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Manifesto Racial

Manifesto racial: lutra contra o preconceito racial

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<strong>Manifesto</strong> <strong>Racial</strong><br />

Jun ª Edição.<br />

REVOLUÇÃO<br />

NELSON<br />

MANDELA<br />

VIOLÊNCIA<br />

RACIAL<br />

PRECONCEITO<br />

NAS ESCOLAS<br />

Por que<br />

representativi<br />

dade negra<br />

importa tanto?


MANIFESTO RACIAL<br />

Realizadoras do Projeto<br />

O QUE VOCÊ VERÁ POR AQUI<br />

O que faz o Brasil, Brasil? A questão da<br />

identidade MARINA MENDES<br />

Alana Nayara<br />

Por que representatividade negra<br />

importa tanto? EMANUELY BARBOSA<br />

Glaucia R. Gomes<br />

Um relato de violência nas escolas<br />

ALANA NAYARA<br />

Alunas de Relações Internacionais no<br />

Centro Universitário de Belo<br />

Horizonte (UNIBH) foi nós lançado um<br />

desafio: “Por qual causa<br />

vocês fariam uma<br />

revolução?”. Escolhemos falar<br />

contra o racismo. Essa é a causa pela<br />

qual faríamos e estamos propondo<br />

fazer uma revolução.<br />

Este projeto, em conjunto com<br />

amigos, parentes e colegas de<br />

faculdade tem como objetivo de fazer<br />

um MANIFESTO CONTRA O RACISMO,<br />

seja através de poesia, histórias,<br />

experiências, música ou arte. Este<br />

projeto é aberto a todos que queiram<br />

lutar por essa causa.<br />

Violência <strong>Racial</strong> JULIANA OLIVEIRA<br />

Cinema<br />

Séries<br />

Música<br />

Nelson Mandela ALANA NAYARA


UM RELATO DE<br />

PRECONCEITO NAS<br />

ESCOLAS<br />

_______________<br />

Alana Nayara<br />

Ahh meus tempos de escola. Me<br />

considero parda, de cabelo crespo<br />

(que agora vive a base de química),<br />

sou o reflexo de uma sociedade que<br />

cabelo bonito é apenas cabelo liso.<br />

É bem verdade, que nos últimos anos<br />

o cabelo crespo vem ganhando<br />

destaque no Brasil, graças a figuras<br />

públicas, como Taís Araújo, Camila<br />

Pitanga, Cris Viana, Beyonce, dentre<br />

outras. Apesar de querer sair desse<br />

vicio que é a química e a chapinha,<br />

confesso que o que falta em mim<br />

para assumir meus cachos, é um<br />

pouco de coragem.<br />

particulares e em todas, fui alvo de<br />

piadinhas a despeito do meu cabelo<br />

ou de preconceitos, embutidos em<br />

comentários maldosos.<br />

Crianças parecem ser inocentes,<br />

mas conseguem ser muito maldosos,<br />

quando não muito bem-educadas e<br />

vigiadas. Já escutei coisas do tipo<br />

“cabelo de Bombril”, “cabelo de<br />

sarara” dentre outras coisas.<br />

Me recordo da sensação de me<br />

sentir estranha, de não me encaixar<br />

naquele ambiente. Em uma sala de<br />

30 alunos, só haviam eu e mais um<br />

colega negro. O que exemplifica<br />

também a discrepância de acesso a<br />

uma boa educação entre brancos e<br />

negros.<br />

O que sei, é que os impactos e os<br />

preconceitos sofridos na infância<br />

serão carregados comigo para o<br />

resto da minha vida. Não sou a<br />

primeira, nem muito menos serei a<br />

última criança a sofrer discriminação<br />

por ter um cabelo de Bombril.<br />

Sou a prova de que o preconceito<br />

racial independe da classe social.<br />

Estudei nas melhores escolas da<br />

minha cidade, todas elas escolas


POR QUE<br />

REPRESENTATIVIDADE<br />

NEGRA IMPORTA<br />

TANTO?<br />

Emanuely Barbosa<br />

A priori, antes de iniciar a discussão<br />

acerca da representatividade,<br />

cabe conhecer o seu significado.<br />

De acordo com o Dicionário Aurélio<br />

online, “representatividade é a<br />

qualidade de alguém, de um<br />

grupo, um sindicato, cujo<br />

embasamento na população faz<br />

com que ele possa exprimir-se<br />

verdadeiramente em seu nome”<br />

(AURÉLIO, 2017). Ou seja,<br />

representatividade é representar<br />

politicamente os interesses de dado<br />

grupo, classe social ou povo. Tendo<br />

em vista a definição da<br />

representatividade, cabe indagar<br />

qual a sua importância para a<br />

população negra, utilizando para<br />

isto a minha própria vivência como<br />

mulher negra.<br />

Desde crianças, a grande maioria<br />

de nós negros, principalmente<br />

meninas negras, brincávamos<br />

sempre com bonecas brancas, pois<br />

havia uma certa dificuldade em<br />

encontrar bonecas negras nas<br />

