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Velozes / R7 canada

Toda a ação no Grande Prêmio da Mônaco e a controversa vitória de Vettel, mais tudo o que vai acontecer no próximo final de semana em Montreal, no GP do Canadá! Mais: Perfil do inesquecível Gilles Villeneuve, com um mini-poster. Também tem um calendário de mesa para você baixar e imprimir aí na sua casa. Tudo Grátis!

Toda a ação no Grande Prêmio da Mônaco e a controversa vitória de Vettel, mais tudo o que vai acontecer no próximo final de semana em Montreal, no GP do Canadá! Mais: Perfil do inesquecível Gilles Villeneuve, com um mini-poster. Também tem um calendário de mesa para você baixar e imprimir aí na sua casa. Tudo Grátis!

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Fórmula 1 / <strong>R7</strong><br />

GRÁTIS – CALENDÁRIO DE MESA


Sexta-feira, 9 de junho de 2017<br />

Treino Livre 1 11:00 – 12:30<br />

Treino Livre 2 15:00 – 16:30<br />

Sábado, 10 de junho de 2017<br />

Treino Livre 3 11:00 – 12:00<br />

Classificação – 14:00 – 15:00<br />

Domingo, 11 de junho de 2017 Largada – 15:00


Extensão da Pista : 4.361m<br />

Numero de voltas: 70 = 305,270 km<br />

Recorde da pista: 1:13’662<br />

RUBENS BARRICHELLO (2004)


A última corrida de Jackie Stewart foi no Canadá, em 1973.<br />

Foi num Grande Prêmio do Canadá que, pela primeira vez na F-1, foi usado um Safety Car.<br />

Mas o Canadian Grand Prix começou longe da Fórmula 1, foi realizado em 1961 com carros<br />

esporte e a corrida só passou a fazer parte do Mundial de F-1 em 1967.<br />

A eterna rivalidade entre os descendentes de<br />

origem francesa e os de origem inglesa se refletiu nos<br />

primeiros Grandes Prêmios do Canadá disptados pelo<br />

Mundial de Pilotos: a corrida foi alternada entre as<br />

pistas de Mosport (na zona inglesa) e Mont Tremblant<br />

(do lado dos franceses). Antes, o GP do Canadá somente<br />

foi disputado em Mosport.<br />

A prova de 1967 foi realizada em Mosport, na região de<br />

Ontario, e foi vencida por Jack Brabham. mais de 1<br />

minuto à frente de seu companheiro Denny Hulme e<br />

mais de 1 volta à frente do terceiro colocado, Dan<br />

Gurney, em seu último pódio na F-1.<br />

Curiosamente, Brabham e Gurney pilotavam carros<br />

construídos por eles mesmos, o Brabham-Repco e o<br />

Eagle respectivamente.<br />

A essa altura, o neozelandês Denny Hulme liderava o<br />

campeonato 9 pontos à frente do australiano Jack<br />

Brabham e em terceiro vinha o neozelandês Chris<br />

Amon. Domínio total da Oceania na F-1!<br />

Como Denny venceu em 1968, desta vez em Mont<br />

Tremblant, perto de Quebec, esse domínio continuou.<br />

Ainda mais que, na prova de 1968, Denny – então o<br />

Campeão Mundial de Pilotos, venceu ao volante de uma<br />

McLaren e o segundo colocado foi o próprio Bruce<br />

McLaren, resultado que deixou Hulme empatado na<br />

liderança do Mundial com Graham Hill.<br />

O domínio “Oceânico” continuou em Mosport em 1969,<br />

com outra dobradinha, desta vez dos Brabhams – mas o<br />

vencedor foi o belga Jacky Ickx.<br />

Ickx venceria de novo em 1970, mas então em Mt.<br />

Tremblant e ao volante de uma Ferrari.<br />

Esta, contudo, seria a última vez que a corrida seria<br />

organizada nessa pista. Longe de um centro urbano que<br />

garantisse hotéis e restaurantes aos fãs, a adesão do<br />

público foi fraca nos dois anos em que realizou a prova, e<br />

os prejuízos levaram à falência da empresa que organizava<br />

o Grande Prêmio ali. As edições seguintes seriam corridas<br />

no Mosport Park.<br />

Nos dois anos seguintes a prova foi dominada por Jackie<br />

Stewart e sua Tyrrell, e em ambas o título de pilotos já<br />

estava decidido.


Jack Brabham venceu o primeiro GP do Canadá válido pelo Mundial, em 1967<br />

1995, Jean Alesi finalmente vence seu primeiro Grande Prêmio na Fórmula 1. Seria o único


A corrida de 1973 foi uma edição especial da prova por<br />

uma série de motivos.<br />

Jackie Stewart tinha assegurado seu terceiro título 15<br />

dias antes em Monza, mas a disputa pelo Mundial de<br />

Construtores estava aberta entre Tyrrell e Lotus.<br />

Iniciada com pista úmida, a corrida foi liderada por um<br />

irresistível Niki Lauda, com BRM, que assumiu a ponta<br />

na volta 3.<br />

Todos usavam pneus de seco e a pista ia secando<br />

gradualmente até que, na volta 32 das 80, a chuva caiu<br />

com força, levando Jody Scheckter (McLaren) e François<br />

Cevert a se enroscarem numa curva e baterem forte.<br />

Como resultado da batida, e com a chuva piorando, a<br />

organização decidiu lançar mão do Safety Car (ao lado).<br />

Era a primeira vez que se usava esse recurso na F-1.<br />

Ao mesmo tempo, vários carros foram para os boxes<br />

para montar pneus de chuva, e a confusão se instalou<br />

em Mosport!<br />

O primeiro carro que apareceu atrás do Porsche 914<br />

usado como Safety Car foi a Williams de Howden<br />

Ganley, enquanto Lauda estava nos pits – mas Ganley<br />

estava muito atrasado.<br />

Como não se usava trocar os pneus durante uma<br />

corrida, e os boxes de Mosport eram muito apertados,<br />

cada trocas foi difícil e demorada. E por isso Ganley não<br />

entrou nos pits e recuperou o atraso, mas não devia ser<br />

o líder…ou quem sabe era mesmo?<br />

A pancada de Cevert foi especialmente forte. Era um<br />

aviso? Poucos dias depois, François morreria no treino<br />

para o GP dos Estados Unidos. Esta foi, portanto, sua<br />

última largada na Fórmula 1. Como seria também para<br />

seu companheiro Jackie Stewart. O tri-campeão decidira<br />

abandonar as corridas após a prova nos Estados Unidos,<br />

mas não correu em Watkins Glen por causa exatamente<br />

da morte de Cevert.<br />

Quando o SC foi recolhido, a Shadow de Jackie Oliver<br />

estava em primeiro com Peter Revson em segundo à<br />

frente de Beltoise e Fittipaldi, Ganley estava meia volta<br />

atrás desse grupo. Ou à frente… enfim, Revson passou<br />

Oliver e Emerson passou Beltoise e Oliver e foi brigar<br />

com Revvie lá na frente, mas o mapa da Lotus mostrava<br />

o Rato uma volta na frente da McLaren então deu<br />

ordens para Emerson manter-se atrás do americano<br />

Completada a última volta, a bandeirada foi dada<br />

primeiro para…Howden Ganley!<br />

Howden Ganley, com um Iso-Marlboro de Frank<br />

Williams, vencia o GP do Canadá. Inacreditável!<br />

Pelo menos foi o que a Lotus e a McLaren – para não<br />

dizer a Shadow, pensaram. E protestaram o resultado.<br />

Depois de 2 horas de checagens e conferências de<br />

mapas de corrida das equipes, Revson foi declarado<br />

vencedor, com Emerson em segundo, Oliver em terceiro<br />

e Ganley em sexto, uma volta atrás.<br />

Assim como ninguém sabia então que esta era a última<br />

corrida de Stewart e Cevert, ninguém imaginava que<br />

essa vitória seria o último pódio de Peter Revson, que<br />

morreria no ano seguinte testando em Kyalami.<br />

A corrida de 1974 também foi especial para os<br />

brasileiros, pois a vitória de Emerson Fittipaldi (foto ao<br />

lado) o deixou empatado na disputa do título com Clay<br />

Regazzoni, mas diferente de Hulme em 1968 também<br />

com a McLaren, o bi-cameponato seria confirmado dias<br />

depois em Watkins Glen.


