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vIDAS-CRUZADAS

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SESSÃO<br />

PIPOCA!<br />

VIDAS <strong>CRUZADAS</strong><br />

Jackson, pequena cidade no estado do<br />

Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma<br />

Stone) é uma garota da sociedade que<br />

retorna determinada a se tornar<br />

escritora. Ela começa a entrevistar as<br />

mulheres negras da cidade, que<br />

deixaram suas<br />

vidas para<br />

trabalhar na<br />

criação dos filhos<br />

da elite branca,<br />

da qual a própria<br />

Skeeter faz parte.<br />

Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega<br />

da melhor amiga de Skeeter, é a<br />

primeira a conceder uma entrevista, o<br />

que desagrada a sociedade como um<br />

todo. Apesar das críticas, Skeeter e<br />

Aibileen continuam trabalhando juntas<br />

e, aos poucos, conseguem novas<br />

adesões.<br />

Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-<br />

176673/


SELMA, UMA LUTA PELA<br />

IGUALDADE<br />

SÉRIES<br />

Não recomendado para menores de 14 anos<br />

Cinebiografia do pastor protestante e<br />

ativista social Martin Luther King, Jr (David<br />

Oyelowo), que acompanha as históricas<br />

marchas realizadas por ele e<br />

manifestantes pacifistas em 1965, entre a<br />

cidade de Selma, no interior do Alabama,<br />

até a capital do estado, Montgomery, em<br />

busca de direitos eleitorais iguais para a<br />

comunidade afro-americana.<br />

EMPIRE<br />

Descrita como um drama familiar situado no mundo do<br />

império hip-hop, a nova série Empire foca em um<br />

magnata da música e dono de uma gravadora,<br />

Lucious Lyon (Terrence Howard, de Homem de<br />

Ferro). Taraji P. Henson (Person of Interest) interpreta<br />

a ex-esposa e sócia de Lyon, Cookie, e Gabourey<br />

Sidibe (Preciosa, American Horror Story) também<br />

estará na nova série.<br />

Fonte:<br />

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-<br />

175581/<br />

Empire é escrita e produzida por Lee Daniels<br />

(Preciosa) e Danny Strong, tendo ambos trabalhado<br />

em O Mordomo da Casa Branca. O seriado terá<br />

músicas originais e outras já conhecidas do público,<br />

contando com o rapper Timbaland como compositor e<br />

também produtor musical da atração.<br />

Fonte: http://www.minhaserie.com.br/serie/946-<br />

empire


compositores e cantores, Liniker, Tássia<br />

MÚSICA<br />

Música negra ganha<br />

novo fôlego no Brasil<br />

com atualização de<br />

ritmos<br />

Ângela Faria 21/03/2017<br />

O disco Maria Fumaça completa 40 anos<br />

em 2017. Com ele, a banda Black Rio<br />

conquistou americanos e europeus com<br />

sua mistura de samba, soul e funk.<br />

Liderado pelo saxofonista Oberdan<br />

Magalhães (1945-1984), o grupo se tornou<br />

um dos ícones da música negra brasileira.<br />

Oberdan, Luis Carlos (bateria e percussão),<br />

Barrosinho (trumpete), Lúcio (trombone),<br />

Claudio Stevenson (guitarra), Jamil Joanes<br />

(baixo) e Cristovão Bastos (piano)<br />

gravariam mais três álbuns até 1984,<br />

quando a banda se desfez devido à morte<br />

de seu líder.<br />

Reis, Ellen Oléria, Emicida, Karol Conka,<br />

Zaika dos Santos, Flávio Renegado e Rael,<br />

entre tantos outros, bebem tanto na fonte<br />

do samba, do samba-rock e da MPB – além,<br />

claro, de Tim Maia, Cassiano e Jorge Ben<br />

Jor – quanto do soul, funk, R&B e rap para<br />

celebrar o orgulho negro em suas letras.<br />

Até o veterano Mano Brown, de 46 anos,<br />

elançou Boogie naipe, com sonoridade<br />

fortemente influenciada pelo soul.<br />

''A gente está vivendo um novo<br />

momento'', diz o compositor e<br />

instrumentista William Magalhães. Filho<br />

de Oberdan Magalhães, ele retomou a<br />

Banda Black Rio em 1999 e, desde então,<br />

tem feito shows em palcos respeitados da<br />

Europa. Em 2011, o grupo lançou o CD<br />

Super nova samba funk pelo selo inglês Far<br />

Out Recordings, contando com Elza Soares,<br />

Mano Brown, Gilberto Gil, Seu Jorge e<br />

Caetano Veloso. Este ano,<br />

A onda black continua batendo – e com<br />

força – no cenário brasileiro deste século<br />

21. Empoderados, jovens de cabelos<br />

ouriçados – assim como os de Oberdan –<br />

lutam contra o racismo e fazem das pistas<br />

uma de suas trincheiras. Jovens<br />

Elza Soares (Foto divulgação)