lojas. Para além disto, as bonecas<br />

de cor escura sempre foram vistas<br />

com olhares tortos, principalmente<br />

as poucas meninas que escolhiam<br />

brincar com bonecas deste tipo,<br />

sendo assim, devido à este<br />

constrangimento, muitas meninas<br />

optavam pela boneca de pele<br />

clara para não ter que lidar com<br />

comentários como: “Que boneca<br />

feia! Vai brincar com ela?”, “Credo,<br />

quem te deu esta boneca?”.<br />

As bonecas negras eram vistas<br />

como algo de outro mundo, pois as<br />

grandes indústrias de brinquedo,<br />

como a Mattel e Estrela, por<br />

exemplo, nunca lançavam<br />

bonecas negras e criavam<br />

“mágicas” propagandas, assim<br />

como criavam para as bonecas


ancas. Muitas vezes até existia a<br />

versão negra da boneca branca<br />

em lançamento, mas esta não<br />

aparecia na propaganda, pois seu<br />

lugar era ficar escondida nas<br />

prateleiras, atrás da boneca<br />

branca. Isto posto, a boneca negra<br />

nunca fora vista como um<br />

“brinquedo ideal”, “bonito”, logo<br />

“ Quantas pessoas<br />

negras você<br />

conhece que já<br />

odiaram a cor de<br />

sua pele? Quantas<br />

mulheres negras<br />

você conhece<br />

que negaram o<br />

cabelo, os traços<br />

físicos?”<br />

não seria aceitável comprar algo<br />

“esquisito” para se dar de presente<br />

à uma criança.<br />

As poucas meninas que optavam,<br />

na minha infância, por comprar a<br />

boneca negra, eram criticadas ao<br />

máximo na escola, sendo muitas<br />

vezes até ignorada nas<br />

brincadeiras. Isto fazia com que a<br />

menina passasse a ver a boneca<br />

negra como algo ruim, e para se<br />

encaixar no grupo novamente, esta<br />

abria mão de algo que gostava, e<br />

passava a brincar com algo que a<br />

permitisse ficar naquele grupo. É<br />

importante ressaltar, que as<br />

crianças não nascem odiando<br />

umas as outras, não nascem<br />

sabendo que a boneca negra é<br />

feia por ter a cor de pele escura,<br />

diferente da boneca branca de<br />

olhos azúis, o gosto é algo<br />

construído socialmente, sendo elas<br />

ensinadas a criticar e distinguir<br />

boneca negra da branca. Nossa<br />

sociedade fora construída sob base<br />

racista e machista, sendo estas<br />

opressões reconfiguradas a cada<br />

passo em que se desenvolve a<br />

sociedade. O racismo se encontra<br />

na estrutura da sociedade<br />

brasileira, e cabe às instituições de<br />

longa duração - escola, igreja,<br />

família- desconstruir estes préconceitos<br />

e ensinar que a diferença<br />

não é sinônimo de inferioridade.


O caso supracitado acima,<br />

referente às bonecas é só o início<br />

de uma história opressora em que o<br />

negro vive na sociedade brasileira.<br />

Ao passo em que a adolescência,<br />

a vida adulta chega, novos<br />

desafios, ou melhor dizendo, novas<br />

barreiras são colocadas no<br />

caminho destas pessoas. Quantas<br />

pessoas negras você conhece que<br />

já odiaram a cor de sua pele?<br />

Quantas mulheres negras você<br />

conhece que negaram o cabelo,<br />

os traços físicos?<br />

“[...] se somos tão<br />

iguais assim, por<br />

que não nos<br />

vemos nas novelas,<br />

como<br />

protagonistas? Por<br />

que não nos<br />

vemos em espaços<br />

de poder? Por que<br />

não ganhamos<br />

salários iguais aos<br />

das mulheres nãonegras?”<br />

que pouquíssimos de nós são<br />

professores? Por que somos<br />

Princesa Tiana, do filme “A<br />

Princesa e o sapo”, Disney,<br />

2009.<br />

Representatividade<br />

importa,<br />

porque somos cidadãos de um país<br />

em que diz que somos iguais em<br />

direitos e deveres. Logo, se somos<br />

tão iguais assim, por que não nos<br />

vemos nas novelas, como<br />

protagonistas? Por que não nos<br />

vemos em espaços de poder? Por<br />

que não ganhamos salários iguais<br />

aos das mulheres não-negras? Por<br />

invisíveis? É importante que esta<br />

discussão seja feita também pela<br />

população não-negra, pois<br />

precisamos parar de aceitar que<br />

somente a história do outro seja<br />

contada. O Brasil é um país<br />

multiculturalista, todavia lida com a<br />

sociedade de forma única,<br />

invisibilizan do outros grupos.<br />

Precisamos nos ver em diversos<br />

espaços da sociedade e saber<br />

que, sim, podemos ser o que<br />

quisermos!