1977 marcou a primeira vitória “canadense” no GP do<br />

Canadá, com Jody Scheckter pilotando o carro de Walter<br />

Wolf, um austríaco naturalizado canadense. Foi o último<br />

GP do Canadá foi disputado em Mosport.<br />

No ano seguinte, a corrida aconteceu já no circuito<br />

construído na Ilha de Nossa Senhora, em Montreal. E aí<br />

sim, a vitória de um canadense de sangue, Gilles<br />

Villeneuve. Seria a primeira e única vitória de um<br />

canadense na corrida “em casa” (em cima, ao lado).<br />

O GP do Canadá foi também palco das vitórias únicas de<br />

dois pilotos marcantes, Jean Alesi e Robert Kubica.<br />

Alesi venceu a prova de 1995 com Ferrari, à frente das<br />

duas Jordans de Barrichello e Irvine. Na volta de retorno<br />

depois da bandeirada, Alesi parou na pista sem gasolina.<br />

Mais uma volta, e seria uma dobradinha da Jordan!<br />

Kubica venceu com BMW Sauber em 2008, largando da<br />

primeira fila e ultrapassando seu companheiro de<br />

equipe Nick Heidfeld para comporem uma dobradinha<br />

da BMW Sauber. Um ano antes, nessa mesma pista,<br />

Robert escapou da morte num acidente impressionante,<br />

depois de bater em aceleração no muro antes do<br />

Hairpin. Quem assistiu a batida (no centro, ao lado), não<br />

entende como o piloto saiu do carro andando…<br />

Como palco de primeiras vitórias, o circuito canadense<br />

também testemunhou a vitória inaugural de Daniel<br />

Ricciardo na F-1 em 2014, de uma forma espetacular,<br />

com direito a ultrapassagem na penúltima volta sobre<br />

Nico Rosberg. Lewis Hamilton também ganhou sua<br />

primeira na F-1 em solo canadense, em 2007.<br />

Em 1980, Piquet e Alan Jones disputavam o título.<br />

Piquet fez a pole com um carro que tinha um motor<br />

muito forte, preparado apenas para a classificação. Na<br />

corrida, Piquet largaria com um outro carro, com um<br />

motor para durar a corrida inteira. Na largada, ele e<br />

Jones disputam a primeira curva. Nenhum dos dois é<br />

flor que se cheire, ambos jogam duro e Piquet acaba<br />

rodando e causando uma série de batidas. A prova é<br />

interrompida e Piquet vai ser obrigado a usar o carroreserva,<br />

aquele com o motor-canhão. Na relargada, ele<br />

deixa Jones tomar a curva na frente para logo depois<br />

passar a Williams e ir para a ponta, mas o motor<br />

realmente não aguenta e Jones cruza para a vitória que<br />

o deixará a dois pontos do título.<br />

No ano seguinte, Jacques Lafitte conquistava sua última<br />

vitória na Fórmula 1, a bordo da Ligier-Matra.<br />

Esta foi uma daquelas corridas que levaram Villeneuve a<br />

se tornar ídolo não apenas da nação ferrarista, mas de<br />

todo apaixonado pela velocidade. Corrida realizada com<br />

pista molhada, só para variar, e Gilles se acidentou e<br />

danificou a frente do seu carro, mas continuou na prova.<br />

Conforme a pressão do ar entortava o bico, a frente da<br />

Ferrari foi fechando a visão do piloto (foto ao lado), que<br />

mesmo assim continuou veloz até que, em pedaços, o<br />

bico danificado caiu na pista. Villeneuve então tocou em<br />

frente, e ainda acabou em terceiro lugar.<br />

Foi sua última corrida no Canadá.


Essa de 1981 foi a última corrida no Île Notre Dame, já<br />

que em 1982 a pista passou a se chamar Circuit Gilles<br />

Villeneuve, numa justa homenagem ao grande piloto<br />

canadense que havia morrido apenas algumas semanas<br />

antes, na Bélgica. Outra mudança nesse ano foi a data<br />

da prova, que foi puxada para junho para fugir do mal<br />

tempo canadense de final de outono.<br />

Infelizmente, nessa prova a fatalidade atingiu o piloto<br />

italiano Riccardo Paletti. Na largada, Paletti atingiu a<br />

traseira da Ferrari de Pironi, que estava parada no grid,<br />

e sofreu graves lesões no tórax. (na foto ao lado).<br />

Nossos três campeões venceram no Canadá.<br />

Emerson venceu em 1974, Nelson Piquet ganhou três<br />

vezes, em 1982, 1984 e 1991. Ayrton Senna ganhou em<br />

1988 e 1990.<br />

A vitória de Piquet em 1991 foi, de certa forma, hilária.<br />

Pitoresca foi, sem dúvida! As duas Williams-Honda com<br />

suspensão ativa dominaram a prova, mas no final Piquet<br />

se aproximou com sua Benetton e passou Patrese, que<br />

estava com problemas de câmbio, para assumir o<br />

segundo lugar.<br />

Nigel Mansell estava muito à frente e com a vitória<br />

garantida, mas na última volta, tão seguro estava o<br />

Leão, que reduziu o ritmo enquanto já acenava para o<br />

público. Reduziu tanto que, sem velocidade para acionar<br />

a bomba hidráulica, o carro travou o câmbio, e Nigel,<br />

que comemorava, viu a vitória escorrer por seus dedos…<br />

Piquet passou e venceu. Mansell foi trapalhão nessa!<br />

Outra vitória memorável foi a de Button em 2011.<br />

Jenson bateu com seu companheiro de McLaren, Lewis<br />

Hamilton, o que trouxe o Safety Car para a pista . Com a<br />

bandeira verde exposta, foi a chuva que determinou a<br />

paralisação da corrida por duas horas.<br />

1991, Piquet vence de maneira inesperada, quando Mansell deixa seu carro morrer na última volta! (abaixo)


Dada a relargada, Button bateu de novo, desta vez com<br />

Alonso, e caiu para o último lugar! E lá foi Janson<br />

remando, remando, até chegar nos três primeiros,<br />

Vettel, Webber e Schumacher.<br />

Faltando cinco voltas, Button deixa Webber para trás e<br />

sai à caça de Vettel, a quem alcança a duas voltas do<br />

final. Pressionando, Button força um erro do alemão, o<br />

ultrapassa na última volta e vence! Sensacional!<br />

Button e sua incrível<br />

. vitória em 2011<br />

Foi no Canadá onde pela primeira vez dois irmãos foram<br />

ao topo do pódio na F-1, com Michael e Ralf<br />

Schumacher em 1o. e 2o. lugares na corrida de 2001.<br />

A última curva do circuito é uma chicane apertada que<br />

tem à sua saída o Muro dos Campeões.<br />

Essa barreira tem esse nome porque, em 1999, Michael<br />

Schumacher (campeão em 94-95), Damon Hill (campeão<br />

em 1996), Jacques Villeneuve (campeão em 1997) e<br />

Ricardo Zonta (então campeão do FIA-GT) bateram nele!<br />

Um problema recorrente na Ilha de Nossa Senhora são<br />

as marmotas. Sim, marmotas! Milhares delas moram na<br />

ilha, e vez por outra decidem visitar suas parentes do<br />

outro lado da pista, o que já causou alguns<br />

atropelamentos e marmoticídeos.<br />

Dentre as marcas, Ferrari e McLaren dividem a liderança, com 13 vitórias cada. A Willliams tem sete vitórias.<br />

Sete vitórias também tem Michael Schumacher, o recordista de vitórias entre os pilotos, todas com Ferrari.<br />

Dos em atividade, Lewis Hamilton conta com 5 vitórias, enquanto Alonso, Vettel e Ricciardo têm 1 vitória cada.<br />

Das grandes marcas, a Lotus nunca venceu o GP do Canadá na F-1, embora tenha 2 vitórias em protótipos (61-62)<br />

Abaixo, Denny Hulme segue rumo à vitória em 1968, com McLaren. Os neozelandeses dominavam tudo!


