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2017 - Revista PME

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os de crédito. Destas empresas, a grande<br />

maioria são <strong>PME</strong>.<br />

E relativamente aos apoios ao investimento<br />

envolvidos nos programas Portugal<br />

2020 e InnovFin, já estão disponíveis?<br />

A que tipo de empresas se destinam<br />

estes apoios?<br />

Sim, quer nos sistemas de incentivos<br />

quer nos instrumentos financeiros, linhas<br />

de co-investimento com Business<br />

Angels, Linha Capitalizar, Linha de Capital<br />

de Risco. Destinam-se às empresas,<br />

nomeadamente <strong>PME</strong>, que tenham investimento<br />

adequado, inovador, sustentável,<br />

estrategicamente definido e orientado<br />

para o mercado global.<br />

Só no Portugal 2020, o IA<strong>PME</strong>I pagou<br />

mais de 220 milhões de euros até 31 de<br />

dezembro de 2016. Destes, mais de 2/3<br />

destinaram-se às <strong>PME</strong>.<br />

Que outros programas existem para as<br />

<strong>PME</strong> poderem candidatar-se?<br />

Existem linhas e fundos direcionados<br />

para diferentes momentos do ciclo de<br />

vida das empresas. O que importa é recomendar<br />

a empresas e empresários que<br />

consultem o nosso site, que entrem em<br />

contacto connosco e que realizem o seu<br />

autodiagnóstico na ferramenta de early<br />

warning.<br />

É, também, importante assinalar que,<br />

mesmo quem tenha uma ideia de negócio<br />

que ainda não é efetivo, deverá informar-se<br />

sobre o instrumento designado<br />

por StartUp Voucher, em que atribuímos<br />

uma bolsa para um desenvolvimento exigente<br />

da sua ideia de negócio.<br />

Há cada vez mais empresas com os estatutos<br />

de <strong>PME</strong> Líder e Excelência. É um<br />

sinal da melhoria da sua solidez financeira<br />

ou houve alguma alteração de critérios<br />

para se conseguir esta distinção?<br />

Pelo contrário. As alterações que foram<br />

sendo introduzidas ao longo dos anos<br />

têm sido no sentido de tornar o estatuto<br />

mais exigente. Assim, o número de <strong>PME</strong><br />

Líder está estavelmente acima de 7.000 e<br />

a repetição de empresas no estatuto demonstra<br />

uma preocupação com a consolidação<br />

da situação económico-financeira<br />

das organizações.<br />

O facto de a grande maioria das <strong>PME</strong><br />

serem de pequena e média dimensão<br />

reduz a sua competitividade?<br />

Não. Há limites ao número mínimo de<br />

trabalhadores para aceder ao estatuto,<br />

pelo que não reduz. Destaca, em vez disso,<br />

a solidez de gestão das empresas em<br />

questão.<br />

ESTATUTO DE <strong>PME</strong> LÍDER<br />

Desde quando é atribuído o estatuto de <strong>PME</strong> Líder?<br />

O estatuto de <strong>PME</strong> Líder foi relançado pelo IA<strong>PME</strong>I em 2008. O objetivo passa por reconhecer as empresas<br />

como líderes, estimulando o fluxo de informação de gestão e redução de situações de assimetria<br />

de acesso à mesma que prejudicam o financiamento empresarial. Desenvolver uma rede de empresas<br />

e parceiros que facilite o acesso a produtos e serviços que potenciem a capacitação, a gestão,<br />

a inovação. Dinamizar uma rede de empresas <strong>PME</strong> Líder com mulheres na liderança. Aprofundar o<br />

conhecimento dos elementos distintivos destas empresas para que, cada vez mais, as boas práticas<br />

possam ser divulgadas e replicadas.<br />

Como foi feita a seleção das <strong>PME</strong> Líder 2016?<br />

A seleção é iniciada pela banca, junto com as empresas, que submetem as candidaturas ao IA<strong>PME</strong>I<br />

e ao Turismo de Portugal para validação, tendo em atenção as condições de acesso e os indicadores<br />

definidos.<br />

Pode resumir os principais fatores que levam uma empresa a ser <strong>PME</strong> Líder?<br />

Um conjunto de indicadores associados, por exemplo, o volume de negócio, EBITDA, Resultado Líquido,<br />

Rendibilidade Líquida do Capital Próprio, Dívida Financeira Líquida/EBITDA e número de UTA’s, que tem<br />

de ser superior a 8.<br />

Que vantagens tem uma empresa ao adquirir o estatuto de <strong>PME</strong> Líder?<br />

Reconhecimento como empresa sólida e como exemplo de gestão, o que impulsiona o seu posicionamento<br />

face a fornecedores e clientes, para além de outros parceiros, como a banca.<br />

Condições preferenciais em termos de acesso a financiamento, bens e serviços.<br />

Como caracteriza as <strong>PME</strong> Líder 2016, a nível de postos de trabalho, volume de negócios, e distribuição<br />

regional e setorial?<br />

O volume de negócios sobe em relação ao ano anterior em mais de 6%, para quase 31 mil milhões.<br />

Apresentam cerca de 250 mil postos de trabalho para as cerca de 7.100 empresas, o que dá uma<br />

média de 35 trabalhadores por empresa. Porto, Lisboa e Aveiro são os três distritos que lideram.<br />

Qual a importância que a banca está a dar<br />

às <strong>PME</strong>?<br />

Enorme. Os bancos envolvidos têm sido<br />

parceiros inexcedíveis. Isto porque estas<br />

empresas têm indicadores económico-<br />

-financeiros não apenas sólidos, como<br />

dispõem de informação de gestão transparente.<br />

E, isso, é uma forma de reduzir a<br />

perceção de risco associada.<br />

Em <strong>2017</strong>, quais serão as principais apostas<br />

do IA<strong>PME</strong>I para apoiar as <strong>PME</strong>?<br />

Continuaremos a consolidar os instrumentos<br />

de apoio que se encontram disponíveis.<br />

Nos incentivos, a fasquia em termos<br />

de execução está mais alta, pelo que temos<br />

apostado, decididamente, na redução de<br />

custos administrativos das empresas e proximidade<br />

com elas. Por isso, temos vindo a<br />

introduzir novas funcionalidades na nossa<br />

“conta corrente” para a gestão dos sistemas<br />

de incentivos, com o objetivo de facilitar a<br />

vida às empresas.<br />

A implementação e acompanhamento<br />

dos clusters de competitividade vai ser<br />

outra das nossas prioridades, pelo seu<br />

potencial de aumento de eficiência nas<br />

escolhas estratégicas dos setores, potencial<br />

internacional, impacto nos esforços<br />

de inovação aberta e estabelecimento de<br />

redes colaborativas. A dinamização de<br />

mais medidas especificamente orientadas<br />

para a digitalização da economia e<br />

para a Indústria 4.0 é outro bom exemplo.<br />

O ano de <strong>2017</strong> será um ano particularmente<br />

importante para dar um<br />

impulso à atividade da rede associada<br />

à Agenda Portugal Digital, coordenada<br />

pelo IA<strong>PME</strong>I. Uma nota final, nestes<br />

meros exemplos que estou a dar, para<br />

assinalar que o IA<strong>PME</strong>I subscreveu, em<br />

nome de Portugal, e em parceria com<br />

a FCT, um conjunto de Programas da<br />

ESA, virados para as áreas aeronáutica<br />

e aeroespacial. Estamos a proceder a todos<br />

os esforços para desenvolver uma<br />

participação cada vez maior de <strong>PME</strong><br />

portuguesas nestes programas.<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

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