Como Criar o Cão Perfeito desde Filhotinho - Cesar Millan
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CONHEÇA OS FILHOTES<br />
Junior, Blizzard, Angel e Mr. President<br />
Quando primeiramente imaginei escrever um livro sobre a criação do cão perfeito, quis que<br />
ele tivesse um toque pessoal e passasse a ideia de praticidade. Em minha experiência, é mais<br />
fácil ensinar usando exemplos da reais. Já criei muitos cães na vida, mas quis me familiarizar<br />
de novo com todos os diferentes estágios da fase de filhote enquanto escrevia sobre eles, para<br />
estar completamente sintonizado com os comportamentos que descrevia. Para fazer isso,<br />
decidi criar quatro filhotes de raças diferentes — um pit bull, um retriever labrador, um<br />
buldogue inglês e um schnauzer miniatura — criando-os em minha casa com minha matilha,<br />
usando os meus princípios da psicologia canina. Quero mostrar para vocês, meus leitores,<br />
como criar filhotes do modo mais natural possível previne problemas e dificuldades, e evita a<br />
necessidade de intervenção no futuro. O meu objetivo não era reabilitar cães, mas sim criar<br />
cães equilibrados e mostrar aos donos como manter o equilíbrio natural que a Mãe Natureza já<br />
lhes deu. Portanto, eu queria escolher cães com certo nível inato de energia — o que chamo de<br />
“energia de nível médio”, o nível de energia perfeito com o qual até um dono inexperiente<br />
pode lidar. Falaremos mais sobre a escolha a partir da energia no próximo capítulo, mas<br />
guardem esse conceito em sua mente enquanto juntam-se a mim na aventura de conhecer os<br />
filhotes.<br />
Embora meu pit bull, Junior, já tenha aparecido no meu último livro, A Member of the<br />
Family [“Um membro da família”], ainda o considero o mais significativo dos quatro cães<br />
cuja fase de filhote relato aqui. Quando comecei a escrever este livro, Junior tinha pouco mais<br />
de um ano e meio, bem no meio de sua adolescência canina, que dura dos oito meses aos três<br />
anos. Desde o dia em que o trouxe para casa, as câmeras de O Encantador de Cães e meus<br />
próprios registros gravaram quase todos os dias do seu progresso, <strong>desde</strong> o cãozinho<br />
desajeitado até o adolescente enérgico e seguro, embora sereno, que ele é hoje. Há muitas<br />
lições maravilhosas da educação de Junior que estou empolgado para dividir com vocês aqui.<br />
Significou muito para mim adotar um filhote pit bull como exemplo, para estar ao meu lado<br />
enquanto trabalho para reabilitar cães instáveis. A má reputação que os pit bulls possuem é,<br />
no meu entender, um crime. Para início de conversa, os pit bulls são, em primeiro lugar, cães.<br />
Não são animais selvagens. São cães domésticos como qualquer outro cão doméstico.<br />
Obviamente, os pit bulls nem sempre são os cães certos para todas as famílias — mas, ao<br />
culpar os pit bulls como raça por todos aqueles acidentes horríveis que lemos nas notícias,<br />
esquecemos o fato básico de que nós humanos criamos as mesmíssimas características que<br />
condenamos neles, simplesmente para satisfazer às nossas próprias necessidades. Somos<br />
responsáveis por eles. Ao longo dos séculos, desenvolvemos geneticamente esses cães para<br />
ter mandíbulas fortes, uma resistência implacável e uma grande tolerância ao desconforto e à<br />
dor. Estes são os fatos puros e simples de seu DNA. Mas mesmo no mundo dos cães, DNA<br />
não é destino. Os pit bulls não nascem agressivos com cães ou com pessoas — nós os<br />
tornamos assim. Há centenas de milhares de pit bulls mofando em canis e em abrigos pelos