2017 - Revista PME
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SAIBA TUDO SOBRE<br />
QUEM SE DESTACOU EM 2016<br />
Esta revista é parte integrante da edição n.º 139 do Jornal das Oficinas de Junho <strong>2017</strong> e não pode ser vendida separadamente<br />
As<br />
do AFTERMARKET em PORTUGAL<br />
SETOR À LUPA<br />
◗ EXPORTAÇÕES A CRESCER<br />
◗ RELAÇÃO COM A BANCA<br />
◗ CARACTERÍSTICAS DAS FROTAS<br />
MERCADO AUTOMÓVEL<br />
◗ ESTATÍSTICAS E TENDÊNCIAS<br />
◗ CONECTIVIDADE E AUTOMAÇÃO<br />
◗ ACESSO À INFORMAÇÃO TÉCNICA<br />
UMA EDIÇÃO
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SER REFERÊNCIA<br />
a NÍVEL<br />
NACIONAL<br />
Rigor, qualidade, disponibilidade, proximidade, confiança e responsabilidade<br />
social são os valores que definem a forma de estar no mercado das<br />
mais de 200 empresas do aftermarket que, este ano, voltaram a atingir os<br />
estatutos de <strong>PME</strong> Líder e Excelência.<br />
O universo das <strong>PME</strong> Líder registou, em 2016, uma subida face ao ano<br />
anterior e há um número crescente de “repetentes”, o que constitui um importante sinal<br />
de consolidação. Um dos aspetos fundamentais centra-se, essencialmente, na qualidade<br />
do desempenho do segmento mais competitivo das nossas <strong>PME</strong>, que originou o alargamento<br />
do grupo de empresas de perfil superior que está na origem do universo das<br />
<strong>PME</strong> Excelência. A forte resiliência destas empresas e os resultados obtidos em termos<br />
de reforço da sua capacidade competitiva são importantes sinais de forte motivação<br />
deste segmento empresarial e da sua relevância como motor da economia e do emprego<br />
nacionais.<br />
Num quadro macroeconómico menos favorável, estas empresas conseguiram aumentar<br />
substancialmente o seu ativo em relação ao ano anterior, ao mesmo tempo que reforçaram<br />
os seus capitais próprios e evidenciaram melhorias significativas dos seus rácios de<br />
produtividade e de rendibilidade, o que é muito importante e marca os desempenhos<br />
superiores destas empresas.<br />
São empresas de perfil superior que souberam atuar em contraciclo, reforçando a sua<br />
capacidade competitiva e contribuindo ativamente para a economia, o emprego e as<br />
exportações nacionais com sinais claros de crescimento em praticamente todos os indicadores<br />
de desempenho, que as colocam muito acima da média nacional.<br />
Para quem recebe, os estatutos de <strong>PME</strong> Líder ou Excelência são motivos de orgulho. E<br />
podem ser exibidos na correspondência, nos emails, nos sites, nas viaturas ou, até, ser<br />
hasteado em bandeira à porta das empresas. É sinónimo de notoriedade e mérito.<br />
Quando o IA<strong>PME</strong>I lançou estas distinções, fê-lo precisamente com o objetivo de conferir<br />
notoriedade e otimizar as condições de financiamento das empresas com superior<br />
perfil de risco e que prossigam estratégias de crescimento e de reforço da sua competitividade.<br />
O “selo” não serve apenas para ser exibido. Traz, antes, agregado um conjunto de<br />
benefícios às empresas, como o acesso em melhores condições a produtos financeiros,<br />
a uma rede de serviços e a facilitação na relação com a banca.<br />
Os empresários estão a fazer o seu melhor, mas o Estado tem de corresponder, com as<br />
muitas reformas estruturais que ainda faltam fazer para que a nossa economia se liberalize<br />
e possa crescer mais.<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
03
ENTREVISTA Miguel Cruz, Presidente do IA<strong>PME</strong>I<br />
“ANTECIPAR<br />
TENDÊNCIAS,<br />
INOVAR<br />
e GANHAR<br />
DIMENSÃO”<br />
Como tem vindo a fazer ao longo dos<br />
seus 42 anos de atividade, o IA<strong>PME</strong>I<br />
continua atento às necessidades<br />
das <strong>PME</strong>, que têm feito um esforço<br />
notável de investimento em fatores de<br />
competitividade, como referiu Miguel<br />
Cruz em entrevista à <strong>Revista</strong> <strong>PME</strong><br />
Líder e Excelência Aftermarket<br />
AAs <strong>PME</strong> nacionais têm feito um esforço<br />
notável de investimento em fatores de<br />
competitividade que sejam diferenciadores<br />
e que as ajudem a reforçar as suas<br />
posições no mercado, com apostas claras<br />
na inovação e no desenvolvimento<br />
de novos produtos, serviços, processos<br />
ou formas de comercialização.<br />
Seja qual for o setor ou o seu posicio-<br />
namento na cadeia de valor, o grande<br />
desafio que as empresas, hoje, têm de<br />
enfrentar é o de conseguirem manter-<br />
-se competitivas num mercado que é,<br />
tendencialmente, global e muito volátil<br />
e agressivo em termos de concorrência.<br />
Saber ler o mercado, antecipar tendências,<br />
inovar e ganhar dimensão, são<br />
preocupações estratégicas que têm de<br />
estar na agenda da gestão moderna. Já<br />
o investimento na capitação e o reforço<br />
de competências, deve ser acompanha-<br />
do por um conhecimento exaustivo dos<br />
mecanismos de apoio existentes e pela<br />
seleção das soluções que, em conjunto,<br />
mais se adequam à rentabilização do negócio,<br />
conforme referiu Miguel Cruz na<br />
entrevista que, a seguir, publicamos.<br />
Quantas empresas receberam o estatuto<br />
de <strong>PME</strong> Líder e Excelência 2016?<br />
Para o estatuto de 2016, temos 7.119<br />
<strong>PME</strong> Líder e 1.785 <strong>PME</strong> Excelência.<br />
04 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
Houve um aumento ou uma diminuição<br />
do número de empresas comparativamente<br />
ao ano de 2015?<br />
Há mais <strong>PME</strong> Excelência. E quase o mesmo<br />
número, embora um pouco menor,<br />
de <strong>PME</strong> Líder. Existe um número crescente<br />
de “repetentes”, o que constitui um<br />
importante sinal de consolidação.<br />
Que vantagens tem uma empresa com<br />
o estatuto de <strong>PME</strong> Líder ou Excelência?<br />
As vantagens são, essencialmente, reputacionais.<br />
O estatuto constitui um sinal<br />
de credibilidade, um sinal de que existe<br />
qualidade de gestão e transparência<br />
nos fluxos de informação. É curioso que<br />
até mesmo empresas internacionais vão<br />
atribuindo cada vez maior importância<br />
a este estatuto. Para além desses ganhos<br />
reputacionais, as empresas <strong>PME</strong> Líder<br />
e <strong>PME</strong> Excelência têm acesso a um<br />
conjunto de benefícios na utilização de<br />
bens e serviços diversos, em resultado<br />
da participação numa rede dedicada.<br />
Esses benefícios vão desde o acesso a<br />
financiamento, passando por combustível,<br />
conteúdos formativos e informação<br />
de gestão. Aproveito para recordar que<br />
o IA<strong>PME</strong>I recebeu, da Comissão Europeia,<br />
em 2016, o prémio de boas práticas<br />
de promoção empresarial com este estatuto<br />
de <strong>PME</strong> Líder, sinal da sua importância<br />
e potencial de replicação.<br />
“Inovar” tornou-se numa palavra chave<br />
nos discursos políticos, nos programas<br />
de governação e na estratégia de muitos<br />
empresários. A chave está só na inovação?<br />
A chave não está apenas na inovação,<br />
pois outras palavras têm, também, a<br />
maior importância na promoção da<br />
competitividade empresarial. Parcerias,<br />
capitalização, adaptabilidade, internacionalização.<br />
Mas uma coisa é certa: sem<br />
uma estratégia continuada virada para<br />
a inovação, que deveremos interpretar<br />
num sentido amplo, associando se quiser<br />
a diferenciação, dificilmente haverá<br />
capacidade competitiva em mercado<br />
global que seja estável. Isto implica uma<br />
mudança na cultura organizacional. Por<br />
isso, é tão importante que essa palavra se<br />
mantenha (e com prioridade) no léxico<br />
corrente.<br />
A exportação e internacionalização são<br />
as únicas alternativas viáveis para as<br />
<strong>PME</strong> conseguirem crescer e ser mais<br />
rentáveis?<br />
Sem dúvida. O crescimento empresarial<br />
está associado a uma aposta crescente na<br />
internacionalização.<br />
Quais os apoios previstos para as <strong>PME</strong><br />
que pretendam internacionalizar e vender<br />
os seus produtos no exterior?<br />
A generalidade dos instrumentos de<br />
política pública geridos pelo IA<strong>PME</strong>I,<br />
sejam financeiros ou não financeiros,<br />
têm, entre os seus objetivos, as <strong>PME</strong> e<br />
a internacionalização. A internacionalização<br />
não se obtém como resultado de<br />
um mero “estalar de dedos”, razão pela<br />
qual é indispensável apostar na capacitação<br />
empresarial, na inovação e no investimento.<br />
Destaco alguns apoios, como os sistemas<br />
de incentivos para a qualificação e internacionalização<br />
das <strong>PME</strong> virados para a<br />
aposta em fatores dinâmicos de competitividade<br />
e abordagem a mercados externos.<br />
Destaco o sistema de incentivos<br />
à inovação, virado para a diferenciação<br />
competitiva de produtos, processos ou<br />
serviços, bem como as linhas de crédito<br />
financiadas pelo IA<strong>PME</strong>I, como a recente<br />
linha de Crédito Capitalizar, como<br />
instrumento de apoio a estratégias viradas<br />
para o mercado global. Em 2016, o<br />
IA<strong>PME</strong>I passou para a economia mais<br />
de 500 milhões de euros apenas em sistemas<br />
de incentivos, um valor recorde,<br />
sem considerar as linhas de crédito, que<br />
se concentram, maioritariamente, em<br />
<strong>PME</strong> e que são, exclusivamente, virados<br />
para a inovação e internacionalização.<br />
O que podem as <strong>PME</strong> nacionais fazer<br />
pelo desenvolvimento de Portugal?<br />
As <strong>PME</strong> nacionais, até por serem mais de<br />
99% das empresas não financeiras, são a<br />
base do desenvolvimento da economia<br />
portuguesa. Com base nos instrumentos<br />
de política pública que lhes são disponibilizadas<br />
e apoiadas numa rede envolvente,<br />
que inclui centros tecnológicos,<br />
incubadoras, universidades, politécnicos,<br />
clusters e institutos públicos, devem<br />
investir, apostar na diferenciação, diversificar<br />
mercados, subir na cadeia de valor,<br />
apostar (quando razoável) em marca<br />
própria e crescer.<br />
De que forma as <strong>PME</strong> têm sido afetadas<br />
pelo atual abrandamento económico?<br />
O abrandamento económico teve uma<br />
consequência imediata na dimensão do<br />
mercado nacional. Por isso, as empresas<br />
apostaram tão fortemente nas exportações,<br />
sendo esse um esforço a continuar.<br />
O contexto económico condicionou<br />
muito fortemente o acesso a financiamento,<br />
razão pela qual os estatutos de<br />
<strong>PME</strong> Líder e <strong>PME</strong> Excelência são tão<br />
importantes. São, também, importantes<br />
as linhas de crédito. Importa recordar<br />
que lançámos as linhas de crédito<br />
<strong>PME</strong> Investe em 2008, num contexto<br />
de extraordinária retração de crédito. E<br />
que este instrumento desempenhou um<br />
papel essencial na manutenção do esforço<br />
exportador de muitas empresas. São,<br />
também, muito importantes os sistemas<br />
de incentivos para financiamento de investimento<br />
que tenha as características<br />
de sustentabilidade de médio prazo de<br />
que falámos.<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
05
ENTREVISTA Miguel Cruz, Presidente do IA<strong>PME</strong>I<br />
O contexto económico tem levado, ainda,<br />
as empresas a procurar aumentar quotas<br />
nos mercados tradicionais e a procurar<br />
diversificar as suas exportações para fora<br />
da Europa. É importante ver que os resultados<br />
da diversificação extracomunitária<br />
das empresas portuguesas estão acima<br />
do que se verifica na média europeia.<br />
Considera que ainda estamos a viver<br />
uma época de constrangimentos económicos<br />
ou a crise já está ultrapassada?<br />
Há determinadas características que<br />
marcaram a crise – que teve origem no<br />
sistema financeiro norte-americano –<br />
que já não se verificam. Mas a situação<br />
económica mantém uma complexidade<br />
e níveis de incerteza que nos devem manter<br />
muito alerta.<br />
Qual o contributo do IA<strong>PME</strong>I para ajudar<br />
os empresários a ultrapassar esta situação<br />
difícil?<br />
Para além dos instrumentos que já referi,<br />
gostaria de destacar ainda o facto de<br />
termos já 1.000 empresas que recorreram<br />
à ferramenta de early warning desenvolvida<br />
pelo IA<strong>PME</strong>I para diagnosticarem<br />
e fazerem benchmarking da sua posição<br />
financeira e operacional.<br />
É, também, de salientar o papel que temos<br />
vindo a desempenhar no acompanhamento<br />
e diagnóstico das necessidades<br />
das empresas, em colaboração com<br />
mais de uma centena e meia de parceiros<br />
e participadas, desde associações, centros<br />
tecnológicos, universidades, sociedades<br />
financeiras, câmaras municipais. Não é<br />
em vão que a área de atendimento e licenciamento<br />
no IA<strong>PME</strong>I recebeu a certificação<br />
da qualidade no final de 2016.<br />
O IA<strong>PME</strong>I atua com base num conjunto<br />
de instrumentos transversais de política<br />
pública, mas sempre num contexto de<br />
proximidade às empresas.<br />
As linhas de crédito <strong>PME</strong> Crescimento<br />
têm tido um papel importante? Como?<br />
Sim, como referi, tiveram-no, em 2008,<br />
num contexto difícil, e continuam a ter<br />
hoje. Por exemplo, no crédito a fundo de<br />
maneio de que as empresas necessitam<br />
para se adaptarem a mudanças rápidas e<br />
cada vez mais exigentes do seu segmento<br />
de clientes. A capacidade de adaptação é<br />
essencial para concorrer.<br />
Pode fazer-nos o ponto de situação da<br />
execução das linhas de crédito?<br />
As linhas concederam crédito a mais de<br />
85.000 empresas, com mais de 1.000.000<br />
de trabalhadores envolvidos. Estamos a<br />
falar de mais de 16 mil milhões de eu-<br />
ESTATUTO DE <strong>PME</strong> EXCELÊNCIA<br />
Desde quando é atribuído o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência?<br />
Desde 2008, como no caso do estatuto de <strong>PME</strong> Líder.<br />
Como foi feita a seleção das <strong>PME</strong> Excelência 2016?<br />
A escolha das empresas <strong>PME</strong> Excelência é realizada sobre o universo de empresas <strong>PME</strong> Líder. Com<br />
limites inferiores mais exigentes no conjunto dos indicadores, são escolhidas as melhores. São, efetivamente,<br />
as melhores entre as melhores.<br />
Pode resumir os principais fatores que levam uma empresa a ser <strong>PME</strong> Excelência?<br />
São, basicamente, os mesmos que são utilizados para identificar uma empresa como <strong>PME</strong> Líder, mas<br />
com critérios mais exigentes.<br />
Que vantagens tem uma empresa ao adquirir o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência?<br />
Ser <strong>PME</strong> Excelência acarreta ainda mais vantagens em produtos e serviços do que ser <strong>PME</strong> Líder. Por<br />
exemplo, ao nível da formação. No que toca a financiamento, várias das linhas que são financiadas<br />
pelo IA<strong>PME</strong>I e que atuam através da Garantia Mútua têm discriminação positiva para estas empresas.<br />
Como caracteriza as <strong>PME</strong> Excelência 2016, a nível de postos de trabalho, volume de negócios,<br />
e distribuição regional e setorial?<br />
A indústria reúne o maior número de empresas <strong>PME</strong> Excelência, sendo que a indústria e o comércio<br />
representam mais de 60% do total. Seguem-se os serviços e o turismo. O volume de negócios associado<br />
a estas empresas aumentou 35,7% e é superior a 7 mil milhões de euros. Estamos a falar,<br />
neste universo, de cerca de 62 mil postos de trabalho, com um valor médio ligeiramente inferior a<br />
35 trabalhadores por empresa. Porto, Lisboa e Aveiro lideram no número de empresas, logo seguidos<br />
por Braga e Leiria.<br />
06 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
os de crédito. Destas empresas, a grande<br />
maioria são <strong>PME</strong>.<br />
E relativamente aos apoios ao investimento<br />
envolvidos nos programas Portugal<br />
2020 e InnovFin, já estão disponíveis?<br />
A que tipo de empresas se destinam<br />
estes apoios?<br />
Sim, quer nos sistemas de incentivos<br />
quer nos instrumentos financeiros, linhas<br />
de co-investimento com Business<br />
Angels, Linha Capitalizar, Linha de Capital<br />
de Risco. Destinam-se às empresas,<br />
nomeadamente <strong>PME</strong>, que tenham investimento<br />
adequado, inovador, sustentável,<br />
estrategicamente definido e orientado<br />
para o mercado global.<br />
Só no Portugal 2020, o IA<strong>PME</strong>I pagou<br />
mais de 220 milhões de euros até 31 de<br />
dezembro de 2016. Destes, mais de 2/3<br />
destinaram-se às <strong>PME</strong>.<br />
Que outros programas existem para as<br />
<strong>PME</strong> poderem candidatar-se?<br />
Existem linhas e fundos direcionados<br />
para diferentes momentos do ciclo de<br />
vida das empresas. O que importa é recomendar<br />
a empresas e empresários que<br />
consultem o nosso site, que entrem em<br />
contacto connosco e que realizem o seu<br />
autodiagnóstico na ferramenta de early<br />
warning.<br />
É, também, importante assinalar que,<br />
mesmo quem tenha uma ideia de negócio<br />
que ainda não é efetivo, deverá informar-se<br />
sobre o instrumento designado<br />
por StartUp Voucher, em que atribuímos<br />
uma bolsa para um desenvolvimento exigente<br />
da sua ideia de negócio.<br />
Há cada vez mais empresas com os estatutos<br />
de <strong>PME</strong> Líder e Excelência. É um<br />
sinal da melhoria da sua solidez financeira<br />
ou houve alguma alteração de critérios<br />
para se conseguir esta distinção?<br />
Pelo contrário. As alterações que foram<br />
sendo introduzidas ao longo dos anos<br />
têm sido no sentido de tornar o estatuto<br />
mais exigente. Assim, o número de <strong>PME</strong><br />
Líder está estavelmente acima de 7.000 e<br />
a repetição de empresas no estatuto demonstra<br />
uma preocupação com a consolidação<br />
da situação económico-financeira<br />
das organizações.<br />
O facto de a grande maioria das <strong>PME</strong><br />
serem de pequena e média dimensão<br />
reduz a sua competitividade?<br />
Não. Há limites ao número mínimo de<br />
trabalhadores para aceder ao estatuto,<br />
pelo que não reduz. Destaca, em vez disso,<br />
a solidez de gestão das empresas em<br />
questão.<br />
ESTATUTO DE <strong>PME</strong> LÍDER<br />
Desde quando é atribuído o estatuto de <strong>PME</strong> Líder?<br />
O estatuto de <strong>PME</strong> Líder foi relançado pelo IA<strong>PME</strong>I em 2008. O objetivo passa por reconhecer as empresas<br />
como líderes, estimulando o fluxo de informação de gestão e redução de situações de assimetria<br />
de acesso à mesma que prejudicam o financiamento empresarial. Desenvolver uma rede de empresas<br />
e parceiros que facilite o acesso a produtos e serviços que potenciem a capacitação, a gestão,<br />
a inovação. Dinamizar uma rede de empresas <strong>PME</strong> Líder com mulheres na liderança. Aprofundar o<br />
conhecimento dos elementos distintivos destas empresas para que, cada vez mais, as boas práticas<br />
possam ser divulgadas e replicadas.<br />
Como foi feita a seleção das <strong>PME</strong> Líder 2016?<br />
A seleção é iniciada pela banca, junto com as empresas, que submetem as candidaturas ao IA<strong>PME</strong>I<br />
e ao Turismo de Portugal para validação, tendo em atenção as condições de acesso e os indicadores<br />
definidos.<br />
Pode resumir os principais fatores que levam uma empresa a ser <strong>PME</strong> Líder?<br />
Um conjunto de indicadores associados, por exemplo, o volume de negócio, EBITDA, Resultado Líquido,<br />
Rendibilidade Líquida do Capital Próprio, Dívida Financeira Líquida/EBITDA e número de UTA’s, que tem<br />
de ser superior a 8.<br />
Que vantagens tem uma empresa ao adquirir o estatuto de <strong>PME</strong> Líder?<br />
Reconhecimento como empresa sólida e como exemplo de gestão, o que impulsiona o seu posicionamento<br />
face a fornecedores e clientes, para além de outros parceiros, como a banca.<br />
Condições preferenciais em termos de acesso a financiamento, bens e serviços.<br />
Como caracteriza as <strong>PME</strong> Líder 2016, a nível de postos de trabalho, volume de negócios, e distribuição<br />
regional e setorial?<br />
O volume de negócios sobe em relação ao ano anterior em mais de 6%, para quase 31 mil milhões.<br />
Apresentam cerca de 250 mil postos de trabalho para as cerca de 7.100 empresas, o que dá uma<br />
média de 35 trabalhadores por empresa. Porto, Lisboa e Aveiro são os três distritos que lideram.<br />
Qual a importância que a banca está a dar<br />
às <strong>PME</strong>?<br />
Enorme. Os bancos envolvidos têm sido<br />
parceiros inexcedíveis. Isto porque estas<br />
empresas têm indicadores económico-<br />
-financeiros não apenas sólidos, como<br />
dispõem de informação de gestão transparente.<br />
E, isso, é uma forma de reduzir a<br />
perceção de risco associada.<br />
Em <strong>2017</strong>, quais serão as principais apostas<br />
do IA<strong>PME</strong>I para apoiar as <strong>PME</strong>?<br />
Continuaremos a consolidar os instrumentos<br />
de apoio que se encontram disponíveis.<br />
Nos incentivos, a fasquia em termos<br />
de execução está mais alta, pelo que temos<br />
apostado, decididamente, na redução de<br />
custos administrativos das empresas e proximidade<br />
com elas. Por isso, temos vindo a<br />
introduzir novas funcionalidades na nossa<br />
“conta corrente” para a gestão dos sistemas<br />
de incentivos, com o objetivo de facilitar a<br />
vida às empresas.<br />
A implementação e acompanhamento<br />
dos clusters de competitividade vai ser<br />
outra das nossas prioridades, pelo seu<br />
potencial de aumento de eficiência nas<br />
escolhas estratégicas dos setores, potencial<br />
internacional, impacto nos esforços<br />
de inovação aberta e estabelecimento de<br />
redes colaborativas. A dinamização de<br />
mais medidas especificamente orientadas<br />
para a digitalização da economia e<br />
para a Indústria 4.0 é outro bom exemplo.<br />
O ano de <strong>2017</strong> será um ano particularmente<br />
importante para dar um<br />
impulso à atividade da rede associada<br />
à Agenda Portugal Digital, coordenada<br />
pelo IA<strong>PME</strong>I. Uma nota final, nestes<br />
meros exemplos que estou a dar, para<br />
assinalar que o IA<strong>PME</strong>I subscreveu, em<br />
nome de Portugal, e em parceria com<br />
a FCT, um conjunto de Programas da<br />
ESA, virados para as áreas aeronáutica<br />
e aeroespacial. Estamos a proceder a todos<br />
os esforços para desenvolver uma<br />
participação cada vez maior de <strong>PME</strong><br />
portuguesas nestes programas.<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
07
MERCADO RANKING <strong>PME</strong> EXCELÊNCIA 2016<br />
REFORÇO<br />
DA CAPACIDADE<br />
COMPETITIVA<br />
Este ano, foram 60 as empresas do aftermarket que receberam<br />
o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência 2016. A aposta tem sido na<br />
capacidade competitiva das empresas, baseada na inovação,<br />
gestão e investimento. O objetivo deve ser continuar este<br />
caminho, criando condições para alargar o número de empresas<br />
que sejam capazes de alcançar este elevado estatuto<br />
H<br />
Houve um esforço muito significativo<br />
na modernização de processos e equipamentos<br />
produtivos, na certificação de<br />
qualidade, na qualificação de recursos<br />
humanos, na capacitação para a inovação<br />
e na aproximação aos consumidores,<br />
antecipando tendências e dando<br />
resposta a soluções com cada vez maior<br />
nível de sofisticação e diferenciação,<br />
com a aposta no marketing, no conhecimento,<br />
na diversificação de mercados e<br />
08 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
na exploração de novas formas de comercialização.<br />
Tudo isto acompanhado<br />
por um reforço substancial de capacidade<br />
de gestão e de posicionamento estratégico<br />
das empresas. E os resultados<br />
são visíveis no crescimento demonstrado<br />
pela maioria das organizações que<br />
constam do ranking que apresentamos.<br />
Tal significa que muitas empresas conseeguiram,<br />
em 2016, melhorar os seus<br />
desempenhos económico-financeiros<br />
e os seus resultados, o que representou<br />
um notável contributo para o desenvolvimento<br />
do país e ajudou à superação<br />
das dificuldades económicas que<br />
atravessamos, apesar dos graves custos<br />
de contexto que o país ainda apresenta,<br />
decorrentes da sua excessiva centralização,<br />
regulamentação e burocracia.<br />
São apenas as <strong>PME</strong> que criam riqueza,<br />
investimento e emprego. E que podem<br />
tirar o país da crise. Infelizmente, ainda<br />
prevalece entre nós uma cultura muito<br />
pouco “amiga” das empresas, da livre<br />
iniciativa e do empreendedorismo. E<br />
um Estado excessivamente pesado, que<br />
consome grande parte da riqueza criada<br />
pela sociedade civil.<br />
PARABÉNS ÀS EMPRESAS <strong>PME</strong><br />
EXCELÊNCIA AFTERMARKET<br />
As empresas <strong>PME</strong> Excelência são uma referência para a economia portuguesa. Obter este estatuto, seletivo<br />
e exigente, é motivo de reconhecimento e de orgulho para as empresas, para o IA<strong>PME</strong>I e para os<br />
seus parceiros. No aftermarket, foram 60 as empresas distinguidas com este estatuto, o que lhes confere<br />
uma notoriedade acrescida. Mas, também, maior responsabilidade, motivação e profissionalismo.<br />
O reconhecimento destas empresas <strong>PME</strong> Excelência potencia o estabelecimento de relações de credibilidade,<br />
sustentáveis, no domínio do financiamento, no domínio da participação em cadeias de valor,<br />
no domínio da inovação colaborativa, no domínio da internacionalização e no domínio da redução da<br />
incerteza a que as empresas estão sujeitas na sua gestão estratégica.<br />
Estas condições são essenciais para dinamizar e fortalecer o aftermarket em Portugal, condição essencial<br />
para o seu crescimento. E este investimento, inovador e gerador de diferenciação, tem um potencial<br />
de evolução que está cada vez mais potenciado pelo recurso às modernas tecnologias de informação.<br />
TEMPOS SÃO DE EXIGÊNCIA<br />
Os mercados e os consumidores (finais<br />
e intermédios), são, cada vez mais,<br />
exigentes, detêm cada vez mais informação,<br />
exigem cada vez maiores ritmos<br />
de mudança. A inovação e a diferenciação<br />
são, por isso mesmo, o cerne da<br />
capacidade competitiva das empresas<br />
num mercado globalizado.<br />
O principal desafio que as <strong>PME</strong> têm<br />
pela frente é o de manterem a competitividade<br />
num mercado alargado e cada<br />
vez mais concorrencial. E que saibam<br />
afirmar a sua individualidade pela qualidade<br />
e diferenciação dos seus produtos<br />
ou serviços que oferecem, apostando na<br />
inovação, subindo na cadeia de valor,<br />
em muitos casos apostando em marcas<br />
próprias e procurando ganhar dimensão.<br />
Pode ser através de estratégias<br />
colaborativas, da ligação a polos competitivos<br />
ou da partilha de determinada<br />
informação, que lhes permita ajudar a<br />
consolidar a sua presença no mercado<br />
onde operam.<br />
O NÍVEL DE EXIGÊNCIA DAS<br />
<strong>PME</strong> EXCELÊNCIA TEM DE SER<br />
SEMPRE MAIS ELEVADO DO<br />
QUE O NORMAL, POIS SÓ AÍ SE<br />
TORNARÁ VISÍVEL A EVOLUÇÃO<br />
DA QUALIDADE DO TRABALHO<br />
E, POR CONSEGUINTE, DOS<br />
RESULTADOS OBTIDOS<br />
SOLUÇÕES DE FINANCIAMENTO<br />
Em termos de financiamento, existe um<br />
conjunto alargado de soluções que conseguem<br />
responder, transversalmente,<br />
às principais necessidades das empresas,<br />
acompanhando todo o seu ciclo<br />
de desenvolvimento. Desde capital de<br />
risco a incentivos, passando pelo investimento.<br />
Crédito com garantia, soluções<br />
de capitalização, fundos de reestruturação<br />
e outras soluções mistas, as empresas<br />
podem contar com uma série de<br />
instrumentos que as ajuda a financiar o<br />
seu negócio. O importante é que se informem<br />
bem sobre cada um deles e escolham<br />
a solução que melhor se adeque<br />
à sua necessidade em concreto.<br />
CAMINHO DE CRESCIMENTO<br />
O grande desafio para a generalidade das<br />
<strong>PME</strong> é o de reencontrarem o caminho<br />
do crescimento. Por isso, a inovação deve<br />
assumir um papel central na estratégia<br />
das empresas. Nesse sentido, é importante<br />
sistematizar e gerir internamente<br />
essas atividades de inovação. Há muitas<br />
empresas que inovam mas nem sempre<br />
conseguem demonstrar o esforço e os resultados<br />
da inovação. O que as leva a perderem<br />
oportunidade de acesso a incentivos<br />
de apoio a atividades de inovação.<br />
CRITÉRIOS <strong>PME</strong><br />
EXCELÊNCIA 2016<br />
• Autonomia Financeira em 2015 >= 37,5% (Capitais Próprios/Ativo)<br />
• Rendibilidade Líquida do Capital Próprio >= 12,5% (Res. Líquido/<br />
Cap. Próprio)<br />
• Dívida Financeira Líquida/EBITDA = 10%<br />
• EBITDA/Volume de Negócios >= 7,5%<br />
• Crescimento do Volume de Negócios >= 0%<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
09
MERCADO RANKING <strong>PME</strong> EXCELÊNCIA 2016<br />
N.º EMPRESA<br />
DISTRITO VOLUME<br />
NEGÓCIOS<br />
2015<br />
ATIVO<br />
LÍQUIDO<br />
2015<br />
AUTONOMIA<br />
FINANCEIRA<br />
RESULTADOS<br />
LÍQUIDOS<br />
2015<br />
CAPITAL<br />
PRÓPRIO<br />
2015<br />
RENTABILIDADE<br />
CAPITAL PRÓPRIO<br />
1 JOSÉ ANICETO & IRMÃO, LDA. COIMBRA 29,223 15,943 75.0 2,699 11,951 22.6<br />
2 AUTOZITÂNIA - ACESSÓRIOS E SOBRESSALENTES, S.A. LISBOA 25,052 23,559 44.4 2,208 10,453 21.1<br />
3 AUTO DELTA - COMÉRCIO DE PEÇAS, ACESSÓRIOS E AUTO., LDA. LEIRIA 17,953 11,543 64.8 1,013 7,480 13.5<br />
4 FIMAG - IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO DE ACESSÓRIOS, LDA. BRAGA 11,860 10,543 61.4 1,258 6,474 19.4<br />
5 INDÚSTRIAS METÁLICAS VENEPORTE, S.A. AVEIRO 11,400 13,919 60.8 1,087 8,462 12.8<br />
6 A. VIEIRA, S.A. BRAGA 11,029 7,837 62.4 834 4,891 17.1<br />
7 HBC II - PEÇAS AUTO, LDA. LEIRIA 10,322 10,301 40.5 725 4,169 17.4<br />
8 AUTO SILVA ACESSÓRIOS PORTO 9,860 8,431 53.3 623 4,493 13.9<br />
9 LEIRILIS - ACESSÓRIOS E PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, S.A. LEIRIA 9,216 6,026 51.3 544 3,092 17.6<br />
10 MOTORBUS - REPARAÇÕES E PEÇAS AUTO, LDA. PORTO 7,159 6,370 42.4 673 2,704 24.9<br />
11 VIEIRA & FREITAS, LDA. BRAGA 6,891 5,595 85.9 679 4,806 14.1<br />
12 SANDIA STAND - ACESSÓRIOS AUTO, LDA. FARO 6,756 3,205 68.8 557 2,204 25.3<br />
13 IMPORQUÍMICA - INDÚSTRIA PORTUGUESA DE PROD. QUÍIMICA, S.A. SETÚBAL 5,349 4,622 46.4 467 2,144 21.8<br />
14 AUTOFLEX - COMÉRCIO DE TINTAS E PRODUTOS QUÍMICOS, LDA. AVEIRO 4,266 4,116 81.8 479 3,366 14.2<br />
15 ALECARPEÇAS - ACESSÓRIOS DE AUTOMÓVEIS, LDA. LISBOA 4,240 2,346 42.9 273 1,007 27.1<br />
16 LOJA DE TINTAS - COMÉRCIO DE TINTAS, LDA. SETÚBAL 4,057 3,063 47.2 270 1,447 18.7<br />
17 AUTO FORNECEDORA - ACESSÓRIOS, LDA. PORTO 3,931 2,704 68.2 512 1,844 27.8<br />
18 NEOCOM - DISTRIBUIÇÃO DE COMPONENTES AUTOMÓVEL, LDA. AVEIRO 3,706 5,253 57.6 669 3,025 22.1<br />
19 BLUE CHEM - INDÚSTRIA E COMÉRCIO, S.A. BRAGA 3,548 1,698 45.1 431 765 56.3<br />
20 MACOS - EXTRAS E ACESSÓRIOS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. PORTO 3,382 2,590 70.0 280 1,814 15.4<br />
21 FILOURÉM - COMÉRCIO DE PEÇAS AUTO, LDA. SANTARÉM 3,221 2,058 44.5 180 916 19.7<br />
22 AUTO TORRE DA MARINHA - COM. DE PEÇAS P/ VEÍCULOS AUTO. SETÚBAL 3,196 2,302 69.0 230 1,589 14.5<br />
23 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) PORTO 3,179 3,342 83.1 609 2,776 21.9<br />
24 J. ALVES - OFICINAS AUTO, LDA. PORTO 2,981 1,614 40.4 179 652 27.5<br />
25 TURBOMAX - COMÉRCIO DE COMPONENTES AUTO, LDA. SETÚBAL 2,790 2,240 55.4 308 1,241 24.8<br />
26 SERVIDIESEL - REP. E COM. DE BOMBAS INJEC. E TURBO., LDA. LISBOA 2,605 1,286 48.8 90 628 14.3<br />
27 FRANCECAR - PEÇAS AUTOMÓVEIS, LDA. VISEU 2,585 1,419 83.7 205 1,187 17.3<br />
28 VIA PESADOS - COMÉRCIO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTO, LDA. V. DO CASTELO 2,290 1,382 44.1 95 610 15.6<br />
29 AUTOENGENHOCAS - REPARAÇÕES DE AUTOMÓVEIS, LDA. LISBOA 2,263 2,218 62.3 252 1,382 18.2<br />
30 MOTA & PIMENTA, LDA. BRAGA 2,180 1,698 54.8 123 930 13.2<br />
31 JOSÉ MANUEL RODRIGUES FORTUNATO - SOC. UNIPESSOAL, LDA. C. BRANCO 2,132 1,348 57.0 119 768 15.5<br />
32 AÇORPEÇAS - PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA AUTOMOVEIS P. DELGADA 2,120 1,573 85.1 226 1,339 16.9<br />
33 DMS - TRUCKS, LDA. LEIRIA 2,080 2,577 81.5 489 2,101 23.3<br />