PREVISÃO MEMO F1 - As chances de cada um no Canadá<br />

MERCEDES – Inapelavelmente batida<br />

pela Ferrari em Mônaco, a Mercedes deverá<br />

estar mais no páreo em Montreal, por se<br />

tratar de uma pista muito mais veloz. Lewis<br />

terá um jogo de Super-Macios a mais que<br />

Bottas, o que lhe dará mais opções de acerto<br />

nos treinos e na corrida; Valtteri por sua vez<br />

terá uma opção de um stint mais longo com<br />

Macios, dependendo da situação de corrida.<br />

É uma boa aposta para a vitória. Vá de #44.<br />

FERRARI – A Ferrari dominou como quis<br />

em Mônaco, o que era previsível. Numa<br />

pista com longos trechos de aceleração,<br />

deve perder um pouco da vantagem sobre a<br />

Mercedes, então a estratégia conta muito.<br />

Os dois pilotos terão um jogo a mais de<br />

Ultras do que a dupla prateada, o que pode<br />

trazer muita força na classificação, mas nem<br />

tanto na corrida. Ou estarão planejando 3<br />

paradas? É bom ficar de olho nisso!<br />

RED BULL – Os Touros Solitários – estão<br />

longe atrás da dupla dominadora e muito à<br />

frente dos demais concorrentes, devem estar<br />

muito desmotivados depois da prova no<br />

Principado, sua melhor chance de vitória no<br />

ano mas que passou longe. Reservaram 5<br />

jogos de Super-Macios para cada carro, então<br />

deverão tentar um stint muito curto no<br />

começo da prova com os Ultras e depois<br />

esperar um Safety Car para ir para a frente.<br />

FORCE INDIA – Depois de ficar sem<br />

pontos em Mônaco, voltam a uma písta<br />

onde as chances são muito melhores para<br />

seu carro. A estratégia de pneus é<br />

conservadora, 2 Super-M e 8 Ultras para<br />

acertar bem o carro com tanques vazios e<br />

cheios e depois dar tudo na corrida de<br />

forma consistente. A briga será com<br />

Hulkenberg, Sainz e as Haas, mas o carro e<br />

os pilotos devem vencer essa disputa.<br />

WILLIAMS –Sem projetista, a equipe está<br />

andando para trás, mas o circuito canadense<br />

costuma ser bom para as Willliams, o que<br />

poderá por Massa brigando com a Force<br />

India e a Renault, mas será uma briga dura!<br />

Stroll, correndo em casa, deve estar mais<br />

concentrado e sólido e até obter uma<br />

posição boa no grid. Com um Super-M a mais<br />

que Massa, poderá tentar alguma estratégia<br />

diferente para garantir seus primeiros pontos<br />

McLAREN – Alonso deve voltar mais<br />

leve, depois de correr na Indy 500; e o<br />

desempenho de Vandoorne em<br />

Mônaco foi encorajante, mostrando<br />

que o MCL32 é um bom chassis. Ambos<br />

terão 10 Ultras cada para queimar, o<br />

que indica 3 pit-stops , largand com os<br />

Super-Ms e depois trocando pelos<br />

roxos. Ah se o motor aguentasse!<br />

TORO ROSSO – Sainz finalmente se<br />

firmou sobre Kvyat e está colhendo<br />

resultados excelentes. O carro não é dos<br />

mais velozes, mas é muito consistente e<br />

chegador. A estratégia de pneus é a mesma<br />

da Force India, com quem a equipe briga<br />

pelo posto de 4ª força do Mundial, mas a<br />

disputa com Haas-Ferrari e FI-Mercedes é<br />

desigual por causa de seu motor Renault. E<br />

ainda tem a Williams numa pista boa para os<br />

carros brancos, então pontos serão poucos.<br />

H A A S – Tem um carro veloz, mas parece<br />

que ainda sofre com os freios. Em Montreal<br />

a situação é menos delicada que em<br />

Mônaco, mas há 3 freadas muito fortes que<br />

vão exigir muito dos Brembos. Romain<br />

Grosjean já teve anos melhores, mas<br />

Magnussen está pilotando bem e ambos<br />

podem novamente chegar nos pontos se<br />

ficarem longe de batidas e encontrões. Não<br />

será surpresa se foram os carros a<br />

chamarem o Safety Car para a brincadeira...<br />

RENAULT – Depois da decepção de<br />

Mônaco, outra corrida em território de<br />

lingua francesa para esquecer o mal fim<br />

de semana monegasco. A pressão da<br />

equipe sobre Palmer já chegou à mídia,<br />

o que não ajuda em nada a cabeça de<br />

pobre infeliz! Hulkenberg não tem nada<br />

com isso e vem tirando o que o carro<br />

tem para dar, mas os corações em Viry-<br />

Chatillon estão batendo por Alonso!<br />

SAUBER – A Sauber voltou ao seu lugar<br />

de direito em Mônaco, o fim da fila. Ericsson<br />

e Wehrlein têm em Montreal uma chance de<br />

aproveitar a potência do motor Ferrari, as<br />

muitas melhorias aplicadas em Mônaco em<br />

seu chassis bem balanceado e se meter entre<br />

os concorrentes mais fortes, mas a briga é<br />

pela 15ª. posição. Contudo, Montreal<br />

oferece a chance de chuva intensa, sempre<br />

há batidas e Safety Cars e isso abre a porta<br />

para algo melhor. Mas só nessa situação!


