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REVISTA ESCOLHIDOS DE SANTIAGO - JUNHO / 2017

A revista feita por peregrinos para peregrinos chega até você em mais uma edição cheia de curiosidades e muita coisa legal, confira!

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JOSÉ PALMA<br />

Idealizador do Caminho do Sol<br />

Visite: www.caminhodosol.org


Foi uma quinta feira, com muita diversão.<br />

Pois é, em pleno dia útil muita diversão!<br />

Sua dedicação e amor ao trabalho eram tão grandes, que<br />

trabalhar para ele era um agradável passa tempo - uma gostosa<br />

forma de se divertir.<br />

E esta manhã foi muito especial – passamos longas horas<br />

conversando e fazendo planos sobre seu sonho mais antigo: O<br />

Caminho de Santiago.<br />

Para mim, não somente uma devoção – mas informar e orientar<br />

pessoas sobre este Caminho é uma forma de recordar minha<br />

peregrinação realizada em 1996 e de certa forma, poder retribuir<br />

o muito que recebi desta rota Sagrada.<br />

Mas como nada é tão bom que não possa melhorar – Maurício<br />

estava radiante e repetiu várias vezes durante nosso papo,<br />

o velho mantra peregrino: ”Quando você pensa no Caminho, é<br />

porque você já está no caminho” .<br />

”Coincidência é um milagre que Deus não quis aparecer” -<br />

com a face iluminada – característica exclusiva dos bons de alma<br />

- e exibindo um largo sorriso no peito mostrou o e-mail que acabara<br />

de receber da Embaixada da Espanha convidando-o para<br />

um “fam tur” pelo Caminho de Santiago.<br />

Tecla SAP: fam tur é um convite/cortesia enviado às empresas<br />

de turismo por uma Entidade, Empresa, Associação ou País,<br />

interessados em divulgar seu destino às agências de viagem.<br />

A Pisa Trekking – que ele fundou em 1987 é uma das primeiras<br />

e mais tradicionais empresas de trekking do Brasil – neste<br />

ano de <strong>2017</strong> comemora seu 30º aniversário.<br />

Mas... fazemos o cronograma e Deus coloca as datas!<br />

E Ele entendeu que para este amante de “trilhas”, um simples<br />

caminho terreno era muito pouco. Muito pouco para um<br />

ser dotado com um coração tão grande - desproporcional - e<br />

uma alma enorme, pura e branca.<br />

Como nada é tão ruim que não possa piorar, domingo à<br />

noite ele atendeu a um chamamento e precocemente nos precedeu<br />

no Caminho de volta ao Pai.<br />

E sua “passagem” não poderia ser diferente – um desbravador,<br />

um corajoso, um pioneiro – desta feita este verdadeiro<br />

bandeirante do bem furou as nuvens, rasgou o céu e partiu para<br />

a nobre missão de encontrar as riquezas espirituais guardadas<br />

no plano superior e expandir as infinitas fronteiras do além.<br />

Abrigado no seio do Apóstolo Tiago irá seguir as setas<br />

amarelas para encontrar o “Caminho das Estrelas” – este sim o<br />

“caminho” derradeiro que um dia todos nós haveremos de trilhar.<br />

Resta agora, uma Páscoa com coelhinhos tristes e chocolate<br />

amargo.


FELICIDA<strong>DE</strong> - UMA CONSTRUÇÃO PARA CONSTRUIR<br />

Gustavo Trevisan


Do oriente ao ocidente a felicidade sempre foi objeto de estudo. Na<br />

Grécia antiga, 2000 a.c, ainda com os pré-socráticos, o conceito de felicidade<br />

foi estudado e discutido.<br />

Desde sempre e, ainda hoje, buscamos a felicidade "verdadeira". Essa<br />

busca ganhou muita força com o advento do cristianismo e, por isso,<br />

talvez, nós achamos que somente existe uma única maneira de sermos felizes.<br />

Mas nem sempre ao longo da história foi assim.<br />

É preciso levar em conta que o conceito de felicidade ganha sentido<br />

diferente de acordo com tempo histórico. Houve momentos em que as<br />

pessoas felizes eram aquelas que nasciam com dons e talentos especiais e,<br />

claro, as colocavam em prática. Portanto, a força, aptidões físicas e estética<br />

eram motivos de glória: quem as possuíam repousavam na certeza que<br />

eram dotados de atributos concedidos. Isso os diferenciavam dos demais,<br />

e por isso eram cultivados e admirados. Vale lembrar que o estereótipo<br />

grego, de homens fortes, atletas de corpos torneados é uma amostra desse<br />

conceito.<br />

Após a tríade grega, Sócrates, Platão e Aristóteles, pontos centrais<br />

do desenvolvimento do pensamento ocidental, começa-se a se discutir um<br />

novo conceito de felicidade. Embora ainda contaminado com a ideia dos<br />

talentos inatos, a felicidade começa a ser construída por outro tipo de atributos.<br />

