01.06.2017 Views

2017 - Revista PME

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

SAIBA TUDO SOBRE<br />

QUEM SE DESTACOU EM 2016<br />

Esta revista é parte integrante da edição n.º 139 do Jornal das Oficinas de Junho <strong>2017</strong> e não pode ser vendida separadamente<br />

As<br />

do AFTERMARKET em PORTUGAL<br />

SETOR À LUPA<br />

◗ EXPORTAÇÕES A CRESCER<br />

◗ RELAÇÃO COM A BANCA<br />

◗ CARACTERÍSTICAS DAS FROTAS<br />

MERCADO AUTOMÓVEL<br />

◗ ESTATÍSTICAS E TENDÊNCIAS<br />

◗ CONECTIVIDADE E AUTOMAÇÃO<br />

◗ ACESSO À INFORMAÇÃO TÉCNICA<br />

UMA EDIÇÃO


EDITORIAL<br />

Ficha Técnica<br />

Diretor<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Diretor Comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Departamento Comercial<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Rodolfo Faustino<br />

rodolfo.faustino@apcomunicacao.com<br />

Editor Executivo<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Serviços administrativos e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Mensal<br />

© Copyright<br />

Nos termos legais em vigor é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução<br />

desta publicação, no seu todo ou em<br />

parte, sem a autorização prévia e por<br />

escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />

Impressão<br />

FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />

Rua Adriano Lucas, 3020 - 265 Coimbra<br />

Telefone: 239 499 922<br />

N.º de Registo no ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º 201.608/03<br />

Tiragem<br />

10.000 exemplares<br />

Edição<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

Propriedade<br />

João Vieira Publicações,<br />

Unipessoal, Lda.<br />

Sede<br />

Bela Vista Office, Sala 2.29<br />

Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336<br />

Cacém - Portugal<br />

GPS<br />

38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />

Tel.: +351 219 288 052/4<br />

Fax: +351 219 288 053<br />

Email geral@apcomunicacao.com<br />

SER REFERÊNCIA<br />

a NÍVEL<br />

NACIONAL<br />

Rigor, qualidade, disponibilidade, proximidade, confiança e responsabilidade<br />

social são os valores que definem a forma de estar no mercado das<br />

mais de 200 empresas do aftermarket que, este ano, voltaram a atingir os<br />

estatutos de <strong>PME</strong> Líder e Excelência.<br />

O universo das <strong>PME</strong> Líder registou, em 2016, uma subida face ao ano<br />

anterior e há um número crescente de “repetentes”, o que constitui um importante sinal<br />

de consolidação. Um dos aspetos fundamentais centra-se, essencialmente, na qualidade<br />

do desempenho do segmento mais competitivo das nossas <strong>PME</strong>, que originou o alargamento<br />

do grupo de empresas de perfil superior que está na origem do universo das<br />

<strong>PME</strong> Excelência. A forte resiliência destas empresas e os resultados obtidos em termos<br />

de reforço da sua capacidade competitiva são importantes sinais de forte motivação<br />

deste segmento empresarial e da sua relevância como motor da economia e do emprego<br />

nacionais.<br />

Num quadro macroeconómico menos favorável, estas empresas conseguiram aumentar<br />

substancialmente o seu ativo em relação ao ano anterior, ao mesmo tempo que reforçaram<br />

os seus capitais próprios e evidenciaram melhorias significativas dos seus rácios de<br />

produtividade e de rendibilidade, o que é muito importante e marca os desempenhos<br />

superiores destas empresas.<br />

São empresas de perfil superior que souberam atuar em contraciclo, reforçando a sua<br />

capacidade competitiva e contribuindo ativamente para a economia, o emprego e as<br />

exportações nacionais com sinais claros de crescimento em praticamente todos os indicadores<br />

de desempenho, que as colocam muito acima da média nacional.<br />

Para quem recebe, os estatutos de <strong>PME</strong> Líder ou Excelência são motivos de orgulho. E<br />

podem ser exibidos na correspondência, nos emails, nos sites, nas viaturas ou, até, ser<br />

hasteado em bandeira à porta das empresas. É sinónimo de notoriedade e mérito.<br />

Quando o IA<strong>PME</strong>I lançou estas distinções, fê-lo precisamente com o objetivo de conferir<br />

notoriedade e otimizar as condições de financiamento das empresas com superior<br />

perfil de risco e que prossigam estratégias de crescimento e de reforço da sua competitividade.<br />

O “selo” não serve apenas para ser exibido. Traz, antes, agregado um conjunto de<br />

benefícios às empresas, como o acesso em melhores condições a produtos financeiros,<br />

a uma rede de serviços e a facilitação na relação com a banca.<br />

Os empresários estão a fazer o seu melhor, mas o Estado tem de corresponder, com as<br />

muitas reformas estruturais que ainda faltam fazer para que a nossa economia se liberalize<br />

e possa crescer mais.<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

03


ENTREVISTA Miguel Cruz, Presidente do IA<strong>PME</strong>I<br />

“ANTECIPAR<br />

TENDÊNCIAS,<br />

INOVAR<br />

e GANHAR<br />

DIMENSÃO”<br />

Como tem vindo a fazer ao longo dos<br />

seus 42 anos de atividade, o IA<strong>PME</strong>I<br />

continua atento às necessidades<br />

das <strong>PME</strong>, que têm feito um esforço<br />

notável de investimento em fatores de<br />

competitividade, como referiu Miguel<br />

Cruz em entrevista à <strong>Revista</strong> <strong>PME</strong><br />

Líder e Excelência Aftermarket<br />

AAs <strong>PME</strong> nacionais têm feito um esforço<br />

notável de investimento em fatores de<br />

competitividade que sejam diferenciadores<br />

e que as ajudem a reforçar as suas<br />

posições no mercado, com apostas claras<br />

na inovação e no desenvolvimento<br />

de novos produtos, serviços, processos<br />

ou formas de comercialização.<br />

Seja qual for o setor ou o seu posicio-<br />

namento na cadeia de valor, o grande<br />

desafio que as empresas, hoje, têm de<br />

enfrentar é o de conseguirem manter-<br />

-se competitivas num mercado que é,<br />

tendencialmente, global e muito volátil<br />

e agressivo em termos de concorrência.<br />

Saber ler o mercado, antecipar tendências,<br />

inovar e ganhar dimensão, são<br />

preocupações estratégicas que têm de<br />

estar na agenda da gestão moderna. Já<br />

o investimento na capitação e o reforço<br />

de competências, deve ser acompanha-<br />

do por um conhecimento exaustivo dos<br />

mecanismos de apoio existentes e pela<br />

seleção das soluções que, em conjunto,<br />

mais se adequam à rentabilização do negócio,<br />

conforme referiu Miguel Cruz na<br />

entrevista que, a seguir, publicamos.<br />

Quantas empresas receberam o estatuto<br />

de <strong>PME</strong> Líder e Excelência 2016?<br />

Para o estatuto de 2016, temos 7.119<br />

<strong>PME</strong> Líder e 1.785 <strong>PME</strong> Excelência.<br />

04 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


Houve um aumento ou uma diminuição<br />

do número de empresas comparativamente<br />

ao ano de 2015?<br />

Há mais <strong>PME</strong> Excelência. E quase o mesmo<br />

número, embora um pouco menor,<br />

de <strong>PME</strong> Líder. Existe um número crescente<br />

de “repetentes”, o que constitui um<br />

importante sinal de consolidação.<br />

Que vantagens tem uma empresa com<br />

o estatuto de <strong>PME</strong> Líder ou Excelência?<br />

As vantagens são, essencialmente, reputacionais.<br />

O estatuto constitui um sinal<br />

de credibilidade, um sinal de que existe<br />

qualidade de gestão e transparência<br />

nos fluxos de informação. É curioso que<br />

até mesmo empresas internacionais vão<br />

atribuindo cada vez maior importância<br />

a este estatuto. Para além desses ganhos<br />

reputacionais, as empresas <strong>PME</strong> Líder<br />

e <strong>PME</strong> Excelência têm acesso a um<br />

conjunto de benefícios na utilização de<br />

bens e serviços diversos, em resultado<br />

da participação numa rede dedicada.<br />

Esses benefícios vão desde o acesso a<br />

financiamento, passando por combustível,<br />

conteúdos formativos e informação<br />

de gestão. Aproveito para recordar que<br />

o IA<strong>PME</strong>I recebeu, da Comissão Europeia,<br />

em 2016, o prémio de boas práticas<br />

de promoção empresarial com este estatuto<br />

de <strong>PME</strong> Líder, sinal da sua importância<br />

e potencial de replicação.<br />

“Inovar” tornou-se numa palavra chave<br />

nos discursos políticos, nos programas<br />

de governação e na estratégia de muitos<br />

empresários. A chave está só na inovação?<br />

A chave não está apenas na inovação,<br />

pois outras palavras têm, também, a<br />

maior importância na promoção da<br />

competitividade empresarial. Parcerias,<br />

capitalização, adaptabilidade, internacionalização.<br />

Mas uma coisa é certa: sem<br />

uma estratégia continuada virada para<br />

a inovação, que deveremos interpretar<br />

num sentido amplo, associando se quiser<br />

a diferenciação, dificilmente haverá<br />

capacidade competitiva em mercado<br />

global que seja estável. Isto implica uma<br />

mudança na cultura organizacional. Por<br />

isso, é tão importante que essa palavra se<br />

mantenha (e com prioridade) no léxico<br />

corrente.<br />

A exportação e internacionalização são<br />

as únicas alternativas viáveis para as<br />

<strong>PME</strong> conseguirem crescer e ser mais<br />

rentáveis?<br />

Sem dúvida. O crescimento empresarial<br />

está associado a uma aposta crescente na<br />

internacionalização.<br />

Quais os apoios previstos para as <strong>PME</strong><br />

que pretendam internacionalizar e vender<br />

os seus produtos no exterior?<br />

A generalidade dos instrumentos de<br />

política pública geridos pelo IA<strong>PME</strong>I,<br />

sejam financeiros ou não financeiros,<br />

têm, entre os seus objetivos, as <strong>PME</strong> e<br />

a internacionalização. A internacionalização<br />

não se obtém como resultado de<br />

um mero “estalar de dedos”, razão pela<br />

qual é indispensável apostar na capacitação<br />

empresarial, na inovação e no investimento.<br />

Destaco alguns apoios, como os sistemas<br />

de incentivos para a qualificação e internacionalização<br />

das <strong>PME</strong> virados para a<br />

aposta em fatores dinâmicos de competitividade<br />

e abordagem a mercados externos.<br />

Destaco o sistema de incentivos<br />

à inovação, virado para a diferenciação<br />

competitiva de produtos, processos ou<br />

serviços, bem como as linhas de crédito<br />

financiadas pelo IA<strong>PME</strong>I, como a recente<br />

linha de Crédito Capitalizar, como<br />

instrumento de apoio a estratégias viradas<br />

para o mercado global. Em 2016, o<br />

IA<strong>PME</strong>I passou para a economia mais<br />

de 500 milhões de euros apenas em sistemas<br />

de incentivos, um valor recorde,<br />

sem considerar as linhas de crédito, que<br />

se concentram, maioritariamente, em<br />

<strong>PME</strong> e que são, exclusivamente, virados<br />

para a inovação e internacionalização.<br />

O que podem as <strong>PME</strong> nacionais fazer<br />

pelo desenvolvimento de Portugal?<br />

As <strong>PME</strong> nacionais, até por serem mais de<br />

99% das empresas não financeiras, são a<br />

base do desenvolvimento da economia<br />

portuguesa. Com base nos instrumentos<br />

de política pública que lhes são disponibilizadas<br />

e apoiadas numa rede envolvente,<br />

que inclui centros tecnológicos,<br />

incubadoras, universidades, politécnicos,<br />

clusters e institutos públicos, devem<br />

investir, apostar na diferenciação, diversificar<br />

mercados, subir na cadeia de valor,<br />

apostar (quando razoável) em marca<br />

própria e crescer.<br />

De que forma as <strong>PME</strong> têm sido afetadas<br />

pelo atual abrandamento económico?<br />

O abrandamento económico teve uma<br />

consequência imediata na dimensão do<br />

mercado nacional. Por isso, as empresas<br />

apostaram tão fortemente nas exportações,<br />

sendo esse um esforço a continuar.<br />

O contexto económico condicionou<br />

muito fortemente o acesso a financiamento,<br />

razão pela qual os estatutos de<br />

<strong>PME</strong> Líder e <strong>PME</strong> Excelência são tão<br />

importantes. São, também, importantes<br />

as linhas de crédito. Importa recordar<br />

que lançámos as linhas de crédito<br />

<strong>PME</strong> Investe em 2008, num contexto<br />

de extraordinária retração de crédito. E<br />

que este instrumento desempenhou um<br />

papel essencial na manutenção do esforço<br />

exportador de muitas empresas. São,<br />

também, muito importantes os sistemas<br />

de incentivos para financiamento de investimento<br />

que tenha as características<br />

de sustentabilidade de médio prazo de<br />

que falámos.<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

05


ENTREVISTA Miguel Cruz, Presidente do IA<strong>PME</strong>I<br />

O contexto económico tem levado, ainda,<br />

as empresas a procurar aumentar quotas<br />

nos mercados tradicionais e a procurar<br />

diversificar as suas exportações para fora<br />

da Europa. É importante ver que os resultados<br />

da diversificação extracomunitária<br />

das empresas portuguesas estão acima<br />

do que se verifica na média europeia.<br />

Considera que ainda estamos a viver<br />

uma época de constrangimentos económicos<br />

ou a crise já está ultrapassada?<br />

Há determinadas características que<br />

marcaram a crise – que teve origem no<br />

sistema financeiro norte-americano –<br />

que já não se verificam. Mas a situação<br />

económica mantém uma complexidade<br />

e níveis de incerteza que nos devem manter<br />

muito alerta.<br />

Qual o contributo do IA<strong>PME</strong>I para ajudar<br />

os empresários a ultrapassar esta situação<br />

difícil?<br />

Para além dos instrumentos que já referi,<br />

gostaria de destacar ainda o facto de<br />

termos já 1.000 empresas que recorreram<br />

à ferramenta de early warning desenvolvida<br />

pelo IA<strong>PME</strong>I para diagnosticarem<br />

e fazerem benchmarking da sua posição<br />

financeira e operacional.<br />

É, também, de salientar o papel que temos<br />

vindo a desempenhar no acompanhamento<br />

e diagnóstico das necessidades<br />

das empresas, em colaboração com<br />

mais de uma centena e meia de parceiros<br />

e participadas, desde associações, centros<br />

tecnológicos, universidades, sociedades<br />

financeiras, câmaras municipais. Não é<br />

em vão que a área de atendimento e licenciamento<br />

no IA<strong>PME</strong>I recebeu a certificação<br />

da qualidade no final de 2016.<br />

O IA<strong>PME</strong>I atua com base num conjunto<br />

de instrumentos transversais de política<br />

pública, mas sempre num contexto de<br />

proximidade às empresas.<br />

As linhas de crédito <strong>PME</strong> Crescimento<br />

têm tido um papel importante? Como?<br />

Sim, como referi, tiveram-no, em 2008,<br />

num contexto difícil, e continuam a ter<br />

hoje. Por exemplo, no crédito a fundo de<br />

maneio de que as empresas necessitam<br />

para se adaptarem a mudanças rápidas e<br />

cada vez mais exigentes do seu segmento<br />

de clientes. A capacidade de adaptação é<br />

essencial para concorrer.<br />

Pode fazer-nos o ponto de situação da<br />

execução das linhas de crédito?<br />

As linhas concederam crédito a mais de<br />

85.000 empresas, com mais de 1.000.000<br />

de trabalhadores envolvidos. Estamos a<br />

falar de mais de 16 mil milhões de eu-<br />

ESTATUTO DE <strong>PME</strong> EXCELÊNCIA<br />

Desde quando é atribuído o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência?<br />

Desde 2008, como no caso do estatuto de <strong>PME</strong> Líder.<br />

Como foi feita a seleção das <strong>PME</strong> Excelência 2016?<br />

A escolha das empresas <strong>PME</strong> Excelência é realizada sobre o universo de empresas <strong>PME</strong> Líder. Com<br />

limites inferiores mais exigentes no conjunto dos indicadores, são escolhidas as melhores. São, efetivamente,<br />

as melhores entre as melhores.<br />

Pode resumir os principais fatores que levam uma empresa a ser <strong>PME</strong> Excelência?<br />

São, basicamente, os mesmos que são utilizados para identificar uma empresa como <strong>PME</strong> Líder, mas<br />

com critérios mais exigentes.<br />

Que vantagens tem uma empresa ao adquirir o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência?<br />

Ser <strong>PME</strong> Excelência acarreta ainda mais vantagens em produtos e serviços do que ser <strong>PME</strong> Líder. Por<br />

exemplo, ao nível da formação. No que toca a financiamento, várias das linhas que são financiadas<br />

pelo IA<strong>PME</strong>I e que atuam através da Garantia Mútua têm discriminação positiva para estas empresas.<br />

Como caracteriza as <strong>PME</strong> Excelência 2016, a nível de postos de trabalho, volume de negócios,<br />

e distribuição regional e setorial?<br />

A indústria reúne o maior número de empresas <strong>PME</strong> Excelência, sendo que a indústria e o comércio<br />

representam mais de 60% do total. Seguem-se os serviços e o turismo. O volume de negócios associado<br />

a estas empresas aumentou 35,7% e é superior a 7 mil milhões de euros. Estamos a falar,<br />

neste universo, de cerca de 62 mil postos de trabalho, com um valor médio ligeiramente inferior a<br />

35 trabalhadores por empresa. Porto, Lisboa e Aveiro lideram no número de empresas, logo seguidos<br />

por Braga e Leiria.<br />

06 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


os de crédito. Destas empresas, a grande<br />

maioria são <strong>PME</strong>.<br />

E relativamente aos apoios ao investimento<br />

envolvidos nos programas Portugal<br />

2020 e InnovFin, já estão disponíveis?<br />

A que tipo de empresas se destinam<br />

estes apoios?<br />

Sim, quer nos sistemas de incentivos<br />

quer nos instrumentos financeiros, linhas<br />

de co-investimento com Business<br />

Angels, Linha Capitalizar, Linha de Capital<br />

de Risco. Destinam-se às empresas,<br />

nomeadamente <strong>PME</strong>, que tenham investimento<br />

adequado, inovador, sustentável,<br />

estrategicamente definido e orientado<br />

para o mercado global.<br />

Só no Portugal 2020, o IA<strong>PME</strong>I pagou<br />

mais de 220 milhões de euros até 31 de<br />

dezembro de 2016. Destes, mais de 2/3<br />

destinaram-se às <strong>PME</strong>.<br />

Que outros programas existem para as<br />

<strong>PME</strong> poderem candidatar-se?<br />

Existem linhas e fundos direcionados<br />

para diferentes momentos do ciclo de<br />

vida das empresas. O que importa é recomendar<br />

a empresas e empresários que<br />

consultem o nosso site, que entrem em<br />

contacto connosco e que realizem o seu<br />

autodiagnóstico na ferramenta de early<br />

warning.<br />

É, também, importante assinalar que,<br />

mesmo quem tenha uma ideia de negócio<br />

que ainda não é efetivo, deverá informar-se<br />

sobre o instrumento designado<br />

por StartUp Voucher, em que atribuímos<br />

uma bolsa para um desenvolvimento exigente<br />

da sua ideia de negócio.<br />

Há cada vez mais empresas com os estatutos<br />

de <strong>PME</strong> Líder e Excelência. É um<br />

sinal da melhoria da sua solidez financeira<br />

ou houve alguma alteração de critérios<br />

para se conseguir esta distinção?<br />

Pelo contrário. As alterações que foram<br />

sendo introduzidas ao longo dos anos<br />

têm sido no sentido de tornar o estatuto<br />

mais exigente. Assim, o número de <strong>PME</strong><br />

Líder está estavelmente acima de 7.000 e<br />

a repetição de empresas no estatuto demonstra<br />

uma preocupação com a consolidação<br />

da situação económico-financeira<br />

das organizações.<br />

O facto de a grande maioria das <strong>PME</strong><br />

serem de pequena e média dimensão<br />

reduz a sua competitividade?<br />

Não. Há limites ao número mínimo de<br />

trabalhadores para aceder ao estatuto,<br />

pelo que não reduz. Destaca, em vez disso,<br />

a solidez de gestão das empresas em<br />

questão.<br />

ESTATUTO DE <strong>PME</strong> LÍDER<br />

Desde quando é atribuído o estatuto de <strong>PME</strong> Líder?<br />

O estatuto de <strong>PME</strong> Líder foi relançado pelo IA<strong>PME</strong>I em 2008. O objetivo passa por reconhecer as empresas<br />

como líderes, estimulando o fluxo de informação de gestão e redução de situações de assimetria<br />

de acesso à mesma que prejudicam o financiamento empresarial. Desenvolver uma rede de empresas<br />

e parceiros que facilite o acesso a produtos e serviços que potenciem a capacitação, a gestão,<br />

a inovação. Dinamizar uma rede de empresas <strong>PME</strong> Líder com mulheres na liderança. Aprofundar o<br />

conhecimento dos elementos distintivos destas empresas para que, cada vez mais, as boas práticas<br />

possam ser divulgadas e replicadas.<br />

Como foi feita a seleção das <strong>PME</strong> Líder 2016?<br />

A seleção é iniciada pela banca, junto com as empresas, que submetem as candidaturas ao IA<strong>PME</strong>I<br />

e ao Turismo de Portugal para validação, tendo em atenção as condições de acesso e os indicadores<br />

definidos.<br />

Pode resumir os principais fatores que levam uma empresa a ser <strong>PME</strong> Líder?<br />

