edição de 22 de maio de 2017

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agências Eugenio busca nova relevância com evento proprietário e pegada digital Greenk é o primeiro projeto e seu propósito é chamar a atenção das marcas para o descarte do e-lixo Fotos: Divulgação Paulo Macedo Com o declínio de negócios do mercado imobiliário, agências de comunicação especializadas nesse trade tiveram de, literalmente, se reiventar. Foi o que ocorreu com a Eugenio Publicidade. A agência chegou a ser listada entre as maiores do país, com o volume de trabalho realizado para clientes como Cyrella, Odebrecht Residencial e, por exemplo, Brooksfield. Nas palavras do empresário Maurício Eugenio, foi um momento de tsunami quase irreversível. A expertise em casa e construção tinha um peso tão grande na operação que Eugenio criou a Elite, uma empresa de vendas de imóveis com 1.500 corretores, e deixou o comando da agência por cerca de quatro anos. Retornou em 2013, no boom imobiliário, mas algum tempo depois passou a enfrentar a turbulência do setor. “Tive de buscar uma nova solução para o negócio prosseguir. Simplesmente o mercado parou. Precisamos buscar inspiração nas ideias que tivemos no passado, como compreender que há sete formatos familiares, do tradicional ao GLS, para produzir uma comunicação mais assertiva. Agora, foi a abertura para um olhar mais digital. Foi por esta razão que a Thaiza Eugenio assumiu o comando da agência para coordenar esse novo direcionamento estratégico. Não queremos ser especialistas em ferramentas wwwdigitais, mas entender a cabeça dos consumidores e como eles enxergam o produto imobiliário”, explica Eugenio. O processo disruptivo pelo viés digital não se aplica apenas à operação publicitária da agência. O live marketing é outro vetor que está na pauta de Eugenio. Ele criou o projeto Greenk Tech Show, uma combina- 126 22 de maio de 2017 - jornal propmark

ção semiótica das palavras green com geek. A primeira edição do evento será entre os dias 23 e 25 do próximo mês de junho, no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Para conceber o Greenk, Eugenio e seus sócios, Gustavo Damy e Gláucia Pelotta, uniram seus respectivos radares para formatar um produto cujo conceito central é a orientação do descarte do e-lixo. Na era dos devices multiconectados, não há um plano eficaz para recolher equipamentos recheados de chumbo, cádmio, lítio, mercúrio, carbono e belírio, além de vidro, plástico e metais preciosos, como a prata. O Japão vai produzir parte das medalhas olímpicas da Tóquio 2020 com o reaproveitamento desses materiais descartados pelos usuários. O Greenk terá patrocínio máster da Motorola, gigante das telecomunicações, que nutre esse tipo de preocupação em âmbito global. Nos três dias do evento, os usuários terão containers para jogar fora o que não tem mais usabilidade. O e-lixo também será moeda de troca na compra de ingressos. O desconto é de 50%. Em vários pontos da cidade de São Paulo serão instalados postos de coleta durante o Greenk. A ideia, como explica Eugenio, é torná-los permanentes. A Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo tem interesse no sucesso da iniciativa e empresta apoio ao evento. O Brasil é o segundo maior produtor de lixo eletrônico das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos. O ponto inicial de Eugenio para estruturar o evento foi a partir de observações pontuais. O insight veio de dentro da própria casa. Seu filho Bernardo, de 11 anos, é um geek assumido com vários monitores e teclados de uso simultâneo no seu quarto. No entanto, algo lhe chamou a atenção. “O apoio para seus pés era um computador velho, que não tinha mais uso funcional. Ele poderia ter simplesmente jogado o equipamento no lixo comum, mas encontrou um meio, por assim dizer, sustentável, para seu conforto. Foi aí que pensei: se os componentes internos dos computadores e celulares são tão nocivos ao meio ambiente, por que não criar uma forma O Greek vai ter a primeira corrida de Cosplay, gente que se fantasia com as roupas dos seus personagens preferidos para performar “se os componentes internos dos celulares são tão nocivos ao meio ambiente, por que não criar uma forma capaz de receber o e-lixo? foi assim que nasceu o Greenk” capaz de receber o e-lixo? Foi assim que nasceu o Greenk”, detalha Eugenio. Para ter a compreensão exata do comportamento geek e, consequentemente, montar o arcabouço ambiental e mercadológico do projeto, Eugenio marcou presença na Brasil Game Show, Anime Friends, Tech Week, Comic Con e Campus Party. “Esses eventos são lotados. E a linha de interesse envolve o ambiente geek, mas descobri que esse público é bem consciente. O Greenk é o primeiro evento proprietário da Eugenio e ele contempla muito do que vi. Vamos ter a primeira corrida de Cosplay e uma de drones”, argumenta Eugenio, querendo dizer que todas as tribos da era tecnológica e digital estão contempladas. “Os espaços serão variados, inclusive para educação. Robótica, programação e produção já estão no currículo de muitas escolas”, finaliza. O empresário e publicitário Maurício Eugenio está à frente do projeto que ativa o digital da sua agência, além de buscar o live marketing jornal propmark - 22 de maio de 2017 127