As qualidades físicas dividem espaço com a liberdade, democracia e<br />

conhecimento. Perceba que as imagens que representam Sócrates, Platão<br />

e Aristóteles já não se tratam aqui de homens musculosos, mas sempre<br />

com referência a posturas éticas e morais. A felicidade, portanto, tem mais<br />

relação com as virtudes do que com talentos. Um esboço de cristianismo já<br />

começa a ser criado, com algumas diferenças, claro.<br />

O Judaísmo trouxe consigo a ideia de uma felicidade atrelada a acontecimentos,<br />

não pura e simplesmente a um estado de espírito. A felicidade<br />

verdadeira estaria atrelada ao momento em que haveria a libertação da<br />

escravidão, um lugar e tempo em que todos poderiam usufruir das benécias<br />

da promessa e, para isso, a esperança, o “por vir”. A felicidade seria<br />

“trazida” e entregue para quem é de direito, aos escolhidos, e sempre representada<br />

na figura Do Libertador.<br />

Não muito distante, o cristianismo segue as mesmas ideias, mas com<br />

algumas diferenças e ramificações. Para o cristianismo primitivo, o que depois<br />

deu subsídio ao desenvolvimento da teologia católica, a verdadeira<br />

felicidade não está apenas em amar a Deus e ao próximo, isso são meios e<br />

não fim. A felicidade estaria em um ideal de mundo, não aqui, ao qual não<br />

pertencemos. A felicidade seria conquistada e não dada, portanto o sacrifício<br />

e a renúncia são pontes de travessia à verdadeira e única felicidade.<br />

O mesmo cristianismo, na idade média, dá ainda mais peso a essa estrutura<br />

de pensamento, afinal, só há salvação na igreja; fora dela, dor e sofrimento.<br />

O sacrifico e renuncia ganham ainda mais sentido na esperança<br />

de um mundo melhor.<br />

Uma cisão no pensamento cristão acontece após a reforma protestante,<br />

centrados na pessoa de Martin Lutero e João Calvino, Sec XVI. Agora<br />

o cristianismo passa a dar valor ao aqui e agora. Bem verdade que o mundo<br />

melhor seria o ideal de conquista, mas a ideia de sacrifício e renúncia<br />

perde força e dá lugar ao gozar da liberdade que já foi conquistada por<br />

Cristo. Claro que isso terá influência na conciliação do capitalismo e na<br />

ideia da prosperidade como benção e felicidade. (Max Weber, 1905).<br />

Paralelo a isso, outras correntes filosóficas e religiosas contribuem<br />

com outros diferentes conceitos. As religiões orientais, por exemplo, que<br />

em geral acreditam na ideia do esvaziamento de si e busca do equilíbrio<br />

entre os instintos e virtudes. A felicidade está na perfeição que só pode ser<br />

alcançada com o autoconhecimento e controle dos impulsos.<br />

Meados do Sec XVIII e XIV pensadores como Immanuel Kant, Friedrich<br />

Nietzsche e Sigmund Freud retomam o conceito de felicidade sem<br />

concepção do divino. A felicidade estaria no mérito de dar sentindo à existência<br />

e na luta constante de todas as pulsões que nos determinam. Para<br />

muitos, uma visão pessimista do ser humano.


Para o existencialismo a felicidade se contrapõe a ideia platônica e<br />

judaico-cristã. A felicidade consiste em auto responsabilidade e no abondado<br />

do ideal (mundo melhor) em busca do real. A esperança, nesse sentido,<br />

seria a perpetuação do sofrimento, e não ao contrário.<br />

No sec XXI a felicidade tem relação direta com o consumo, ou seja,<br />

não a ganhamos, não a conquistamos e muito menos a construímos: simplesmente<br />

a consumimos por meio de barganha; a aparência precede a<br />

essência.<br />

No entanto, há algo de diferente na contemporaneidade, um elemento<br />

do qual se modula de forma drasticamente oposta comparada à<br />

incessante busca pela felicidade ao longo da história. A felicidade está no<br />