Veja como o campeonato está antes do Canadá<br />

MUNDIAL DE PILOTOS 2017 / CLASSIFICAÇÃO<br />

POS No. PILOTO PTS V<br />

1 5 SEBASTIAN VETTEL 129 3<br />

2 44 LEWIS HAMILTON 104 2<br />

3 77 VALTTERI BOTTAS 75 1<br />

4 7 KIMI RÄIKKÖNEN 67<br />

5 3 DANIEL RICCIARDO 52<br />

6 33 MAX VERSTAPPEN 45<br />

7 11 SERGIO PÉREZ 34<br />

8 55 CARLOS SAINZ JR. 25<br />

9 19 FELIPE MASSA 20<br />

10 31 ESTEBAN OCON 19<br />

11 27 NICO HÜLKENBERG 14<br />

12 8 ROMAIN GROSJEAN 9<br />

13 20 KEVIN MAGNUSSEN 5<br />

14 94 PASCAL WEHRLEIN 4<br />

15 26 DANIIL KVYAT 4<br />

16 18 LANCE STROLL 0<br />

17 36 ANTONIO GIOVINAZZI ITA 0<br />

18 30 JOLYON PALMER 0<br />

19 2 STOFFEL VANDOORNE 0<br />

20 14 FERNANDO ALONSO 0<br />

21 9 MARCUS ERICSSON 0<br />

MUNDIAL DE CONSTRUTORES 2017 / CLASSIFICAÇÃO<br />

POS MARCA PTS V<br />

1 FERRARI 196 3<br />

2 MERCEDES-BENZ 179 3<br />

3 RED BULL TAG HEUER 97<br />

4 FORCE INDIA MERCEDES 53<br />

5 TORO ROSSO RENAULT 29<br />

6 WILLIAMS MERCEDES 20<br />

7 RENAULT 14<br />

8 HAAS FERRARI 14<br />

9 SAUBER FERRARI 4<br />

10 McLAREN HONDA 0


OS PNEUS NO CANADÁ<br />

Ultra-Macios Super-Macios Macios<br />

As Escolhas dos Pilotos


Gilles VILLENEUVE .<br />

Joseph Gilles Henri Villeneuve<br />

nasceu em Richelieu, perto de Montreal, na<br />

província do Quebec, em 18 de janeiro de 1950.<br />

Campeão Mundial de<br />

snowmobile em 1974<br />

Filho de um afinador de pianos, Gilles logo deu<br />

vazão á sua veia competitiva correndo de<br />

snowmobile (aquelas motos de neve).<br />

E não foi um competidor qualquer! O Hall da Fama<br />

do snowmobile o trata como um dos grandes<br />

nomes de todos os tempos nesse esporte de neve.<br />

Começou em corridas locais na sua cidadezinha e<br />

logo conquistou o Canadá e os Estados Unidos e,<br />

em seguida, o mundo, vencendo o Mundial de<br />

Snowmobile de 1974, aos 22 anos de idade.<br />

E Gilles era não só um piloto de enorme talento. Ele<br />

desenhou o primeiro snowmobile de esteira dupla<br />

da história e desenvolveu um tipo de suspensão<br />

para esses veículos que revolucionou o esporte.<br />

Nos carros, ele estreou aos 18 anos, pilotando seu<br />

Ford Mustang preparado por ele mesmo, em<br />

corridas locais.<br />

Em 1975, com um Fórmula Ford de dois anos de<br />

uso que ele comprou e preparou, venceu sete das<br />

dez provas do ano, sagrando-se campeão da F-Ford.<br />

Nesse mesmo ano estreou com vitória na Fórmula<br />

Atlantic, vencendo sob chuva em Gimly.<br />

Ao mesmo tempo, ele seguia dominando no<br />

cenário do snowmobile. Mas mesmo no gelado<br />

Canadá, essa era uma atividade de inverno. No<br />

verão, seu coração pertencia aos carros velozes.<br />

Com seu Ford Mustang, na fila para competir<br />

No ano seguinte, com um March preparado por um<br />

ex-mecãnico da fábrica, Gilles foi campeão<br />

canadense e norte-americano de Fórmula Atlantic,<br />

vencendo todas as corridas menos uma, pela Ecurie<br />

Canada. E repetiu o título canadense em 1977.<br />

Nesse ano, em uma corrida no circuito de Trois-<br />

Rivières que contou com a presença de pilotos da<br />

Fórmula 1, Gilles derrotou e impressionou<br />

positivamente o então campeão mundial, o<br />

inglês James Hunt, o que lhe rendeu um convite<br />

para disputar o Grande Prêmio da Inglaterra,<br />

em Silverstone, com um terceiro carro da<br />

equipe McLaren.


77: Patrocínio de fábrica de snowmobile!<br />

Gilles VILLENEUVE<br />

Nesta prova, com um McLaren M23, o mesmo<br />

modelo com que Hunt vencera o título mundial no<br />

ano anterior, Gilles largou na 9ª posição, à frente do<br />

segundo piloto oficial do time, Jochen Mass.<br />

Problemas mecânicos o atrasaram e o canadense<br />

terminou a corrida em 11º lugar, enquanto Hunt<br />

vencia com o novo M23 e Mass terminava em 4º.<br />

O seu F-Ford, um Kaimann. Campeão canadense<br />

Campeão de Fórmula Atlantic em 1976<br />

1977 foi um ano bastante agitado para o jovem<br />

Gilles Villeneuve. Além de competir nos<br />

snowmobiles, na Fórmula Atlantic e ter estreado na<br />

Fórmula 1, o canadense também disputou a série<br />

Can-Am pela equipe de Walter Wolf com um Dallara.<br />

Apesar disso, o dinheiro era curto, e a temporada na<br />

F-Atlantic foi parcialmente patrocinada pela fábrica<br />

de snowmobiles para quem Gilles pilotava! Com<br />

Wolf, pelo menos ele seria pago, dois mil dólares por<br />

corrida mais despesas. Gilles estava no céu.<br />

Mas o carro era uma porcaria! Seu chefe de equipe<br />

era ninguém menos que Chris Amon, mas o carro<br />

tinha uma tendência crônica para perder rodas e<br />

acabar com os freios. Na sua estréia, em Watkins<br />

Glen, Villeneuve qualificou em quarto para a<br />

largada, mas os freios acabaram na terceira volta!<br />

Amon estava estarrecido com a habilidade de Gilles.<br />

Conversando com o mecânico da equipe, Amon<br />

comentava: “Sabe, quando eu pilotava e o carro<br />

rodava, eu virava passageiro. O Gilles não! Ele<br />

sempre está tentando dominar o bicho, pensando<br />

quando soltar a embreagem, que caminho<br />

direcionar...o único outro piloto que vi com tanto<br />

controle do carro se chamava Jimmy Clark...”<br />

A única corrida que o carro de Walter Wolf aguentou<br />

até o fim foi em Elkhart Lake, e Gilles terminou em<br />

terceiro lugar fazendo a volta mais rápida.<br />

De Dallara, correndo na Can-Am para Walter Wolf e Chris Amon


GP do Canadá/77 – A estréia na Ferrari<br />

De volta à F-1, a McLaren não mostrou interesse<br />

em continuar com o canadense depois da<br />

Inglaterra. Gilles também não pensava muito no<br />

assunto, e com certeza entendia que se fosse<br />

para ir correr na Europa, seria mais fácil ser pelas<br />

mãos do próprio Walter Wolf, que nesse<br />

momento disputava o título da F-1 com Jody<br />

Scheckter, do que com a equipe Mclaren. Teddy<br />

Mayer afinal escolheu Patrick Tambay, que<br />

estava dominando a Can-Am pela Lola.<br />

GP do Japão/77 – Gilles sobe na traseira do<br />

Tyrrell de Ronnie Peterson e sai voando<br />

sobre o público, matando um espectador e<br />

um bandeirinha<br />

Mas a apresentação em Silverstone chamou a<br />

atenção de muita gente na Europa. Gilles<br />

marcou a quinta volta mais rápida da corrida, e a<br />

imprensa rasgou elogios ao seu desempenho,<br />

incluindo o Times, que escreveu “Se alguém está<br />

procurando um futuro campeão mundial, basta<br />

dar uma olhada neste calmo e seguro jovem”.<br />

Enzo Ferrari estava procurando um futuro<br />

campeão. Sempre estava! procurou Chris Amon<br />

para ter referências, e um mês depois da corrida<br />

na Inglaterra mandou chamar esse jovem calmo<br />

e talentoso para conversar.<br />

Il Comendattore ficou imediatamente<br />

impressionado com o jeito de Gilles. “Eu vi nele<br />

o mesmo tipo que via em Tazio!” comentou anos<br />

depois, se referindo a Tazio Nuvolari, o grande<br />

piloto italiano de antes da guerra.<br />

Um rápido teste na pista de Fiorano, bem ali ao<br />

lado da fábrica da Ferrari, e Villeneuve foi<br />

contratado para fazer as duas provas finais de<br />

1977 com um terceiro carro e toda a temporada<br />

de 1978 no lugar de Niki Lauda.<br />

Mas Niki estava pu*o da vida com a Ferrari,<br />

tendo sido rejeitado e posto de lado pela equipe<br />

depois de desistir da corrida e do título mundial<br />

de 1976 no GP do Japão. Ferrari só o aturava por<br />

causa do contrato, mas dava toda a atenção a<br />

Carlos Reutemann, recém-contratado à Brabham<br />

para liderar a equipe. Por isso, tão logo garantiu<br />

o título mundial de 1977 em Watkins Glen,<br />

Lauda deu um pé na Ferrari e avisou que não<br />

corria mais pela equipe, o que serviu para<br />

Villeneuve entrar no seu lugar definitivamente.<br />

Sua estreia na Ferrari foi no GP do Canadá.<br />

Foi uma estreia apagada e ele quebrou no final.