34 GULOSIPEÇAS - PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTO, LDA. V. DO CASTELO 2,023 1,411 42.4 174 598 29.1<br />
35 ALGARCHAPA - COMÉRCIO DE PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. FARO 2,002 1,122 48.5 157 544 28.9<br />
36 MCS - PEÇAS E ACESSÓRIOS P/AUTO. E CAMIÕES, UNI., LDA. LISBOA 1,943 1,566 45.3 136 709 19.2<br />
37 EQUIWASH - COM. E ASSISTÊNCIA DE EQUIP. E PROD. AUTO, LDA. BRAGA 1,933 1,463 62.1 279 908 30.7<br />
38 ELECTRO-MARQUES - REPARAÇÕES ELÉCTRICAS AUTO, LDA. SANTARÉM 1,867 1,374 65.4 241 898 26.8<br />
39 M.C.D. GARCIA, LDA. LISBOA 1,803 1,029 70.8 135 729 18.5<br />
40 RUBBER VULK, LDA. VISEU 1,801 1,653 52.9 145 875 16.6<br />
41 ALFILTRUCKS, LDA. LISBOA 1,776 1,466 42.2 93 619 15.0<br />
42 RUGEMPEÇAS, LDA. LISBOA 1,760 1,761 51.8 188 913 20.6<br />
43 SIMPORAL - SOC. IMPORTADORA DE PEÇAS P/ AUTOMÓVEIS, LDA. LISBOA 1,654 976 43.5 154 425 36.2<br />
44 TURBOTEST, LDA. BRAGA 1,532 1,206 38.9 90 469 19.2<br />
45 LOVISTINS - COMÉRCIO DE MÁQUINAS E TINTAS, LDA. VISEU 1,497 1,562 60.7 170 948 17.9<br />
46 AUTO REPARADORA CARLOS A. D. ROSA, LDA. AVEIRO 1,424 1,408 52.3 211 737 28.6<br />
47 SOTINAR DOIS - TINTAS E SISTEMAS DE PINTURA, LDA. AVEIRO 1,408 1,414 78.0 143 1,103 13.0<br />
48 COMSOFTWEB - SISTEMAS INFORMÁTICOS, LDA. LEIRIA 1,405 852 61.6 135 525 25.7<br />
49 CALÇADA & COSTA - REPARAÇÕES DE AUTOMÓVEIS, LDA. V. DO CASTELO 1,387 2,348 89.8 270 2,108 12.8<br />
50 COMERCIALPEÇAS - MÁRIO DE ALMEIDA & MARTINS, LDA. PORTO 1,324 1,426 39.1 137 558 24.6<br />
51 MÁRIO SANTOS SILVA - MANUT. E REP. DE VEÍCULOS AUTO., LDA. LEIRIA 1,316 882 54.8 141 483 29.2<br />
52 ALTARODA, S.A. PORTO 1,299 1,165 77.4 164 902 18.2<br />
53 DAVID ABREU, UNIPESSOAL. LDA. BRAGA 1,290 1,288 45.0 81 580 14.0<br />
54 CORCET, LDA. PORTO 1,246 1,246 32.7 121 407 29.7<br />
55 CORAUTO - PINTURA E TÉCNICA AUTOMÓVEL, LDA. AVEIRO 1,239 890 39.8 55 354 15.5<br />
56 DANIEL MESTRE - COMÉRCIO DE PNEUS, UNIPESSOAL, LDA. BEJA 1,237 2,256 39.8 145 899 16.1<br />
57 SOBRAIS - FÁBRICA DE RADIADORES E COMP. TÉRMICOS, LDA. COIMBRA 1,208 888 51.2 111 455 24.4<br />
58 TACOFROTA - COMÉRCIO DE TACÓGRAFOS, LDA. SANTARÉM 1,158 878 63.9 81 561 14.4<br />
59 STATION VIANA - CENTRO DE MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS V. DO CASTELO 1,146 654 38.1 40 249 16.1<br />
60 MANUEL MARIA & CAETANO, LDA. FARO 1,059 1,083 82.5 124 893 13.9<br />
10 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
VALOR ACRESCENTADO<br />
BRUTO 2015<br />
CRESCIMENTO<br />
VOLUME NEGÓCIOS<br />
CRESCIMENTO<br />
LUCROS<br />
ENDIVIDAMENTO<br />
N.º TRABALHADORES<br />
2015<br />
PASSIVO SOLVABILDADE PRODUTIVIDADE RENTABILIDADE<br />
VOL. NEGÓCIOS<br />
RENTABILIDADE<br />
ATIVO<br />
ROTAÇÃO ATIVO<br />
4,430 2.9 1.8 25.0 42 3,992 3.0 695.8 9.2 16.9 1.8<br />
5,467 8.1 15.7 55.6 73 13,106 0.8 343.2 8.8 9.4 1.1<br />
3,207 15.5 -1.6 35.2 70 4,063 1.8 256.5 5.6 8.8 1.6<br />
2,662 10.8 24.9 38.6 51 4,069 1.6 232.5 10.6 11.9 1.1<br />
4,950 -1.2 10.9 39.2 164 5,457 1.6 69.5 9.5 7.8 0.8<br />
2,640 2.1 24.3 37.6 63 2,946 1.7 175.1 7.6 10.6 1.4<br />
2,916 2.7 9.8 59.5 65 6,132 0.7 158.8 7.0 7.0 1.0<br />
2,243 11.4 45.2 46.7 48 3,938 1.1 205.4 6.3 7.4 1.2<br />
1,974 16.9 86.3 48.7 43 2,934 1.1 214.3 5.9 9.0 1.5<br />
1,458 9.2 45.0 57.6 17 3,666 0.7 421.1 9.4 10.6 1.1<br />
1,712 9.7 13.4 14.1 27 789 6.1 255.2 9.9 12.1 1.2<br />
1,843 10.1 -5.4 31.2 48 1,001 2.2 140.8 8.2 17.4 2.1<br />
1,595 29.2 46.4 53.6 38 2,478 0.9 140.8 8.7 10.1 1.2<br />
479 2.6 -11.9 18.2 21 750 4.5 203.1 11.2 11.6 1.0<br />
826 24.7 26.4 57.1 22 1,339 0.8 192.7 6.4 11.6 1.8<br />
929 2.1 309.1 52.8 25 1,616 0.9 162.3 6.7 8.8 1.3<br />
1,087 11.7 39.5 31.8 14 860 2.1 280.8 13.0 18.9 1.5<br />
2,016 47.2 -17.0 42.4 22 2,228 1.4 168.5 18.1 12.7 0.7<br />
711 15.8 179.9 54.9 12 933 0.8 295.7 12.1 25.4 2.1<br />
849 7.4 102.9 30.0 23 776 2.3 147.0 8.3 10.8 1.3<br />
536 29.5 100.0 55.5 15 1,142 0.8 214.7 5.6 8.7 1.6<br />
707 15.0 -0.9 31.0 18 713 2.2 177.6 7.2 10.0 1.4<br />
1,326 5.8 14.3 16.9 25 566 4.9 127.2 19.2 18.2 1.0<br />
1,358 14.2 118.3 59.6 52 962 0.7 57.3 6.0 11.1 1.8<br />
880 0.6 -12.5 44.6 19 999 1.2 146.8 11.0 13.8 1.2<br />
901 19.9 26.8 51.2 33 658 1.0 78.9 3.5 7.0 2.0<br />
577 6.8 25.0 16.3 13 232 5.1 198.8 7.9 14.4 1.8<br />
454 12.0 -50.3 55.9 11 772 0.8 208.2 4.1 6.9 1.7<br />
986 19.2 2.4 37.7 29 836 1.7 78.0 11.1 11.4 1.0<br />
717 13.8 7.0 45.2 17 768 1.2 128.2 5.6 7.2 1.3<br />
406 3.3 6.3 43.0 15 580 1.3 142.1 5.6 8.8 1.6<br />
511 2.5 -20.1 14.9 14 234 5.7 151.4 10.7 14.4 1.3<br />
1,081 6.0 20.1 18.5 14 476 4.4 148.6 23.5 19.0 0.8<br />
534 14.8 -7.9 57.6 16 813 0.7 126.4 8.6 12.3 1.4<br />
447 1.6 20.8 51.5 19 578 0.9 105.4 7.8 14.0 1.8<br />
446 6.1 18.3 54.7 15 857 0.8 129.5 7.0 8.7 1.2<br />
651 66.1 132.5 37.9 14 555 1.6 138.1 14.4 19.1 1.3<br />
853 44.8 84.0 34.6 25 476 1.9 74.7 12.9 17.5 1.4<br />
398 8.7 16.4 29.2 14 300 2.4 128.8 7.5 13.1 1.8<br />
532 -1.4 -22.5 47.1 13 778 1.1 138.5 8.1 8.8 1.1<br />
569 16.8 -37.2 57.8 23 847 0.7 77.2 5.2 6.3 1.2<br />
437 14.5 13.9 48.2 13 848 1.1 135.4 10.7 10.7 1.0<br />
591 13.1 258.1 56.5 14 551 0.8 118.1 9.3 15.8 1.7<br />
579 26.7 9.8 61.1 26 737 0.6 58.9 5.9 7.5 1.3<br />
474 5.3 57.4 39.3 10 614 1.5 149.7 11.4 10.9 1.0<br />
519 17.1 33.5 47.7 13 671 1.1 109.5 14.8 15.0 1.0<br />
442 16.1 186.0 22.0 9 311 3.5 156.4 10.2 10.1 1.0<br />
586 11.8 19.5 38.4 20 327 1.6 70.3 9.6 15.8 1.6<br />
697 6.7 24.4 10.2 20 240 8.8 69.4 19.5 11.5 0.6<br />
371 1.1 16.1 60.9 9 868 0.6 147.1 10.3 9.6 0.9<br />
630 29.5 88.0 45.2 15 399 1.2 87.7 10.7 16.0 1.5<br />
455 7.6 53.3 22.6 11 263 3.4 118.1 12.6 14.1 1.1<br />
423 6.6 97.6 55.0 18 708 0.8 71.7 6.3 6.3 1.0<br />
391 6.8 188.1 67.3 11 839 0.5 113.3 9.7 9.7 1.0<br />
420 11.6 450.0 60.2 18 536 0.7 68.8 4.4 6.2 1.4<br />
350 86.9 55.9 60.2 10 1,357 0.7 123.7 11.7 6.4 0.5<br />
546 18.3 38.8 48.8 20 433 1.1 60.4 9.2 12.5 1.4<br />
345 2.4 22.7 36.1 10 317 1.8 115.8 7.0 9.2 1.3<br />
322 7.6 0.0 61.9 13 405 0.6 88.2 3.5 6.1 1.8<br />
412 7.7 33.3 17.5 12 190 4.7 88.3 11.7 11.4 1.0<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
11
MERCADO TOP 10 EXCELÊNCIA<br />
AS MELHORES POR CRITÉRIOS<br />
CRESCER NUM<br />
MERCADO<br />
DIFÍCIL<br />
A<br />
A eleição das melhores <strong>PME</strong> Excelência<br />
CRITÉRIOS<br />
Aftermarket por critérios, é uma iniciativa<br />
que pretende premiar as empresas do setor<br />
que mais se destacaram no último ano. Os<br />
critérios que estão na base da escolha das<br />
melhores empresas <strong>PME</strong> Excelência Aftermarket<br />
são os que publicamos nos quadros<br />
a seguir.<br />
A opção por este grupo de critérios radica<br />
no facto de, em conjunto, permitir avaliar<br />
a contribuição das empresas para a economia,<br />
verificar o seu dinamismo, medir a sua<br />
rentabilidade e compreender o equilíbrio<br />
financeiro, que são condições necessárias<br />
para garantir o futuro e a sustentabilidade<br />
do negócio.<br />
Para medir a contribuição das empresas<br />
para a economia, usa-se a relação entre o<br />
valor acrescentado bruto e as vendas líquidas<br />
(VAB por vendas). Pretende-se, assim,<br />
medir o contributo da organização para<br />
a economia por cada euro vendido. Por<br />
outro lado, limita-se o favorecimento das<br />
empresas de maior dimensão, uma vez<br />
que se se utilizasse apenas o critério valor<br />
acrescentado bruto, por ser um indicador<br />
expresso em valores absolutos, estas seriam<br />
desfavorecidas.<br />
Os rácios e indicadores que fazem o retrato económico e<br />
financeiro das <strong>PME</strong> Excelência Aftermarket, bem como a<br />
avaliação da sua performance, servem de base à escolha<br />
das melhores empresas. A avaliação foi realizada pela IF4<br />
ESCOLHIDOS<br />
Para fazer a avaliação do Top 10 Excelência,<br />
a <strong>Revista</strong> <strong>PME</strong> Líder e Excelência Aftermaket,<br />
em parceria com a IF4, utilizou um<br />
conjunto de indicadores e rácios económico-financeiros,<br />
que permitem fazer um retrato<br />
das principais empresas e setores de<br />
atividade. Esta apresentação dos termos<br />
técnicos utilizados permite ficar a saber o<br />
que significam, como se calculam e se interpretam<br />
os indicadores e rácios utilizados,<br />
que tanto são de natureza quantitativa<br />
como de índole qualitativa. É este conjunto<br />
de dados e indicadores que permite traçar<br />
um retrato quantitativo da realidade das<br />
<strong>PME</strong> Excelência do Aftermarket nacional.<br />
ATIVO LÍQUIDO<br />
Valor dos recursos à disposição da empresa.<br />
Corresponde ao valor dos ativos correntes<br />
e não correntes líquidos de depreciações,<br />
amortizações e ajustamentos.<br />
AUTONOMIA FINANCEIRA<br />
É um indicador do equilíbrio financeiro<br />
da empresa, já que mede o grau de financiamento<br />
do ativo pelos capitais próprios.<br />
Calculada pelo quociente entre os capitais<br />
próprios e o ativo total líquido. Indica o<br />
peso dos capitais próprios no financiamento<br />
da empresa e complementa o rácio<br />
de endividamento.<br />
CAPITAL PRÓPRIO<br />
Valor calculado pela soma do capital das<br />
ações próprias, das prestações suplementares<br />
e/ou acessórias, dos prémios de emissão<br />
de ações/quotas, dos ajustamentos de<br />
partes de capital, das reservas, dos resultados<br />
transitados e do resultado líquido do<br />
exercício.<br />
CRESCIMENTO DO VOLUME DE NEGÓCIOS<br />
Critério essencial para avaliar o dinamismo<br />
e a eficácia da empresa, em tempo de<br />
crise. Calculado com o aumento das vendas<br />
e prestações de serviços entre o exercício<br />
corrente e o anterior, em percentagem.<br />
Valores positivos indicam crescimento das<br />
vendas, dinamismo empresarial e conquista<br />
de novos clientes ou quotas de mercado.<br />
ENDIVIDAMENTO<br />
Relação entre passivo e ativo líquidos em<br />
percentagem. Mede a participação de capitais<br />
alheios no financiamento. Quando<br />
12 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
superior a 100, considera-se situação de<br />
falência técnica. É complementar ao rácio<br />
de autonomia financeira.<br />
LUCROS<br />
Corresponde ao lucro (ou prejuízo) apresentado<br />
no balanço da empresa. Considera-se<br />
o valor líquido de impostos.<br />
NÚMERO DE TRABALHADORES<br />
Indicador que dá sinais para a expansão<br />
futura da empresa. Em tempo de crise, a<br />
manutenção do emprego já pode ser considerado<br />
um resultado ambicioso face à<br />
onda de encerramentos e dispensas de pessoal.<br />
O dado indicado refere-se ao número<br />
de funcionários ao serviço da empresa em<br />
31 de dezembro de 2016 e serve para o cálculo<br />
da produtividade do trabalho.<br />
PASSIVO<br />
Valor dos passivos correntes e não correntes<br />
da empresa. Pode ser obtido subtraindo<br />
o capital próprio do ativo líquido.<br />
PRODUTIVIDADE REAL<br />
Valor da contribuição de cada trabalhador<br />
para o volume de negócios da empresa.<br />
Mede a eficiência da empresa na utilização<br />
dos seus recursos humanos, representando<br />
os valores mais elevados maior produtividade.<br />
Comparações entre a produtividade<br />
de empresas de diferentes setores devem<br />
ser feitas com cuidado, tal como comparações<br />
de produtividade entre setores de<br />
atividade diferentes.<br />
RENTABILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS<br />
Mede a taxa de retorno dos capitais investidos<br />
pelos acionistas ou sócios na empresa,<br />
obtida pela divisão dos resultados líquidos<br />
pelo capital próprio. Comparando esta taxa<br />
com as remunerações oferecidas no mercado<br />
de capitais ou com o custo do financiamento,<br />
os detentores das ações podem<br />
concluir se o capital está a ser bem aplicado.<br />
RENTABILIDADE DO ATIVO LÍQUIDO<br />
Resultado líquido do exercício a dividir<br />
pelo ativo líquido, expresso em percentagem.<br />
Representa a taxa de retorno dos<br />
ativos líquidos totais da empresa.<br />
RENTABILIDADE DAS VENDAS<br />
Resultado operacional (antes de gastos<br />
de financiamento e impostos) do exercício<br />
a dividir pelas vendas e prestações de<br />
serviço, em percentagem. Mede o lucro<br />
operacional ou o prejuízo da empresa por<br />
cada euro vendido.<br />
ROTAÇÃO DO ATIVO<br />
Vendas a dividir pelo ativo líquido. Mede<br />
o grau de eficiência na utilização dos recursos.<br />
SOLVABILIDADE<br />
Relação entre capital próprio e passivo.<br />
Mede a capacidade da empresa no sentido<br />
de satisfazer os compromissos de longo<br />
prazo. Quanto maior for o rácio, melhor a<br />
empresa responde aos seus compromissos,<br />
mantendo autonomia financeira.<br />
VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB)<br />
Um critério dimensional que tipifica o<br />
contributo da empresa para a economia<br />
nacional. Calculado mediante a soma das<br />
vendas e das prestações de serviços, trabalhos<br />
para a própria empresa, variação<br />
de produção, subsídios à exploração e receitas<br />
suplementares, menos consumos<br />
intermédios e os fornecimentos e serviços<br />
externos.<br />
n. 0 empresa ativo líquido<br />
1 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 23,559<br />
2 José Aniceto & Irmão, Lda. 15,943<br />
3 Indústrias Metálicas Veneporte, S.A. 13,919<br />
4 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Auto., Lda. 11,543<br />
5 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 10,543<br />
6 HBC II - Peças Auto, Lda. 10,301<br />
7 Auto Silva Acessórios 8,431<br />
8 A. Vieira, S.A. 7,837<br />
9 Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda. 6,370<br />
10 Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A. 6,026<br />
n. 0 empresa autonomia financeira<br />
1 Calçada & Costa - Reparações Automóveis, Lda. 89.8<br />
2 Vieira & Freitas, Lda. 85.9<br />
3 Açorpeças - Peças e Acessórios para Automóveis 85.1<br />
4 Francecar - Peças Automóveis, Lda. 83.7<br />
5 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) 83.1<br />
6 Manuel Maria & Caetano, Lda. 82.5<br />
7 Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda. 81.8<br />
8 DMS - Trucks, Lda. 81.5<br />
9 Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda. 78.0<br />
10 Altaroda, S.A. 77.4<br />
n. 0 empresa resultados líquidos / lucros<br />
1 José Aniceto & Irmão, Lda. 2,699<br />
2 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 2,208<br />
3 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 1,258<br />
4 Indústrias Metálicas Veneporte, S.A. 1,087<br />
5 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Auto., Lda. 1,013<br />
6 A. Vieira, S.A. 834<br />
7 HBC II - Peças Auto, Lda. 725<br />
8 Vieira & Freitas, Lda. 679<br />
9 Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda. 673<br />
10 Neocom - Distribuição de Componentes Automóvel, Lda. 669<br />
n. 0 empresa capital próprio<br />
1 José Aniceto & Irmão, Lda. 11,951<br />
2 Autozitânia-Acessórios e Sobressalentes, S.A. 10,453<br />
3 Indústrias Metálicas Veneporte, S.A. 8,462<br />
4 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Auto., Lda. 7,480<br />
5 Fimag - Importação e Comércio se Acessórios, Lda. 6,474<br />
6 A. Vieira, S.A. 4,891<br />
7 Vieira & Freitas, Lda. 4,806<br />
8 Auto Silva Acessórios 4,493<br />
9 HBC II - Peças Auto, Lda. 4,169<br />
10 Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda. 3,366<br />
n. 0 empresa rentabilidade capital próprio<br />
1 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 56.3<br />
2 Simporal - Soc. Importadora de Peças para Automóveis, Lda. 36.2<br />
3 Equiwash - Com. e Assistência de Equip. e Produtos Auto, Lda. 30.7<br />
4 Corcet, Lda. 29.7<br />
5 Mário Santos Silva - Manutenção e Rep. de Veículos Auto., Lda. 29.2<br />
6 Gulosipeças - Peças e Acessórios Auto, Lda. 29.1<br />
7 Algarchapa - Comércio de Peças para Automóveis, Lda. 28.9<br />
8 Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa, Lda. 28.6<br />
9 Auto Fornecedora - Acessórios, Lda. 27.8<br />
10 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 27.5<br />
n. 0 empresa valor acrescentado bruto<br />
1 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 5,467<br />
2 Indústrias Metálicas Veneporte, S.A. 4,950<br />
3 José Aniceto & Irmão, Lda. 4,430<br />
4 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Auto., Lda. 3,207<br />
5 HBC II - Peças Auto, Lda. 2,916<br />
6 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 2,662<br />
7 A. Vieira, S.A. 2,640<br />
8 Auto Silva Acessórios 2,243<br />
9 Neocom - Distribuição de Componentes Auto., Lda. 2,016<br />
10 Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A. 1,974<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
13
MERCADO TOP 10 EXCELÊNCIA<br />
n. 0 empresa crescimento volume negócios<br />
1 Daniel Mestre - Comércio de Pneus, Unipessoal, Lda. 86.9<br />
2 Equiwash - Comércio e Assist. de Equip. e Prod. Auto, Lda. 66.1<br />
3 Neocom - Distribuição de Componentes Automóvel, Lda. 47.2<br />
4 Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda. 44.8<br />
5 Mário Santos Silva - Manut. e Rep. de Veículos Auto., Lda. 29.5<br />
6 Filourém - Comércio de Peças Auto, Lda. 29.5<br />
7 Imporquímica - Indústria Portuguesa de Prod. Química, S.A. 29.2<br />
8 Turbotest, Lda. 26.7<br />
9 Alecarpeças - Acessórios de Automóveis, Lda. 24.7<br />
10 Servidiesel - Rep. e Com. de Bombas Injectoras e Turbo, Lda. 19.9<br />
n. 0 empresa crescimento resultados líquidos / lucros<br />
1 Corauto - Pintura e Técnica Automóvel, Lda. 450.0<br />
2 Loja de Tintas - Comércio de Tintas, Lda. 309.1<br />
3 Simporal - Soc. Importadora de Peças para Auto., Lda. 258.1<br />
4 Corcet, Lda. 188.1<br />
5 Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda. 186.0<br />
6 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 179.9<br />
7 Equiwash - Com. e Assis. de Equip. e Produtos Auto, Lda. 132.5<br />
8 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 118.3<br />
9 Macos - Extras e Acessórios para Automóveis, Lda. 102.9<br />
10 Filourém - Comércio de Peças Auto, Lda. 100.0<br />
n. 0 empresa endividamento<br />
1 Corcet, Lda. 67.3<br />
2 Station Viana - Centro de Manutenção de Veículos 61.9<br />
3 Turbotest, Lda. 61.1<br />
4 Comercialpeças - Mário de Almeida & Martins, Lda. 60.9<br />
5 Corauto - Pintura e Técnica Automóvel, Lda. 60.2<br />
6 Daniel Mestre - Comércio de Pneus, Unipessoal, Lda. 60.2<br />
7 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 59.6<br />
8 HBC II - Peças Auto, Lda. 59.5<br />
9 Alfiltrucks, Lda. 57.8<br />
10 Gulosipeças - Peças e Acessórios Auto, Lda. 57.6<br />
n. 0 empresa n. 0 trabalhadores<br />
1 Indústrias Metálicas Veneporte, S.A. 164<br />
2 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 73<br />
3 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda. 70<br />
4 HBC II - Peças Auto, Lda. 65<br />
5 A. Vieira, S.A. 63<br />
6 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 52<br />
7 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 51<br />
8 Auto Silva Acessórios 48<br />
9 Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda. 48<br />
10 Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A. 43<br />
n. 0 empresa passivo<br />
1 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 13,106<br />
2 HBC II - Peças Auto, Lda. 6,132<br />
3 Indústrias Metálicas Veneporte, S.A. 5,457<br />
4 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 4,069<br />
5 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda. 4,063<br />
6 José Aniceto & Irmão, Lda. 3,992<br />
7 Auto Silva Acessórios 3,938<br />
8 Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda. 3,666<br />
9 A. Vieira, S.A. 2,946<br />
10 Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A. 2,934<br />
n. 0 empresa solvabildade<br />
1 Calçada & Costa - Reparações Automóveis, Lda. 8.8<br />
2 Vieira & Freitas, Lda. 6.1<br />
3 Açorpeças - Peças e Acessórios para Automóveis 5.7<br />
4 Francecar - Peças Automóveis, Lda. 5.1<br />
5 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) 4.9<br />
6 Manuel Maria & Caetano, Lda. 4.7<br />
7 Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda. 4.5<br />
8 DMS - Trucks, Lda. 4.4<br />
9 Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda. 3.5<br />
10 Altaroda, S.A. 3.4<br />
n. 0 empresa produtividade<br />
1 José Aniceto & Irmão, Lda. 695.8<br />
2 Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda. 421.1<br />
3 Autozitânia-Acessórios e Sobressalentes, S.A. 343.2<br />
4 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 295.7<br />
5 Auto Fornecedora-Acessórios, Lda. 280.8<br />
6 Auto Delta-Comércio ee Peças, Acessórios e Automóveis, Lda. 256.5<br />
7 Vieira & Freitas, Lda. 255.2<br />
8 Fimag-Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 232.5<br />
9 Filourém-Comércio de Peças Auto, Lda. 214.7<br />
10 Leirilis-Acessórios e Peças para Automóveis, S.A. 214.3<br />
n. 0 empresa rentabilidade volume negócios<br />
1 DMS - Trucks, Lda. 23.5<br />
2 Calçada & Costa - Reparaões Automóveis, Lda. 19.5<br />
3 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) 19.2<br />
4 Neocom - Distribuição de Componentes Automóvel, Lda. 18.1<br />
5 Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa, Lda. 14.8<br />
6 Equiwash - Comércio e Assist. de Equip. e Produtos Auto, Lda. 14.4<br />
7 Auto Fornecedora - Acessórios, Lda. 13.0<br />
8 Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda. 12.9<br />
9 Altaroda, S.A. 12.6<br />
10 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 12.1<br />
n. 0 empresa rentabilidade ativo<br />
1 Blue Chem - Indústria E Comércio, S.A. 25.4<br />
2 Equiwash - Comércio e Assist. de Equip. e Produtos Auto., Lda. 19.1<br />
3 DMS - Trucks, Lda. 19.0<br />
4 Auto Fornecedora - Acessórios, Lda. 18.9<br />
5 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) 18.2<br />
6 Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda. 17.5<br />
7 Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda. 17.4<br />
8 José Aniceto & Irmão, Lda. 16.9<br />
9 Mário Santos Silva - Manutenção e Rep. de Veículos Auto., Lda. 16.0<br />
10 Comsoftweb - Sistemas Informáticos, Lda. 15.8<br />
n. 0 empresa rotação ativo<br />
1 Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda. 2.1<br />
2 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 2.1<br />
3 Servidiesel - Rep. e Com. de Bombas Injectoras e Turbo, Lda. 2.0<br />
4 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 1.8<br />
5 José Aniceto & Irmão, Lda. 1.8<br />
6 Francecar - Peças Automóveis, Lda. 1.8<br />
7 Alecarpeças - Acessórios de Automóveis, Lda. 1.8<br />
8 Algarchapa - Comércio de Peças para Automóveis, Lda. 1.8<br />
9 Station Viana - Centro de Manutençãde Veículos 1.8<br />
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14 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
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DESTAQUE EXPORTAÇÕES EM 2016<br />
EUROPA<br />
VOLTA a<br />
GANHAR<br />
EXPRESSÃO<br />
No ano passado, as exportações nacionais para países<br />
membros da União Europeia representaram 75% do total,<br />
contrariando um passado recente muito dependente da<br />
procura do mercado angolano<br />
Para as <strong>PME</strong> nacionais, as exportações<br />
representam uma fatia considerável<br />
do seu volume de negócio.<br />
Uma atividade que estará sempre, umbilicalmente,<br />
ligada à própria saúde da<br />
economia dos países envolvidos na transação.<br />
Ora, em 2016, o quadro das exportações<br />
nacionais ostentou um novo<br />
“rosto”. Se, em 2010, com a crise, que<br />
afetou tanto Portugal como grande parte<br />
da Europa, as empresas nacionais visaram<br />
os países do resto do mundo para<br />
realizar as suas vendas internacionais,<br />
no ano passado, o Velho Continente voltou<br />
a recuperar o lugar de topo como o<br />
“destino” mais procurado pelas nossas<br />
empresas para as suas exportações, representando,<br />
nada mais nada menos, do<br />
que 75% do total do país, face aos 25% de<br />
vendas para o resto do mundo. No fundo,<br />
um regresso a uma realidade vivida<br />
há seis anos.<br />
Mas o balanço de 2016 representa, tam-<br />
bém, um novo recorde em matéria de valores<br />
envolvidos, ultrapassando a fasquia<br />
dos 50 mil milhões de euros, tendo em<br />
conta que, em 2010, o máximo alcançado<br />
foi de 36.862 milhões de euros.<br />
PESO DE CADA PAÍS<br />
Durante os anos da crise, nomeadamente<br />
em 2012 e 2013, com a Troika<br />
presente em Portugal, as exportações<br />
dentro da Europa não chegaram sequer<br />
a representar 30% do total. Nessa altura,<br />
porém, quando as esperanças das <strong>PME</strong><br />
nacionais estavam focadas nos mercados<br />
angolanos, este país africano foi assolado,<br />
também ele, por uma brutal quebra<br />
do preço do petróleo. Um facto que obrigou<br />
as empresas a repensar a sua estratégia<br />
internacional até hoje. Basta ver<br />
que, nos dois últimos anos, a queda das<br />
exportações para Angola foi superior a<br />
600 milhões de euros, algo a que não será<br />
alheia a “melhoria da saúde” da Europa.<br />
Para a AICEP, entidade que promove as<br />
exportações e investimentos das empresas<br />
nacionais, um dos principais objetivos<br />
é manter equilibrada a balança entre<br />
as várias “nações”, de modo a que o nosso<br />
país não fique demasiado dependente de<br />
uma economia e das suas vicissitudes.<br />
Mas, por enquanto, Espanha continua a<br />
ser o país que ostenta o maior peso relativo<br />
em matéria de exportações, com 26%<br />
do total das vendas. A título de exemplo,<br />
caso a procura de nuestros hermanos<br />
em relação aos produtos nacionais caísse<br />
10%, tal representaria algo como um<br />
brutal rombo de 1.300 milhões de euros<br />
para as <strong>PME</strong> nacionais.<br />
De resto, os objetivos da AICEP para os<br />
próximos tempos passam precisamente<br />
por uma maior “diversificação” das exportações<br />
nacionais e pela criação de<br />
“valor”, mensagem que o novo responsável<br />
pela agência, Luís Castro Henriques<br />
– que substitui em funções Miguel Fras-<br />
16 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
EVOLUÇÃO<br />
DAS TENDÊNCIAS<br />
DE EXPORTAÇÃO<br />
(VALOR DE BENS, EM MILHÕES<br />
DE EUROS)<br />
DENTRO DA UE<br />
FORA DA UE<br />
TOTAL<br />
2010<br />
2011<br />
2012<br />
2013<br />
2014<br />
2015<br />
2016<br />
quilho – deixou, de resto, bem clara no<br />
seu discurso de tomada de posse.<br />
ELEVAR A FASQUIA<br />
O novo responsável da AICEP pretende<br />
manter o rumo traçado pelo seu antecessor<br />
e elevar o nível das exportações<br />
(não apenas de bens como, também, de<br />
serviços) e manter um maior equilíbrio<br />
da balança.<br />
Mas a conjuntura internacional continua<br />
a não ser a mais fácil para que tal aconteça,<br />
nomeadamente a questão do Brexit e<br />
as medidas protecionistas impostas por<br />
27.673<br />
31.910<br />
32.170<br />
33.235<br />
34.099<br />
36.257<br />
37.830<br />
9.189 36.862<br />
10.960 42.870<br />
13.090 45.260<br />
14.032 47.266<br />
14.006 48.105<br />
13.568 49.826<br />
12.459 50.290<br />
Fonte: INE<br />
Donald Trump nos EUA e que poderão<br />
ter repercussões mundiais.<br />
Não menos relevante para as exportações<br />
nacionais será o impacto das eleições<br />
presidenciais angolanas. A saída de<br />
Eduardo dos Santos poderá ser um ponto<br />
de viragem para uma recuperação das<br />
vendas em Angola, muito embora seja<br />
um processo ainda muito incerto.<br />
Uma segunda tarefa do novo presidente<br />
é a da captação e, também, retenção,<br />
do investimento, área à qual estava mais<br />
ligado. Aqui, depois do mau ano vivido<br />
em 2016, com uma variação negativa<br />
no investimento (com uma paragem a<br />
fundo do investimento público), a AI-<br />
CEP, como destacou Luís Castro Henriques,<br />
vai “reforçar ainda mais o posicionamento<br />
de Portugal nos radares<br />
dos investidores internacionais”. Para já,<br />
segundo o Secretário de Estado da Internacionalização,<br />
Jorge Costa Oliveira,<br />
estão na calha, e na mira da AICEP, projetos<br />
cujo valor ascende aos mil milhões<br />
de euros. Aqui, há ainda que contar com<br />
uma ligeira recuperação do investimento<br />
público e a concretização de projetos<br />
com fundos europeus.<br />
Colocar Portugal no “radar dos investidores<br />
internacionais” é outra das missões<br />
de Luís Castro Henriques, depois de<br />
2016 ter sido um ano que registou uma<br />
variação negativa no investimento. Neste<br />
sentido, estão previstos projetos que ascendem<br />
a 1.000 milhões de euros, financiados<br />
por fundos europeus, com vista à<br />
internacionalização das <strong>PME</strong> nacionais.<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
17
DESTAQUE AS <strong>PME</strong> E A BANCA<br />
RELAÇÕES<br />
BILATERAIS<br />
A banca, mais estável do que num passado recente, é um parceiro<br />
indispensável para as <strong>PME</strong> nacionais. São muitas as linhas de apoio e<br />
financiamento existentes numa relação que se pretende bilateral<br />
18 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
A relação entre a banca e as <strong>PME</strong> é antiga<br />
e veio para ficar. A primeira precisa das<br />
segundas. E as segundas, seguramente,<br />
precisam da primeira. Ambas as partes<br />
estão “condenadas” a entender-se para<br />
que os negócios aconteçam. O “bem-estar”<br />
deste “namoro” é de tal modo importante<br />
para as contas do país, que tanto<br />
o primeiro-ministro, António Costa,<br />
como o ministro da Economia, Mário<br />
Centeno, têm manifestado a sua satisfação<br />
pela estabilização do setor financeiro<br />
em Portugal. Inclusivamente, no<br />
Programa de Estabilidade do Governo,<br />
não faltam referências aos benefícios<br />
que a economia tem com uma banca<br />
nacional mais sólida.<br />
Para António Costa, o sistema bancário<br />
encontra-se, neste momento, mais estável<br />
do que num passado recente. Mas, para<br />
que a economia possa florescer, importa,<br />
segundo o Executivo, estimular mais<br />
a concessão de crédito às empresas e a<br />
produtividade das mesmas. Segundo o<br />
primeiro-ministro, um sistema bancário<br />
fortalecido é um elemento-chave para o<br />
aumento dos fluxos de crédito – tanto por<br />
via de maior oferta como de maior procura<br />
- e para a sua mais eficiente alocação”,<br />
conforme consta do documento. Um problema<br />
acrescido para as empresas de menor<br />
dimensão, aquelas que mais sofrem<br />
com as oscilações da banca nacional.<br />
Nesse sentido, o grande objetivo do Governo<br />
passa por assegurar um maior dinamismo<br />
na concessão de crédito, potenciando<br />
a inovação e a aposta tecnológica<br />
das empresas, bem como a internacionalização<br />
da sua atividade. De acordo<br />
com diversos estudos realizados pelo<br />
Banco de Portugal, ao longo de vários<br />
anos, a recapitalização pública da banca<br />
contribuiu para o aumento do crédito,<br />
sobretudo quando o buffer de capital<br />
dos bancos capitalizados é reduzido.<br />
Mais: o acesso mais facilitado ao crédito<br />
“é determinante para a sobrevivência de<br />
novas empresas” e para o investimento<br />
das pequenas empresas. Tanto até que<br />
existe uma correlação positiva entre um<br />
sistema financeiro mais estável e o crescimento<br />
da produtividade a curto e longo<br />
prazos.<br />
António Costa admite, porém, que um<br />
dos maiores handicaps da banca nacional<br />
permanece por superar: o crédito<br />
malparado, que ainda mantém elevados<br />
níveis no nosso país. No balanço do ano<br />
de 2016, o crédito em risco, no sistema<br />
financeiro lusitano, ascendeu a um total<br />
de 30,5 mil milhões de euros, valor esse<br />
que corresponde a 11,8% do valor dos<br />
empréstimos concedidos. Um problema<br />
que o Governo pretende resolver através<br />
de reformas no setor.<br />
Hoje, são muitos os bancos que têm<br />
programas específicos para as <strong>PME</strong><br />
Excelência, uma marca registada do<br />
IAMPEI e um estatuto de qualificação<br />
empresarial ao qual o sistema financeiro<br />
nunca será alheio. Seguem-se três<br />
exemplos, entre vários que existem, de<br />
programas das instituições bancárias<br />
nacionais especialmente concebidos<br />
para apoiar as <strong>PME</strong>.<br />
BPI LIDERA APOIO ÀS <strong>PME</strong><br />
No caso do BPI, na sua relação com as<br />
<strong>PME</strong> nacionais, os números falam por<br />
si. Estamos perante o parceiro financeiro<br />
mais procurado: 29% das <strong>PME</strong> Líder<br />
aderiram via BPI; 60% destas são clientes<br />
do banco; 38% das <strong>PME</strong> Excelência aderiram<br />
via BPI; 62% são clientes desta instituição<br />
bancária. Trata-se, também, do<br />
líder em valor contratado nas linhas <strong>PME</strong><br />
Investe e <strong>PME</strong> Crescimento: 19% do valor<br />
total das operações contratadas, no conjunto<br />
de ambas as linhas referidas, corresponderam<br />