O QUE FAZ O<br />

BRASIL, BRASIL? A<br />

QUESTÃO DA<br />

IDENTIDADE.<br />

Para se ter um Brasil com “B” maiúsculo, é<br />

necessário muito mais que terra, água e<br />

povo. Faz-se necessário tentar entender a<br />

interação entre os povos desta terra e os<br />

recursos que estavam disponíveis, bem<br />

como para quem estavam disponíveis<br />

(DAMATTA,<br />

1984).<br />

Marina Mendes<br />

Para se tornar um país, o Brasil, e ser<br />

conhecido como uma nação, ou casa, ou<br />

lar, é necessário que haja um adulto que<br />

invocará todo o sentido do que é ser<br />

brasileiro, assim como o servo chama pelo<br />

patrão, o fiel clama por seu Deus, a pátria<br />

tem a necessidade de ser invocada pelo seu<br />

morador para que só assim nasça o Brasil<br />

de verdade, forte e potente (DAMATTA,<br />

1984). Assim como Deus está em todas as<br />

partes, assim também está o Brasil e a<br />

identidade nacional que a forma. No<br />

carnaval, na mulher, na comida, na<br />

malandragem, na arte, nas leis, no quarto,<br />

na sala, nos cumprimentos, nas rezas e<br />

orações; aí está o Brasil, o que ele é, o que<br />

foi e quem sabe, pra onde irá? (DAMATTA,<br />

1984). Formando uma sociedade que se<br />

subdivide em separações por classes,<br />

raças, religiões; há no Brasil uma maneira<br />

díspar de se fazer as coisas, não nos<br />

cabendo valoração de certo ou errado no<br />

famoso “jeitinho brasileiro”, que se pode<br />

chocar também com o próprio brasileiro,<br />

visto que somos um povo advindo de<br />

diversas outras culturas, raças e etnias dos<br />

quatro cantos do globo (DAMATTA, 1984).<br />

Os estudos sociológicos e antropológicos,<br />

para descobrirem a identidade nacional<br />

fazem filtros e selecionam os dados<br />

importantes da sociedade estudada, como a<br />

religião, como se alimentam, se há ou não<br />

hierarquia, entre outras; para só então após<br />

a análise destes dados que se descobre a<br />

identidade daquela sociedade, a sua<br />

ideologia e filosofia de vida (DAMATTA,<br />

1984).