Um conjunto de indicadores associados, por exemplo, o volume de negócio, EBITDA, Resultado Líquido,<br />

Rendibilidade Líquida do Capital Próprio, Dívida Financeira Líquida/EBITDA e número de UTA’s, que tem<br />

de ser superior a 8.<br />

Que vantagens tem uma empresa ao adquirir o estatuto de <strong>PME</strong> Líder?<br />

Reconhecimento como empresa sólida e como exemplo de gestão, o que impulsiona o seu posicionamento<br />

face a fornecedores e clientes, para além de outros parceiros, como a banca.<br />

Condições preferenciais em termos de acesso a financiamento, bens e serviços.<br />

Como caracteriza as <strong>PME</strong> Líder 2016, a nível de postos de trabalho, volume de negócios, e distribuição<br />

regional e setorial?<br />

O volume de negócios sobe em relação ao ano anterior em mais de 6%, para quase 31 mil milhões.<br />

Apresentam cerca de 250 mil postos de trabalho para as cerca de 7.100 empresas, o que dá uma<br />

média de 35 trabalhadores por empresa. Porto, Lisboa e Aveiro são os três distritos que lideram.<br />

Qual a importância que a banca está a dar<br />

às <strong>PME</strong>?<br />

Enorme. Os bancos envolvidos têm sido<br />

parceiros inexcedíveis. Isto porque estas<br />

empresas têm indicadores económico-<br />

-financeiros não apenas sólidos, como<br />

dispõem de informação de gestão transparente.<br />

E, isso, é uma forma de reduzir a<br />

perceção de risco associada.<br />

Em <strong>2017</strong>, quais serão as principais apostas<br />

do IA<strong>PME</strong>I para apoiar as <strong>PME</strong>?<br />

Continuaremos a consolidar os instrumentos<br />

de apoio que se encontram disponíveis.<br />

Nos incentivos, a fasquia em termos<br />

de execução está mais alta, pelo que temos<br />

apostado, decididamente, na redução de<br />

custos administrativos das empresas e proximidade<br />

com elas. Por isso, temos vindo a<br />

introduzir novas funcionalidades na nossa<br />

“conta corrente” para a gestão dos sistemas<br />

de incentivos, com o objetivo de facilitar a<br />

vida às empresas.<br />

A implementação e acompanhamento<br />

dos clusters de competitividade vai ser<br />

outra das nossas prioridades, pelo seu<br />

potencial de aumento de eficiência nas<br />

escolhas estratégicas dos setores, potencial<br />

internacional, impacto nos esforços<br />

de inovação aberta e estabelecimento de<br />

redes colaborativas. A dinamização de<br />

mais medidas especificamente orientadas<br />

para a digitalização da economia e<br />

para a Indústria 4.0 é outro bom exemplo.<br />

O ano de <strong>2017</strong> será um ano particularmente<br />

importante para dar um<br />

impulso à atividade da rede associada<br />

à Agenda Portugal Digital, coordenada<br />

pelo IA<strong>PME</strong>I. Uma nota final, nestes<br />

meros exemplos que estou a dar, para<br />

assinalar que o IA<strong>PME</strong>I subscreveu, em<br />

nome de Portugal, e em parceria com<br />

a FCT, um conjunto de Programas da<br />

ESA, virados para as áreas aeronáutica<br />

e aeroespacial. Estamos a proceder a todos<br />

os esforços para desenvolver uma<br />

participação cada vez maior de <strong>PME</strong><br />

portuguesas nestes programas.<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

07


MERCADO RANKING <strong>PME</strong> EXCELÊNCIA 2016<br />

REFORÇO<br />

DA CAPACIDADE<br />

COMPETITIVA<br />

Este ano, foram 60 as empresas do aftermarket que receberam<br />

o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência 2016. A aposta tem sido na<br />

capacidade competitiva das empresas, baseada na inovação,<br />

gestão e investimento. O objetivo deve ser continuar este<br />

caminho, criando condições para alargar o número de empresas<br />

que sejam capazes de alcançar este elevado estatuto<br />

H<br />

Houve um esforço muito significativo<br />

na modernização de processos e equipamentos<br />

produtivos, na certificação de<br />

qualidade, na qualificação de recursos<br />

humanos, na capacitação para a inovação<br />

e na aproximação aos consumidores,<br />

antecipando tendências e dando<br />

resposta a soluções com cada vez maior<br />

nível de sofisticação e diferenciação,<br />

com a aposta no marketing, no conhecimento,<br />

na diversificação de mercados e<br />

08 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


na exploração de novas formas de comercialização.<br />

Tudo isto acompanhado<br />

por um reforço substancial de capacidade<br />

de gestão e de posicionamento estratégico<br />

das empresas. E os resultados<br />

são visíveis no crescimento demonstrado<br />

pela maioria das organizações que<br />

constam do ranking que apresentamos.<br />

Tal significa que muitas empresas conseeguiram,<br />

em 2016, melhorar os seus<br />

desempenhos económico-financeiros<br />

e os seus resultados, o que representou<br />

um notável contributo para o desenvolvimento<br />

do país e ajudou à superação<br />

das dificuldades económicas que<br />

atravessamos, apesar dos graves custos<br />

de contexto que o país ainda apresenta,<br />

decorrentes da sua excessiva centralização,<br />

regulamentação e burocracia.<br />

São apenas as <strong>PME</strong> que criam riqueza,<br />

investimento e emprego. E que podem<br />

tirar o país da crise. Infelizmente, ainda<br />

prevalece entre nós uma cultura muito<br />

pouco “amiga” das empresas, da livre<br />

iniciativa e do empreendedorismo. E<br />

um Estado excessivamente pesado, que<br />

consome grande parte da riqueza criada<br />

pela sociedade civil.<br />

PARABÉNS ÀS EMPRESAS <strong>PME</strong><br />

EXCELÊNCIA AFTERMARKET<br />

As empresas <strong>PME</strong> Excelência são uma referência para a economia portuguesa. Obter este estatuto, seletivo<br />

e exigente, é motivo de reconhecimento e de orgulho para as empresas, para o IA<strong>PME</strong>I e para os<br />

seus parceiros. No aftermarket, foram 60 as empresas distinguidas com este estatuto, o que lhes confere<br />

uma notoriedade acrescida. Mas, também, maior responsabilidade, motivação e profissionalismo.<br />

O reconhecimento destas empresas <strong>PME</strong> Excelência potencia o estabelecimento de relações de credibilidade,<br />

sustentáveis, no domínio do financiamento, no domínio da participação em cadeias de valor,<br />

no domínio da inovação colaborativa, no domínio da internacionalização e no domínio da redução da<br />

incerteza a que as empresas estão sujeitas na sua gestão estratégica.<br />

Estas condições são essenciais para dinamizar e fortalecer o aftermarket em Portugal, condição essencial<br />

para o seu crescimento. E este investimento, inovador e gerador de diferenciação, tem um potencial<br />

de evolução que está cada vez mais potenciado pelo recurso às modernas tecnologias de informação.<br />

TEMPOS SÃO DE EXIGÊNCIA<br />

Os mercados e os consumidores (finais<br />

e intermédios), são, cada vez mais,<br />

exigentes, detêm cada vez mais informação,<br />

exigem cada vez maiores ritmos<br />

de mudança. A inovação e a diferenciação<br />

são, por isso mesmo, o cerne da<br />

capacidade competitiva das empresas<br />

num mercado globalizado.<br />

O principal desafio que as <strong>PME</strong> têm<br />

pela frente é o de manterem a competitividade<br />

num mercado alargado e cada<br />

vez mais concorrencial. E que saibam<br />

afirmar a sua individualidade pela qualidade<br />

e diferenciação dos seus produtos<br />

ou serviços que oferecem, apostando na<br />

inovação, subindo na cadeia de valor,<br />

em muitos casos apostando em marcas<br />

próprias e procurando ganhar dimensão.<br />

Pode ser através de estratégias<br />

colaborativas, da ligação a polos competitivos<br />

ou da partilha de determinada<br />

informação, que lhes permita ajudar a<br />

consolidar a sua presença no mercado<br />

onde operam.<br />

O NÍVEL DE EXIGÊNCIA DAS<br />

<strong>PME</strong> EXCELÊNCIA TEM DE SER<br />

SEMPRE MAIS ELEVADO DO<br />

QUE O NORMAL, POIS SÓ AÍ SE<br />

TORNARÁ VISÍVEL A EVOLUÇÃO<br />

DA QUALIDADE DO TRABALHO<br />

E, POR CONSEGUINTE, DOS<br />

RESULTADOS OBTIDOS<br />

SOLUÇÕES DE FINANCIAMENTO<br />

Em termos de financiamento, existe um<br />

conjunto alargado de soluções que conseguem<br />

responder, transversalmente,<br />

às principais necessidades das empresas,<br />

acompanhando todo o seu ciclo<br />

de desenvolvimento. Desde capital de<br />

risco a incentivos, passando pelo investimento.<br />

Crédito com garantia, soluções<br />

de capitalização, fundos de reestruturação<br />

e outras soluções mistas, as empresas<br />

podem contar com uma série de<br />

instrumentos que as ajuda a financiar o<br />

seu negócio. O importante é que se informem<br />

bem sobre cada um deles e escolham<br />

a solução que melhor se adeque<br />

à sua necessidade em concreto.<br />

CAMINHO DE CRESCIMENTO<br />

O grande desafio para a generalidade das<br />

<strong>PME</strong> é o de reencontrarem o caminho<br />

do crescimento. Por isso, a inovação deve<br />

assumir um papel central na estratégia<br />

das empresas. Nesse sentido, é importante<br />

sistematizar e gerir internamente<br />

essas atividades de inovação. Há muitas<br />

empresas que inovam mas nem sempre<br />

conseguem demonstrar o esforço e os resultados<br />

da inovação. O que as leva a perderem<br />

oportunidade de acesso a incentivos<br />

de apoio a atividades de inovação.<br />

CRITÉRIOS <strong>PME</strong><br />

EXCELÊNCIA 2016<br />

• Autonomia Financeira em 2015 >= 37,5% (Capitais Próprios/Ativo)<br />

• Rendibilidade Líquida do Capital Próprio >= 12,5% (Res. Líquido/<br />

Cap. Próprio)<br />

• Dívida Financeira Líquida/EBITDA = 10%<br />

• EBITDA/Volume de Negócios >= 7,5%<br />

• Crescimento do Volume de Negócios >= 0%<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

09


MERCADO RANKING <strong>PME</strong> EXCELÊNCIA 2016<br />

N.º EMPRESA<br />

DISTRITO VOLUME<br />

NEGÓCIOS<br />

2015<br />

ATIVO<br />

LÍQUIDO<br />

2015<br />

AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

RESULTADOS<br />

LÍQUIDOS<br />

2015<br />

CAPITAL<br />

PRÓPRIO<br />

2015<br />

RENTABILIDADE<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

1 JOSÉ ANICETO & IRMÃO, LDA. COIMBRA 29,223 15,943 75.0 2,699 11,951 22.6<br />

2 AUTOZITÂNIA - ACESSÓRIOS E SOBRESSALENTES, S.A. LISBOA 25,052 23,559 44.4 2,208 10,453 21.1<br />

3 AUTO DELTA - COMÉRCIO DE PEÇAS, ACESSÓRIOS E AUTO., LDA. LEIRIA 17,953 11,543 64.8 1,013 7,480 13.5<br />

4 FIMAG - IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO DE ACESSÓRIOS, LDA. BRAGA 11,860 10,543 61.4 1,258 6,474 19.4<br />

5 INDÚSTRIAS METÁLICAS VENEPORTE, S.A. AVEIRO 11,400 13,919 60.8 1,087 8,462 12.8<br />

6 A. VIEIRA, S.A. BRAGA 11,029 7,837 62.4 834 4,891 17.1<br />

7 HBC II - PEÇAS AUTO, LDA. LEIRIA 10,322 10,301 40.5 725 4,169 17.4<br />

8 AUTO SILVA ACESSÓRIOS PORTO 9,860 8,431 53.3 623 4,493 13.9<br />

9 LEIRILIS - ACESSÓRIOS E PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, S.A. LEIRIA 9,216 6,026 51.3 544 3,092 17.6<br />

10 MOTORBUS - REPARAÇÕES E PEÇAS AUTO, LDA. PORTO 7,159 6,370 42.4 673 2,704 24.9<br />

11 VIEIRA & FREITAS, LDA. BRAGA 6,891 5,595 85.9 679 4,806 14.1<br />

12 SANDIA STAND - ACESSÓRIOS AUTO, LDA. FARO 6,756 3,205 68.8 557 2,204 25.3<br />

13 IMPORQUÍMICA - INDÚSTRIA PORTUGUESA DE PROD. QUÍIMICA, S.A. SETÚBAL 5,349 4,622 46.4 467 2,144 21.8<br />

14 AUTOFLEX - COMÉRCIO DE TINTAS E PRODUTOS QUÍMICOS, LDA. AVEIRO 4,266 4,116 81.8 479 3,366 14.2<br />

15 ALECARPEÇAS - ACESSÓRIOS DE AUTOMÓVEIS, LDA. LISBOA 4,240 2,346 42.9 273 1,007 27.1<br />

16 LOJA DE TINTAS - COMÉRCIO DE TINTAS, LDA. SETÚBAL 4,057 3,063 47.2 270 1,447 18.7<br />

17 AUTO FORNECEDORA - ACESSÓRIOS, LDA. PORTO 3,931 2,704 68.2 512 1,844 27.8<br />

18 NEOCOM - DISTRIBUIÇÃO DE COMPONENTES AUTOMÓVEL, LDA. AVEIRO 3,706 5,253 57.6 669 3,025 22.1<br />

19 BLUE CHEM - INDÚSTRIA E COMÉRCIO, S.A. BRAGA 3,548 1,698 45.1 431 765 56.3<br />

20 MACOS - EXTRAS E ACESSÓRIOS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. PORTO 3,382 2,590 70.0 280 1,814 15.4<br />

21 FILOURÉM - COMÉRCIO DE PEÇAS AUTO, LDA. SANTARÉM 3,221 2,058 44.5 180 916 19.7<br />

22 AUTO TORRE DA MARINHA - COM. DE PEÇAS P/ VEÍCULOS AUTO. SETÚBAL 3,196 2,302 69.0 230 1,589 14.5<br />

23 MANUEL PEREIRA DE SOUSA, LDA. (SOUSA DOS RADIADORES) PORTO 3,179 3,342 83.1 609 2,776 21.9<br />

24 J. ALVES - OFICINAS AUTO, LDA. PORTO 2,981 1,614 40.4 179 652 27.5<br />

25 TURBOMAX - COMÉRCIO DE COMPONENTES AUTO, LDA. SETÚBAL 2,790 2,240 55.4 308 1,241 24.8<br />

26 SERVIDIESEL - REP. E COM. DE BOMBAS INJEC. E TURBO., LDA. LISBOA 2,605 1,286 48.8 90 628 14.3<br />

27 FRANCECAR - PEÇAS AUTOMÓVEIS, LDA. VISEU 2,585 1,419 83.7 205 1,187 17.3<br />

28 VIA PESADOS - COMÉRCIO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTO, LDA. V. DO CASTELO 2,290 1,382 44.1 95 610 15.6<br />

29 AUTOENGENHOCAS - REPARAÇÕES DE AUTOMÓVEIS, LDA. LISBOA 2,263 2,218 62.3 252 1,382 18.2<br />

30 MOTA & PIMENTA, LDA. BRAGA 2,180 1,698 54.8 123 930 13.2<br />

31 JOSÉ MANUEL RODRIGUES FORTUNATO - SOC. UNIPESSOAL, LDA. C. BRANCO 2,132 1,348 57.0 119 768 15.5<br />

32 AÇORPEÇAS - PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA AUTOMOVEIS P. DELGADA 2,120 1,573 85.1 226 1,339 16.9<br />

33 DMS - TRUCKS, LDA. LEIRIA 2,080 2,577 81.5 489 2,101 23.3<br />

34 GULOSIPEÇAS - PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTO, LDA. V. DO CASTELO 2,023 1,411 42.4 174 598 29.1<br />

35 ALGARCHAPA - COMÉRCIO DE PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS, LDA. FARO 2,002 1,122 48.5 157 544 28.9<br />

36 MCS - PEÇAS E ACESSÓRIOS P/AUTO. E CAMIÕES, UNI., LDA. LISBOA 1,943 1,566 45.3 136 709 19.2<br />

37 EQUIWASH - COM. E ASSISTÊNCIA DE EQUIP. E PROD. AUTO, LDA. BRAGA 1,933 1,463 62.1 279 908 30.7<br />

38 ELECTRO-MARQUES - REPARAÇÕES ELÉCTRICAS AUTO, LDA. SANTARÉM 1,867 1,374 65.4 241 898 26.8<br />

39 M.C.D. GARCIA, LDA. LISBOA 1,803 1,029 70.8 135 729 18.5<br />

40 RUBBER VULK, LDA. VISEU 1,801 1,653 52.9 145 875 16.6<br />

41 ALFILTRUCKS, LDA. LISBOA 1,776 1,466 42.2 93 619 15.0<br />

42 RUGEMPEÇAS, LDA. LISBOA 1,760 1,761 51.8 188 913 20.6<br />

43 SIMPORAL - SOC. IMPORTADORA DE PEÇAS P/ AUTOMÓVEIS, LDA. LISBOA 1,654 976 43.5 154 425 36.2<br />

44 TURBOTEST, LDA. BRAGA 1,532 1,206 38.9 90 469 19.2<br />

45 LOVISTINS - COMÉRCIO DE MÁQUINAS E TINTAS, LDA. VISEU 1,497 1,562 60.7 170 948 17.9<br />

46 AUTO REPARADORA CARLOS A. D. ROSA, LDA. AVEIRO 1,424 1,408 52.3 211 737 28.6<br />

47 SOTINAR DOIS - TINTAS E SISTEMAS DE PINTURA, LDA. AVEIRO 1,408 1,414 78.0 143 1,103 13.0<br />

48 COMSOFTWEB - SISTEMAS INFORMÁTICOS, LDA. LEIRIA 1,405 852 61.6 135 525 25.7<br />

49 CALÇADA & COSTA - REPARAÇÕES DE AUTOMÓVEIS, LDA. V. DO CASTELO 1,387 2,348 89.8 270 2,108 12.8<br />

50 COMERCIALPEÇAS - MÁRIO DE ALMEIDA & MARTINS, LDA. PORTO 1,324 1,426 39.1 137 558 24.6<br />

51 MÁRIO SANTOS SILVA - MANUT. E REP. DE VEÍCULOS AUTO., LDA. LEIRIA 1,316 882 54.8 141 483 29.2<br />

52 ALTARODA, S.A. PORTO 1,299 1,165 77.4 164 902 18.2<br />

53 DAVID ABREU, UNIPESSOAL. LDA. BRAGA 1,290 1,288 45.0 81 580 14.0<br />

54 CORCET, LDA. PORTO 1,246 1,246 32.7 121 407 29.7<br />

55 CORAUTO - PINTURA E TÉCNICA AUTOMÓVEL, LDA. AVEIRO 1,239 890 39.8 55 354 15.5<br />

56 DANIEL MESTRE - COMÉRCIO DE PNEUS, UNIPESSOAL, LDA. BEJA 1,237 2,256 39.8 145 899 16.1<br />

57 SOBRAIS - FÁBRICA DE RADIADORES E COMP. TÉRMICOS, LDA. COIMBRA 1,208 888 51.2 111 455 24.4<br />

58 TACOFROTA - COMÉRCIO DE TACÓGRAFOS, LDA. SANTARÉM 1,158 878 63.9 81 561 14.4<br />

59 STATION VIANA - CENTRO DE MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS V. DO CASTELO 1,146 654 38.1 40 249 16.1<br />