a um valor global aproximado<br />
de 2.318 milhões de euros.<br />
O BPI disponibiliza ainda um seguro de<br />
crédito destinado às <strong>PME</strong> exportadoras.<br />
Uma oferta exclusiva e que permite a cobertura<br />
do risco de incumprimento em<br />
operações de exportação e fatura.<br />
NOVO BANCO, NOVA LINHA<br />
O Novo Banco dispõe de uma nova linha<br />
de crédito na ordem dos 150 milhões<br />
de euros, destinada, especificamente, às<br />
<strong>PME</strong> portuguesas que procuram investimento<br />
e reforço de capitais. Um valor<br />
que se junta a outras linhas já existentes<br />
no seio desta instituição bancária e que<br />
reforça a sua posição como parceiro das<br />
empresas que apostam na inovação e na<br />
exportação. O prazo máximo do financiamento<br />
será de cinco anos, incluindo<br />
carência máxima de um ano de capital, e<br />
a amortização poderá ser mensal, trimestral<br />
e semestral.<br />
CAPITALIZAR COM O BIC<br />
A linha de crédito bonificado “Capitalizar”,<br />
do Banco BIC, possibilita o acesso<br />
das micro e <strong>PME</strong> a vários tipos de financiamento.<br />
Trata-se de uma linha que nasce<br />
no decurso do protocolo estabelecido<br />
entre o IA<strong>PME</strong>I, a <strong>PME</strong> Investimento,<br />
a FINOVA e as Sociedades de Garantia<br />
Mútua. Para concorrerem ao programa,<br />
as empresas interessadas terão de ser certificadas<br />
e dispor de uma declaração eletrónica<br />
do IA<strong>PME</strong>I. Refira-se que a linha<br />
de crédito ascende 400 milhões de euros<br />
no caso das micro e pequenas empresas.<br />
A linha de fundo de maneio do programa<br />
“Capitalizar” é de 700 milhões de euros: 1<br />
milhão, máximo, por empresa, sendo que,<br />
no caso das <strong>PME</strong> Líder, esse valor cifra-se<br />
em 1,5 milhões.<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
19
OPINIÃO Ângelo Costa, Administrador da PRORÁCIO<br />
APOIAR O<br />
INVESTIMENTO<br />
Através da Portaria n.° 105/<strong>2017</strong>, de 10 de março, foi<br />
criado o Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo<br />
e ao Emprego (SI2E), que visa apoiar, de forma<br />
simplificada, pequenos projetos de investimentos<br />
empresariais de valores inferiores a €235.000<br />
20 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
Com aplicação em todo o território<br />
do continente, no SI2E são elegíveis<br />
as operações inseridas em todas as<br />
atividades económicas, incluindo os<br />
códigos CAE adstritos ao setor automóvel.<br />
São passíveis de financiamento<br />
do SI2E as seguintes tipologias de operações:<br />
l Criação de micro e pequenas empresas<br />
ou expansão ou modernização de<br />
micro e pequenas empresas criadas há<br />
menos de 5 (cinco) anos;<br />
l Expansão ou modernização de micro<br />
e pequenas empresas criadas há mais<br />
de 5 (cinco) anos.<br />
l Segundo a recomendação n.°<br />
2003/361 da Comissão Europeia, a definição<br />
de Micro e Pequenas empresas,<br />
é a que consta no quadro abaixo:<br />
MICRO<br />
l Não terem apresentado a mesma candidatura<br />
a mais do que um programa;<br />
l Não deterem uma percentagem superior<br />
a 50%, numa empresa que não<br />
tenha cumprido a notificação para a<br />
devolução de apoios no âmbito de um<br />
outro investimento apoiado por fundos<br />
europeus;<br />
l Não terem salários em atraso;<br />
l Serem micro ou pequenas empresas<br />
certificadas eletronicamente pelo IA-<br />
<strong>PME</strong>I;<br />
N.° de Trabalhadores < 10 < 50<br />
PEQUENA<br />
Volume de Negócios < €2.000.000 < €10.000.000<br />
Balanço Anual < €2.000.000 < €10.000.000<br />
l Estar enquadradas num projeto de<br />
criação, expansão ou modernização de<br />
empresa que contribua para a diferenciação<br />
ou inovação da oferta de bens e<br />
serviços do território ou da empresa,<br />
tendo em consideração as especificidades<br />
do território e a dimensão da empresa<br />
e do investimento;<br />
l Conduzir à criação líquida de emprego.<br />
Quanto aos critérios de elegibilidade<br />
específicos dos projetos, o Sistema de<br />
Incentivos ao Empreendedorismo e ao<br />
Emprego (SI2E) determina os seguintes:<br />
Apresentar um investimento com um<br />
custo elegível que observe as seguintes<br />
condições:<br />
l Até €100.000 nas intervenções GAL –<br />
Grupos de Ação Local<br />
l Superior a €100.000 e até €235.000<br />
nas intervenções CIM/AM (Comunidades<br />
Intermunicipais/Áreas Metropolitanas)<br />
O período de investimento deve ter<br />
uma duração máxima de 18 meses,<br />
contando a partir da data da primeira<br />
despesa ou da criação do primeiro posto<br />
de trabalho, podendo este período<br />
ser prorrogado por mais 6 (seis) meses,<br />
em casos devidamente justificados;<br />
l Demonstrar que se encontram asseguradas<br />
as fontes de financiamento;<br />
l Demonstrar viabilidade económico-<br />
-financeira.<br />
No que aos critérios de elegibilidade do<br />
promotor diz respeito, eis os que estão<br />
consagrados no Sistema de Incentivos<br />
ao Empreendedorismo e ao Emprego<br />
(SI2E):<br />
l Empresas estarem legalmente constituídas;<br />
l Terem a situação tributária e contributiva<br />
regularizada ou consolidada<br />
perante a administração fiscal e a segurança<br />
social, situação a verificar até<br />
ao momento da assinatura do termo de<br />
aceitação;<br />
l Poderem, legalmente, desenvolver as<br />
atividades no território abrangido pelo<br />
programa operacional;<br />
l Disporem ou poderem assegurar até<br />
à aprovação da candidatura os meios<br />
técnicos, físicos, financeiros e humanos<br />
necessários ao desenvolvimento<br />
do projeto;<br />
l Não terem projetos aprovados no âmbito<br />
do SI2E ao abrigo do mesmo fundo,<br />
que não se encontrem encerrados.<br />
CRITÉRIOS… E MAIS CRITÉRIOS<br />
Critérios gerais de elegibilidade dos<br />
projetos e critérios de elegibilidade<br />
específicos dos projetos. No caso dos<br />
primeiros, consideram-se os seguintes:<br />
l Estar enquadrados, tendo em conta<br />
as tipologias previstas em sede de regulamento;<br />
l Integrar toda a informação exigida<br />
no âmbito da instrução do processo de<br />
candidatura, nos termos dos respetivos<br />
avisos, respeitando as condições e<br />
os prazos fixados;<br />
l Estar em conformidade com as disposições<br />
legais nacionais e europeias, incluindo<br />
as disposições regulamentares<br />
que lhes forem aplicáveis;<br />
DESPESAS ELEGÍVEIS<br />
No âmbito do setor automóvel, são elegíveis<br />
as seguintes despesas:<br />
l Obras de remodelação ou adaptação<br />
das instalações (desde que contratadas<br />
a terceiros não relacionados com o promotor);<br />
lMáquinas, equipamentos, assim como<br />
a respetiva instalação e transporte,<br />
nomeadamente equipamentos ligados<br />
às áreas de:<br />
Mecânica<br />
Eletricidade<br />
Chapa<br />
Pintura<br />
Serviço Diesel<br />
Auto Gás e Gás Natural<br />
Equipamento de pré inspeções<br />
Equipamento para serviços rápidos<br />
Pneus<br />
Ou seja, referimo-nos a equipamen-<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
21
OPINIÃO Ângelo Costa, Administrador da PRORÁCIO<br />
Classificação de territórios de baixa densidade<br />
ALTERAÇÃO DA DELIBERAÇÃO<br />
O Portugal 2020 e os seus Programas Operacionais assumem o objetivo de reconhecer um tratamento<br />
diferenciado aos territórios de baixa densidade através de três distintas modalidades: i) abertura<br />
de concursos específicos; ii) critério de bonificação na apreciação de candidaturas; iii) majoração da<br />
taxa de apoio.<br />
Na sequência da deliberação da CIC Portugal 2020, que aprova a classificação de Municípios de baixa<br />
densidade para aplicação destas três modalidades de diferenciação positiva, datada de 26 de março<br />
de 2015, e ponderando a existência de Freguesias de baixa densidade em Municípios não classificados<br />
como tal, a presente deliberação pretende reconhecer as especificidades destes territórios para efeitos<br />
de aplicação de medidas de descriminação positiva.<br />
Não existe uma classificação legal única para o conceito de território de baixa densidade. Têm vindo<br />
a ser adotados diferentes critérios, centrados ora na densidade populacional, ora na rendimento per<br />
capita de cada Concelho ou da NUTS 3 a que o Concelho pertence.<br />
Para efeitos da regulamentação do Portugal 2020, adota-se uma abordagem multicritério, que considera<br />
a densidade populacional, a demografia, o povoamento, as características físicas do território, as<br />
características socioeconómicas e acessibilidades.<br />
A solução agora adotada traduz, sem qualquer alteração, a proposta apresentada pela Associação<br />
Nacional dos Municípios Portugueses.<br />
Neste enquadramento, nos termos e para os efeitos da alínea a) do n.° 2 do artigo 10.° do Decreto-Lei<br />
n.° 137/2014, de 12 de setembro, a CIC Portugal 2020, na reunião ordinária de 1 de julho de 2015,<br />
deliberou:<br />
1 – Aprovar a classificação de 165 Municípios e 73 Freguesias de baixa densidade, para efeitos de<br />
aplicação de medidas de diferenciação positiva, no âmbito do Portugal 2020.<br />
2 – Dado que a realidade socioeconómica e, consequentemente, as dinâmicas territoriais apresentam<br />
variações agudas em períodos de tempo relativamente curtos, a Agência para o Desenvolvimento e<br />
Coesão, I.P. deverá, até 31 de julho de <strong>2017</strong>, submeter à CIC uma avaliação da aplicação das medidas<br />
de diferenciação positiva com base nesta metodologia, incluindo, se pertinente, uma proposta de<br />
revisão da metodologia utilizada.<br />
l Participação em feiras e exposições<br />
no estrangeiro sujeitas a limitações em<br />
matéria de proporção do investimento.<br />
CRIAÇÃO DE EMPREGO<br />
Para efeitos de criação de emprego, são<br />
elegíveis as despesas com remunerações<br />
de postos de trabalho criados, nas<br />
seguintes condições:<br />
l Criação do próprio emprego;<br />
l Criação de postos de trabalho para<br />
desempregados inscritos há mais de 6<br />
(seis) meses no IEFP;<br />
l Criação de postos de trabalho para jovens<br />
até 30 anos à procura do primeiro<br />
emprego e inseridos no IEFP, como desempregados<br />
há, pelo menos, 2 (dois)<br />
meses.<br />
DESPESAS NÃO ELEGÍVEIS<br />
No âmbito do SI2E, não são elegíveis as<br />
seguintes despesas:<br />
l Compra de imóveis, incluindo terrenos;<br />
l Trespasse e direitos de utilização de<br />
espaços;<br />
l Aquisição de veículos automóveis e<br />
outro material de transporte;<br />
l Aquisição de bens em estado de uso;<br />
l Juros durante o período de realização<br />
do investimento;<br />
l Fundo de maneio;<br />
tos que permitam reduzir as emissões<br />
poluentes, equipamentos que integrem<br />
tecnologias amigas do ambiente e equipamentos<br />
que permitam recolher, separar,<br />
armazenar ou tratar os resíduos<br />
resultantes da atividade assistencial.<br />
Depois, há que considerar ainda o seguinte:<br />
l Equipamentos de segurança e de deteção<br />
de incêndio;<br />
l Equipamentos de climatização;<br />
l Equipamentos de decoração: reclamos<br />
luminosos, totens e sinaléticas;<br />
l Equipamentos de comunicação e de<br />
tecnologia de informação;<br />
l Implementação e certificação de sistemas<br />
de gestão da qualidade e de gestão<br />
ambiental;<br />
l Equipamento informático, incluindo<br />
o software necessário ao seu funcionamento;<br />
l Software standard ou desenvolvido<br />
especialmente para a atividade da empresa;<br />
l Material circulante diretamente relacionado<br />
com o exercício da atividade e<br />
que seja imprescindível ao desenvolvimento<br />
do projeto;<br />
l Criação de marcas ou coleções;<br />
l Domiciliação de aplicações, adesão a<br />
plataformas eletrónicas, criação e publicação<br />
inicial de novos conteúdos<br />
eletrónicos, assim como a inclusão ou<br />
catalogação em diretórios ou motores<br />
de busca;<br />
l Serviços de arquitetura e engenharia<br />
relacionados com a implementação do<br />
projeto;<br />
l Elaboração de estudos, diagnósticos,<br />
auditorias e planos de marketing,<br />
essenciais ao projeto de investimento<br />
mas sujeitos a limitações em matéria<br />
de proporção do investimento;<br />
l Trabalhos para a própria empresa;<br />
l Despesas de funcionamento do promotor;<br />
l Despesas referentes a atividades relacionadas<br />
com a exportação;<br />
l Imposto sobre o valor acrescentado<br />
recuperável;<br />
l Despesas pagas no âmbito de contratos<br />
efetuados através de intermediários.<br />
22 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
TAXAS E LIMITES<br />
O incentivo não reembolsável ao investimento<br />
elegível é atribuído com os<br />
seguintes limites:<br />
l Taxa base: 40% para os investimentos<br />
localizados em territórios de baixa<br />
densidade ou 30% para os investimentos<br />
localizados nos restantes territórios;<br />
l Majorações até um máximo de 20<br />
pontos percentuais a definir em sede<br />
de aviso de candidaturas;<br />
l Para os territórios de baixa densidade,<br />
o incentivo pode atingir os 60% do<br />
investimento elegível.<br />
l O apoio por posto de trabalho criado<br />
ascende até 15 ou 18 meses para territórios<br />
de baixa densidade e tem como limite<br />
mensal: 1 IAS (indexante de apoio<br />
social) que corresponde a €421,32, observando<br />
os seguintes períodos máximos<br />
por tipo de contrato e majorações:<br />
l Período base: 9 (nove) meses para<br />
contratos de trabalho sem termo ou<br />
criação do próprio emprego, ou de 3<br />
(três) meses para contratos de trabalho<br />
a termo com uma duração mínima de<br />
12 (doze) meses;<br />
l Majorações de 3 (três) meses para as<br />
intervenções GAL e 2,5 meses com um<br />
Colaboração PRORÁCIO<br />
Consultoria e Gestão, Lda.<br />
Morada Praça de Alvalade, Lote 7, 6.° Dto.<br />
1700 – 036 Lisboa<br />
Telefone 218 421 480/9<br />
Fax 218 462 472<br />
Email angelo.costa@proracio.pt<br />
Site www.proracio.pt<br />
máximo de 6 (seis) meses, para as restantes<br />
situações:<br />
l Projetos localizados em territórios de<br />
baixa densidade;<br />
l Projetos de criação de micro e pequenas<br />
empresas ou expansão ou modernização<br />
de micro e pequenas empresas<br />
criadas há menos de 5 (cinco) anos.<br />
l Para os postos de trabalho criados<br />
com termo, é atribuída uma majoração<br />
no caso de conversão do contrato de<br />
trabalho a termo certo em contrato de<br />
trabalho sem termo, que corresponde<br />
ao valor equivalente a duas vezes a retribuição<br />
base mensal nele prevista até<br />
ao limite de 5 (cinco) vezes o valor do<br />
IAS – €421,32.<br />
l Para as mesmas despesas elegíveis,<br />
os incentivos concedidos ao abrigo do<br />
SI2E não são cumuláveis com outros<br />
apoios diretos ao investimento, nem<br />
com outros apoios diretos ao emprego<br />
aplicáveis ao mesmo posto de trabalho.<br />
Publicidade<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
23
OPINIÃO Ângelo Costa, Administrador da PRORÁCIO<br />
Deliberação n.° 55/2015<br />
MUNICÍPIOS DE BAIXA DENSIDADE<br />
Abrantes<br />
Aguiar da Beira<br />
Alandroal<br />
Alcácer do Sal<br />
Alcoutim<br />
Alfândega da Fé<br />
Alijó<br />
Aljezur<br />
Aljustrel<br />
Almeida<br />
Almodôvar<br />
Alter do Chão<br />
Alvaiázere<br />
Alvito<br />
Ansião<br />
Arcos de Valdevez<br />
Arganil<br />
Armamar<br />
Arouca<br />
Arraiolos<br />
Arronches<br />
Avis<br />
Baião<br />
Barrancos<br />
Beja<br />
Belmonte<br />
Borba<br />
Boticas<br />
Bragança<br />
Cabeceiras de Basto<br />
Campo Maior<br />
Carrazeda de Ansiães<br />
Carregal do Sal<br />
Castanheira de Pêra<br />
Castelo Branco<br />
Castelo de Vide<br />
Castro Daire<br />
Castro Marim<br />
Castro Verde<br />
Celorico da Beira<br />
Celorico de Basto<br />
Chamusca<br />
Chaves<br />
Cinfães<br />
Constância<br />
Coruche<br />
Covilhã<br />
Crato<br />
Cuba<br />
Elvas<br />
Estremoz<br />
Évora<br />
Fafe<br />
Ferreira do Alentejo<br />
Ferreira do Zêzere<br />
Figueira de Castelo Rodrigo<br />
Figueiró dos Vinhos<br />
Fornos de Algodres<br />
Freixo de Espada à Cinta<br />
Fronteira<br />
Fundão<br />
Gavião<br />
Góis<br />
Gouveia<br />
Grândola<br />
Guarda<br />
Idanha-a-Nova<br />
Lamego<br />
Lousã<br />
Mação<br />
Macedo de Cavaleiros<br />
Mangualde<br />
Manteigas<br />
Marvão<br />
Meda<br />
Melgaço<br />
Mértola<br />
Mesão Frio<br />
Miranda do Corvo<br />
Miranda do Douro<br />
Mirandela<br />
Mogadouro<br />
Moimenta da Beira<br />
Monção<br />
Monchique<br />
Mondim de Basto<br />
Monforte<br />
Montalegre<br />
Montemor-o-Novo<br />
Mora<br />
Mortágua<br />
Moura<br />
Mourão<br />
Murça<br />
Nelas<br />
Nisa<br />
Odemira<br />
Oleiros<br />
Oliveira de Frades<br />
Oliveira do Hospital<br />
Ourique<br />
Pampilhosa da Serra<br />
Paredes de Coura<br />
Pedrógão Grande<br />
Penacova<br />
Penalva do Castelo<br />
Penamacor<br />
Penedono<br />
Penela<br />
Peso da Régua<br />
Pinhel<br />
Ponte da Barca<br />
Ponte de Sor<br />
Portalegre<br />
Portel<br />
Póvoa de Lanhoso<br />
Proença-a-Nova<br />
Redondo<br />
Reguengos de Monsaraz<br />
Resende<br />
Ribeira de Pena<br />
Sabrosa<br />
Sabugal<br />
Santa Comba Dão<br />
Santa Marta de Penaguião<br />
Santiago do Cacém<br />
São João da Pesqueira<br />
São Pedro do Sul<br />
Sardoal<br />
Sátão<br />
Seia<br />
Sernancelhe<br />
Serpa<br />
Sertã<br />
Sever do Vouga<br />
Soure<br />
Sousel<br />
Tábua<br />
Tabuaço<br />
Tarouca<br />
Terras de Bouro<br />
Tondela<br />
Torre de Moncorvo<br />
Trancoso<br />
Valpaços<br />
Vendas Novas<br />
Viana do Alentejo<br />
Vidigueira<br />
Vieira do Minho<br />
Vila de Rei<br />
Vila do Bispo<br />
Vila Flor<br />
Vila Nova da Barquinha<br />
Vila Nova de Cerveira<br />
Vila Nova de Foz Côa<br />
Vila Nova de Paiva<br />
Vila Nova de Poiares<br />
Vila Pouca de Aguiar<br />
Vila Real<br />
Vila Velha de Ródão<br />
Vila Verde<br />
Vila Viçosa<br />
Vimioso<br />
Vinhais<br />
Vouzela<br />
Municípios de baixa<br />
densidade: 165<br />
Freguesias de baixa densidade em Municípios<br />
que não são de baixa densidade: 73<br />
24 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
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PT_<strong>2017</strong>-05_Magazines_Jornal_and_Automotive_210x297mm.indd 1 27.04.<strong>2017</strong> 10:43:04
OPINIÃO Paulo Luz, CEO da tcaGEST<br />
ATITUDE<br />
PERMANENTE<br />
Hoje, o mundo empresarial, em todas as áreas, tem falado muito em atingir a excelência.<br />
Mas o que precisamos de saber é se realmente entendemos o significado desta palavra<br />
Excelência, não é perfeição.<br />
Mas o mais interessante é que<br />
procurar a excelência não é<br />
um conceito novo. Pelo contrário.<br />
Quem falou nisto pela<br />
primeira vez, foi o filósofo Aristóteles:<br />
“Somos o que, repetidamente, fazemos.<br />
Logo, a excelência é um hábito”.<br />
Portanto, nós somos os únicos responsáveis<br />
pelos resultados que obtemos. Nas<br />
empresas, o primeiro passo é assumir a<br />
que o ser humano perfeito, não existe.<br />
O que existe é um “conceito” de empresa<br />
excelente, parâmetros que estabelecem<br />
o “modelo” de excelência e ações implementadas<br />
pela empresa para melhorar<br />
continuamente a sua organização.<br />
Por exemplo, uma empresa lucrativa<br />
não é, necessariamente, excelente, apesar<br />
dos resultados financeiros serem<br />
importantes e fazer parte do conceito<br />
de excelência. Essa mesma empresa lunossa<br />
responsabilidade e agir. A ação é o<br />
alicerce da excelência empresarial.<br />
A excelência empresarial é definida como<br />
o nível de organização alcançado por<br />
uma empresa que tem resultados satisfatórios,<br />
sejam económicos, produtivos e<br />
sociais, sendo reconhecidamente competente<br />
pela sociedade e pelo mercado.<br />
Esse conceito, amplo e relativo, representa<br />
uma espécie de utopia empresarial. A<br />
organização perfeita, do mesmo modo<br />
26 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
crativa poderia ser poluidora e afetar o<br />
meio ambiente e, assim, não seria excelente.<br />
Do mesmo modo, empresas que<br />
tem produtos de qualidade apenas, podem<br />
não ser excelentes se as condições<br />
de trabalho forem inadequadas. Seguindo<br />
o raciocínio, altos índices de satisfação<br />
do cliente, isoladamente, não conseguem,<br />
por si, representar a excelência<br />
se o seu processo produtivo for oneroso.<br />
A busca pela excelência deve ser entendida<br />
como uma preocupação constante<br />
pela melhoria da organização. Paradoxalmente,<br />
mesmo que se busque incessantemente<br />
a excelência, não se atinge.<br />
Quando se atinge um determinado nível<br />
de organização, surge imediatamente a<br />
necessidade de subir de nível. É como se<br />
fosse a busca pelo “Santo Graal”, o cálice<br />
da última ceia que tanto mobilizou cavaleiros,<br />
reis e nobres na Idade Média. A<br />
busca pela excelência é parte inerente do<br />
espírito empreendedor, da inconsciente<br />
utopia de empresa perfeita.<br />
Mesmo que não o alcance, o conceito de<br />
excelência é uma referência, um norte<br />
que pode guiar com solidez a empresa<br />
para o seu sucesso, para se obter, cada<br />
vez mais, os resultados desejados.<br />
Estatuto de <strong>PME</strong> Excelência<br />
O estatuto de <strong>PME</strong> Excelência distingue,<br />
no conjunto das empresas <strong>PME</strong> Líder, as<br />
que apresentam desempenhos superiores.<br />
É um estatuto de reconhecimento<br />
importante para qualquer empresa, valorizado<br />
por todos os stakeholders.<br />
As empresas distinguidas com o estatuto<br />
de <strong>PME</strong> Excelência são escolhidas no<br />
universo das <strong>PME</strong> Líder como as “melhores<br />
das melhores, que apresentam<br />
rácios de solidez financeira e de rendibilidade<br />
acima da média nacional, que<br />
têm sabido manter altos padrões competitivos<br />
num contexto particularmente<br />
exigente e que estão a conseguir ultrapassar<br />
a crise com crescimento, consolidação<br />
de resultados e contributos ativos<br />
na criação de riqueza e de emprego das<br />
regiões onde se inserem”.<br />
O reconhecimento da sua excelência,<br />
solidez financeira e, em muitos casos,<br />
das suas estratégias de sucesso, é essencial<br />
para o posicionamento e crescimento<br />
de uma empresa. A grande vantagem<br />
é a visibilidade e a credibilidade que se<br />
associam a uma empresa que recebe o<br />
estatuto.<br />
Conceder o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência<br />
a estas empresas é um reconhecimento<br />
merecido do esforço que desenvolveram,<br />
da sua resiliência e da sua estratégia. É,<br />
com certeza, um bom exemplo para a<br />
economia. O investimento e o aumento<br />
do investimento em percentagem do<br />
PIB, é essencial para a capacidade concorrencial<br />
das nossas empresas e para o<br />
crescimento da economia portuguesa,<br />
razão pela qual todas as medidas que ajudem<br />
a estimular o investimento, a competitividade<br />
e a internacionalização das<br />
nossas empresas são importantes.<br />
Na hora de definir o que é ser líder, as<br />
opiniões são muitas. Os especialistas dizem<br />
que a liderança é a habilidade de<br />
motivar e influenciar os outros, de forma<br />
ética e positiva, para que contribuam<br />
para alcançar os objetivos da equipa e<br />
da organização. E que ser líder não tem<br />
a ver com o cargo que se ocupa, mas ser<br />
um exemplo e motivar quem nos rodeia.<br />
No caso das empresas, não é diferente.<br />
Todas querem liderar. Mas tão ou mais<br />
importante do que uma empresa ser líder<br />
de mercado, é, também, ser considerada<br />
como um “motor do desenvolvimento<br />
da economia nacional”.<br />
O que são os estatutos<br />
de <strong>PME</strong> Líder/Excelência?<br />
Através da atribuição do estatuto de <strong>PME</strong><br />
Excelência, o Programa FINCRESCE<br />
tem como objetivo conferir notoriedade<br />
e melhorar as condições de financiamento<br />
das empresas com perfil de risco<br />
acima da média e que adotem estratégias<br />
de crescimento e de reforço da sua base<br />
competitiva. Ou seja, as melhores são recompensadas.<br />
Desta forma, o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência<br />
assume-se como um “selo de reputação<br />
de empresas”.<br />
Longe de ser apenas uma medalha por<br />
bom comportamento, uma empresa<br />
considerada como <strong>PME</strong> Excelência tem<br />
direito a benefícios. Tais como:<br />
Acesso em melhores condições a produtos<br />
financeiros e a uma rede de serviços;<br />
Facilitação na relação com a banca e a<br />
administração pública;<br />
Certificado de qualidade para as empresas<br />
na sua relação com o mercado.<br />
Outro objetivo passa ainda por potenciar<br />
o alargamento do mercado de capitais<br />
a estas empresas de dimensão intermédia.<br />
A quem se destinam?<br />
Todas as <strong>PME</strong> podem candidatar-se<br />
aos estatutos de <strong>PME</strong> Líder/Excelência.<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
27
OPINIÃO Paulo Luz, CEO da tcaGEST<br />
O Programa FINCRESCE abrange as<br />
empresas que, pelas suas qualidades de<br />
desempenho e perfis de risco, se posicionem<br />
como motor da economia nacional<br />
em diferentes setores de atividade, prosseguindo<br />
estratégias de crescimento e<br />
liderança competitiva. De forma excecional,<br />
os estatutos de <strong>PME</strong> Líder/Excelência<br />
poderão, também, ser atribuídos<br />
a microempresas que apresentem inovação<br />
de referência e com potencial de<br />
demonstração.<br />
Como obter os estatutos de <strong>PME</strong> Líder/Excelência?<br />
Antes de mais, é necessário garantir o<br />
enquadramento da empresa nos setores<br />
de atividade abrangidos pelo estatuto<br />
de <strong>PME</strong> Líder. Fundamental é, também,<br />
obter a Certificação Eletrónica de <strong>PME</strong><br />
(renovada anualmente), que se tornou<br />
indispensável com a entrada em vigor<br />
do DL n.° 372/2007, de 6 de novembro,<br />
para propostas de adesão a <strong>PME</strong> Líder.<br />
De seguida, a empresa terá de manifestar<br />
interesse na obtenção do “selo” <strong>PME</strong><br />
Líder junto de uma instituição de crédito<br />
protocolada, que efetuará a análise do<br />
perfil de risco da empresa e formalizará<br />
a proposta ao IA<strong>PME</strong>I, que validará ou<br />
não a atribuição do estatuto. Os estatutos<br />
de <strong>PME</strong> Líder e Excelência têm a validade<br />
média de um ano e são, normalmente,<br />
atualizados nos meses de julho<br />
ou agosto de cada ano.<br />
Colaboração tcaGEST<br />
Consultoria, Contabilidade e Gestão Online<br />
Morada Av.ª Barbosa du Bocage,<br />
n.° 113, 1.°, 1050 - 031 Lisboa<br />
Telefone 213 852 270<br />
Email info@tcagest.com<br />
Site www.tcagest.com<br />
Quais os critérios de atribuição do estatuto<br />
de <strong>PME</strong> Líder?<br />
Na hora de atribuir o selo de qualidade<br />
<strong>PME</strong> Líder, o IA<strong>PME</strong>I tem em conta vários<br />
fatores determinantes:<br />
Situação regularizada perante a Administração<br />
Fiscal, a Segurança Social, o<br />
IA<strong>PME</strong>I e o Turismo de Portugal;<br />
Resultado Líquido Positivo no último<br />
exercício;<br />
EBITDA positivo nos dois anos em análise<br />
(n e n-1);<br />
Autonomia Financeira em n >= 30% à<br />
(Capitais Próprios/Ativo);<br />
Rendibilidade Líquida do Capital Próprio<br />
>= 1% à (Resultado Líquido/Capital<br />
Próprio);<br />
Dívida Financeira Líquida/EBITDA = 1%;<br />
EBITDA/Volume de Negócios >= 1%;<br />
Volume de Negócios em 2015 >=<br />
€1.000.000,00;<br />
N.° de Trabalhadores (UTA) da empresa<br />
como autónoma em n >=8.<br />
Para serem promovidas a <strong>PME</strong> Excelência,<br />
as empresas deverão cumprir cumulativamente<br />
os seguintes critérios:<br />
Pertencer aos dois primeiros níveis de<br />
rating bancário (AAA ou AA);<br />
Autonomia Financeira em 2015 >=<br />
37,5% à (Capitais Próprios/Ativo);<br />
Rendibilidade Líquida do Capital Próprio<br />
>= 12,5% à (Resultado Líquido/<br />
Capital Próprio);<br />
Dívida Financeira Líquida/EBITDA = 10%;<br />
EBITDA/Volume de Negócios >= 7,5%;<br />
Crescimento do Volume de Negócios<br />
>= 0%.<br />
Quais os principais benefícios?<br />
Para as empresas <strong>PME</strong> Líder, o Programa<br />
FINCRESCE disponibiliza serviços<br />
de consultoria, em condições favoráveis,<br />
para a realização de avaliações de desempenho.<br />
Além disso, é feita uma promoção<br />
ativa das empresas distinguidas,<br />
conferindo visibilidade ao seu mérito no<br />
mercado.<br />
Por questões normais de mercado, que<br />
têm a ver com o risco e a dimensão do<br />
negócio, as pequenas e médias empresas<br />
(<strong>PME</strong>) são, muitas vezes, penalizadas<br />
em termos de benefícios e serviços<br />
financeiros face aos grandes clientes<br />
dos bancos. Mas a verdade é que existem<br />
<strong>PME</strong> excelentes, com produção de<br />
altíssima qualidade, gestão de elevado<br />
desempenho e resultados económicos<br />
e financeiros capazes de fazer inveja a<br />
empresas muito maiores.<br />
Com melhor reputação, as empresas<br />
reforçam a sua capacidade negocial e<br />
mais facilmente conseguem obter financiamento.<br />
Acima de tudo, as <strong>PME</strong><br />
Líder e Excelência têm acesso a uma<br />
oferta específica de produtos e serviços<br />
financeiros com melhores condições de<br />
qualidade e preço, disponibilizados pelos<br />
bancos protocolados.<br />
28 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
Embragues PORT A-4.qxp_Maquetación 1 22/4/17 17:44 Página 1<br />
Criado com a experência de um líder<br />
no primeiro equipamento<br />
1 DMF<br />
+<br />
+<br />
+<br />
1 DISCO<br />
1 CONJUNTO DE PRESSÃO<br />
1 ROLAMENTO
DESTAQUE FROTAS DAS <strong>PME</strong><br />
EM BUSCA<br />
de REGRAS<br />
Mais de metade das <strong>PME</strong> nacionais (ainda) não têm regras de gestão e utilização das frotas de<br />
automóveis. O estudo do CVO, da Arval Portugal, analisou a mobilidade das <strong>PME</strong> nacionais e as<br />
suas necessidades<br />
30 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
iminência de “despiste” nas contas também<br />
é considerável. Importa antecipar<br />
cenários e definir regras, prática ainda<br />
pouco comum em Portugal. Conforme<br />
ficou provado no estudo realizado pelo<br />
Corporate Vehicle Observatory (CVO),<br />
intitulado “Mobilidade das <strong>PME</strong> Portuguesas<br />
– O que precisam as empresas<br />
para apoio ao seu negócio”, apresentado,<br />
recentemente, no Arena Fleet Show.<br />
No evento, organizado, recentemente,<br />
pela Arval Portugal, no Convento do<br />
Beato, em Lisboa, demonstrou-se que<br />
mais de metade das <strong>PME</strong> nacionais<br />
“não têm regras de gestão e utilização<br />
das suas frotas de automóveis”.<br />
Segundo os dados divulgados, “57%<br />
das empresas não têm regras de gestão<br />
ou utilização das suas viaturas”. E “51%<br />
das empresas preferem um valor mais<br />
elevado, mas que as proteja de custos<br />
extraordinários”. Além disso, para as<br />
empresas portuguesas, “o aluguer operacional<br />
é o modelo de financiamento<br />
e gestão de frotas com menor taxa de<br />
abandono”, consta do estudo apresentado<br />
por Gonçalo Cruz, responsável pelo<br />
CVO no nosso país. O autor explicou<br />
que, “em Portugal, mais de metade das<br />
<strong>PME</strong> (57%) não aplicam qualquer regra<br />
de gestão e utilização da sua frota, sendo<br />
que existe uma média de sete viaturas<br />
por cada <strong>PME</strong> em Portugal. Por outro<br />
lado, mais de oito em cada dez <strong>PME</strong><br />
(86%), afirmam necessitar de soluções<br />
de mobilidade para apoiar a gestão do<br />
seu negócio”.<br />
DECISÕES ARBITRÁRIAS<br />
A investigação do CVO foi a primeira<br />
feita em Portugal sobre a gestão de frotas<br />
e mobilidade nas <strong>PME</strong>. Uma análise<br />
detalhada e que tira um autêntico raio<br />
“X” às características da frota automóvel<br />
neste segmento de empresas - que<br />
representam entre 90% a 95% do tecido<br />
empresarial português. O estudo<br />
esmiuçou ainda a forma como são tomadas<br />
as decisões de gestão sobre esta<br />
área de custos nas <strong>PME</strong>, bem como<br />
avaliou as necessidades atuais e futuras<br />
dos gestores das empresas no campo<br />
da mobilidade. “As <strong>PME</strong> são atores<br />
centrais na economia portuguesa, pelo<br />
que é imperativo conhecer as suas<br />
necessidades para conseguirmos dar<br />
respostas eficientes e competitivas. O<br />
que o estudo demonstra, é que as decisões<br />
relacionadas com a gestão da frota<br />