Para sermos o Brasil que somos, há a<br />

necessidade da identificação da identidade<br />

particular de cada pessoa, bem como a<br />

identidade nacional e como esta molda a<br />

personalidade e costume de cada brasileiro.<br />

Conforme DaMatta relata:<br />

“Sei o que sou, pelo que não sou;<br />

pois sou brasileiro, porque não<br />

nasci nos Estado Unidos, falo<br />

português e não inglês, gosto de<br />

futebol com os pés e não com as<br />

mãos, e acredito na família social e<br />

não no indivíduo solitário”<br />

(DAMATTA, 1984, p 14). Esta definição,<br />

portanto, de como se chega a definição da<br />

identidade brasileira só é possível através<br />

da disponibilidade que o indivíduo tem em<br />

exprimir e aceitar tais características do<br />

brasileiro, distinguindo-se assim de outros<br />

povos como o russo ou o inglês.<br />

Mas como saber se o brasileiro é realmente<br />

brasileiro? Para tanto, DaMatta nos fala de<br />

dois métodos: o primeiro, baseado no<br />

modelo quantitativo europeu ocidental, que<br />

consiste em, coletas de dados como o PBN,<br />

o PIB, a inflação, entre outro números que<br />

nos qualificam de forma prática sobre o que<br />

somos, onde estamos, e para qual lugar<br />

iremos com base nos prospectos coletados.<br />

O segundo, diferentemente de países como<br />

Alemanha, França, que se utiliza do<br />

primeiro modelo, trata-se de tentar<br />

compreender o Brasil através de sua<br />

complexidade dicotômica, pois o país<br />

tupiniquim ao mesmo tempo em que é<br />

moderno é tradicional; é capitalista, mas<br />

socialista em aspectos como a saúde, é


europeu, mas também africano; fazendo<br />

assim toda essa diversidade do que é o<br />

Brasil e a sua construção nacional em algo<br />

muito mais delicado de se explicar do que<br />

uma outra cultura menos miscigenada<br />

(DAMATTA, 1984).<br />

Ao caso da miscigenação, que permite esta<br />

grande e complexa identidade nacional no<br />

Brasil; faz-se notar as diferentes<br />

compreensões de cada autor de como<br />

entendia o negro, e sua importância na<br />

formação brasileira. Gilberto Freyre, a<br />

exemplo, em seu clássico Casa Grande e a<br />

Senzala, nos traz uma visão do negro como<br />

um eterno cativo, ordinário e subordinado á<br />

uma raça superior como a branca, porém,<br />

com uma grande riqueza cultura que detém<br />

A esta mistura entre diversas raças que<br />

continham características impares que se<br />

conjugavam e se entrelaçavam gerando<br />

novos frutos; nasce um Brasil com uma<br />

identidade que é afro-descendente,<br />

européia, católica, umbandista, falando<br />

português, mas dançando capoeira,<br />

bebendo champanhe e comendo rapadura,<br />

tornando toda esta complexidade, em uma<br />

identidade nacional que tem vários espíritos,<br />

que geram uma economia engessada no<br />

modelo europeu ocidental, mas que não<br />

caminha com a política “abrasileirada”; onde<br />

ao mesmo tempo em que se eleva uma raça<br />

por todo seu esforço oferecido em séculos<br />

de trabalho escravo, se exclui dos grandes<br />

seus próprios costumes, sua própria<br />

religião, culinária e idioma, aos quais devese<br />

preservar e também introduzir na<br />

sociedade branca européia (FREYRE,<br />

1933). Já outro teórico, a Emília Viotti nos<br />

explica como através da sociedade<br />

brasileira, foi sendo construída da<br />

sociedade brasileira uma identidade em<br />

cima de um mito, de que o Brasil não é<br />

racista, e, contrapondo Freyre que dizia que<br />

a distância de classes era um problema<br />

muito maior que a diferença de raças; Viotti<br />

era crítico ao dizer que o racismo era tão<br />

forte que se passou a “branquear” o negro,<br />

tentando assimilar o negro mais claro dentro<br />

raça branca, sendo punido toda forma de<br />

hostilidade com o negro (VIOTTI, 1998).<br />

centros como as universidades, as tribunas<br />

e as coloca novamente onde sempre as<br />

colocou, o cárcere. Formando assim um<br />

Brasil com B maiúsculo de Beleza,<br />

Balbúrdia, Bálsamo mas com jeito de Babel.


