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Cópia de LIVRO PIBID PROCESSO DE CRIAÇÃO

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<strong>PIBID</strong> Artes USP<br />

Escola <strong>de</strong> Aplicação


<strong>PIBID</strong> USP – ESCOLA <strong>DE</strong> APLICAÇÃO<br />

• TEXTO <strong>DE</strong> APRESENTAÇÃO DO<br />

PROJETO 1 - DÁLIA


<strong>PIBID</strong> USP – ESCOLA <strong>DE</strong> APLICAÇÃO<br />

• TEXTO <strong>DE</strong> APRESENTAÇÃO DO<br />

PROJETO 2 – ADRIANA E MC


PROPOSTAS <strong>DE</strong>SENVOLVIDAS<br />

• TEXTO INTRODUTÓRIO


• Sub Projeto <strong>PIBID</strong> Artes objetiva a pesquisa e<br />

experimentação da prática interdisciplinar e<br />

transdisciplinar direcionada para formação <strong>de</strong><br />

professores das Licenciaturas em Artes Plásticas,<br />

Artes Cênicas, Música e Educomunicação.<br />

• Visa sobretudo uma aproximação entre a<br />

Universida<strong>de</strong> e o Ensino Público buscando<br />

diálogos formativos no sistema educacional<br />

brasileiro por meio <strong>de</strong> um processo dinâmico e<br />

coletivo entre docentes da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo, estudantes dos cursos <strong>de</strong> Licenciatura e<br />

professores re<strong>de</strong> estadual e municipal.


Primeiros contatos com a inter e a<br />

transdisciplinarida<strong>de</strong><br />

Neste primeiro período o grupo<br />

vivenciou a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

introdução aos princípios<br />

regentes <strong>de</strong> uma prática inter e<br />

transdisciplinar:<br />

• estudo <strong>de</strong> documentos<br />

• participação nas reuniões<br />

semanais <strong>de</strong> trabalho que<br />

reúne bolsistas, supervisores<br />

e coor<strong>de</strong>nador<br />

• exercício <strong>de</strong> trabalho<br />

dialógico entre as áreas<br />

envolvidas.


A Interdisciplinarida<strong>de</strong>:<br />

Segundo Richter[1] “o prefixo<br />

“inter” vai indicar a inter-relação<br />

entre duas<br />

ou mais disciplinas, sem que<br />

nenhuma se sobressaia sobre as<br />

outras,<br />

mas que se estabeleça uma<br />

relação <strong>de</strong> reciprocida<strong>de</strong> e<br />

colaboração,<br />

com o <strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong><br />

fronteiras entre as áreas do<br />

conhecimento.<br />

[1]RICHITER, Ivone Men<strong>de</strong>s. In BARBOSA, Ana Mae.<br />

Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. São<br />

Paulo: Cortez, 2008.


A transdisciplinarida<strong>de</strong> diz<br />

respeito àquilo que está<br />

entre as disciplinas e suas<br />

linguagens, através das<br />

disciplinas e suas linguagens<br />

e além <strong>de</strong> qualquer disciplina<br />

ou linguagem.<br />

A Transdisciplinarida<strong>de</strong><br />

A transdisciplinarida<strong>de</strong> é uma<br />

teoria do conhecimento alicerçada<br />

no diálogo entre diferentes áreas<br />

do saber.


Principais ações realizadas:<br />

• Reuniões <strong>de</strong><br />

aprofundamento<br />

pedagógico;<br />

• criação <strong>de</strong> planejamentos;<br />

• Estudos teóricos;<br />

• Observação Ativa para<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />

diagnóstico escolar;<br />

• Regência compartilhada<br />

com supervisores no turno;<br />

• Realização <strong>de</strong> ações<br />

educativas tais como<br />

oficinas <strong>de</strong> contra turno;<br />

• participação em eventos,<br />

• práticas artísticopedagógicas;


2013


Escola <strong>de</strong> Aplicação da USP<br />

ARTIGO 1º<br />

A Escola <strong>de</strong> Aplicação é<br />

unida<strong>de</strong> da estrutura da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, e<br />

constitui instância<br />

complementar para o ensino, a<br />

pesquisa e a extensão<br />

universitária.