hedonismo irracional, sem filtro de reflexão, e principalmente<br />

na Extrospecção.<br />

Perguntas como: Como posso ser feliz? O que é felicidade? O que preciso<br />

ser para ser feliz? Deu espaço para: o que preciso ter para ser feliz?<br />

Não é só isso...<br />

A dúvida, elemento básico de todo questionamento, foi substituída<br />

pela resposta.<br />

Não importa em que momento histórico estivemos, desde sempre, a<br />

reflexão e o questionamento trouxe ao homem possibilidade de olhar para<br />

si na busca de respostas e, mais do que isso, a reflexão trouxe o autoconhecimento<br />

e capacidade de se situar no mundo enquanto autores. Ao que<br />

vemos, pelo menos numa forma mais superficial e menos abrangente, a<br />

contemporaneidade não se interessa por tais movimentos, primeiro por<br />

que isso demanda tempo, e não o temos, queremos e precisamos de velocidade;<br />

segundo porque compramos o que nos deixa feliz na prateleira;<br />

por último, não menos importante, a virtualização do real, dando lugar,<br />

como consequência, a aparência em substituição covarde da essência.<br />

Isso talvez explicaria porque nunca sofremos tanto em todo a história?<br />

Onde estaria o “erro”? Na concepção errada de felicidade ou na falta<br />

de compromisso com a pergunta: o que é felicidade?<br />

Pensemos...<br />

Imagine um mundo sem barreiras, sem medo, sem limites. Um mundo<br />

em que o seu potencial é ilimitado e você pode, literalmente, escalar o<br />

pico mais alto do Brasil, não importa qual seja a sua idade ou sua física.<br />

Maiores informações:<br />

Facebook: @veneratreinamentos


Terminei meu Caminho, e agora?<br />

O que mais ouço as pessoas dizendo ao chegarem na Catedral<br />

de Santiago de Compostela é: terminei meu caminho! Mas, você já parou<br />

para pensar que a partir dali você está somente começando o seu verdadeiro<br />

caminho?<br />

Terminar o Caminho de Santiago (ou outro caminho) é uma espécie<br />

de renascimento, a partir dele começamos a ver o mundo de outras<br />

formas, começamos a ver as “setas amarelas” em nossa vida diariamente.<br />

Cada coisa que nos acontece nos guiando para outro caminho<br />

passa a ser uma seta amarela que nos move para uma determinada direção,<br />

que nos faz ver o sentido de cada passo dado.<br />

Ao chegarmos na Catedral temos a impressão que tudo acaba<br />

ali, porém tudo começa ali. Quando retornamos temos um tempo de adaptação,<br />

uma certa dificuldade de voltar à rotina diária, uma saudade de acordar,<br />

calçar as botas e sair por aí rumo ao próximo vilarejo ou cidade. Uma<br />

vontade de passar pelas pessoas desejando “BUEN CAMIÑO”, uma saudades<br />

das comidas locais, da tranquilidade das matas e até mesmo de dormir<br />

nos albergues, onde fizemos grandes amizades com as mais variadas pessoas<br />

das mais diversas localidades do mundo, onde mesmo que não falemos<br />

outros idiomas nos comunicamos com tanta facilidade, pois todos nós<br />

estamos com um único intuito: buscar algo maior.<br />

Mas o que é este algo maior?<br />

Este algo maior tem uma amplitude muito grande, pode ser<br />

uma amizade, um amor, uma resposta há uma pergunta, uma descoberta,<br />

um momento exclusivamente seu, um momento de introspecção, uma<br />

grande aventura, dentre muitas coisas e momentos que podem ser seu<br />

“algo maior”, porém não importa o motivo pelo qual você estará caminhando,<br />

depois que o caminho terminar é que descobriremos o que encontramos<br />

durante a caminhada, descobriremos o que realmente importa em<br />

nossa vida e em nosso dia-a-dia, descobriremos o real significado da palavra<br />

