livro RS 2030

Mensagem da Coordenação Técnica
Uma consideração importante no contexto de planejamento do “RS
2030: O Nosso Futuro em Debate” foi a concepção adotada pela Famurs
para o projeto. O esforço principal pensado desde o início do projeto
foi de democratizar o processo de coleta de informações para que este
acontecesse fundamentalmente de forma aberta, participativa e inclusiva,
impulsionado por um debate positivo, transparente e um intercâmbio
de conhecimento e experiências que trouxesse a perspectiva e o entendimento
dos prefeitos sobre o desenvolvimento do Estado, mas que
também envolvesse governos, instituições educacionais, organizações
comunitárias e a sociedade civil.
O projeto RS 2030 se estruturou a partir de dois fóruns de troca de
ideias, e registro de sugestões e reflexões - as Perspectivas Regionais e
Perspectivas Temáticas. Nos encontros regionais, cada região e cidade
por meio de seus gestores, lideranças locais e comunidade puderam expressar
abertamente suas opiniões e demandas, trazendo direta e indiretamente
uma visão de prioridade para o Estado.
A fim de complementar o amplo escopo e tópicos que foram apresentados
nas Perspectivas Regionais como um grande laboratório de pensamento
sobre o Estado, as reuniões das Perspectivas Temáticas trouxeram
especialistas para debater e se concentrar em um foco mais específico
de questões-chave sobre temas como Infraestrutura, Desenvolvimento
Econômico, Gestão e Finanças, Demografia, Segurança, Saúde e Educação,
sendo uma grande oportunidade para explorar novas ideias,
abordagens diferentes e inovadoras com mais profundidade e detalhe,
surgindo a partir daí recomendações práticas em relação a temas importantes
e possibilidades de políticas público-privadas para o Estado.
Neste documento se é capaz de obter uma imagem abrangente do
que foi debatido e, portanto, definir mais claramente uma visão compartilhada
até 2030. Em outras palavras, ao sabermos onde estamos, podemos
determinar onde precisamos ir e como podemos chegar lá. O que
se espera? Um Estado que facilite as condições para uma expressão humana
vibrante, com conhecimento, interação e governança? Um Estado
que se comprometa com uma gestão responsável de seus recursos e de
seu futuro?
Traçar um caminho para o futuro do Rio Grande do Sul e suas cidades
é uma perspectiva desafiadora, considerando que são ecossistemas
complexos, espaços compartilhados para que cada um de nós possa encontrar
o nosso próprio caminho. Este documento reflete um trabalho
realizado com o princípio da estreita colaboração.
Nossa tarefa foi encorajar a proposição de ações e assegurar que este
documento reflita uma expressão autêntica das ideias, preocupações
e aspirações coletivas para o futuro do Estado. Nosso objetivo foi fazer
uma análise cruzada de todas as contribuições para identificar resultados
factíveis e exequíveis até 2030 e que possibilitassem criar convergência
em torno de mudanças e evoluções sustentáveis e implementáveis no
contexto atual e futuro do Estado.
Muitos dos convidados aceitaram o convite de participar e construir
um debate com amplitude e diversidade. Este documento resume o
resultado de um processo de consulta durante dois anos. A opção de
formulação pela objetividade visa preservar ao máximo a fidelidade aos
pontos de vista exprimidos, ao mesmo tempo em que se tem um documento
voltado à ação prática e atuação convergente de governos e
organizações do setor privado em torno de causas comuns e prementes,
bem como pontos escaláveis e práticos de estratégia de ação como resultado
final.
Acreditamos e valorizamos os vários esforços de diagnóstico que precederam
este projeto e continuam a ser realizados no Rio Grande do Sul.
Sem o legado de inúmeros estudos sobre o desenvolvimento do Estado
seria impossível termos a massa crítica e o grau de envolvimento em torno
de questões fundamentais que temos hoje. A visão de coordenação
regional deve-se, em boa parte, aos diagnósticos e atuação dos CORE-
DEs, em muitas regiões com um alto grau de envolvimento. A evolução
do debate na sociedade tem seu crédito em boa parte pelo esforço de
iniciativas como a Agenda 2020, assim como o levantamento de informações,
e análise de projetos governamentais como a Agenda 2030 de
Desenvolvimento Territorial do governo do Estado, e anteriormente projetos
como o Rumos 2015, parte de um movimento de “reformar o Rio
Grande” que começou a se expressar em termos de formulação com o
Plano Sayad, de 1988/1989.
Esperamos, dessa forma, contribuir para que o estado do Rio Grande
do Sul construa uma trajetória diversa de décadas anteriores. Que 2017 a
2030 seja um período de evolução, convergência e prosperidade.
Gustavo Grisa
Coordenador Técnico
Renata de Carvalho Rodrigues
Gestora e Editora de Conteúdo
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