Necessida<strong>de</strong>s da EA<br />

trazidas pelos<br />

supervisores:<br />

Reconstrução dos espaços<br />

físicos da escola;<br />

Incentivo ao engajamento<br />

consciente dos alunos nas<br />

discussões sobre questões e<br />

projetos da escola.


A Semana da Escuta<br />

Tendo como propósito o<br />

fortalecimento do sentimento<br />

<strong>de</strong> pertencimento e o<br />

levantamento da história da<br />

Escola <strong>de</strong> Aplicação, optamos<br />

por fazer a Semana da Escuta.<br />

Durante uma semana, fizemos<br />

intervenções artísticas que<br />

provocassem os alunos a<br />

lembrarem histórias <strong>de</strong> suas<br />

vivências, vonta<strong>de</strong> e críticas.


Visita a Escola <strong>de</strong> Aplicação<br />

conhecer os lugares e as<br />

pessoas. Registrar as primeiras<br />

impressões


Produção <strong>de</strong> cartazes<br />

para interferir no espaço<br />

escolar<br />

Semana da Escuta:<br />

provocar novos olhares para o<br />

espaço escolar


As bolsistas contam suas histórias e<br />

convidam os alunos a contar as suas ao<br />

“orelhão”.


Se aproximar dos<br />

estudantes da Escola <strong>de</strong><br />

Aplicação e conversar<br />

com eles sobre seus<br />

sonhos e vonta<strong>de</strong>s


Propostas artísticas no espaço:<br />

convite para olhar e percorrer a<br />

escola <strong>de</strong> outra forma


Análise dos dados <strong>de</strong> forma rigorosa e sensível.<br />

Organização <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong> intervenção artístico -pedagógica<br />

na Escola <strong>de</strong> Aplicação


Semana<br />

da<br />

Escuta<br />

Confecção<br />

<strong>de</strong> cartazes


Os cartazes<br />

foram fixados<br />

em diversas<br />

partes da<br />

escola, com<br />

estórias e<br />

frases<br />

provocativas.


Os projetos <strong>de</strong>senvolvidos


Mostra Cultural<br />

Oficina<br />

Escrita<br />

Brincante


Depois <strong>de</strong> uma sequência <strong>de</strong> jogos teatrais os<br />

alunos produziram textos livres


Durante a Mostra<br />

Cultural usamos a<br />

escada como<br />

espaço interativo<br />

do <strong>PIBID</strong>-Artes.


Livros<br />

Brincantes


Os alunos foram<br />

apresentados<br />

para diversos<br />

livros diferentes.<br />

Eram compostos<br />

por espelhos,<br />

papeis vegetais,<br />

transparências,<br />

etc.


Então as<br />

crianças<br />

pu<strong>de</strong>ram<br />

produzir<br />

seus<br />

próprios<br />

livros.


Após essa etapa,<br />

pu<strong>de</strong>ram compartilhar<br />

suas i<strong>de</strong>ias e livros<br />

com a turma.


CORPOREIDA<strong>DE</strong>S


Apresentação e experimentação dos passos<br />

do côco


Apresentação e experimentação dos passos do côco<br />

e da ciranda no coletivo


Divisor: Lygia Pape<br />

Experiencia das crianças com<br />

“Divisor” – objeto performancerelacionado<br />

ao espaço escolar


Criação <strong>de</strong> várias possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> movimentação utilizando o Divisor