Circulando pelo país para divulgar o<br />

planeja a edição comemorativa dos 40<br />

anos de Maria Fumaça, por meio de<br />

campanha colaborativa na internet. ''Até<br />

novembro, o disco fica pronto'', diz<br />

Magalhães. Outro projeto – este só de<br />

William – estreia nesta quarta-feira, 22, no<br />

Bourbon Street, em São Paulo. Trata-se do<br />

Black Beatles, com releituras suingadas de<br />

clássicos dos Fab Four, temperadas com<br />

jazz, funk, soul e samba.<br />

Magalhães diz que a globalização, as<br />

facilidades que a internet trouxe para<br />

gravar e produzir discos e a força da música<br />

negra (como o rap) na cena internacional<br />

contribuem para fortalecer a onda black no<br />

país. ''Afinal de contas, a gente vive num<br />

país negro'', reforça. ''Tem muita gente<br />

gravando e produzindo em casa''.<br />

Exemplo disso é Liniker, de 21, que deu os<br />

primeiros passos na carreira musical em<br />

Araraquara, no interior de São Paulo. Cria<br />

de bailes black locais – a mãe era<br />

professora de dança –, tem repertório<br />

fortemente marcado pelo soul. Ao lado da<br />

banda Os Caramelows, chamou a atenção<br />

na cena indie e conquistou espaço no<br />

mainstream.<br />

RESISTÊNCIA<br />

disco Afrofuturista, a cantora e<br />

compositora Ellen Oléria, de 34, diz que<br />

este momento musical se insere no<br />

contexto ''de resistência ao Brasil<br />

brutalmente racista e misógino''.<br />

Utilizando eficientemente a internet, há<br />

uma geração extremamente produtiva e<br />

contundente, ''livre do controle dos<br />

grandes conglomerados da indústria<br />

cultural'', observa Ellen, citando os<br />

colegas Karol<br />

Conka, Liniker, Rael e Emicida, entre<br />

outros.<br />

Se há rap ao lado de soul e R&B<br />

revitalizados, há também congada,<br />

maracatu, carimbó, samba, lundu e catira,<br />

diz ela. Para a compositora, ''a teia de<br />

pertencimento'' da cultura popular vem<br />

sendo revigorada com o uso de<br />

ferramentas tecnológicas, aplicativos,<br />

novos pedais, samples e eletrônica, por<br />

exemplo. ''As raízes vêm sendo<br />

constantemente atualizadas'', pondera.<br />

Ellen<br />

Oléria e William<br />

Magalhães participam de Boogie naipe,<br />

o primeiro disco solo do rapper Mano<br />

Brown, cuja turnê nacional começa em 12<br />

de maio, com show em São Paulo.<br />

Diferentemente do trabalho realizado há


27 anos com o Racionais, Brown investe<br />

pesado na sonoridade do soul, R&B,<br />

samba-rock e do funk das antigas em<br />

canções que falam de amor. Seu baile black<br />

traz ecos do estilo Motown, a lendária<br />

gravadora de Detroit que abrigou Marvin<br />

Gaye, Stevie Wonder e Michael Jackson.<br />

DIÁLOGO<br />

O coprodutor de Boogie naipe é o cantor,<br />

compositor e produtor paulistano Lino<br />

Krizz, de 42. Dono da poderosa voz que se<br />

ouve nos shows e discos do Racionais e<br />

nome respeitado da cena soul, Lino diz que<br />

o álbum, presente em várias listas dos 10<br />

melhores CDs de 2016, não é versão<br />

saudosista da black music dos anos 70/80.<br />

A aposta é no diálogo da sonoridade<br />

contemporânea com o soul e o funk. ''É a<br />

mistura do moderno com o retrô'',<br />

resume. Entre os convidados estão Max de<br />