amizade, o verdadeiro significado de estar feliz consigo mesmo em momentos<br />

únicos e só seu os quais temos durante nossa caminhada.<br />

Estar introspectivo não é estar só, é estar em um momento de<br />

aprendizado, onde o professor é você mesmo, onde você realmente se<br />

descobre e analisa cada instante vivido até chegar no momento atual, onde<br />

tirará grandes lições de vida e verá que tudo, não importando o tamanho<br />

do problema que passou, valeu a pena!<br />

Após o caminho você descobrirá a si e aos outros, descobrirá<br />

valores que nunca imaginou que teria ou visualizaria nas pessoas ao redor,<br />

mas em contrapartida sentirá uma saudade imensa de acordar em um albergue<br />

ao lado de muitas pessoas, até então estranhas, mas que se tornaram<br />

sua família de caminhada.<br />

Então, aproveite cada momento de seu caminho, inclusive do<br />

planejamento, pois é nele que o caminho começa realmente, não busque<br />

no caminho respostas deixe que o caminho tome conta de você e guie<br />

seus passos e no final, no retorno, você verá como se desligar de tudo valeu<br />

a pena e descobrirá que seu caminho não terminou ao chegar no destino<br />

final, ele apenas começa com o renascimento de uma nova pessoa: VO-<br />

CÊ, só que numa versão “upgrade”.<br />

Buen Camiño!<br />

Graziela Brizola


Precisando de equipamentos esportivos?<br />

Nosso parceiro Mundo terra lhe ajudará<br />

no que precisar!<br />

A Mundo Terra possui o que há de<br />

melhor e mais completo em esportes. Para<br />

aventura, bike, escalada, caminhada,<br />

mergulho e muito mais. Além do atendimento<br />

completo que poderá lhe auxiliar<br />

caso você não saiba por onde começar.<br />

Procure a Mundo Terra e adquira o<br />

que há de melhor no esporte.<br />

Endereços:<br />

Higienópolis (SP) - Rua Maria Antônia, 80<br />

Moema (SP) - Al. Dos Nhambiquaras, 809<br />

Pinheiros (SP) - Av. Pedroso de Moraes,<br />

1085<br />

Ilhabela - Rua da Padroeira, 37 - Loja 01 -<br />

Galeria da Vila


O QUE LEVAR PARA UMA TRILHA?<br />

Quando resolvemos começar a caminhar e fazer<br />

trilhas muitas vezes ficamos um pouco perdidos com o<br />

que levar, acabamos comprando muitas coisas desnecessárias<br />

e que acabam se tornando um peso morto<br />

na mochila, então fica sempre a dúvida: O que levar na<br />

mochila para uma caminhada mais curta?<br />

É interessante procurar saber que tipo de terreno<br />

você estará começando sua caminhada, seu nível de<br />

dificuldade e quantos KM pretende andar, porém para<br />

as caminhadas mais curtas, de até um dia não precisamos<br />

de muita coisa.<br />

Com uma lista básica, é possível atender as necessidades<br />

de uma caminhada curta sem gastar muito.<br />

Então, o que levar? Comece com uma lista bem<br />

simples para uma caminhada bem curta, tenha em<br />

mãos (ou na mochila):<br />

1. Protetor solar, chapéu ou boné e repelente de insetos<br />

2. Óculos Escuros<br />

3. Lanterna de mãos ou cabeça (e pilhas reserva também)<br />

4. Lanches para o decorrer da viagem<br />

5. No mínimo 1,5l de água (você pode levar um Clorin<br />

caso você encontre água pela caminhada e esteja<br />

sem)<br />

6. Anorak ou capa de chuva<br />

7. Kit de primeiros socorros<br />

8. Câmeras ou celular para registrar (celular para comunicação<br />

se precisar)<br />

9. E muita vontade de caminhar (esse é essencial)


SANTA FELÍCIA<br />

Conta uma antiga lenda, a história de Santa Felicia e seu irmão Guillermo. Santa<br />

Felicia uma jovem bela, era filha da poderosa casa provençal dos duques de Aquitania,<br />

figura entre os devotos da nobreza européia medieval que fizeram a peregrinação a<br />

Santiago.<br />

Conta à lenda, que um belo dia a jovem com 17 anos, decidiu peregrinar a Santiago<br />

de Compostela. Seu pai e seu irmão, preocupados com os perigos que poderia correr,<br />

tentaram convencer a não efetuar a peregrinação, porém, nada pode demovê-la do<br />

seu intento e em uma certa manhã se pôs a caminho.<br />

Durante a viagem tomou contato com milhares de peregrinos famintos, doentes<br />

e muitos com os corpos deformados a procura da redenção de seus pecados. Dormiu<br />

em albergues caros, no entanto visitou locais aonde hospedavam os indigentes, enfrentou<br />

a morte e ajudou curar feridos nos hospitais.<br />

Seu coração ia se transformando a medida que avançava em direção à tumba do<br />