Interferência das crianças do<br />

3º. EF no divisor utilizando a<br />

pintura


Vista panorâmica do Divisor pintado pelas crianças


Os alunos do 3º. Ano EF apreciaram as pinturas e usaram o<br />

divisor pintado no espaço da escola


Experimentar diversos materiais:<br />

o cheiro, o barulho, a textura e<br />

buscar as memórias, sensações e<br />

histórias<br />

Anotar e <strong>de</strong>senhar as histórias,<br />

sensações e memórias


Descobrir novos livros, novos<br />

materiais e novas formas<br />

diferentes <strong>de</strong> ler


Ler e compartilhar as percepções<br />

Ampliar o repertório ,<br />

<strong>de</strong>scobrir novas formas<br />

<strong>de</strong> fazer e ler livros


Organizar-se em grupos,<br />

escolher os materiais para a<br />

criação <strong>de</strong> um livro diferente.<br />

Experimentar os materiais em<br />

busca do efeito <strong>de</strong>sejado


Livros produzidos pelos alunos com diferentes materiais e propostas


Compartilhar com os colegas o livro criado pelo grupo


Oficina <strong>de</strong> Estêncil Arte<br />

Aprendizagem <strong>de</strong> técnicas,<br />

produção e discussão <strong>de</strong> temas<br />

do cotidiano


Exposição <strong>PIBID</strong> na Mostra<br />

Cultural – transformação do<br />

espaço da escada e presença <strong>de</strong><br />

vestígios dos trabalhos<br />

<strong>de</strong>senvolvidos pelos bolsistas ao<br />

longo do ano <strong>de</strong> 3013


Exposição <strong>PIBID</strong> Arte na Mostra<br />

Cultural: exposição <strong>de</strong> trabalhos<br />

dos estudantes da Escola <strong>de</strong><br />

Aplicação e do teaser com fotos<br />

dos percursos artísticos<br />

propostos pelos bolsistas


Exposição <strong>PIBID</strong> na Mostra<br />

Cultural – fotos dos percursos<br />

criativos propostos pelos<br />

bolsistas<br />

Exposição <strong>PIBID</strong> na Mostra<br />

Cultural – espaço para<br />

contribuições e comentários<br />

dos visitantes


Explicações iniciais no círculo e organização <strong>de</strong> jogos teatrais


Alunos do 3º. Ano EF participando <strong>de</strong> Jogos relacionados aos<br />

movimentos do Maracatú Rural -– criação <strong>de</strong> frases <strong>de</strong> movimento<br />

com o bastão – personagem Caboclo <strong>de</strong> Lança


Alunos do 3º. Ano EF participando <strong>de</strong> Jogos relacionados aos<br />

movimentos do Maracatú Rural – criação <strong>de</strong> frases <strong>de</strong><br />

movimento com o bastão – personagem Porta Estandarte


Alunos do 3º. Ano EF participando <strong>de</strong> Jogos relacionados aos movimentos do<br />

Maracatú Rural – criação <strong>de</strong> frases <strong>de</strong> movimento com o bastão –<br />

personagem Porta Estandarte


Alunos do 3º. Ano EF participando <strong>de</strong> Jogos relacionados aos movimentos do<br />

Maracatú Rural – criação <strong>de</strong> frases <strong>de</strong> movimento com o bastão –<br />

personagem Caboclo <strong>de</strong> Lança


Oficina <strong>de</strong> HQ e Tirinhas – Desafio<br />

<strong>de</strong> criar uma narrativa visual,<br />

exercícios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho,<br />

discussões.


Oficina <strong>de</strong> HQ e Tirinhas -<br />

Ampliação <strong>de</strong> repertório no<br />

processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> uma<br />

narrativa visual


Oficina <strong>de</strong> HQ e Tirinhas - criação <strong>de</strong> uma interferência<br />

visual na escola como finalização dos trabalhos


Criar imagens corporais a<br />

partir dos elementos do<br />

poema Eu, etiqueta <strong>de</strong><br />

Carlos Drummond <strong>de</strong><br />

Andra<strong>de</strong>


Jogo teatral Parte <strong>de</strong> um todo – composição <strong>de</strong> partituras <strong>de</strong> movimento<br />