60 MANUEL MARIA & CAETANO, LDA. FARO 1,059 1,083 82.5 124 893 13.9<br />

10 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


VALOR ACRESCENTADO<br />

BRUTO 2015<br />

CRESCIMENTO<br />

VOLUME NEGÓCIOS<br />

CRESCIMENTO<br />

LUCROS<br />

ENDIVIDAMENTO<br />

N.º TRABALHADORES<br />

2015<br />

PASSIVO SOLVABILDADE PRODUTIVIDADE RENTABILIDADE<br />

VOL. NEGÓCIOS<br />

RENTABILIDADE<br />

ATIVO<br />

ROTAÇÃO ATIVO<br />

4,430 2.9 1.8 25.0 42 3,992 3.0 695.8 9.2 16.9 1.8<br />

5,467 8.1 15.7 55.6 73 13,106 0.8 343.2 8.8 9.4 1.1<br />

3,207 15.5 -1.6 35.2 70 4,063 1.8 256.5 5.6 8.8 1.6<br />

2,662 10.8 24.9 38.6 51 4,069 1.6 232.5 10.6 11.9 1.1<br />

4,950 -1.2 10.9 39.2 164 5,457 1.6 69.5 9.5 7.8 0.8<br />

2,640 2.1 24.3 37.6 63 2,946 1.7 175.1 7.6 10.6 1.4<br />

2,916 2.7 9.8 59.5 65 6,132 0.7 158.8 7.0 7.0 1.0<br />

2,243 11.4 45.2 46.7 48 3,938 1.1 205.4 6.3 7.4 1.2<br />

1,974 16.9 86.3 48.7 43 2,934 1.1 214.3 5.9 9.0 1.5<br />

1,458 9.2 45.0 57.6 17 3,666 0.7 421.1 9.4 10.6 1.1<br />

1,712 9.7 13.4 14.1 27 789 6.1 255.2 9.9 12.1 1.2<br />

1,843 10.1 -5.4 31.2 48 1,001 2.2 140.8 8.2 17.4 2.1<br />

1,595 29.2 46.4 53.6 38 2,478 0.9 140.8 8.7 10.1 1.2<br />

479 2.6 -11.9 18.2 21 750 4.5 203.1 11.2 11.6 1.0<br />

826 24.7 26.4 57.1 22 1,339 0.8 192.7 6.4 11.6 1.8<br />

929 2.1 309.1 52.8 25 1,616 0.9 162.3 6.7 8.8 1.3<br />

1,087 11.7 39.5 31.8 14 860 2.1 280.8 13.0 18.9 1.5<br />

2,016 47.2 -17.0 42.4 22 2,228 1.4 168.5 18.1 12.7 0.7<br />

711 15.8 179.9 54.9 12 933 0.8 295.7 12.1 25.4 2.1<br />

849 7.4 102.9 30.0 23 776 2.3 147.0 8.3 10.8 1.3<br />

536 29.5 100.0 55.5 15 1,142 0.8 214.7 5.6 8.7 1.6<br />

707 15.0 -0.9 31.0 18 713 2.2 177.6 7.2 10.0 1.4<br />

1,326 5.8 14.3 16.9 25 566 4.9 127.2 19.2 18.2 1.0<br />

1,358 14.2 118.3 59.6 52 962 0.7 57.3 6.0 11.1 1.8<br />

880 0.6 -12.5 44.6 19 999 1.2 146.8 11.0 13.8 1.2<br />

901 19.9 26.8 51.2 33 658 1.0 78.9 3.5 7.0 2.0<br />

577 6.8 25.0 16.3 13 232 5.1 198.8 7.9 14.4 1.8<br />

454 12.0 -50.3 55.9 11 772 0.8 208.2 4.1 6.9 1.7<br />

986 19.2 2.4 37.7 29 836 1.7 78.0 11.1 11.4 1.0<br />

717 13.8 7.0 45.2 17 768 1.2 128.2 5.6 7.2 1.3<br />

406 3.3 6.3 43.0 15 580 1.3 142.1 5.6 8.8 1.6<br />

511 2.5 -20.1 14.9 14 234 5.7 151.4 10.7 14.4 1.3<br />

1,081 6.0 20.1 18.5 14 476 4.4 148.6 23.5 19.0 0.8<br />

534 14.8 -7.9 57.6 16 813 0.7 126.4 8.6 12.3 1.4<br />

447 1.6 20.8 51.5 19 578 0.9 105.4 7.8 14.0 1.8<br />

446 6.1 18.3 54.7 15 857 0.8 129.5 7.0 8.7 1.2<br />

651 66.1 132.5 37.9 14 555 1.6 138.1 14.4 19.1 1.3<br />

853 44.8 84.0 34.6 25 476 1.9 74.7 12.9 17.5 1.4<br />

398 8.7 16.4 29.2 14 300 2.4 128.8 7.5 13.1 1.8<br />

532 -1.4 -22.5 47.1 13 778 1.1 138.5 8.1 8.8 1.1<br />

569 16.8 -37.2 57.8 23 847 0.7 77.2 5.2 6.3 1.2<br />

437 14.5 13.9 48.2 13 848 1.1 135.4 10.7 10.7 1.0<br />

591 13.1 258.1 56.5 14 551 0.8 118.1 9.3 15.8 1.7<br />

579 26.7 9.8 61.1 26 737 0.6 58.9 5.9 7.5 1.3<br />

474 5.3 57.4 39.3 10 614 1.5 149.7 11.4 10.9 1.0<br />

519 17.1 33.5 47.7 13 671 1.1 109.5 14.8 15.0 1.0<br />

442 16.1 186.0 22.0 9 311 3.5 156.4 10.2 10.1 1.0<br />

586 11.8 19.5 38.4 20 327 1.6 70.3 9.6 15.8 1.6<br />

697 6.7 24.4 10.2 20 240 8.8 69.4 19.5 11.5 0.6<br />

371 1.1 16.1 60.9 9 868 0.6 147.1 10.3 9.6 0.9<br />

630 29.5 88.0 45.2 15 399 1.2 87.7 10.7 16.0 1.5<br />

455 7.6 53.3 22.6 11 263 3.4 118.1 12.6 14.1 1.1<br />

423 6.6 97.6 55.0 18 708 0.8 71.7 6.3 6.3 1.0<br />

391 6.8 188.1 67.3 11 839 0.5 113.3 9.7 9.7 1.0<br />

420 11.6 450.0 60.2 18 536 0.7 68.8 4.4 6.2 1.4<br />

350 86.9 55.9 60.2 10 1,357 0.7 123.7 11.7 6.4 0.5<br />

546 18.3 38.8 48.8 20 433 1.1 60.4 9.2 12.5 1.4<br />

345 2.4 22.7 36.1 10 317 1.8 115.8 7.0 9.2 1.3<br />

322 7.6 0.0 61.9 13 405 0.6 88.2 3.5 6.1 1.8<br />

412 7.7 33.3 17.5 12 190 4.7 88.3 11.7 11.4 1.0<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

11


MERCADO TOP 10 EXCELÊNCIA<br />

AS MELHORES POR CRITÉRIOS<br />

CRESCER NUM<br />

MERCADO<br />

DIFÍCIL<br />

A<br />

A eleição das melhores <strong>PME</strong> Excelência<br />

CRITÉRIOS<br />

Aftermarket por critérios, é uma iniciativa<br />

que pretende premiar as empresas do setor<br />

que mais se destacaram no último ano. Os<br />

critérios que estão na base da escolha das<br />

melhores empresas <strong>PME</strong> Excelência Aftermarket<br />

são os que publicamos nos quadros<br />

a seguir.<br />

A opção por este grupo de critérios radica<br />

no facto de, em conjunto, permitir avaliar<br />

a contribuição das empresas para a economia,<br />

verificar o seu dinamismo, medir a sua<br />

rentabilidade e compreender o equilíbrio<br />

financeiro, que são condições necessárias<br />

para garantir o futuro e a sustentabilidade<br />

do negócio.<br />

Para medir a contribuição das empresas<br />

para a economia, usa-se a relação entre o<br />

valor acrescentado bruto e as vendas líquidas<br />

(VAB por vendas). Pretende-se, assim,<br />

medir o contributo da organização para<br />

a economia por cada euro vendido. Por<br />

outro lado, limita-se o favorecimento das<br />

empresas de maior dimensão, uma vez<br />

que se se utilizasse apenas o critério valor<br />

acrescentado bruto, por ser um indicador<br />

expresso em valores absolutos, estas seriam<br />

desfavorecidas.<br />

Os rácios e indicadores que fazem o retrato económico e<br />

financeiro das <strong>PME</strong> Excelência Aftermarket, bem como a<br />

avaliação da sua performance, servem de base à escolha<br />

das melhores empresas. A avaliação foi realizada pela IF4<br />

ESCOLHIDOS<br />

Para fazer a avaliação do Top 10 Excelência,<br />

a <strong>Revista</strong> <strong>PME</strong> Líder e Excelência Aftermaket,<br />

em parceria com a IF4, utilizou um<br />

conjunto de indicadores e rácios económico-financeiros,<br />

que permitem fazer um retrato<br />

das principais empresas e setores de<br />

atividade. Esta apresentação dos termos<br />

técnicos utilizados permite ficar a saber o<br />

que significam, como se calculam e se interpretam<br />

os indicadores e rácios utilizados,<br />

que tanto são de natureza quantitativa<br />

como de índole qualitativa. É este conjunto<br />

de dados e indicadores que permite traçar<br />

um retrato quantitativo da realidade das<br />

<strong>PME</strong> Excelência do Aftermarket nacional.<br />

ATIVO LÍQUIDO<br />

Valor dos recursos à disposição da empresa.<br />

Corresponde ao valor dos ativos correntes<br />

e não correntes líquidos de depreciações,<br />

amortizações e ajustamentos.<br />

AUTONOMIA FINANCEIRA<br />

É um indicador do equilíbrio financeiro<br />

da empresa, já que mede o grau de financiamento<br />

do ativo pelos capitais próprios.<br />

Calculada pelo quociente entre os capitais<br />

próprios e o ativo total líquido. Indica o<br />

peso dos capitais próprios no financiamento<br />

da empresa e complementa o rácio<br />

de endividamento.<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

Valor calculado pela soma do capital das<br />

ações próprias, das prestações suplementares<br />

e/ou acessórias, dos prémios de emissão<br />

de ações/quotas, dos ajustamentos de<br />

partes de capital, das reservas, dos resultados<br />

transitados e do resultado líquido do<br />

exercício.<br />

CRESCIMENTO DO VOLUME DE NEGÓCIOS<br />

Critério essencial para avaliar o dinamismo<br />

e a eficácia da empresa, em tempo de<br />

crise. Calculado com o aumento das vendas<br />

e prestações de serviços entre o exercício<br />

corrente e o anterior, em percentagem.<br />

Valores positivos indicam crescimento das<br />

vendas, dinamismo empresarial e conquista<br />

de novos clientes ou quotas de mercado.<br />

ENDIVIDAMENTO<br />

Relação entre passivo e ativo líquidos em<br />

percentagem. Mede a participação de capitais<br />

alheios no financiamento. Quando<br />

12 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


superior a 100, considera-se situação de<br />

falência técnica. É complementar ao rácio<br />

de autonomia financeira.<br />

LUCROS<br />

Corresponde ao lucro (ou prejuízo) apresentado<br />

no balanço da empresa. Considera-se<br />

o valor líquido de impostos.<br />

NÚMERO DE TRABALHADORES<br />

Indicador que dá sinais para a expansão<br />

futura da empresa. Em tempo de crise, a<br />

manutenção do emprego já pode ser considerado<br />

um resultado ambicioso face à<br />

onda de encerramentos e dispensas de pessoal.<br />

O dado indicado refere-se ao número<br />

de funcionários ao serviço da empresa em<br />

31 de dezembro de 2016 e serve para o cálculo<br />

da produtividade do trabalho.<br />

PASSIVO<br />

Valor dos passivos correntes e não correntes<br />

da empresa. Pode ser obtido subtraindo<br />

o capital próprio do ativo líquido.<br />

PRODUTIVIDADE REAL<br />

Valor da contribuição de cada trabalhador<br />

para o volume de negócios da empresa.<br />

Mede a eficiência da empresa na utilização<br />

dos seus recursos humanos, representando<br />

os valores mais elevados maior produtividade.<br />

Comparações entre a produtividade<br />

de empresas de diferentes setores devem<br />

ser feitas com cuidado, tal como comparações<br />

de produtividade entre setores de<br />

atividade diferentes.<br />

RENTABILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS<br />

Mede a taxa de retorno dos capitais investidos<br />

pelos acionistas ou sócios na empresa,<br />

obtida pela divisão dos resultados líquidos<br />

pelo capital próprio. Comparando esta taxa<br />

com as remunerações oferecidas no mercado<br />

de capitais ou com o custo do financiamento,<br />

os detentores das ações podem<br />

concluir se o capital está a ser bem aplicado.<br />

RENTABILIDADE DO ATIVO LÍQUIDO<br />

Resultado líquido do exercício a dividir<br />

pelo ativo líquido, expresso em percentagem.<br />

Representa a taxa de retorno dos<br />

ativos líquidos totais da empresa.<br />

RENTABILIDADE DAS VENDAS<br />

Resultado operacional (antes de gastos<br />

de financiamento e impostos) do exercício<br />

a dividir pelas vendas e prestações de<br />

serviço, em percentagem. Mede o lucro<br />

operacional ou o prejuízo da empresa por<br />

cada euro vendido.<br />

ROTAÇÃO DO ATIVO<br />

Vendas a dividir pelo ativo líquido. Mede<br />

o grau de eficiência na utilização dos recursos.<br />

SOLVABILIDADE<br />

Relação entre capital próprio e passivo.<br />

Mede a capacidade da empresa no sentido<br />

de satisfazer os compromissos de longo<br />

prazo. Quanto maior for o rácio, melhor a<br />

empresa responde aos seus compromissos,<br />

mantendo autonomia financeira.<br />

VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB)<br />

Um critério dimensional que tipifica o<br />

contributo da empresa para a economia<br />

nacional. Calculado mediante a soma das<br />

vendas e das prestações de serviços, trabalhos<br />

para a própria empresa, variação<br />

de produção, subsídios à exploração e receitas<br />

suplementares, menos consumos<br />

intermédios e os fornecimentos e serviços<br />

externos.<br />

n. 0 empresa ativo líquido<br />

1 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 23,559<br />

2 José Aniceto & Irmão, Lda. 15,943<br />

3 Indústrias Metálicas Veneporte, S.A. 13,919<br />

4 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Auto., Lda. 11,543<br />

5 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 10,543<br />

6 HBC II - Peças Auto, Lda. 10,301<br />

7 Auto Silva Acessórios 8,431<br />

8 A. Vieira, S.A. 7,837<br />

9 Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda. 6,370<br />

10 Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A. 6,026<br />

n. 0 empresa autonomia financeira<br />

1 Calçada & Costa - Reparações Automóveis, Lda. 89.8<br />

2 Vieira & Freitas, Lda. 85.9<br />

3 Açorpeças - Peças e Acessórios para Automóveis 85.1<br />

4 Francecar - Peças Automóveis, Lda. 83.7<br />

5 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) 83.1<br />

6 Manuel Maria & Caetano, Lda. 82.5<br />

7 Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda. 81.8<br />

8 DMS - Trucks, Lda. 81.5<br />

9 Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda. 78.0<br />

10 Altaroda, S.A. 77.4<br />

n. 0 empresa resultados líquidos / lucros<br />

1 José Aniceto & Irmão, Lda. 2,699<br />

2 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 2,208<br />

3 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 1,258<br />

4 Indústrias Metálicas Veneporte, S.A. 1,087<br />

5 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Auto., Lda. 1,013<br />

6 A. Vieira, S.A. 834<br />

7 HBC II - Peças Auto, Lda. 725<br />

8 Vieira & Freitas, Lda. 679<br />

9 Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda. 673<br />

10 Neocom - Distribuição de Componentes Automóvel, Lda. 669<br />

n. 0 empresa capital próprio<br />

1 José Aniceto & Irmão, Lda. 11,951<br />

2 Autozitânia-Acessórios e Sobressalentes, S.A. 10,453<br />

3 Indústrias Metálicas Veneporte, S.A. 8,462<br />

4 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Auto., Lda. 7,480<br />

5 Fimag - Importação e Comércio se Acessórios, Lda. 6,474<br />

6 A. Vieira, S.A. 4,891<br />

7 Vieira & Freitas, Lda. 4,806<br />

8 Auto Silva Acessórios 4,493<br />

9 HBC II - Peças Auto, Lda. 4,169<br />

10 Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda. 3,366<br />

n. 0 empresa rentabilidade capital próprio<br />

1 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 56.3<br />

2 Simporal - Soc. Importadora de Peças para Automóveis, Lda. 36.2<br />

3 Equiwash - Com. e Assistência de Equip. e Produtos Auto, Lda. 30.7<br />

4 Corcet, Lda. 29.7<br />

5 Mário Santos Silva - Manutenção e Rep. de Veículos Auto., Lda. 29.2<br />

6 Gulosipeças - Peças e Acessórios Auto, Lda. 29.1<br />

7 Algarchapa - Comércio de Peças para Automóveis, Lda. 28.9<br />

8 Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa, Lda. 28.6<br />

9 Auto Fornecedora - Acessórios, Lda. 27.8<br />

10 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 27.5<br />

n. 0 empresa valor acrescentado bruto<br />

1 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 5,467<br />

2 Indústrias Metálicas Veneporte, S.A. 4,950<br />

3 José Aniceto & Irmão, Lda. 4,430<br />

4 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Auto., Lda. 3,207<br />

5 HBC II - Peças Auto, Lda. 2,916<br />

6 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 2,662<br />

7 A. Vieira, S.A. 2,640<br />

8 Auto Silva Acessórios 2,243<br />

9 Neocom - Distribuição de Componentes Auto., Lda. 2,016<br />

10 Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A. 1,974<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

