Como Criar o Cão Perfeito desde Filhotinho - Cesar Millan

04.08.2017 Views

da transgressão e terminar no momento em que o filhote relaxa e muda de comportamento. Aguardar até o comportamento terminar não faz sentido para um cão, porque o cão vive o momento. Causa e efeito não combinam na mente deles. Um toque firme é eficaz. Meia dúzia de pequenos empurrões ou beliscões ou puxões de orelha podem piorar a situação. Uma cadela mãe ou outro cão adulto também às vezes emite um rosnado grave esporadicamente, usando o som para exprimir discordância em relação ao comportamento do filhote. Basta a insinuação de um rosnado de Daddy para colocar Junior, Blizzard e Mr. President no modo “agradar Daddy” — ele inspira esse respeito de todos os seus “netos adotivos”. Como adolescente, Junior aprendeu a imitar esse rosnado e é assim que faz os filhotes mais jovens respeitarem o seu papel de “irmão mais velho”. Usando uma página desta seção do dicionário canino, aconselho os clientes a escolherem um som simples que seu cão associe à ideia de “não concordo com esse comportamento”. Escolha outro som que signifique “sim”, “vem”, ou “gosto desse comportamento”. Uso o som “shhh” para representar desagrado. Uso um som “de beijo” para representar uma ação positiva ou um chamado para me seguir ou prestar atenção em mim. O som específico que você escolher não tem a menor importância! (Não há mágica no som “shhh”.) É a energia assertiva e calma, bem como a intenção por trás do som que transmite a mensagem. Limite-se a ter certeza de que usa sempre o mesmo som simples toda vez. A hora certa do som é essencial. É melhor usá-lo logo quando um comportamento indesejável começa a se exacerbar. No caso de um som positivo, não o repita a menos que seu cão já esteja lhe mostrando o comportamento positivo que você deseja. Assim, o som reforça a ação. Não use o nome do cão para corrigi-lo. Como o som positivo, só use o seu nome quando ele estiver lhe mostrar o comportamento positivo. Há mais uma maneira pela qual os cães corrigem uns aos outros: ignorar. Se um comportamento indesejado continuar em um nível de expressão razoavelmente baixo — especialmente se for concebido para chamar atenção — ignorar pode ser um corretivo tão eficaz quanto um toque ou um som. Um irmão da mesma ninhada pode ignorar o outro se este começar a brincar de forma muito bruta. Se esse segundo ainda quiser brincar, deverá descobrir uma forma mais adequada para fazer com que o primeiro lhe dê o que ele quer. Da mesma forma, se o filhote pular em você quando você entra pela porta, bloqueá-lo e depois ignorá-lo afastando-se dele pode ser eficaz, se os pulos ainda não estiverem muito exagerados. A providência que você toma para corrigir um comportamento sempre deve ter o mesmo nível de intensidade do comportamento que a suscitou. O maravilhoso nos filhotes é que, se você supervisioná-los com atenção no início, nunca vai precisar deixar qualquer comportamento indesejado se exacerbar a ponto de exigir muita correção.

Redirecionamento e recompensa É bem simples bloquear ou corrigir um cão ou um filhote quando ele está cometendo um erro básico, mas isso apenas interrompe o comportamento, não o transforma. Em quase todas as situações, também temos que mostrar um comportamento alternativo. Por exemplo, se um cão estiver brincando de morder, encostar a mão como uma garra no pescoço dele pode corrigir o comportamento, mas um brinquedo mastigável o redireciona. Se um cão estiver tentando pular em algo, podemos nos intrometer fisicamente e bloquear o comportamento, mas se insistirmos para que ele sente após ter aceitado sua repreensão, redirecionamos a energia e oferecemos uma solução alternativa. Quando um filhote concorda em fazer aquilo da nossa maneira, podemos recompensá -lo e reforçar o bom comportamento com afagos, uma guloseima ou com um brinquedo, como a mãe cadela às vezes recompensa com lambidas e limpezas. Reforçar o bom comportamento com algo agradável é uma boa estratégia, mas a recompensa ou a afeição não são eficazes se não for oferecida após a mudança de atitude, quando o cão já está no estado de espírito ideal, submisso e calmo. A afeição sempre deve vir após exercícios e disciplina. No capítulo 7, falarei mais sobre como usar recompensas para nos comunicar com um cão e ajudar a condicionar seu comportamento.