automóvel ainda são tomadas de forma<br />
muito arbitrária e, claramente, há um<br />
enorme espaço de melhoria para apoiar<br />
os decisores destas empresas a tomar as<br />
opções mais estratégicas para conseguirem<br />
acrescentar valor à sua atividade.<br />
Esse é o nosso compromisso”, esclareceu<br />
Gonçalo Cruz.<br />
De acordo com o estudo, “71% das <strong>PME</strong><br />
recorrem ao crédito para aquisição de<br />
viaturas”, sendo que estas “consideram<br />
Dentro das <strong>PME</strong>, as frotas de automóveis<br />
não são um pormenor. São elas que<br />
colocam em movimento os negócios<br />
das empresas. Mas obrigam a ter alguns<br />
cuidados na sua gestão, porque a<br />
esse financiamento como um investimento<br />
para o negócio”. Por outro lado,<br />
apesar de “47% das <strong>PME</strong> nacionais<br />
considerarem que o custo é o principal<br />
critério de escolha para a aquisição de<br />
uma viatura nova, as questões do consumo<br />
de combustível e da carga fiscal<br />
não parecem ser devidamente valorizadas:<br />
somente 17% dos gestores das <strong>PME</strong><br />
dizem analisar os consumos médios das<br />
viaturas antes de decidir pela compra. E<br />
somente 3% ponderam o peso da carga<br />
fiscal. Segurança e benefícios para os<br />
colaboradores, redução de custos e do<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
31
DESTAQUE Frotas das <strong>PME</strong><br />
tempo despendido com a gestão da frota,<br />
são as principais necessidades referidas<br />
pelas <strong>PME</strong>”, refere o estudo.<br />
EFICÁCIA DAS FROTAS<br />
O estudo permite ainda concluir que,<br />
para as <strong>PME</strong>, o principal motivo para<br />
a aquisição de veículos é a “necessidade<br />
de aumentar a frota automóvel, sendo<br />
que essa decisão é tomada, maioritariamente,<br />
pelo responsável máximo da organização”.<br />
As principais alternativas de<br />
financiamento utilizadas são o crédito e<br />
o leasing, apesar de se notar uma quebra<br />
nestas modalidades. “O Aluguer Operacional<br />
(renting) é, ainda, pouco capitalizado<br />
(somente 13% das empresas),<br />
com 47% das <strong>PME</strong> a desconhecer esta<br />
possibilidade de financiamento. Apesar<br />
disso, o Aluguer Operacional é o modelo<br />
com menor taxa de abandono. Na<br />
esmagadora maioria dos casos (80% -<br />
as viaturas de serviço são destinadas ao<br />
diretor-geral e/ou administrador, sendo<br />
que, em 37% das situações, as viaturas<br />
Frotas das <strong>PME</strong> em números<br />
57%<br />
7<br />
das empresas não tem regras de gestão<br />
ou utilização das suas viaturas<br />
51%<br />
das empresas preferem um valor mais<br />
elevado, mas que as proteja de custos é o número médio de veículos que<br />
extraordinários<br />
compõem as frotas das PM<br />
69%<br />
opta por contratos<br />
de leasing para as<br />
frotas<br />
53%<br />
das <strong>PME</strong> prefere o<br />
aluguer operacional<br />
das viaturas<br />
36%<br />
das empresas considera<br />
adquirir viaturas para a<br />
sua frota<br />
61% 90%<br />
das <strong>PME</strong> recorre sempre à mesma<br />
oficina<br />
das <strong>PME</strong> recorre a crédito para<br />
aquisição das frotas<br />
são atribuídas às equipas comerciais”.<br />
Outra conclusão da investigação foi a<br />
de que “mais de metade dos empresários<br />
auscultados (51%) revelam estar<br />
dispostos a pagar um valor mais elevado,<br />
mas desde que protegidos de eventuais<br />
custos adicionais”. A terminar, no<br />
evento, Gonçalo Cruz, resumiu o atual<br />
estado das <strong>PME</strong> no que se refere às frotas:<br />
“Não conhecem modelos”, atuando<br />
da mesma maneira “porque sempre foi<br />
assim” e “olham apenas para uma parte<br />
do custo”. E, depois, rematou com aquilo<br />
que seria o cenário desejável: “Novas<br />
soluções, reduzir o tempo gasto com tarefas<br />
não produtivas e mais responsabilidade<br />
social”, preconizou.<br />
86%das <strong>PME</strong> acredita que precisará de uma solução para<br />
gerir as necessidades de mobilidade<br />
23%<br />
das empresas recorre a recursos internos<br />
para controlo de custos com as frotas<br />
77%<br />
72%<br />
das empresas compra os veículos do<br />
seu parque<br />
das vezes é o diretor-geral da<br />
empresa que toma a decisão<br />
sobre a frota automóvel<br />
32 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
ATUALIDADE CONECTIVIDADE E AUTOMAÇÃO<br />
VANTAGENS<br />
e inconvenientes<br />
O veículo conectado já é uma realidade. E continua a ganhar<br />
terreno no setor automóvel, criando novos desafios e novas<br />
oportunidades. Na verdade, prevê-se que, em 2020, a<br />
produção de veículos conectados supere os 60 milhões. E<br />
que, nesse ano, 90% dos veículos estejam ligados à Internet.<br />
Face a este cenário, muitas questões se levantam acerca<br />
do impacto que causará o veículo conectado. Neste artigo,<br />
abordamos as suas vantagens e inconvenientes<br />
O conceito de veículo conectado faz referência<br />
a um veículo com acesso à Internet,<br />
que pode contar, também, com<br />
ligação por satélite ou rede de área local<br />
sem fios. Na realidade, não se resume<br />
a ligar um smartphone ao sistema mul-<br />
34 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
timédia do veículo. Trata-se de uma<br />
comunicação com o exterior, um intercâmbio<br />
de dados, permitindo, também,<br />
a comunicação Car-To-Car (C2C) e<br />
Car-To-Infraestructure (C2I).<br />
O veículo conectado inclui múltiplas<br />
inovações, desde o acesso a música ou<br />
rádio por Internet, a tecnologias mais<br />
sofisticadas, como Sistemas Avançados<br />
de Assistência à Condução (ADAS).<br />
A implementação de tecnologias como<br />
o ADAS, contribui para a redução de<br />
acidentes e/ou do impacto dos mesmos,<br />
uma vez que estes atuam após a deteção<br />
de perigos ou obstáculos, para além<br />
de corrigirem possíveis erros humanos.<br />
Outra inovação com impacto na segurança<br />
é o eCall, sistema que alerta o 112<br />
em caso de acidente para acelerar a intervenção<br />
dos serviços de emergência e que<br />
será obrigatório em veículos fabricados a<br />
partir de 31 de março de 2018.<br />
Os automóveis na autoestrada, por<br />
exemplo, utilizarão sinais rádio de curto<br />
alcance para comunicarem entre si, de<br />
forma a que todos os veículos na estrada<br />
saibam onde se encontram os outros veículos<br />
na proximidade. Os condutores recebem<br />
notificações e alertas de situações<br />
perigosas, como alguém que está prestes<br />
a atravessar um sinal vermelho, ao aproximarem-se<br />
de um cruzamento ou um<br />
automóvel que entra numa curva, fora<br />
da vista, guinando para a sua faixa para<br />
evitar um objeto na estrada.<br />
IMPACTO NO AFTERMARKET<br />
O surgimento no mercado de um número<br />
cada vez maior de automóveis<br />
com tecnologias telemáticas incorporadas<br />
que facilitam a resolução técnica<br />
das avarias e a comunicação do utilizador,<br />
preocupa (e muito) o mercado do<br />
pós-venda independente.<br />
Há alguns anos que os automóveis são<br />
geridos por sistemas tecnológicos que<br />
registam e armazenam dados sobre o<br />
estado e funcionamento dos elementos<br />
do veículo, pelo que tanto a manutenção<br />
como o diagnóstico e a reparação de<br />
avarias, requerem o acesso eletrónico a<br />
essa informação.<br />
Agora, este acesso é telemático e os dados<br />
registados são mais amplos, abrangendo,<br />
também, informação sobre a circulação<br />
do automóvel e sobre o estilo de<br />
condução do utilizador.<br />
Este desenvolvimento dá preferência lógica<br />
às concessões de marca e aos grupos<br />
de retalho automóvel no futuro,<br />
mas, também, os parceiros dos intermediários<br />
(seguradoras, clubes auto) e online<br />
podem participar nestas mudanças.<br />
Uma consolidação do mercado devido a<br />
isto é a conclusão clara. Devemos tomar<br />
em consideração que a pressão dos sistemas<br />
eCall e bCall, entre outros, traz,<br />
igualmente, oportunidades, visto que a<br />
consolidação do mercado oferece novas<br />
quotas para as empresas que sobreviverem.<br />
Os veículos conectados não só<br />
mostram grandes desafios, mas, também,<br />
aspetos como qualificação pessoal,<br />
problemas de sucessão e desafios tecnológicos,<br />
que terão uma grande influência<br />
nos do mercado.<br />
Os desenvolvimentos de mercado criam<br />
duas oportunidades para as oficinas independentes:<br />
por um lado, tornarem-se<br />
parceiras dos fabricantes de automóveis;<br />
por outro, tornarem-se parceiras<br />
dos intermediários (seguradoras, clubes<br />
auto) e dos negócios online. Somente<br />
estas duas opções oferecem a possibilidade<br />
de participar no encaminhamento<br />
de clientes por estes players do<br />
mercado. Além disso, importante será<br />
ganhar o “status excelência” pelos seus<br />
clientes, visto que também no futuro os<br />
clientes levam o seu veículo às oficinas<br />
que tenham uma boa reputação.<br />
REDUZIR OS ACIDENTES<br />
Os veículos conectados podem reduzir<br />
drasticamente o número de mortes<br />
e feridos graves provocados pelos acidentes<br />
nas estradas e autoestradas. Se o<br />
número de sobreviventes de acidentes<br />
aumentou significativamente graças aos<br />
airbags, travões ABS e outra tecnologia,<br />
as entidades responsáveis pela segurança<br />
rodoviária estão a mudar o seu foco<br />
de ajudar as pessoas a sobreviverem a<br />
acidentes para evitar que os acidentes<br />
sequer aconteçam.<br />
Anualmente, ocorrem milhões de acidentes<br />
nas nossas estradas e a principal<br />
causa de morte entre jovens crianças e<br />
jovens adultos são os acidentes rodoviários.<br />
A tecnologia de veículos conectados<br />
irá permitir que os automóveis, camiões,<br />
autocarros e outros veículos “falem”<br />
entre si com dispositivos dentro do<br />
veículo, que partilham constantemente<br />
informação de segurança e mobilidade.<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
35
ATUALIDADE Conectividade e Automação<br />
VANTAGENS DOS<br />
VEÍCULOS CONECTADOS<br />
Condução mais eficiente e menor contaminação<br />
Graças a sistemas de navegação inteligentes ou à procura otimizada de<br />
percurso (com informação sobre engarrafamentos, estradas fechadas,<br />
acidentes), é possível ganhar eficiência e reduzir o consumo de combustível.<br />
Ligação a smartphones e surgimento de novas aplicações<br />
É possível estabelecer a ligação a smartphones e ouvir música em streaming<br />
ou receber chamadas, entre outras funções. O telemóvel também<br />
pode ser utilizado como chave inteligente para abrir ou ligar o veículo,<br />
ativar o sistema de climatização à distância ou para permitir que um amigo<br />
possa aceder, temporariamente, ao nosso automóvel através do seu<br />
telemóvel. O veículo conectado também deu origem ao desenvolvimento<br />
de tecnologias que o ligam à casa do condutor. Por exemplo, para que o<br />
aquecimento seja ligado no caminho.<br />
Acesso a informação útil<br />
É viável o acesso, em tempo real, a informação sobre o estado das estradas,<br />
meteorologia, pontos de carregamento elétrico, localização do veículo<br />
(especialmente vantajoso em caso de roubo). Inclusivamente, será<br />
possível obter maior informação perante um possível sinistro, ajudando a<br />
estabelecer as respetivas causas e a otimizar a sua gestão.<br />
Detetar avarias ou necessidade de manutenção<br />
O veículo conectado pode incluir informação que permita detetar a existência<br />
de uma avaria, bem como a origem da mesma ou a necessidade de<br />
manutenção, de acordo com o uso ou o desgaste de certas peças.<br />
Eliminação de acidentes<br />
A condução isenta de acidentes e a segurança melhorada dos veículos<br />
pode alterar o conceito de veículo tal como o conhecemos hoje.<br />
Outro estudo sobre tecnologia de veículos<br />
conectados demonstrou que estes<br />
dispõem de potencial para reduzir até<br />
80% os acidentes em que os condutores<br />
não são feridos, o que pouparia um<br />
número significativo de vidas e evitaria<br />
milhões de feridos rodoviários anualmente.<br />
Os veículos conectados têm vantagens<br />
significativas face às novas tecnologias<br />
que agora surgem em veículos de topo de<br />
gama, como radar, câmaras e outros sensores.<br />
Por um lado, as tecnologias de veículos<br />
conectados e aplicações têm maior<br />
alcance do que o equipamento integrado<br />
no veículo, o que permitirá receber alertas<br />
de situações perigosas antecipadamente,<br />
proporcionando tempo de reação<br />
e evitando um acidente. A tecnologia de<br />
veículo conectado também não depende<br />
de comunicações de tipo “linha de visão”<br />
efetiva, ao contrário do radar. Por isso,<br />
se um automóvel à frente travar bruscamente<br />
devido a uma obstrução e ao lado<br />
existe um declive, o condutor receberá<br />
uma notificação mesmo não estando a<br />
ver e não estando ciente da eminência<br />
de uma situação perigosa. A tecnologia<br />
de veículos conectados também é menos<br />
dispendiosa de instalar do que o equipamento<br />
de radar e a câmara nos veículos.<br />
Isso permite que se torne equipamento<br />
padrão no futuro em praticamente todos<br />
os veículos e não apenas nos automóveis<br />
de luxo.<br />
Para além do enorme potencial de segurança,<br />
os veículos conectados também<br />
prometem aumentar as opções de<br />
transporte e reduzir os tempos de viagem.<br />
Os gestores de trânsito poderão<br />
controlar o fluxo mais facilmente com<br />
dados de comunicação avançada disponíveis,<br />
evitando ou minimizando o desenvolvimento<br />
de congestionamentos.<br />
Isso poderá ter um impacto significativo<br />
no ambiente, ajudando a reduzir o<br />
consumo de combustível e as emissões.<br />
36 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
INCONVENIENTES DOS<br />
VEÍCULOS CONECTADOS<br />
Ataque informático<br />
Os veículos conectados poderão ser alvo de um ataque<br />
informático aos seus sistemas de controlo, deixando vulneráveis<br />
os sistemas de abertura, bloqueando o veículo ou<br />
permitindo o roubo de credenciais e informação.<br />
Privacidade e informação sobre a condução<br />
A compilação e o registo de dados sobre a condução e o<br />
veículo associados ao automóvel conectado dão origem a<br />
novas necessidades legislativas que garantam a proteção<br />
dos dados recolhidos.<br />
Preço mais elevado<br />
Determinadas tecnologias do automóvel conectado podem<br />
encarecer, consideravelmente, o preço do mesmo. Por outro<br />
lado, alguns utilizadores têm dúvidas relativamente a<br />
eventuais riscos de avaria ou obsolescência dos sistemas.<br />
Distrações ao volante<br />
Ao disponibilizar o acesso a um maior número de funções,<br />
o risco de distração aumenta. Risco este que tem de ser<br />
minimizado assegurando a segurança e a ergonomia das<br />
diferentes aplicações.<br />
Não restam dúvidas de que o automóvel ligado implica<br />
uma inovação com um impacto relevante no setor automóvel,<br />
prevendo-se um aumento das potenciais vantagens<br />
nos próximos anos e uma tendência de redução no que<br />
respeita aos inconvenientes.<br />
UTILIZADORES DE VEÍCULOS<br />
CONECTADOS QUEREM DECIDIR<br />
O<br />
veículo conectado, que todos os<br />
dias fica mais próximo do utilizador<br />
final, tornou-se num verdadeiro<br />
“filão” para as empresas. Este ano, serão<br />
vendidos em todo o mundo quase 50<br />
milhões de veículos equipados com sistemas<br />
que convertem estes automóveis em<br />
extensões do smartphone do utilizador, ao<br />
ponto de atuarem como “caixas negras”<br />
dos hábitos de condução graças à grande<br />
quantidade de dados gerados pelos sensores.<br />
Será necessário que o proprietário de um<br />
veículo dê autorização para que a sua informação<br />
possa ser utilizada. Um setor<br />
muito interessado em ter acesso aos dados<br />
dos automóveis ligados é o das seguradoras.<br />
Desta forma, os utilizadores esperam<br />
que a companhia lhes faça um desconto<br />
no preço em troca do acesso aos dados do<br />
seu automóvel.<br />
Embora a intensidade e as potencialidades<br />
da conectividade no automóvel tendam a<br />
crescer, hoje já é possível que um automóvel<br />
tenha funções próprias de uma “caixa<br />
negra”. Um exemplo é a app da Seat, que<br />
permite gravar percursos que poderão ser<br />
utilizados como provas num acidente. Outro,<br />
é o novo Citroën C3, que está equipado<br />
com uma câmara frontal.<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
37
ATUALIDADE Conectividade e Automação<br />
AUTÓNOMOS vs CONECTADOS<br />
As tecnologias de veículos autónomos e conectados estão a tornar-se nas mais procuradas. Atualmente, algumas estão<br />
disponíveis mas são apenas uma fração do que estará disponível no futuro. Embora, a seguir, se refiram secções separadas<br />
para tecnologias de veículos autónomos e conectados, muitas dessas tecnologias podem sobrepor-se<br />
Os artigos publicados ultimamente nos<br />
meios de comunicação generalista e<br />
mesmo da especialidade sobre veículos<br />
conectados e autónomos, nem sempre deixam<br />
claro que estas duas tecnologias são distintas. Os<br />
termos são, muitas vezes, utilizados de forma incorreta,<br />
o que cria conceções erradas sobre uma e<br />
outra. E esta confusão pode ainda aumentar quando<br />
as implicações são incorretamente aplicadas<br />
onde não pertencem.<br />
Então qual é a diferença? Qual é a que me ajuda a<br />
chegar a casa mais rapidamente evitando o congestionamento<br />
rodoviário e qual é a que me ajuda<br />
a evitar colisões de veículos?<br />
VEÍCULOS CONECTADOS<br />
As tecnologias utilizadas nos veículos conectados<br />
permitem que os veículos comuniquem entre si e<br />
com o mundo em redor. O seu veículo está provavelmente<br />
mais conectado do que pensa. Os sistemas<br />
de navegação já incluem a funcionalidade de<br />
veículo conectado, como a Orientação Dinâmica do<br />
Trajeto (DRG). O seu sistema, com base em GPS,<br />
recebe informação sobre congestionamentos rodoviários<br />
à sua frente através de sinais celulares<br />
(4G LTE ou 3G) e sugere um percurso alternativo.<br />
O conceito de veículo conectado fornece informação<br />
útil a um condutor ou a um veículo, ajudando<br />
o condutor a tomar decisões mais seguras ou mais<br />
informadas. A utilização de um veículo conectado<br />
não implica que o veículo efetue escolhas no lugar<br />
do condutor. Pelo contrário, fornece informação ao<br />
condutor, incluindo situações potencialmente perigosas<br />
a evitar.<br />
Sem compromisso da informação pessoal, esta<br />
tecnologia também permite que as empresas de<br />
transporte e gestoras de frotas acedam aos dados<br />
do veículo relacionados com a velocidade, localização<br />
e trajetória, permitindo uma melhor gestão do<br />
fluxo rodoviário, assim como a capacidade de enfrentar<br />
problemas específicos em tempo real. Por<br />
isso, para além de enviar informação ao condutor,<br />
os veículos conectados enviam informação às empresas<br />
de transporte e gestoras de frotas, de forma<br />
a potenciar o seu conhecimento das condições rodoviárias<br />
em tempo real, bem como a gerar dados<br />
históricos que irão ajudar as empresas a melhor<br />
planear e alocar futuros recursos (normalmente<br />
aproveitados ao máximo). Ao desenvolverem equipamento<br />
de estrada, que lê/envia sinais enviados/<br />
recebidos desses veículos, as empresas de transporte<br />
podem participar no desenvolvimento do sistema<br />
de veículo conectado.<br />
VEÍCULOS AUTÓNOMOS<br />
Já estão a ser desenvolvidas em alguns veículos<br />
funcionalidades autónomas, como o estacionamento<br />
automático ou a prevenção de colisão de<br />
veículos. Mas até um veículo poder deslocar-se por<br />
si próprio , não é considerado um verdadeiro veículo<br />
autónomo. Um veículo totalmente autónomo<br />
não requer o elemento humano. É, antes, dirigido<br />
por um computador. A maioria dos fabricantes<br />
está a efetuar uma classificação em vários níveis<br />
de autonomia, até que os veículos autónomos sejam<br />
amplamente testados e aceites pelo público<br />
em geral. Ao contrário dos veículos conectados, as<br />
empresas de transporte têm pouco controlo sobre<br />
o desenvolvimento destes veículos autónomos ou<br />
sobre a tecnologia que estes utilizam, sendo esta<br />
controlada pelos fabricantes que os constroem<br />
e em resposta às necessidades do mercado. No<br />
entanto, existem algumas ações que as entidades<br />
rodoviárias podem levar a cabo, de forma a encorajar<br />
o desenvolvimento de veículos autónomos.<br />
Por exemplo, algumas entidades já trabalham na<br />
melhoria da delimitação e sinalização das faixas de<br />
rodagem, que ajuda ao reconhecimento da estrada<br />
por parte dos veículos autónomos. As entidades<br />
também podem encorajar e apoiar políticas que<br />
irão desenvolver ainda mais a tecnologia dos veículos<br />
autónomos, como políticas de certificação,<br />
regras de licenciamento e acompanhamento de<br />
normas de distância.<br />
Os veículos autónomos não necessitam que a tecnologia<br />
de veículos conectados funcione, uma vez<br />
que devem poder navegar de forma independente<br />
na rede rodoviária. No entanto, as tecnologias dos<br />
veículos conectados fornecem informação valiosa<br />
sobre a estrada, permitindo o reencaminhamento<br />
com base em nova informação, como o encerramento<br />
de estradas ou obstáculos no percurso. Ao<br />
incorporar tecnologia dos veículos conectados, os<br />
automóveis autónomos serão mais seguros, mais<br />
rápidos e mais eficientes. Além disso, virtualmente,<br />
todos os veículos autónomos requerem conectividade,<br />
de forma a assegurar que as definições<br />
de software e dados estejam atualizadas. Como os<br />
veículos autónomos se baseiam no conhecimento<br />
da estrada, as alterações no trajeto e os novos desenvolvimentos<br />
ou construções requerem o tipo de<br />
intercâmbio de informação em tempo real.<br />
38 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
COMO É QUE OS VEÍCULOS CONECTADOS<br />
CONDUZEM “A INTERNET DAS COISAS”<br />
Seguramente, o automóvel deixará de ser um dispositivo para permitir<br />
a deslocação e irá tornar-se num conjunto de soluções e oportunidades<br />
interligadas… Que também nos vai deslocar de um ponto a outro. Tal<br />
como ocorreu com os telefones móveis, ou telemóveis...<br />
VANTAGENS DOS AUTÓNOMOS<br />
Necessidade reduzida de novas infraestruturas:<br />
a condução autónoma pode reduzir a necessidade<br />
de construção de novas infraestruturas e reduzir os<br />
custos de manutenção.<br />
Dependência do tempo de viagem:<br />
A convergência pode reduzir, substancialmente, a<br />
incerteza nos tempos de viagem através de uma<br />
avaliação em tempo real, previsível dos tempos de<br />
viagem em todas as estradas.<br />
Melhorias de produtividade:<br />
A convergência irá permitir que os viajantes utilizem<br />
o tempo de viagem de forma produtiva.<br />
Eficiência energética melhorada:<br />
Redução do consumo de energia de, pelo menos,<br />
três formas: maior eficiência de condução; veículos<br />
mais leves; veículos mais eficientes em combustível<br />
e infraestruturas.<br />
Novos modelos de propriedade de veículos:<br />
Os veículos de condução autónoma podem levar a<br />
uma grande redefinição da propriedade de veículos<br />
e alargar as oportunidades de partilha de veículos.<br />
Novos modelos de negócio e cenários:<br />
A convergência de tecnologias pode realinhar indústrias,<br />
de forma a que os participantes do ecossistema<br />
tenham de competir e colaborar simultaneamente.<br />
Embora a conectividade acrescida dos<br />
veículos tenhas as suas vantagens, também apresenta<br />
desafios. Ao adicionar conectividade, podem<br />
existir questões como segurança, privacidade,<br />
análise de dados e agregação devido à abundância<br />
de dados associados aos veículos.<br />
Todos os dias, são cada vez mais<br />
os elementos que funcionam ou<br />
podem funcionar interligados e que<br />
conferem mais inteligência à rede. Milhares<br />
de milhões de dispositivos “inteligentes”:<br />
desde minúsculos chips até enormes<br />
máquinas que utilizam a tecnologia sem<br />
fios para comunicarem connosco ou entre<br />
si. E a crescer a um ritmo vertiginoso.<br />
Dentro de cinco anos, existirão 250 milhões<br />
de veículos conectados na estrada,<br />
enquanto “a Internet das coisas” cresce,<br />
incluindo 25 mil milhões de dispositivos.<br />
Um novo estudo revelou que a rede de<br />
dipositivos conectados, conhecida como<br />
a “Internet das coisas”, deverá “explodir”<br />
este ano, atingindo quase cinco mil milhões<br />
de itens. O número de dispositivos<br />
conectados tende a aumentar cerca de<br />
30% em 2015, para 4,9 mil milhões de<br />
coisas, antes de crescer o quíntuplo para<br />
25 mil milhões, em 2020.<br />
Por conseguinte, o automóvel será um<br />
destes objetos ligados. E, possivelmente,<br />
o objeto com preço mais elevado (em<br />
conjunto com a casa) e com maior capacidade<br />
de interação. Os automóveis serão<br />
um dos “principais elementos” da expansão<br />
da “Internet das coisas”, dispondo um<br />
em cada cinco veículos de algum tipo de<br />
ligação de rede sem fios até 2020, num<br />
total de mais de um quarto de mil milhões<br />
de automóveis nas estradas, a nível global.<br />
O automóvel conectado é já uma realidade<br />
e a conectividade sem fios nos veículos<br />
está em rápida expansão dos modelos de<br />
luxo e marcas de topo para os modelos de<br />
mercado intermédio de alto volume.<br />
O estudo previa que a alteração do cenário<br />
de conectividade fosse construir um novo<br />
conjunto de especificações para o automóvel<br />
do futuro. O consumo acrescido e<br />
a criação de conteúdos digitais dentro do<br />
veículo irá levar à necessidade de sistemas<br />
de infoentretenimento mais sofisticados. O<br />
que pode criar oportunidades para programadores<br />
de aplicações, designers gráficos<br />
e tecnologias de visualização interativa.<br />
Simultaneamente, novos conceitos de mobilidade<br />
e utilização de veículos irão levar<br />
a novos modelos de negócio e expansão<br />
de alternativas à propriedade automóvel,<br />
especialmente em ambientes urbanos.<br />
Enquanto a maioria dos automóveis conectados,<br />
pelo menos nas fases iniciais, terá<br />
uma ligação “automóvel ao telemóvel”,<br />
é expectável que esta rede se expanda,<br />
eventualmente, para ligações “veículo a<br />
veículo” e “veículo a infraestrutura”.<br />
Parte deste crescimento será impulsionado<br />
por iniciativas legislativas. Na UE, por<br />
exemplo, todos os automóveis serão equipados<br />
com um chip associado ao sistema<br />
eCall até 2018, que, automaticamente,<br />
contacta o centro de emergência mais<br />
próximo no caso de acidente.<br />
Um recente relatório da McKinsey revelou<br />
que o aumento dramático da conectividade<br />
nos veículos que está a transformar o<br />
setor automóvel, poderá impulsionar o<br />
valor do mercado global de componentes<br />
e serviços de conectividade para 170 mil<br />
milhões de euros até 2020, um número<br />
mais do que cinco vezes superior aos 30<br />
mil milhões de euros de hoje. O estudo, no<br />
qual quase 2.000 novos automóveis foram<br />
analisados, também detetou que 13% das<br />
pessoas excluiria de imediato a compra de<br />
um novo automóvel sem acesso à Internet,<br />
enquanto mais de um quarto já dá prioridade<br />
às funcionalidades de conectividade<br />
sobre outras, como a potência do motor e<br />
a eficiência no consumo de combustível.<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
39
MERCADO ACESSO À INFORMAÇÃO TÉCNICA<br />
APREENSÃO<br />
e INCERTEZA<br />
40 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
O acesso à informação técnica é cada vez mais difícil para as oficinas independentes. Atualmente,<br />
os fabricantes de veículos têm o controlo exclusivo dos sistemas telemáticos e de reprogramação,<br />
enquanto o aftermarket continua apreensivo em relação ao que o futuro lhe reserva<br />
Na última reunião do Conselho<br />
Europeu do Comércio e da Reparação<br />
Automóvel (CECRA),<br />
foram tratados assuntos de importância<br />
para o setor reparador, como o acesso à<br />
informação técnica ou a situação dos sistemas<br />
telemáticos, em concreto o eCall.<br />
Relativamente ao acesso à informação<br />
técnica, foi dado destaque às conclusões<br />
do estudo elaborado pela consultora britânica<br />
Ricardo-AEA, a pedido da Comissão<br />
Europeia. Dos seus resultados,<br />
depreende-se que, na atualidade, existe<br />
um controlo exclusivo dos sistemas telemáticos<br />
e de reprogramação por parte<br />
dos fabricantes de veículos, bem como<br />
um acesso “difícil” para as oficinas independentes.<br />
Perante esta situação, o estudo da Ricardo-AEA<br />
inclui nas suas conclusões “a<br />
necessidade de se solicitar a igualdade de<br />
direitos para concorrer no mercado e que<br />
a norma clarifique questões como o preço<br />
razoável para o acesso à informação<br />
técnica”.<br />
As oficinas independentes denunciam<br />
que não podem reparar os veículos<br />
Euro 5 e Euro 6 por não terem à disposição<br />
as ferramentas de comunicação<br />
veículo-software do construtor (VCI).<br />
Afirmam que as máquinas de diagnóstico<br />
multimarca não acedem a certas áreas<br />
porque têm bloqueados esses acessos, estando<br />
restringidos ao software das marcas.<br />
Além disso, garantem que também<br />
não dispõem das acreditações para aceder<br />
ao software do construtor para realizar<br />
diagnósticos e reprogramações online<br />
porque “as marcas não disponibilizam ou<br />
demoram excessivamente no processamento<br />
das acreditações”.<br />
Outro dos pontos de maior controvérsia,<br />
e que consideram “ilógico”, é que os dados<br />
das reparações realizadas pelas oficinas<br />
sejam administrados e registados<br />
nos servidores das marcas, “sendo sua<br />
concorrência direta”.<br />
O problema das acreditações deixará de<br />
existir com a entrada em vigor do sistema<br />
SERMI, encarregue de proporcionar<br />
uma única acreditação para todas as<br />
marcas. Simultaneamente, perante o dilema<br />
em torno da telemática do veículo<br />
(obrigatória a partir de março de 2018)<br />
e da administração dos dados gerados<br />
nas oficinas independentes por parte das<br />
marcas, o CECRA advoga um sistema<br />
duplo no qual os dados são armazenados<br />
tanto em servidores de acesso partilhado<br />
como no veículo, acedendo-se à informação<br />
através de um conector standard de<br />
16 pinos (OBD).<br />
FABRICANTES VÃO DOMINAR?<br />
A controvérsia surgiu com os novos automóveis<br />
equipados com conectividade<br />
de série, o novo conceito de “Extended<br />
Vehicle” (veículo ampliado) promovido<br />
pelos fabricantes de automóveis e que, na<br />
prática, implica que é apenas o fabricante<br />
a decidir quem tem acesso funcional<br />
aos dados registados no veículo, além de<br />
outras considerações de privacidade que<br />
afetam os consumidores.<br />
Todos os fabricantes estão a estruturar<br />
os seus sistemas e protocolos técnicos<br />
de modo a que apenas os seus respetivos<br />
servidores possam recolher e dar acesso<br />
a estes dados do veículo, o que supõe o<br />
controlo exclusivo de cada automóvel e<br />
uma mais do que evidente posição tecnológica<br />
dominante para determinar unilateralmente<br />
quais os reparadores e fornecedores<br />
de serviços autorizados a aceder.<br />
É evidente que a investigação e o desenvolvimento<br />
da tecnologia automóvel estão<br />
nas mãos dos construtores, cujo peso<br />
económico e “lobístico” como setor é<br />
muito relevante em toda a UE.<br />
Até agora, cada consumidor podia escolher<br />
livremente a sua oficina de confiança<br />
com base nos dois princípios gerais do<br />
mercado europeu, que são a livre circulação<br />
de bens e serviços e a livre escolha do<br />
consumidor. No entanto, com os novos<br />
veículos conectados, estas liberdades ficam<br />
comprometidas.<br />
“Esta realidade não pode ser um instrumento<br />
para manipular o mercado e os<br />
preços, nem para condicionar a liberdade<br />
dos consumidores ou prejudicar o trabalho<br />
leal de 2,9 milhões de profissionais<br />
que prestam um serviço eficaz, próximo<br />
e de qualidade a 228 milhões de veículos<br />
ligeiros e a 38,5 milhões de veículos<br />
comerciais na UE”, refere o CECRA em<br />
comunicado.<br />
SETOR INDEPENDENTE AVALIA<br />
Há poucas coisas mais importantes para<br />
um negócio de reparação de automóveis<br />
do que o acesso a uma informação técnica<br />