Castro e Simoninha, mas também os<br />

veteranos Hyldon e Leon Ware – este<br />

último, lenda da Motown, trabalhou<br />

com Marvin<br />

Gaye, Michael<br />

Jackson e Stevie Wonder. Foi um dos<br />

últimos trabalhos do americano, que<br />

morreu em fevereiro, aos 77 anos.<br />

''Fomos a fundo. Acredito que esse álbum<br />

possa vir a se tornar um marco na música<br />

negra brasileira'', diz Lino, lembrando que<br />

a diversidade faz muito bem ao rap. Mano<br />

Brown, deliberadamente, abriu mão da<br />

zona de conforto do hip-hop. ''O artista<br />

não pode ficar refém do que já fez<br />

sucesso'', diz Lino, que, paralelamente a<br />

essa parceria, divulga seu álbum<br />

solo Consumer fire, lançado em 2016. ''É<br />

muito positivo o movimento do Mano<br />

Brown com esse projeto'', afirma Ellen<br />

Oléria. ''Ele se reinventou'', observa.<br />

Mano Brown (Foto divulgação)<br />

William Magalhães, que também bate<br />

ponto em Boogie naipe (uma das<br />

faixas, Mulher elétrica, fez parte de<br />

umdisco da Black Rio),<br />

concorda. ''Independentemente de ser o<br />

grande poeta periférico do Brasil, talvez o<br />

maior, Mano Brown pôs ali o seu bom<br />

gosto musical para chamar a atenção para<br />

a old school do funk e do soul brasileiros'',<br />

diz. E pondera: ''O rap nunca foi tão<br />

melódico como hoje em dia''.


MINAS<br />

A DJ Black Josie, de 43 anos, destaca o<br />

vigor da nova cena. Figurinha carimbada da<br />

noite de BH, Josie destaca o revival do<br />

afrofunk, por exemplo. Diz que a ''música<br />

preta universal'' tem incorporado novos<br />

timbres, ressaltando o forte diálogo com a<br />

eletrônica. Josie cita a rapper Karol Conka,<br />

que, em parceria com o duo Tropkillaz,<br />

desenvolve trabalho criativo, respeitado<br />

nas pistas europeias. ''Tem um<br />

renascimento aí'', aponta.<br />

Josie observa que a militância política dos<br />

jovens negros se reflete nessa cena. Belo<br />

Horizonte também se faz presente,<br />

enfatiza ela, citando os trabalhos de Zaika<br />

dos Santos, da banda Cromossomo<br />

Africano e do projeto Funk-se. ''Não<br />

podemos nos esquecer do trabalho do DJ<br />

Joseph e do projeto Quarteirão do Soul'',<br />

conclui.<br />

movimento da nossa música negra tenha<br />

sido o pagode da década de 1990'', diz.<br />

''Infelizmente, depois da morte de Tim<br />

Maia, há 19 anos, não houve um outro<br />

ícone tão poderoso quanto ele''. Por outro<br />

lado, Krizz faz questão de citar nomes<br />

importantes do segmento de que o Brasil,<br />

injustamente, vai se esquecendo,<br />

como Lady Zu, Sônia Santos e Paulo Diniz.<br />

Karol Conka (Foto divulgação)<br />

MOVIMENTO?<br />

Para o produtor e compositor Lino Krizz, a<br />

efervescência da música negra brasileira<br />

não constitui, propriamente, um<br />

movimento. Pesquisador do tema, ele<br />

observa que nomes fundamentais<br />

como Wilson Simonal, Tim Maia e Jorge<br />

Ben Jor brilharam de forma solo, a partir<br />

dos anos 1960. ''Talvez, o grande<br />

Fonte:<br />

http://www.uai.com.br/app/noticia/musica/2017/03/21<br />

/noticias-musica,203774/musica-negra-ganha-novofolego-no-brasil-com-atualizacao-de-ritmos.shtml

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