13


MERCADO TOP 10 EXCELÊNCIA<br />

n. 0 empresa crescimento volume negócios<br />

1 Daniel Mestre - Comércio de Pneus, Unipessoal, Lda. 86.9<br />

2 Equiwash - Comércio e Assist. de Equip. e Prod. Auto, Lda. 66.1<br />

3 Neocom - Distribuição de Componentes Automóvel, Lda. 47.2<br />

4 Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda. 44.8<br />

5 Mário Santos Silva - Manut. e Rep. de Veículos Auto., Lda. 29.5<br />

6 Filourém - Comércio de Peças Auto, Lda. 29.5<br />

7 Imporquímica - Indústria Portuguesa de Prod. Química, S.A. 29.2<br />

8 Turbotest, Lda. 26.7<br />

9 Alecarpeças - Acessórios de Automóveis, Lda. 24.7<br />

10 Servidiesel - Rep. e Com. de Bombas Injectoras e Turbo, Lda. 19.9<br />

n. 0 empresa crescimento resultados líquidos / lucros<br />

1 Corauto - Pintura e Técnica Automóvel, Lda. 450.0<br />

2 Loja de Tintas - Comércio de Tintas, Lda. 309.1<br />

3 Simporal - Soc. Importadora de Peças para Auto., Lda. 258.1<br />

4 Corcet, Lda. 188.1<br />

5 Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda. 186.0<br />

6 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 179.9<br />

7 Equiwash - Com. e Assis. de Equip. e Produtos Auto, Lda. 132.5<br />

8 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 118.3<br />

9 Macos - Extras e Acessórios para Automóveis, Lda. 102.9<br />

10 Filourém - Comércio de Peças Auto, Lda. 100.0<br />

n. 0 empresa endividamento<br />

1 Corcet, Lda. 67.3<br />

2 Station Viana - Centro de Manutenção de Veículos 61.9<br />

3 Turbotest, Lda. 61.1<br />

4 Comercialpeças - Mário de Almeida & Martins, Lda. 60.9<br />

5 Corauto - Pintura e Técnica Automóvel, Lda. 60.2<br />

6 Daniel Mestre - Comércio de Pneus, Unipessoal, Lda. 60.2<br />

7 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 59.6<br />

8 HBC II - Peças Auto, Lda. 59.5<br />

9 Alfiltrucks, Lda. 57.8<br />

10 Gulosipeças - Peças e Acessórios Auto, Lda. 57.6<br />

n. 0 empresa n. 0 trabalhadores<br />

1 Indústrias Metálicas Veneporte, S.A. 164<br />

2 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 73<br />

3 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda. 70<br />

4 HBC II - Peças Auto, Lda. 65<br />

5 A. Vieira, S.A. 63<br />

6 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 52<br />

7 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 51<br />

8 Auto Silva Acessórios 48<br />

9 Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda. 48<br />

10 Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A. 43<br />

n. 0 empresa passivo<br />

1 Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A. 13,106<br />

2 HBC II - Peças Auto, Lda. 6,132<br />

3 Indústrias Metálicas Veneporte, S.A. 5,457<br />

4 Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 4,069<br />

5 Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda. 4,063<br />

6 José Aniceto & Irmão, Lda. 3,992<br />

7 Auto Silva Acessórios 3,938<br />

8 Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda. 3,666<br />

9 A. Vieira, S.A. 2,946<br />

10 Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A. 2,934<br />

n. 0 empresa solvabildade<br />

1 Calçada & Costa - Reparações Automóveis, Lda. 8.8<br />

2 Vieira & Freitas, Lda. 6.1<br />

3 Açorpeças - Peças e Acessórios para Automóveis 5.7<br />

4 Francecar - Peças Automóveis, Lda. 5.1<br />

5 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) 4.9<br />

6 Manuel Maria & Caetano, Lda. 4.7<br />

7 Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda. 4.5<br />

8 DMS - Trucks, Lda. 4.4<br />

9 Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda. 3.5<br />

10 Altaroda, S.A. 3.4<br />

n. 0 empresa produtividade<br />

1 José Aniceto & Irmão, Lda. 695.8<br />

2 Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda. 421.1<br />

3 Autozitânia-Acessórios e Sobressalentes, S.A. 343.2<br />

4 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 295.7<br />

5 Auto Fornecedora-Acessórios, Lda. 280.8<br />

6 Auto Delta-Comércio ee Peças, Acessórios e Automóveis, Lda. 256.5<br />

7 Vieira & Freitas, Lda. 255.2<br />

8 Fimag-Importação e Comércio de Acessórios, Lda. 232.5<br />

9 Filourém-Comércio de Peças Auto, Lda. 214.7<br />

10 Leirilis-Acessórios e Peças para Automóveis, S.A. 214.3<br />

n. 0 empresa rentabilidade volume negócios<br />

1 DMS - Trucks, Lda. 23.5<br />

2 Calçada & Costa - Reparaões Automóveis, Lda. 19.5<br />

3 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) 19.2<br />

4 Neocom - Distribuição de Componentes Automóvel, Lda. 18.1<br />

5 Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa, Lda. 14.8<br />

6 Equiwash - Comércio e Assist. de Equip. e Produtos Auto, Lda. 14.4<br />

7 Auto Fornecedora - Acessórios, Lda. 13.0<br />

8 Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda. 12.9<br />

9 Altaroda, S.A. 12.6<br />

10 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 12.1<br />

n. 0 empresa rentabilidade ativo<br />

1 Blue Chem - Indústria E Comércio, S.A. 25.4<br />

2 Equiwash - Comércio e Assist. de Equip. e Produtos Auto., Lda. 19.1<br />

3 DMS - Trucks, Lda. 19.0<br />

4 Auto Fornecedora - Acessórios, Lda. 18.9<br />

5 Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores) 18.2<br />

6 Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda. 17.5<br />

7 Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda. 17.4<br />

8 José Aniceto & Irmão, Lda. 16.9<br />

9 Mário Santos Silva - Manutenção e Rep. de Veículos Auto., Lda. 16.0<br />

10 Comsoftweb - Sistemas Informáticos, Lda. 15.8<br />

n. 0 empresa rotação ativo<br />

1 Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda. 2.1<br />

2 Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A. 2.1<br />

3 Servidiesel - Rep. e Com. de Bombas Injectoras e Turbo, Lda. 2.0<br />

4 J. Alves - Oficinas Auto, Lda. 1.8<br />

5 José Aniceto & Irmão, Lda. 1.8<br />

6 Francecar - Peças Automóveis, Lda. 1.8<br />

7 Alecarpeças - Acessórios de Automóveis, Lda. 1.8<br />

8 Algarchapa - Comércio de Peças para Automóveis, Lda. 1.8<br />

9 Station Viana - Centro de Manutençãde Veículos 1.8<br />

10 M.C.D. Garcia, Lda. 1.8<br />

14 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


Why Engines Love<br />

LIQUI MOLY Motor Oil?<br />

A LIQUI MOLY OFERECE<br />

A MAIS ALTA QUALIDADE DE ÓLEOS<br />

E LUBRIFICANTES PARA A SUA VIATURA.<br />

CARACTERÍSTICAS ÚNICAS<br />

DE BAIXA FRICÇÃO.<br />

ESTÁ NA HORA DE<br />

DESCOBRIR A INCRÍVEL QUALIDADE<br />

DOS PRODUTOS LIQUI MOLY.<br />

PRODUZIDO NA ALEMANHA. DESDE 1957.<br />

www.liqui-moly.pt


DESTAQUE EXPORTAÇÕES EM 2016<br />

EUROPA<br />

VOLTA a<br />

GANHAR<br />

EXPRESSÃO<br />

No ano passado, as exportações nacionais para países<br />

membros da União Europeia representaram 75% do total,<br />

contrariando um passado recente muito dependente da<br />

procura do mercado angolano<br />

Para as <strong>PME</strong> nacionais, as exportações<br />

representam uma fatia considerável<br />

do seu volume de negócio.<br />

Uma atividade que estará sempre, umbilicalmente,<br />

ligada à própria saúde da<br />

economia dos países envolvidos na transação.<br />

Ora, em 2016, o quadro das exportações<br />

nacionais ostentou um novo<br />

“rosto”. Se, em 2010, com a crise, que<br />

afetou tanto Portugal como grande parte<br />

da Europa, as empresas nacionais visaram<br />

os países do resto do mundo para<br />

realizar as suas vendas internacionais,<br />

no ano passado, o Velho Continente voltou<br />

a recuperar o lugar de topo como o<br />

“destino” mais procurado pelas nossas<br />

empresas para as suas exportações, representando,<br />

nada mais nada menos, do<br />

que 75% do total do país, face aos 25% de<br />

vendas para o resto do mundo. No fundo,<br />

um regresso a uma realidade vivida<br />

há seis anos.<br />

Mas o balanço de 2016 representa, tam-<br />

bém, um novo recorde em matéria de valores<br />

envolvidos, ultrapassando a fasquia<br />

dos 50 mil milhões de euros, tendo em<br />

conta que, em 2010, o máximo alcançado<br />

foi de 36.862 milhões de euros.<br />

PESO DE CADA PAÍS<br />

Durante os anos da crise, nomeadamente<br />

em 2012 e 2013, com a Troika<br />

presente em Portugal, as exportações<br />

dentro da Europa não chegaram sequer<br />

a representar 30% do total. Nessa altura,<br />

porém, quando as esperanças das <strong>PME</strong><br />

nacionais estavam focadas nos mercados<br />

angolanos, este país africano foi assolado,<br />

também ele, por uma brutal quebra<br />

do preço do petróleo. Um facto que obrigou<br />

as empresas a repensar a sua estratégia<br />

internacional até hoje. Basta ver<br />

que, nos dois últimos anos, a queda das<br />

exportações para Angola foi superior a<br />

600 milhões de euros, algo a que não será<br />

alheia a “melhoria da saúde” da Europa.<br />

Para a AICEP, entidade que promove as<br />

exportações e investimentos das empresas<br />

nacionais, um dos principais objetivos<br />

é manter equilibrada a balança entre<br />

as várias “nações”, de modo a que o nosso<br />

país não fique demasiado dependente de<br />

uma economia e das suas vicissitudes.<br />

Mas, por enquanto, Espanha continua a<br />

ser o país que ostenta o maior peso relativo<br />

em matéria de exportações, com 26%<br />

do total das vendas. A título de exemplo,<br />

caso a procura de nuestros hermanos<br />

em relação aos produtos nacionais caísse<br />

10%, tal representaria algo como um<br />

brutal rombo de 1.300 milhões de euros<br />

para as <strong>PME</strong> nacionais.<br />

De resto, os objetivos da AICEP para os<br />

próximos tempos passam precisamente<br />

por uma maior “diversificação” das exportações<br />

nacionais e pela criação de<br />

“valor”, mensagem que o novo responsável<br />

pela agência, Luís Castro Henriques<br />

– que substitui em funções Miguel Fras-<br />

16 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


EVOLUÇÃO<br />

DAS TENDÊNCIAS<br />

DE EXPORTAÇÃO<br />

(VALOR DE BENS, EM MILHÕES<br />

DE EUROS)<br />

DENTRO DA UE<br />

FORA DA UE<br />

TOTAL<br />

2010<br />

2011<br />

2012<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

2016<br />

quilho – deixou, de resto, bem clara no<br />

seu discurso de tomada de posse.<br />

ELEVAR A FASQUIA<br />

O novo responsável da AICEP pretende<br />

manter o rumo traçado pelo seu antecessor<br />

e elevar o nível das exportações<br />

(não apenas de bens como, também, de<br />

serviços) e manter um maior equilíbrio<br />

da balança.<br />

Mas a conjuntura internacional continua<br />

a não ser a mais fácil para que tal aconteça,<br />

nomeadamente a questão do Brexit e<br />

as medidas protecionistas impostas por<br />

27.673<br />

31.910<br />

32.170<br />

33.235<br />

34.099<br />

36.257<br />

37.830<br />

9.189 36.862<br />

10.960 42.870<br />

13.090 45.260<br />

14.032 47.266<br />

14.006 48.105<br />

13.568 49.826<br />

12.459 50.290<br />

Fonte: INE<br />

Donald Trump nos EUA e que poderão<br />

ter repercussões mundiais.<br />

Não menos relevante para as exportações<br />

nacionais será o impacto das eleições<br />

presidenciais angolanas. A saída de<br />

Eduardo dos Santos poderá ser um ponto<br />

de viragem para uma recuperação das<br />

vendas em Angola, muito embora seja<br />

um processo ainda muito incerto.<br />

Uma segunda tarefa do novo presidente<br />

é a da captação e, também, retenção,<br />

do investimento, área à qual estava mais<br />

ligado. Aqui, depois do mau ano vivido<br />

em 2016, com uma variação negativa<br />

no investimento (com uma paragem a<br />

fundo do investimento público), a AI-<br />

CEP, como destacou Luís Castro Henriques,<br />

vai “reforçar ainda mais o posicionamento<br />

de Portugal nos radares<br />

dos investidores internacionais”. Para já,<br />

segundo o Secretário de Estado da Internacionalização,<br />

Jorge Costa Oliveira,<br />

estão na calha, e na mira da AICEP, projetos<br />

cujo valor ascende aos mil milhões<br />

de euros. Aqui, há ainda que contar com<br />

uma ligeira recuperação do investimento<br />

público e a concretização de projetos<br />

com fundos europeus.<br />

Colocar Portugal no “radar dos investidores<br />

internacionais” é outra das missões<br />

de Luís Castro Henriques, depois de<br />

2016 ter sido um ano que registou uma<br />

variação negativa no investimento. Neste<br />

sentido, estão previstos projetos que ascendem<br />

a 1.000 milhões de euros, financiados<br />

por fundos europeus, com vista à<br />

internacionalização das <strong>PME</strong> nacionais.<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

17


DESTAQUE AS <strong>PME</strong> E A BANCA<br />

RELAÇÕES<br />

BILATERAIS<br />

A banca, mais estável do que num passado recente, é um parceiro<br />

indispensável para as <strong>PME</strong> nacionais. São muitas as linhas de apoio e<br />

financiamento existentes numa relação que se pretende bilateral<br />

18 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


A relação entre a banca e as <strong>PME</strong> é antiga<br />

e veio para ficar. A primeira precisa das<br />

segundas. E as segundas, seguramente,<br />

precisam da primeira. Ambas as partes<br />

estão “condenadas” a entender-se para<br />

que os negócios aconteçam. O “bem-estar”<br />

deste “namoro” é de tal modo importante<br />

para as contas do país, que tanto<br />

o primeiro-ministro, António Costa,<br />

como o ministro da Economia, Mário<br />

Centeno, têm manifestado a sua satisfação<br />

pela estabilização do setor financeiro<br />

em Portugal. Inclusivamente, no<br />

Programa de Estabilidade do Governo,<br />

não faltam referências aos benefícios<br />

que a economia tem com uma banca<br />

nacional mais sólida.<br />

Para António Costa, o sistema bancário<br />

encontra-se, neste momento, mais estável<br />

do que num passado recente. Mas, para<br />

que a economia possa florescer, importa,<br />

segundo o Executivo, estimular mais<br />

a concessão de crédito às empresas e a<br />

produtividade das mesmas. Segundo o<br />

primeiro-ministro, um sistema bancário<br />

fortalecido é um elemento-chave para o<br />

aumento dos fluxos de crédito – tanto por<br />

via de maior oferta como de maior procura<br />

- e para a sua mais eficiente alocação”,<br />

conforme consta do documento. Um problema<br />

acrescido para as empresas de menor<br />

dimensão, aquelas que mais sofrem<br />

com as oscilações da banca nacional.<br />

Nesse sentido, o grande objetivo do Governo<br />

passa por assegurar um maior dinamismo<br />

na concessão de crédito, potenciando<br />

a inovação e a aposta tecnológica<br />

das empresas, bem como a internacionalização<br />

da sua atividade. De acordo<br />

com diversos estudos realizados pelo<br />

Banco de Portugal, ao longo de vários<br />

anos, a recapitalização pública da banca<br />

contribuiu para o aumento do crédito,<br />

sobretudo quando o buffer de capital<br />

dos bancos capitalizados é reduzido.<br />

Mais: o acesso mais facilitado ao crédito<br />

“é determinante para a sobrevivência de<br />

novas empresas” e para o investimento<br />

das pequenas empresas. Tanto até que<br />

existe uma correlação positiva entre um<br />

sistema financeiro mais estável e o crescimento<br />

da produtividade a curto e longo<br />

prazos.<br />

António Costa admite, porém, que um<br />

dos maiores handicaps da banca nacional<br />

permanece por superar: o crédito<br />

malparado, que ainda mantém elevados<br />

níveis no nosso país. No balanço do ano<br />

de 2016, o crédito em risco, no sistema<br />

financeiro lusitano, ascendeu a um total<br />

de 30,5 mil milhões de euros, valor esse<br />

que corresponde a 11,8% do valor dos<br />

empréstimos concedidos. Um problema<br />

que o Governo pretende resolver através<br />

de reformas no setor.<br />

Hoje, são muitos os bancos que têm<br />

programas específicos para as <strong>PME</strong><br />

Excelência, uma marca registada do<br />

IAMPEI e um estatuto de qualificação<br />

empresarial ao qual o sistema financeiro<br />

nunca será alheio. Seguem-se três<br />

exemplos, entre vários que existem, de<br />

programas das instituições bancárias<br />

nacionais especialmente concebidos<br />

para apoiar as <strong>PME</strong>.<br />

BPI LIDERA APOIO ÀS <strong>PME</strong><br />

No caso do BPI, na sua relação com as<br />

<strong>PME</strong> nacionais, os números falam por<br />

si. Estamos perante o parceiro financeiro<br />

mais procurado: 29% das <strong>PME</strong> Líder<br />

aderiram via BPI; 60% destas são clientes<br />

do banco; 38% das <strong>PME</strong> Excelência aderiram<br />

via BPI; 62% são clientes desta instituição<br />

bancária. Trata-se, também, do<br />

líder em valor contratado nas linhas <strong>PME</strong><br />

Investe e <strong>PME</strong> Crescimento: 19% do valor<br />

total das operações contratadas, no conjunto<br />

de ambas as linhas referidas, corresponderam<br />

a um valor global aproximado<br />

de 2.318 milhões de euros.<br />

O BPI disponibiliza ainda um seguro de<br />

crédito destinado às <strong>PME</strong> exportadoras.<br />

Uma oferta exclusiva e que permite a cobertura<br />

do risco de incumprimento em<br />

operações de exportação e fatura.<br />

NOVO BANCO, NOVA LINHA<br />

O Novo Banco dispõe de uma nova linha<br />

de crédito na ordem dos 150 milhões<br />

de euros, destinada, especificamente, às<br />

<strong>PME</strong> portuguesas que procuram investimento<br />

e reforço de capitais. Um valor<br />

que se junta a outras linhas já existentes<br />

no seio desta instituição bancária e que<br />

reforça a sua posição como parceiro das<br />

empresas que apostam na inovação e na<br />

exportação. O prazo máximo do financiamento<br />

será de cinco anos, incluindo<br />

carência máxima de um ano de capital, e<br />

a amortização poderá ser mensal, trimestral<br />

e semestral.<br />

CAPITALIZAR COM O BIC<br />

A linha de crédito bonificado “Capitalizar”,<br />

do Banco BIC, possibilita o acesso<br />

das micro e <strong>PME</strong> a vários tipos de financiamento.<br />

Trata-se de uma linha que nasce<br />

no decurso do protocolo estabelecido<br />

entre o IA<strong>PME</strong>I, a <strong>PME</strong> Investimento,<br />

a FINOVA e as Sociedades de Garantia<br />

Mútua. Para concorrerem ao programa,<br />

as empresas interessadas terão de ser certificadas<br />

e dispor de uma declaração eletrónica<br />

do IA<strong>PME</strong>I. Refira-se que a linha<br />

de crédito ascende 400 milhões de euros<br />

no caso das micro e pequenas empresas.<br />

A linha de fundo de maneio do programa<br />

“Capitalizar” é de 700 milhões de euros: 1<br />

milhão, máximo, por empresa, sendo que,<br />

no caso das <strong>PME</strong> Líder, esse valor cifra-se<br />

em 1,5 milhões.<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

19


OPINIÃO Ângelo Costa, Administrador da PRORÁCIO<br />

APOIAR O<br />

INVESTIMENTO<br />

Através da Portaria n.° 105/<strong>2017</strong>, de 10 de março, foi<br />

criado o Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo<br />

e ao Emprego (SI2E), que visa apoiar, de forma<br />

simplificada, pequenos projetos de investimentos<br />

empresariais de valores inferiores a €235.000<br />

20 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


Com aplicação em todo o território<br />

do continente, no SI2E são elegíveis<br />

as operações inseridas em todas as<br />

atividades económicas, incluindo os<br />

códigos CAE adstritos ao setor automóvel.<br />

São passíveis de financiamento<br />

do SI2E as seguintes tipologias de operações:<br />

l Criação de micro e pequenas empresas<br />

ou expansão ou modernização de<br />

micro e pequenas empresas criadas há<br />

menos de 5 (cinco) anos;<br />

l Expansão ou modernização de micro<br />

e pequenas empresas criadas há mais<br />

de 5 (cinco) anos.<br />

l Segundo a recomendação n.°<br />

2003/361 da Comissão Europeia, a definição<br />

de Micro e Pequenas empresas,<br />

é a que consta no quadro abaixo:<br />

MICRO<br />

l Não terem apresentado a mesma candidatura<br />

a mais do que um programa;<br />

l Não deterem uma percentagem superior<br />

a 50%, numa empresa que não<br />

tenha cumprido a notificação para a<br />

devolução de apoios no âmbito de um<br />

outro investimento apoiado por fundos<br />

europeus;<br />

l Não terem salários em atraso;<br />

l Serem micro ou pequenas empresas<br />

certificadas eletronicamente pelo IA-<br />

<strong>PME</strong>I;<br />

N.° de Trabalhadores < 10 < 50<br />

PEQUENA<br />

Volume de Negócios < €2.000.000 < €10.000.000<br />

Balanço Anual < €2.000.000 < €10.000.000<br />

l Estar enquadradas num projeto de<br />

criação, expansão ou modernização de<br />

empresa que contribua para a diferenciação<br />

ou inovação da oferta de bens e<br />

serviços do território ou da empresa,<br />

tendo em consideração as especificidades<br />

do território e a dimensão da empresa<br />

e do investimento;<br />

l Conduzir à criação líquida de emprego.<br />

Quanto aos critérios de elegibilidade<br />

específicos dos projetos, o Sistema de<br />

Incentivos ao Empreendedorismo e ao<br />

Emprego (SI2E) determina os seguintes:<br />

Apresentar um investimento com um<br />

custo elegível que observe as seguintes<br />

condições:<br />

l Até €100.000 nas intervenções GAL –<br />

Grupos de Ação Local<br />

l Superior a €100.000 e até €235.000<br />

nas intervenções CIM/AM (Comunidades<br />

Intermunicipais/Áreas Metropolitanas)<br />

O período de investimento deve ter<br />

uma duração máxima de 18 meses,<br />

contando a partir da data da primeira<br />

despesa ou da criação do primeiro posto<br />

de trabalho, podendo este período<br />

ser prorrogado por mais 6 (seis) meses,<br />

em casos devidamente justificados;<br />

l Demonstrar que se encontram asseguradas<br />

as fontes de financiamento;<br />

l Demonstrar viabilidade económico-<br />

-financeira.<br />

No que aos critérios de elegibilidade do<br />

promotor diz respeito, eis os que estão<br />

consagrados no Sistema de Incentivos<br />

ao Empreendedorismo e ao Emprego<br />

(SI2E):<br />

l Empresas estarem legalmente constituídas;<br />

l Terem a situação tributária e contributiva<br />

regularizada ou consolidada<br />

perante a administração fiscal e a segurança<br />

social, situação a verificar até<br />

ao momento da assinatura do termo de<br />

aceitação;<br />

l Poderem, legalmente, desenvolver as<br />

atividades no território abrangido pelo<br />

programa operacional;<br />

l Disporem ou poderem assegurar até<br />

à aprovação da candidatura os meios<br />

técnicos, físicos, financeiros e humanos<br />

necessários ao desenvolvimento<br />

do projeto;<br />

l Não terem projetos aprovados no âmbito<br />

do SI2E ao abrigo do mesmo fundo,<br />

que não se encontrem encerrados.<br />

CRITÉRIOS… E MAIS CRITÉRIOS<br />

Critérios gerais de elegibilidade dos<br />

projetos e critérios de elegibilidade<br />

específicos dos projetos. No caso dos<br />

primeiros, consideram-se os seguintes:<br />

l Estar enquadrados, tendo em conta<br />

as tipologias previstas em sede de regulamento;<br />

l Integrar toda a informação exigida<br />

no âmbito da instrução do processo de<br />

candidatura, nos termos dos respetivos<br />

avisos, respeitando as condições e<br />

os prazos fixados;<br />

l Estar em conformidade com as disposições<br />

legais nacionais e europeias, incluindo<br />

as disposições regulamentares<br />

que lhes forem aplicáveis;<br />

DESPESAS ELEGÍVEIS<br />

No âmbito do setor automóvel, são elegíveis<br />

as seguintes despesas:<br />

l Obras de remodelação ou adaptação<br />

das instalações (desde que contratadas<br />

a terceiros não relacionados com o promotor);<br />

lMáquinas, equipamentos, assim como<br />

a respetiva instalação e transporte,<br />

nomeadamente equipamentos ligados<br />

às áreas de:<br />

Mecânica<br />

Eletricidade<br />

Chapa<br />

Pintura<br />

Serviço Diesel<br />

Auto Gás e Gás Natural<br />

Equipamento de pré inspeções<br />

Equipamento para serviços rápidos<br />

Pneus<br />

Ou seja, referimo-nos a equipamen-<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

