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2017 - Revista PME

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DESTAQUE EXPORTAÇÕES EM 2016<br />

EUROPA<br />

VOLTA a<br />

GANHAR<br />

EXPRESSÃO<br />

No ano passado, as exportações nacionais para países<br />

membros da União Europeia representaram 75% do total,<br />

contrariando um passado recente muito dependente da<br />

procura do mercado angolano<br />

Para as <strong>PME</strong> nacionais, as exportações<br />

representam uma fatia considerável<br />

do seu volume de negócio.<br />

Uma atividade que estará sempre, umbilicalmente,<br />

ligada à própria saúde da<br />

economia dos países envolvidos na transação.<br />

Ora, em 2016, o quadro das exportações<br />

nacionais ostentou um novo<br />

“rosto”. Se, em 2010, com a crise, que<br />

afetou tanto Portugal como grande parte<br />

da Europa, as empresas nacionais visaram<br />

os países do resto do mundo para<br />

realizar as suas vendas internacionais,<br />

no ano passado, o Velho Continente voltou<br />

a recuperar o lugar de topo como o<br />

“destino” mais procurado pelas nossas<br />

empresas para as suas exportações, representando,<br />

nada mais nada menos, do<br />

que 75% do total do país, face aos 25% de<br />

vendas para o resto do mundo. No fundo,<br />

um regresso a uma realidade vivida<br />

há seis anos.<br />

Mas o balanço de 2016 representa, tam-<br />

bém, um novo recorde em matéria de valores<br />

envolvidos, ultrapassando a fasquia<br />

dos 50 mil milhões de euros, tendo em<br />

conta que, em 2010, o máximo alcançado<br />

foi de 36.862 milhões de euros.<br />

PESO DE CADA PAÍS<br />

Durante os anos da crise, nomeadamente<br />

em 2012 e 2013, com a Troika<br />

presente em Portugal, as exportações<br />

dentro da Europa não chegaram sequer<br />

a representar 30% do total. Nessa altura,<br />

porém, quando as esperanças das <strong>PME</strong><br />

nacionais estavam focadas nos mercados<br />

angolanos, este país africano foi assolado,<br />

também ele, por uma brutal quebra<br />

do preço do petróleo. Um facto que obrigou<br />

as empresas a repensar a sua estratégia<br />

internacional até hoje. Basta ver<br />

que, nos dois últimos anos, a queda das<br />

exportações para Angola foi superior a<br />

600 milhões de euros, algo a que não será<br />

alheia a “melhoria da saúde” da Europa.<br />

Para a AICEP, entidade que promove as<br />

exportações e investimentos das empresas<br />

nacionais, um dos principais objetivos<br />

é manter equilibrada a balança entre<br />

as várias “nações”, de modo a que o nosso<br />

país não fique demasiado dependente de<br />

uma economia e das suas vicissitudes.<br />

Mas, por enquanto, Espanha continua a<br />

ser o país que ostenta o maior peso relativo<br />

em matéria de exportações, com 26%<br />

do total das vendas. A título de exemplo,<br />

caso a procura de nuestros hermanos<br />

em relação aos produtos nacionais caísse<br />

10%, tal representaria algo como um<br />

brutal rombo de 1.300 milhões de euros<br />

para as <strong>PME</strong> nacionais.<br />

De resto, os objetivos da AICEP para os<br />

próximos tempos passam precisamente<br />

por uma maior “diversificação” das exportações<br />

nacionais e pela criação de<br />

“valor”, mensagem que o novo responsável<br />

pela agência, Luís Castro Henriques<br />

– que substitui em funções Miguel Fras-<br />

16 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>

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