SESSÃO<br />

PIPOCA!<br />

VIDAS CRUZADAS<br />

Jackson, pequena cidade no estado do<br />

Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma<br />

Stone) é uma garota da sociedade que<br />

retorna determinada a se tornar<br />

escritora. Ela começa a entrevistar as<br />

mulheres negras da cidade, que<br />

deixaram suas<br />

vidas para<br />

trabalhar na<br />

criação dos filhos<br />

da elite branca,<br />

da qual a própria<br />

Skeeter faz parte.<br />

Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega<br />

da melhor amiga de Skeeter, é a<br />

primeira a conceder uma entrevista, o<br />

que desagrada a sociedade como um<br />

todo. Apesar das críticas, Skeeter e<br />

Aibileen continuam trabalhando juntas<br />

e, aos poucos, conseguem novas<br />

adesões.<br />

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-<br />

176673/


SELMA, UMA LUTA PELA<br />

IGUALDADE<br />

SÉRIES<br />

Não recomendado para menores de 14 anos<br />

Cinebiografia do pastor protestante e<br />

ativista social Martin Luther King, Jr (David<br />

Oyelowo), que acompanha as históricas<br />

marchas realizadas por ele e<br />

manifestantes pacifistas em 1965, entre a<br />

cidade de Selma, no interior do Alabama,<br />

até a capital do estado, Montgomery, em<br />

busca de direitos eleitorais iguais para a<br />

comunidade afro-americana.<br />

EMPIRE<br />

Descrita como um drama familiar situado no mundo do<br />

império hip-hop, a nova série Empire foca em um<br />

magnata da música e dono de uma gravadora,<br />

Lucious Lyon (Terrence Howard, de Homem de<br />

Ferro). Taraji P. Henson (Person of Interest) interpreta<br />

a ex-esposa e sócia de Lyon, Cookie, e Gabourey<br />

Sidibe (Preciosa, American Horror Story) também<br />

estará na nova série.<br />

Fonte:<br />

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-<br />

175581/<br />

Empire é escrita e produzida por Lee Daniels<br />

(Preciosa) e Danny Strong, tendo ambos trabalhado<br />

em O Mordomo da Casa Branca. O seriado terá<br />

músicas originais e outras já conhecidas do público,<br />

contando com o rapper Timbaland como compositor e<br />

também produtor musical da atração.<br />

Fonte: http://www.minhaserie.com.br/serie/946-<br />

empire


compositores e cantores, Liniker, Tássia<br />

MÚSICA<br />

Música negra ganha<br />

novo fôlego no Brasil<br />

com atualização de<br />

ritmos<br />

Ângela Faria 21/03/2017<br />

O disco Maria Fumaça completa 40 anos<br />

em 2017. Com ele, a banda Black Rio<br />

conquistou americanos e europeus com<br />

sua mistura de samba, soul e funk.<br />

Liderado pelo saxofonista Oberdan<br />

Magalhães (1945-1984), o grupo se tornou<br />

um dos ícones da música negra brasileira.<br />

Oberdan, Luis Carlos (bateria e percussão),<br />

Barrosinho (trumpete), Lúcio (trombone),<br />

Claudio Stevenson (guitarra), Jamil Joanes<br />

(baixo) e Cristovão Bastos (piano)<br />

gravariam mais três álbuns até 1984,<br />

quando a banda se desfez devido à morte<br />

de seu líder.<br />

Reis, Ellen Oléria, Emicida, Karol Conka,<br />

Zaika dos Santos, Flávio Renegado e Rael,<br />

entre tantos outros, bebem tanto na fonte<br />

do samba, do samba-rock e da MPB – além,<br />

claro, de Tim Maia, Cassiano e Jorge Ben<br />

Jor – quanto do soul, funk, R&B e rap para<br />

celebrar o orgulho negro em suas letras.<br />

Até o veterano Mano Brown, de 46 anos,<br />

elançou Boogie naipe, com sonoridade<br />

fortemente influenciada pelo soul.<br />

''A gente está vivendo um novo<br />

momento'', diz o compositor e<br />

instrumentista William Magalhães. Filho<br />

de Oberdan Magalhães, ele retomou a<br />

Banda Black Rio em 1999 e, desde então,<br />

tem feito shows em palcos respeitados da<br />

Europa. Em 2011, o grupo lançou o CD<br />

Super nova samba funk pelo selo inglês Far<br />

Out Recordings, contando com Elza Soares,<br />

Mano Brown, Gilberto Gil, Seu Jorge e<br />

Caetano Veloso. Este ano,<br />

A onda black continua batendo – e com<br />

força – no cenário brasileiro deste século<br />

21. Empoderados, jovens de cabelos<br />

ouriçados – assim como os de Oberdan –<br />

lutam contra o racismo e fazem das pistas<br />

uma de suas trincheiras. Jovens<br />

Elza Soares (Foto divulgação)