1978 não começou com bons resultados. Uma série da<br />

abandonos após um apagado 8º lugar na primeira<br />

corrida começou a abalar a permanência do<br />

canadense na equipe. Boa parte da fraca performance<br />

podia ser atribuída aos novos pneus radiais Michelin,<br />

que a Ferrari começava a usar, mas vai convencer um<br />

italiano disso!<br />

No GP dos Estados Unidos-Oeste, em Long Beach, as<br />

Ferraris foram os mais velozes na classificação, e Gilles<br />

logo assumiu a ponta à frente de Reutemann. Na volta<br />

39 (de 80), Gilles foi dar uma volta em Regazzoni, que<br />

duelava com a Renault turbo de Jabouille. Afobado, o<br />

líder não esperou uma oportunidade mais clara e<br />

enfiou a Ferrari na traseira da Shadow de Rega, indo<br />

ambos pararem nos guard rails.<br />

A imprensa italiana uivava de raiva, exigindo a<br />

imediata demissão do piloto que batia tanto! Mas<br />

Enzo Ferrari insistiu no seu “picolo canadese”.<br />

Os primeiros pontos vieram em maio, no GP da<br />

Bélgica, disputado em Zolder. Quarto tempo no grid,<br />

Gilles deveria ter chegado em segundo, mas um furo<br />

no pneu o jogou para o 4º posto final.<br />

Suas posições de largada começaram a ficar mais<br />

próximas da primeira fila, e na Áustria ele obteve seu<br />

primeiro pódio, terceiro lugar.<br />

Enquanto isso, seu parceiro de Ferrari dava sinais de<br />

descontentamento com o fraco desempenho da<br />

Ferrari com pneus radiais. E como El Lole sabia<br />

infernizar a vida de todos quando não estava feliz!<br />

Bernie tinha sofrido isso em 1976 quando equipou<br />

seus Brabhams com problemáticos motores Alfa<br />

Romeo. Agora era a vez de Enzo Ferrari sofrer as dores<br />

de Reutemann. Mas Enzo Ferrari é Enzo Ferrari! Logo<br />

coloca de lado o “Atormentato i atormentante”, como<br />

ele chamou o argentino, e elege Villeneuve como o<br />

líder da equipe.<br />

O acidente na largada do GP da Itália, que resultou na<br />

morte de Ronnie Peterson, antecipou o ciclo de<br />

contratos da F-1 para 1979. Ronnie estava acertado<br />

com a McLaren, no lugar de James Hunt, abrindo uma<br />

vaga na dominadora Lotus, na qual Reutemann pulou<br />

de cabeça. Sua vaga em Maranello será preenchida<br />

por Jody Scheckter, que deixa seu posto na Wolf para<br />

Hunt. Enorme dança das cadeiras!<br />

Com tudo isso, e mais um tanto de sorte, Gilles vai<br />

vencer sua primeira corrida de F-1.<br />

O palco era perfeito para isso: ele vence no Canadá.<br />

A primeira vitória! Terceiro no grid atrás de Jarier, da Lotus, e Scheckter<br />

com o Wolf, Gilles é surpreendido na largada por Alan Jones, no<br />

Williams branco na foto acima. Jones se segurou em segundo por 18<br />

voltas, enquanto Jarier sumia na frente. Na volta 25 ele supera seu<br />

futuro companheiro de Ferrari, Scheckter, e assume o segundo lugar.<br />

Como no Brasil/75, Jarier é inalcançável, mas então um problema na<br />

bomba de óleo força seu abandono, como no Brasil/75, e Gilles assume<br />

a ponta para vencer pela primeira vez pela Ferrari, correndo em casa.<br />

Momentaneamente guindado a primeiro piloto no final de 78, Gilles é<br />

convencido por Enzo Ferrari a trabalhar como segundo de Scheckter em<br />

1979, com a promessa de que terá sua vez como primeiro piloto depois<br />

que o sul-africano for embora. Gilles aceita ser segundo de Jody.<br />

Mas essa promessa terá sérias consequências no futuro...<br />

Em 1979, a despeito da vantagem técnica dos carros-asa sobre a Ferrari<br />

312-T4, cujo motor largo não permite esse tipo de chassis, a Ferrari<br />

acabará vencendo o Mundial de Pilotos e o de Construtores com 6<br />

vitórias no ano, 3 para cada piloto, e tudo acaba bem em Maranello.


O ano de 1979 foi aquele que, em dois atos,<br />

sedimentou a fama e a idolatria de Villeneuve entre os<br />

ferraristas e os amantes da velocidade em geral.<br />

O primeiro foi no Grande Prêmio da França, onde<br />

estrearam as Renault RS20, a segunda geração dos<br />

carros turbo iniciada em 1977. Nesse dia, após a<br />

paralisação da corrida e seu recomeço, Gilles travou<br />

uma batalha épica com René Arnoux, da Renault. No<br />

intervalo, a Renault deu pressão total aos turbos, e<br />

Arnoux se aproveitou disso para vir de trás e<br />

questionar o segundo lugar de Villeneuve. A três voltas<br />

do fim, René passou Gilles e os dois trocaram de<br />

posição a cada curva, batendo rodas e se empurrando<br />

pelo circuito de Dijon até Villeneuve passar em<br />

definitivo o francês na penúltima curva da última volta<br />

O segundo ato foi em Zandvoort, na Holanda, quando<br />

o pneu traseiro esquerdo explodiu logo depois dos<br />

boxes. Gilles controla o carro e segue em frente em<br />

duas rodas apenas, já que a dianteira oposta está<br />

suspensa no ar. Completa a volta numa nuvem de<br />

faíscas, o competidor que nunca desiste da luta, e<br />

briga para os mecãnicos montarem um novo pneu,<br />

mas a suspensão está danificada.<br />

Apesar do título, a segunda metade de 1979 viu surgir<br />

duas novas forças na Fórmula 1, a equipe Williams,<br />

com seu carro-asa FW07, que vencerá cinco das sete<br />

últimas corridas do ano e continuará vencendo em<br />

1980, e a nova Renault RE20 bi-turbo. Enquanto isso,<br />

as Ferraris sofrem com duplos abandonos a cada<br />

corrida de 1980, e o carro está ficando para trás.<br />

Tudo isso desmotiva ainda mais o campeão Jody<br />

Scheckter, que anuncia sua aposentadoria das pistas<br />

no GP de Monza. Voltar a ser o primeiro piloto da<br />

Ferrari a esta altura não significa nada para Vileneuve,<br />

pois o carro não tem a menor chance contra os super<br />

aderentes carros-asa e os super potentes turbos.<br />

Para 1981, a Scuderia Ferrari apresenta uma revolução<br />

na forma de carro: o modelo 126CK, com motor turbo<br />

e chassis monocoque tipo carro-asa – a 312-T ainda<br />

usava o ultrapassado chassis de treliça de tubos, 18<br />

anos depois de Colin Chapman ter inventado os<br />

monocoques e revolucionado a F-1 com seu Lotus 25...<br />

Potente o bichão é, mas impossível de fazer curvas!<br />

Villeneuve e seu novo companheiro, Didier Pironi,<br />

sofrem para classificar o carro no grid, e depois sofrem<br />

para levá-lo ao fim das corridas.<br />

Ambos os carros abandonam as três primeiras carreras<br />

do ano, mas aos poucos o time vai aprendendo todas<br />

as manhas de um carro-asa com chassis monocoque e<br />

motor turbo. Um quinto de Pironi em San Marino e um<br />

quarto lugar de Villeneuve na Bélgica preparam o<br />

caminho para duas vitórias de Gilles nas duas pistas<br />

menos velozes do ano, Mônaco e Espanha.<br />

Em Mônaco, Gilles larga em segundo no grid, mas é<br />

superado também por Alan Jones. Vencerá depois de<br />

Piquet bater no meio da disputa e de Jones parar com<br />

a bomba de gasolina partida.<br />

Sétimo no grid em Jarama, Gilles pulou para terceiro<br />

no final da primeira volta, passou Reutemann na<br />

segunda e saiu à caça de Jones, até que o australiano<br />

escorregou para fora da pista e se atrasou. Difícil de<br />

segurar nas curvas, apenas o motor potente permitiu<br />

que Gilles chegasse na frente na última corrida de F-1<br />

em Jarama, com os cinco primeiros cruzando com uma<br />

diferença de menos de 1,5 segundo!