agências<br />

Eugenio busca nova relevância com<br />

evento proprietário e pegada digital<br />

Greenk é o<br />

primeiro projeto<br />

e seu propósito é<br />

chamar a atenção<br />

das marcas para o<br />

<strong>de</strong>scarte do e-lixo<br />

Fotos: Divulgação<br />

Paulo Macedo<br />

Com o <strong>de</strong>clínio <strong>de</strong> negócios do mercado<br />

imobiliário, agências <strong>de</strong> comunicação<br />

especializadas nesse tra<strong>de</strong><br />

tiveram <strong>de</strong>, literalmente, se reiventar.<br />

Foi o que ocorreu com a Eugenio<br />

Publicida<strong>de</strong>. A agência chegou a ser<br />

listada entre as <strong>maio</strong>res do país, com<br />

o volume <strong>de</strong> trabalho realizado para<br />

clientes como Cyrella, O<strong>de</strong>brecht Resi<strong>de</strong>ncial<br />

e, por exemplo, Brooksfield.<br />

Nas palavras do empresário Maurício<br />

Eugenio, foi um momento <strong>de</strong> tsunami<br />

quase irreversível. A expertise<br />

em casa e construção tinha um peso<br />

tão gran<strong>de</strong> na operação que Eugenio<br />

criou a Elite, uma empresa <strong>de</strong> vendas<br />

<strong>de</strong> imóveis com 1.500 corretores, e<br />

<strong>de</strong>ixou o comando da agência por cerca<br />

<strong>de</strong> quatro anos. Retornou em 2013,<br />

no boom imobiliário, mas algum tempo<br />

<strong>de</strong>pois passou a enfrentar a turbulência<br />

do setor.<br />

“Tive <strong>de</strong> buscar uma nova solução<br />

para o negócio prosseguir. Simplesmente<br />

o mercado parou. Precisamos<br />

buscar inspiração nas i<strong>de</strong>ias<br />

que tivemos no passado, como<br />

compreen<strong>de</strong>r que há sete formatos<br />

familiares, do tradicional ao GLS,<br />

para produzir uma comunicação<br />

mais assertiva. Agora, foi a abertura<br />

para um olhar mais digital. Foi por<br />

esta razão que a Thaiza Eugenio assumiu<br />

o comando da agência para<br />

coor<strong>de</strong>nar esse novo direcionamento<br />

estratégico. Não queremos ser especialistas<br />

em ferramentas wwwdigitais,<br />

mas enten<strong>de</strong>r a cabeça dos<br />

consumidores e como eles enxergam<br />

o produto imobiliário”, explica<br />

Eugenio.<br />

O processo disruptivo pelo viés<br />

digital não se aplica apenas à operação<br />

publicitária da agência. O live<br />

marketing é outro vetor que está na<br />

pauta <strong>de</strong> Eugenio. Ele criou o projeto<br />

Greenk Tech Show, uma combina-<br />

126 <strong>22</strong> <strong>de</strong> <strong>maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2017</strong> - jornal propmark

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