da transgressão e terminar no momento em que o filhote relaxa e muda de comportamento.<br />

Aguardar até o comportamento terminar não faz sentido para um cão, porque o cão vive o<br />

momento. Causa e efeito não combinam na mente deles.<br />

Um toque firme é eficaz. Meia dúzia de pequenos empurrões ou beliscões ou puxões de<br />

orelha podem piorar a situação.<br />

Uma cadela mãe ou outro cão adulto também às vezes emite um rosnado grave<br />

esporadicamente, usando o som para exprimir discordância em relação ao comportamento do<br />

filhote. Basta a insinuação de um rosnado de Daddy para colocar Junior, Blizzard e Mr.<br />

President no modo “agradar Daddy” — ele inspira esse respeito de todos os seus “netos<br />

adotivos”. <strong>Como</strong> adolescente, Junior aprendeu a imitar esse rosnado e é assim que faz os<br />

filhotes mais jovens respeitarem o seu papel de “irmão mais velho”. Usando uma página desta<br />

seção do dicionário canino, aconselho os clientes a escolherem um som simples que seu cão<br />

associe à ideia de “não concordo com esse comportamento”. Escolha outro som que signifique<br />

“sim”, “vem”, ou “gosto desse comportamento”.<br />

Uso o som “shhh” para representar desagrado.<br />

Uso um som “de beijo” para representar uma ação positiva ou um chamado para me<br />

seguir ou prestar atenção em mim.<br />

O som específico que você escolher não tem a menor importância! (Não há mágica no<br />

som “shhh”.) É a energia assertiva e calma, bem como a intenção por trás do som que<br />

transmite a mensagem. Limite-se a ter certeza de que usa sempre o mesmo som simples<br />

toda vez.<br />

A hora certa do som é essencial. É melhor usá-lo logo quando um comportamento<br />

indesejável começa a se exacerbar. No caso de um som positivo, não o repita a menos<br />

que seu cão já esteja lhe mostrando o comportamento positivo que você deseja. Assim, o<br />

som reforça a ação.<br />

Não use o nome do cão para corrigi-lo. <strong>Como</strong> o som positivo, só use o seu nome quando<br />

ele estiver lhe mostrar o comportamento positivo.<br />

Há mais uma maneira pela qual os cães corrigem uns aos outros: ignorar. Se um<br />

comportamento indesejado continuar em um nível de expressão razoavelmente baixo —<br />

especialmente se for concebido para chamar atenção — ignorar pode ser um corretivo tão<br />

eficaz quanto um toque ou um som. Um irmão da mesma ninhada pode ignorar o outro se este<br />

começar a brincar de forma muito bruta. Se esse segundo ainda quiser brincar, deverá<br />

descobrir uma forma mais adequada para fazer com que o primeiro lhe dê o que ele quer. Da<br />

mesma forma, se o filhote pular em você quando você entra pela porta, bloqueá-lo e depois<br />

ignorá-lo afastando-se dele pode ser eficaz, se os pulos ainda não estiverem muito<br />

exagerados.<br />

A providência que você toma para corrigir um comportamento sempre deve ter o mesmo<br />

nível de intensidade do comportamento que a suscitou. O maravilhoso nos filhotes é que, se<br />

você supervisioná-los com atenção no início, nunca vai precisar deixar qualquer<br />

comportamento indesejado se exacerbar a ponto de exigir muita correção.

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