coletivas e percepção da ocupação do espaço da cena


Jogos <strong>de</strong> aquecimento:<br />

percepção <strong>de</strong> si e do outro e<br />

integração do grupo


Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aquecimento:<br />

percepção coletiva e ampliação<br />

<strong>de</strong> repertório gestual


As bolsistas dão as<br />

instruções para<br />

criação <strong>de</strong> cenas


Os alunos se reúnem em grupos e<br />

criam uma cena que dialogue com o<br />

tema consumismo, ensaiam e<br />

escrevem a dramaturgia da cena


Nas rodas <strong>de</strong> conversa<br />

eram discutidos os<br />

conceitos da linguagem<br />

teatral trabalhados nas<br />

cenas e nos jogos e a<br />

temática do<br />

consumismo.<br />

Ao final do processo os<br />

alunos escreveram uma<br />

avaliação.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

A Oficina <strong>de</strong> Tirinhas surgiu da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensinar sobre quadrinhos, <strong>de</strong> falar da<br />

linguagem dos quadrinhos. Os métodos da Oficina <strong>de</strong> Tirinhas surgiram quando entrei<br />

em contato com meu primeiro aluno, Henrique.<br />

Era um espaço on<strong>de</strong> contaríamos histórias, <strong>de</strong>senharíamos, e discutiríamos sobre<br />

diferentes formas <strong>de</strong> se contar uma história. Quando conheci Henrique, porém, essas<br />

i<strong>de</strong>ias mudaram.<br />

A princípio, eu estava preocupado em produzir quadrinhos, eu estava preocupado<br />

com o produto da oficina. Em função <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s e dificulda<strong>de</strong>s, Henrique<br />

<strong>de</strong>veria <strong>de</strong>senvolver outras habilida<strong>de</strong>s antes <strong>de</strong> produzir quadrinhos. Era necessário,<br />

primeiro, que ele se comunicasse melhor, antes <strong>de</strong> pensar em contar histórias.<br />

Ele <strong>de</strong>senhava muito bem, mas seu vocabulário e sua escrita eram muito pobres.<br />

Assim, o objetivo da oficina mudou. Eu iria usar a linguagem dos quadrinhos para<br />

<strong>de</strong>spertar, ou reforçar as habilida<strong>de</strong>s as quais ele não exercitava.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Nas primeiras aulas nós conversamos sobre o que ele gostava <strong>de</strong> ler, e eu<br />

falei sobre o que eu gostava <strong>de</strong> ler. Ele me mostrou seus <strong>de</strong>senhos:


Eu mostrei os meus:<br />

OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Acredito que ao trocarmos nossos <strong>de</strong>senhos, foi quando Henrique percebeu<br />

que tinhamos interesses em comum, e mais do que isso, percebeu que<br />

po<strong>de</strong>ria haver uma troca entre nós.<br />

Acredito que a partir<br />

<strong>de</strong>sse momento criamos<br />

uma ligação entre aluno<br />

e professor.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Um dos primeiros exercícios consistiu em produzir linhas do tempo.<br />

Henrique me contava sua história e procurávamos escrevê-la na forma <strong>de</strong><br />

tópicos em uma linha do tempo, para que a história assumisse um caráter<br />

linear.<br />

Queria fazer com ele enten<strong>de</strong>sse<br />

que é necessário que exista uma<br />

or<strong>de</strong>m nas informações, para que<br />

haja sentido no que comunicamos.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Outro exercício consistiu na confecção <strong>de</strong> um mapa. Se iríamos criar uma<br />

história em quadrinhos que se passava em um mundo criado por ele,<br />

precisaríamos <strong>de</strong> cenários, on<strong>de</strong> as ações ocorreriam. Assim, passamos a<br />

pensar na forma em que esses cenários teriam.<br />

Como seria esse mundo?


