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2017 - Revista PME

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ATUALIDADE Conectividade e Automação<br />

AUTÓNOMOS vs CONECTADOS<br />

As tecnologias de veículos autónomos e conectados estão a tornar-se nas mais procuradas. Atualmente, algumas estão<br />

disponíveis mas são apenas uma fração do que estará disponível no futuro. Embora, a seguir, se refiram secções separadas<br />

para tecnologias de veículos autónomos e conectados, muitas dessas tecnologias podem sobrepor-se<br />

Os artigos publicados ultimamente nos<br />

meios de comunicação generalista e<br />

mesmo da especialidade sobre veículos<br />

conectados e autónomos, nem sempre deixam<br />

claro que estas duas tecnologias são distintas. Os<br />

termos são, muitas vezes, utilizados de forma incorreta,<br />

o que cria conceções erradas sobre uma e<br />

outra. E esta confusão pode ainda aumentar quando<br />

as implicações são incorretamente aplicadas<br />

onde não pertencem.<br />

Então qual é a diferença? Qual é a que me ajuda a<br />

chegar a casa mais rapidamente evitando o congestionamento<br />

rodoviário e qual é a que me ajuda<br />

a evitar colisões de veículos?<br />

VEÍCULOS CONECTADOS<br />

As tecnologias utilizadas nos veículos conectados<br />

permitem que os veículos comuniquem entre si e<br />

com o mundo em redor. O seu veículo está provavelmente<br />

mais conectado do que pensa. Os sistemas<br />

de navegação já incluem a funcionalidade de<br />

veículo conectado, como a Orientação Dinâmica do<br />

Trajeto (DRG). O seu sistema, com base em GPS,<br />

recebe informação sobre congestionamentos rodoviários<br />

à sua frente através de sinais celulares<br />

(4G LTE ou 3G) e sugere um percurso alternativo.<br />

O conceito de veículo conectado fornece informação<br />

útil a um condutor ou a um veículo, ajudando<br />

o condutor a tomar decisões mais seguras ou mais<br />

informadas. A utilização de um veículo conectado<br />

não implica que o veículo efetue escolhas no lugar<br />

do condutor. Pelo contrário, fornece informação ao<br />

condutor, incluindo situações potencialmente perigosas<br />

a evitar.<br />

Sem compromisso da informação pessoal, esta<br />

tecnologia também permite que as empresas de<br />

transporte e gestoras de frotas acedam aos dados<br />

do veículo relacionados com a velocidade, localização<br />

e trajetória, permitindo uma melhor gestão do<br />

fluxo rodoviário, assim como a capacidade de enfrentar<br />

problemas específicos em tempo real. Por<br />

isso, para além de enviar informação ao condutor,<br />

os veículos conectados enviam informação às empresas<br />

de transporte e gestoras de frotas, de forma<br />

a potenciar o seu conhecimento das condições rodoviárias<br />

em tempo real, bem como a gerar dados<br />

históricos que irão ajudar as empresas a melhor<br />

planear e alocar futuros recursos (normalmente<br />

aproveitados ao máximo). Ao desenvolverem equipamento<br />

de estrada, que lê/envia sinais enviados/<br />

recebidos desses veículos, as empresas de transporte<br />

podem participar no desenvolvimento do sistema<br />

de veículo conectado.<br />

VEÍCULOS AUTÓNOMOS<br />

Já estão a ser desenvolvidas em alguns veículos<br />

funcionalidades autónomas, como o estacionamento<br />

automático ou a prevenção de colisão de<br />

veículos. Mas até um veículo poder deslocar-se por<br />

si próprio , não é considerado um verdadeiro veículo<br />

autónomo. Um veículo totalmente autónomo<br />

não requer o elemento humano. É, antes, dirigido<br />

por um computador. A maioria dos fabricantes<br />

está a efetuar uma classificação em vários níveis<br />

de autonomia, até que os veículos autónomos sejam<br />

amplamente testados e aceites pelo público<br />

em geral. Ao contrário dos veículos conectados, as<br />

empresas de transporte têm pouco controlo sobre<br />

o desenvolvimento destes veículos autónomos ou<br />

sobre a tecnologia que estes utilizam, sendo esta<br />

controlada pelos fabricantes que os constroem<br />

e em resposta às necessidades do mercado. No<br />

entanto, existem algumas ações que as entidades<br />

rodoviárias podem levar a cabo, de forma a encorajar<br />

o desenvolvimento de veículos autónomos.<br />

Por exemplo, algumas entidades já trabalham na<br />

melhoria da delimitação e sinalização das faixas de<br />

rodagem, que ajuda ao reconhecimento da estrada<br />

por parte dos veículos autónomos. As entidades<br />

também podem encorajar e apoiar políticas que<br />

irão desenvolver ainda mais a tecnologia dos veículos<br />

autónomos, como políticas de certificação,<br />

regras de licenciamento e acompanhamento de<br />

normas de distância.<br />

Os veículos autónomos não necessitam que a tecnologia<br />

de veículos conectados funcione, uma vez<br />

que devem poder navegar de forma independente<br />

na rede rodoviária. No entanto, as tecnologias dos<br />

veículos conectados fornecem informação valiosa<br />

sobre a estrada, permitindo o reencaminhamento<br />

com base em nova informação, como o encerramento<br />

de estradas ou obstáculos no percurso. Ao<br />

incorporar tecnologia dos veículos conectados, os<br />

automóveis autónomos serão mais seguros, mais<br />

rápidos e mais eficientes. Além disso, virtualmente,<br />

todos os veículos autónomos requerem conectividade,<br />

de forma a assegurar que as definições<br />

de software e dados estejam atualizadas. Como os<br />

veículos autónomos se baseiam no conhecimento<br />

da estrada, as alterações no trajeto e os novos desenvolvimentos<br />

ou construções requerem o tipo de<br />

intercâmbio de informação em tempo real.<br />

38 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>

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