de qualidade. É assim agora e, se é<br />
que é possível, ainda o será mais no futuro.<br />
Em 2014, a UE colocou em andamento<br />
um estudo para conhecer o estado<br />
do acesso à informação técnica no setor.<br />
Agora, publicou um relatório com as suas<br />
conclusões.<br />
“Para competir no mercado de reparação<br />
de automóveis, os operadores independentes<br />
devem ter um acesso fácil, livre de<br />
restrições e padronizado à informação<br />
técnica”, afirma o relatório.<br />
As associações europeias do aftermarket<br />
(AFCAR, FIGIEFA, CECRA, EGEA,<br />
AIRC, UEIL, ADPA e FIA) e, também,<br />
operadores de leasing e renting (Leaseurope),<br />
mostram-se satisfeitas pelo<br />
reconhecimento por parte de Bruxelas<br />
da importância do acesso à informação<br />
técnica para garantir a concorrência e<br />
o bom funcionamento do mercado: “A<br />
existência de operadores independentes<br />
garante a concorrência no mercado de<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
41
MERCADO Acesso à informação técnica<br />
acessórios e a livre escolha do consumidor”,<br />
afirmam.<br />
De igual modo, a Comissão Europeia<br />
reconhece a existência de dificuldades<br />
por parte dos operadores independentes<br />
para aceder à informação técnica. “A<br />
Comissão reconhece a necessidade de se<br />
garantir um funcionamento mais eficaz<br />
da cadeia de fornecimento do mercado<br />
secundário do setor automóvel”. Isto<br />
demonstra “que a legislação que regula<br />
o acesso à informação técnica necessita<br />
urgentemente de uma atualização”.<br />
Vários deputados do Parlamento Europeu<br />
reconheceram a necessidade e a urgência<br />
de abordar algumas das deficiências<br />
da atual legislação e apresentaram<br />
uma série de emendas que abordam as<br />
questões consideradas mais urgentes.<br />
NEM TUDO É POSITIVO…<br />
Efetivamente, as associações do setor<br />
lamentam que a Comissão fique muito<br />
aquém do conjunto de recomendações<br />
substanciais do estudo encomendado<br />
Acreditação de acordo<br />
com ISO 17011, ISO 17020<br />
e requisitos funcionais<br />
Organismo de Avaliação<br />
de Conformidade (CAB)<br />
Autorização<br />
( ** )<br />
Operador<br />
Independente (IO)<br />
Organismo Nacional<br />
de Acreditação (NAB)<br />
( ** )<br />
Aprovada<br />
Oficina<br />
Independente (IO)<br />
por Bruxelas em 2014 e “que são de crucial<br />
importância para um funcionamento<br />
mais eficiente da cadeia de fornecimento<br />
do mercado do pós-venda automóvel”.<br />
Entre outras coisas, consideram ser necessário<br />
melhorar a estrutura geral de<br />
aplicação da informação técnica (“não<br />
é completa ou existem atrasos na disponibilização”,<br />
assinalam); criar um órgão<br />
independente que se encarregue de verificar<br />
se os regulamentos são aplicados<br />
corretamente, padronizar o formato de<br />
toda a informação e harmonizar as sanções<br />
por incumprimento das obrigações.<br />
Afirmam também que no relatório emitido<br />
pela Comissão Europeia “insinuam<br />
que apenas os veículos mais antigos, já<br />
fora de garantia”, são o alvo do mercado<br />
independente”. É que, tal como assinalam<br />
as associações, os consumidores têm<br />
(e utilizam) o direito de realizar a manutenção<br />
e reparar os seus veículos em<br />
qualquer oficina à sua escolha, sem que<br />
isso signifique a anulação da garantia do<br />
veículo.<br />
RELATÓRIO DE BRUXELAS<br />
O relatório de Bruxelas sobre o livre<br />
acesso à RMI _ Repair and Maintenance<br />
Information, não satisfaz o setor do<br />
pós-venda europeu, pois está “aquém”<br />
do esperado e não aborda alguns pontos<br />
importantes. O esperado relatório da<br />
Associação SERMI<br />
Seleção de acordo<br />
com os requisitos<br />
funcionais<br />
Centro de Fiabilidade<br />
(TC)<br />
( ** ) De acordo com o esquema de<br />
requisitos funcionais da SERMI<br />
Comissão Europeia sobre as deficiências<br />
do atual funcionamento da cadeia de fornecimento<br />
de peças de substituição para<br />
as cadeias multimarca não satisfez, de<br />
todo, o setor do pós-venda europeu. Em<br />
resumo, boas intenções, mas poucos passos<br />
em concreto na direção pretendida.<br />
Sobre a mesa, está um grave problema: o<br />
livre acesso das oficinas à reparação e manutenção<br />
de veículos (englobado no que<br />
se conhece como sistema SERMI, cuja<br />
implantação está atrasada) para garantir<br />
a concorrência e o bom funcionamento<br />
deste importante mercado que, a nível<br />
comunitário, engloba mais de 500.000<br />
empresas. O fosso tecnológico entre automóveis<br />
cada vez mais dependentes de<br />
sistemas altamente sofisticados e as relativamente<br />
modestas ferramentas e capacidade<br />
das oficinas para se adequarem a<br />
estas alterações, supõe uma clara discriminação<br />
para estas últimas.<br />
Para favorecer, portanto, a competitividade<br />
das oficinas e evitar que os concessionários<br />
de marca fiquem com o grosso<br />
do negócio da reparação, a União Europeia<br />
está a tentar legislar a favor de um<br />
mercado mais aberto e sem restrições.<br />
Conforme reconhece o relatório da CE,<br />
“os operadores independentes devem ter<br />
um acesso fácil, livre de restrições e padronizado<br />
à informação técnica”.<br />
Em comunicado, as associações do aftermarket<br />
lamentam que o relatório de Bruxelas<br />
fique “muito aquém” do esperado e,<br />
sobretudo, das recomendações que o setor<br />
vinha propondo nos últimos meses,<br />
que são “de crucial importância”.<br />
Neste sentido, lamentam que no relatório<br />
não se tenha em conta a necessidade<br />
de melhorar a estrutura geral para a<br />
aplicação da RMI ou a necessidade de<br />
criação de um órgão de verificação independente<br />
para melhorar a aplicação<br />
dos Regulamentos da RMI. Além disso,<br />
na sua opinião, a CE deixa de lado outros<br />
dois aspetos muito importantes. Primeiro:<br />
que os fabricantes proporcionem facilidades<br />
para a validação dos formatos<br />
padronizados eletronicamente. Segundo:<br />
melhorar a harmonização de sanções por<br />
incumprimento das obrigações da RMI.<br />
42 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
ASSOCIAÇÕES DEFENDEM LIVRE ACESSO À INFORMAÇÃO TÉCNICA<br />
As associações do setor exigem à UE um enquadramento regulador “forte” para uma plataforma telemática “interoperável,<br />
normalizada, segura e de acesso aberto”<br />
No passado mês de março, foi dado um<br />
grande passo para a Liberdade da Reparação,<br />
com a criação de uma coligação das<br />
mais representativas associações europeias<br />
do setor automóvel (ADPA - fornecedores<br />
de serviços de informação técnica;<br />
CECRA – oficinas; CITA – inspeções automóveis;<br />
EGEA – equipamentos de oficinas;<br />
FIA - Federação Internacional de Automobilismo;<br />
FIGIEFA – comerciantes de peças<br />
aftermarket; Insurance Europe e Leaseurope),<br />
com o objetivo de defender o livre fluxo<br />
de dados, assim como a interoperabilidade<br />
entre os sistemas dos fabricantes de automóveis<br />
e oficinas independentes.<br />
Para estas associações, apenas estes fatores<br />
permitem a verdadeira liberdade de<br />
escolha em termos de serviços digitais e<br />
capacitam o direito dos proprietários dos<br />
veículos a escolher com quem partilhar os<br />
seus dados e para que finalidade.<br />
A coligação solicita que as instituições europeias<br />
deem vida à transformação digital,<br />
criando um robusto enquadramento regulamentar<br />
para uma plataforma telemática<br />
digital no veículo que seja segura, estandardizada<br />
e interoperável.<br />
A liberdade de escolha do consumidor é<br />
fundamental para que os princípios democráticos<br />
da UE permaneçam válidos e<br />
com a mesma força com que se mantiveram<br />
nos últimos 60 anos, desde que foi<br />
assinado o Tratado de Roma. Manter vivos<br />
os princípios deste Tratado com a criação<br />
de um enquadramento regulamentar para<br />
uma plataforma telemática interoperável<br />
no veículo é o grande objetivo desta coligação<br />
para o setor do pós-venda automóvel<br />
independente.<br />
A propriedade dos dados gerados pelo automóvel<br />
ligado é do utilizador e, por conseguinte,<br />
as marcas devem pedir sempre<br />
consentimento para utilizá-los. Esse mesmo<br />
princípio é a base da campanha lançada<br />
pela coligação das associações, com<br />
o lema explícito “Acesso justo e equitativo<br />
aos veículos no mercado único digital”. O<br />
objetivo é “criar um enquadramento regulador<br />
forte” para uma plataforma telemática<br />
“interoperável, normalizada, segura e<br />
de acesso aberto nos veículos”.<br />
Em comunicado, as associações signatárias<br />
saudaram este avanço tecnológico<br />
“que pode beneficiar os consumidores e<br />
proporcionar novas e inovadoras oportunidades<br />
de negócio, desde que seja salvaguardada<br />
a leal concorrência”.<br />
Na atualidade, recorda a coligação, “as<br />
plataformas telemáticas estão tecnicamente<br />
concebidas de uma forma exclusiva<br />
que permite apenas aos fabricantes de<br />
veículos ter acesso direto ao veículo e aos<br />
seus dados, o que cria uma desvantagem<br />
indevida e pode acabar por prejudicar os<br />
consumidores, as empresas, a economia<br />
europeia e a sociedade”. Por este motivo,<br />
a coligação defende que se exija a “neutralidade<br />
da concorrência através da conceção<br />
técnica, para preservar a independência<br />
empresarial e manter condições de<br />
concorrência equilibradas na era digital. A<br />
inovação real e a oportunidade de desenvolver<br />
novos modelos de negócio apenas<br />
serão possíveis com uma plataforma interoperável”.<br />
Neste sentido, a coligação refere que os<br />
fornecedores independentes de serviços,<br />
para poderem competir, necessitam de<br />
“um acesso equitativo às mesmas funcionalidades<br />
e informações, com a mesma<br />
margem de tempo do que os fabricantes<br />
de veículos. Só assim os automobilistas<br />
terão a possibilidade real de escolher<br />
fornecedores de serviços e de autorizar o<br />
acesso direto e sem supervisão aos seus<br />
dados do veículo nos serviços que escolham.<br />
Desta forma, garante-se que podem<br />
continuar a ser oferecidas opções de serviço<br />
independentes”.<br />
Por isso, as associações signatárias instam<br />
as instituições europeias a reconhecerem<br />
o papel competitivo da telemática e, por<br />
conseguinte, a darem poder aos consumidores<br />
para escolher a quem disponibilizam<br />
os seus dados e com que finalidades. Isto<br />
também significa permitir aos operadores<br />
independentes oferecer produtos e serviços<br />
digitais competitivos, protegendo o<br />
seu direito de acesso direto a dados/informações<br />
do veículo em tempo real e o seu<br />
direito de comunicação em linha através<br />
de plataformas telemáticas normalizadas,<br />
interoperáveis e seguras.<br />
Além disso, defendem as associações, “a<br />
conceção da plataforma telemática de livre<br />
acesso deve excluir a possibilidade de<br />
controlo e criação de perfis por parte dos<br />
fabricantes de veículos. Deverá preservar<br />
a igualdade de oportunidades para operadores<br />
e fornecedores de serviços independentes,<br />
para que possam apresentar os<br />
seus serviços aos consumidores da mesma<br />
forma do que os fabricantes”.<br />
Os signatários do manifesto pedem, também,<br />
que “até ao momento em que haja<br />
uma plataforma plenamente funcional incorporada<br />
nos veículos, deverá manter-se<br />
um acesso normalizado à comunicação<br />
dos dados do veículo, através de uma ligação<br />
de acesso a dados físicos”.<br />
“Todos estes requisitos técnicos são necessários<br />
para garantir uma livre escolha<br />
do consumidor e condições de concorrência<br />
equilibradas para todas as partes implicadas,<br />
a fim de se manter a capacidade<br />
de inovação e a competitividade de todos<br />
os fornecedores de serviços “em torno do<br />
automóvel”, afirma o manifesto.<br />
A longo prazo, concluem as associações<br />
signatárias, “isto apenas poderá ser assegurado<br />
com uma solução técnica em<br />
que a ‘inteligência’ esteja no automóvel,<br />
implementando no veículo uma plataforma<br />
telemática interoperável normalizada,<br />
tal como se pretende com a função eCall”.<br />
A era da telemática no automóvel está iminente<br />
e todo o aftermarket espera que os<br />
decisores da UE a tornem benéfica para<br />
todos, especialmente para as <strong>PME</strong>, pois<br />
estas são o pilar da economia da UE. E,<br />
sendo as mais enraizadas localmente,<br />
poderão fornecer serviços personalizados<br />
aos consumidores.<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
43
MERCADO Observatório Comércio de Peças & Acessórios 2016<br />
SAÚDE<br />
FINANCEIRA<br />
das EMPRESAS<br />
EM ALTA<br />
44 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
Os resultados do estudo anual realizado pela DPAI (Divisão de<br />
Peças e Acessórios Independentes) da ACAP sobre o estado do<br />
setor da distribuição de peças em Portugal, revelam uma melhoria<br />
dos indicadores de saúde financeira das empresas<br />
Os dados revelados neste Observatório<br />
são referentes ao ano de 2015, mas<br />
comparam-se com os três anos anteriores,<br />
uma vez que já é o sexto ano consecutivo<br />
que a DPAI da ACAP faz este<br />
estudo sobre os principais rácios financeiros<br />
e económicos das empresas que<br />
compram peças para vender.<br />
Os rácios apresentados neste estudo<br />
resultam de um prospeção de 1.397<br />
empresas, às quais foram analisados os<br />
valores médios das diferentes rubricas<br />
incluídas no balanço e demonstração de<br />
resultados das organizações.<br />
Os rácios são importantes para a gestão<br />
porque conseguem sintetizar apenas<br />
num número uma determinada situação<br />
de um negócio. Ou até mesmo uma<br />
evolução desse negócio, permitindo visualizar<br />
os parâmetros chave da atividade.<br />
Servem para determinar objetivos,<br />
preparar decisões e enquadrar a gestão.<br />
São uma espécie de “semáforo”, que deve<br />
desencadear uma análise e conduzir a<br />
uma determinada decisão. Obviamente,<br />
são, também, um instrumento incontornável<br />
para efetuar comparações com<br />
outros dados disponíveis e calcular as<br />
distâncias em relação às metas próprias,<br />
à concorrência e aos indicadores internacionais,<br />
entre outros.<br />
Para que o estudo pudesse corresponder<br />
ao que se pretendia, foi dividido em<br />
quatro grandes escalões de volume de<br />
negócio:<br />
- Escalão A: Até €500.000<br />
- Escalão B: Mais de €500.000 e até<br />
€2.000.000<br />
- Escalão C: Mais de €2.000.000 e até<br />
€5.000.000<br />
- Escalão D: Acima de €5.000.000<br />
PESO DE CADA ESCALÃO<br />
NO TOTAL DO SETOR<br />
As empresas de maior dimensão crescem mais. Os<br />
escalões com negócio superior a €2.000.000 viram o<br />
seu peso em relação ao total aumentar ao longo dos<br />
últimos quatro anos.<br />
44,8%<br />
13,9%<br />
27,7%<br />
13,5%<br />
2012<br />
47,2%<br />
14,4%<br />
25,5%<br />
12,8%<br />
2013<br />
46,2%<br />
15,9%<br />
25,9%<br />
12,1%<br />
2014<br />
Escalão A: Faturação < €500.000<br />
Escalão B: Faturação > €500.000 e < €2.000.000<br />
Escalão C: Faturação > €2.000.000 e < €5.000.000<br />
Escalão D: Faturação > €5.000.000<br />
46,7%<br />
16,9%<br />
24,2%<br />
12,3%<br />
2015<br />
Em primeiro lugar, refira-se que 67,5%<br />
do setor da distribuição de peças é constituído<br />
por empresas do Escalão A (até<br />
€500.000). O Escalão B inclui 24,3% das<br />
empresas, o Escalão C tem 5,4% e o Escalão<br />
D tem 2,8% das 1.397 empresas<br />
que constituem a amostra.<br />
O dinheiro nas empresas e, em especial,<br />
neste setor das peças, está em bancos,<br />
clientes e existências, uma vez que este<br />
negócio exige grandes recursos de capital.<br />
Por exemplo, em cada €100 vendidos<br />
é necessário gastar, aproximadamente,<br />
€75 em material, pelo que a<br />
quantidade de dinheiro necessário para<br />
investir neste negócio é muito elevada.<br />
Assim, acompanhar de perto a saúde<br />
financeira das empresas, é ainda mais<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
45
MERCADO Observatório Comércio de Peças & Acessórios 2016<br />
importante neste setor da peças.<br />
Podemos dizer que os anos economicamente<br />
difíceis ajudaram as empresas a<br />
repensar as suas estratégias e a melhorar<br />
a qualidade do seu negócio. Tal pode<br />
observar-se através da melhoria dos<br />
rácios de autonomia financeira e endividamento.<br />
As empresas aumentaram a<br />
sua capacidade de se financiarem com<br />
capitais próprias porque libertam mais<br />
resultado. Melhorou a gestão do dinheiro<br />
em bancos e existências, mas para se<br />
dar um salto financeiro verdadeiramente<br />
qualitativo falta melhorar, de forma<br />
expressiva, a gestão das cobranças.<br />
De uma forma geral, podemos concluir<br />
que, em 2015, houve uma pequena melhoria<br />
dos indicadores de saúde financeira<br />
e existiu um maior cuidado com<br />
a gestão financeira, nomeadamente ao<br />
nível dos stocks e clientes. No entanto,<br />
ESTRUTURA EMPRESARIAL<br />
DO SETOR DO COMÉRCIO<br />
DE PEÇAS E ACESSÓRIOS<br />
Mais entradas nos escalões superiores, 8,2%<br />
das empresas fizeram cerca de 64% do volume,<br />
tendência em crescendo.<br />
3,3%<br />
4,4%<br />
26,7%<br />
65,6%<br />
2012<br />
3,3%<br />
4,8%<br />
25,3%<br />
66,6%<br />
2013<br />
3,0%<br />
5,1%<br />
26,0%<br />
65,9%<br />
2014<br />
Escalão A: Faturação < €500.000<br />
Escalão B: Faturação > €500.000 e < €2.000.000<br />
Escalão C: Faturação > €2.000.000 e < €5.000.000<br />
Escalão D: Faturação > €5.000.000<br />
já foi visível uma ligeira redução dos indicadores<br />
de rentabilidade e capital, não<br />
obstante uma redução do custo da dívida,<br />
existe um aumento dos gastos face<br />
a 2014.<br />
2,8%<br />
5,4%<br />
24,3%<br />
67,5%<br />
2015<br />
SAÚDE FINANCEIRA<br />
A informação dos quadros que publicamos<br />
representa o estado atual da saúde<br />
financeira das empresas neste setor do<br />
comércio de peças automóvel. Trata-se<br />
de uma amostra do estudo dos rácios das<br />
empresas do setor de peças independentes,<br />
onde apresentamos os indicadores<br />
da saúde financeira das empresas. O<br />
estudo tem ainda informação relevante<br />
com indicadores de rentabilidade e capital,<br />
com evolução comparativa desde<br />
2012 e faz parte do estudo “Observatório<br />
do Comércio de Peças e Acessórios<br />
2016” da DPAI da ACAP.<br />
As empresas são selecionadas no CAE<br />
453 (Comércio de Peças e Acessórios<br />
para Veículos Automóveis) dedicadas,<br />
exclusivamente, ao comércio de peças e<br />
acessórios, com contas ativas no período<br />
em análise. A totalidade da amostra em<br />
2012, 2013, 2014 e 2015 são 1.125, 1.195,<br />
1.270 e 1.397 empresas, respetivamente.<br />
Os rácios são expressos pelos valores<br />
médios e calculados com base nos Balanços<br />
e DR – Demonstrações de Resultados<br />
- consolidados dentro de cada<br />
escalão.<br />
Os rácios financeiros facilitam a otimização<br />
da proporção de capitais alheios<br />
no financiamento das empresas. Comparando<br />
os valores dos rácios financeiros<br />
com os de outras empresas do<br />
mesmo setor, podemos, igualmente,<br />
averiguar a razoabilidade do nível de<br />
endividamento das empresas. O rácio de<br />
Autonomia Financeira mede o nível de<br />
endividamento das organizações e permite<br />
verificar em que percentagem é que<br />
o Ativo está a ser financiado por Capitais<br />
Próprios. Deverá ser superior a 1/3, caso<br />
contrário, a empresa encontra-se numa<br />
situação difícil, pois dependerá excessivamente<br />
de capitais alheios. O rácio de<br />
Autonomia Financeira é um dos mais<br />
utilizados pelas instituições bancárias<br />
ao apreciarem o risco de uma operação<br />
de crédito.<br />
Os rácios de endividamento são indicadores<br />
utilizados pelos financiadores,<br />
ao procurar avaliar o risco de não cumprimento<br />
do serviço de dívida por parte<br />
das empresas. O rácio de endividamento<br />
indica qual o nível em que uma organização<br />
é financiada por capital alheio.<br />
46 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
LIQUIDEZ GERAL (%)<br />
É notória a evolução positiva nos últimos anos da liquidez disponível<br />
nas empresas, comum a todos os escalões. A Liquidez Geral é um<br />
rácio utilizado na concessão de créditos de curto prazo, sendo o ativo<br />
corrente o que a empresa transforma no prazo inferior a um ano em<br />
dinheiro e o passivo corrente o que a empresa tem de pagar nesse<br />
mesmo período. Pode dizer-se que a empresa está em equilíbrio<br />
financeiro de liquidez quando este rácio é superior a 1, ou seja, o<br />
valor pago é inferior ao valor recebido, sendo o ideal superior a 2.<br />
ROTAÇÃO DE INVENTÁRIOS<br />
No negócio de peças independentes, a dificuldade em obter prazos de<br />
entrega curtos dos fabricantes de peças obriga as empresas a investir em<br />
profundidade no seu stock para poderem ter uma taxa de serviço elevada.<br />
Quanto mais pequena é a empresa, maior é a dificuldade da rotação do<br />
seu inventário.O maior investimento das empresas deste setor é feito<br />
nos seus inventários. É por isso que eles são importantes na gestão.<br />
2012 2013 2014 2015 2012<br />
2013<br />
2014<br />
2015<br />
Escalão A 1,6% 1,6% 1,7% 1,7%<br />
Escalão B 1,7% 1,9% 1,9% 2,0%<br />
Escalão C 1,4% 1,9% 2,1% 2,0%<br />
Escalão D 1,6% 1,4% 1,3% 1,2%<br />
<strong>PME</strong> Excelência 1,9% 2,1% 2,2% 2,3%<br />
Escalão A 1,7% 1,7% 1,9% 1,8%<br />
Escalão B 3,4% 3,6% 3,5% 3,6%<br />
Escalão C 3,9% 3,7% 3,7% 4,0%<br />
Escalão D 4,7% 4,9% 4,6% 4,6%<br />
<strong>PME</strong> Excelência 4,3% 4,6% 4,4% 4,4%<br />
PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS (DIAS)<br />
Uma das maiores preocupações da atividade económica em<br />
geral, são os recebimentos. Existe um esforço visível na melhoria<br />
dos prazos de pagamento, que, mesmo assim, ainda não são<br />
coincidentes com a média dos prazo acordados. Em 2015, existe<br />
uma evolução positiva assinalável em relação ao passado.<br />
AUTONOMIA FINANCEIRA (%)<br />
Um dos rácios mais analisados pela banca, porque nos indica a<br />
capacidade das empresas para fazer face aos seus investimentos,<br />
sem recorrerem a capital alheio. É, de facto, uma grande evolução em<br />
relação a 2012. Apenas o escalão A apresentou algumas dificuldades.<br />
2012 2013 2014 2015 2012<br />
2013<br />
2014<br />
2015<br />
Escalão A 87,4% 90,8% 85,1% 78,3%<br />
Escalão B 87,6% 83,7% 83,7% 81,7%<br />
Escalão C 88,4% 85,5% 82,6% 79,6%<br />
Escalão D 82,8% 78,9% 74,5% 72,1%<br />
<strong>PME</strong> Excelência 76,3% 72,4% 69,4% 66,6%<br />
Escalão A 25,2% 23,9% 23,6% 23,0%<br />
Escalão B 39,6% 42,9% 43,0% 43,4%<br />
Escalão C 23,0% 45,0% 48,7% 49,1%<br />
Escalão D 37,2% 37,7% 37,9% 38,8%<br />
<strong>PME</strong> Excelência 48,2% 51,6% 56,0% 60,6%<br />
ENDIVIDAMENTO (%)<br />
É um rácio muito utilizado para análise de crédito e crédito consolidado,<br />
pois compara o nível de dívida que a empresa contraiu para<br />
financiamento da sua atividade. Um rácio demasiado alto pode inviabilizar<br />
pedidos de financiamento bancário ou consolidação de créditos, uma vez<br />
que o risco é maior. Não é saudável valores acima dos 70%. Exceto no<br />
escalão A, os restantes mostraram níveis de endividamento razoáveis.<br />
RENTABILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS<br />
Indicador de rentabilidade e capital, que informa qual a percentagem<br />
de lucro por cada euro investido. Exceto as empresas do escalão mais<br />
elevado, maior de €5.000.000, todas viram a sua rentabilidade reduzida<br />
em 2015.<br />
2012 2013 2014 2015 2012<br />
2013<br />
2014<br />
2015<br />
Escalão A 74,8% 76,1% 76,4% 77,0%<br />
Escalão B 60,4% 57,1% 57,0% 56,6%<br />
Escalão C 77,0% 55,0% 51,3% 50,9%<br />
Escalão D 62,8% 62,3% 62,1% 61,2%<br />
<strong>PME</strong> Excelência 51,8% 48,4% 44,0% 39,4%<br />
Escalão A -6,2% -6,4% -6,5% -3,2%<br />
Escalão B 4,7% 6,6% 8,6% 8,0%<br />
Escalão C 15,3 % 9,8% 11,4% 10,7%<br />
Escalão D 10,7% 8,1% 11,8% 11,9%<br />
<strong>PME</strong> Excelência 15,5% 17,5% 21,4% 19,7%<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
47
MERCADO AUTOMÓVEL EM PORTUGAL<br />
INDICADORES<br />
PARATODOS<br />
os GOSTOS<br />
Em 2016, por comparação com 2015, as vendas globais de veículos registaram um<br />
crescimento de 15,8%. Já a produção automóvel, teve um abrandamento de 8,6%. E no que<br />
toca a fiscalidade, o setor automóvel continuou a ser uma das “galinhas dos ovos de ouro” do<br />
Estado, ou não tivesse ele gerado receitas de 9.271 mil milhões de euros<br />
48 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
Mesmo num cenário de<br />
desaceleração da procura<br />
em 2016 face a anos<br />
anteriores, a ACAP (Associação<br />
Automóvel de<br />
Portugal) traça perspetivas otimistas no<br />
que às vendas de veículos para os próximos<br />
dois anos diz respeito. Números divulgados<br />
pela associação dão conta que,<br />
em 2016, foram comercializados 247.398<br />
veículos em Portugal, o que representou<br />
um acréscimo de 15,8% face a 2015. A<br />
quase totalidade das transações inseriu-<br />
-se na categoria de ligeiros (242.220 unidades,<br />
ou seja, +15,7%), divididos por<br />
207.330 passageiros (+16,1%) e 34.890<br />
comerciais (+13,1).<br />
Já na área dos pesados, foram vendidos,<br />
segundo dados da ACAP, 5.178 veículos<br />
no ano passado em Portugal, ou seja,<br />
+20,6% do que em 2015. Para este ano,<br />
a ACAP perspetiva um crescimento de<br />
2% nas vendas de ligeiros de passageiros,<br />
prevendo-se que possa ser atingido<br />
o total de 211.000 unidades. Este valor<br />
deverá, de acordo com as previsões da<br />
associação, crescer novamente em 2018,<br />
AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS<br />
IMPORTADOS USADOS<br />
(% no mercado de novos)<br />
10,7<br />
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016<br />
IDADE MÉDIA DOS VEÍCULOS ENTREGUES<br />
PARA ABATE NA REDE VALORCAR<br />
(Anos)<br />
15,6<br />
2006<br />
2007<br />
2008<br />
2009<br />
2010<br />
+17,4%<br />
15,1 15,7 15,6<br />
2011<br />
2012<br />
20,1<br />
2013<br />
25,1<br />
2014<br />
2015<br />
28,3<br />
Fontes: IMT e ACAP<br />
16,5 16,9 16,6 17,3 18,1 18,8 19,4 19,7 20,0 20,7<br />
2016<br />
Fonte: Valorcar<br />
chegando às 218.000 unidades, o que, a<br />
confirmar-se, representaria um crescimento<br />
de 2% face a <strong>2017</strong>. As vendas de<br />
comerciais ligeiros devem igualmente<br />
crescer, prevendo-se que possam chegar<br />
às 36.000 unidades em <strong>2017</strong>, o que<br />
corresponderia a um crescimento de<br />
3%. As previsões para 2018 mantêm-se<br />
na mesma escala, ou seja, novo aumento<br />
de vendas em 3%, perfazendo 37.000 comerciais<br />
ligeiros vendidos.<br />
Produção, exportações, receitas<br />
A produção automóvel em Portugal registou<br />
um abrandamento de 8,6% em<br />
2016 face a 2015, graças ao menor número<br />
de viaturas produzidas (143.096),<br />
entre ligeiros de passageiros, comerciais<br />
ligeiros e pesados. No ano transato, foram<br />
produzidos 99.200 novos ligeiros de<br />
passageiros, o representou uma diminuição<br />
de 14,1% em relação a 2015.No que<br />
aos comerciais ligeiros disse respeito, no<br />
ano passado registou-se um crescimento<br />
de 6,9% face ao ano anterior, traduzido<br />
na produção de 39.712 novos veículos.<br />
Outra categoria em crescimento foi a<br />
VENDAS DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS EM PORTUGAL<br />
(Por tipo de veículos, de 2000 a 2015)<br />
ANOS<br />
LIGEIROS DE<br />
PASSAGEIROS *<br />
TODO-O-TERRENO<br />
LIGEIROS DE<br />
PASSAGEIROS E<br />
TODO-O-TERRENO<br />
COMERCIAIS<br />
LIGEIROS **<br />
TOTAL MERCADO<br />
LIGEIROS<br />
PESADOS DE<br />
MERCADORIAS<br />
AUTOCARROS<br />
TOTAL MERCADO<br />
VEÍCULOS<br />
AUTOMÓVEIS<br />
Unid. % Var. Unid. % Var. Unid. % Var. Unid. % Var. Unid. % Var. % Var. % Var. Unid. % Var. Unid. % Var.<br />
2000 263 381 -3.5 32 109 29.5 295 490 -0.7 115 040 12.5 410 530 2.6 7 424 5.0 927 42.2 418 881 2.7<br />
2001 253 630 -3.7 6 686 -79.2 260 316 -11.9 93 578 -18.7 353 894 -13.8 6 698 -9.8 874 -5.7 361 466 -13.7<br />
2002 225 477 -11.1 3 097 -53.7 228 574 -12.2 76 813 -17.9 305 387 -13.7 4 742 -36.1 694 -25.1 310 823 -14.0<br />
2003 189 134 -16.1 3 171 2.4 192 305 -15.9 66 555 -13.4 258 860 -15.2 3 736 -21.2 558 -19.6 263 154 -15.3<br />
2004 196 614 4.0 3 554 12.1 200 168 4.1 68 707 3.2 268 875 3.9 4 679 25.2 641 14.9 274 195 4.2<br />
2005 201 772 2.6 4 627 30.2 206 399 3.1 66 727 -2.9 273 126 1.6 4 616 -1.3 728 13.6 278 470 1.6<br />
2006 188 781 -6.4 5 826 25.9 194 607 -5.7 64 582 -3.2 259 189 -5.1 5 406 17.1 579 -20.5 265 174 -4.8<br />
2007 195 180 3.4 6 520 11.9 201 700 3.6 68 537 6.1 270 237 4.3 5 644 4.4 725 25.2 276 606 4.3<br />
2008 208 320 6.7 4 974 -23.7 213 294 5.7 55 499 -19.0 268 793 -0.5 5 536 -1.9 798 10.1 275 127 -0.5<br />
2009 155 351 -25.4 5 596 12.5 160 947 -24.5 38 972 -29.8 199 919 -25.6 3 213 -42.0 628 -21.3 203 760 -25.9<br />
2010 214 220 37.9 9 179 64.0 223 399 38.8 45 734 17.4 269 133 34.6 3 130 -2.6 491 -21.8 272 754 33.9<br />
2011 145 852 -31.9 7 552 -17.7 153 404 -31.3 34 963 -23.6 188 367 -30.0 2 665 -14.9 330 -32.8 191 362 -29.8<br />
2012 90 748 -37.8 4 561 -39.6 95 309 -37.9 16 011 -54.2 111 320 -40.9 1 892 -29.0 223 -32.4 113 435 -40.7<br />
2013 101 126 11.4 4 795 5.1 105 921 11.1 18 202 13.7 124 123 11.5 2 392 26.4 174 -22.0 126 689 11.7<br />
2014 136 430 34.9 6 396 33.4 142 826 34.8 26 166 43.8 168 992 36.1 3 126 30.7 239 37.4 172 357 36.0<br />
2015 169 551 24.3 8 952 40.0 178 503 25.0 30 858 17.9 209 361 23.9 4 039 29.2 254 6.3 213 654 24.0<br />
* Inclui desde 2000 Monovolumes com mais de 2.300 kg | ** Foram retirados desde 2000 os Monovolumes com mais de 2.300 kg<br />
Fonte: ACAP<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
49
MERCADO Automóvel em Portugal<br />
Fonte: ACAP<br />
IDADE MÉDIA DO PARQUE AUTOMÓVEL EM PORTUGAL<br />
11,2<br />
10,0<br />
7,4<br />
5,9<br />
11,4<br />
10,5<br />
7,7<br />
6,3<br />
11,6<br />
10,9<br />
6,7<br />
11,8<br />
11,2<br />
6,8<br />
11,9<br />
11,4<br />
8,1 8,3 8,4<br />
7,1<br />
12,0<br />
11,6<br />
8,6<br />
7,4<br />
dos pesados que, com um total de 4.184<br />
novas unidades, alcançou uma subida de<br />
4% face a 2015.<br />
Olhando para os números dos veículos<br />
produzidos pelas fábricas a operar em<br />
Portugal, no ano passado 95% (136.369<br />
unidades) destinou-se à exportação, tendo<br />
“permanecido” apenas 5% (6.727) em<br />
solo nacional. Estes valores, integrando a<br />
área dos componentes, fazem com que o<br />
setor automóvel seja o maior exportador<br />
nacional. O maior destino estrangeiro<br />
continua a ser a Alemanha, absorvendo<br />
23,1% da produção nacional, seguindo-se<br />
Espanha (15,4%), Reino Unido<br />
(11,5%) e Áustria (6,5%). Os mercados<br />
asiáticos foram o destino de 7% das viaturas<br />
exportadas, com a China a receber<br />
a grande fatia de viaturas novas (5,5%).<br />
O setor automóvel continua a dar um<br />
importante contributo para os cofres<br />
do Estado, assegurando 21,6% (9.271<br />
mil milhões de euros) do total de receitas<br />
fiscais (43 mil milhões de euros em<br />
2016).A maior fatia no ano passado teve<br />
origem no IVA dos veículos, com um<br />
total de 3.446 mil milhões de euros. O<br />
ISP (Imposto Sobre Produtos Petrolíferos<br />
e Energéticos) representou 3.259 mil<br />
milhões de euros, seguindo-se-lhe o IVA<br />
dos combustíveis (1.246 mil milhões de<br />
euros) e o ISV (Imposto Sobre Veículos),<br />
que representou 672 mil milhões de euros.<br />
MERCADO E PARQUE AUTOMÓVEL EM PORTUGAL (2015)<br />
(Inclui comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos)<br />
16,5 MIL MILHÕES volume de negócios em euros<br />
28.000 número de empresas (individuais e sociedades)<br />
90.000 número de trabalhadores (emprego direto)<br />
PRODUÇÃO AUTOMÓVEL EM PORTUGAL (2015)<br />
(Fabrico de veículos e componentes)<br />
7,2 MIL MILHÕES volume de negócios em euros<br />
440 número de empresas (sociedades)<br />
34.000 número de trabalhadores (emprego direto)<br />
11,9<br />
11,6<br />
8,0<br />
11,8<br />
11,7<br />
8,9 9,0<br />
8,4<br />
12,3<br />
12,1<br />
9,6<br />
Automóveis Ligeiros Passageiros<br />
Veículos Comerciais Ligeiros<br />
Veículos Pesados Mercadorias<br />
Veículos Pesados Passageiros<br />
FISCALIDADE AUTOMÓVEL (2016)<br />
(Receitas geradas)<br />
3.446 MIL MILHÕES IVA sobre veículos<br />
3.259 MIL MILHÕES Imposto Sobre Produtos Petrolíferos e Energéticos<br />