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Este foi um dos melhores exercícios, pois ali, Henrique passou a usar<br />

conhecimentos <strong>de</strong> diversas disciplinas, principalmente geografia, para criar<br />

as condições que permitissem o perfil geográfico do mundo que estava<br />

criando. Se criava uma área <strong>de</strong>sértica, era necessário que as áreas ao redor<br />

permitissem a existência do <strong>de</strong>serto. Se fosse uma floresta, a mesma coisa.<br />

Enquanto criava, Henrique aprendia.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

O mapa criado por Henrique era<br />

rudimentar, mas ainda assim,<br />

possuía as características<br />

necessárias.<br />

Acredito que essa forma <strong>de</strong> usar a<br />

linguagem dos Quadrinhos, foi,<br />

sem sombra <strong>de</strong> dúvida, o maior<br />

dos aprendizados que tive na<br />

oficina. Eu estava ensinando<br />

quadrinhos, mas ensinava algo a<br />

mais.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Ensinava a ele um<br />

caminho pelo qual era<br />

possível usar os<br />

conhecimentos das<br />

diferentes disciplinas da<br />

escola em uma ativida<strong>de</strong><br />

que para ele era<br />

prazerosa.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Com a chegada <strong>de</strong> Tatiana à oficina, e sua paixão por poesia, as ativida<strong>de</strong>s<br />

começaram a se diversificar. Henrique trabalhava em sua história em<br />

quadrinhos, enquanto eu procurava acrescentar elementos visuais as<br />

palavras <strong>de</strong> Tatiana. Queria que ela pensasse em como as suas<br />

palavras ganhariam<br />

outra intensida<strong>de</strong> se<br />

usasse tais elementos.<br />

Comecei com onomatopeias.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Ao se concentrar nessas características visuais que daria as palavras, Tatiana<br />

partiu <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias simples que passaram a trazer intensida<strong>de</strong>s diferentes as<br />

palavras.<br />

Esses elementos seriam usados em poesia.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Ambos passaram a usar diferentes habilida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>vido as diferentes<br />

aspirações, para produzir. Cada um ao seu modo.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Com a chegada do segundo semestre, a oficina ganhou novos alunos. Um<br />

<strong>de</strong>les é Carolina, que adora escrever, mas ao contrário <strong>de</strong> Tatiana, prefere<br />

prosa. E <strong>de</strong>senha muito bem.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Outro dos novos alunos é Cristopher, do terceiro ano do ensino médio.<br />

Ambos foram extremamente tímidos nos primeiros encontros, mas aos<br />

poucos todos eles foram se tornando uma turma.<br />

Passaram a ser<br />

companheiros<br />

constantes fora do<br />

ambiente da oficina.<br />

Passaram a ajudar uns aos<br />

outros em suas tarefas <strong>de</strong><br />

escola, mesmo estando<br />

em anos diferentes.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

A medida que criavam personagens para suas tirinhas, a medida que<br />

procurávamos “buracos” nas histórias em que líamos, eles foram se<br />

tornando cada vez mais confiantes <strong>de</strong> suas habilida<strong>de</strong>s interpretativas, mais<br />

confiantes em seu próprio discurso.<br />

Mais confiantes em sua própria<br />

produção.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Estavam criando vínculos entre eles, e um sentimento <strong>de</strong> pertencimento à<br />

escola que antes não tinham, talvez em função <strong>de</strong> sua timi<strong>de</strong>z e dificulda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> relacionamentos com os outros colegas <strong>de</strong> escola.<br />

Tudo isso os fortaleceu para<br />

a tarefa final da oficina, que<br />

consistia na criação <strong>de</strong> uma<br />

pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> tirinhas.<br />

Eles iriam expor seu trabalho<br />

Pintando uma das pare<strong>de</strong>s<br />

da escola. Uma pare<strong>de</strong> em<br />

que usariam as tirinhas para<br />

reforçar uma mensagem que<br />

sido <strong>de</strong>ixada por outra<br />

oficina, a <strong>de</strong> Estêncil.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Cada um tinha uma i<strong>de</strong>ia própria do que a mensagem dizia, e cada pensou<br />

na melhor forma <strong>de</strong> reforçar aquela mensagem com uma tirinha. Teria texto?<br />