O resto do ano foi de mais quebras e acidentes, com uma única exceção do<br />

Canadá, quando foi ao pódio.<br />

Outra corrida que fez aumentar o mito Gilles Villeneuve com o público, depois<br />

que ele pilotou normalmente um carro com o bico todo amassado para trás<br />

numa colisão com Elio de Angelis da Lotus (na imagem ao lado), interrompendo<br />

a visão do piloto da pista, até se separar do carro e cair. Livre do estorvo, Gilles<br />

prosseguiu em frente a toda a velocidade, mesmo sem nenhum apoio<br />

aerodinâmico na frente do carro, e terminou no pódio. Ah sim: para facilitar,<br />

chovia muito sobre Montreal naquele domingo.<br />

Um novo carro foi projetado para 1982, eliminando todos os problemas e falhas<br />

de projeto do carro de 1981. Belo, forte e veloz. Assim foi o modelo 126C2.<br />

Alain Prost começou o ano vencendo e vencendo com a nova Renault, mas<br />

depois abandonou duas vezes. As Ferraris começaram ao contrário disso,<br />

quebrando e quebrando, mas em San Marino, quarta corrida do Mundial, as<br />

Ferraris dominaram e venceram. Mas essa corrida foi marcada pela desavença.<br />

Primeiro, por causa da desclassificação da Brabham de Piquet e da Williams de<br />

Rosberg no GP do Brasil, punição confirmada pouco antes da corrida em Ímola,<br />

as equipes inglesas boicotaram a prova. Apenas Ferrari, Alfa Romeo e Renault,<br />

dentre as equipes de fábrica, se inscreveram. De última hora, a Tyrrell também<br />

participou. As demais era as equipes pequenas, tipo Osella, Toleman e ATS.<br />

As Renaults dominaram os treinos, mas foram pressionadas por Ecclestone e<br />

decidiram se retirar da prova. Assim, a Ferrari correu sozinha.<br />

A outra desavença foi interna. Na Ferrari.<br />

Quando Villeneuve aceitou ser coadjuvante de Scheckter em 1979, teve a<br />

promessa de Enzo Ferrari que seria o primeiro piloto assim que Jody saísse. Jody<br />

saiu, e agora Gilles contava com a palavra do Comendador para liderar a equipe.<br />

Não foi assim em Ímola!<br />

Disparados na frente, as duas Ferraris receberam ordens para diminuir o ritmo e<br />

assim evitar uma quebra. Villeneuve obedeceu, mas Pironi não, e ultrapassou<br />

seu companheiro. Gilles pensou que era apenas uma brincadeira de Pironi e<br />

passou a Ferrari número 28 de novo, sem grandes dramas.<br />

Didier voltou a passar Villeneuve, e então tudo ficou claro: Pironi resistiu a uma<br />

nova investida de Villeneuve, e os dois começaram a duelar pela vitória.<br />

Para Villeneuve, era uma traição de Pironi, mas o pior era que não vinha<br />

nenhuma ordem dos boxes para que a ordem fosse reajustada.<br />

Pironi venceu, e Villeneuve jamais o perdoou por isso.


A raiva ainda corroía o coração de Villeneuve quando a Fórmula 1 voltou a se encontrar 15 dias depois em Zolder, na<br />

Bélgica. Ele não falava com Pironi nem com a maioria dos integrantes da equipe. Sábado, 8 de maio, faltando 8 minutos<br />

para o término da classificação, Pironi estava 0,1seg à frente de Villeneuve, que saiu para buscar um tempo melhor.<br />

Na sua volta lançada, logo depois da primeira chicane, num gancho à esquerda chamado Butte, Villeneuve encontrou o<br />

March de Jochen Mass indo devagar em sua volta de retorno aos boxes e não teve tempo desviar-se. A roda dianteira<br />

esquerda subiu pelo pneu traseiro direito do carro de Mass. A Ferrari alçou vôo e caiu de frente na grama ao lado da<br />

pista, cambalhotando de frente. No processo, já sem a parte dianteira do chassis, Gilles Villeneuve foi lançado, sem o<br />

capacete mas em seu banco e cinto de segurança, sobre o asfalto, indo parar nas cercas de proteção do outro lado da<br />

pista. Gilles foi entubado e mandado para o hospital, mas o pescoço quebrado não permitiu nenhuma esperança.<br />

A corrida seguinte seria o GP do Canadá, e o circuito de Île de Notre Dame recebeu o nome de Circuit Gilles Villeneuve.


Gilles era casado com Joann (ou Jo Ann) e teve dois filhos, Jacques e Melanie. Jacques eventualmente<br />

seguiu os passos do pai e se tornou piloto, com muito sucesso na carreira. Na foto abaixo, ele está no<br />

colo do pai no March de Fórmula Atlantic de Gilles.<br />

Há um Museu Gilles Villeneuve em Berthierville, onde ele cresceu (em baixo, a entrada do museu), e<br />

um monumento em sua homenagem na entrada da fábrica de motores da Ferrari (na outra página)


GILLES VILLENEUVE / FERRARI 312 T4 / Canadá 1980


AS PISTAS DO MUNDIAL 2017


A FERRARI DOMINA NO PRINCIPADO<br />

A Ferrari não teve adversários em Mônaco e Vettel supera o pole-sitter Kimi Räikkonen<br />

nos boxes para vencer a terceira no ano. Hamilton tem problemas nos treinos e faz<br />

corrida de recuperação. Desta vez, a Force India ficou sem nenhum ponto enquanto<br />

Dani Ricciardo completa o pódio, para desespero de Mad Max Verstappen. Massa é 9º.<br />

Alonso vai correr as 500 Milhas de Indianápolis e Button toma seu posto na McLaren.


TREINOS DE CLASSIFICAÇÃO<br />

Q1<br />

A Ferrari começou bem o treino, mas Verstappen foi a<br />

surpresa, marcando o melhor tempo, com Vettel e Kimi<br />

logo atrás. Ricciardo vinha em quarto, a comprovar a<br />

dificuldade da Mercedes nas ruas de Mônaco. No meio do<br />

bolo, Grosjean rodou na Mirabeau mas evitou os rails e<br />

seguiu no treino, mesmo tendo andado na contra-mão da<br />

pista – o que costuma resultar em desclassificação. Ocon<br />

esperava seu carro ficar pronto depois da batida no TL3 e<br />

só entrou no finzinho, mas não se safou para o Q2. Palmer<br />

não se encontrou com a frente do seu carro e também<br />

ficou no Q1, assim como Lance Stroll, que ficou a quase 1<br />

segundo de seu companheiro Massa.<br />

As Saubers, muito fora do ritmo no Principado, foram os<br />

piores carros do dia e asseguraram os piores tempos.<br />

Q2<br />

Enquanto a Ferrari restabelecia sua superioridade, com<br />

Kimi à frente de Vettel e Bottas se enfiava entre as duas<br />

Red Bulls, Hamilton patinava e não conseguia uma volta<br />

limpa que o colocasse pelo menos entre os dez. Coisa que<br />

Button ensinava Vandoorne a fazer, as duas McLarens se<br />

mostrando um excelentes chassis. Assim como a Toro<br />

Rosso, que punha Sainz e Kvyat bem na disputa com Perez<br />

e as Haas. A Williams seguia sua estúpida estratégia de<br />

segurar Massa nos boxes até o último minuto e pagou<br />

caro, pois quando Vandoorne bateu na saída da Piscina já<br />

com a bandeirada acionada, Massa ficou de fora do Q3,<br />

assim como aconteceu com Hamilton, que vinha numa<br />

volta boa o suficiente mas teve que abortar por causa da<br />

bandeira amarela no setor final da pista.<br />

Quando bateu, Vandoorne tinha o sétimo tempo, e se<br />

classificaria para o Q3 logo atrás de Grosjean e à frente<br />

de Sainz, Perez e Button. Um pecado para o belga!<br />

Q3<br />

Sem a presença de Vandoorne, o Q3 se desenrolou sob<br />

muita tensão, com Vettel marcando uma boa volta, mas<br />

foi superado por um inspiradíssimo Kimi Räikkonen e não<br />

conseguiu se recuperar, uma vez que Kimi era muito mais<br />

veloz no segundo setor da pista.<br />

Com uma volta igualmente espetacular, Bottas superou<br />

os rubro-taurinos e, por 0,003seg não ficou em segundo<br />

lugar!<br />

Carlos Sainz Jr fez o sexto tempo com a Toro Rosso,<br />

superando Perez, Grosjean com a Haas-Ferrari e Jenson<br />

Button, todos separados por 0,5seg do sexto ao nono!<br />

Apesar dessa competitividade, Mônaco se mostrará uma<br />

pista impossível de ultrapassar com esses novos carros<br />

mais largos e de maior aderência. E numa pista de rua, o<br />

asfalto não vai suportar e vai quebrar durante a prova.<br />

Na frente, tudo se resolveria na largada e depois nas<br />

estratégias de paradas de cada piloto. E nisso se resumiu<br />

a corrida no domingo.