1.246 MIL MILHÕES IVA sobre combustíveis<br />
672 MILHÕES Imposto Sobre Veículos<br />
310 MILHÕES Imposto Único de Circulação Estado<br />
244 MILHÕES Imposto Único de Circulação Autarquias<br />
93 MILHÕES IVA portagens<br />
9,0<br />
12,8<br />
12,3<br />
10,0<br />
9,6<br />
13,5<br />
12,7<br />
10,5<br />
10,1<br />
14,5<br />
13,9 12,7<br />
13,6<br />
13,2 11,7<br />
11,1 11,2<br />
12,4<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 20113 2012 2013 2014 2015 2016<br />
14,1<br />
10,7<br />
14,6<br />
11,2<br />
14,6<br />
11,6<br />
14,8<br />
15,1<br />
14,3<br />
12,9<br />
12,3<br />
Fonte: INE<br />
Fonte: INE<br />
Fontes: DGO, ENMC e ACAP<br />
IDADE E NÚMERO<br />
DE VEÍCULOS EM<br />
CIRCULAÇÃO<br />
EM PORTUGAL<br />
EM 31-12-2015<br />
Ligeiros de Passageiros – Veículos<br />
Comerciais<br />
Idade Unidades %<br />
LIGEIROS DE PASSAGEIROS (1)<br />
Idade média (anos) 12,4 ___<br />
Até 1 ano 164,806 3.6<br />
De 1 a 2 anos 139,860 3.1<br />
De 2 a 3 anos 106,722 2.4<br />
De 3 a 4 anos 103,096 2.3<br />
De 4 a 5 anos 168,308 3.7<br />
De 5 a 10 anos 1,061,742 23.4<br />
De 10 a 15 anos 1,141,908 25.1<br />
De 15 a 20 anos 1,033,135 22.8<br />
Mais de 20 anos 618,423 13.6<br />
Total 4,538,000 100.0<br />
COMERCIAIS LIGEIROS (2)<br />
Idade média (anos) 12,7 ___<br />
Até 1 ano 25 834 2.4<br />
De 1 a 2 anos 25 446 1.7<br />
De 2 a 3 anos 18 214 1.5<br />
De 3 a 4 anos 15 009 3.2<br />
De 4 a 5 anos 33 324 4.2<br />
De 5 a 10 anos 253 263 26.0<br />
De 10 a 15 anos 327 713 31.6<br />
De 15 a 20 anos 294 434 21.7<br />
Mais de 20 anos 116 763 7.8<br />
Total 1 110 000 100.0<br />
PESADOS DE MERCADORIAS<br />
Idade média (anos) 14,8 ___<br />
Até 1 ano 4 209 4.1<br />
De 1 a 2 anos 3 673 3.0<br />
De 2 a 3 anos 2 687 2.3<br />
De 3 a 4 anos 2 021 3.5<br />
De 4 a 5 anos 3 109 4.7<br />
De 5 a 10 anos 25 824 20.1<br />
De 10 a 15 anos 24 533 19.9<br />
De 15 a 20 anos 23 120 16.8<br />
Mais de 20 anos 29 824 25.6<br />
Total 119 000 100.0<br />
(1) Inclui Todo-o-Terreno<br />
(2) Inclui furgões de passageiros<br />
50 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
PARQUE AUTOMÓVEL EM PORTUGAL<br />
Automóveis Ligeiros de Passageiros, Veículos Comerciais Ligeiros e Pesados<br />
Parque Automóvel em Portugal<br />
Anos<br />
Ligeiros de Passageiros<br />
e Todo-o-Terreno<br />
Veículos<br />
Comerciais Ligeiros (*)<br />
Veículos Pesados<br />
Total<br />
Unidades % Unidades % Unidades % Unidades<br />
2000 3 593 000 75.6 1 008 000 21.2 149 000 3.1 4 750 000<br />
2001 3 746 000 75.6 1 057 000 21.3 154 000 3.1 4 957 000<br />
2002 3 885 000 75.6 1 095 000 21.3 158 000 3.1 5 138 000<br />
2003 3 966 000 75.7 1 119 000 21.4 156 100 3.0 5 241 100<br />
2004 4 100 000 75.8 1 150 000 21.3 155 700 2.9 5 405 700<br />
2005 4 200 000 76.0 1 170 000 21.2 153 270 2.8 5 523 270<br />
2006 4 290 000 76.3 1 184 000 21.0 151 000 2.7 5 625 000<br />
2007 4 379 000 76.5 1 198 000 20.9 150 100 2.6 5 727 100<br />
2008 4 408 000 76.6 1 200 000 20.8 149 400 2.6 5 757 400<br />
2009 4 457 000 76.7 1 204 000 20.7 148 500 2.6 5 809 500<br />
2010 4 480 000 76.8 1 205 000 20.7 147 600 2.5 5 832 600<br />
2011 4 522 000 77.0 1 206 000 20.5 145 000 2.5 5 873 000<br />
2012 4 497 000 77.4 1 170 000 20.1 140 100 2.4 5 807 100<br />
2013 4 480 000 77.9 1 137 000 19.8 136 200 2.4 5 753 200<br />
2014 4 496 000 78.2 1 118 000 19.5 133 500 2.3 5 747 500<br />
2015 4 538 000 78.5 1 110 000 19.2 133 700 2.3 5 781 700<br />
PARQUE E DENSIDADE AUTOMÓVEL EM PORTUGAL EM 31-12-2015<br />
Ligeiros de Passageiros – Veículos Comerciais<br />
Distritos<br />
Ligeiros<br />
de Passageiros<br />
e Todo-o-terreno<br />
Comerciais<br />
Ligeiros<br />
Total Ligeiros<br />
Pesados de<br />
Mercadorias<br />
Pesados de<br />
Passageiros<br />
Total Veículos<br />
Automóveis<br />
Habitantes por:<br />
Ligeiro Veículo<br />
Passageiros Automóvel ( * )<br />
Aveiro 322 066 91 053 413 119 9 802 1 083 424 005 2.2 1.7<br />
Beja 61 656 23 437 85 093 1 272 169 86 534 2.4 1.7<br />
Braga 367 970 95 902 463 872 8 024 1 197 473 093 2.3 1.8<br />
Bragança 56 415 28 793 85 209 1 808 215 87 232 2.4 1.5<br />
Castelo Branco 81 193 31 811 113 004 2 173 452 115 629 2.4 1.7<br />
Coimbra 191 147 52 867 244 014 5 008 807 249 828 2.2 1.7<br />
Évora 70 037 21 259 91 295 1 715 211 93 222 2.3 1.8<br />
Faro 214 778 60 620 275 399 4 009 416 279 824 2.1 1.6<br />
Guarda 73 971 24 558 98 529 2 592 184 101 306 2.1 1.5<br />
Leiria 231 022 70 137 301 159 10 229 1 070 312 458 2.0 1.5<br />
Lisboa 1 016 068 174 627 1 190 695 27 178 2 671 1 220 543 2.2 1.8<br />
Portalegre 48 059 16 617 64 676 1 416 125 66 217 2.4 1.7<br />
Porto 719 560 139 931 859 491 14 768 1 713 875 973 2.5 2.1<br />
Santarém 191 923 72 842 264 766 7 516 658 272 940 2.3 1.6<br />
Setúbal 338 212 56 529 394 741 6 035 1 390 402 165 2.5 2.1<br />
Viana do Castelo 110 815 26 016 136 831 2 629 278 139 739 2.2 1.7<br />
Vila Real 88 606 28 771 117 377 2 181 321 119 880 2.3 1.7<br />
Viseu 162 159 55 474 217 633 6 484 697 224 814 2.3 1.7<br />
Continente 4 345 658 1 071 246 5 416 903 114 839 13 660 5 545 402 2.3 1.8<br />
Açores 90 467 21 966 112 433 1 863 534 114 831 2.7 2.2<br />
Madeira 101 875 16 789 118 664 2 298 506 121 468 2.6 2.2<br />
Total 4 538 000 1 110 000 5 648 000 119 000 14 700 5,781,700 2.3 1.8<br />
(*) Não inclui ciclomotores, motociclos e quadriciclos Fonte: ACAP<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
51
MERCADO PNEUS<br />
SALDO<br />
POSITIVO<br />
Em 2016, o mercado de substituição de<br />
pneus ligeiros e pesados em Portugal<br />
encerrou com saldo positivo. Segundo dados<br />
do Europool, o crescimento face a 2015 foi<br />
de 4,6% e 4,5%, respetivamente<br />
De acordo com o Europool, entidade a que reportam as marcas<br />
de pneus que tenham, pelo menos, uma fábrica instalada em<br />
solo europeu, em 2016, no que ao mercado de substituição disse<br />
respeito, venderam-se, em Portugal, no segmento Consumer,<br />
2.999.448 pneus (+4,6% do que em 2015), dos quais 2.574.585<br />
ligeiros de passageiros (+5,3%), 183.229 4x4 (-6,8%) e 241.634<br />
comerciais ligeiros (+7,4%). Já nos pesados, o volume total, em<br />
2016, foi de 191.769 unidades (+4,5% do que em 2015), dividido<br />
por 47.953 pneus de tração (+7,3%), 81.208 pneus de direção<br />
(+2%) e 62.608 pneus de reboque (+5,6%).<br />
LIGEIROS<br />
2016 2015 VARIAÇÃO<br />
Premium passageiros 1.282.549 1.233.526 +4%<br />
Premium comerciais 85.865 91.183 -5,8%<br />
Premium 4x4 118.968 152.952 -22,2%<br />
Total Consumer Premium 1.487.382 1.477.661 +0,7%<br />
Quality passageiros 427.263 419.036 +2%<br />
Quality comerciais 65.525 58.713 +11,6%<br />
Quality 4x4 26.328 33.101 -20,5%<br />
Total Consumer Quality 519.116 510.850 +1,6%<br />
Budget passageiros 829.090 787.023 +5,3%<br />
Budget comerciais 78.934 75.034 +5,2%<br />
Budget 4x4 4.247 10.518 -59,6%<br />
Total Consumer Budget 912.271 872.575 +4,5%<br />
Passageiros 2.574.585 2.445.835 +5,3%<br />
Comerciais 241.634 224.930 +7,4%<br />
4x4 183.229 196.571 -6,8%<br />
Total R3 73.461 0 0<br />
Total Basket 7.218 6.250 +4,6%<br />
TOTAL CONSUMER 2.999.448 2.867.336 +4,6%<br />
PESADOS<br />
2016 2015 VARIAÇÃO<br />
Drive Premium 33.125 33.579 -1,4%<br />
Drive Não Premium 12.819 11.099 +15,5%<br />
Total Drive 47.953 44.678 +7,3%<br />
Steer Premium 55.453 58.340 -4,9%<br />
Steer Não Premium 21.345 21.249 +0,5%<br />
Total Steer 81.208 79.589 +2%<br />
Trailer Premium 42.623 43.385 -1,8%<br />
Trailer Não Premium 16.074 15.892 +1,1%<br />
Total Trailer 62.608 59.277 +5,6%<br />
Total Premium 131.201 135.304 -3%<br />
Total Não Premium 50.238 48.240 +4,1%<br />
Total R3 10.314 0 0<br />
Total Basket 16 0 0<br />
TOTAL M&H TRUCK 191.769 183.544 +4,5%<br />
Fonte: Europool<br />
52 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
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MERCADO O OBSERVADOR CETELEM <strong>2017</strong><br />
AUTOMÓVEL<br />
no CENTRO<br />
do MUNDO<br />
Indispensável para muitos, indiferente para poucos, a verdade é que o automóvel<br />
está no centro do mundo. O estudo d’O Observador Cetelem <strong>2017</strong> analisa o ponto de vista<br />
dos condutores e revela dados curiosos na forma como estes encaram e se relacionam com<br />
o seu meio de transporte preferido. Será que adoramos, mesmo, o nosso automóvel?<br />
Presente em Portugal desde<br />
1993, o BNP Paribas Personal<br />
Finance, especialista<br />
no financiamento a particulares,<br />
pertence ao Grupo<br />
BNP Paribas. Em 2010, a fusão com o<br />
Credifin deu origem à criação do Banco<br />
BNP Paribas Personal Finance, S.A., que<br />
opera sob a marca comercial Cetelem.<br />
Com cerca de 600 colaboradores, esta<br />
nova entidade posiciona-se como líder<br />
de mercado em Portugal no crédito a<br />
particulares. A operar também no ramo<br />
automóvel, a Cetelem criou o Observador,<br />
que faz a análise do mercado<br />
automóvel a nível mundial.<br />
As análises económicas e de marketing,<br />
bem como as previsões, foram realizadas<br />
em colaboração com a empresa de<br />
estudos e consultoria BIPE (www.bipe.<br />
com). Os inquéritos quantitativos aos<br />
consumidores foram conduzidos pela<br />
TNS Sofres, durante o mês de junho de<br />
2016, em 15 países: África do Sul (ZA);<br />
Alemanha (DE); Bélgica (BE); Brasil<br />
(BR); China (CN); Espanha (ES); Estados<br />
Unidos da América (US); França<br />
(FR); Itália (IT); Japão (JP); México<br />
(MX); Polónia (PL); Portugal (PT);<br />
Reino Unido (UK); Turquia (TR). No<br />
total, foram inquiridos mais de 8.500<br />
proprietários de automóveis. O inqué-<br />
rito qualitativo foi efetuado, em junho<br />
de 2016, pela empresa Harris Interactive,<br />
junto de 30 automobilistas franceses,<br />
que foram convidados a transmitir a sua<br />
opinião durante oito dias, num fórum<br />
online.<br />
Intitulado “Adoro o meu automóvel”, o<br />
Caderno Automóvel d’O Observador<br />
Cetelem <strong>2017</strong> analisa o ponto de vista<br />
dos condutores e revela dados curiosos<br />
na forma como estes encaram e se relacionam<br />
com o seu meio de transporte<br />
preferido. Ao longo das próximas páginas,<br />
publicamos diversos estudos que<br />
consideramos relevantes para esta edição<br />
de <strong>2017</strong> da <strong>Revista</strong> das <strong>PME</strong>.<br />
54 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
EM PORTUGAL, A EVOLUÇÃO<br />
DO PREÇO DO PETRÓLEO NÃO<br />
TEM OU PRATICAMENTE NÃO TEM<br />
QUALQUER CONSEQUÊNCIA NA<br />
UTILIZAÇÃO DO AUTOMÓVEL POR PARTE<br />
DOS PORTUGUESES. JÁ QUANDO O<br />
PREÇO DO PETRÓLEO ESTÁ BAIXO,<br />
43% DOS CONDUTORES NACIONAIS<br />
CIRCULA MAIS COM O SEU<br />
AUTOMÓVEL E DESFRUTA MAIS<br />
DA SUA VIATURA<br />
PREÇO DO COMBUSTÍVEL NÃO INFLUENCIA A UTILIZAÇÃO<br />
DO AUTOMÓVEL PELOS PORTUGUESES<br />
A evolução do preço do petróleo não tem consequências na utilização que 57% dos portugueses<br />
fazem do automóvel. Ainda que 43% dos condutores nacionais inquiridos admitam<br />
que têm tendência a desfrutar mais da viatura quando o preço do combustível está baixo,<br />
mais de metade circulam com o automóvel independentemente das alterações nos valores<br />
do petróleo. Os portugueses são, no entanto, mais afetados pelo preço do combustível do<br />
que outros países analisados. É no Reino Unido (84%), Bélgica (81%), Alemanha (76%),<br />
França (76%) e Estados Unidos da América (76%) que os valores cobrados pelo combustível<br />
menos afetam a circulação automóvel, na medida em que os condutores se mostram<br />
mais indiferentes a este fator.<br />
IMPORTÂNCIA DO CRITÉRIO “CONSUMO DE<br />
COMBUSTÍVEL” NO MOMENTO DE COMPRA<br />
Os portugueses e os polacos são, na Europa, os que mais se preocupam com o consumo<br />
de combustível na hora de adquirir um veículo, ainda que este critério seja importante<br />
para a generalidade dos condutores. 60% dos condutores nacionais coloca o consumo<br />
nos três principais critérios de compra de automóvel, apenas ultrapassados pelos turcos<br />
(62%) e sul-africanos (66%). Em comparação, são os belgas, os franceses (42%) e os chineses<br />
(31%) que menos consideram o consumo de combustível quando compram um<br />
veículo. O preço surge, para a grande maioria dos países, como o fator mais importante a<br />
ter em conta quando se adquire um automóvel. Em Portugal, 70% coloca o preço nos três<br />
principais critérios de compra, antes do consumo (60%) e da segurança/comportamento<br />
da viatura (50%). Seguem-se-lhes o conforto interior (21%) e a potência/performance<br />
(20%). Já quanto à marca da viatura, por exemplo, apenas é tida em conta por 18% dos<br />
condutores portugueses como um dos três critérios de compra principais, um dos valores<br />
mais baixos dos 15 países analisados (média de 20%). Também são os portugueses que<br />
menos colocam em primeiro lugar o estilo e o design da viatura (14% vs média de 18%),<br />
o impacto ambiental (7% vs média de 10%) e o país de produção (2% vs média de 5%).<br />
OS PORTUGUESES SÃO,<br />
NA EUROPA, DOS QUE<br />
MAIS SE PREOCUPAM<br />
COM O CONSUMO DE<br />
COMBUSTÍVEL NA HORA<br />
DE ADQUIRIR UM<br />
AUTOMÓVEL (96%). 60%<br />
DOS CONDUTORES<br />
NACIONAIS COLOCA<br />
MESMO O CONSUMO<br />
NOS TRÊS PRINCIPAIS<br />
CRITÉRIOS DE COMPRA DE<br />
VIATURA<br />
MÉDIA 15 PAÍSES<br />
93% 51%<br />
98%<br />
96% 96% 96%<br />
95%<br />
93%<br />
92%<br />
92%<br />
89%<br />
90%<br />
87% 88%<br />
60% 60%<br />
56%<br />
54%<br />
54%<br />
53%<br />
49%<br />
46%<br />
45%<br />
43%<br />
42%<br />
95% 96% 95%<br />
66%<br />
62%<br />
58%<br />
31%<br />
% IMPORTANTE % NO TOP 3<br />
BE<br />
DE ES FR IT PL PT UK JP US BR CN MX TR ZA<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
55
MERCADO O Observador Cetelem <strong>2017</strong><br />
OPINIÃO ALGO OU MUITO POSITIVA SOBRE OS SERVIÇOS<br />
DE CONSUMO COLABORATIVO E DE PARTILHA<br />
Os portugueses com menos de 50 anos são os mais entusiastas dos modelos de partilha<br />
de serviços de consumo, como a partilha de automóvel ou de apartamento, com<br />
84% a manifestar uma opinião favorável, um valor superior à média europeia (73%).<br />
A mesma tendência é seguida pelos seniores portugueses. 72% tem uma opinião positiva<br />
sobre este tipo de serviços, um valor que surpreende quando comparado com os<br />
restantes seniores europeus (61%). A partilha de automóvel é o serviço mais utilizado<br />
pelos portugueses no que diz respeito às formas de economia colaborativa. E é, também,<br />
o que desperta maior interesse entre os seniores portugueses. Apenas os seniores<br />
polacos (47%) e espanhóis (42%) têm mais interesse pela partilha de automóvel do que<br />
os portugueses (41%), enquanto as gerações de portugueses com menos de 50 anos são<br />
mesmo as mais entusiastas desta prática na Europa (53%). No que diz respeito à partilha<br />
de casa, os portugueses, apesar de revelarem um interesse superior à média europeia<br />
(31% vs 27%), não aderiram ainda a este serviço de economia colaborativa enquanto<br />
utilizadores. Com apenas 2% de utilizadores seniores e 6% não seniores em Portugal,<br />
comparativamente a 3% e 9%, respetivamente, na Europa. De uma forma geral, a partilha<br />
de casa é a forma de economia colaborativa menos popular.<br />
OS PORTUGUESES COM<br />
MENOS DE 50 ANOS (NÃO<br />
SENIORES) SÃO OS MAIS<br />
ENTUSIASTAS DOS MODELOS DE<br />
PARTILHA DE SERVIÇOS DE CONSUMO,<br />
COMO A PARTILHA DE AUTOMÓVEL<br />
OU DE APARTAMENTO, COM 84%.<br />
A MESMA TENDÊNCIA É SEGUIDA<br />
PELOS SENIORES PORTUGUESES,<br />
COM 72% A TER UMA OPINIÃO<br />
POSITIVA SOBRE ESTE TIPO<br />
DE SERVIÇOS<br />
4% 6% 8% 9% 10% 11% 13% 14% 15% 18% 22% 23% 27%<br />
80<br />
76<br />
78<br />
72<br />
76<br />
84<br />
69<br />
60<br />
66<br />
76<br />
67<br />
78<br />
72<br />
84<br />
46<br />
60<br />
49<br />
64<br />
52<br />
70<br />
47<br />
69<br />
61<br />
66<br />
38<br />
39<br />
SENIORES<br />
NÃO SENIORES<br />
IT<br />
ES<br />
FR<br />
DE<br />
BE<br />
DK<br />
PT<br />
HU<br />
CZ<br />
PL<br />
SK<br />
RO<br />
UK<br />
MÉDIA 15 PAÍSES<br />
84%<br />
OS PORTUGUESES SÃO<br />
OS EUROPEUS QUE MAIS<br />
ADORAM CONDUZIR (91%). DAS<br />
VÁRIAS DIMENSÕES ATRIBUÍDAS AO<br />
AUTOMÓVEL, POUPAR TEMPO É A<br />
QUE REÚNE O CONSENSO DE MAIS<br />
CONDUTORES NACIONAIS (97%).72%<br />
DOS PORTUGUESES ASSOCIA A VIATURA<br />
A UM OBJETO DE PRAZER, 68% A UMA<br />
MARCA DE MODERNIDADE, 64%<br />
A UM OBJETO DE LUXO/SONHO<br />
E 61% A UM SÍMBOLO<br />
DE SUCESSO SOCIAL<br />
ADORO CONDUZIR<br />
Os portugueses são os europeus que mais adoram conduzir (91%), a par com os polacos,<br />
encontrando-se, também, entre as nacionalidades que mais gostam de conduzir no seio dos<br />
países analisados. Das várias dimensões atribuídas ao automóvel, poupar tempo é a que<br />
reúne o consenso de mais condutores nacionais (97%), seguindo-se a liberdade, a independência<br />
e a autonomia proporcionadas pela posse de um veículo (91%). Para os condutores<br />
nacionais inquiridos, a viatura assume, sobretudo, características positivas. Associam-na<br />
a um objeto de prazer (72%), a uma marca de modernidade (68%), a um objeto de luxo/<br />
sonho (64%) e a um símbolo de sucesso social (61%). Apenas 15% revela que a viatura vai<br />
tornar-se num objeto obsoleto e pertencente ao passado. No que diz respeito aos aspetos<br />
menos positivos, 92% dos automobilistas portugueses refere que considera a viatura cara e<br />
82% associa-a a poluição, o valor mais elevado entre os 15 países analisados.<br />
81%<br />
89%<br />
83%<br />
81%<br />
83%<br />
91% 91%<br />
75%<br />
66%<br />
69%<br />
88%<br />
95%<br />
93%<br />
95% 89%<br />
BE<br />
DE<br />
ES<br />
FR<br />
IT<br />
PL<br />
PT<br />
UK<br />
JP<br />
US<br />
BR<br />
CN MX TR<br />
ZA<br />
56 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
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MERCADO O Observador Cetelem <strong>2017</strong><br />
MERCADO AUTOMÓVEL PORTUGUÊS É O QUE<br />
MAIS DEVE CRESCER EM <strong>2017</strong><br />
Portugal é dos países que apresenta o maior crescimento no mercado de<br />
veículos particulares novos (VPN). De acordo com as previsões, será mesmo<br />
o país que mais crescerá em <strong>2017</strong>. Este ano, o mercado nacional deverá<br />
chegar às 215.000 unidades e apresentar um crescimento de 6,4%. No top dos<br />
países com previsão de maior crescimento em <strong>2017</strong>, estão, depois de Portugal,<br />
a China e a Itália, com variações de 6% e 5%, respetivamente. De uma<br />
forma global, o mercado automóvel apresenta um bom comportamento.<br />
Entre 2009 e 2015, o mercado mundial de automóveis particulares e de veículos<br />
ligeiros cresceu cerca de 40%. Em 2015, registaram-se 87 milhões de<br />
veículos novos desta categoria, ultrapassando os valores de 2007, o ano pré-<br />
-crise, em que foram vendidos 68,5 milhões de veículos ligeiros novos. Em<br />
Portugal, a recuperação do mercado automóvel verifica-se apenas a partir<br />
de 2012, ano em que se registaram 95.290 veículos particulares novos. Este<br />
número aumentou, progressivamente, nos anos seguintes: 105.921 (2013),<br />
142.993 (2014), 178.496 (2015), 202.000 (estimativas para 2016) e 215.000<br />
(estimativas para <strong>2017</strong>).<br />
PORTUGAL É DOS PAÍSES QUE<br />
APRESENTA O MAIOR CRESCIMENTO<br />
NO MERCADO DE VEÍCULOS<br />
PARTICULARES NOVOS (VPN). DE<br />
ACORDO COM AS PREVISÕES, SERÁ<br />
MESMO O PAÍS QUE MAIS CRESCERÁ<br />
EM <strong>2017</strong>. ESTE ANO, O MERCADO<br />
NACIONAL DEVERÁ CHEGAR ÀS<br />
215.000 UNIDADES E APRESENTAR<br />
UM CRESCIMENTO DE 6,4%<br />
85,6<br />
87<br />
82,5<br />
ENTRE 2009 E 2015<br />
68,5<br />
79,3<br />
+39,9%<br />
66,3<br />
74,8<br />
65,1<br />
64<br />
71,0<br />
62,2<br />
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015<br />
Em milhões de<br />
veículos ligeiros<br />
2010<br />
2015<br />
EM PORTUGAL, A QUOTA DE<br />
MERCADO DOS VEÍCULOS 100%<br />
ELÉTRICOS CHEGA AOS 0,7%. NO<br />
CASO DOS VIATURAS HÍBRIDAS,<br />
A QUOTA CHEGA AOS 1,3%.<br />
VALORES QUE VÃO, DE RESTO,<br />
AO ENCONTRO DA OPINIÃO<br />
POSITIVA QUE OS PORTUGUESES<br />
TÊM DESTES DOIS TIPOS DE<br />
MOTORIZAÇÃO<br />
1,9%<br />
0,7%<br />
0,4% 1,4% 1,5%<br />
0,7%<br />
0,5%<br />
3,3%<br />
11,4%<br />
1,7% 1,3% 0,7%<br />
1,1% 1,7%<br />
0,2%<br />
QUOTA DE MERCADO DOS VEÍCULOS HÍBRIDOS<br />
Em Portugal, a quota de mercado dos veículos 100% elétricos já chega aos<br />
0,7%, um valor bastante próximo de França (1%), país que se destaca na venda<br />
deste tipo de viaturas. No caso dos veículos híbridos, a quota de mercado<br />
em Portugal é de 1,3%. Estes valores vão ao encontro da opinião positiva<br />
que os portugueses têm destes dois tipos de motorização – híbridos (7.4/10)<br />
21,3%<br />
e 100% elétricos (7.1/10) – aos quais atribuem uma nota<br />
superior à média dos 15 países analisados. Ainda assim,<br />
são os veículos com motor Diesel que reúnem a nota mais<br />
alta atribuída pelos automobilistas portugueses (7.8/10),<br />
um valor bastante superior ao da média dos 15 países que<br />
fazem parte do estudo (6.6/10). De acordo com o estudo,<br />
a questão da autonomia e as limitações das infraestruturas<br />
de carregamento são dos principais motivos que impedem<br />
os modelos elétricos de ultrapassarem completamente<br />
os combustíveis tradicionais (gasóleo e gasolina).<br />
Para os portugueses, os veículos a gasolina<br />
ocupam a 5.ª posição (6.3/10), atrás dos<br />
veículos movidos a biocombustível e flex<br />
2,2% 2,5% 0,0% 0,4%<br />
BE DE ES FR IT PT** UK<br />
JP US* CN*<br />
* US e CN 2011 ** PT e ES 2014<br />
fuel (6.4/10), evidenciando como os condutores<br />
nacionais têm pior opinião dos<br />
automóveis a gasolina do que os restantes<br />
15 países analisados (6.6/10). Por fim,<br />
posicionam-se os veículos a gás (GLP/<br />
GNV), aos quais os portugueses atribuem<br />
a classificação mais baixa (6.2/10).<br />
58 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
SERÁ A VIATURA SINÓNIMO DE POLUIÇÃO?<br />
A preocupação ambiental não é um critério que os portugueses tenham especialmente em<br />
conta na hora de comprar um automóvel. Apenas 7% consideram este critério importante<br />
quando decidem adquirir uma nova viatura. No entanto, para 84% dos portugueses,<br />
automóveis e motos são sinónimo de poluição, um valor acima da média dos 15 países<br />
analisados (70%). Questionados sobre várias dimensões associadas ao automóvel, a<br />
grande maioria dos portugueses refere que este é sinónimo de poluição. 58% concorda<br />
e 26% concorda completamente com esta afirmação, valores superiores à média dos 15<br />
países. Apenas 16% dos automobilistas nacionais afirmam não concordar que as viaturas<br />
sejam poluentes, em comparação com uma média geral de 30%. De modo oposto,<br />
são os japoneses (42%) e os alemães (51%) que menos associam a poluição à viatura.<br />
Apesar de considerarem a viatura um objeto poluente, o impacto ambiental é um critério<br />
que apenas 7% dos portugueses indica como um dos três fatores mais importantes no momento<br />
da compra do seu veículo. São os italianos (17%) os que atribuem maior prioridade<br />
a este critério, enquanto a média dos 15 países situa-se nos 10%.<br />
A PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL<br />
NÃO É UM CRITÉRIO QUE OS<br />
PORTUGUESES TENHAM ESPECIAL-<br />
MENTE EM CONTA NA HORA<br />
DE COMPRAR UM AUTOMÓVEL.<br />
APENAS 7% CONSIDERAM ESTE<br />
CRITÉRIO IMPORTANTE QUANDO DECI-<br />
DEM ADQUIRIR UMA NOVA VIATURA.<br />
NO ENTANTO, PARA 84% DOS PORTU-<br />
GUESES, AUTOMÓVEIS E MOTOS<br />
SÃO SINÓNIMO DE POLUIÇÃO, UM<br />
VALOR ACIMA DA MÉDIA DOS 15<br />
PAÍSES ANALISADOS (70%)<br />
NÍVEL DE LIGAÇÃO DE EQUIPAMENTOS<br />
Portugal é o país europeu onde se regista o nível mais elevado de ligação ao telemóvel<br />
(7 valores, numa escala de 1 a 10), superando a sua ligação ao automóvel<br />
(6.8 valores). Ainda assim, a ligação dos portugueses ao automóvel é superior à<br />
dos belgas, franceses, italianos e britânicos, mas abaixo de países como Alemanha,<br />
Polónia e Espanha. Quando questionados sobre o que mudou no automóvel nos<br />
últimos anos, os portugueses acreditam que as viaturas se tornaram mais essenciais<br />
(57%), mas, também, mais bonitas (68%), fazendo sonhar mais do que antigamente<br />
(51%). Também a maioria dos polacos (58%) e dos espanhóis (54%) considera<br />
o automóvel mais indispensável hoje, embora em<br />
países fora da Europa, como China, África<br />
do Sul e Turquia, esta opinião seja ainda<br />
mais vincada. No futuro, o automóvel<br />
continuará a ter um papel relevante<br />
para os portugueses. 62% dos<br />
automobilistas nacionais afirma<br />
que, dentro de 10 anos, o<br />
automóvel será tão essencial<br />
como atualmente, com 20%<br />
dos inquiridos a responder<br />
que será ainda mais importante.<br />
Pelo contrário, 18%<br />
acredita que o automóvel será<br />
menos importante daqui a<br />
10 anos.<br />
PORTUGAL É O PAÍS<br />
EUROPEU ONDE SE REGISTA O<br />
NÍVEL MAIS ELEVADO DE LIGAÇÃO<br />
AO TELEMÓVEL (7 VALORES, NUMA<br />
ESCALA DE 1 A 10), SUPERANDO A SUA<br />
LIGAÇÃO AO AUTOMÓVEL (6.8 VALORES).<br />
QUANDO QUESTIONADOS SOBRE O QUE<br />
MUDOU NO AUTOMÓVEL NOS ÚLTIMOS<br />
ANOS, OS PORTUGUESES ACREDITAM<br />
QUE AS VIATURAS SE TORNARAM<br />
MAIS ESSENCIAIS (57%), MAS, TAMBÉM,<br />
MAIS BONITAS (68%), FAZENDO<br />
SONHAR MAIS DO QUE<br />
ANTIGAMENTE (51%)<br />
6,3%<br />
TELEMÓVEL<br />
AUTOMÓVEL<br />
AUTOMÓVEL<br />
1<br />
2 3<br />
7,2%<br />
FR<br />
UK<br />
6,7%<br />
7,3%<br />
TELEMÓVEL<br />
1<br />
5,9%<br />
TELEVISÃO<br />
5,9%<br />
2 3<br />
CN<br />
BE<br />
JP<br />
ZA<br />
US<br />
ES<br />
TR<br />
DE<br />
PL<br />
MX<br />
TELEVISÃO<br />
BR<br />
IT<br />
PT<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
59
MERCADO O Observador Cetelem <strong>2017</strong><br />
QUOTA DE MERCADO DAS MARCAS PREMIUM<br />
Em Portugal, as marcas premium representam 24% das<br />
vendas de veículos novos. Apenas a Alemanha (29%), o<br />
Reino Unido (27%) e a Bélgica (27%) apresentam quotas<br />
de mercado mais elevadas para marcas topo de gama, entre<br />
os 15 países analisados. No que diz respeito aos modelos,<br />
as berlinas e as carrinhas são, no geral, os tipos de carroçaria<br />
que mais conquistam os automobilistas nacionais. É<br />
na Europa que as marcas premium são mais representadas,<br />
com um mercado apoiado, essencialmente, pelas empresas,<br />
através de soluções de financiamento e aluguer de longa<br />
duração. Este estudo aponta ainda outros fatores que levam<br />
ao crescimento das marcas topo de gama, como a aposta<br />
em modelos alternativos à tradicional berlina, o que parece<br />
cativar novos segmentos de consumidores. As berlinas<br />
(44%) e carrinhas (21%) são, no geral, as carroçarias que<br />
reúnem mais utilizadores em Portugal, seguindo-se os monovolumes<br />
(10%). Os restantes países analisados também<br />
utilizam, sobretudo, as berlinas (57%), mas optam menos<br />
do que os portugueses pelas carrinhas (11%), que surgem<br />
20%<br />
27%<br />
24%<br />
22%<br />
em segundo lugar, juntamente com os SUV (11%). Os<br />
restantes tipos de veículos conduzidos pelos portugueses<br />
são SUV (7%), coupés/cabriolets (6%), combispaces<br />
(6%) e outros, como os utilitários (6%).<br />
No que diz respeito às intenções de<br />
compra dos portugueses para os<br />
próximos dois anos, as berlinas<br />
(19%) e carrinhas (15%)<br />
continuam a dominar as<br />
preferências, seguidos<br />
pelos SUV (9%). Os valores<br />
são, no entanto,<br />
inferiores às intenções<br />
de compra destes modelos<br />
nos 15 países<br />
analisados, exceto no<br />
caso das carrinhas: berlinas<br />
(36%); SUV (19%);<br />
carrinhas (11%).<br />
EM PORTUGAL,<br />
AS MARCAS PREMIUM<br />
REPRESENTAM 24% DAS VENDAS<br />
DE VEÍCULOS NOVOS. AS BERLINAS<br />
(44%) E CARRINHAS (21%) SÃO, NO<br />
GERAL, AS CARROÇARIAS QUE<br />
REÚNEM MAIS UTILIZADORES EM<br />
PORTUGAL, SEGUINDO-SE OS<br />
MONOVOLUMES (10%). OS RESTANTES<br />
TIPOS DE VEÍCULOS CONDUZIDOS<br />
PELOS PORTUGUESES SÃO SUV (7%),<br />
COUPÉS/CABRIOLETS (6%),<br />
COMBISPACES (6%) E OUTROS,<br />
COMO OS UTILITÁRIOS<br />
(6%)<br />
27% 28% 29% 13% 15% 8%<br />
12% 11%<br />
14%<br />
11%<br />
7%<br />
15%<br />
6% 11% 12% 13% 13%<br />
3%<br />
1% 3% 10% 4%<br />
10%<br />
3% 8%<br />
6%<br />
BE DE ES FR IT PL PT UK JP US BR CN MX TR ZA* 2010 2015 * ZA 2012<br />
GASTAR MAIS PARA COMPRAR AUTOMÓVEL<br />
Dos condutores portugueses que revelam intenção de adquirir uma viatura nos próximos dois anos, 55% afirma que pretende comprar um veículo<br />
usado. 51% dos automobilistas nacionais pensa gastar mais do que quando adquiriram o seu atual veículo, enquanto 40% refere mesmo que<br />
estaria disposto a pagar uma quantia acima do razoável para adquirir um veículo de maior qualidade. São os chineses (93%), os turcos (71%),<br />
os brasileiros (66%) e os polacos (62%) os mais predispostos a gastar mais para comprar um bom veículo. Curiosamente, são, também, os polacos<br />
que têm maior intenção de comprar um veículo usado (64%), seguidos pelos<br />
DOS CONDUTORES<br />
PORTUGUESES QUE REVELAM<br />
INTENÇÃO DE ADQUIRIR UMA<br />
VIATURA NOS PRÓXIMOS DOIS ANOS,<br />
55% AFIRMA QUE PRETENDE<br />
COMPRAR UM VEÍCULO USADO. 51%<br />
DOS AUTOMOBILISTAS NACIONAIS<br />
PENSA GASTAR MAIS DO QUE QUANDO<br />
ADQUIRIRAM O SEU ATUAL VEÍCULO,<br />
ENQUANTO 40% REFERE MESMO<br />
QUE ESTARIA DISPOSTO A PAGAR<br />
UMA QUANTIA ACIMA DO RAZOÁVEL<br />
PARA ADQUIRIR UM VEÍCULO<br />
DE MAIOR QUALIDADE<br />
portugueses (55%), enquanto a média global se situa nos 33%. A escolha<br />
de veículos novos é especialmente evidente no caso dos chineses e dos<br />
japoneses, com 99% e 88% a preferirem esta opção, respetivamente.<br />
Na opinião de 92% dos portugueses, a viatura é considerada cara,<br />
uma perspetiva que é partilhada pela esmagadora maioria dos<br />
condutores nos países incluídos neste estudo.<br />
31%<br />
39%<br />
43%<br />
29%<br />
38%<br />
62%<br />
40%<br />
42%<br />
38%<br />
36%<br />
66%<br />
93%<br />
56%<br />
71%<br />
52%<br />
BE DE ES FR IT PL PT UK JP US BR CN MX TR ZA<br />
60 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
IMPACTO NEGATIVO DAS MARCAS<br />
Os consumidores não querem continuar a ser enganados. Em média, 56% refere que o<br />
escândalo “Dieselgate”, que eclodiu em 2015, teve um impacto negativo na sua perceção<br />
das marcas (gráfico de cima). Se, na Bélgica, na Polónia e na África do Sul apenas<br />
menos de metade das famílias têm uma opinião negativa sobre as marcas em questão,<br />
já 60% dos inquiridos em Espanha, Itália, Brasil e Estados Unidos da América revela-<br />
-se mais crítico. Esta perceção de imagem negativa encontrará uma tradução numérica<br />
idêntica em termos de compra. 52% das pessoas inquiridas consideram que não comprarão<br />
um modelo de uma das marcas envolvidas nestes escândalos, sendo os italianos,<br />
os chineses e os turcos os mais radicais, com 64%, 63% e 61%, respetivamente (gráfico<br />
de baixo). Deste modo, e até agora, além da redução da penetração do gasóleo na Europa,<br />
foram verificados poucos efeitos nas quotas de mercado destas marcas a nível mundial.<br />
54% DOS PORTUGUESES<br />
REFERE QUE O FACTO DE<br />
DETERMINADAS MARCAS TEREM SIDO<br />
NOTÍCIA POR NÃO TEREM RESPEITADO OS<br />
DESEMPENHOS ENERGÉTICOS E AMBIENTAIS<br />
ANUNCIADOS PARA OS SEUS VEÍCULOS,<br />
TIVERAM UM IMPACTO NEGATIVO NA PERCEÇÃO<br />
DAS MARCAS EM CAUSA. JÁ 46% REFERE QUE TAL<br />
FACTO NÃO TEVE QUALQUER IMPACTO NEGATIVO<br />
NA PERCEÇÃO. MAIS: 51% DOS PORTUGUESES<br />
REFERE QUE ESTE ACONTECIMENTO NÃO TEM<br />
(NEM TERÁ) IMPACTO SOBRE A FUTURA ESCOLHA<br />
DA MARCA NA COMPRA DO PRÓXIMO<br />
AUTOMÓVEL. JÁ 49% INDICA QUE NÃO<br />
ESCOLHERÁ AS MARCAS EM QUESTÃO<br />
QUANDO DECIDIR COMPRAR<br />
O PRÓXIMO AUTOMÓVEL<br />
57% 49% 60% 57% 62% 41% 54% 58% 62% 59% 59% 55% 55% 54% 48%<br />
MÉDIA DOS 15 PAÍSES<br />
43%<br />
51%<br />
40%<br />
43%<br />
38%<br />
59%<br />
46%<br />
42%<br />
38%<br />
41%<br />
41%<br />
45%<br />
45%<br />
46%<br />
52%<br />
56% 44%<br />
SIM<br />
NÃO<br />
BE<br />
DE<br />
ES<br />
FR<br />
IT<br />
PL<br />
PT<br />
UK<br />
JP<br />
US<br />
BR<br />
CN<br />
MX<br />
TR<br />
ZA<br />
50% 59% 44% 52% 36% 60% 51% 51% 49% 49% 43% 37% 43% 39% 52%<br />
MÉDIA DOS 15 PAÍSES<br />
50%<br />
41%<br />
56%<br />
48%<br />
64%<br />
40%<br />
49%<br />
49%<br />
51%<br />
51%<br />
57%<br />
63%<br />
57%<br />
61%<br />
48%<br />
48% 52%<br />
BE<br />
DE<br />
ES<br />
FR<br />
IT<br />
PL<br />
PT<br />
UK<br />
JP<br />
US<br />
BR<br />
CN<br />
MX<br />
TR<br />
ZA<br />
Isso leva-me a não escolher essas marcas quando decidir comprar<br />
o próximo automóvel<br />
Esta não tem/não terá impacto sobre a minha escolha de marca<br />