Teriam balões <strong>de</strong> falas? Seria apenas uma sequência visual? Cada um <strong>de</strong>les<br />

procurou contar uma história que pu<strong>de</strong>sse ser introduzida na pare<strong>de</strong>.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Por fim, escolheram a que consi<strong>de</strong>raram melhor. E uma reunião com a<br />

direção da escola e a professora <strong>de</strong> Artes foi marcada para que o trabalho<br />

fosse aprovado ou não, e recebessem (ou não) a autorização para que<br />

pu<strong>de</strong>ssem pintar a pare<strong>de</strong>.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

A confiança, o sentimento <strong>de</strong> pertencimento, o sentimento <strong>de</strong> “turma”, que<br />

foram construídos entre eles, se fizeram presentes quando foram <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />

suas i<strong>de</strong>ias na reunião. Queriam sua pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> tirinhas. E conseguiram.<br />

Queriam <strong>de</strong>ixar uma marca em sua escola.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Assim, eles pintaram sua pare<strong>de</strong> tirinhas.


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS


OFICINA <strong>DE</strong> TIRINHAS<br />

Penso que a confiança que <strong>de</strong>monstraram ao fim dos trabalhos, o empenho<br />

pelo qual procuraram <strong>de</strong>ixar sua marca na escola, foram os gran<strong>de</strong>s<br />

resultados da oficina. Eles mudaram. Cresceram. E confesso que isso me<br />

<strong>de</strong>ixou orgulhoso. De repente eu me senti um professor.


2014


Oficina gênero e fotografia<br />

Alguns registros do trabalho realizado junto com<br />

a Mariana Chirico com os alunos do oitavo ano ao<br />

longo do primeiro semestre<br />

Lucas Cirillo Sampaio Cruz


Metodologia e objetivos da oficina<br />

• Para tal fim,<br />

partimos do tema<br />

família e <strong>de</strong> algumas<br />

fotos que retratam<br />

esses temas e a<br />

partir <strong>de</strong> uma série<br />

<strong>de</strong> jogos, solicitamos<br />

aos alunos que<br />

elaborassem cenas<br />

utilizando as<br />

imagens como<br />

disparador<br />

• A partir da<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

investigar a relação<br />

entre alunos e<br />

alunas da sala<br />

(clube do bolinha e<br />

da Luluzinha)<br />

buscamos elaborar<br />

um caminho <strong>de</strong><br />

levantar as<br />

questões <strong>de</strong> gênero


Imagens disparadoras


Mais imagens disparadoras


Primeiros aquecimentos


Jogo <strong>de</strong> imagens vivas


Apresentação e primeiras improvisações<br />

A partir das fotos, e <strong>de</strong> uma primeira reflexão <strong>de</strong> como elas po<strong>de</strong>riam<br />

se tornar materiais cênicos, os alunos do oitavo ano elaboraram<br />

algumas improvisações


Mais alguns jogos e reflexões


Primeiro contato com figurinos e a<strong>de</strong>reços


Expandindo a cena para além do palco


Próximas fotos mostram as cenas mais<br />

elaboradas a partir dos disparadores<br />

Um dos objetivos<br />

técnicos da oficina era<br />

transmitir aos alunos<br />

como o figurino, os<br />

a<strong>de</strong>reços e os objetos<br />

po<strong>de</strong>m ser apoios<br />

importantes para as<br />

cenas, as fotos que<br />

seguem mostram<br />

cenas roteirizadas, e<br />

montadas por eles<br />

com o uso <strong>de</strong>sses<br />

elementos


Depoimento do Bolsista<br />

Essa oficina foi minha primeira ação junto ao Pibid, e minha iniciação no<br />

espaço da sala <strong>de</strong> aula. E, como toda proposição artística, o primeiro <strong>de</strong>safio<br />

foi <strong>de</strong>scobrir os limites que as intenções terão que atravessar para se<br />

