2017 - Revista PME

MERCADO Observatório Comércio de Peças & Acessórios 2016
importante neste setor da peças.
Podemos dizer que os anos economicamente
difíceis ajudaram as empresas a
repensar as suas estratégias e a melhorar
a qualidade do seu negócio. Tal pode
observar-se através da melhoria dos
rácios de autonomia financeira e endividamento.
As empresas aumentaram a
sua capacidade de se financiarem com
capitais próprias porque libertam mais
resultado. Melhorou a gestão do dinheiro
em bancos e existências, mas para se
dar um salto financeiro verdadeiramente
qualitativo falta melhorar, de forma
expressiva, a gestão das cobranças.
De uma forma geral, podemos concluir
que, em 2015, houve uma pequena melhoria
dos indicadores de saúde financeira
e existiu um maior cuidado com
a gestão financeira, nomeadamente ao
nível dos stocks e clientes. No entanto,
ESTRUTURA EMPRESARIAL
DO SETOR DO COMÉRCIO
DE PEÇAS E ACESSÓRIOS
Mais entradas nos escalões superiores, 8,2%
das empresas fizeram cerca de 64% do volume,
tendência em crescendo.
3,3%
4,4%
26,7%
65,6%
2012
3,3%
4,8%
25,3%
66,6%
2013
3,0%
5,1%
26,0%
65,9%
2014
Escalão A: Faturação < €500.000
Escalão B: Faturação > €500.000 e < €2.000.000
Escalão C: Faturação > €2.000.000 e < €5.000.000
Escalão D: Faturação > €5.000.000
já foi visível uma ligeira redução dos indicadores
de rentabilidade e capital, não
obstante uma redução do custo da dívida,
existe um aumento dos gastos face
a 2014.
2,8%
5,4%
24,3%
67,5%
2015
SAÚDE FINANCEIRA
A informação dos quadros que publicamos
representa o estado atual da saúde
financeira das empresas neste setor do
comércio de peças automóvel. Trata-se
de uma amostra do estudo dos rácios das
empresas do setor de peças independentes,
onde apresentamos os indicadores
da saúde financeira das empresas. O
estudo tem ainda informação relevante
com indicadores de rentabilidade e capital,
com evolução comparativa desde
2012 e faz parte do estudo “Observatório
do Comércio de Peças e Acessórios
2016” da DPAI da ACAP.
As empresas são selecionadas no CAE
453 (Comércio de Peças e Acessórios
para Veículos Automóveis) dedicadas,
exclusivamente, ao comércio de peças e
acessórios, com contas ativas no período
em análise. A totalidade da amostra em
2012, 2013, 2014 e 2015 são 1.125, 1.195,
1.270 e 1.397 empresas, respetivamente.
Os rácios são expressos pelos valores
médios e calculados com base nos Balanços
e DR – Demonstrações de Resultados
- consolidados dentro de cada
escalão.
Os rácios financeiros facilitam a otimização
da proporção de capitais alheios
no financiamento das empresas. Comparando
os valores dos rácios financeiros
com os de outras empresas do
mesmo setor, podemos, igualmente,
averiguar a razoabilidade do nível de
endividamento das empresas. O rácio de
Autonomia Financeira mede o nível de
endividamento das organizações e permite
verificar em que percentagem é que
o Ativo está a ser financiado por Capitais
Próprios. Deverá ser superior a 1/3, caso
contrário, a empresa encontra-se numa
situação difícil, pois dependerá excessivamente
de capitais alheios. O rácio de
Autonomia Financeira é um dos mais
utilizados pelas instituições bancárias
ao apreciarem o risco de uma operação
de crédito.
Os rácios de endividamento são indicadores
utilizados pelos financiadores,
ao procurar avaliar o risco de não cumprimento
do serviço de dívida por parte
das empresas. O rácio de endividamento
indica qual o nível em que uma organização
é financiada por capital alheio.
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