21


OPINIÃO Ângelo Costa, Administrador da PRORÁCIO<br />

Classificação de territórios de baixa densidade<br />

ALTERAÇÃO DA DELIBERAÇÃO<br />

O Portugal 2020 e os seus Programas Operacionais assumem o objetivo de reconhecer um tratamento<br />

diferenciado aos territórios de baixa densidade através de três distintas modalidades: i) abertura<br />

de concursos específicos; ii) critério de bonificação na apreciação de candidaturas; iii) majoração da<br />

taxa de apoio.<br />

Na sequência da deliberação da CIC Portugal 2020, que aprova a classificação de Municípios de baixa<br />

densidade para aplicação destas três modalidades de diferenciação positiva, datada de 26 de março<br />

de 2015, e ponderando a existência de Freguesias de baixa densidade em Municípios não classificados<br />

como tal, a presente deliberação pretende reconhecer as especificidades destes territórios para efeitos<br />

de aplicação de medidas de descriminação positiva.<br />

Não existe uma classificação legal única para o conceito de território de baixa densidade. Têm vindo<br />

a ser adotados diferentes critérios, centrados ora na densidade populacional, ora na rendimento per<br />

capita de cada Concelho ou da NUTS 3 a que o Concelho pertence.<br />

Para efeitos da regulamentação do Portugal 2020, adota-se uma abordagem multicritério, que considera<br />

a densidade populacional, a demografia, o povoamento, as características físicas do território, as<br />

características socioeconómicas e acessibilidades.<br />

A solução agora adotada traduz, sem qualquer alteração, a proposta apresentada pela Associação<br />

Nacional dos Municípios Portugueses.<br />

Neste enquadramento, nos termos e para os efeitos da alínea a) do n.° 2 do artigo 10.° do Decreto-Lei<br />

n.° 137/2014, de 12 de setembro, a CIC Portugal 2020, na reunião ordinária de 1 de julho de 2015,<br />

deliberou:<br />

1 – Aprovar a classificação de 165 Municípios e 73 Freguesias de baixa densidade, para efeitos de<br />

aplicação de medidas de diferenciação positiva, no âmbito do Portugal 2020.<br />

2 – Dado que a realidade socioeconómica e, consequentemente, as dinâmicas territoriais apresentam<br />

variações agudas em períodos de tempo relativamente curtos, a Agência para o Desenvolvimento e<br />

Coesão, I.P. deverá, até 31 de julho de <strong>2017</strong>, submeter à CIC uma avaliação da aplicação das medidas<br />

de diferenciação positiva com base nesta metodologia, incluindo, se pertinente, uma proposta de<br />

revisão da metodologia utilizada.<br />

l Participação em feiras e exposições<br />

no estrangeiro sujeitas a limitações em<br />

matéria de proporção do investimento.<br />

CRIAÇÃO DE EMPREGO<br />

Para efeitos de criação de emprego, são<br />

elegíveis as despesas com remunerações<br />

de postos de trabalho criados, nas<br />

seguintes condições:<br />

l Criação do próprio emprego;<br />

l Criação de postos de trabalho para<br />

desempregados inscritos há mais de 6<br />

(seis) meses no IEFP;<br />

l Criação de postos de trabalho para jovens<br />

até 30 anos à procura do primeiro<br />

emprego e inseridos no IEFP, como desempregados<br />

há, pelo menos, 2 (dois)<br />

meses.<br />

DESPESAS NÃO ELEGÍVEIS<br />

No âmbito do SI2E, não são elegíveis as<br />

seguintes despesas:<br />

l Compra de imóveis, incluindo terrenos;<br />

l Trespasse e direitos de utilização de<br />

espaços;<br />

l Aquisição de veículos automóveis e<br />

outro material de transporte;<br />

l Aquisição de bens em estado de uso;<br />

l Juros durante o período de realização<br />

do investimento;<br />

l Fundo de maneio;<br />

tos que permitam reduzir as emissões<br />

poluentes, equipamentos que integrem<br />

tecnologias amigas do ambiente e equipamentos<br />

que permitam recolher, separar,<br />

armazenar ou tratar os resíduos<br />

resultantes da atividade assistencial.<br />

Depois, há que considerar ainda o seguinte:<br />

l Equipamentos de segurança e de deteção<br />

de incêndio;<br />

l Equipamentos de climatização;<br />

l Equipamentos de decoração: reclamos<br />

luminosos, totens e sinaléticas;<br />

l Equipamentos de comunicação e de<br />

tecnologia de informação;<br />

l Implementação e certificação de sistemas<br />

de gestão da qualidade e de gestão<br />

ambiental;<br />

l Equipamento informático, incluindo<br />

o software necessário ao seu funcionamento;<br />

l Software standard ou desenvolvido<br />

especialmente para a atividade da empresa;<br />

l Material circulante diretamente relacionado<br />

com o exercício da atividade e<br />

que seja imprescindível ao desenvolvimento<br />

do projeto;<br />

l Criação de marcas ou coleções;<br />

l Domiciliação de aplicações, adesão a<br />

plataformas eletrónicas, criação e publicação<br />

inicial de novos conteúdos<br />

eletrónicos, assim como a inclusão ou<br />

catalogação em diretórios ou motores<br />

de busca;<br />

l Serviços de arquitetura e engenharia<br />

relacionados com a implementação do<br />

projeto;<br />

l Elaboração de estudos, diagnósticos,<br />

auditorias e planos de marketing,<br />

essenciais ao projeto de investimento<br />

mas sujeitos a limitações em matéria<br />

de proporção do investimento;<br />

l Trabalhos para a própria empresa;<br />

l Despesas de funcionamento do promotor;<br />

l Despesas referentes a atividades relacionadas<br />

com a exportação;<br />

l Imposto sobre o valor acrescentado<br />

recuperável;<br />

l Despesas pagas no âmbito de contratos<br />

efetuados através de intermediários.<br />

22 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


TAXAS E LIMITES<br />

O incentivo não reembolsável ao investimento<br />

elegível é atribuído com os<br />

seguintes limites:<br />

l Taxa base: 40% para os investimentos<br />

localizados em territórios de baixa<br />

densidade ou 30% para os investimentos<br />

localizados nos restantes territórios;<br />

l Majorações até um máximo de 20<br />

pontos percentuais a definir em sede<br />

de aviso de candidaturas;<br />

l Para os territórios de baixa densidade,<br />

o incentivo pode atingir os 60% do<br />

investimento elegível.<br />

l O apoio por posto de trabalho criado<br />

ascende até 15 ou 18 meses para territórios<br />

de baixa densidade e tem como limite<br />

mensal: 1 IAS (indexante de apoio<br />

social) que corresponde a €421,32, observando<br />

os seguintes períodos máximos<br />

por tipo de contrato e majorações:<br />

l Período base: 9 (nove) meses para<br />

contratos de trabalho sem termo ou<br />

criação do próprio emprego, ou de 3<br />

(três) meses para contratos de trabalho<br />

a termo com uma duração mínima de<br />

12 (doze) meses;<br />

l Majorações de 3 (três) meses para as<br />

intervenções GAL e 2,5 meses com um<br />

Colaboração PRORÁCIO<br />

Consultoria e Gestão, Lda.<br />

Morada Praça de Alvalade, Lote 7, 6.° Dto.<br />

1700 – 036 Lisboa<br />

Telefone 218 421 480/9<br />

Fax 218 462 472<br />

Email angelo.costa@proracio.pt<br />

Site www.proracio.pt<br />

máximo de 6 (seis) meses, para as restantes<br />

situações:<br />

l Projetos localizados em territórios de<br />

baixa densidade;<br />

l Projetos de criação de micro e pequenas<br />

empresas ou expansão ou modernização<br />

de micro e pequenas empresas<br />

criadas há menos de 5 (cinco) anos.<br />

l Para os postos de trabalho criados<br />

com termo, é atribuída uma majoração<br />

no caso de conversão do contrato de<br />

trabalho a termo certo em contrato de<br />

trabalho sem termo, que corresponde<br />

ao valor equivalente a duas vezes a retribuição<br />

base mensal nele prevista até<br />

ao limite de 5 (cinco) vezes o valor do<br />

IAS – €421,32.<br />

l Para as mesmas despesas elegíveis,<br />

os incentivos concedidos ao abrigo do<br />

SI2E não são cumuláveis com outros<br />

apoios diretos ao investimento, nem<br />

com outros apoios diretos ao emprego<br />

aplicáveis ao mesmo posto de trabalho.<br />

Publicidade<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

23


OPINIÃO Ângelo Costa, Administrador da PRORÁCIO<br />

Deliberação n.° 55/2015<br />

MUNICÍPIOS DE BAIXA DENSIDADE<br />

Abrantes<br />

Aguiar da Beira<br />

Alandroal<br />

Alcácer do Sal<br />

Alcoutim<br />

Alfândega da Fé<br />

Alijó<br />

Aljezur<br />

Aljustrel<br />

Almeida<br />

Almodôvar<br />

Alter do Chão<br />

Alvaiázere<br />

Alvito<br />

Ansião<br />

Arcos de Valdevez<br />

Arganil<br />

Armamar<br />

Arouca<br />

Arraiolos<br />

Arronches<br />

Avis<br />

Baião<br />

Barrancos<br />

Beja<br />

Belmonte<br />

Borba<br />

Boticas<br />

Bragança<br />

Cabeceiras de Basto<br />

Campo Maior<br />

Carrazeda de Ansiães<br />

Carregal do Sal<br />

Castanheira de Pêra<br />

Castelo Branco<br />

Castelo de Vide<br />

Castro Daire<br />

Castro Marim<br />

Castro Verde<br />

Celorico da Beira<br />

Celorico de Basto<br />

Chamusca<br />

Chaves<br />

Cinfães<br />

Constância<br />

Coruche<br />

Covilhã<br />

Crato<br />

Cuba<br />

Elvas<br />

Estremoz<br />

Évora<br />

Fafe<br />

Ferreira do Alentejo<br />

Ferreira do Zêzere<br />

Figueira de Castelo Rodrigo<br />

Figueiró dos Vinhos<br />

Fornos de Algodres<br />

Freixo de Espada à Cinta<br />

Fronteira<br />

Fundão<br />

Gavião<br />

Góis<br />

Gouveia<br />

Grândola<br />

Guarda<br />

Idanha-a-Nova<br />

Lamego<br />

Lousã<br />

Mação<br />

Macedo de Cavaleiros<br />

Mangualde<br />

Manteigas<br />

Marvão<br />

Meda<br />

Melgaço<br />

Mértola<br />

Mesão Frio<br />

Miranda do Corvo<br />

Miranda do Douro<br />

Mirandela<br />

Mogadouro<br />

Moimenta da Beira<br />

Monção<br />

Monchique<br />

Mondim de Basto<br />

Monforte<br />

Montalegre<br />

Montemor-o-Novo<br />

Mora<br />

Mortágua<br />

Moura<br />

Mourão<br />

Murça<br />

Nelas<br />

Nisa<br />

Odemira<br />

Oleiros<br />

Oliveira de Frades<br />

Oliveira do Hospital<br />

Ourique<br />

Pampilhosa da Serra<br />

Paredes de Coura<br />

Pedrógão Grande<br />

Penacova<br />

Penalva do Castelo<br />

Penamacor<br />

Penedono<br />

Penela<br />

Peso da Régua<br />

Pinhel<br />

Ponte da Barca<br />

Ponte de Sor<br />

Portalegre<br />

Portel<br />

Póvoa de Lanhoso<br />

Proença-a-Nova<br />

Redondo<br />

Reguengos de Monsaraz<br />

Resende<br />

Ribeira de Pena<br />

Sabrosa<br />

Sabugal<br />

Santa Comba Dão<br />

Santa Marta de Penaguião<br />

Santiago do Cacém<br />

São João da Pesqueira<br />

São Pedro do Sul<br />

Sardoal<br />

Sátão<br />

Seia<br />

Sernancelhe<br />

Serpa<br />

Sertã<br />

Sever do Vouga<br />

Soure<br />

Sousel<br />

Tábua<br />

Tabuaço<br />

Tarouca<br />

Terras de Bouro<br />

Tondela<br />

Torre de Moncorvo<br />

Trancoso<br />

Valpaços<br />

Vendas Novas<br />

Viana do Alentejo<br />

Vidigueira<br />

Vieira do Minho<br />

Vila de Rei<br />

Vila do Bispo<br />

Vila Flor<br />

Vila Nova da Barquinha<br />

Vila Nova de Cerveira<br />

Vila Nova de Foz Côa<br />

Vila Nova de Paiva<br />

Vila Nova de Poiares<br />

Vila Pouca de Aguiar<br />

Vila Real<br />

Vila Velha de Ródão<br />

Vila Verde<br />

Vila Viçosa<br />

Vimioso<br />

Vinhais<br />

Vouzela<br />

Municípios de baixa<br />

densidade: 165<br />

Freguesias de baixa densidade em Municípios<br />

que não são de baixa densidade: 73<br />

24 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


Uma marca – Todas as opções<br />

Peças de reposição para veículos comerciais<br />

DT ® Spare Parts – Genuine Quality. Durable Trust.<br />

www.dt-spareparts.com<br />

A completa gama de DT ® Spare Parts é a solução ideal<br />

para atender a procura global por peças de reposição de<br />

qualidade para camiões, reboques, autocarros e furgões.<br />

Subscreva-se à newsletter em<br />

http://newsletter.dt-spareparts.com<br />

Novos Catálogos<br />

Peças de reposição adequadas para<br />

▪ Fiat Ducato & Peugeot Boxer &<br />

Citroën Jumper<br />

900 DT ® Spare Parts, para 3 000 referências<br />

▪ Ford Transit<br />

700 DT ® Spare Parts, para 3400 referências<br />

▪ Renault Master/Mascott &<br />

Opel Movano &<br />

Nissan Interstar/NV400<br />

900 DT ® Spare Parts, para 1300 referências<br />

dt ® – é uma marca registada da DIESEL TECHNIC AG, Alemanha<br />

Catálogos digitales:<br />

http://dcat.dt-spareparts.com<br />

www.dt-web.tv<br />

PT_<strong>2017</strong>-05_Magazines_Jornal_and_Automotive_210x297mm.indd 1 27.04.<strong>2017</strong> 10:43:04


OPINIÃO Paulo Luz, CEO da tcaGEST<br />

ATITUDE<br />

PERMANENTE<br />

Hoje, o mundo empresarial, em todas as áreas, tem falado muito em atingir a excelência.<br />

Mas o que precisamos de saber é se realmente entendemos o significado desta palavra<br />

Excelência, não é perfeição.<br />

Mas o mais interessante é que<br />

procurar a excelência não é<br />

um conceito novo. Pelo contrário.<br />

Quem falou nisto pela<br />

primeira vez, foi o filósofo Aristóteles:<br />

“Somos o que, repetidamente, fazemos.<br />

Logo, a excelência é um hábito”.<br />

Portanto, nós somos os únicos responsáveis<br />

pelos resultados que obtemos. Nas<br />

empresas, o primeiro passo é assumir a<br />

que o ser humano perfeito, não existe.<br />

O que existe é um “conceito” de empresa<br />

excelente, parâmetros que estabelecem<br />

o “modelo” de excelência e ações implementadas<br />

pela empresa para melhorar<br />

continuamente a sua organização.<br />

Por exemplo, uma empresa lucrativa<br />

não é, necessariamente, excelente, apesar<br />

dos resultados financeiros serem<br />

importantes e fazer parte do conceito<br />

de excelência. Essa mesma empresa lunossa<br />

responsabilidade e agir. A ação é o<br />

alicerce da excelência empresarial.<br />

A excelência empresarial é definida como<br />

o nível de organização alcançado por<br />

uma empresa que tem resultados satisfatórios,<br />

sejam económicos, produtivos e<br />

sociais, sendo reconhecidamente competente<br />

pela sociedade e pelo mercado.<br />

Esse conceito, amplo e relativo, representa<br />

uma espécie de utopia empresarial. A<br />

organização perfeita, do mesmo modo<br />

26 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


crativa poderia ser poluidora e afetar o<br />

meio ambiente e, assim, não seria excelente.<br />

Do mesmo modo, empresas que<br />

tem produtos de qualidade apenas, podem<br />

não ser excelentes se as condições<br />

de trabalho forem inadequadas. Seguindo<br />

o raciocínio, altos índices de satisfação<br />

do cliente, isoladamente, não conseguem,<br />

por si, representar a excelência<br />

se o seu processo produtivo for oneroso.<br />

A busca pela excelência deve ser entendida<br />

como uma preocupação constante<br />

pela melhoria da organização. Paradoxalmente,<br />

mesmo que se busque incessantemente<br />

a excelência, não se atinge.<br />

Quando se atinge um determinado nível<br />

de organização, surge imediatamente a<br />

necessidade de subir de nível. É como se<br />

fosse a busca pelo “Santo Graal”, o cálice<br />

da última ceia que tanto mobilizou cavaleiros,<br />

reis e nobres na Idade Média. A<br />

busca pela excelência é parte inerente do<br />

espírito empreendedor, da inconsciente<br />

utopia de empresa perfeita.<br />

Mesmo que não o alcance, o conceito de<br />

excelência é uma referência, um norte<br />

que pode guiar com solidez a empresa<br />

para o seu sucesso, para se obter, cada<br />

vez mais, os resultados desejados.<br />

Estatuto de <strong>PME</strong> Excelência<br />

O estatuto de <strong>PME</strong> Excelência distingue,<br />

no conjunto das empresas <strong>PME</strong> Líder, as<br />

que apresentam desempenhos superiores.<br />

É um estatuto de reconhecimento<br />

importante para qualquer empresa, valorizado<br />

por todos os stakeholders.<br />

As empresas distinguidas com o estatuto<br />

de <strong>PME</strong> Excelência são escolhidas no<br />

universo das <strong>PME</strong> Líder como as “melhores<br />

das melhores, que apresentam<br />

rácios de solidez financeira e de rendibilidade<br />

acima da média nacional, que<br />

têm sabido manter altos padrões competitivos<br />

num contexto particularmente<br />

exigente e que estão a conseguir ultrapassar<br />

a crise com crescimento, consolidação<br />

de resultados e contributos ativos<br />

na criação de riqueza e de emprego das<br />

regiões onde se inserem”.<br />

O reconhecimento da sua excelência,<br />

solidez financeira e, em muitos casos,<br />

das suas estratégias de sucesso, é essencial<br />

para o posicionamento e crescimento<br />

de uma empresa. A grande vantagem<br />

é a visibilidade e a credibilidade que se<br />

associam a uma empresa que recebe o<br />

estatuto.<br />

Conceder o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência<br />

a estas empresas é um reconhecimento<br />

merecido do esforço que desenvolveram,<br />

da sua resiliência e da sua estratégia. É,<br />

com certeza, um bom exemplo para a<br />

economia. O investimento e o aumento<br />

do investimento em percentagem do<br />

PIB, é essencial para a capacidade concorrencial<br />

das nossas empresas e para o<br />

crescimento da economia portuguesa,<br />

razão pela qual todas as medidas que ajudem<br />

a estimular o investimento, a competitividade<br />

e a internacionalização das<br />

nossas empresas são importantes.<br />

Na hora de definir o que é ser líder, as<br />

opiniões são muitas. Os especialistas dizem<br />

que a liderança é a habilidade de<br />

motivar e influenciar os outros, de forma<br />

ética e positiva, para que contribuam<br />

para alcançar os objetivos da equipa e<br />

da organização. E que ser líder não tem<br />

a ver com o cargo que se ocupa, mas ser<br />

um exemplo e motivar quem nos rodeia.<br />

No caso das empresas, não é diferente.<br />

Todas querem liderar. Mas tão ou mais<br />

importante do que uma empresa ser líder<br />

de mercado, é, também, ser considerada<br />

como um “motor do desenvolvimento<br />

da economia nacional”.<br />

O que são os estatutos<br />

de <strong>PME</strong> Líder/Excelência?<br />

Através da atribuição do estatuto de <strong>PME</strong><br />

Excelência, o Programa FINCRESCE<br />

tem como objetivo conferir notoriedade<br />

e melhorar as condições de financiamento<br />

das empresas com perfil de risco<br />

acima da média e que adotem estratégias<br />

de crescimento e de reforço da sua base<br />

competitiva. Ou seja, as melhores são recompensadas.<br />

Desta forma, o estatuto de <strong>PME</strong> Excelência<br />

assume-se como um “selo de reputação<br />

de empresas”.<br />

Longe de ser apenas uma medalha por<br />

bom comportamento, uma empresa<br />

considerada como <strong>PME</strong> Excelência tem<br />

direito a benefícios. Tais como:<br />

Acesso em melhores condições a produtos<br />

financeiros e a uma rede de serviços;<br />

Facilitação na relação com a banca e a<br />

administração pública;<br />

Certificado de qualidade para as empresas<br />

na sua relação com o mercado.<br />

Outro objetivo passa ainda por potenciar<br />

o alargamento do mercado de capitais<br />

a estas empresas de dimensão intermédia.<br />

A quem se destinam?<br />

Todas as <strong>PME</strong> podem candidatar-se<br />

aos estatutos de <strong>PME</strong> Líder/Excelência.<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

