01.06.2017 Views

2017 - Revista PME

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

MERCADO Acesso à informação técnica<br />

acessórios e a livre escolha do consumidor”,<br />

afirmam.<br />

De igual modo, a Comissão Europeia<br />

reconhece a existência de dificuldades<br />

por parte dos operadores independentes<br />

para aceder à informação técnica. “A<br />

Comissão reconhece a necessidade de se<br />

garantir um funcionamento mais eficaz<br />

da cadeia de fornecimento do mercado<br />

secundário do setor automóvel”. Isto<br />

demonstra “que a legislação que regula<br />

o acesso à informação técnica necessita<br />

urgentemente de uma atualização”.<br />

Vários deputados do Parlamento Europeu<br />

reconheceram a necessidade e a urgência<br />

de abordar algumas das deficiências<br />

da atual legislação e apresentaram<br />

uma série de emendas que abordam as<br />

questões consideradas mais urgentes.<br />

NEM TUDO É POSITIVO…<br />

Efetivamente, as associações do setor<br />

lamentam que a Comissão fique muito<br />

aquém do conjunto de recomendações<br />

substanciais do estudo encomendado<br />

Acreditação de acordo<br />

com ISO 17011, ISO 17020<br />

e requisitos funcionais<br />

Organismo de Avaliação<br />

de Conformidade (CAB)<br />

Autorização<br />

( ** )<br />

Operador<br />

Independente (IO)<br />

Organismo Nacional<br />

de Acreditação (NAB)<br />

( ** )<br />

Aprovada<br />

Oficina<br />

Independente (IO)<br />

por Bruxelas em 2014 e “que são de crucial<br />

importância para um funcionamento<br />

mais eficiente da cadeia de fornecimento<br />

do mercado do pós-venda automóvel”.<br />

Entre outras coisas, consideram ser necessário<br />

melhorar a estrutura geral de<br />

aplicação da informação técnica (“não<br />

é completa ou existem atrasos na disponibilização”,<br />

assinalam); criar um órgão<br />

independente que se encarregue de verificar<br />

se os regulamentos são aplicados<br />

corretamente, padronizar o formato de<br />

toda a informação e harmonizar as sanções<br />

por incumprimento das obrigações.<br />

Afirmam também que no relatório emitido<br />

pela Comissão Europeia “insinuam<br />

que apenas os veículos mais antigos, já<br />

fora de garantia”, são o alvo do mercado<br />

independente”. É que, tal como assinalam<br />

as associações, os consumidores têm<br />

(e utilizam) o direito de realizar a manutenção<br />

e reparar os seus veículos em<br />

qualquer oficina à sua escolha, sem que<br />

isso signifique a anulação da garantia do<br />

veículo.<br />

RELATÓRIO DE BRUXELAS<br />

O relatório de Bruxelas sobre o livre<br />

acesso à RMI _ Repair and Maintenance<br />

Information, não satisfaz o setor do<br />

pós-venda europeu, pois está “aquém”<br />

do esperado e não aborda alguns pontos<br />

importantes. O esperado relatório da<br />

Associação SERMI<br />

Seleção de acordo<br />

com os requisitos<br />

funcionais<br />

Centro de Fiabilidade<br />

(TC)<br />

( ** ) De acordo com o esquema de<br />

requisitos funcionais da SERMI<br />

Comissão Europeia sobre as deficiências<br />

do atual funcionamento da cadeia de fornecimento<br />

de peças de substituição para<br />

as cadeias multimarca não satisfez, de<br />

todo, o setor do pós-venda europeu. Em<br />

resumo, boas intenções, mas poucos passos<br />

em concreto na direção pretendida.<br />

Sobre a mesa, está um grave problema: o<br />

livre acesso das oficinas à reparação e manutenção<br />

de veículos (englobado no que<br />

se conhece como sistema SERMI, cuja<br />

implantação está atrasada) para garantir<br />

a concorrência e o bom funcionamento<br />

deste importante mercado que, a nível<br />

comunitário, engloba mais de 500.000<br />

empresas. O fosso tecnológico entre automóveis<br />

cada vez mais dependentes de<br />

sistemas altamente sofisticados e as relativamente<br />

modestas ferramentas e capacidade<br />

das oficinas para se adequarem a<br />

estas alterações, supõe uma clara discriminação<br />

para estas últimas.<br />

Para favorecer, portanto, a competitividade<br />

das oficinas e evitar que os concessionários<br />

de marca fiquem com o grosso<br />

do negócio da reparação, a União Europeia<br />

está a tentar legislar a favor de um<br />

mercado mais aberto e sem restrições.<br />

Conforme reconhece o relatório da CE,<br />

“os operadores independentes devem ter<br />

um acesso fácil, livre de restrições e padronizado<br />

à informação técnica”.<br />

Em comunicado, as associações do aftermarket<br />

lamentam que o relatório de Bruxelas<br />

fique “muito aquém” do esperado e,<br />

sobretudo, das recomendações que o setor<br />

vinha propondo nos últimos meses,<br />

que são “de crucial importância”.<br />

Neste sentido, lamentam que no relatório<br />

não se tenha em conta a necessidade<br />

de melhorar a estrutura geral para a<br />

aplicação da RMI ou a necessidade de<br />

criação de um órgão de verificação independente<br />

para melhorar a aplicação<br />

dos Regulamentos da RMI. Além disso,<br />

na sua opinião, a CE deixa de lado outros<br />

dois aspetos muito importantes. Primeiro:<br />

que os fabricantes proporcionem facilidades<br />

para a validação dos formatos<br />

padronizados eletronicamente. Segundo:<br />

melhorar a harmonização de sanções por<br />

incumprimento das obrigações da RMI.<br />

42 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!