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2017 - Revista PME

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COMO É QUE OS VEÍCULOS CONECTADOS<br />

CONDUZEM “A INTERNET DAS COISAS”<br />

Seguramente, o automóvel deixará de ser um dispositivo para permitir<br />

a deslocação e irá tornar-se num conjunto de soluções e oportunidades<br />

interligadas… Que também nos vai deslocar de um ponto a outro. Tal<br />

como ocorreu com os telefones móveis, ou telemóveis...<br />

VANTAGENS DOS AUTÓNOMOS<br />

Necessidade reduzida de novas infraestruturas:<br />

a condução autónoma pode reduzir a necessidade<br />

de construção de novas infraestruturas e reduzir os<br />

custos de manutenção.<br />

Dependência do tempo de viagem:<br />

A convergência pode reduzir, substancialmente, a<br />

incerteza nos tempos de viagem através de uma<br />

avaliação em tempo real, previsível dos tempos de<br />

viagem em todas as estradas.<br />

Melhorias de produtividade:<br />

A convergência irá permitir que os viajantes utilizem<br />

o tempo de viagem de forma produtiva.<br />

Eficiência energética melhorada:<br />

Redução do consumo de energia de, pelo menos,<br />

três formas: maior eficiência de condução; veículos<br />

mais leves; veículos mais eficientes em combustível<br />

e infraestruturas.<br />

Novos modelos de propriedade de veículos:<br />

Os veículos de condução autónoma podem levar a<br />

uma grande redefinição da propriedade de veículos<br />

e alargar as oportunidades de partilha de veículos.<br />

Novos modelos de negócio e cenários:<br />

A convergência de tecnologias pode realinhar indústrias,<br />

de forma a que os participantes do ecossistema<br />

tenham de competir e colaborar simultaneamente.<br />

Embora a conectividade acrescida dos<br />

veículos tenhas as suas vantagens, também apresenta<br />

desafios. Ao adicionar conectividade, podem<br />

existir questões como segurança, privacidade,<br />

análise de dados e agregação devido à abundância<br />

de dados associados aos veículos.<br />

Todos os dias, são cada vez mais<br />

os elementos que funcionam ou<br />

podem funcionar interligados e que<br />

conferem mais inteligência à rede. Milhares<br />

de milhões de dispositivos “inteligentes”:<br />

desde minúsculos chips até enormes<br />

máquinas que utilizam a tecnologia sem<br />

fios para comunicarem connosco ou entre<br />

si. E a crescer a um ritmo vertiginoso.<br />

Dentro de cinco anos, existirão 250 milhões<br />

de veículos conectados na estrada,<br />

enquanto “a Internet das coisas” cresce,<br />

incluindo 25 mil milhões de dispositivos.<br />

Um novo estudo revelou que a rede de<br />

dipositivos conectados, conhecida como<br />

a “Internet das coisas”, deverá “explodir”<br />

este ano, atingindo quase cinco mil milhões<br />

de itens. O número de dispositivos<br />

conectados tende a aumentar cerca de<br />

30% em 2015, para 4,9 mil milhões de<br />

coisas, antes de crescer o quíntuplo para<br />

25 mil milhões, em 2020.<br />

Por conseguinte, o automóvel será um<br />

destes objetos ligados. E, possivelmente,<br />

o objeto com preço mais elevado (em<br />

conjunto com a casa) e com maior capacidade<br />

de interação. Os automóveis serão<br />

um dos “principais elementos” da expansão<br />

da “Internet das coisas”, dispondo um<br />

em cada cinco veículos de algum tipo de<br />

ligação de rede sem fios até 2020, num<br />

total de mais de um quarto de mil milhões<br />

de automóveis nas estradas, a nível global.<br />

O automóvel conectado é já uma realidade<br />

e a conectividade sem fios nos veículos<br />

está em rápida expansão dos modelos de<br />

luxo e marcas de topo para os modelos de<br />

mercado intermédio de alto volume.<br />

O estudo previa que a alteração do cenário<br />

de conectividade fosse construir um novo<br />

conjunto de especificações para o automóvel<br />

do futuro. O consumo acrescido e<br />

a criação de conteúdos digitais dentro do<br />

veículo irá levar à necessidade de sistemas<br />

de infoentretenimento mais sofisticados. O<br />

que pode criar oportunidades para programadores<br />

de aplicações, designers gráficos<br />

e tecnologias de visualização interativa.<br />

Simultaneamente, novos conceitos de mobilidade<br />

e utilização de veículos irão levar<br />

a novos modelos de negócio e expansão<br />

de alternativas à propriedade automóvel,<br />

especialmente em ambientes urbanos.<br />

Enquanto a maioria dos automóveis conectados,<br />

pelo menos nas fases iniciais, terá<br />

uma ligação “automóvel ao telemóvel”,<br />

é expectável que esta rede se expanda,<br />

eventualmente, para ligações “veículo a<br />

veículo” e “veículo a infraestrutura”.<br />

Parte deste crescimento será impulsionado<br />

por iniciativas legislativas. Na UE, por<br />

exemplo, todos os automóveis serão equipados<br />

com um chip associado ao sistema<br />

eCall até 2018, que, automaticamente,<br />

contacta o centro de emergência mais<br />

próximo no caso de acidente.<br />

Um recente relatório da McKinsey revelou<br />

que o aumento dramático da conectividade<br />

nos veículos que está a transformar o<br />

setor automóvel, poderá impulsionar o<br />

valor do mercado global de componentes<br />

e serviços de conectividade para 170 mil<br />

milhões de euros até 2020, um número<br />

mais do que cinco vezes superior aos 30<br />

mil milhões de euros de hoje. O estudo, no<br />

qual quase 2.000 novos automóveis foram<br />

analisados, também detetou que 13% das<br />

pessoas excluiria de imediato a compra de<br />

um novo automóvel sem acesso à Internet,<br />

enquanto mais de um quarto já dá prioridade<br />

às funcionalidades de conectividade<br />

sobre outras, como a potência do motor e<br />

a eficiência no consumo de combustível.<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

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