27


OPINIÃO Paulo Luz, CEO da tcaGEST<br />

O Programa FINCRESCE abrange as<br />

empresas que, pelas suas qualidades de<br />

desempenho e perfis de risco, se posicionem<br />

como motor da economia nacional<br />

em diferentes setores de atividade, prosseguindo<br />

estratégias de crescimento e<br />

liderança competitiva. De forma excecional,<br />

os estatutos de <strong>PME</strong> Líder/Excelência<br />

poderão, também, ser atribuídos<br />

a microempresas que apresentem inovação<br />

de referência e com potencial de<br />

demonstração.<br />

Como obter os estatutos de <strong>PME</strong> Líder/Excelência?<br />

Antes de mais, é necessário garantir o<br />

enquadramento da empresa nos setores<br />

de atividade abrangidos pelo estatuto<br />

de <strong>PME</strong> Líder. Fundamental é, também,<br />

obter a Certificação Eletrónica de <strong>PME</strong><br />

(renovada anualmente), que se tornou<br />

indispensável com a entrada em vigor<br />

do DL n.° 372/2007, de 6 de novembro,<br />

para propostas de adesão a <strong>PME</strong> Líder.<br />

De seguida, a empresa terá de manifestar<br />

interesse na obtenção do “selo” <strong>PME</strong><br />

Líder junto de uma instituição de crédito<br />

protocolada, que efetuará a análise do<br />

perfil de risco da empresa e formalizará<br />

a proposta ao IA<strong>PME</strong>I, que validará ou<br />

não a atribuição do estatuto. Os estatutos<br />

de <strong>PME</strong> Líder e Excelência têm a validade<br />

média de um ano e são, normalmente,<br />

atualizados nos meses de julho<br />

ou agosto de cada ano.<br />

Colaboração tcaGEST<br />

Consultoria, Contabilidade e Gestão Online<br />

Morada Av.ª Barbosa du Bocage,<br />

n.° 113, 1.°, 1050 - 031 Lisboa<br />

Telefone 213 852 270<br />

Email info@tcagest.com<br />

Site www.tcagest.com<br />

Quais os critérios de atribuição do estatuto<br />

de <strong>PME</strong> Líder?<br />

Na hora de atribuir o selo de qualidade<br />

<strong>PME</strong> Líder, o IA<strong>PME</strong>I tem em conta vários<br />

fatores determinantes:<br />

Situação regularizada perante a Administração<br />

Fiscal, a Segurança Social, o<br />

IA<strong>PME</strong>I e o Turismo de Portugal;<br />

Resultado Líquido Positivo no último<br />

exercício;<br />

EBITDA positivo nos dois anos em análise<br />

(n e n-1);<br />

Autonomia Financeira em n >= 30% à<br />

(Capitais Próprios/Ativo);<br />

Rendibilidade Líquida do Capital Próprio<br />

>= 1% à (Resultado Líquido/Capital<br />

Próprio);<br />

Dívida Financeira Líquida/EBITDA = 1%;<br />

EBITDA/Volume de Negócios >= 1%;<br />

Volume de Negócios em 2015 >=<br />

€1.000.000,00;<br />

N.° de Trabalhadores (UTA) da empresa<br />

como autónoma em n >=8.<br />

Para serem promovidas a <strong>PME</strong> Excelência,<br />

as empresas deverão cumprir cumulativamente<br />

os seguintes critérios:<br />

Pertencer aos dois primeiros níveis de<br />

rating bancário (AAA ou AA);<br />

Autonomia Financeira em 2015 >=<br />

37,5% à (Capitais Próprios/Ativo);<br />

Rendibilidade Líquida do Capital Próprio<br />

>= 12,5% à (Resultado Líquido/<br />

Capital Próprio);<br />

Dívida Financeira Líquida/EBITDA = 10%;<br />

EBITDA/Volume de Negócios >= 7,5%;<br />

Crescimento do Volume de Negócios<br />

>= 0%.<br />

Quais os principais benefícios?<br />

Para as empresas <strong>PME</strong> Líder, o Programa<br />

FINCRESCE disponibiliza serviços<br />

de consultoria, em condições favoráveis,<br />

para a realização de avaliações de desempenho.<br />

Além disso, é feita uma promoção<br />

ativa das empresas distinguidas,<br />

conferindo visibilidade ao seu mérito no<br />

mercado.<br />

Por questões normais de mercado, que<br />

têm a ver com o risco e a dimensão do<br />

negócio, as pequenas e médias empresas<br />

(<strong>PME</strong>) são, muitas vezes, penalizadas<br />

em termos de benefícios e serviços<br />

financeiros face aos grandes clientes<br />

dos bancos. Mas a verdade é que existem<br />

<strong>PME</strong> excelentes, com produção de<br />

altíssima qualidade, gestão de elevado<br />

desempenho e resultados económicos<br />

e financeiros capazes de fazer inveja a<br />

empresas muito maiores.<br />

Com melhor reputação, as empresas<br />

reforçam a sua capacidade negocial e<br />

mais facilmente conseguem obter financiamento.<br />

Acima de tudo, as <strong>PME</strong><br />

Líder e Excelência têm acesso a uma<br />

oferta específica de produtos e serviços<br />

financeiros com melhores condições de<br />

qualidade e preço, disponibilizados pelos<br />

bancos protocolados.<br />

28 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


Embragues PORT A-4.qxp_Maquetación 1 22/4/17 17:44 Página 1<br />

Criado com a experência de um líder<br />

no primeiro equipamento<br />

1 DMF<br />

+<br />

+<br />

+<br />

1 DISCO<br />

1 CONJUNTO DE PRESSÃO<br />

1 ROLAMENTO


DESTAQUE FROTAS DAS <strong>PME</strong><br />

EM BUSCA<br />

de REGRAS<br />

Mais de metade das <strong>PME</strong> nacionais (ainda) não têm regras de gestão e utilização das frotas de<br />

automóveis. O estudo do CVO, da Arval Portugal, analisou a mobilidade das <strong>PME</strong> nacionais e as<br />

suas necessidades<br />

30 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


iminência de “despiste” nas contas também<br />

é considerável. Importa antecipar<br />

cenários e definir regras, prática ainda<br />

pouco comum em Portugal. Conforme<br />

ficou provado no estudo realizado pelo<br />

Corporate Vehicle Observatory (CVO),<br />

intitulado “Mobilidade das <strong>PME</strong> Portuguesas<br />

– O que precisam as empresas<br />

para apoio ao seu negócio”, apresentado,<br />

recentemente, no Arena Fleet Show.<br />

No evento, organizado, recentemente,<br />

pela Arval Portugal, no Convento do<br />

Beato, em Lisboa, demonstrou-se que<br />

mais de metade das <strong>PME</strong> nacionais<br />

“não têm regras de gestão e utilização<br />

das suas frotas de automóveis”.<br />

Segundo os dados divulgados, “57%<br />

das empresas não têm regras de gestão<br />

ou utilização das suas viaturas”. E “51%<br />

das empresas preferem um valor mais<br />

elevado, mas que as proteja de custos<br />

extraordinários”. Além disso, para as<br />

empresas portuguesas, “o aluguer operacional<br />

é o modelo de financiamento<br />

e gestão de frotas com menor taxa de<br />

abandono”, consta do estudo apresentado<br />

por Gonçalo Cruz, responsável pelo<br />

CVO no nosso país. O autor explicou<br />

que, “em Portugal, mais de metade das<br />

<strong>PME</strong> (57%) não aplicam qualquer regra<br />

de gestão e utilização da sua frota, sendo<br />

que existe uma média de sete viaturas<br />

por cada <strong>PME</strong> em Portugal. Por outro<br />

lado, mais de oito em cada dez <strong>PME</strong><br />

(86%), afirmam necessitar de soluções<br />

de mobilidade para apoiar a gestão do<br />

seu negócio”.<br />

DECISÕES ARBITRÁRIAS<br />

A investigação do CVO foi a primeira<br />

feita em Portugal sobre a gestão de frotas<br />

e mobilidade nas <strong>PME</strong>. Uma análise<br />

detalhada e que tira um autêntico raio<br />

“X” às características da frota automóvel<br />

neste segmento de empresas - que<br />

representam entre 90% a 95% do tecido<br />

empresarial português. O estudo<br />

esmiuçou ainda a forma como são tomadas<br />

as decisões de gestão sobre esta<br />

área de custos nas <strong>PME</strong>, bem como<br />

avaliou as necessidades atuais e futuras<br />

dos gestores das empresas no campo<br />

da mobilidade. “As <strong>PME</strong> são atores<br />

centrais na economia portuguesa, pelo<br />

que é imperativo conhecer as suas<br />

necessidades para conseguirmos dar<br />

respostas eficientes e competitivas. O<br />

que o estudo demonstra, é que as decisões<br />

relacionadas com a gestão da frota<br />

automóvel ainda são tomadas de forma<br />

muito arbitrária e, claramente, há um<br />

enorme espaço de melhoria para apoiar<br />

os decisores destas empresas a tomar as<br />

opções mais estratégicas para conseguirem<br />

acrescentar valor à sua atividade.<br />

Esse é o nosso compromisso”, esclareceu<br />

Gonçalo Cruz.<br />

De acordo com o estudo, “71% das <strong>PME</strong><br />

recorrem ao crédito para aquisição de<br />

viaturas”, sendo que estas “consideram<br />

Dentro das <strong>PME</strong>, as frotas de automóveis<br />

não são um pormenor. São elas que<br />

colocam em movimento os negócios<br />

das empresas. Mas obrigam a ter alguns<br />

cuidados na sua gestão, porque a<br />

esse financiamento como um investimento<br />

para o negócio”. Por outro lado,<br />

apesar de “47% das <strong>PME</strong> nacionais<br />

considerarem que o custo é o principal<br />

critério de escolha para a aquisição de<br />

uma viatura nova, as questões do consumo<br />

de combustível e da carga fiscal<br />

não parecem ser devidamente valorizadas:<br />

somente 17% dos gestores das <strong>PME</strong><br />

dizem analisar os consumos médios das<br />

viaturas antes de decidir pela compra. E<br />

somente 3% ponderam o peso da carga<br />

fiscal. Segurança e benefícios para os<br />

colaboradores, redução de custos e do<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

31


DESTAQUE Frotas das <strong>PME</strong><br />

tempo despendido com a gestão da frota,<br />

são as principais necessidades referidas<br />

pelas <strong>PME</strong>”, refere o estudo.<br />

EFICÁCIA DAS FROTAS<br />

O estudo permite ainda concluir que,<br />

para as <strong>PME</strong>, o principal motivo para<br />

a aquisição de veículos é a “necessidade<br />

de aumentar a frota automóvel, sendo<br />

que essa decisão é tomada, maioritariamente,<br />

pelo responsável máximo da organização”.<br />

As principais alternativas de<br />

financiamento utilizadas são o crédito e<br />

o leasing, apesar de se notar uma quebra<br />

nestas modalidades. “O Aluguer Operacional<br />

(renting) é, ainda, pouco capitalizado<br />

(somente 13% das empresas),<br />

com 47% das <strong>PME</strong> a desconhecer esta<br />

possibilidade de financiamento. Apesar<br />

disso, o Aluguer Operacional é o modelo<br />

com menor taxa de abandono. Na<br />

esmagadora maioria dos casos (80% -<br />

as viaturas de serviço são destinadas ao<br />

diretor-geral e/ou administrador, sendo<br />

que, em 37% das situações, as viaturas<br />

Frotas das <strong>PME</strong> em números<br />

57%<br />

7<br />

das empresas não tem regras de gestão<br />

ou utilização das suas viaturas<br />

51%<br />

das empresas preferem um valor mais<br />

elevado, mas que as proteja de custos é o número médio de veículos que<br />

extraordinários<br />

compõem as frotas das PM<br />

69%<br />

opta por contratos<br />

de leasing para as<br />

frotas<br />

53%<br />

das <strong>PME</strong> prefere o<br />

aluguer operacional<br />

das viaturas<br />

36%<br />

das empresas considera<br />

adquirir viaturas para a<br />

sua frota<br />

61% 90%<br />

das <strong>PME</strong> recorre sempre à mesma<br />

oficina<br />

das <strong>PME</strong> recorre a crédito para<br />

aquisição das frotas<br />

são atribuídas às equipas comerciais”.<br />

Outra conclusão da investigação foi a<br />

de que “mais de metade dos empresários<br />

auscultados (51%) revelam estar<br />

dispostos a pagar um valor mais elevado,<br />

mas desde que protegidos de eventuais<br />

custos adicionais”. A terminar, no<br />

evento, Gonçalo Cruz, resumiu o atual<br />

estado das <strong>PME</strong> no que se refere às frotas:<br />

“Não conhecem modelos”, atuando<br />

da mesma maneira “porque sempre foi<br />

assim” e “olham apenas para uma parte<br />

do custo”. E, depois, rematou com aquilo<br />

que seria o cenário desejável: “Novas<br />

soluções, reduzir o tempo gasto com tarefas<br />

não produtivas e mais responsabilidade<br />

social”, preconizou.<br />

86%das <strong>PME</strong> acredita que precisará de uma solução para<br />

gerir as necessidades de mobilidade<br />

23%<br />

das empresas recorre a recursos internos<br />

para controlo de custos com as frotas<br />

77%<br />

72%<br />

das empresas compra os veículos do<br />

seu parque<br />

das vezes é o diretor-geral da<br />

empresa que toma a decisão<br />

sobre a frota automóvel<br />

32 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


ATUALIDADE CONECTIVIDADE E AUTOMAÇÃO<br />

VANTAGENS<br />

e inconvenientes<br />

O veículo conectado já é uma realidade. E continua a ganhar<br />

terreno no setor automóvel, criando novos desafios e novas<br />

oportunidades. Na verdade, prevê-se que, em 2020, a<br />

produção de veículos conectados supere os 60 milhões. E<br />

que, nesse ano, 90% dos veículos estejam ligados à Internet.<br />

Face a este cenário, muitas questões se levantam acerca<br />

do impacto que causará o veículo conectado. Neste artigo,<br />

abordamos as suas vantagens e inconvenientes<br />

O conceito de veículo conectado faz referência<br />

a um veículo com acesso à Internet,<br />

que pode contar, também, com<br />

ligação por satélite ou rede de área local<br />

sem fios. Na realidade, não se resume<br />

a ligar um smartphone ao sistema mul-<br />

34 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


timédia do veículo. Trata-se de uma<br />

comunicação com o exterior, um intercâmbio<br />

de dados, permitindo, também,<br />

a comunicação Car-To-Car (C2C) e<br />

Car-To-Infraestructure (C2I).<br />

O veículo conectado inclui múltiplas<br />

inovações, desde o acesso a música ou<br />

rádio por Internet, a tecnologias mais<br />

sofisticadas, como Sistemas Avançados<br />

de Assistência à Condução (ADAS).<br />

A implementação de tecnologias como<br />

o ADAS, contribui para a redução de<br />

acidentes e/ou do impacto dos mesmos,<br />

uma vez que estes atuam após a deteção<br />

de perigos ou obstáculos, para além<br />

de corrigirem possíveis erros humanos.<br />

Outra inovação com impacto na segurança<br />

é o eCall, sistema que alerta o 112<br />

em caso de acidente para acelerar a intervenção<br />

dos serviços de emergência e que<br />

será obrigatório em veículos fabricados a<br />

partir de 31 de março de 2018.<br />

Os automóveis na autoestrada, por<br />

exemplo, utilizarão sinais rádio de curto<br />

alcance para comunicarem entre si, de<br />

forma a que todos os veículos na estrada<br />

saibam onde se encontram os outros veículos<br />

na proximidade. Os condutores recebem<br />

notificações e alertas de situações<br />

perigosas, como alguém que está prestes<br />

a atravessar um sinal vermelho, ao aproximarem-se<br />

de um cruzamento ou um<br />

automóvel que entra numa curva, fora<br />

da vista, guinando para a sua faixa para<br />

evitar um objeto na estrada.<br />

IMPACTO NO AFTERMARKET<br />

O surgimento no mercado de um número<br />

cada vez maior de automóveis<br />

com tecnologias telemáticas incorporadas<br />

que facilitam a resolução técnica<br />

das avarias e a comunicação do utilizador,<br />

preocupa (e muito) o mercado do<br />

pós-venda independente.<br />

Há alguns anos que os automóveis são<br />

geridos por sistemas tecnológicos que<br />

registam e armazenam dados sobre o<br />

estado e funcionamento dos elementos<br />

do veículo, pelo que tanto a manutenção<br />

como o diagnóstico e a reparação de<br />

avarias, requerem o acesso eletrónico a<br />

essa informação.<br />

Agora, este acesso é telemático e os dados<br />

registados são mais amplos, abrangendo,<br />

também, informação sobre a circulação<br />

do automóvel e sobre o estilo de<br />

condução do utilizador.<br />

Este desenvolvimento dá preferência lógica<br />

às concessões de marca e aos grupos<br />

de retalho automóvel no futuro,<br />

mas, também, os parceiros dos intermediários<br />

(seguradoras, clubes auto) e online<br />

podem participar nestas mudanças.<br />

Uma consolidação do mercado devido a<br />

isto é a conclusão clara. Devemos tomar<br />

em consideração que a pressão dos sistemas<br />

eCall e bCall, entre outros, traz,<br />

igualmente, oportunidades, visto que a<br />

consolidação do mercado oferece novas<br />

quotas para as empresas que sobreviverem.<br />

Os veículos conectados não só<br />

mostram grandes desafios, mas, também,<br />

aspetos como qualificação pessoal,<br />

problemas de sucessão e desafios tecnológicos,<br />

que terão uma grande influência<br />

nos do mercado.<br />

Os desenvolvimentos de mercado criam<br />

duas oportunidades para as oficinas independentes:<br />

por um lado, tornarem-se<br />

parceiras dos fabricantes de automóveis;<br />

por outro, tornarem-se parceiras<br />

dos intermediários (seguradoras, clubes<br />

auto) e dos negócios online. Somente<br />

estas duas opções oferecem a possibilidade<br />

de participar no encaminhamento<br />

de clientes por estes players do<br />

mercado. Além disso, importante será<br />

ganhar o “status excelência” pelos seus<br />

clientes, visto que também no futuro os<br />

clientes levam o seu veículo às oficinas<br />

que tenham uma boa reputação.<br />

REDUZIR OS ACIDENTES<br />

Os veículos conectados podem reduzir<br />

drasticamente o número de mortes<br />

e feridos graves provocados pelos acidentes<br />

nas estradas e autoestradas. Se o<br />

número de sobreviventes de acidentes<br />

aumentou significativamente graças aos<br />

airbags, travões ABS e outra tecnologia,<br />

as entidades responsáveis pela segurança<br />

rodoviária estão a mudar o seu foco<br />

de ajudar as pessoas a sobreviverem a<br />

acidentes para evitar que os acidentes<br />

sequer aconteçam.<br />

Anualmente, ocorrem milhões de acidentes<br />

nas nossas estradas e a principal<br />

causa de morte entre jovens crianças e<br />

jovens adultos são os acidentes rodoviários.<br />

A tecnologia de veículos conectados<br />

irá permitir que os automóveis, camiões,<br />

autocarros e outros veículos “falem”<br />

entre si com dispositivos dentro do<br />

veículo, que partilham constantemente<br />

informação de segurança e mobilidade.<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

