Velozes F1 / R11 hungria

Pierre Levegh, o piloto que quase venceu Le
Mans pilotando sozinho por quase 22 horas
seguidas em 1952 (abandonou a poucos
minutos de garantir a vitória, com o
virabrequim quebrado) , não teve como evitar
o choque. Sua Mercedes subiu no pneu
traseiro esquerdo do carro de Macklin e subiu
alto, caindo de bico no chão e explodindo em
pedaços. O motor e toda a parte da frente do
carro foi arrancada e arremessada contra as
arquibancadas apinhadas de fãs.
Não bastasse o efeito dos impactos das peças
atiradas sobre o público a mais de 200 km/h,
que mataram cerca de 50 pessoas na hora, o
Mercedes 300SLR tinha seu chassis e outras
partes feitas em titânio, um metal que
explode e arde numa chama muito quente e
difícil de apagar. Levegh morreu no impacto.
Mike Hawthorn continuou na corrida. Antes
do acidente, ele vinha numa batalha titânica
contra a Mercedes de Fangio, se revezando
na liderança a na quebra do recorde de volta
a cada volta. Seu pesado Jaguar não era páreo
para as ágeis máquinas alemãs, mas seu braço
mais que compensava a diferença.
Talvez na pressa, ele tenha feito a desastrada
manobra de passar seu amigo de farras
Macklin antes de entrar nos boxes.
Agora em um distante terceiro lugar, Mike viu
a equipe Mercedes desistir da corrida em
respeito aos mortos no acidente, quando as
duas 300SLR lideravam em 1-2 com enorme
vantagem.
Os Mercedes 300 SLR eram dos mais sofisticados carros do mundo
naquele tempo. Note o #19, de Fangio, com o capô traseiro aberto
funcionando como um freio a ar! A tática da Jaguar era usar Hawthorn
como coelho, pois só ele tinha braço para disputar com Fangio e Moss,
fazendo os Mercedes forçarem até quebrar. Deu certo, do jeito errado...
O fotograma mostra Levegh alçndo vôo após bater no carro de Macklin
O Healey de Macklin depois do choque de Levegh