tornarem concreta. A proposta inicial foi bastante ousada, discutir gênero<br />

por meio <strong>de</strong> um intercâmbio <strong>de</strong> linguagens (disparadores plásticos que por<br />

meio <strong>de</strong> jogos, se concluiriam em cenas). A primeira dificulda<strong>de</strong> era qual o<br />

espaço do teatro <strong>de</strong>ntro da escola, e como as bordas e limites introjetados<br />

nos alunos po<strong>de</strong>riam ser expandidos. No primeiro momento, só a saída da<br />

sala <strong>de</strong> aula para o espaço do auditório da Aplicação, on<strong>de</strong> eles não teriam<br />

mais ca<strong>de</strong>iras e nem um modo óbvio <strong>de</strong> se portar, causava um nítido<br />

incomodo, que po<strong>de</strong> ser traduzido no que chamamos <strong>de</strong> indisciplina<br />

(embora consi<strong>de</strong>re essa palavra bastante problemática). E, <strong>de</strong> certa forma,<br />

eram dificulda<strong>de</strong>s inesperadas. E algumas surpresas que me encantaram,<br />

pressupus que lidar com inversões <strong>de</strong> gênero, e coloca os <strong>de</strong>safio <strong>de</strong><br />

homens atuarem como mulheres e vice versa, haveria uma resistência muito<br />

maior do que a realida<strong>de</strong> mostrou. O espaço do jogo cênico tornava essas<br />

questões orgânicas, e, pouco a pouco, os alunos foram apren<strong>de</strong>ndo a lidar<br />

com “ o abismo do espaço”


Nesse primeiro momento com o Pibid, obtive <strong>de</strong>scobertas essenciais<br />

para a formação minha enquanto artista e educador, <strong>de</strong> como lidar e<br />

expandir os limites que a realida<strong>de</strong> impõe, e, tal aprendizado só foi possível<br />

pela presença e entrega dos alunos. Creio que eles saíram da oficina mais<br />

experientes do que entraram. Para finalizar, vale a pena citar a famosa frase<br />

do Paulo Freire: ““quem ensina apren<strong>de</strong> ao ensinar, e quem apren<strong>de</strong> ensina<br />

ao apren<strong>de</strong>r”<br />

108


PALAVRAS GERADORAS EXERCÍCIOS METODOLOGICOS <strong>DE</strong> FORMAÇÃO<br />

TEXTO <strong>DE</strong>SCRITIVO


2015


2016


ARTIGOS


POSTERS


<strong>DE</strong>POIMENTOS


Com a palavra: os bolsistas<br />

“Dentro <strong>de</strong>ste primeiro<br />

momento <strong>de</strong> organização<br />

fomos pensando como iríamos<br />

trabalhar com as condições que<br />

nos haviam sido oferecidas,<br />

alunos especiais, lixo <strong>de</strong>ntro e<br />

fora da escola, drogas,<br />

sexualida<strong>de</strong> aflorada e a<br />

exclusão social gritante <strong>de</strong>ntre<br />

outras questões. Concluímos<br />

juntos que uma forma sensata<br />

<strong>de</strong> trabalhar esses temas era<br />

tê-los como norte para as<br />

nossas práticas, dialogar e<br />

transformar”. (Ana Flor <strong>de</strong><br />

Carvalho, aluna bolsista).<br />

“Sempre tive muita vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

lecionar, e confesso que<br />

pensava o ambiente escolar<br />

<strong>de</strong> forma diferente daquele<br />

que encontrei. Ele é muito<br />

mais intenso. [...] No <strong>PIBID</strong>, o<br />

bolsista assume o papel <strong>de</strong><br />

docente, não mais observa,<br />

mas conduz sua própria aula,<br />

seu próprio projeto. Tem que<br />

lidar com os erros e com os<br />

acertos <strong>de</strong> seu planejamento,<br />

<strong>de</strong> suas escolhas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