35


ATUALIDADE Conectividade e Automação<br />

VANTAGENS DOS<br />

VEÍCULOS CONECTADOS<br />

Condução mais eficiente e menor contaminação<br />

Graças a sistemas de navegação inteligentes ou à procura otimizada de<br />

percurso (com informação sobre engarrafamentos, estradas fechadas,<br />

acidentes), é possível ganhar eficiência e reduzir o consumo de combustível.<br />

Ligação a smartphones e surgimento de novas aplicações<br />

É possível estabelecer a ligação a smartphones e ouvir música em streaming<br />

ou receber chamadas, entre outras funções. O telemóvel também<br />

pode ser utilizado como chave inteligente para abrir ou ligar o veículo,<br />

ativar o sistema de climatização à distância ou para permitir que um amigo<br />

possa aceder, temporariamente, ao nosso automóvel através do seu<br />

telemóvel. O veículo conectado também deu origem ao desenvolvimento<br />

de tecnologias que o ligam à casa do condutor. Por exemplo, para que o<br />

aquecimento seja ligado no caminho.<br />

Acesso a informação útil<br />

É viável o acesso, em tempo real, a informação sobre o estado das estradas,<br />

meteorologia, pontos de carregamento elétrico, localização do veículo<br />

(especialmente vantajoso em caso de roubo). Inclusivamente, será<br />

possível obter maior informação perante um possível sinistro, ajudando a<br />

estabelecer as respetivas causas e a otimizar a sua gestão.<br />

Detetar avarias ou necessidade de manutenção<br />

O veículo conectado pode incluir informação que permita detetar a existência<br />

de uma avaria, bem como a origem da mesma ou a necessidade de<br />

manutenção, de acordo com o uso ou o desgaste de certas peças.<br />

Eliminação de acidentes<br />

A condução isenta de acidentes e a segurança melhorada dos veículos<br />

pode alterar o conceito de veículo tal como o conhecemos hoje.<br />

Outro estudo sobre tecnologia de veículos<br />

conectados demonstrou que estes<br />

dispõem de potencial para reduzir até<br />

80% os acidentes em que os condutores<br />

não são feridos, o que pouparia um<br />

número significativo de vidas e evitaria<br />

milhões de feridos rodoviários anualmente.<br />

Os veículos conectados têm vantagens<br />

significativas face às novas tecnologias<br />

que agora surgem em veículos de topo de<br />

gama, como radar, câmaras e outros sensores.<br />

Por um lado, as tecnologias de veículos<br />

conectados e aplicações têm maior<br />

alcance do que o equipamento integrado<br />

no veículo, o que permitirá receber alertas<br />

de situações perigosas antecipadamente,<br />

proporcionando tempo de reação<br />

e evitando um acidente. A tecnologia de<br />

veículo conectado também não depende<br />

de comunicações de tipo “linha de visão”<br />

efetiva, ao contrário do radar. Por isso,<br />

se um automóvel à frente travar bruscamente<br />

devido a uma obstrução e ao lado<br />

existe um declive, o condutor receberá<br />

uma notificação mesmo não estando a<br />

ver e não estando ciente da eminência<br />

de uma situação perigosa. A tecnologia<br />

de veículos conectados também é menos<br />

dispendiosa de instalar do que o equipamento<br />

de radar e a câmara nos veículos.<br />

Isso permite que se torne equipamento<br />

padrão no futuro em praticamente todos<br />

os veículos e não apenas nos automóveis<br />

de luxo.<br />

Para além do enorme potencial de segurança,<br />

os veículos conectados também<br />

prometem aumentar as opções de<br />

transporte e reduzir os tempos de viagem.<br />

Os gestores de trânsito poderão<br />

controlar o fluxo mais facilmente com<br />

dados de comunicação avançada disponíveis,<br />

evitando ou minimizando o desenvolvimento<br />

de congestionamentos.<br />

Isso poderá ter um impacto significativo<br />

no ambiente, ajudando a reduzir o<br />

consumo de combustível e as emissões.<br />

36 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


INCONVENIENTES DOS<br />

VEÍCULOS CONECTADOS<br />

Ataque informático<br />

Os veículos conectados poderão ser alvo de um ataque<br />

informático aos seus sistemas de controlo, deixando vulneráveis<br />

os sistemas de abertura, bloqueando o veículo ou<br />

permitindo o roubo de credenciais e informação.<br />

Privacidade e informação sobre a condução<br />

A compilação e o registo de dados sobre a condução e o<br />

veículo associados ao automóvel conectado dão origem a<br />

novas necessidades legislativas que garantam a proteção<br />

dos dados recolhidos.<br />

Preço mais elevado<br />

Determinadas tecnologias do automóvel conectado podem<br />

encarecer, consideravelmente, o preço do mesmo. Por outro<br />

lado, alguns utilizadores têm dúvidas relativamente a<br />

eventuais riscos de avaria ou obsolescência dos sistemas.<br />

Distrações ao volante<br />

Ao disponibilizar o acesso a um maior número de funções,<br />

o risco de distração aumenta. Risco este que tem de ser<br />

minimizado assegurando a segurança e a ergonomia das<br />

diferentes aplicações.<br />

Não restam dúvidas de que o automóvel ligado implica<br />

uma inovação com um impacto relevante no setor automóvel,<br />

prevendo-se um aumento das potenciais vantagens<br />

nos próximos anos e uma tendência de redução no que<br />

respeita aos inconvenientes.<br />

UTILIZADORES DE VEÍCULOS<br />

CONECTADOS QUEREM DECIDIR<br />

O<br />

veículo conectado, que todos os<br />

dias fica mais próximo do utilizador<br />

final, tornou-se num verdadeiro<br />

“filão” para as empresas. Este ano, serão<br />

vendidos em todo o mundo quase 50<br />

milhões de veículos equipados com sistemas<br />

que convertem estes automóveis em<br />

extensões do smartphone do utilizador, ao<br />

ponto de atuarem como “caixas negras”<br />

dos hábitos de condução graças à grande<br />

quantidade de dados gerados pelos sensores.<br />

Será necessário que o proprietário de um<br />

veículo dê autorização para que a sua informação<br />

possa ser utilizada. Um setor<br />

muito interessado em ter acesso aos dados<br />

dos automóveis ligados é o das seguradoras.<br />

Desta forma, os utilizadores esperam<br />

que a companhia lhes faça um desconto<br />

no preço em troca do acesso aos dados do<br />

seu automóvel.<br />

Embora a intensidade e as potencialidades<br />

da conectividade no automóvel tendam a<br />

crescer, hoje já é possível que um automóvel<br />

tenha funções próprias de uma “caixa<br />

negra”. Um exemplo é a app da Seat, que<br />

permite gravar percursos que poderão ser<br />

utilizados como provas num acidente. Outro,<br />

é o novo Citroën C3, que está equipado<br />

com uma câmara frontal.<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

37


ATUALIDADE Conectividade e Automação<br />

AUTÓNOMOS vs CONECTADOS<br />

As tecnologias de veículos autónomos e conectados estão a tornar-se nas mais procuradas. Atualmente, algumas estão<br />

disponíveis mas são apenas uma fração do que estará disponível no futuro. Embora, a seguir, se refiram secções separadas<br />

para tecnologias de veículos autónomos e conectados, muitas dessas tecnologias podem sobrepor-se<br />

Os artigos publicados ultimamente nos<br />

meios de comunicação generalista e<br />

mesmo da especialidade sobre veículos<br />

conectados e autónomos, nem sempre deixam<br />

claro que estas duas tecnologias são distintas. Os<br />

termos são, muitas vezes, utilizados de forma incorreta,<br />

o que cria conceções erradas sobre uma e<br />

outra. E esta confusão pode ainda aumentar quando<br />

as implicações são incorretamente aplicadas<br />

onde não pertencem.<br />

Então qual é a diferença? Qual é a que me ajuda a<br />

chegar a casa mais rapidamente evitando o congestionamento<br />

rodoviário e qual é a que me ajuda<br />

a evitar colisões de veículos?<br />

VEÍCULOS CONECTADOS<br />

As tecnologias utilizadas nos veículos conectados<br />

permitem que os veículos comuniquem entre si e<br />

com o mundo em redor. O seu veículo está provavelmente<br />

mais conectado do que pensa. Os sistemas<br />

de navegação já incluem a funcionalidade de<br />

veículo conectado, como a Orientação Dinâmica do<br />

Trajeto (DRG). O seu sistema, com base em GPS,<br />

recebe informação sobre congestionamentos rodoviários<br />

à sua frente através de sinais celulares<br />

(4G LTE ou 3G) e sugere um percurso alternativo.<br />

O conceito de veículo conectado fornece informação<br />

útil a um condutor ou a um veículo, ajudando<br />

o condutor a tomar decisões mais seguras ou mais<br />

informadas. A utilização de um veículo conectado<br />

não implica que o veículo efetue escolhas no lugar<br />

do condutor. Pelo contrário, fornece informação ao<br />

condutor, incluindo situações potencialmente perigosas<br />

a evitar.<br />

Sem compromisso da informação pessoal, esta<br />

tecnologia também permite que as empresas de<br />

transporte e gestoras de frotas acedam aos dados<br />

do veículo relacionados com a velocidade, localização<br />

e trajetória, permitindo uma melhor gestão do<br />

fluxo rodoviário, assim como a capacidade de enfrentar<br />

problemas específicos em tempo real. Por<br />

isso, para além de enviar informação ao condutor,<br />

os veículos conectados enviam informação às empresas<br />

de transporte e gestoras de frotas, de forma<br />

a potenciar o seu conhecimento das condições rodoviárias<br />

em tempo real, bem como a gerar dados<br />

históricos que irão ajudar as empresas a melhor<br />

planear e alocar futuros recursos (normalmente<br />

aproveitados ao máximo). Ao desenvolverem equipamento<br />

de estrada, que lê/envia sinais enviados/<br />

recebidos desses veículos, as empresas de transporte<br />

podem participar no desenvolvimento do sistema<br />

de veículo conectado.<br />

VEÍCULOS AUTÓNOMOS<br />

Já estão a ser desenvolvidas em alguns veículos<br />

funcionalidades autónomas, como o estacionamento<br />

automático ou a prevenção de colisão de<br />

veículos. Mas até um veículo poder deslocar-se por<br />

si próprio , não é considerado um verdadeiro veículo<br />

autónomo. Um veículo totalmente autónomo<br />

não requer o elemento humano. É, antes, dirigido<br />

por um computador. A maioria dos fabricantes<br />

está a efetuar uma classificação em vários níveis<br />

de autonomia, até que os veículos autónomos sejam<br />

amplamente testados e aceites pelo público<br />

em geral. Ao contrário dos veículos conectados, as<br />

empresas de transporte têm pouco controlo sobre<br />

o desenvolvimento destes veículos autónomos ou<br />

sobre a tecnologia que estes utilizam, sendo esta<br />

controlada pelos fabricantes que os constroem<br />

e em resposta às necessidades do mercado. No<br />

entanto, existem algumas ações que as entidades<br />

rodoviárias podem levar a cabo, de forma a encorajar<br />

o desenvolvimento de veículos autónomos.<br />

Por exemplo, algumas entidades já trabalham na<br />

melhoria da delimitação e sinalização das faixas de<br />

rodagem, que ajuda ao reconhecimento da estrada<br />

por parte dos veículos autónomos. As entidades<br />

também podem encorajar e apoiar políticas que<br />

irão desenvolver ainda mais a tecnologia dos veículos<br />

autónomos, como políticas de certificação,<br />

regras de licenciamento e acompanhamento de<br />

normas de distância.<br />

Os veículos autónomos não necessitam que a tecnologia<br />

de veículos conectados funcione, uma vez<br />

que devem poder navegar de forma independente<br />

na rede rodoviária. No entanto, as tecnologias dos<br />

veículos conectados fornecem informação valiosa<br />

sobre a estrada, permitindo o reencaminhamento<br />

com base em nova informação, como o encerramento<br />

de estradas ou obstáculos no percurso. Ao<br />

incorporar tecnologia dos veículos conectados, os<br />

automóveis autónomos serão mais seguros, mais<br />

rápidos e mais eficientes. Além disso, virtualmente,<br />

todos os veículos autónomos requerem conectividade,<br />

de forma a assegurar que as definições<br />

de software e dados estejam atualizadas. Como os<br />

veículos autónomos se baseiam no conhecimento<br />

da estrada, as alterações no trajeto e os novos desenvolvimentos<br />

ou construções requerem o tipo de<br />

intercâmbio de informação em tempo real.<br />

38 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


COMO É QUE OS VEÍCULOS CONECTADOS<br />

CONDUZEM “A INTERNET DAS COISAS”<br />

Seguramente, o automóvel deixará de ser um dispositivo para permitir<br />

a deslocação e irá tornar-se num conjunto de soluções e oportunidades<br />

interligadas… Que também nos vai deslocar de um ponto a outro. Tal<br />

como ocorreu com os telefones móveis, ou telemóveis...<br />

VANTAGENS DOS AUTÓNOMOS<br />

Necessidade reduzida de novas infraestruturas:<br />

a condução autónoma pode reduzir a necessidade<br />

de construção de novas infraestruturas e reduzir os<br />

custos de manutenção.<br />

Dependência do tempo de viagem:<br />

A convergência pode reduzir, substancialmente, a<br />

incerteza nos tempos de viagem através de uma<br />

avaliação em tempo real, previsível dos tempos de<br />

viagem em todas as estradas.<br />

Melhorias de produtividade:<br />

A convergência irá permitir que os viajantes utilizem<br />

o tempo de viagem de forma produtiva.<br />

Eficiência energética melhorada:<br />

Redução do consumo de energia de, pelo menos,<br />

três formas: maior eficiência de condução; veículos<br />

mais leves; veículos mais eficientes em combustível<br />

e infraestruturas.<br />

Novos modelos de propriedade de veículos:<br />

Os veículos de condução autónoma podem levar a<br />

uma grande redefinição da propriedade de veículos<br />

e alargar as oportunidades de partilha de veículos.<br />

Novos modelos de negócio e cenários:<br />

A convergência de tecnologias pode realinhar indústrias,<br />

de forma a que os participantes do ecossistema<br />

tenham de competir e colaborar simultaneamente.<br />

Embora a conectividade acrescida dos<br />

veículos tenhas as suas vantagens, também apresenta<br />

desafios. Ao adicionar conectividade, podem<br />

existir questões como segurança, privacidade,<br />

análise de dados e agregação devido à abundância<br />

de dados associados aos veículos.<br />

Todos os dias, são cada vez mais<br />

os elementos que funcionam ou<br />

podem funcionar interligados e que<br />

conferem mais inteligência à rede. Milhares<br />

de milhões de dispositivos “inteligentes”:<br />

desde minúsculos chips até enormes<br />

máquinas que utilizam a tecnologia sem<br />

fios para comunicarem connosco ou entre<br />

si. E a crescer a um ritmo vertiginoso.<br />

Dentro de cinco anos, existirão 250 milhões<br />

de veículos conectados na estrada,<br />

enquanto “a Internet das coisas” cresce,<br />

incluindo 25 mil milhões de dispositivos.<br />

Um novo estudo revelou que a rede de<br />

dipositivos conectados, conhecida como<br />

a “Internet das coisas”, deverá “explodir”<br />

este ano, atingindo quase cinco mil milhões<br />

de itens. O número de dispositivos<br />

conectados tende a aumentar cerca de<br />

30% em 2015, para 4,9 mil milhões de<br />

coisas, antes de crescer o quíntuplo para<br />

25 mil milhões, em 2020.<br />

Por conseguinte, o automóvel será um<br />

destes objetos ligados. E, possivelmente,<br />

o objeto com preço mais elevado (em<br />

conjunto com a casa) e com maior capacidade<br />

de interação. Os automóveis serão<br />

um dos “principais elementos” da expansão<br />

da “Internet das coisas”, dispondo um<br />

em cada cinco veículos de algum tipo de<br />

ligação de rede sem fios até 2020, num<br />

total de mais de um quarto de mil milhões<br />

de automóveis nas estradas, a nível global.<br />

O automóvel conectado é já uma realidade<br />

e a conectividade sem fios nos veículos<br />

está em rápida expansão dos modelos de<br />

luxo e marcas de topo para os modelos de<br />

mercado intermédio de alto volume.<br />

O estudo previa que a alteração do cenário<br />

de conectividade fosse construir um novo<br />

conjunto de especificações para o automóvel<br />

do futuro. O consumo acrescido e<br />

a criação de conteúdos digitais dentro do<br />

veículo irá levar à necessidade de sistemas<br />

de infoentretenimento mais sofisticados. O<br />

que pode criar oportunidades para programadores<br />

de aplicações, designers gráficos<br />

e tecnologias de visualização interativa.<br />

Simultaneamente, novos conceitos de mobilidade<br />

e utilização de veículos irão levar<br />

a novos modelos de negócio e expansão<br />

de alternativas à propriedade automóvel,<br />

especialmente em ambientes urbanos.<br />

Enquanto a maioria dos automóveis conectados,<br />

pelo menos nas fases iniciais, terá<br />

uma ligação “automóvel ao telemóvel”,<br />

é expectável que esta rede se expanda,<br />

eventualmente, para ligações “veículo a<br />

veículo” e “veículo a infraestrutura”.<br />

Parte deste crescimento será impulsionado<br />

por iniciativas legislativas. Na UE, por<br />

exemplo, todos os automóveis serão equipados<br />

com um chip associado ao sistema<br />

eCall até 2018, que, automaticamente,<br />

contacta o centro de emergência mais<br />

próximo no caso de acidente.<br />

Um recente relatório da McKinsey revelou<br />

que o aumento dramático da conectividade<br />

nos veículos que está a transformar o<br />

setor automóvel, poderá impulsionar o<br />

valor do mercado global de componentes<br />

e serviços de conectividade para 170 mil<br />

milhões de euros até 2020, um número<br />

mais do que cinco vezes superior aos 30<br />

mil milhões de euros de hoje. O estudo, no<br />

qual quase 2.000 novos automóveis foram<br />

analisados, também detetou que 13% das<br />

pessoas excluiria de imediato a compra de<br />

um novo automóvel sem acesso à Internet,<br />

enquanto mais de um quarto já dá prioridade<br />

às funcionalidades de conectividade<br />

sobre outras, como a potência do motor e<br />

a eficiência no consumo de combustível.<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

39


MERCADO ACESSO À INFORMAÇÃO TÉCNICA<br />

APREENSÃO<br />

e INCERTEZA<br />

40 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


O acesso à informação técnica é cada vez mais difícil para as oficinas independentes. Atualmente,<br />

os fabricantes de veículos têm o controlo exclusivo dos sistemas telemáticos e de reprogramação,<br />

enquanto o aftermarket continua apreensivo em relação ao que o futuro lhe reserva<br />

