edição de 22 de maio de 2017
29 o Casarão por Gal Barradas* 52 anos com 52 novelas O espaço de cinco gerações Alisson Fernández Um casarão colonial localizado no norte do estado de São Paulo foi o cenário escolhido para contar a saga de cinco gerações de uma família entre os anos de 1900 e 1976. Com idas e vindas no tempo, a história central tinha como pano de fundo o romance de Carolina, personagem de Sandra Barsotti, e João Maciel, interpretado por Gracindo Jr., um talentoso artista plástico que não se conformava com o provincianismo da cidade de Sapucaí, onde foi ambientada a trama. O Casarão tinha sua abertura com a música Só Louco, de Dorival Caymmi, interpretada por Gal Costa. A novela abordou temas importantes e teve proibido na época, pela Censura Federal, o adultério feminino na história. Escrita pelo autor Lauro César Muniz, a trama inovou a linguagem das telenovelas ao apresentar atores diferentes vivendo os mesmos personagens em tempos distintos. Ela também foi marcada por uma curiosidade: no dia de seu lançamento, a Rede Globo recebeu telefonemas de telespectadores que sentiram dificuldade de compreender as inovações do enredo. Com isso, a emissora reprisou o primeiro capítulo, no mesmo dia, às 23h. *Gal Barradas é sócia-fundadora e coCEO da BETC São Paulo. Ela criou a arte acima com Daniel Schiavon (Head of Art da BETC) e Big Studios 80 22 de maio de 2017 - jornal propmark
30 o Clone por Renato Fernandez* 52 anos com 52 novelas Polêmica com muitos bordões Mariana Zirondi Cheia de polêmicas, bordões e modismos nas danças e moda da época, O Clone (2001) contou a história entre Jade (Giovanna Antonelli) e Lucas (Murilo Benício). Na trama, contextualizada no Marrocos e no Brasil, os protagonistas se apaixonaram, mas foram impedidos de viver esse amor por conta das tradições muçulmanas. Paralelo a isso, Diogo, irmão gêmeo de Lucas, sofre um acidente e morre nos primeiros capítulos da trama. O pai, Leônidas (Reginaldo Faria), fica abalado, compartilhando sua dor com o padrinho do rapaz, Albieri (Juca de Oliveira), um cientista que usa as células de Lucas na formação do embrião e insere em Deusa (Adriana Lessa), realizando a primeira clonagem de um ser humano, nascendo, assim, Léo. No final, Jade e Lucas ficam juntos, enquanto Léo e Albieri desaparecem nas dunas do deserto do Saara. Alguns bordões ficaram na “boca do povo” por muito tempo como, por exemplo, “Insh’Allah!”, de Khadija (Carla Dias), e “Cada mergulho é um flash”, de Odete (Mara Manzan). *Renato Fernandez é CCO (Chief Creative Officer) da TBWA/Chiat/Day em Los Angeles. Ele assina a arte de O Clone com Roberto Fernandez, seu irmão gêmeo, diretor de criação da Anomaly, também em Los Angeles jornal propmark - 22 de maio de 2017 81
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30 o Clone por Renato Fernan<strong>de</strong>z*<br />
52 anos com 52 novelas<br />
Polêmica com muitos bordões<br />
Mariana Zirondi<br />
Cheia <strong>de</strong> polêmicas, bordões e modismos<br />
nas danças e moda da época, O<br />
Clone (2001) contou a história entre Ja<strong>de</strong><br />
(Giovanna Antonelli) e Lucas (Murilo Benício).<br />
Na trama, contextualizada no Marrocos<br />
e no Brasil, os protagonistas se apaixonaram,<br />
mas foram impedidos <strong>de</strong> viver<br />
esse amor por conta das tradições muçulmanas.<br />
Paralelo a isso, Diogo, irmão gêmeo <strong>de</strong><br />
Lucas, sofre um aci<strong>de</strong>nte e morre nos primeiros<br />
capítulos da trama. O pai, Leônidas<br />
(Reginaldo Faria), fica abalado, compartilhando<br />
sua dor com o padrinho do rapaz,<br />
Albieri (Juca <strong>de</strong> Oliveira), um cientista que<br />
usa as células <strong>de</strong> Lucas na formação do embrião<br />
e insere em Deusa (Adriana Lessa),<br />
realizando a primeira clonagem <strong>de</strong> um ser<br />
humano, nascendo, assim, Léo.<br />
No final, Ja<strong>de</strong> e Lucas ficam juntos, enquanto<br />
Léo e Albieri <strong>de</strong>saparecem nas dunas<br />
do <strong>de</strong>serto do Saara. Alguns bordões<br />
ficaram na “boca do povo” por muito tempo<br />
como, por exemplo, “Insh’Allah!”, <strong>de</strong><br />
Khadija (Carla Dias), e “Cada mergulho é<br />
um flash”, <strong>de</strong> O<strong>de</strong>te (Mara Manzan).<br />
*Renato Fernan<strong>de</strong>z é CCO (Chief Creative Officer)<br />
da TBWA/Chiat/Day em Los Angeles. Ele assina a<br />
arte <strong>de</strong> O Clone com Roberto Fernan<strong>de</strong>z, seu irmão<br />
gêmeo, diretor <strong>de</strong> criação da Anomaly, também<br />
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