13.07.2017 Views

livro RS 2030

O projeto RS 2030 se estruturou a partir de dois fóruns de troca de ideias, e registro de sugestões e reflexões - as Perspectivas Regionais e Perspectivas Temáticas. Nos encontros regionais, cada região e cidade por meio de seus gestores, lideranças locais e comunidade puderam expressar abertamente suas opiniões e demandas, trazendo direta e indiretamente uma visão de prioridade para o Estado.

O projeto RS 2030 se estruturou a partir de dois fóruns de troca de
ideias, e registro de sugestões e reflexões - as Perspectivas Regionais e
Perspectivas Temáticas. Nos encontros regionais, cada região e cidade
por meio de seus gestores, lideranças locais e comunidade puderam expressar
abertamente suas opiniões e demandas, trazendo direta e indiretamente
uma visão de prioridade para o Estado.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Orçamento do Estado/PIB*<br />

SP<br />

10,2%<br />

uma situação estrutural: a dificuldade em implementar e coordenar essa<br />

renovação institucional em um ambiente democrático e plural, e em engajar<br />

os atores políticos e econômicos nesse esforço.<br />

PR<br />

SC<br />

9,9%<br />

14,8%<br />

Menor capacidade de investimento estadual do Brasil<br />

precisa ser revertida<br />

6,47<br />

RJ<br />

<strong>RS</strong><br />

Fonte: Orçamento dos Estados, IBGE e FEE (2016).<br />

Obs. PIB SC, PR, SP estimados com valores atualizados da base 2014 (último dado IBGE)<br />

Na comparação com os outros Estados da Região Sul, Santa Catarina<br />

e Paraná, e também com Rio de Janeiro e São Paulo, o <strong>RS</strong> tem uma taxa<br />

de orçamento do Estado/PIB significativamente mais alta. Ou seja, proporcionalmente<br />

o estado do Rio Grande do Sul dispende R$ 1,00 a cada<br />

R$ 6,47 produzido pelo Estado, enquanto que no Paraná essa relação é<br />

de R$ 1,00/6,77, e em Santa Catarina ela chega a R$ 1,00/10,15. Se tomarmos<br />

como exemplo São Paulo, o maior estado da Federação, a sua<br />

relação também é acima de 1/9, assim como o Rio de Janeiro, um estado<br />

com recentes problemas financeiros graves, como o <strong>RS</strong>, porém em situação<br />

quantitativa menos comprometida.<br />

Gráfico Comparativo<br />

Orçamento do Estado do <strong>RS</strong> consome 1,00 a cada R$ 6,47 produzidos no Estado<br />

10,15<br />

6,77<br />

9,84<br />

10,6%<br />

9,42<br />

15,5%<br />

Em termos de produtividade e desenvolvimento socioeconômico, a<br />

variável mais perversa é a quase aniquilação da capacidade de investimentos<br />

do governo do Estado. Em termos estratégicos, de todas as variáveis<br />

de recuperação financeira, a volta da capacidade de investir por<br />

parte do Estado ou por parcerias proporcionadas pelo Estado é a principal<br />

prioridade.<br />

A quase aniquilação da capacidade de investimento do governo do<br />

Estado é possivelmente a mais comprometedora variável à produtividade<br />

e desenvolvimento socioeconômico dos anos que virão. Estrategicamente,<br />

a recuperação da capacidade de investir do Estado, diretamente<br />

ou por meio de parcerias, é o resultado financeiro mais importante.<br />

Investimentos como % da Receita Corrente Líquida -<br />

Governo do Estado 2016<br />

Média Brasil<br />

SP<br />

PR<br />

SC<br />

<strong>RS</strong><br />

1,8%<br />

4,0%<br />

5,0%<br />

5,3%<br />

8,0%<br />

Fonte: Relatório FIRJAN 2017<br />

<strong>RS</strong> SC PR SP RJ<br />

Investimentos do Governo do Estado como % do PIB<br />

2016<br />

1,84%<br />

Pode-se afirmar sem exagero, portanto, que o estado do <strong>RS</strong> possui<br />

uma das piores proporções “despesa-performance” em termos de tamanho<br />

de Estado/tamanho da economia no Brasil.<br />

0,25%<br />

0,62%<br />

0,55%<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30<br />

Essa proporção se deve a vários fatores que vão além da simplicidade<br />

de uma forte convicção em uma estrutura de Estado abrangente e refratária<br />

a reformas, ou a uma simples escolha estratégica em apostar em um<br />

“Estado de bem-estar social” ou “Estado indutor” em décadas passadas.<br />

A situação atual do estado do Rio Grande do Sul é explicada por um<br />

estado permanente de “crise” financeira que se coloca desde o final da<br />

década de 1970, junto a um dilema de execução de como inserir a economia<br />

do Estado nas eras pós-industrial e de globalização.<br />

Exatamente por isso que se chega, após vários diagnósticos, depoimentos,<br />

tentativas e pelas próprias recomendações das perspectivas temáticas<br />

do <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>, a uma das razões do <strong>RS</strong> persistir no agravamento de<br />

<strong>RS</strong> SC PR SP<br />

Fonte: Estimativa Coordenação Técnica <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> sobre dados FIRJAN, Orçamentos dos Estados<br />

e IBGE.<br />

Se for considerado o nível de investimento ajustado à proporção da<br />

economia, temos uma medida exata desse impacto. Enquanto o Estado<br />

do <strong>RS</strong> investe apenas R$ 1,00 para cada R$ 397,47 produzidos por sua<br />

economia, Santa Catarina investe R$ 1,00 a cada R$ 161,41 produzidos.<br />

A primeira Linha Convergente identificada como prioridade pelo Projeto<br />

<strong>RS</strong> <strong>2030</strong> para o <strong>RS</strong> é exatamente INOVAR E REFORMAR AS INSTITUI-<br />

ÇÕES. Essa abrange as seguintes estratégias:<br />

44 45<br />

<strong>RS</strong><br />

20<br />

30

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!