cada aula.” (Dennis Augusto<br />

Bueno, aluno bolsista)<br />

“O <strong>PIBID</strong> até agora está sendo<br />

a parte mais importante na<br />

minha formação, pu<strong>de</strong><br />

experienciar a prática docente<br />

pela primeira vez, elaborando<br />

c o m l i b e r d a d e t o d a s a s<br />

ativida<strong>de</strong>s dos alunos. Aprendi<br />

através das coor<strong>de</strong>nadoras<br />

como lidar com <strong>de</strong>safios que<br />

eu não imaginava que<br />

existissem antes <strong>de</strong> começar a<br />

dar aula. Entendi a importância<br />

<strong>de</strong> um planejamento <strong>de</strong> aula<br />

bem elaborado e<br />

<strong>de</strong>finido.” (Carolina Ceravolo,<br />

aluna bolsista)


Com a palavra: os supervisores<br />

“Estes encontros estão sendo uma<br />

gran<strong>de</strong> experiência como professora e<br />

pesquisadora, pois acho muito<br />

importante observar essa nova geração<br />

que será o futuro do professorado nas<br />

escolas e instituições. E a isso se soma<br />

nossa experiência como professores da<br />

re<strong>de</strong> pública e com a especial<br />

experiência <strong>de</strong> um professor<br />

universitário”. (Maria Cristina Blanco,<br />

Supervisora E.E. Antonio Francisco<br />

Redondo).<br />

“O <strong>PIBID</strong> tem se mostrado um eficiente projeto <strong>de</strong><br />

formação inicial <strong>de</strong> professores. Nesse formato,<br />

que tem um tempo estendido, a aproximação dos<br />

licenciandos com o cotidiano escolar está<br />

permeada por olhares estrangeiros, percepções e<br />

proposições que os estudantes realizam <strong>de</strong>sse<br />

universo. Essa nova situação nos possibilita um<br />

revisitar da prática pedagógica, percebendo novas<br />

relações, espaços e propostas educativas.” (Maria<br />

Cláudia Robazzi e Adriana Oliveira supervisoras<br />

da Escola <strong>de</strong> Aplicação)


Com a palavra: a Coo<strong>de</strong>rnadora<br />

• Pensamos que este projeto para a formação dos<br />

jovens graduandos, que experimentaram diferentes<br />

qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> ensino na escola pública a<br />

partir <strong>de</strong> um mesmo projeto.<br />

• Experiências <strong>de</strong> diálogo e <strong>de</strong> ação integrada entre os<br />

alunos das diferentes licenciaturas trouxe ricas<br />

trocas <strong>de</strong>sfrutadas por todos os bolsistas<br />

participantes, supervisores e coor<strong>de</strong>nadores do<br />

projeto e reforçou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma área das<br />

artes atuante e presente <strong>de</strong>ntro da escola.<br />

• A universida<strong>de</strong> ganha com estas experiências e<br />

esten<strong>de</strong> estes ganhos aos alunos da escola pública e<br />

a comunida<strong>de</strong> em geral. A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento e aprofundamento no estudo e na<br />

prática transdisciplinar mostrou-se possível e positiva<br />

para uma educação pública contemporânea e <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>. (Profa. Dra. Dália Rosenthal,<br />

coor<strong>de</strong>nadora do subprojeto artes)


Nossa Equipe:<br />

Bolsistas:<br />

Aline Lopes Oyakawa<br />

Ana Flor <strong>de</strong> Carvalho<br />

Ariel Freire<br />

Carolina Ceravolo<br />

Dennis Bueno<br />

Elis Marchi<br />

Giulian André Batista<br />

Luana Gregory<br />

Mariana <strong>de</strong> Chirico<br />

Marcela Carbone<br />

Monique Fraraccio<br />

Natália Campanella<br />

Natália Sanches<br />

Rafael Rodrigues<br />

Supervisores:<br />

Escola da Aplicação<br />

Adriana Oliveira<br />

Maria Cláudia Robazzi<br />

Coor<strong>de</strong>nadora:<br />

Dália Rosenthal


CONCLUSÃO

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