MIOLO SITE 05- 154

Não crie expectativas,
tenha esperança!
Psicologia
N
a maioria das definições sobre “expectativa”
e “esperança”, os dicionários apresentam
estas palavras como sinônimas. Mas
se analisarmos mais profundamente o sentido
de cada uma, veremos que existe uma diferença
importante, especialmente nos resultados emocionais
que cada uma provoca no ser humano.
Muitos já devem ter ouvido a seguinte frase:
“Crie codornas, mas não crie expectativas”. Por
que? Porque ao criar codornas, elas poderão nos
dar seus ovinhos, já as expectativas, podem nos
dar absolutamente nada, a não ser uma possível
decepção.
Ao criar expectativas, estamos construindo um
“castelo de ilusões’’ sobre situações que almejamos,
mas que não dependem só de nós para se
concretizar.
A esperança também não nos dá garantias de
realização, mas ela é boa porque não gera sofrimento
se a situação almejada não ocorrer. Ao
contrário, é acompanhada de sentimentos benéficos
que nos impulsionam a abrir portas e perseverar
para o alvo.
A expectativa é acompanhada de ansiedade, a
esperança é acompanhada de paciência. Expectativa
é condicionada: “Tem que acontecer, se
não ...” (consequências muito ruins ocorrerão). A
esperança é desapegada: “Quero que aconteça, é
possível, será muito bom se acontecer, acredito!”
A expectativa nos leva a possível frustração, a esperança
nos leva adiante. A expectativa provoca
mágoas e destrói relacionamentos. A esperança
viabiliza a tolerância e o perdão. A expectativa
aprisiona. A esperança liberta!
O ser humano é falho por natureza. Quanto mais
alta for nossa expectativa, mais doloroso poderá
ser o “tombo”. O segredo para evitar a decepção
em relação as pessoas e as coisas que queremos,
é não criar expectativas. Isto é bem diferente de
planejar, o planejamento é necessário para termos
os melhores resultados em tudo que fizermos,
pois implica em criar estratégias e ações
que possibilitarão o trajeto até o alvo. Por melhor
que seja o planejamento, também não é garantia
de sucesso, por isso precisa ser realizado livre de
expectativas.
Agora, a esperança, essa sim é bem vinda! O dicionarista
Houaiss diz que esperança é o “sentimento
de quem vê como possível aquilo que
deseja; fé”.
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