quando comprar o próximo automóvel<br />
QUOTA DE MERCADO SUV<br />
Representando mais de 50% (incluindo as pick-up) das matrículas de veículos ligeiros nos Estados Unidos da América, a quota de mercado dos<br />
SUV na Europa passou de 8% em 2010 para 20% em 2015. O seu sucesso é particularmente marcante em Itália (22%), em Espanha (21%) e no<br />
Reino Unido (20%). Mesmo no Japão, onde o crescimento das vendas continua limitado, os automobilistas, mais particularmente os das jovens<br />
gerações, são conquistados por estes modelos. Os países emergentes não ficam atrás e os SUV representam quase um quarto das vendas na China.<br />
52%<br />
EM PORTUGAL,<br />
A QUOTA DE MERCADO<br />
DO SEGMENTO SUV PASSOU<br />
DE 7% EM 2010 PARA 15% EM<br />
2015. ESTE TIPO DE VEÍCULO<br />
TEM CADA VEZ MAIOR PESO<br />
NAS MATRÍCULAS DOS<br />
VEÍCULOS LIGEIROS NOVOS.<br />
HOJE, PRATICAMENTE NÃO<br />
EXISTE MARCA QUE NÃO<br />
INCLUA NA SUA<br />
OFERTA UM SUV<br />
2010 2015<br />
25%<br />
22%<br />
20%<br />
14%<br />
12%<br />
10%<br />
BE DE ES<br />
7%<br />
FR<br />
23%<br />
11%<br />
IT<br />
24%<br />
17%<br />
PL*<br />
25%<br />
7%<br />
PT<br />
15%<br />
11%<br />
UK<br />
24%<br />
5%<br />
JP<br />
12%<br />
45%<br />
US<br />
5%<br />
BR<br />
12%<br />
10%<br />
CN<br />
22%<br />
21% 21%<br />
MX<br />
* PL e ZA 2011<br />
18%<br />
14% 14%<br />
8%<br />
TR ZA*<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
61
MERCADO O Observador Cetelem <strong>2017</strong><br />
O PODER DAS MARCAS<br />
MUNDIAIS É AVALIADO TODOS OS<br />
ANOS PELA MILLWARD BROWN EM<br />
FUNÇÃO DO SEU DESEMPENHO<br />
FINANCEIRO (COM BASE NOS<br />
RESULTADOS) E DA SUA IMAGEM JUNTO<br />
DE TRÊS MILHÕES DE CONSUMIDORES<br />
DE 50 PAÍSES EM TODO O MUNDO,<br />
INQUIRIDOS SOBRE MAIS DE<br />
100.000 MARCAS. O BARÓMETRO<br />
É PUBLICADO NO<br />
FINANCIAL TIMES<br />
CLASSIFICAÇÃO DAS MARCAS DE AUTOMÓVEIS<br />
No centro daquilo que podemos chamar uma “loucura tecnológica” imposta pelo contexto económico,<br />
social, ambiental e científico, o automóvel apresenta-se como um catalisador de inovações.<br />
Atrai novos intervenientes industriais e tecnológicos. Seduz novos perfis de clientes<br />
para os quais o automóvel tradicional não seria suficiente. Consagrado no ano passado ao<br />
veículo autónomo e às novas tecnologias automóveis, este estudo realça que um automobilista<br />
em cada três irá deslocar-se com mais frequência se o veículo estiver ligado à<br />
Internet. A Tesla registou mais de 300.000 reservas para o Modelo 3. E, em 2016, pela<br />
primeira vez, sinal de que “o futuro é agora”, a marca figura no top 10 das marcas de<br />
automóveis mais valorizadas no barómetro BrandZ Millward Brown.<br />
29,5<br />
28,9<br />
26,8 26,3<br />
22,7<br />
21,8<br />
13,2 13,3<br />
13,1 13,1<br />
11,5 11,4<br />
9,3<br />
9,5 10,1 4,7 5,0 4,4 4,4<br />
4,3<br />
2016 2015<br />
TOYOTA BMW MERCEDES HONDA FORD NISSAN AUDI LAND ROVER PORSCHE TESLA vw LEXUS<br />
IMAGEM DO AUTOMÓVEL EM GERAL<br />
Nove em cada 10 condutores tem uma boa opinião (gráfico da esquerda) sobre<br />
automóveis, registando-se picos nos países emergentes (gráfico da direita). Para<br />
quase um quarto deles, esta opinião é mesmo muito boa. Os franceses concordam<br />
com esta tendência de fundo, revelando-se 85,9% positivos. E, ao contrário<br />
do “ruído” mediático e político que, por vezes, podemos ouvir sobre<br />
o assunto, 84,3% consideram que a imagem do automóvel na sociedade é<br />
boa. É de notar que, de acordo com o constatado nos estudos sobre a moral<br />
das famílias, as opiniões são melhores do que a perceção que parece existir<br />
no mundo.<br />
23%<br />
67%<br />
31% DAS PESSOAS INQUIRIDAS<br />
CONSIDERA QUE A IMPRENSA E OS<br />
RESPONSÁVEIS POLÍTICOS SE EXPRIMEM<br />
DE FORMA BASTANTE NEGATIVA EM RELAÇÃO<br />
AO AUTOMÓVEL. NA BÉLGICA, SÃO 57%<br />
E, EM FRANÇA, SÃO QUASE METADE (48%).<br />
SURGEM, DEPOIS, A ALEMANHA (44%), O REINO<br />
UNIDO (44%) E OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA<br />
(42%). NOS OUTROS LOCAIS, A PONTUAÇÃO VARIA<br />
ENTRE 20 E 30%, COM EXCEÇÃO DA CHINA,<br />
ONDE A PERCENTAGEM DIMINUI PARA 8%.<br />
APENAS 14% CONSIDERA QUE ESTE<br />
TRATAMENTO NEGATIVO NA IMPRENSA<br />
É JUSTIFICADO. A BÉLGICA DISTINGUE-SE,<br />
COM 30% DAS PESSOAS A PENSAR QUE<br />
A CRÍTICA É LEGÍTIMA<br />
1%<br />
BOA<br />
MUITO BOA<br />
MÁ<br />
MUITO MÁ<br />
19%<br />
MUITO BOA<br />
BOA<br />
9%<br />
UE<br />
18%<br />
70%<br />
JP<br />
US<br />
65%<br />
35%<br />
TR<br />
BR<br />
ZA<br />
CN<br />
MX<br />
59%<br />
62 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
ÍNDICE DAS<br />
<strong>PME</strong> AFTERMARKET 2016<br />
EMPRESAS<br />
Peças, pneus, equipamentos e repintura. O aftermarket nacional é composto por um tecido<br />
empresarial bastante vasto no setor da distribuição. Nestas páginas, damos a conhecer algumas<br />
das organizações que mais se evidenciaram no exercício de 2016<br />
64 - A. Vieira<br />
66 - Algarchapa<br />
68 - Alidata<br />
70 - Angopeças<br />
72 - Auto Delta<br />
74 - Autozitânia<br />
76 - Filourém<br />
78 - Lança & Marques<br />
80 – Macos<br />
82 – Motorbus<br />
84 - Neocom<br />
86 - Servidiesel<br />
88 - Sobrais<br />
90 - Vicauto<br />
91 - Vieira & Freitas<br />
94 - X-Action<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
63
EMPRESA<br />
A. Vieira<br />
Administradores<br />
José Branco e António Anjo<br />
Morada<br />
Av.ª D. Miguel, n.° 250, Zona<br />
Industrial de Baguim do Monte,<br />
4436 - 905 Rio Tinto<br />
Telefones<br />
229 773 410/1/2/3<br />
Fax<br />
229 750 200<br />
Email<br />
avieira@avieirasa.pt<br />
Site<br />
www.avieirasa.pt<br />
Com cinco lojas/armazéns, dois espaços de venda associados e uma rede de vendedores que chega<br />
a todo o continente e ilhas, a A. Vieira é uma das empresas mais experientes no comércio de peças e<br />
acessórios para automóveis, incluindo lubrificantes e ferramentas.<br />
Fundada a 4 de dezembro de 1974, dispõe, hoje, de uma equipa composta por 60 colaboradores e conta com mais<br />
de 30.000 referências em stock. E a sua oferta não para de crescer. Os mais recentes exemplos foram apresentados<br />
na 4.ª edição da expoMECÂNICA, que se realizou no início do passado mês de abril, na Exponor. Aos lubrificantes<br />
Eurol, que passou a distribuir há pouco tempo, a empresa de José Branco e António Anjo deu particular<br />
ênfase ao aumento do portefólio da SASIC (passou de 300 para... 1.000 referências) e ao lançamento das novas<br />
correias Optibelt (gama RBK SCC).<br />
Com mais de 50 marcas inseridas no seu portefólio, a A. Vieira tem apostado numa política de proximidade<br />
com os clientes. A boa relação preço/qualidade, a elevada capacidade<br />
de stock e a forma séria como desenvolve a sua atividade têm sido<br />
as razões do sucesso. Facto a que não é alheia a atenção constante<br />
às tendências do mercado. Como é disso exemplo o seu portal, onde<br />
a empresa recorre, hoje, a uma plataforma B2B, com TecDoc Inside,<br />
que facilita a identificação de produto e a realização de encomendas.<br />
O maior objetivo da A. Vieira passa por continuar a sustentar o negócio,<br />
tal como ele está estruturado. É, de resto, esta a visão da administração<br />
da empresa. Até porque, ao enfrentar este desafio, a organização<br />
acredita que esteja apta para as novas tendências do setor e para uma<br />
maior capacidade negocial. Certo, certo, é que a A. Vieira destaca-<br />
-se no mercado pela solidez financeira que evidencia e pelo rigor que<br />
aplica no exercício da sua atividade. O futuro a Deus pertence, mas o<br />
presente, esse, é vivido com profissionalismo e seriedade. A A. Vieira<br />
não tem, aliás, outra forma de estar no negócio.<br />
64 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
HÁ MAIS DE 40 ANOS<br />
COM TRANSPARÊNCIA<br />
NO SETOR AUTOMÓVEL
EMPRESA<br />
Algarchapa<br />
Administrador<br />
Manuel Cardoso Freitas<br />
Morada<br />
Litográfis Park, Pavilhão L, Vale<br />
Paraíso, 8200 – 557 Albufeira<br />
Telefone<br />
289 571 966<br />
Email<br />
geral@algarchapa.pt<br />
Site<br />
www.algarchapa.pt<br />
Especializada no comércio de peças para automóveis, a Algarchapa é, hoje, um dos principais players<br />
sediados no sul de Portugal. A história da empresa algarvia começou a escrever-se no dia 16 de abril de<br />
2003, quando abriu portas para iniciar a sua atividade na venda a retalho de peças de carroçaria e iluminação.<br />
Cerca de dois anos volvidos, alargou o seu portefólio com a entrada nas áreas da mecânica, lubrificantes,<br />
baterias e consumíveis, comercializando algumas das mais prestigiadas marcas do mercado e especializando-se<br />
em carroçaria, mecânica, material elétrico e lubrificantes, entre outros produtos.<br />
Mesmo com a crise económica e financeira instalada no nosso país, a Algarchapa soube crescer. Com os olhos<br />
postos no futuro. De tal forma, que, em 2010, inaugurou a sua primeira filial<br />
em Olhão, situada na zona industrial, que lhe permitiu alargar a sua distribuição<br />
a todo o Algarve e sul de Espanha. Depois, em 2013, a empresa algarvia<br />
abriu uma segunda filial, desta vez em Faro, localizada em Campinas.<br />
Ano após ano, a Algarchapa tem crescido de forma consolidada e tem sabido<br />
cimentar a sua posição no aftermarket nacional. Com seriedade, rigor e dedicação.<br />
Os mais de 700 clientes de que dispõe são o melhor testemunho do<br />
percurso efetuado, que já leva mais de 14 anos de história.<br />
E como o negócio tem, hoje, uma forte componente digital, a Algarchapa lançará,<br />
ainda este ano, um portal de vendas online. Isto para além de se dedicar,<br />
também, à importação de algumas marcas próprias, em especial óleos e baterias.<br />
Peças originais de todas as marcas, é um dos pontos fortes da empresa de<br />
Albufeira. Outros? Capacidade empreendedora, forte empenho, gestão administrativa<br />
rigorosa, seriedade e competência. A empresa liderada por Manuel<br />
Cardoso Freitas constitui, por isso, um exemplo a seguir.<br />
66 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
comércio<br />
de<br />
peças<br />
para<br />
automóveis, lda<br />
Todas as Peças<br />
para todas as Viaturas<br />
Albufeira<br />
Olhão<br />
Faro<br />
289 571 966<br />
geral@algarchapa.pt<br />
www.algarchapa.pt<br />
Albufeira: 289 247 363<br />
Olhão: 289 815 523<br />
Faro: 289 832 268
EMPRESA<br />
Alidata<br />
CEO<br />
Fernando Amaral<br />
Morada<br />
Casal do Cego, Marrazes,<br />
Apartado 4067<br />
2410 – 973 Leiria<br />
Telefone<br />
244 850 030<br />
Fax<br />
244 811 178<br />
Email<br />
geral@alidata.pt<br />
Site<br />
www.alidata.pt<br />
Especializada no setor automóvel, a Alidata desenvolve e implementa soluções de software de gestão,<br />
dispondo de produto próprio. Com 33 anos de vida, é das mais experientes software houses portuguesas.<br />
Sempre atenta às necessidades do mercado e à evolução tecnológica, a Alidata, que está inserida no<br />
Grupo Sendys, desenvolve soluções “à medida”. Apesar da grande componente de personalização existente nos<br />
seus softwares, está apta a desenvolver especificidades que o cliente necessita, de modo a que este possa ter os<br />
seus processos de negócio espelhados no software. Ou seja, é o software que se adapta ao cliente e não o inverso.<br />
O roadmap da Alidata está alinhado com as necessidades (futuras) do mercado, pois a investigação e o desenvolvimento<br />
que faz permite-lhe andar sempre à frente, antecipando tendências. Até porque são várias as Soluções<br />
de Gestão Integradas que disponibiliza. Eis algumas: Gestão de Oficinas; Quiosque de Recolha de Tempos;<br />
Mobilidade de Assistência Técnica; CRM; Receção Ativa; Portal da Oficina. A aposta na produtividade é outra<br />
das características da Alidata, pois as soluções de que dispõe permitem, de forma simples, a partilha de informação<br />
e a interoperabilidade entre departamentos e sistemas, o que conduz a elevados níveis de eficiência. Já a<br />
implementação de soluções com equipa de projeto própria, é fruto do trabalho de consultores experientes, que<br />
dispõem de grande conhecimento do mercado automóvel/reparação.<br />
Sendo o Suporte Técnico Direto ao Cliente um dos fatores determinantes para a exploração ótima de qualquer<br />
sistema de software, a Alidata dispõe de uma vasta experiência, que é determinante para cumprir os exigentes<br />
níveis de serviço. A Consultoria de Gestão, a Formação Especializada e a Instalação e Suporte de Soluções de<br />
Hardware, Infraestrutura e Videovigilância (oferece um vasto leque de serviços complementares ao software<br />
de gestão, o que a coloca numa posição ímpar na oferta de soluções globais de TI para empresas), são outras<br />
mais-valias da Alidata. Tal como os 140 colaboradores de que dispõe, distribuídos por Portugal (Lisboa, Leiria<br />
e Sertã), Angola e Moçambique.<br />
Com referências muito consistentes no mercado (conta com uma carteira de clientes vasta e diversificada), a<br />
empresa adquire uma solução de gestão diretamente ao produtor de software, permitindo-lhe uma comunicação<br />
direta, seja com a área de desenvolvimento de produto, suporte técnico ou outra, o que reduz, significativamente,<br />
tempos e custos. E aumenta a eficiência. A Alidata não é revendedora, antes fabricante, o que é visto como uma<br />
enorme mais-valia e permite agilizar muito todo o processo de implementação e suporte, bem como facilita o<br />
desenvolvimento. A cultura de proximidade com o cliente e o foco nas necessidades específicas de cada um, são<br />
outros ex-líbris desta software house portuguesa.<br />
68 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
EMPRESA<br />
Angopeças<br />
Gerente<br />
João de Almeida<br />
Morada<br />
Rua Cândido de Oliveira, Lote<br />
CC-I, Loja 3, 2620 - 135<br />
Póvoa de Santo Adrião<br />
Telefone<br />
219 385 891<br />
Fax<br />
219 376 035<br />
Email<br />
angopecas@mail.telepac.pt<br />
Site<br />
www.angopecas.pt<br />
Ao olhar para os 40 anos de história da Angopeças, João de Almeida continua a manter a mesma determinação<br />
em servir, de forma exemplar, os seus clientes.<br />
A mesma vontade com que fundou a empresa, em 1978, poucos anos depois de regressar de Angola.<br />
Situada na Póvoa de Santo Adrião, a Angopeças começou por exportar peças para o mercado angolano, mas<br />
soube evoluir sempre, conseguindo manter-se, em todos os momentos, ao longo dos anos, nos trilhos do sucesso,<br />
apesar da existência de uma concorrência feroz e nem sempre leal. Conta, para isso, com uma procura<br />
significativa de clientes dos países africanos, o que leva João de Almeida, conhecedor profundo do mercado dos<br />
PALOP, a afirmar que a Angopeças dispõe de um balcão “tipicamente africano”, algo comprovado pelo ritmo<br />
intenso das vendas.<br />
A conquista de novos clientes, oriundos de várias latitudes, permite assegurar uma percentagem de 10% de<br />
exportações no total do negócio, um número relevante e que contribuiu (muito) para que a Angopeças tenha<br />
conquistado o estatuto de <strong>PME</strong> Líder 2016, uma proeza que se explica<br />
pelo “esforço de todos os colaboradores”.<br />
Para João de Almeida, o futuro das peças, nas pequenas e microempresas,<br />
será cada vez mais difícil se não “houver um suporte com um bom<br />
importador, formalizando uma parceria de negócio, para uma maior<br />
sustentabilidade face à carga fiscal vigente, concorrência (muitas vezes<br />
desleal) e casas de peças em cima umas das outras”, lamenta. No caso<br />
da Angopeças, a relação com a Autozitânia, formalizada há poucos<br />
meses, é fundamental.<br />
Com uma equipa composta por oito pessoas e atuando na área da<br />
Grande Lisboa, a empresa tem a sucessão já garantida pela filha de<br />
João de Almeida, Carla Almeida, de 44 anos.<br />
“Se eu estivesse aqui muitos mais anos, embora a lei da vida assim não<br />
permita, pois todos temos um destino, gostaria que a continuidade,<br />
desenvolvimento e crescimento da Angopeças fossem uma realidade”,<br />
confessa.<br />
70 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
. .<br />
Rua Cândido Oliveira Lote CC1-lj 3 2620-135 Odivelas Póvoa de Santo Adrião<br />
Telf. 219 385 891 . Fax. 219 376 035<br />
www.angopecas.com
EMPRESA<br />
Auto Delta<br />
Administradores<br />
Armindo Romão<br />
e Catarina Luísa<br />
Morada<br />
Rua das Fontainhas, n.° 77,<br />
Andrinos, Apartado 776,<br />
2416 – 905 Leiria<br />
Telefone<br />
244 830 070<br />
Fax<br />
244 813 047<br />
Email<br />
geral@autodelta.pt<br />
Site<br />
www.autodelta.pt<br />
Inicialmente dedicada, em exclusivo, à venda a retalho, a Auto Delta começou a sua atividade em maio de<br />
1977, portanto há 40 anos. Primeiro, efetuando compras a importadores a nível nacional, para, em 1985, passar<br />
a importar peças, aumentando, consequentemente, o seu raio de ação para todo o país, deixando a lógica local<br />
e regional.<br />
Ainda antes do início da década de 90, a empresa de Leiria abandonou, definitivamente, a venda a retalho e passou<br />
a dedicar-se, em exclusivo, à importação e distribuição de peças e acessórios para automóveis, alterando o papel<br />
desempenhado no mercado português. A Auto Delta é, hoje, por direito próprio, um dos principais players do<br />
aftermarket nacional.<br />
Composta por uma equipa heterogénea, que acompanha as necessidades dos diversos setores da empresa (balcão;<br />
armazém; áreas administrativa, de importação e contabilística), tendo alguns dos seus colaboradores, imagine-se,<br />
mais de 25 anos de ligação à “casa”, a Auto Delta dispõe de umas instalações com 10.000 m 2 na sua sede, em Leiria,<br />
aos quais se juntam, depois, os 2.000 m 2 do armazém de apoio situado em Castelo Branco. O vasto portefólio de<br />
que dispõe, a elevada qualidade do serviço que presta e as ações que tem vindo a realizar com diversos fabricantes<br />
de renome, por si só, dizem muito acerca da Auto Delta.<br />
Quanto ao negócio em si propriamente dito, derrubar as barreiras que a<br />
Internet proporcionou foi muito importante para o desenvolvimento da<br />
empresa. Através do seu portal online, desenvolvido em colaboração com<br />
uma das plataformas de referência do setor, os parceiros da Auto Delta<br />
têm acesso à disponibilidade de cada referência e podem efetuar o seu pedido,<br />
o que torna tudo mais rápido e simples. O call center de que dispõe<br />
é outro suporte à atividade da empresa, onde técnicos especializados respondem<br />
a qualquer dúvida que seja colocada. Por último, mas não menos<br />
importante, o balcão de vendas, que continua a ser a “cara” da Auto Delta,<br />
uma vez que esta quer que os seus parceiros se sintam em casa.<br />
72 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
<strong>PME</strong> Líder ‘16<br />
excelência’16<br />
Leiria: Rua de Fontinhas, nº 77 - Andrinos | 2416 - 905 Leiria | Tel.: 244 830 070 - Fax: 244 813 047 | email: geral@autodelta.pt<br />
Castelo Branco: Zona Industrial - Rua T, Lote49 | 6001-997 Castelo Branco I Tel.: 272 349 580 | Fax: 272 349 589 | email: geral.cb@autodelta.pt
EMPRESA<br />
Autozitânia<br />
Administradores<br />
Francisco Neves<br />
Ricardo Venâncio<br />
Morada<br />
Av.ª das Acácias, Lote AE 2/3,<br />
Arroja, 1685 - 654 Famões<br />
Telefone<br />
214 789 100<br />
Email<br />
vendas.odivelas@autozitania.pt<br />
Site<br />
www.autozitania.pt<br />
Os primeiros meses de <strong>2017</strong> têm sido particularmente intensos para a Autozitânia. A empresa de Famões<br />
reformulou completamente o seu site e lançou um canal no YouTube, tendo introduzido novas<br />
gamas de ar condicionado da marca Behr Hella no seu catálogo de produtos premium. Uma aposta assumida<br />
pelos responsáveis. Destaque, este ano, para o reforço do portefólio com pastilhas de cerâmica da marca<br />
Textar e ainda para uma variedade de produtos da Ate, desde óleos a pastilhas cerâmicas para travões.<br />
Com a inauguração recente das instalações ainda na retina, a Autozitânia<br />
tem beneficiado de uma melhoria substancial nas condições de trabalho<br />
dos colaboradores e numa maior facilidade na execução da sua atividade.<br />
Além disso, a empresa conseguiu colocar no terreno novas metodologias<br />
e ferramentas, de modo a obter um desempenho mais eficiente e com resultados<br />
superiores nos seus negócios. Otimizar recursos e serviços tem<br />
sido o mote.<br />
A melhoria da infraestrutura traduziu-se, simultaneamente, numa mais-<br />
-valia para os clientes, em termos da qualidade de serviço da empresa, um<br />
imperativo para os responsáveis. Nos últimos tempos, a Autozitânia tem<br />
ampliado grandemente o seu portefólio de produtos, mantendo sempre o<br />
foco na qualidade destes, ao mesmo tempo que tem investido na adoção<br />
de novas marcas. Uma aposta permanente e com resultados muito positivos<br />
à vista de todos. O grande objetivo é ir avançando, aos poucos, para<br />
áreas onde seja possível fazer a diferença no mercado. De modo a que o<br />
crescimento permaneça sustentado, expressivo e que a empresa continue a<br />
constar da lista das melhores <strong>PME</strong> do país.<br />
74 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
UM MUNDO DE PEÇAS AO SEU DISPOR<br />
Visite-nos<br />
Novo site<br />
www.autozitania.pt<br />
Autozitânia<br />
Catálogo Online Canal Youtube
EMPRESA<br />
Filourém<br />
Administrador<br />
Carlos Gonçalves<br />
Gerente<br />
Alzira Reis<br />
Morada<br />
Rua do Ribeirinho,<br />
n.° 9 D, Apartado 158,<br />
2494 – 909 Ourém<br />
Telefone<br />
249 541 244<br />
Fax<br />
249 541 357<br />
Email<br />
geral@filourem.comt<br />
Site<br />
www.filourem.com<br />
Nos últimos anos, a Filourém tem crescido de forma consolidada e figura, hoje, entre as melhores<br />
<strong>PME</strong> nacionais. Conserva os valores tradicionais dos primeiros tempos, é certo, mas não deixa de inovar<br />
e de modernizar-se para estar sempre atualizada. A empresa aposta na venda de peças de qualidade<br />
original e/ou equivalente, com particular incidência nos automóveis de marcas germânicas, como Mercedes-<br />
-Benz, Volkswagen, BMW e Opel. Mas continua a dispensar um balcão. As casas de peças permanecem (apenas<br />
e exclusivamente) como suas clientes.<br />
No ano passado, a empresa de Ourém passou a dispor de um novo e amplo espaço, que, ao ter acrescentado<br />
1.000 m 2 , passou a facilitar imenso o acesso aos camiões para cargas e descargas. A Filourém continua a crescer<br />
nas suas mais variadas formas. Mas sempre com os pés bem assentes no terreno. Até porque o objetivo continua<br />
a ser fidelizar os clientes, através de um atendimento personalizado e de um stock muito alargado, com material<br />
de alta qualidade a preços competitivos, além de uma distribuição rápida e eficaz. A abertura do novo espaço<br />
veio agilizar os processos.<br />
Em 2016, a Filourém obteve um crescimento na ordem dos dois dígitos. Mas se recuarmos aos anos de 2014 e<br />
2015, os números foram ainda mais expressivos: 20%. Fruto de muito trabalho, de muitas horas extra e de muita<br />
dedicação. Prova do seu sucesso vincado, sobretudo nos últimos anos, está o facto de a empresa, que conta com<br />
uma equipa de 18 colaboradores, figurar no quadro das melhores <strong>PME</strong> nacionais. Um estatuto que, no fundo, é<br />
o reconhecimento pela gestão moderna e dinâmica.<br />
A proximidade com os clientes e o toque pessoal na seleção do catálogo de peças, são outras características que<br />
destacam a Filourém da concorrência. A empresa não deixa de ter em stock “aquilo que os outros têm”, mas vai<br />
mais longe. Tem sido assim desde os primeiros anos, quando começou por se especializar em Mercedes-Benz<br />
com uma gama de filtros.<br />
76 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
FILTROS TRAVAGEM EMBRAIAGEM DISTRIBUIÇÃO REFRIGERÇÃO<br />
TRANSMISSÃO<br />
DIREÇÃO E<br />
SUSPENSÃO<br />
COMPONENTES<br />
ELÉTRICOS<br />
MOTOR<br />
geral@filourem.com<br />
www.filourem.com<br />
249 541 244 249 541 357<br />
www.facebook.com/filourem
EMPRESA<br />
Lança&<br />
Marques<br />
Administradores<br />
Francisco Lança<br />
Rui Marques<br />
Morada<br />
Rua Ferreira de Castro, 6A,<br />
Bairro das Sete Quintas,<br />
1685 - 378 Caneças<br />
Telefone<br />
219 807 353<br />
Email<br />
lanca-marques@mail.telepac.pt<br />
Site<br />
www.lancamarques.pt<br />
Perto de completar 19 anos de existência, o que acontecerá em setembro de <strong>2017</strong>, a Lança & Marques,<br />
empresa que junta os apelidos dos dois sócios fundadores (Francisco Lança e Rui Marques) inscreve,<br />
pela primeira vez, o seu nome no quadro das melhores <strong>PME</strong> nacionais, muito embora os números do seu<br />
negócio há muito que sejam bastante positivos.<br />
Nos primeiros tempos, as dificuldades foram muitas. Porém, o desafio era enorme e os responsáveis encontraram<br />
sempre forma de ultrapassar os obstáculos iniciais. A Lança & Marques aproveitou, desde sempre, a vasta experiência<br />
dos dois sócios e apostava apenas nas baterias. Com o tempo, contudo, começou a alargar a sua atividade<br />
a toda a parte elétrica dos automóveis.<br />
Composta por uma equipa de oito pessoas, a empresa de Caneças conta com uma carteira de 300 clientes ativos,<br />
dispõe de um armazém de 450 m 2 e tem uma frota de quatro veículos em permanência na rua, de modo a<br />
assegurar duas entregas de manhã e outras tantas durante o período da tarde, salvaguardando ainda eventuais<br />
emergências de peças da parte dos clientes.<br />
Momento crucial para a Lança & Marques foi a criação da DuceCoo, há perto de 10 anos, marca própria que,<br />
atualmente, representa mais de 50% das vendas totais da empresa. Com este selo e embalagem, existe um pouco<br />
de tudo: compressores, alternadores, motores de arranque e baterias. O portefólio, de resto, é composto por<br />
marcas conceituadas, como, por exemplo, Beru, Meat Doria, Pierburg e VDO, entre várias outras. Outrora, as<br />
baterias chegaram a representar perto de 90% do volume de negócios da empresa. Atualmente, rondará os 30%.<br />
O mercado mudou muito. Os automóveis são, cada vez mais, compostos por sensores, com a eletrónica em destaque,<br />
enquanto as baterias já não têm a procura de antigamente. Mas a Lança & Marques soube sempre adaptar-se<br />
e construir uma relação de confiança com os seus clientes, razão pela qual, muitos deles, acompanham a empresa<br />
há quase duas décadas.<br />
78 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
Especialista em componentes eletrónicos auto<br />
. .<br />
Rua Ferreira de Castro - 39 A Bairro Sete Quintas 1685-378 Caneças<br />
Telf.: 219 807 353 . Fax: 219807349
EMPRESA<br />
Macos<br />
Sócios-gerentes<br />
Ana Maria Costa<br />
Humberto Costa<br />
Morada<br />
Rua de Silva Porto, 50<br />
4250 - 469 Porto<br />
Telefone<br />
228 347 140<br />
Fax<br />
228 321 447<br />
Email<br />
geral@macos.pt<br />
Site<br />
www.macos.pt<br />
A<br />
Macos foi fundada em 1977, tendo existido, anteriormente, como Manuel da Costa, nome do fundador<br />
da empresa e criador dos primeiros acessórios para automóveis, tais como placas de identificação,<br />
obrigatórias à data, porta-chaves, hastes e chapas limite de velocidade. Na sua vasta história, a Macos<br />
viveu vários momentos marcantes. A entrada no mercado dos autoparaventos, com o crescimento do negócio e a<br />
exportação das barras porta-bagagens e de suportes de bicicleta, bem como a criação do novo modelo de chapas<br />
de matrícula, em 1990, foram alguns deles e catapultaram a empresa para o topo dos fabricantes a nível nacional.<br />
Situada no Porto, a Macos goza de uma notoriedade ímpar e de um conhecimento profundo do mercado. Trunfo<br />
é ainda uma gama alargada de produtos a preços competitivos e com um nível de qualidade reconhecido. Além<br />
de dispor de uma estrutura flexível e com capacidade de resposta rápida para diferentes tipologias de clientes<br />
em todo o país. O portefólio é constituído, sobretudo, por acessórios de automóvel que pretendem responder às<br />
necessidades diárias mais variadas do automobilista, seja com soluções de transporte, produtos de manutenção,<br />
emergência, conforto, ou substituição de algumas peças originais: lâmpadas, escovas limpa-vidros, chapas de<br />
matrícula e tapetes, entre outros. Em exclusivo, a Macos distribui marcas como a Turtle Wax e a Restore. Para<br />
<strong>2017</strong>, a Macos pretende manter o elevado nível de serviço aos clientes e assumir-se, como sempre, como um<br />
parceiro e facilitador de soluções, procurando comprar da melhor maneira, para que os produtos tenham preços<br />
ainda mais competitivos para o consumidor final.<br />
Os benefícios do Estatuto de <strong>PME</strong> Excelência? “Não são visíveis, nem imediatos”, acreditam. No entanto, a distinção<br />
reforça e valida a imagem de empresa sólida perante clientes, fornecedores e restantes stakeholders.<br />
80 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
EMPRESA<br />
Motorbus<br />
Administradores<br />
Óscar Pereira, Pedro Lebre<br />
e Joel Lebre<br />
Morada<br />
Rua Monte de Além 70/90,<br />
4410 - 268 Vila Nova de Gaia<br />
Telefone<br />
227 300 230<br />
Email<br />
motorbus@motorbus.pt<br />
Site<br />
www.motorbus.pt<br />
Especializada, desde a primeira hora, em produtos de primeiro equipamento, a Motorbus é uma empresa<br />
“realizada” em relação às marcas que representa oficialmente e que compõem o seu vasto portefólio.<br />
No conjunto, são mais de 30 marcas em diferentes produtos e famílias, num stock com mais de<br />
15.000 referências.<br />
Ao longo de duas décadas de vida, o negócio tem corrido a preceito. Mas o ano de 2016 foi um dos melhores<br />
da história da empresa de Vila Nova de Gaia. A aposta no crescimento da atividade tem sido uma constante e<br />
ainda recentemente a empresa viu alargada a sua equipa comercial, de modo a poder assegurar as vendas a sul.<br />
Refira-se, a propósito, que a abertura de uma sucursal a sul do país é<br />
uma hipótese em cima da mesa para a Motorbus. Um investimento<br />
que, a concretizar-se, permitirá a este player de referência do mercado<br />
um maior acompanhamento dos clientes desta região. Ao todo, são já<br />
quatro os comerciais da Motorbus no terreno.<br />
Para o administrador, Joel Lebre, a empresa, enquanto distribuidor de<br />
peças para pesados, tem um segredo para o seu sucesso. E este passa<br />
por não abdicar nunca da exigência e do rigor a todos os níveis: qualidade,<br />
diversificação e quantidade disponível”, afirma.<br />
“O serviço é tudo neste negócio”, garante ainda o responsável da empresa<br />
que se encontra, hoje em dia, completamente fornecida em matéria<br />
de recursos internos e externos, para cumprir um sistema de entregas<br />
das peças extremamente eficaz e em regime bi-diário.<br />
82 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
EMPRESA<br />
Neocom<br />
Administradores<br />
Carlos Abade e Rosa Malta<br />
Morada<br />
Rua da Taboeira - Armazém<br />
n.° 1, Zona Industrial da<br />
Taboeira, 3800 - 266 Aveiro<br />
Telefone<br />
234 302 150<br />
Fax<br />
234 302 159<br />
Email<br />
neocomaveiro@neocom.pt<br />
Site<br />
www.neocom.pt<br />
Especialista na reconstrução de direções assistidas, transmissões e juntas homocinéticas, nos últimos<br />
tempos, a Neocom tem apostado forte na distribuição de componentes novos, apresentando sempre<br />
com preços base inferior às peças de origem. Os clientes são a prioridade da empresa e, para isso, importa<br />
ter um portefólio atualizado, completo e de qualidade.<br />
A Neocom respeita os canais de vendas e não “chega” diretamente às oficinas, mas apenas aos retalhistas de peças.<br />
Os produtos reconstruídos, de qualidade, têm bastante procura no mercado, razão pela qual a empresa tem<br />
aumentado os ritmos de produção destas peças.<br />
A empresa está focada em otimizar os seus procedimentos de trabalho<br />
e gestão de stock para tornar a atividade ainda mais eficaz. Detentora<br />
do estatuto de <strong>PME</strong> Líder nos últimos anos, a Neocom alcançou o estatuto<br />
de <strong>PME</strong> Excelência nos últimos três: 2014, 2015 e 2016.<br />
Para Carlos Abade, gerente da empresa, a atribuição deste estatuto é<br />
motivo de orgulho e significa o reconhecimento do trabalho conjunto<br />
de toda a equipa da Neocom. Mas, mais do que viver de louros<br />
passados, o administrador pretende focar-se no futuro, dado que, no<br />
seu entender, o grande benefício destas distinções é a confirmação de<br />
que a empresa se encontra no caminho certo, não desaproveitando as<br />
oportunidades que encontra, cientes de que a excelência e o rigor que<br />
emprega nos seus serviços fazem já parte do seu ADN.<br />
84 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
Junte-se a nós em Lisboa<br />
na MECÂNICA <strong>2017</strong>!