A CORRIDA<br />

Embora alguns nomes no grid já causem calafrios<br />

numa largada em pistas normais, a largada em Mônaco<br />

aconteceu sem incidentes e todos saíram da Ste. Devote<br />

inteiros. Kimi assumiu a ponta com Vettel logo atrás.<br />

Kevin Magnussen deu um ótimo pulo e ganhou duas<br />

posições, trocando de lugar com Kvyat, assim como<br />

Hamilton deixou Vandoorne para trás e Ericsson superou<br />

seu companheiro de equipe. Jenson Button optou por<br />

largar dos pits (ao lado), e com isso não se deu a chance<br />

de passar ninguém na largada, ficando preso atrás de<br />

Wehrlein a corrida inteira.<br />

Ficou claro nos treinos que os novos pneus precisavam<br />

de duas ou três voltas para atingir a temperatura ótima,<br />

e o desgaste seria desprezível. Isso seria importante nas<br />

estratégias de paradas, pois a diferença de<br />

desempenho seria sentida por quem parasse mais cedo<br />

e tivesse que esperar seus pneus começarem a<br />

funcionar enquanto seus adversários fugiam na frente.<br />

Claro que todos teriam que parar, mas os pneus mais<br />

quentes talvez permitissem ao piloto que ficou na pista<br />

abrir o suficiente para passar nos boxes, o tal undercut .


As posições se mantiveram inalteradas até a volta 15,<br />

quando Hulkenberg (ao lado) parou com a caixa de<br />

câmbio da Renault arrebentada. Nessa mesma volta,<br />

Perez pára para trocar o bico de seu carro, depois de um<br />

toque com Sainz na primeira volta, e volta em 16º.<br />

Kimi abre pouco mais de 2,5seg para Vettel, mas a partir<br />

da 15ª. passagem, o alemão começa a reduzir a distância<br />

para não deixar o finlandês sumir de vista.<br />

Com 33 voltas, a Ferrari chama Kimi para trocar pneus e<br />

esse será um momento-chave da corrida. Enquanto os<br />

mecânicos se embananam com o carro de Kimi (como<br />

assim!??), Vettel permanece na pista e começa a voar no<br />

asfalto. Räikkonen volta em terceiro, atrás também de<br />

Ricciardo, que herdara a posição quando Max e Bottas<br />

pararam para trocar os pneus duas voltas antes de Kimi.<br />

Quando Vettel parou, 7 voltas depois (abaixo), conseguiu sair<br />

dos boxes com 2 segundos de vantagem à frente de Kimi.<br />

E a corrida estava decidida, no que se refere ao pódio.<br />

Com a vantagem de Vettel, Kimi se desmotivou demais, e<br />

caiu para mais de 9 segundos atrás, pressionado por Dani<br />

Ricciardo, que também conseguira dar o “golpe” em<br />

Verstappen e em Bottas, virando com os Ultras mais de<br />

1,5seg mais rápido que os dois em Super-Ms. Valtteri<br />

também superou Max no overcut, para desespero da<br />

estrela holandesa.<br />

Lá atrás, Hamilton vinha andando num bom ritmo, mas o<br />

que funcionou mesmo foi a estratégia de deixá-lo na<br />

pista por muito tempo. Quando Lewis finalmente fez a<br />

troca, pôde voltar à frente de Magnusse, Kvyat e<br />

Grosjean. Ele ainda pressionou Sainz, mas não dava para<br />

passar na pista, só nos pits.


Daniel Ricciardo brilhou mais uma vez em Mônaco<br />

A bela corrida de Magnussen foi para<br />

o espaço quando ele teve o pneu<br />

traseiro furado na volta 41. Pelo tipo<br />

de corte, a Pirelli concluiu que deve<br />

ter sido ao passar pelo buraco que se<br />

formou na tangência da Ste. Devote.<br />

O asfalto não suportou a aderência<br />

dos novos pneus largos.<br />

Na 60ª volta, um susto! Cansado de se<br />

arrastar atrás da Sauber de Wehrlein,<br />

Button viu uma chance na Portier e<br />

enfiou a McLaren por dentro. Pascal<br />

não viu e fez a tangência normal, o<br />

que levou os dois carros a se tocarem.<br />

A Sauber acabou virando de lado e foi<br />

empurrada contra o guard rail,<br />

prendendo o piloto dentro do carro.<br />

Button ainda cruzou o túnel e foi<br />

estacionar na zona de escape da<br />

Chicane, a suspensão dianteira<br />

esquerda destruída.<br />

O alemão não sofreu nada, mas era<br />

preciso desvirar o carro para tirá-lo e<br />

o Safety Car foi chamado. Com isso,<br />

os carros foram reagrupados, o que<br />

deu a Perez idéias e pensamentos...<br />

Com tempo para não perder posições,<br />

Verstappen, Perez e Massa fizeram<br />

nova troca de pneus e voltaram aos<br />

Ultra-Macios para ir até o final.<br />

Button aperta Wehrlein e o alemão acaba de cabeça no guard rail.<br />

Foi o momento de mais emoção da prova...


