um fracasso... Lindo nas<br />
cores da Martini, o novo modelo Mk.80 não se mostrou<br />
nada competitivo! Chapman exagerou no efeito-solo, e o<br />
carro se arrastava na pista. Reutemann não marcou<br />
nenhum ponto com ele. Todos os seus pontos em 1979<br />
vieram do velho Mk.79, agora aposentado.<br />
Insatisfeito com o carro e com Chapman, que não lhe dava<br />
ouvidos quanto ao acerto do carro, Reutemann procurou<br />
novos ares.<br />
A Williams venceu cinco das sete corridas que o FW-07<br />
correu. Por alguma razão, contudo, eles se livraram de Clay<br />
Regazzoni, o piloto que lhes deu a primeira vitória depois<br />
de 20 anos de Fórmula 1, e lá foi Reutemann para a nova<br />
equipe dominante. Pelo menos desta vez a equipe<br />
continuou vencendo...mas se Reutemann achava que<br />
dominaria Alan Jones com facilidade, pela atitude<br />
bonachona do australiano, estava muito enganado!<br />
A equipe tinha sido construída em torno dele.<br />
A Williams era a equipe de Alan Jones, e de ninguém mais.<br />
A Lotus 80. Tão bela quanto lenta
Mônaco/1980 Bela vitória de Lole no Principado<br />
Começando 1980 por baixo, com duas quebras enquanto Jones vencia na abertura e fazia terceiro em seguida, Carlos<br />
Reutemann não teve outra coisa a fazer senão secundar o australiano na sua briga contra Nelson Piquet pelo título de<br />
1980. Uma bela vitória em Mônaco e três segundos lugares o deixaram em terceiro no Mundial a ajudaram a equipe a<br />
conquistar seu primeiro título de Construtores.<br />
Nesse meio tempo, Reutemann participou da etapa argentina do Mundial de Rally com um Fiat 131 e chegou na terceira<br />
posição, se tornando o primeiro piloto na história a marcar pontos na Fórmula 1 e no Mundial de Rally.<br />
No ano seguinte, Lole pensou que a situação se inverteria se ele estivesse à frente na pontuação. Ele ainda não tinha se<br />
dado conta que a equipe era por Jones. Ou tinha: quando deu combate a Jones na abertura do Mundial, em Long Beach,<br />
Reutemann recebeu ordens de ficar atrás de Jones e não incomodar. Mas El Lole sabia que esta seria sua última chance de<br />
ganhar um Mundial de Pilotos. Assim, ao vencer seu quarto GP do Brasil ignorando as ordens da equipe de deixar Jones<br />
passar, Reutemann selou seu destino na equipe e na Fórmula 1. Nem sequer um mecânico da equipe foi comemorar a<br />
vitória de Reutemann no pódio! Lole chegou em segundo na Argentina, e de novo não deixou Jones passar. Num ano em<br />
que os carros quebraram muito, Reutemann conseguiu chegar à etapa final liderando o Mundial, 1 ponto à frente de<br />
Nelson Piquet, e fez a pole-position. A Williams venceu a corrida de ponta a ponta. Mas foi a Williams de Jones.<br />
Com problemas no câmbio de seu carro, Reutemann foi caindo de posições, enquanto Piquet, que largara em quarto mas<br />
estava muito desidratado, ganhava posições e passara Reutemann. No final, Piquet terminou em quinto lugar, somou dois<br />
pontos, e passou Reutemann pelo título. El Lole chegou apenas em oitavo lugar.
O momento da decisão, Las Vegas 1981: Piquet se aproxima e vai ultrapassar a Williams de Reutemann..<br />
Jones se aposentou ao final de 1981, e Reutemann passou a ter Keke Rosberg por companheiro em 1982.<br />
Uma nova revolução técnica estava em curso, e desta vez era o motor turbo que passaria a ditar as regras na F-1. Alain<br />
Prost e René Arnoux dominaram as duas corridas iniciais do ano, e mesmo tendo conquistado um suado segundo lugar na<br />
abertura do Mundial em Kyalami, Reutemann sentiu que não teria mais chances de vencer um Mundial depois de enorme<br />
decepção da temporada anterior. Totalmente ignorado dentro de sua equipe e com todas as portas fechadas para ele em<br />
Brabham, Lotus e Ferrari, Carlos Reutemann decidiu que era hora de parar. Procurou Frank Williams e negociou sua<br />
imediata saída da equipe, no que foi atendido. Estava encerrada a carreira do homem que correu como principal piloto<br />
nas maiores equipes da Fórmula 1 e nunca ganhou um título mundial.<br />
Uma ironia final, com os acidentes de Viulleneuve na Bélgica e Pironi na Alemanha, e as constantes quebras dos turbos da<br />
Renault e da Brabham-BMW, o título mundial de 1982 acabou nas mãos de Rosberg, seu companheiro de equipe.<br />
Voltando à sua terra natal, o popular Carlos Reutemann foi eleito governador da província de Santa Fé, onde nasceu.<br />
Findo seu mandato, ele se elegeu congressista, e continuou no congresso argentino por muitos anos. Voltou a ser eleito<br />
governador em 1999 e depois concorreu a uma vaga no senado, que venceu e foi depois reeleito, ficando no cargo até o<br />
final de 2021.<br />
Acima, a placa da discórdia<br />
Por desobedecê-la, Lole perdeu o apoio na Williams<br />
Reutemann e sua esposa, Mimicha.
AS PISTAS DO MUNDIAL 2017
OUTUBRO / 2017<br />
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31<br />
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