Circulando pelo país para divulgar o<br />

planeja a edição comemorativa dos 40<br />

anos de Maria Fumaça, por meio de<br />

campanha colaborativa na internet. ''Até<br />

novembro, o disco fica pronto'', diz<br />

Magalhães. Outro projeto – este só de<br />

William – estreia nesta quarta-feira, 22, no<br />

Bourbon Street, em São Paulo. Trata-se do<br />

Black Beatles, com releituras suingadas de<br />

clássicos dos Fab Four, temperadas com<br />

jazz, funk, soul e samba.<br />

Magalhães diz que a globalização, as<br />

facilidades que a internet trouxe para<br />

gravar e produzir discos e a força da música<br />

negra (como o rap) na cena internacional<br />

contribuem para fortalecer a onda black no<br />

país. ''Afinal de contas, a gente vive num<br />

país negro'', reforça. ''Tem muita gente<br />

gravando e produzindo em casa''.<br />

Exemplo disso é Liniker, de 21, que deu os<br />

primeiros passos na carreira musical em<br />

Araraquara, no interior de São Paulo. Cria<br />

de bailes black locais – a mãe era<br />

professora de dança –, tem repertório<br />

fortemente marcado pelo soul. Ao lado da<br />

banda Os Caramelows, chamou a atenção<br />

na cena indie e conquistou espaço no<br />

mainstream.<br />

RESISTÊNCIA<br />

disco Afrofuturista, a cantora e<br />

compositora Ellen Oléria, de 34, diz que<br />

este momento musical se insere no<br />

contexto ''de resistência ao Brasil<br />

brutalmente racista e misógino''.<br />

Utilizando eficientemente a internet, há<br />

uma geração extremamente produtiva e<br />

contundente, ''livre do controle dos<br />

grandes conglomerados da indústria<br />

cultural'', observa Ellen, citando os<br />

colegas Karol<br />

Conka, Liniker, Rael e Emicida, entre<br />

outros.<br />

Se há rap ao lado de soul e R&B<br />

revitalizados, há também congada,<br />

maracatu, carimbó, samba, lundu e catira,<br />

diz ela. Para a compositora, ''a teia de<br />

pertencimento'' da cultura popular vem<br />

sendo revigorada com o uso de<br />

ferramentas tecnológicas, aplicativos,<br />

novos pedais, samples e eletrônica, por<br />

exemplo. ''As raízes vêm sendo<br />

constantemente atualizadas'', pondera.<br />

Ellen<br />

Oléria e William<br />

Magalhães participam de Boogie naipe,<br />

o primeiro disco solo do rapper Mano<br />

Brown, cuja turnê nacional começa em 12<br />

de maio, com show em São Paulo.<br />

Diferentemente do trabalho realizado há


27 anos com o Racionais, Brown investe<br />

pesado na sonoridade do soul, R&B,<br />

samba-rock e do funk das antigas em<br />

canções que falam de amor. Seu baile black<br />

traz ecos do estilo Motown, a lendária<br />

gravadora de Detroit que abrigou Marvin<br />

Gaye, Stevie Wonder e Michael Jackson.<br />

DIÁLOGO<br />

O coprodutor de Boogie naipe é o cantor,<br />

compositor e produtor paulistano Lino<br />

Krizz, de 42. Dono da poderosa voz que se<br />

ouve nos shows e discos do Racionais e<br />

nome respeitado da cena soul, Lino diz que<br />

o álbum, presente em várias listas dos 10<br />

melhores CDs de 2016, não é versão<br />

saudosista da black music dos anos 70/80.<br />

A aposta é no diálogo da sonoridade<br />

contemporânea com o soul e o funk. ''É a<br />

mistura do moderno com o retrô'',<br />

resume. Entre os convidados estão Max de<br />

Castro e Simoninha, mas também os<br />

veteranos Hyldon e Leon Ware – este<br />

último, lenda da Motown, trabalhou<br />

com Marvin<br />

Gaye, Michael<br />

Jackson e Stevie Wonder. Foi um dos<br />

últimos trabalhos do americano, que<br />

morreu em fevereiro, aos 77 anos.<br />

''Fomos a fundo. Acredito que esse álbum<br />

possa vir a se tornar um marco na música<br />

negra brasileira'', diz Lino, lembrando que<br />

a diversidade faz muito bem ao rap. Mano<br />

Brown, deliberadamente, abriu mão da<br />

zona de conforto do hip-hop. ''O artista<br />

não pode ficar refém do que já fez<br />

sucesso'', diz Lino, que, paralelamente a<br />

essa parceria, divulga seu álbum<br />

solo Consumer fire, lançado em 2016. ''É<br />

muito positivo o movimento do Mano<br />

Brown com esse projeto'', afirma Ellen<br />

Oléria. ''Ele se reinventou'', observa.<br />

Mano Brown (Foto divulgação)<br />

William Magalhães, que também bate<br />

ponto em Boogie naipe (uma das<br />

faixas, Mulher elétrica, fez parte de<br />

umdisco da Black Rio),<br />

concorda. ''Independentemente de ser o<br />

grande poeta periférico do Brasil, talvez o<br />

maior, Mano Brown pôs ali o seu bom<br />

gosto musical para chamar a atenção para<br />

a old school do funk e do soul brasileiros'',<br />

diz. E pondera: ''O rap nunca foi tão<br />

melódico como hoje em dia''.


MINAS<br />

A DJ Black Josie, de 43 anos, destaca o<br />

vigor da nova cena. Figurinha carimbada da<br />

noite de BH, Josie destaca o revival do<br />

afrofunk, por exemplo. Diz que a ''música<br />

preta universal'' tem incorporado novos<br />

timbres, ressaltando o forte diálogo com a<br />

eletrônica. Josie cita a rapper Karol Conka,<br />

que, em parceria com o duo Tropkillaz,<br />

desenvolve trabalho criativo, respeitado<br />

nas pistas europeias. ''Tem um<br />

renascimento aí'', aponta.<br />

Josie observa que a militância política dos<br />

jovens negros se reflete nessa cena. Belo<br />

Horizonte também se faz presente,<br />

enfatiza ela, citando os trabalhos de Zaika<br />

dos Santos, da banda Cromossomo<br />

Africano e do projeto Funk-se. ''Não<br />

podemos nos esquecer do trabalho do DJ<br />

Joseph e do projeto Quarteirão do Soul'',<br />

conclui.<br />

movimento da nossa música negra tenha<br />

sido o pagode da década de 1990'', diz.<br />

''Infelizmente, depois da morte de Tim<br />

Maia, há 19 anos, não houve um outro<br />

ícone tão poderoso quanto ele''. Por outro<br />

lado, Krizz faz questão de citar nomes<br />

importantes do segmento de que o Brasil,<br />

injustamente, vai se esquecendo,<br />

como Lady Zu, Sônia Santos e Paulo Diniz.<br />

Karol Conka (Foto divulgação)<br />

MOVIMENTO?<br />

Para o produtor e compositor Lino Krizz, a<br />

efervescência da música negra brasileira<br />

não constitui, propriamente, um<br />

movimento. Pesquisador do tema, ele<br />

observa que nomes fundamentais<br />

como Wilson Simonal, Tim Maia e Jorge<br />

Ben Jor brilharam de forma solo, a partir<br />

dos anos 1960. ''Talvez, o grande<br />

Fonte:<br />

http://www.uai.com.br/app/noticia/musica/2017/03/21<br />

/noticias-musica,203774/musica-negra-ganha-novofolego-no-brasil-com-atualizacao-de-ritmos.shtml