EMPRESA<br />
Servidiesel<br />
Gerente<br />
Amadeu Bordalo<br />
Morada<br />
E.N. 9, km 17, Sítio da Galega,<br />
Ral, 2710 – 458 Sintra<br />
Telefones<br />
219 230 329/219 233 598<br />
Fax<br />
219 241 474<br />
Email<br />
geral@servidiesel.pt<br />
Site<br />
www.servidiesel.pt<br />
A<br />
reparação e reconstrução de turbocompressores é apenas uma das várias especializações da empresa<br />
de Amadeu Bordalo. Ainda que o nome tivesse sido adotado em 1994, com a mudança das instalações,<br />
as origens da Servidiesel remontam a 1984 com a criação da empresa Serviços Diesel de Amadeu Joaquim<br />
Cristovão Bordalo. Em 2006, a Servidiesel passou a pertencer ao restrito grupo dos Bosch Diesel Center<br />
como o serviço Diesel mais completo devido à sua capacidade técnica e apoio pós-venda para os fabricantes de<br />
veículos.<br />
Dos 38 colaboradores que integram as suas “fileiras”, cinco estão afetos à reparação e reconstrução de turbocompressores.<br />
“Só fazem turbos”, refere Diogo Bordalo, responsável pelo departamento de pós-venda da Servidiesel.<br />
A área dos turbocompressores foi, recentemente, alvo de um processo de restruturação, que se iniciou em 2015.<br />
O objetivo passou por otimizar procedimentos. Dispondo dos mais evoluídos equipamentos, a Servidiesel procede,<br />
também, à reparação e reconstrução de turbocompressores de todas as marcas para diversos setores, ainda<br />
que os dos veículos ligeiros sejam os que concentrem o maior volume de trabalho.<br />
As causas mais frequentes que estão na origem das avarias dos turbos? “Estão relacionadas com má lubrificação,<br />
ausência de lubrificação ou óleo contaminado. Depois, a entrada de corpos estranhos no sistema de admissão<br />
e o excesso de rotação. E ainda existe o problema da obstrução da linha de escape. Se os filtros de partículas ou<br />
as válvulas EGR entopem, acabam por encher a geometria variável de carvão devido às emissões produzidas<br />
que não são libertadas pelo sistema de escape, prendendo as pás da turbina. Perante um cenário destes, há que<br />
descarbonizar o turbocompressor, que, a maioria das vezes, entra nas nossas instalações partido”, revela Amadeu<br />
Bordalo, gerente da Servidiesel. Diogo Bordalo, filho, acrescenta: “Temos vários clientes transportadores que<br />
gastavam muito dinheiro em turbos novos, uma vez que só os trocavam quando partiam. Provámos-lhes que,<br />
se os repararem, no momento da revisão ao camião, reduziriam os custos com um componente novo. Houve<br />
clientes que optaram por fazer a revisão ao turbo aquando da revisão geral ao camião”. A Servidiesel, que repara<br />
turbocompressores desde os anos 90, dedica-se, hoje, na sua maioria, à reconstrução e venda.<br />
86 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
Reconstruidos Bombas Injectoras Injectores Turbos<br />
Logística para todo o país e ilhas<br />
Apoio técnico ao cliente<br />
Formação técnica<br />
Filtros de Partículas<br />
Turbos Reconstruídos<br />
Servidiesel | Estrada Nacional 9, Km 17 | Sitio da Galega - Ral | 2710 Sintra<br />
Tel.: 219 230 329 | 219 233 598 - Tel. Peças: 219 107 985 | Fax: 219 241 474<br />
Email: geral@servidiesel.pt<br />
GPS: Lat. 38º 49’16.92 | Long. 9º 21’40.36
EMPRESA<br />
Sobrais<br />
Administradores<br />
Henrique Sobral<br />
e João André Sobral<br />
Morada<br />
Zona Industrial de Cantanhede<br />
3060 – 197 Cantanhede<br />
Telefone<br />
231 420 753<br />
Email<br />
sobrais@sobrais.pt<br />
Site<br />
www.sobrais.pt<br />
A<br />
Sobrais é uma empresa de raiz familiar que se dedica, essencialmente, ao fabrico e reconstrução<br />
de radiadores. Para automóveis, camiões e máquinas (industriais e agrícolas). Constituída em 1978,<br />
dispõe, hoje, de 21 colaboradores e desenvolve a sua atividade numa área de 11.300 m2, localizada em<br />
Cantanhede. Nos últimos tempos, tem vindo a especializar-se em radiadores e permutadores para fins industriais<br />
e maquinaria pesada, incluindo sistemas de refrigeração de óleo ou outros fluidos, área de mercado onde<br />
a empresa é, de resto, líder a nível nacional.<br />
Consciente da importância da implementação de um sistema de gestão na atividade desenvolvida, a Sobrais<br />
definiu, há muito, a sua política de qualidade, que se traduz em diversos princípios. Que, no fundo, estão na<br />
génese do seu sucesso enquanto organização e que muito contribuíram para a obtenção do estatuto de <strong>PME</strong><br />
Excelência atribuído pelo IA<strong>PME</strong>I. E que princípios são esses? Orientar as suas atividades e processos de forma<br />
a atingir e manter a satisfação global dos clientes, indo ao encontro dos requisitos destes; compromisso com a<br />
implementação e cumprimento dos requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade, segundo a norma NP EN ISO<br />
9001:2000, melhorando, continuamente, a sua eficácia; incentivar o envolvimento dos colaboradores de modo a<br />
obter a melhoria contínua das suas atividades e processos do Sistema de Gestão da Qualidade; desenvolver um<br />
ambiente de parceria e envolvimento com os seus fornecedores, para garantir que os requisitos da empresa e dos<br />
clientes sejam cumpridos.<br />
A especialização da Sobrais permite-lhe dispor de uma carteira de clientes que inclui as principais empresas da<br />
indústria, construção, transportes, cimenteiras, energia térmica e portuárias, entre outras. É nestes subsetores de<br />
atividade que a empresa liderada por Henrique Sobral e João André Sobral está a evoluir tecnologicamente como<br />
alternativa ao setor automóvel, atualmente alvo de forte pressão concorrencial por parte dos grandes fabricantes<br />
asiáticos de componentes para automóveis.<br />
88 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
Fabricantes de Radiadores<br />
e Ninhos para Ligeiros,<br />
Pesados, Tractores Agrícolas,<br />
Máquinas e usos Industriais<br />
Especialistas em Radiadores<br />
de Grande Porte, incluindo<br />
de refrigeração de óleo,<br />
ar e outros fluidos<br />
Fabrico / Reconstrução<br />
Zona Industrial Ap. 44 3061-909 Cantanhede<br />
Tel.: 231 420 753 - Fax: 231 420 456<br />
comercial@sobrais.pt www.sobrais.pt
EMPRESA<br />
Vicauto<br />
Gerentes<br />
João Manuel e Carlos Alberto<br />
Gestor de compras<br />
Ricardo Almeida<br />
Morada<br />
Zona Empresarial do Campo,<br />
47-49 A/B, 3515 - 342 Viseu<br />
Telefone<br />
232 451 197<br />
Email<br />
geral@vicauto.pt<br />
Site<br />
www.vicauto.pt<br />
Com 25 anos de vida e situada no coração de Viseu, a Vicauto é especialista em todos os produtos que<br />
compõem os camiões, reboques e autocarros. A distinção como <strong>PME</strong> Líder 2016 foi motivo de orgulho<br />
da administração pelo trabalho desenvolvido e pelas apostas feitas em produtos e marcas de primeiro equipamento.<br />
Contudo, não se deixa “deslumbrar” pelo êxito alcançado. “É um trabalho de todos dentro da Vicauto,<br />
mas, também, dos clientes, fornecedores e parceiros”.<br />
Em 2016, a empresa mudou para umas novas instalações, uma decisão que trouxe vários benefícios, desde uma melhor<br />
logística para os clientes a uma maior facilidade de estacionamento, além de mais espaço de armazenagem e uma maior<br />
variedade de referências disponíveis. Refira-se que a nova “casa” têm uma área coberta de 1.000 m 2 , dispondo a empresa,<br />
hoje, de 25.000 referências em stock, contando com marcas como Hella, Mann-Filter, Valeo, febi, Icer, Federal-Mogul,<br />
Ferodo, Jurid e Sachs. A proximidade com o cliente é um dos fatores mais importantes para a Vicauto. Mas também a<br />
correta classificação das peças e as soluções disponíveis para os clientes são os principais trunfos da empresa de Viseu.<br />
O serviço 24h é usado pelos clientes da empresa sempre que necessitam<br />
de alguma peça ao fim de semana, feriado ou fora de horas. “Normalmente,<br />
os clientes deslocam-se às nossas instalações para este serviço.<br />
Um cliente de Lisboa, se tiver uma viatura avariada na nossa zona, pode<br />
ligar-nos que nós, se tivermos a peça em stock, iremos prestar esse serviço”,<br />
asseguram os responsáveis.<br />
A estratégia para <strong>2017</strong> passa por consolidar a posição junto dos novos<br />
clientes, sem descurar os mais antigos. Manter os principais fabricantes<br />
de primeiro equipamento e encontrar novas parcerias para ir ao encontro<br />
das necessidades dos clientes é a estratégia para crescer num ano que<br />
se prevê difícil no mercado.<br />
90 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
25 anos de<br />
experiência<br />
Profissionalismo<br />
Apoio 24h<br />
Qualidade<br />
Excelência<br />
Confiança
EMPRESA<br />
& Vieira Freitas<br />
Administradores<br />
José Gomes e Paulo Torres<br />
Morada<br />
Rua Costa Soares, 39,<br />
Dume, Apartado 2515,<br />
4701 – 906 Braga<br />
Telefone<br />
253 607 320<br />
Fax<br />
253 607 328<br />
Email<br />
comercial@vieirafreitas.pt<br />
Site<br />
www.vieirafreitas.pt<br />
Referência no mercado da distribuição de peças elétricas e eletrónicas para automóveis, a Vieira & Freitas é,<br />
hoje, uma sólida empresa com 37 anos de idade. Na génese da sua vitalidade, está a equipa de 28 colaboradores de<br />
que dispõe e o bom relacionamento que esta tem com clientes e fornecedores. O extenso portefólio de produtos<br />
que disponibiliza é outra das mais-valias da Vieira & Freitas. Gama essa que foi, aliás, enriquecida no espaço de um ano<br />
com nada menos do que 6.000 novas referências, com particular destaque para as peças de qualidade OE na área de gestão<br />
de emissões e de motor, sempre sem esquecer as linhas de reparação elétrica de alternadores e motores de arranque.<br />
Reconhecendo que quantidade não é sinónimo de qualidade, a Vieira & Freitas sabe que grande parte do seu sucesso<br />
se deve à gestão rigorosa da tesouraria e à boa capacidade para administrar stocks. E<br />
o portal que inclui é outra das evoluções introduzidas, tratando-se esta plataforma<br />
B2B de uma importante ferramenta de comunicação com os clientes. A mudança de<br />
imagem, com novas cores e um logótipo mais estilizado, que foi feita em 2016, trouxe<br />
modernidade e uma visão de futuro à empresa de José Gomes e Paulo Torres. A<br />
evolução do portal caminha, de resto, no sentido de tornar-se cada vez mais de fácil<br />
e rápido acesso.<br />
Não negando que o maior desafio que enfrenta é o grande “ataque” dos fabricantes<br />
de automóveis, através do software dos veículos comunicantes, a Vieira & Freitas está<br />
atenta a todas as alterações que se avizinharão. Contudo, a empresa bracarense nada<br />
tem a temer. A seu tempo, saberá com adaptar-se a uma nova realidade. Até porque<br />
sem peças elétricas e eletrónicas os veículos comunicantes e autónomos não circularão.<br />
92 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
EMPRESA<br />
X-Action<br />
Administrador<br />
Filipe Teixeira<br />
Morada<br />
Rua do Vale do Paraíso, Ponte<br />
de Eiras, 3020 - 324 Coimbra<br />
Telefone<br />
239 431 002<br />
Email<br />
geral.coimbra@x-action.pt<br />
Site<br />
www.x-action.pt<br />
Com pouco mais de sete anos no mercado, a X-Action tem conseguido garantir<br />
um crescimento contínuo e apostado na angariação de marcas de prestígio. Exemplo<br />
disso, foi a “conquista” das marcas Kennol, ABS e MDR. As duas primeiras, em regime<br />
de exclusividade, passando, desde o ano passado, a constar do amplo portefólio da empresa.<br />
O objetivo passa por cobrir toda a zona geográfica do nosso país, através de uma rede de distribuidores limitados.<br />
O ano de 2016 foi intenso para a X-Action, tendo, inclusivamente, ampliado as instalações em Coimbra.<br />
Um investimento pensado, sobretudo, para otimizar a logística de entregas de peças às oficinas, mas, também,<br />
para que a empresa possa concretizar os seus projetos de distribuição a<br />
nível nacional.<br />
Com a constante procura de marcas de relevo para o seu catálogo, caso<br />
da Kennol, a X-Action pretende, cada vez mais, cimentar e consolidar a<br />
sua posição no mercado, oferecendo serviços e produtos de qualidade,<br />
nomeadamente peças de marcas premium, de modo a satisfazer as necessidades<br />
diárias dos seus clientes.<br />
Com 21 funcionários, a X-Action serve uma rede superior a 300 clientes<br />
ativos em Coimbra e arredores, disponibilizando mais de 40.000 referências<br />
em stock.<br />
A “X”, como carinhosamente é conhecida a empresa de Ponte de Eiras<br />
pelos seus parceiros/fornecedores, tem nos valores humanos um dos<br />
seus maiores pilares.<br />
94 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
®<br />
A NOSSA UNIÃO É A SUA SOLUÇÃO!<br />
Site: www.x-action.pt<br />
Coimbra:<br />
Rua do Vale Paraíso - Ponte de Eiras<br />
3030-324 Coimbra<br />
☎ 239 432 494<br />
Condeixa:<br />
Rua das Dadas, 2A - Sebal<br />
3150-287 Condeixa-a-Nova<br />
☎ 239 942 453 / 239 942 454
<strong>PME</strong> LÍDER Aftermarket 2016<br />
EXEMPLO<br />
A SEGUIR<br />
Empresa<br />
Concelho<br />
Empresa<br />
Concelho<br />
A. Esteves, Lda. Cinfães<br />
A. Vieira, S.A. Guimarães<br />
Abílio Lourenço, Herdeiros, Lda.<br />
Oliveira de Azeméis<br />
Abreu, Araújo & Silva, Lda.<br />
Barcelos<br />
Açorpeças - Peças e Acessórios para Automóveis, Lda.<br />
Ponta Delgada<br />
Adelino Pedro - Comércio de Peças Automóvel, Lda.<br />
Ponta Delgada<br />
Agostiauto - Comércio de Peças e Acessórios para Automóveis, Lda. Setúbal<br />
Alcino & C.ª - Fábrica de Equipamentos para Pintura, Lda.<br />
Maia<br />
AleCarPeças - Acessórios de Automóveis, Lda.<br />
Lisboa<br />
Algarchapa - Comércio de Peças para Automóveis, Lda.<br />
Albufeira<br />
Alidata - Soluções Informáticas, Lda.<br />
Leiria<br />
Altaroda, S.A.<br />
Paredes<br />
Angopeças - Sociedade Comercial e Importadora de Peças, Lda.<br />
Odivelas<br />
António dos Santos Sousa, Lda.<br />
Santa Maria da Feira<br />
António Miguel Martins, Lda.<br />
Oliveira do Bairro<br />
Arfiltucks, Lda.<br />
Lisboa<br />
Arnaldo & Berenguer, Lda.<br />
Funchal<br />
Auto Cabomonte, Lda.<br />
Santa Maria da Feira<br />
Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda.<br />
Leiria<br />
Auto Duque - Oficinas de Reparações de Automóveis, Lda.<br />
Porto<br />
Auto Filivone, Lda.<br />
Paços de Ferreira<br />
Auto Fornecedora - Acessórios, Lda.<br />
Porto<br />
Auto Índia de Sacavém - Comércio e Reparações de Automóveis, Lda. Loures<br />
Auto Jota - Peças, Lda.<br />
Seixal<br />
Auto Mecânica Gineto da Costa e Martins, Lda.<br />
Sever do Vouga<br />
Auto Peças Barlavento, Lda.<br />
Lagoa<br />
Auto Reparadora Carlos A.D. Rosa, Lda.<br />
Mealhada<br />
Auto Reparadora Central do Jamor, Lda.<br />
Oeiras<br />
Auto Reparadora da Muna, Lda.<br />
Viseu<br />
Auto Silva - Acessórios, S.A.<br />
Porto<br />
Auto Torre da Marinha - Comércio Peças para Veículos Automóveis, Lda. Seixal<br />
Autoaval - Acessórios de Automóveis do Mondego, Lda.<br />
Coimbra<br />
Auto-Chico - Reparações de Automóveis, Lda.<br />
Cascais<br />
Autoengenhocas - Reparações de Automóveis, Lda.<br />
Alenquer<br />
Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda. Santa Maria da Feira<br />
Autogarsilva, Lda.<br />
Miranda do Corvo<br />
Autoni - Pneus e Óleos, Lda.<br />
Santo Tirso<br />
Autopeças CAB - Acessórios e Lubrificantes, Lda.<br />
Seixal<br />
Auto-peças Espogama, Lda.<br />
Esposende<br />
Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A.<br />
Odivelas<br />
Autozitânia II - Veículos e Peças, S.A.<br />
Odivelas<br />
B.C.L. Car - Automóveis, Lda.<br />
Porto<br />
Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A.<br />
Vila Nova de Famalicão<br />
Bolas - Máquinas e Ferramantas de Qualidade, S.A.<br />
Évora<br />
Bompiso - Comércio de Pneus, S.A.<br />
Valongo<br />
Botelho & Filho, Lda.<br />
Beja<br />
Brás & Filho, Lda.<br />
Porto<br />
Calçada & Costa, Reparação de Automóveis, Lda.<br />
Ponte de Lima<br />
Caldeira & Caldeira, Lda.<br />
Figueira da Foz<br />
Canfer - Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />
Mafra<br />
Carbus - Veículos e Equipamentos, Lda.<br />
Sertã<br />
Carola - Casa dos Rolamentos, Lda.<br />
Porto<br />
Carsistema Portugal - Representações, S.A.<br />
Coimbra<br />
Caseiro, Costa & Vieira, Lda.<br />
Leiria<br />
Cátia & Diana - Comércio e Reparações de Auto. Unipessoal, Lda. Gondomar<br />
Central Diesel, Lda.<br />
Lisboa<br />
Centralbat - Comércio e Distribuição Baterias Acessórios, Lda. Castelo Branco<br />
Centro Glass - Comercialização e Aplicação de Vidros em Viaturas, Lda. Leiria<br />
Centrocor - Comércio de Tintas e Ferramentas, Lda.<br />
Penafiel<br />
Claro Sacarrão, Lda.<br />
Cantanhede<br />
Coimbrapeças - Peças e Acessórios de Automóveis, Lda.<br />
Coimbra<br />
Comercialpeças - Mário de Almeida & Martins, Lda.<br />
Matosinhos<br />
Cometil - Comércio de Equipamento Técnico Industrial, S.A.<br />
Loures<br />
Comsoftweb - Sistemas Informáticos, Lda.<br />
Pombal<br />
Corauto - Pintura e Técnica Automóvel, Lda.<br />
Loures<br />
Corcet, Lda.<br />
Penafiel<br />
Correia & Pedro, Lda.<br />
Funchal<br />
Coteq, S.A.<br />
Braga<br />
Covipneus, Lda.<br />
Fundão<br />
Cunha & Filhos, Lda.<br />
Porto<br />
D. Costa - Peças e Equipamentos Rolantes, S.A. (Coperol) Loures<br />
D.M.S. - Trucks, Lda.<br />
Leiria<br />
Daniel Mestre - Comércio de Pneus Unipessoal, Lda.<br />
Beja<br />
Darquepeças - Comércio de Peças e Acessórios Unipessoal, Lda. Viana do Castelo<br />
David Abreu Unipessoal, Lda.<br />
Guimarães<br />
Diamantino Perpétua & Filhos, Lda.<br />
Leiria<br />
Dingipeças - Comércio de Peças Automóveis, Lda.<br />
Leiria<br />
Dispnal Pneus, S.A.<br />
Penafiel<br />
Ecopartes, Lda.<br />
Leiria<br />
Eduardo Coelho, Lda.<br />
Arouca<br />
Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda.<br />
Ourém<br />
Electropeças Auto de Braga, Lda.<br />
Braga<br />
ELPS Peças para Automóveis, Lda.<br />
Funchal<br />
Endal - Estudos de Decorações e Alumínios, Lda.<br />
Sintra<br />
Equiwash - Comércio e Assistência de Equip. e Prod. Auto, Lda. Guimarães<br />
Eticadata - Software, Lda.<br />
Braga<br />
Eugénio Teixeira Ribeiro & C.ª Unipessoal, Lda.<br />
Felgueiras<br />
Eurofiltros - Auto Acessórios, Lda.<br />
Valongo<br />
Fabriscape - Fábrica de Escapes para Automóveis, Lda.<br />
Torres Novas<br />
Filourém - Comércio de Peças Auto, Lda.<br />
Ourém<br />
Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda.<br />
Braga<br />
Francecar - Peças Automóveis, Lda.<br />
Viseu<br />
Gaiafor - Comércio de Peças Auto, Lda.<br />
Vila Nova de Gaia<br />
Garagem Condestável, Lda.<br />
Lisboa<br />
Golipe - Representações, Equipamentos e Acessórios Auto, Lda.<br />
Mafra<br />
Gonçalteam - Comércio de Equip. e Acessórios Auto e Rep., Lda.<br />
Seixal<br />
Granmotor - Comércio de Peças Auto, Lda.<br />
Torres Vedras<br />
Gulosipeças - Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />
Viana do Castelo<br />
H. & J. Barradas, Lda. Estremoz<br />
H.B.C. II - Peças Auto, Lda.<br />
Batalha<br />
Hermotor - Comércio de Automóveis, S.A.<br />
Guimarães<br />
Heroeléctrica - Reparação e Acessórios Automóveis, Lda.<br />
Lisboa<br />
Hojer - Electromecânica, Sobressalentes Auto e Indust., Lda. Ferreira do Zêzere<br />
Hydraplan - Manutenção e Comércio de Veículos, S.A.<br />
Vila Franca de Xira<br />
Imporquímica - Indústria Portuguesa de Produção Química, S.A.<br />
Moita<br />
Indústrias Metálicas Veneporte, S.A.<br />
Águeda<br />
96 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>
SER <strong>PME</strong> LÍDER OU, MELHOR AINDA, EXCELÊNCIA, NÃO ESTÁ AO ALCANCE DE TODAS AS<br />
EMPRESAS. APENAS AS ORGANIZAÇÕES QUE SE DIFERENCIAM PELOS PRODUTOS, SERVIÇOS,<br />
QUALIDADE E GESTÃO PODEM SER DISTINGUIDAS COM OS ESTATUTOS ATRIBUÍDOS PELO IA<strong>PME</strong>I.<br />
OS NOMES QUE FIGURAM NESTAS PÁGINAS CONSTITUEM, POR ISSO, UM EXEMPLO A SEGUIR<br />
Empresa<br />
Concelho<br />
Empresa<br />
Concelho<br />
Infiniauto - Importação e Exportação de Peças Auto, Unipessoal, Lda. Santo Tirso<br />
Interescape - Fabricação de Escapes para Automóveis, Lda. Vila do Conde<br />
Isuvol - Importação e Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />
Cartaxo<br />
J. Alves - Oficinas Auto, Lda. Santo Tirso<br />
J.F. de Oliveira - Importação e Exportação, Lda.<br />
Oeiras<br />
J. Soares & Rodrigues, Lda. (Soarauto) Braga<br />
João António Almeida Matos, Lda. (Grupo Pneus Cruzeiro) Póvoa de Lanhoso<br />
José Aniceto & Irmão, Lda.<br />
Cantanhede<br />
José Lourenço - Pneus e Combustíveis Unipessoal, Lda.<br />
Proença-a-Nova<br />
José Lourenço & Filhos, Lda.<br />
Proença-a-Nova<br />
José Manuel Rodrigues Fortunato, Soc. Unip., Lda. (JF Auto Peças) Fundão<br />
Krautli Portugal - Equipamentos para Veículos, Lda.<br />
Vila Franca de Xira<br />
Lança e Marques, Baterias e Acessórios, Lda.<br />
Odivelas<br />
Leiridiesel - Comércio e Reparação de Veículos Automóveis, S.A.<br />
Leiria<br />
Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A.<br />
Leiria<br />
Loja de Tintas - Comércio de Tintas, Lda.<br />
Almada<br />
Lovistin - Comércio de Máquinas e Tintas, Lda.<br />
Viseu<br />
Lubrifátima Pneus, Lda.<br />
Ourém<br />
Lubrinordeste - Peças e Acessórios, Lda.<br />
Vila Real<br />
Lusofiltros - Filtros e Acessórios para Veículos, Lda.<br />
Vila Nova de Gaia<br />
M.C.D. Garcia, Lda.<br />
Sintra<br />
M.F. Pinto - Importação e Exportação de Peças Automóveis, S.A.<br />
Sintra<br />
M. Ferreira da Silva Guimarães & C.ª, Lda. Vale de Cambra<br />
M.C.S.- Peças e Acessórios para Automóveis e Camiões Unipessoal, Lda. Loures<br />
Macos - Extras e Acessórios para Automóveis, Lda.<br />
Porto<br />
Manuel Maria & Caetano, Lda.<br />
Lagoa<br />
Manuel Peixoto Correia, Lda. (Audiauto)<br />
Braga<br />
Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores)<br />
Vila Nova de Gaia<br />
Mário Santos Silva - Manutenção e Rep. de Veículos Auto., Lda. Porto de Mós<br />
Meadela - Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />
Viana do Castelo<br />
Mecanibraga - Reparação e Comércio de Automóveis, Lda.<br />
Braga<br />
Megape - Comércio e Indústria de Pneus, S.A.<br />
Loures<br />
Menapeças - Com. e Import. de Peças e Acess. para Auto. e Camiões, S.A. Alenquer<br />
Mondegopeças - Comércio de Acessórios para Automóveis, Lda. Coimbra<br />
Montenegro, Fernandes & C.ª, S.A.<br />
Porto<br />
Mota & Pimenta, Lda.<br />
Vila Nova de Famalicão<br />
Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda.<br />
Vila Nova de Gaia<br />
Motormáquina - Comércio de Máquinas e Peças, Lda.<br />
Loures<br />
Neocom - Distribuição de Componentes Automóvel, Lda.<br />
Aveiro<br />
Nipocar - Importação e Comércio, Lda.<br />
Gondomar<br />
Orcopeças - Organização Comercial de Peças e Acess. para Auto., Lda. Santarém<br />
Paulo & Daniela - Comércio de Peças Auto, Lda. (PD Auto)<br />
Braga<br />
Peçafiltros - Comércio e Indústria de Peças e Filtros, Lda.<br />
Porto<br />
Peçasram - Comércio de Peças e Acessórios, Lda.<br />
Funchal<br />
Peciloures - Comércio de Peças, Lda.<br />
Loures<br />
Placauto - Chapas de Matrícula e Acessórios para Automóveis, S.A. Sintra<br />
Pneus D. Pedro V - Comércio de Pneus, S.A.<br />
Trofa<br />
Pneus do Alcoa, Lda.<br />
Alcobaça<br />
Pneus Josilex, Lda.<br />
Felgueiras<br />
Pneuser - Manutenção Automóvel, Lda.<br />
Penalva do Castelo<br />
Pneusmir, Lda.<br />
Mira<br />
Pneusol - Sociedade de Pneus de Santarém, Lda.<br />
Santarém<br />
Pneuval - Centro de Pneus, Lda.<br />
Águeda<br />
Pneuvita - Comércio e Serviços de Automóveis, Lda.<br />
Sintra<br />
Póvoa Hidráulica - Soc. de Imp. de Componentes p/ Carroçarias, Lda. Póvoa de Varzim<br />
Projetiva - Representações e Serviços, Lda.<br />
Torres Novas<br />
Quimirégua - Detergentes Químicos da Régua, Lda.<br />
Peso da Régua<br />
Recauchutagem Guiense, Lda.<br />
Pombal<br />
Recauchutagem São Mamede, Lda.<br />
Guimarães<br />
Remaçor - Sociedade de Representações, Lda.<br />
Vila do Porto<br />
Renacentro - Reparação de Veículos Automóveis, Lda.<br />
Aveiro<br />
Renalopes - Sociedade Comercial de Acessórios, Lda.<br />
Leiria<br />
Reparaz - Auto Reparadora, Lda.<br />
Reguengos de Monsaraz<br />
Roberlo Portugal - Produtos Químicos Unipessoal, Lda.<br />
Albergaria-a-Velha<br />
Rocha & Soares, Lda.<br />
Ponte de Lima<br />
Rodapeças - Pneus e Peças, S.A.<br />
Pombal<br />
Rodasa - Comércio de Veículos, S.A.<br />
Sever do Vouga<br />
Rofel - Indústria Metalúrgica de Águeda, Lda.<br />
Águeda<br />
Rubber Vulk, Lda.<br />
Oliveira de Frades<br />
Rugempeças, Lda.<br />
Sintra<br />
S.B.L. - Comércio de Componentes Auto., Lda.<br />
Esposende<br />
S.V.A.- Serviços Viaturas Auto., Lda.<br />
Paredes<br />
Sá Gomes, S.A. (Auto Esfera)<br />
Braga<br />
Salsamotor - Comércio e Reparação de Automóveis, Lda. Albergaria-a-Velha<br />
Samiparts - Comércio de Peças Auto, Lda.<br />
Pombal<br />
Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda.<br />
Portimão<br />
Serenopeças - Comércio de Peças de Automóveis, Lda.<br />
Torres Vedras<br />
Servidiesel, Lda.<br />
Sintra<br />
Silva & Carvalhas, Lda.<br />
São Pedro do Sul<br />
Simopeças - Peças e Componentes para Viaturas Limpeza Urbana, Lda. Odivelas<br />
Simporal - Sociedade Importadora de Peças para Automóveis, Lda. Lisboa<br />
Sobrais - Fábrica de Radiadores e Componentes Térmicos, Lda. Cantanhede<br />
Sonergil - Sociedade de Recuperação de Energias, S.A.<br />
Palmela<br />
Sotinar - Sociedade de Representações de Tintas, Lda.<br />
Coimbra<br />
Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda.<br />
Aveiro<br />
Sotinar Lisboa - Representações de Tintas, Lda.<br />
Odivelas<br />
Sotinar Porto - Tintas e Sistemas de Pinturas, Lda.<br />
Maia<br />
Soulima - Comércio de Peças, S.A.<br />
Odivelas<br />
Sousa & Sousa, Lda.<br />
Leiria<br />
Station Carregado - Centro de Manutenção de Veículos, Lda.<br />
Alenquer<br />
Station Viana - Centro de Manutenção de Veículos, Lda.<br />
Viana do Castelo<br />
Suministros Exteriores - Acessórios para Auto., Lda. ( Sumex ) Vila do Conde<br />
Tacofrota - Comércio de Tacógrafos, Lda.<br />
Benavente<br />
Tractorminho - Distribuidora de Peças e Material Auto. e Tractor, Lda. Braga<br />
Turbomax - Comércio de Componentes Auto, Lda.<br />
Setúbal<br />
Turbotest, Lda.<br />
Fafe<br />
Vauner Trading, S.A.<br />
Gondomar<br />
Via Pesados - Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda. Viana do Castelo<br />
Viamorim - Comércio de Automóveis e Acessórios, Lda.<br />
Vila do Conde<br />
Vicauto - Peças Para Viaturas Pesadas, Lda.<br />
Viseu<br />
Vieira & Freitas, Lda.<br />
Braga<br />
Viseldiesel - Peças e Acessórios, Lda.<br />
Viseu<br />
Vitor Cardoso - Car Service, Lda.<br />
Maia<br />
Vulcal - Vulcanizações e Lubrificantes, S.A.<br />
Pombal<br />
X-Action, Lda.<br />
Coimbra<br />
Zoom Pneus, Lda.<br />
Aveiro<br />
<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />
97
<strong>PME</strong> EXCELÊNCIA Aftermarket 2016<br />
Empresa<br />
Concelho<br />
Empresa<br />
Concelho<br />
A. Vieira, S.A. Guimarães<br />
Açorpeças - Peças e Acessórios para Automóveis, Lda.<br />
Ponta Delgada<br />
AleCarPeças - Acessórios de Automóveis, Lda.<br />
Lisboa<br />
Algarchapa - Comércio de Peças para Automóveis, Lda.<br />
Albufeira<br />
Altaroda, S.A.<br />
Paredes<br />
Arfiltucks, Lda.<br />
Lisboa<br />
Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda.<br />
Leiria<br />
Auto Fornecedora - Acessórios, Lda.<br />
Porto<br />
Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa, Lda.<br />
Mealhada<br />
Auto Silva - Acessórios, S.A.<br />
Porto<br />
Auto Torre da Marinha - Comércio de Peças para Veículos Automóveis, Lda. Seixal<br />
Autoengenhocas - Reparações de Automóveis, Lda.<br />
Alenquer<br />
Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda. Santa Maria da Feira<br />
Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A.<br />
Odivelas<br />
Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A.<br />
Vila Nova de Famalicão<br />
Calçada & Costa, Reparação de Automóveis, Lda.<br />
Ponte de Lima<br />
Comercialpeças - Mário de Almeida & Martins, Lda.<br />
Matosinhos<br />
Comsoftweb - Sistemas Informáticos, Lda.<br />
Pombal<br />
Corauto - Pintura e Técnica Automóvel, Lda.<br />
Loures<br />
Corcet, Lda.<br />
Penafiel<br />
D.M.S. - Trucks, Lda.<br />
Leiria<br />
Daniel Mestre - Comércio de Pneus Unipessoal, Lda.<br />
Beja<br />
David Abreu Unipessoal, Lda.<br />
Guimarães<br />
Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda.<br />
Ourém<br />
Equiwash - Comércio e Assist. de Equipamentos e Produtos Auto, Lda. Guimarães<br />
Filourém - Comércio de Peças Auto, Lda.<br />
Ourém<br />
Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda.<br />
Braga<br />
Francecar - Peças Automóveis, Lda.<br />
Viseu<br />
Gulosipeças - Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />
Viana do Castelo<br />
H.B.C. II - Peças Auto, Lda.<br />
Batalha<br />
Imporquímica - Indústria Portuguesa de Produção Química, S.A.<br />
Moita<br />
Indústrias Metálicas Veneporte, S.A.<br />
Águeda<br />
J. Alves - Oficinas Auto, Lda. Santo Tirso<br />
José Aniceto & Irmão, Lda.<br />
Cantanhede<br />
José Manuel Rodrigues Fortunato - Soc. Unip., Lda. (JF Auto Peças) Fundão<br />
Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A.<br />
Leiria<br />
Loja de Tintas - Comércio de Tintas, Lda.<br />
Almada<br />
Lovistin - Comércio de Máquinas e Tintas, Lda.<br />
Viseu<br />
M.C.D. Garcia, Lda.<br />
Sintra<br />
M.C.S.- Peças e Acessórios para Automóveis e Camiões Unipessoal, Lda. Loures<br />
Macos - Extras e Acessórios para Automóveis, Lda.<br />
Porto<br />
Manuel Maria & Caetano, Lda.<br />
Lagoa<br />
Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores)<br />
Vila Nova de Gaia<br />
Mário Santos Silva - Manut. e Rep. de Veículos Automóveis, Lda. Porto de Mós<br />
Mota & Pimenta, Lda.<br />
Vila Nova de Famalicão<br />
Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda.<br />
Vila Nova de Gaia<br />
Neocom - Distribuição de Componentes Automóvel, Lda.<br />
Aveiro<br />
Rubber Vulk, Lda.<br />
Oliveira de Frades<br />
Rugempeças, Lda.<br />
Sintra<br />
Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda.<br />
Portimão<br />
Servidiesel, Lda.<br />
Sintra<br />
Simporal - Sociedade Importadora de Peças para Automóveis, Lda. Lisboa<br />
Sobrais - Fábrica de Radiadores e Componentes Térmicos, Lda. Cantanhede<br />
Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda.<br />
Aveiro<br />
Station Viana - Centro de Manutenção de Veículos, Lda.<br />
Viana do Castelo<br />
Tacofrota - Comércio de Tacógrafos, Lda.<br />
Benavente<br />
Turbomax - Comércio de Componentes Auto, Lda.<br />
Setúbal<br />
Turbotest, Lda.<br />
Fafe<br />
Via Pesados - Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda. Viana do Castelo<br />
Vieira & Freitas, Lda.<br />
Braga<br />
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