Seis voltas depois, o SC foi chamado de volta aos boxes e<br />

a corrida recomeçou com Perez forçando por dentro da<br />

Ste. Devote sobre Vandoorne.<br />

De freios e pneus frios depois de tantas voltas devagar<br />

atrás do Safety Car, o belga não conseguiu segurar o<br />

carro por fora na curva e acabou batendo nos rails,<br />

abandonando sua melhor corrida do ano e sua única<br />

chance real de pontuar com esse carro problematico.<br />

Perez seguiu em frente e alcançou Daniil Kvyat três voltas<br />

depois. Afobado, o mexicano enfiou o bico da Force India<br />

por dentro na Rascasse, um lugar impossível com os<br />

carros mais estreitos de antigamente, imagine hoje em<br />

dia! Os dois se tocaram e o russo também foi alijado da<br />

corrida. Que bom que Perez não entende a fala do russo!<br />

Desta vez, Perez teve que ir para os boxes para reparos.<br />

Com isso, Felipe Massa acabou subindo para a nona<br />

posição, trazendo consigo Magnussen e Palmer.<br />

No final, a cara de Kimi disse muito sobre a<br />

estratégia da Ferrari de beneficiar Vettel num<br />

dia em que seu principal adversário estava<br />

longe dos pontos. Se Vettel acabar campeão<br />

por mais de 6 pontos de vantagem, este terá<br />

sido um triste dia para o esporte, mais um<br />

proporcionado pela Scuderia Ferrari na F-1.<br />

Por outro lado, se esses pontos fizerem a<br />

diferença, a Ferrari estará justificada.<br />

Será mesmo que se justifica?<br />

Até que ponto os interesses de uma equipe se<br />

põe acima dos interesses do esporte e do<br />

respeito ao público?<br />

A resposta fica no coração de cada um.<br />

Grosjean e a Haas estiveram competitivos no Principado de Mônaco<br />

Massa teve um dia difícil, mas no final somou mais 2 pontos


O RESULTADO FINAL<br />

POLE POSITION<br />

Pos Piloto Carro<br />

1 VETTEL Ferrari 78 voltas<br />

2 RAIKKÖNEN Ferrari + 3,145<br />

3 RICCIARDO Red Bull + 3,745<br />

4 BOTTAS Mercedes + 5,517<br />

5 VERSTAPPEN Red Bull + 6,199<br />

6 SAINZ JR Toro Rosso + 12,038<br />

7 HAMILTON Mercedes + 15,801<br />

8 GROSJEAN Haas + 18,150<br />

9 MASSA Williams + 19,445<br />

10 MAGNUSSEN Haas + 21,443<br />

11 PALMER Renault + 22,737<br />

12 OCON Force India + 23,725<br />

13 PEREZ Force India DNF<br />

14 KVYAT Toro Rosso DNF<br />

15 STROLL Williams DNF<br />

16 VANDOORNE McLaren DNF<br />

17 ERICSSON Sauber DNF<br />

18 BUTTON McLaren DNF<br />

19 WEHRLEIN Sauber DNF<br />

20 HULKENBERG Renault DNF<br />

1 7 K. RÄIKKÖNEN (RAI)<br />

Scuderia Ferrari 2 5 S. VETTEL (VET)<br />

3 77 V. BOTTAS (BOT)<br />

Scuderia Ferrari<br />

Mercedes AMG Petronas F1 Team 4 33 M. VERSTAPPEN (VER)<br />

5 3 D. RICCIARDO (RIC)<br />

Red Bull Racing TAG Heuer<br />

Red Bull Racing TAG Heuer 6 55 C. SAINZ (SAI) (*)<br />

7 11 S. PEREZ (PER)<br />

Scuderia Toro Rosso<br />

Sahara Force India Racing 8 8 R. GROSJEAN (GRO)<br />

9 26 D. KVYAT (KVY)<br />

HAAS F1 Team<br />

Scuderia Toro Rosso 10 27 N. HULKENBERG (HUL)<br />

11 20 K. MAGNUSSEN (MAG)<br />

Renault F1<br />

HAAS F1 Team 12 44 L. HAMILTON (HAM)<br />

13 19 F. MASSA (MAS)<br />

Mercedes AMG Petronas F1 Team<br />

Williams Martini Racing 14 88 E. OCON (OCO)<br />

15 2 S. VANDOORNE (*)<br />

Sahara Force India Racing<br />

McLaren Honda Racing 16 30 J. PALMER (PAL)<br />

17 18 L. STROLL (LAN)<br />

Renault F1<br />

Williams Martini Racing 18 36 P. WEHRLEIN (WEH)<br />

19 9 M. ERIKSSON (ERI)<br />

O GRID DE LARGADA<br />

Sauber F1 Team<br />

Sauber F1 Team 20 22 J. BUTTON (BUT) [**]<br />

(*) - Penalizado em 3 posições no grid por batida na corrida anterior<br />

(**) - Penalizado por troca do câmbio<br />

McLaren Honda Racing<br />

Volta Mais Rápida: Perez > 1’14,820 (76)<br />

Notas:<br />

Estréia de Jenson Button na temporada<br />

Pole-position 17 de Kimi Räikkonen<br />

45ª Vitória de Sebastian Vettel


O desempenho de cada um em Mônaco<br />

NOTA 10 – Sebastian Vettel, Soube manter-se na<br />

distância certa atrás de Kimi para ter a chance de sair dos<br />

boxes à frente de seu companheiro no pit-stop. Pilotou<br />

com muita segurança e não cometeu erros.<br />

NOTA 10 – Kimi Räikkonen, Fez a pole position e<br />

largou na frente, liderando até seu pit-stop, que foi lento<br />

e muitas voltas antes de Vettel e isso determinou o<br />

resultado final. Depois disso, se abateu e contentou em 2º<br />

NOTA 9 – Daniel Ricciardo, Superado por<br />

Verstappen nos treinos, fez uma corrida sólida e acabou<br />

recompensado com o pódio ao dar um undercut em<br />

Bottas e no seu companheiro de equipe.<br />

NOTA 9 – Carlos Sainz Jr, Sexto no grid, o jovem<br />

piloto espanhol fez uma corrida eficiente e continuou<br />

sendo “o melhor do resto”, que desta vez incluía Lewis<br />

Hamilton. Está se mostrando pronto para a equipe A.<br />

NOTA 8 – Stoffel Vandoorne, Fez o 9º tempo no<br />

Qualify mas foi penalizado e saiu em 12º. Vinha em<br />

décimo quando dividiu a St. Devote com Perez e, de pneus<br />

frios, acabou no guard rail. Ficou à vontade em Mônaco.<br />

NOTA 8 – Romain Grosjean, Qualificou muito<br />

bem, em P8 e se manteve entre os dez o tempo todo<br />

para, no final de uma corrida animada, terminar na<br />

mesma posição; mas chegou a andar em 6º na corrida.<br />

NOTA 8 – Lewis Hamilton, Fez um treino horrível<br />

e não seguiu para o Q3 por azar de estratégia no Q2. Fez<br />

uma boa corrida de recuperação dentro do que é possível<br />

em Mônaco com esses carros amis largos e fechou em 7º.<br />

NOTA 8 – Kevin Magnussen, Fez um bom treino<br />

e ganhou duas posições na largada. Andou muito tempo<br />

em 8º mas um pneu furado o jogou no 13º posto. Com<br />

abandonos à sua frente, terminou em 10º e fez 1 ponto.<br />

NOTA 7,5 – Felipe Massa, Na pior pista do ano<br />

para seu carro, Massa não qualificou bem por erro da<br />

Williams na saída para o Q2, mas fez uma corrida sólida,<br />

calcada na sua experiência, e terminou em 9º. lugar.<br />

NOTA 7 – Valtteri Bottas, Esperava-se mais de<br />

Bottas em Mônaco. O carro não esteve à altura da Ferrari,<br />

mas na corrida acabou superado por uma Red Bull, não<br />

mostrando tanta garra para recuperar a posição na pista.<br />

NOTA 7 – Max Verstappen, Aproveitou os<br />

problemas de Hamilton para largar da segunda fila, mas<br />

na corrida seu ritmo não foi bom suficiente e Max acabou<br />

atrás de Ricciardo depois do pit stop de ambos.<br />

NOTA 7 – Jenson Button, Fez um treino<br />

excelente no seu retorno à F-1, mas largou dos boxes por<br />

causa da troca do câmbio. Não conseguiu superar<br />

Wehrlein e bateu no alemão quando sua paciência acabou<br />

NOTA 7 – Daniil Kvyat, P9 no grid, Daniil vinha<br />

fazendo uma corrida eficiente e voltado à sua posição de<br />

origem depois de cair 2 posições na largada, até ser<br />

atingido por Perez e ser obrigado a abandonar a prova.<br />

NOTA 7 – Nico Hulkenberg, Fez o que pôde com<br />

a Renault no treino, marcando P10. Na corrida manteve<br />

essa posição até abandonar na 16ª. volta.<br />

NOTA 6 – Sergio Perez, P7 na largada, bateu<br />

rodas com Sainz e acabou tendo que trocar o bico, o que o<br />

atrasou. Na volta, passou Vandoorne e assumiu o oitavo<br />

posto, mas se enroscou com Kvyat e fez mais um pit-stop<br />

NOTA 5,5 – Jolyon Palmer, Fraco na classificação,<br />

apenas se manteve na pista, o que já é um mérito num dia<br />

em que outros pilotos se afobaram tanto. Acabou em P11,<br />

a 7 décimos de marcar seu primeiro ponto no ano.<br />

NOTA 5 – Lance Stroll, Teve nas mãos talvez o<br />

segundo pior carro do grid, e fez juz a isso, qualificando<br />

em 17º e andando na frente apenas das Saubers e de<br />

Button. Ganhou quilometragem para a corrida em casa.<br />

NOTA 5 – Esteban Ocon, A grande surpresa desta<br />

temporada não esteve tão brilhante em Mônaco. P14 no<br />

grid, não evoluiu na corrida e teve um furo de pneu que o<br />

atrapalhou e jogou para o últlimo lugar na corrida.<br />

NOTA 5 – Pascal Wehrlein, Bem diferente do<br />

que aconteceu na Espanha, o desempenho da Sauber foi<br />

horrível, mas Pascal preferiu segurar Button atrás de si<br />

quando talvez fosse mais inteligente seguir a McLaren.<br />

NOTA 4,5 – Marcus Ericsson, O sueco foi<br />

consistentemente o último colocado nos treinos e na<br />

corrida. Ainda que o carro não ajude, falta a ele uma certa<br />

centelha que sempre brilha em Mônaco com que carro for


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Prende eu, prende eu! Bela fiscal de pista nos pits de Mônaco<br />

Kimi não estava nada feliz no fim da corrida!


Fotografando os fotógrafos na Chicane


A princesa do Principado. Charlene entrega o troféu


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