Apóstolo Tiago. Quando chegou a Compostela, sua decisão já havia sido tomada. Enviou<br />

uma carta a seus pais por um peregrino que retornava a Aquitania. “Amados padres y<br />

hermano mio. Mi vida está en la oración y en el trabajo. No regresaré ao lujo de la corte. Os<br />

quiere, Felicia”.<br />

Na volta de sua viagem, já como peregrina Felicia decidiu desfazer-se de todas as<br />

suas possessões mundanas e ficar como eremita em Amocain, dedicando-se ao serviço<br />

dos peregrinos jacobeos que passavam por aquela região.<br />

Ao saber da decisão da santa mulher, seu irmão Guillermo, o poderoso duque de<br />

Aquitania, a mando do seu pai, saiu em sua busca, e ao encontrar, pobre e humilde naquele<br />

rincão afastado na Espanha, morando em uma pequena ermida que ela própria<br />

construiu com suas mãos para cuidar dos pobres e louvar a Deus, rogou e suplicou com<br />

lágrimas nos olhos que voltasse a sua vida anterior no rico ducado de sua família. Quando<br />

esta se negou a cumprir com o mandato de seu pai, Guillermo, cheio de raiva e arrebatado<br />

por uma insana loucura, matou-a a punhalada no interior da ermida.<br />

O duque, voltando a si e vendo seu crime, arrependeu-se a ponto de ir a Roma<br />

pedir perdão ao Papa, que, como penitência, obrigou-o a efetuar a peregrinação a Compostela.<br />

Depois de efetuar por sua vez a peregrinação à tumba do Apóstolo, no seu regresso,<br />

tocado pelo arrependimento e pela fé, permaneceu em Obanos morando na<br />

ermida que sua irmã havia construído, continuando as obras pias que havia começado<br />

com a sua santa irmã. Chorou seu grande pecado até a sua morte. Atualmente um humilde<br />

sulco a beira do caminho que sobe a Ermida de Santa María de Arnoteguí, recorda<br />

estes feito, bem como a presença dos restos da antiga ermida de Santa María.<br />

O corpo de Santa Felícia encontra-se hoje na aldeia de Labiano, ao norte de Pamplona<br />

e o de seu irmão está na capela de Arnoteguí, onde passou o resto de sua vida em<br />

penitência.<br />

Anualmente em Obanos se representa a peça “El misterio de Obanos”, uma dramatização<br />

da lenda dos Santos Felicia e Guillermo, escrita pelo Canónigo Don Santos<br />

Beguiristáin, oriundo de Obanos. Na sacristia da igreja de San Juan Bautista, também<br />

em Obanos, conserva-se como relíquia o crânio de San Guillermo moldada em prata. Por<br />

uma tradição original, todos os anos, na quinta feira da Páscoa, distribuem-se no pueblo<br />

vinho com água passado pela venerável relíquia.<br />

O crânio de San Guillermo, moldado em prata, possui grandes orifícios na parte<br />

alta e na sua parte inferior. Colocado em um altar improvisado, derrama-se vinho pelo<br />

furo superior que é recolhido quando sai pela base, sendo o mesmo distribuído a todos<br />

aqueles que na ocasião estiverem presentes. Diz-se que esse vinho, consagrado pela<br />

passagem através do crânio do santo, possui propriedades curativas para muitas das<br />

enfermidades.<br />

*Retirado de www.caminhodesantiago.com.br


Quer fazer o Caminho do Sol? Então anote<br />

as próximas saídas e venha conosco.<br />

JULHO:<br />

SAÍDAS DIAS: 05, 12, 19 e 26<br />

PRÓXIMAS SAÍDAS<br />

AGOSTO:<br />

SAÍDAS DIAS: 09 e 30<br />

SETEMBRO:<br />

SAÍDAS DIAS: 13 e 27<br />

CONTATOS:<br />

Site: www.caminhodosol.org<br />

Celular (Conecta): (11) 95001.8267<br />

Fixo: (11) 2215-1661 (segunda à sexta-feira das<br />

8:00 às 18:00)


Comece seu planejamento<br />

e tenha<br />

um Caminho tranquilo.<br />

Venha conosco<br />

para este grande momento<br />

de sua vida e<br />

descubra o melhor de<br />

você!<br />

Prepare-se antecipadamente,<br />

venha<br />

com a Escolhidos de<br />

Santiago.<br />

Seu caminho começa<br />

AGORA!

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