VIOLÊNCIA RACIAL<br />

Juliana Oliveira<br />

A violência racial ocorre a partir<br />

da ideologia de superioridade existente<br />

de uma raça sobre a outra, fazendo com<br />

que o indivíduo inferiorizado sofra<br />

desrespeito em relação às diferenças<br />

simbólicas, econômicas, sociais, políticas<br />

e culturais.<br />

Numa perspectiva sócio<br />

histórica, a construção dessa ideologia<br />

teve início nas relações de poder e<br />

subordinação que se desenvolveram no<br />

período de colonização brasileiro. Com a<br />

chegada da frota portuguesa no Brasil<br />

em 1500, comandada por Pedro Álvares<br />

Cabral, evidenciou-se o início desta<br />

construção social. Na carta de Pero Vaz<br />

de Caminha, foram relatadas as<br />

primeiras impressões dos portugueses<br />

perante os indígenas.<br />

Primeiramente, a frase: “Eram<br />

pardos todos nus, sem coisa<br />

alguma que lhes cobrisse suas<br />

vergonhas.” revela a “nãobranquitude”<br />

dos índios, diante<br />

da branquitude dos<br />

portugueses e também a<br />

constatação de que a falta de<br />

roupas lhes mostravam<br />

“vergonhas” advinha da<br />

normativa moral de ideologia<br />

católica cristã. E o trecho:<br />

“Parece-me gente de tal<br />

inocência que, se homem os<br />

entendesse e eles a nós,<br />

seriam logo cristãos,<br />

acrescentar a santa fé<br />

católica, deve cuidar de sua<br />

salvação. ”, revela que os<br />

índios também não foram<br />

considerados homens e que a<br />

fé católica dos portugueses os<br />

“salvariam”. (BOTOSSO 2012,<br />

apud. CAMINHA, 1500)<br />

Segundo MUNANGA (2006), entre<br />

os séculos XV e XVII saber se os índios<br />

eram seres humanos como os europeus<br />

ou bestas – tal como animais sem<br />

racionalidade ou alma – motivaram<br />

especulações científicas e religiosas. Aos<br />

poucos os índios foram submetidos a um<br />

intenso processo de aculturação,<br />

chamado de Missão Civilizadora, que<br />

tinha por intenção verdadeira a<br />

dominação, mas era camuflada de boas<br />

intenções.<br />

Mediante a ocupação dos<br />

territórios indígenas pelos bandeirantes,<br />

sendo esta, ocorrendo de forma<br />

conflituosa e violenta, foram instaladas<br />

pequenas províncias, denominadas<br />

capitanias. Assim, diante das condições<br />

naturais que o país proporcionava para a<br />

exploração de recursos e sendo a mão<br />

de obra escassa, houve uma dominação<br />

política necessária para recorrerem à<br />

mão-de-obra indígena.<br />

Os colonizadores recorreram<br />

então à escravização da<br />

população<br />

indígena<br />

destituindo-os “de todos os<br />

seus direitos sobre a terra de<br />

seus ancestrais e de seus<br />

direitos humanos e<br />

transformando-os em força<br />

animal de trabalho. Sendo


escravizados os índios eram<br />

obrigados a trabalhar sem<br />

remuneração.” (MUNANGA,<br />

2006: p. 16)<br />

Entretanto, houve grande<br />

resistência contra a escravidão, por<br />

parte dos indígenas, resultando em<br />

mortes por extermínios e por doenças.<br />

Desta forma, os portugueses recorreram<br />

à mão-de-obra africana, uma vez que<br />

estes não confrontavam com facilidade<br />

a escravidão, e eram fisicamente mais<br />

predispostos ao trabalho braçal,<br />

comparado ao indígena que<br />

anteriormente estava acostumado a<br />

trabalhar apenas para sua<br />

sobrevivência.<br />

A chegada dos africanos<br />

proporcionou uma evolução do trabalho<br />

escravo no Brasil, fazendo com que esta<br />

fosse comercial. Na época, os escravos<br />

exerciam diversas funções por não haver<br />

divisão do trabalho na produção,<br />

consequentemente sofriam diversos<br />

castigos caso fizessem algo que<br />

desagradasse seus senhores.<br />

Mesmo com a independência do<br />

Brasil, o escravo ainda era prisioneiro e<br />

excluído de direitos sociais, civis e<br />

políticos. O recurso utilizado por eles era<br />

a fuga e a formação de quilombos,<br />

como uma pseudoliberdade, entretanto,<br />

tropas do governo invadiam estes<br />

lugares, para dizima-los e reprimi-los.<br />

Logo, a vulnerabilidade<br />

encontrada na população negra possui<br />

um contexto sócio histórico que reflete a<br />

desigualdade estrutural. Mesmo com os<br />

avanços alcançados, como a<br />

constituição federal de 1988 que<br />

garantia o direito de forma igualitária, e<br />

tornava<br />

