livro RS 2030
O projeto RS 2030 se estruturou a partir de dois fóruns de troca de ideias, e registro de sugestões e reflexões - as Perspectivas Regionais e Perspectivas Temáticas. Nos encontros regionais, cada região e cidade por meio de seus gestores, lideranças locais e comunidade puderam expressar abertamente suas opiniões e demandas, trazendo direta e indiretamente uma visão de prioridade para o Estado.
O projeto RS 2030 se estruturou a partir de dois fóruns de troca de
ideias, e registro de sugestões e reflexões - as Perspectivas Regionais e
Perspectivas Temáticas. Nos encontros regionais, cada região e cidade
por meio de seus gestores, lideranças locais e comunidade puderam expressar
abertamente suas opiniões e demandas, trazendo direta e indiretamente
uma visão de prioridade para o Estado.
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Linha Convergente<br />
1. Inovar e Reformar as<br />
Instituições<br />
2. Conectar e Integrar<br />
Regiões e Territórios<br />
3. Impulsionar a Resiliência<br />
4. Mudar Pensamento<br />
e Comportamento<br />
Linhas Convergentes x Princípios x Blocos de<br />
Estratégias para o Estado<br />
Princípio<br />
A renovação institucional se apropria<br />
dos avanços das últimas três<br />
décadas em organização do Estado,<br />
legislação e regulação para gerar<br />
mais eficiência à economia e na<br />
alocação dos recursos públicos.<br />
Desencadear o processo de execução<br />
de interligações físicas e de redes<br />
prioritárias, reduzindo o déficit<br />
de infraestrutura e melhorando as<br />
condições internas de integração<br />
do Estado, com o Brasil e Exterior.<br />
Manter o arranjo social, econômico<br />
e cultural que estruturou e formou<br />
o Estado, os sistemas de saúde e<br />
segurança em funcionamento, preparando-se<br />
melhor para mudanças<br />
e assegurando qualidade de vida à<br />
população e sustentabilidade social,<br />
econômica (nas atividades tradicionais)<br />
e ambiental.<br />
Criar condições sociais e culturais<br />
para um novo momento dinâmico<br />
do <strong>RS</strong>, a partir de uma mudança<br />
de pensamento e comportamento<br />
mais empreendedor, engajado,<br />
conectado e incorporado a novas<br />
tendências. Tornar o <strong>RS</strong>, até <strong>2030</strong>, o<br />
estado mais inovador do Brasil.<br />
Blocos de Estratégias<br />
Reestruturação financeira, de gestão<br />
e da estrutura de responsabilidades.<br />
Estímulo ao reequilíbrio econômico,<br />
polos de desenvolvimento e<br />
sistemas de produção.<br />
Governança regional coordenada<br />
e avanços na relação federativa.<br />
Desenvolvimento da infraestrutura<br />
logística intermodal.<br />
Garantia de energia elétrica de<br />
qualidade, de fontes diversificadas;<br />
assegurar conectividade e comunicações<br />
para todo o Estado.<br />
Oferta de saúde resolutiva com<br />
cobertura em todo o Estado.<br />
Coordenação das ações em segurança<br />
pública.<br />
Programa de estímulo ao empreendedorismo<br />
rural.<br />
Nova política e organização ambiental<br />
e social.<br />
Educação de qualidade com estruturação<br />
de modelo de regime de<br />
colaboração<br />
Estímulo à inovação, criatividade e<br />
empreendedorismo.<br />
Aumento do Acesso Tecnológico e<br />
Internacionalização.<br />
Comunidades Sustentáveis e Novas<br />
Lideranças.<br />
A configuração da estratégia a partir de linhas, e não a partir de uma estrutura<br />
temática tradicional, é resultante de duas condicionantes, vastamente<br />
documentadas por diagnósticos e através das próprias prioridades regionais<br />
e temáticas identificadas no processo do <strong>RS</strong> <strong>2030</strong>: em primeiro lugar, o processo<br />
de execução das estratégias é limitado pela escassez de recursos e tempo;<br />
em segundo lugar, sua execução somente é possível a partir de um processo<br />
coordenado entre Governo Estadual, governos municipais, iniciativa privada<br />
e a União a partir de uma pactuação em torno de princípios mínimos e comuns.<br />
Por essa razão, o <strong>RS</strong> <strong>2030</strong> parte da premissa da participação primordial<br />
dos agentes políticos no apontamento das prioridades.<br />
Ao se “destravar” vetores representados pelas linhas convergentes e seus<br />
investimentos prioritários, se cria condição para melhoria gradual e inovações<br />
em todas as áreas temáticas.<br />
Linha Convergente 1<br />
Inovar e Reformar as Instituições<br />
A inovação institucional é uma forma da sociedade reciclar a sua forma<br />
de organização de modo a absorver as atualizações temáticas e possibilitar<br />
a atração de novos fluxos financeiros, de conhecimento ou pessoas<br />
com base em evoluções na regulação e organização do Estado e da<br />
forma como este se relaciona com a sociedade e a iniciativa privada.<br />
No caso do Rio Grande do Sul, a sua organização institucional data de<br />
arranjos que variam da década de 1920 até meados dos anos 1980, com<br />
poucos adendos de evolução institucional desde então. As principais<br />
evoluções institucionais do Rio Grande do Sul foram de ordem deliberativa,<br />
e não de configuração executiva. As parcerias público-privadas,<br />
organizações com maior agilidade, consórcios, além de uma reconfiguração<br />
funcional foram raramente propostas na história do Estado, mesmo<br />
diante de um quadro permanente de crise financeira desde o final<br />
dos anos 1970.<br />
Sem dúvida a prioridade é desmontar a equação negativa do efeito<br />
retroalimentante de um Estado financeiramente inviável contaminando<br />
a economia com fragilidade; e uma economia fragilizada não tendo mais<br />
condição de sustentar os custos crescentes de uma estrutura forjada<br />
para outras proporções. Esse processo se realimentou e continua a se<br />
realimentar com intensidade nos últimos 40 anos, e precisa ser prioritariamente<br />
desativado.<br />
Estado mais<br />
inviável<br />
Economia<br />
mais frágil<br />
E a receita para gradativamente se desativar essa relação é a inovação<br />
institucional com reforma do Estado a partir de bases pactuadas.<br />
O Rio Grande do Sul é hoje o estado da União com pior situação financeira,<br />
de acordo com o ranking da FIRJAN (2016). Talvez não o seja do<br />
ponto de vista organizacional, mas está no grupo dos mais atrasados. O<br />
tamanho do Estado em proporção à sua economia é o maior do Brasil,<br />
junto com o estado de Minas Gerais.<br />
Analisando o orçamento do estado do Rio Grande do Sul do ano de<br />
2017, esse é de R$ 63,4 bilhões. Ou seja, 15,5% do PIB do Estado se considerarmos<br />
o PIB de 2016 do Estado ca lculado pela Fundação de Economia<br />
e Estatística (R$ 410,3 bilhões).<br />
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