prática do racismo um crime<br />

sujeito a pena de prisão inafiançável e<br />

imprescritível, ainda existe muita<br />

violência racial, gerando maior<br />

desigualdade e preconceito entre as<br />

raças, embora fique evidente que o Brasil<br />

é país de miscigenação.<br />

Na contemporaneidade a<br />

violência racial é “camuflada”. O negro<br />

ainda é visto como um ser a parte da<br />

sociedade, sendo as agressões e<br />

exclusões apenas com uma nova<br />

roupagem. Dados epidemiológicos<br />

evidenciam esta vulnerabilidade racial<br />

nos dias atuais em que se buscam o<br />

direito igualitário.<br />

Os jovens negros são as<br />

principais vítimas e estão em situação de<br />

maior vulnerabilidade à violência no<br />

Brasil, aponta o relatório Índice de<br />

Vulnerabilidade Juvenil à Violência e<br />

Desigualdade <strong>Racial</strong> 2014.<br />

“O levantamento<br />

mostra que, em todos os<br />

estados brasileiros, à exceção<br />

do Paraná, os negros com<br />

idade de 12 a 29 anos correm<br />

mais risco de exposição à<br />

violência que os brancos na<br />

mesma faixa etária. (UNESCO,<br />

2015)


Nelson<br />

Mandela<br />

Seu nome, Rolihlahla Madiba Mandela<br />

Sua cor, negra<br />

Sua luta, a discriminação<br />

Sua casa, África do Sul<br />

Seu legado, a esperança<br />

governo. Passou três décadas na<br />

cadeia, por ser considerado um<br />

terrorista pelo governo. O povo em<br />

contrapartida, o considera um<br />

guerreiro, que lutou bravamente<br />

pelo direito dos seus irmãos de cor.<br />

Madiba, como é conhecido na sua<br />

terra natal, é tido pelos sul-Africanos<br />

como um pai. Em 1993, ganhou o<br />

Prêmio Nobel da Paz de 1993. Além<br />

de que, é o mais importante líder da<br />

África Negra<br />

Madiba, tinha nos seus poderosos<br />

discursos, uma enorme<br />

capacidade de levar esperança e<br />

de chamar o povo para a luta.<br />

Em alguns de seus discursos ele<br />

disse:<br />

"Nosso medo mais profundo não é<br />

que sejamos inadequados.<br />

Nosso medo mais profundo é que<br />

sejamos poderosos demais.<br />

É nossa sabedoria, nossa LUZ, não<br />

Nelson Mandela é o principal<br />

representante do movimento<br />

antiapartheid. Ex-líder rebelde e expresidente<br />

da África do Sul entre os<br />

anos de 1994 a 1999. Ele era<br />

aclamado pelo povo e temido pelo<br />

nossa ignorância, nossa SOMBRA,<br />

o que mais nos apavora.<br />

Perguntamo-nos:<br />

‘Quem sou eu para ser brilhante,<br />

belo, talentoso, fabuloso?’


Na verdade, por que você não<br />

seria?<br />

Você é um filho de Deus.<br />

Seu medo não serve ao mundo.” -<br />

Discurso de posse em 1994<br />

“Eu odeio a discriminação racial<br />

mais intensamente e em todas as<br />

suas manifestações. Eu lutei durante<br />

toda a minha vida, eu a combati, e<br />

vou fazê-lo até o fim dos meus dias.<br />

Mesmo apesar de acontecer agora<br />

de eu ser julgado por alguém cuja<br />

opinião eu tenho em alta estima, eu<br />

detesto mais violentamente o<br />

sistema que me rodeia aqui. Faz-me<br />

sentir que sou um homem negro no<br />

tribunal de um homem branco. Isso<br />

não devia ser assim” – Primeira<br />

declaração judicial de 1962<br />

Defesa durante o julgamento de<br />

Rivonia, 1964<br />

“Eu andei nessa longa estrada para<br />

a liberdade. Tentei não vacilar, eu<br />

cometi erros ao longo do caminho.<br />

Mas eu descobri o segredo que<br />

depois de escalar um grande<br />

morro, só se descobre que há<br />

muitas mais montanhas para<br />

escalar. Tomei um momento aqui<br />

para descansar, para roubar uma<br />

visão da gloriosa vista que me<br />

rodeia, para olhar para trás na<br />

distância eu percorri. Mas eu posso<br />

descansar apenas por um<br />

momento, pois com a liberdade<br />

vem a responsabilidade, e eu não<br />

me atrevo a perder, por minha<br />

longa caminhada ainda não<br />

terminou.” – Long Walk to Freedom<br />

“Lutei contra a dominação branca<br />

e lutei contra a dominação negra.<br />

Eu estimo o ideal de uma sociedade<br />

democrática e livre na qual todas<br />

as pessoas possam viver juntas em<br />

harmonia com igualdade de<br />

oportunidades. É um ideal que<br />

espero viver, e ver realizado. Mas<br />

meu Senhor, se for preciso, é um<br />

ideal pelo qual estou preparado<br />

para morrer “-. Declaração de

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