Na última reunião do Conselho<br />

Europeu do Comércio e da Reparação<br />

Automóvel (CECRA),<br />

foram tratados assuntos de importância<br />

para o setor reparador, como o acesso à<br />

informação técnica ou a situação dos sistemas<br />

telemáticos, em concreto o eCall.<br />

Relativamente ao acesso à informação<br />

técnica, foi dado destaque às conclusões<br />

do estudo elaborado pela consultora britânica<br />

Ricardo-AEA, a pedido da Comissão<br />

Europeia. Dos seus resultados,<br />

depreende-se que, na atualidade, existe<br />

um controlo exclusivo dos sistemas telemáticos<br />

e de reprogramação por parte<br />

dos fabricantes de veículos, bem como<br />

um acesso “difícil” para as oficinas independentes.<br />

Perante esta situação, o estudo da Ricardo-AEA<br />

inclui nas suas conclusões “a<br />

necessidade de se solicitar a igualdade de<br />

direitos para concorrer no mercado e que<br />

a norma clarifique questões como o preço<br />

razoável para o acesso à informação<br />

técnica”.<br />

As oficinas independentes denunciam<br />

que não podem reparar os veículos<br />

Euro 5 e Euro 6 por não terem à disposição<br />

as ferramentas de comunicação<br />

veículo-software do construtor (VCI).<br />

Afirmam que as máquinas de diagnóstico<br />

multimarca não acedem a certas áreas<br />

porque têm bloqueados esses acessos, estando<br />

restringidos ao software das marcas.<br />

Além disso, garantem que também<br />

não dispõem das acreditações para aceder<br />

ao software do construtor para realizar<br />

diagnósticos e reprogramações online<br />

porque “as marcas não disponibilizam ou<br />

demoram excessivamente no processamento<br />

das acreditações”.<br />

Outro dos pontos de maior controvérsia,<br />

e que consideram “ilógico”, é que os dados<br />

das reparações realizadas pelas oficinas<br />

sejam administrados e registados<br />

nos servidores das marcas, “sendo sua<br />

concorrência direta”.<br />

O problema das acreditações deixará de<br />

existir com a entrada em vigor do sistema<br />

SERMI, encarregue de proporcionar<br />

uma única acreditação para todas as<br />

marcas. Simultaneamente, perante o dilema<br />

em torno da telemática do veículo<br />

(obrigatória a partir de março de 2018)<br />

e da administração dos dados gerados<br />

nas oficinas independentes por parte das<br />

marcas, o CECRA advoga um sistema<br />

duplo no qual os dados são armazenados<br />

tanto em servidores de acesso partilhado<br />

como no veículo, acedendo-se à informação<br />

através de um conector standard de<br />

16 pinos (OBD).<br />

FABRICANTES VÃO DOMINAR?<br />

A controvérsia surgiu com os novos automóveis<br />

equipados com conectividade<br />

de série, o novo conceito de “Extended<br />

Vehicle” (veículo ampliado) promovido<br />

pelos fabricantes de automóveis e que, na<br />

prática, implica que é apenas o fabricante<br />

a decidir quem tem acesso funcional<br />

aos dados registados no veículo, além de<br />

outras considerações de privacidade que<br />

afetam os consumidores.<br />

Todos os fabricantes estão a estruturar<br />

os seus sistemas e protocolos técnicos<br />

de modo a que apenas os seus respetivos<br />

servidores possam recolher e dar acesso<br />

a estes dados do veículo, o que supõe o<br />

controlo exclusivo de cada automóvel e<br />

uma mais do que evidente posição tecnológica<br />

dominante para determinar unilateralmente<br />

quais os reparadores e fornecedores<br />

de serviços autorizados a aceder.<br />

É evidente que a investigação e o desenvolvimento<br />

da tecnologia automóvel estão<br />

nas mãos dos construtores, cujo peso<br />

económico e “lobístico” como setor é<br />

muito relevante em toda a UE.<br />

Até agora, cada consumidor podia escolher<br />

livremente a sua oficina de confiança<br />

com base nos dois princípios gerais do<br />

mercado europeu, que são a livre circulação<br />

de bens e serviços e a livre escolha do<br />

consumidor. No entanto, com os novos<br />

veículos conectados, estas liberdades ficam<br />

comprometidas.<br />

“Esta realidade não pode ser um instrumento<br />

para manipular o mercado e os<br />

preços, nem para condicionar a liberdade<br />

dos consumidores ou prejudicar o trabalho<br />

leal de 2,9 milhões de profissionais<br />

que prestam um serviço eficaz, próximo<br />

e de qualidade a 228 milhões de veículos<br />

ligeiros e a 38,5 milhões de veículos<br />

comerciais na UE”, refere o CECRA em<br />

comunicado.<br />

SETOR INDEPENDENTE AVALIA<br />

Há poucas coisas mais importantes para<br />

um negócio de reparação de automóveis<br />

do que o acesso a uma informação técnica<br />

de qualidade. É assim agora e, se é<br />

que é possível, ainda o será mais no futuro.<br />

Em 2014, a UE colocou em andamento<br />

um estudo para conhecer o estado<br />

do acesso à informação técnica no setor.<br />

Agora, publicou um relatório com as suas<br />

conclusões.<br />

“Para competir no mercado de reparação<br />

de automóveis, os operadores independentes<br />

devem ter um acesso fácil, livre de<br />

restrições e padronizado à informação<br />

técnica”, afirma o relatório.<br />

As associações europeias do aftermarket<br />

(AFCAR, FIGIEFA, CECRA, EGEA,<br />

AIRC, UEIL, ADPA e FIA) e, também,<br />

operadores de leasing e renting (Leaseurope),<br />

mostram-se satisfeitas pelo<br />

reconhecimento por parte de Bruxelas<br />

da importância do acesso à informação<br />

técnica para garantir a concorrência e<br />

o bom funcionamento do mercado: “A<br />

existência de operadores independentes<br />

garante a concorrência no mercado de<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

41


MERCADO Acesso à informação técnica<br />

acessórios e a livre escolha do consumidor”,<br />

afirmam.<br />

De igual modo, a Comissão Europeia<br />

reconhece a existência de dificuldades<br />

por parte dos operadores independentes<br />

para aceder à informação técnica. “A<br />

Comissão reconhece a necessidade de se<br />

garantir um funcionamento mais eficaz<br />

da cadeia de fornecimento do mercado<br />

secundário do setor automóvel”. Isto<br />

demonstra “que a legislação que regula<br />

o acesso à informação técnica necessita<br />

urgentemente de uma atualização”.<br />

Vários deputados do Parlamento Europeu<br />

reconheceram a necessidade e a urgência<br />

de abordar algumas das deficiências<br />

da atual legislação e apresentaram<br />

uma série de emendas que abordam as<br />

questões consideradas mais urgentes.<br />

NEM TUDO É POSITIVO…<br />

Efetivamente, as associações do setor<br />

lamentam que a Comissão fique muito<br />

aquém do conjunto de recomendações<br />

substanciais do estudo encomendado<br />

Acreditação de acordo<br />

com ISO 17011, ISO 17020<br />

e requisitos funcionais<br />

Organismo de Avaliação<br />

de Conformidade (CAB)<br />

Autorização<br />

( ** )<br />

Operador<br />

Independente (IO)<br />

Organismo Nacional<br />

de Acreditação (NAB)<br />

( ** )<br />

Aprovada<br />

Oficina<br />

Independente (IO)<br />

por Bruxelas em 2014 e “que são de crucial<br />

importância para um funcionamento<br />

mais eficiente da cadeia de fornecimento<br />

do mercado do pós-venda automóvel”.<br />

Entre outras coisas, consideram ser necessário<br />

melhorar a estrutura geral de<br />

aplicação da informação técnica (“não<br />

é completa ou existem atrasos na disponibilização”,<br />

assinalam); criar um órgão<br />

independente que se encarregue de verificar<br />

se os regulamentos são aplicados<br />

corretamente, padronizar o formato de<br />

toda a informação e harmonizar as sanções<br />

por incumprimento das obrigações.<br />

Afirmam também que no relatório emitido<br />

pela Comissão Europeia “insinuam<br />

que apenas os veículos mais antigos, já<br />

fora de garantia”, são o alvo do mercado<br />

independente”. É que, tal como assinalam<br />

as associações, os consumidores têm<br />

(e utilizam) o direito de realizar a manutenção<br />

e reparar os seus veículos em<br />

qualquer oficina à sua escolha, sem que<br />

isso signifique a anulação da garantia do<br />

veículo.<br />

RELATÓRIO DE BRUXELAS<br />

O relatório de Bruxelas sobre o livre<br />

acesso à RMI _ Repair and Maintenance<br />

Information, não satisfaz o setor do<br />

pós-venda europeu, pois está “aquém”<br />

do esperado e não aborda alguns pontos<br />

importantes. O esperado relatório da<br />

Associação SERMI<br />

Seleção de acordo<br />

com os requisitos<br />

funcionais<br />

Centro de Fiabilidade<br />

(TC)<br />

( ** ) De acordo com o esquema de<br />

requisitos funcionais da SERMI<br />

Comissão Europeia sobre as deficiências<br />

do atual funcionamento da cadeia de fornecimento<br />

de peças de substituição para<br />

as cadeias multimarca não satisfez, de<br />

todo, o setor do pós-venda europeu. Em<br />

resumo, boas intenções, mas poucos passos<br />

em concreto na direção pretendida.<br />

Sobre a mesa, está um grave problema: o<br />

livre acesso das oficinas à reparação e manutenção<br />

de veículos (englobado no que<br />

se conhece como sistema SERMI, cuja<br />

implantação está atrasada) para garantir<br />

a concorrência e o bom funcionamento<br />

deste importante mercado que, a nível<br />

comunitário, engloba mais de 500.000<br />

empresas. O fosso tecnológico entre automóveis<br />

cada vez mais dependentes de<br />

sistemas altamente sofisticados e as relativamente<br />

modestas ferramentas e capacidade<br />

das oficinas para se adequarem a<br />

estas alterações, supõe uma clara discriminação<br />

para estas últimas.<br />

Para favorecer, portanto, a competitividade<br />

das oficinas e evitar que os concessionários<br />

de marca fiquem com o grosso<br />

do negócio da reparação, a União Europeia<br />

está a tentar legislar a favor de um<br />

mercado mais aberto e sem restrições.<br />

Conforme reconhece o relatório da CE,<br />

“os operadores independentes devem ter<br />

um acesso fácil, livre de restrições e padronizado<br />

à informação técnica”.<br />

Em comunicado, as associações do aftermarket<br />

lamentam que o relatório de Bruxelas<br />

fique “muito aquém” do esperado e,<br />

sobretudo, das recomendações que o setor<br />

vinha propondo nos últimos meses,<br />

que são “de crucial importância”.<br />

Neste sentido, lamentam que no relatório<br />

não se tenha em conta a necessidade<br />

de melhorar a estrutura geral para a<br />

aplicação da RMI ou a necessidade de<br />

criação de um órgão de verificação independente<br />

para melhorar a aplicação<br />

dos Regulamentos da RMI. Além disso,<br />

na sua opinião, a CE deixa de lado outros<br />

dois aspetos muito importantes. Primeiro:<br />

que os fabricantes proporcionem facilidades<br />

para a validação dos formatos<br />

padronizados eletronicamente. Segundo:<br />

melhorar a harmonização de sanções por<br />

incumprimento das obrigações da RMI.<br />

42 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


ASSOCIAÇÕES DEFENDEM LIVRE ACESSO À INFORMAÇÃO TÉCNICA<br />

As associações do setor exigem à UE um enquadramento regulador “forte” para uma plataforma telemática “interoperável,<br />

normalizada, segura e de acesso aberto”<br />

No passado mês de março, foi dado um<br />

grande passo para a Liberdade da Reparação,<br />

com a criação de uma coligação das<br />

mais representativas associações europeias<br />

do setor automóvel (ADPA - fornecedores<br />

de serviços de informação técnica;<br />

CECRA – oficinas; CITA – inspeções automóveis;<br />

EGEA – equipamentos de oficinas;<br />

FIA - Federação Internacional de Automobilismo;<br />

FIGIEFA – comerciantes de peças<br />

aftermarket; Insurance Europe e Leaseurope),<br />

com o objetivo de defender o livre fluxo<br />

de dados, assim como a interoperabilidade<br />

entre os sistemas dos fabricantes de automóveis<br />

e oficinas independentes.<br />

Para estas associações, apenas estes fatores<br />

permitem a verdadeira liberdade de<br />

escolha em termos de serviços digitais e<br />

capacitam o direito dos proprietários dos<br />

veículos a escolher com quem partilhar os<br />

seus dados e para que finalidade.<br />

A coligação solicita que as instituições europeias<br />

deem vida à transformação digital,<br />

criando um robusto enquadramento regulamentar<br />

para uma plataforma telemática<br />

digital no veículo que seja segura, estandardizada<br />

e interoperável.<br />

A liberdade de escolha do consumidor é<br />

fundamental para que os princípios democráticos<br />

da UE permaneçam válidos e<br />

com a mesma força com que se mantiveram<br />

nos últimos 60 anos, desde que foi<br />

assinado o Tratado de Roma. Manter vivos<br />

os princípios deste Tratado com a criação<br />

de um enquadramento regulamentar para<br />

uma plataforma telemática interoperável<br />

no veículo é o grande objetivo desta coligação<br />

para o setor do pós-venda automóvel<br />

independente.<br />

A propriedade dos dados gerados pelo automóvel<br />

ligado é do utilizador e, por conseguinte,<br />

as marcas devem pedir sempre<br />

consentimento para utilizá-los. Esse mesmo<br />

princípio é a base da campanha lançada<br />

pela coligação das associações, com<br />

o lema explícito “Acesso justo e equitativo<br />

aos veículos no mercado único digital”. O<br />

objetivo é “criar um enquadramento regulador<br />

forte” para uma plataforma telemática<br />

“interoperável, normalizada, segura e<br />

de acesso aberto nos veículos”.<br />

Em comunicado, as associações signatárias<br />

saudaram este avanço tecnológico<br />

“que pode beneficiar os consumidores e<br />

proporcionar novas e inovadoras oportunidades<br />

de negócio, desde que seja salvaguardada<br />

a leal concorrência”.<br />

Na atualidade, recorda a coligação, “as<br />

plataformas telemáticas estão tecnicamente<br />

concebidas de uma forma exclusiva<br />

que permite apenas aos fabricantes de<br />

veículos ter acesso direto ao veículo e aos<br />

seus dados, o que cria uma desvantagem<br />

indevida e pode acabar por prejudicar os<br />

consumidores, as empresas, a economia<br />

europeia e a sociedade”. Por este motivo,<br />

a coligação defende que se exija a “neutralidade<br />

da concorrência através da conceção<br />

técnica, para preservar a independência<br />

empresarial e manter condições de<br />

concorrência equilibradas na era digital. A<br />

inovação real e a oportunidade de desenvolver<br />

novos modelos de negócio apenas<br />

serão possíveis com uma plataforma interoperável”.<br />

Neste sentido, a coligação refere que os<br />

fornecedores independentes de serviços,<br />

para poderem competir, necessitam de<br />

“um acesso equitativo às mesmas funcionalidades<br />

e informações, com a mesma<br />

margem de tempo do que os fabricantes<br />

de veículos. Só assim os automobilistas<br />

terão a possibilidade real de escolher<br />

fornecedores de serviços e de autorizar o<br />

acesso direto e sem supervisão aos seus<br />

dados do veículo nos serviços que escolham.<br />

Desta forma, garante-se que podem<br />

continuar a ser oferecidas opções de serviço<br />

independentes”.<br />

Por isso, as associações signatárias instam<br />

as instituições europeias a reconhecerem<br />

o papel competitivo da telemática e, por<br />

conseguinte, a darem poder aos consumidores<br />

para escolher a quem disponibilizam<br />

os seus dados e com que finalidades. Isto<br />

também significa permitir aos operadores<br />

independentes oferecer produtos e serviços<br />

digitais competitivos, protegendo o<br />

seu direito de acesso direto a dados/informações<br />

do veículo em tempo real e o seu<br />

direito de comunicação em linha através<br />

de plataformas telemáticas normalizadas,<br />

interoperáveis e seguras.<br />

Além disso, defendem as associações, “a<br />

conceção da plataforma telemática de livre<br />

acesso deve excluir a possibilidade de<br />

controlo e criação de perfis por parte dos<br />

fabricantes de veículos. Deverá preservar<br />

a igualdade de oportunidades para operadores<br />

e fornecedores de serviços independentes,<br />

para que possam apresentar os<br />

seus serviços aos consumidores da mesma<br />

forma do que os fabricantes”.<br />

Os signatários do manifesto pedem, também,<br />

que “até ao momento em que haja<br />

uma plataforma plenamente funcional incorporada<br />

nos veículos, deverá manter-se<br />

um acesso normalizado à comunicação<br />

dos dados do veículo, através de uma ligação<br />

de acesso a dados físicos”.<br />

“Todos estes requisitos técnicos são necessários<br />

para garantir uma livre escolha<br />

do consumidor e condições de concorrência<br />

equilibradas para todas as partes implicadas,<br />

a fim de se manter a capacidade<br />

de inovação e a competitividade de todos<br />

os fornecedores de serviços “em torno do<br />

automóvel”, afirma o manifesto.<br />

A longo prazo, concluem as associações<br />

signatárias, “isto apenas poderá ser assegurado<br />

com uma solução técnica em<br />

que a ‘inteligência’ esteja no automóvel,<br />

implementando no veículo uma plataforma<br />

telemática interoperável normalizada,<br />

tal como se pretende com a função eCall”.<br />

A era da telemática no automóvel está iminente<br />

e todo o aftermarket espera que os<br />

decisores da UE a tornem benéfica para<br />

todos, especialmente para as <strong>PME</strong>, pois<br />

estas são o pilar da economia da UE. E,<br />

sendo as mais enraizadas localmente,<br />

poderão fornecer serviços personalizados<br />

aos consumidores.<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

43


MERCADO Observatório Comércio de Peças & Acessórios 2016<br />

SAÚDE<br />

FINANCEIRA<br />

das EMPRESAS<br />

EM ALTA<br />

44 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


Os resultados do estudo anual realizado pela DPAI (Divisão de<br />

Peças e Acessórios Independentes) da ACAP sobre o estado do<br />

setor da distribuição de peças em Portugal, revelam uma melhoria<br />

dos indicadores de saúde financeira das empresas<br />

Os dados revelados neste Observatório<br />

são referentes ao ano de 2015, mas<br />

comparam-se com os três anos anteriores,<br />

uma vez que já é o sexto ano consecutivo<br />

que a DPAI da ACAP faz este<br />

estudo sobre os principais rácios financeiros<br />

e económicos das empresas que<br />

compram peças para vender.<br />

Os rácios apresentados neste estudo<br />

resultam de um prospeção de 1.397<br />

empresas, às quais foram analisados os<br />

valores médios das diferentes rubricas<br />

incluídas no balanço e demonstração de<br />

resultados das organizações.<br />

Os rácios são importantes para a gestão<br />

porque conseguem sintetizar apenas<br />

num número uma determinada situação<br />

de um negócio. Ou até mesmo uma<br />

evolução desse negócio, permitindo visualizar<br />

os parâmetros chave da atividade.<br />

Servem para determinar objetivos,<br />

preparar decisões e enquadrar a gestão.<br />

São uma espécie de “semáforo”, que deve<br />

desencadear uma análise e conduzir a<br />

uma determinada decisão. Obviamente,<br />

são, também, um instrumento incontornável<br />

para efetuar comparações com<br />

outros dados disponíveis e calcular as<br />

distâncias em relação às metas próprias,<br />

à concorrência e aos indicadores internacionais,<br />

entre outros.<br />

Para que o estudo pudesse corresponder<br />

ao que se pretendia, foi dividido em<br />

quatro grandes escalões de volume de<br />

negócio:<br />

- Escalão A: Até €500.000<br />

- Escalão B: Mais de €500.000 e até<br />

€2.000.000<br />

- Escalão C: Mais de €2.000.000 e até<br />

€5.000.000<br />

- Escalão D: Acima de €5.000.000<br />

PESO DE CADA ESCALÃO<br />

NO TOTAL DO SETOR<br />

As empresas de maior dimensão crescem mais. Os<br />

escalões com negócio superior a €2.000.000 viram o<br />

seu peso em relação ao total aumentar ao longo dos<br />

últimos quatro anos.<br />

44,8%<br />

13,9%<br />

27,7%<br />

13,5%<br />

2012<br />

47,2%<br />

14,4%<br />

25,5%<br />

12,8%<br />

2013<br />

46,2%<br />

15,9%<br />

25,9%<br />

12,1%<br />

2014<br />

Escalão A: Faturação < €500.000<br />

Escalão B: Faturação > €500.000 e < €2.000.000<br />

Escalão C: Faturação > €2.000.000 e < €5.000.000<br />

Escalão D: Faturação > €5.000.000<br />

46,7%<br />

16,9%<br />

24,2%<br />

12,3%<br />

2015<br />

Em primeiro lugar, refira-se que 67,5%<br />

do setor da distribuição de peças é constituído<br />

por empresas do Escalão A (até<br />

€500.000). O Escalão B inclui 24,3% das<br />

empresas, o Escalão C tem 5,4% e o Escalão<br />

D tem 2,8% das 1.397 empresas<br />

que constituem a amostra.<br />

O dinheiro nas empresas e, em especial,<br />

neste setor das peças, está em bancos,<br />

clientes e existências, uma vez que este<br />

negócio exige grandes recursos de capital.<br />

Por exemplo, em cada €100 vendidos<br />

é necessário gastar, aproximadamente,<br />

€75 em material, pelo que a<br />

quantidade de dinheiro necessário para<br />

investir neste negócio é muito elevada.<br />

Assim, acompanhar de perto a saúde<br />

financeira das empresas, é ainda mais<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

45


MERCADO Observatório Comércio de Peças & Acessórios 2016<br />

importante neste setor da peças.<br />

Podemos dizer que os anos economicamente<br />

difíceis ajudaram as empresas a<br />

repensar as suas estratégias e a melhorar<br />

a qualidade do seu negócio. Tal pode<br />

observar-se através da melhoria dos<br />

rácios de autonomia financeira e endividamento.<br />

As empresas aumentaram a<br />

sua capacidade de se financiarem com<br />

capitais próprias porque libertam mais<br />

resultado. Melhorou a gestão do dinheiro<br />

em bancos e existências, mas para se<br />

dar um salto financeiro verdadeiramente<br />

qualitativo falta melhorar, de forma<br />

expressiva, a gestão das cobranças.<br />

De uma forma geral, podemos concluir<br />

que, em 2015, houve uma pequena melhoria<br />

dos indicadores de saúde financeira<br />

e existiu um maior cuidado com<br />

a gestão financeira, nomeadamente ao<br />

nível dos stocks e clientes. No entanto,<br />

ESTRUTURA EMPRESARIAL<br />

DO SETOR DO COMÉRCIO<br />

DE PEÇAS E ACESSÓRIOS<br />

Mais entradas nos escalões superiores, 8,2%<br />

das empresas fizeram cerca de 64% do volume,<br />

tendência em crescendo.<br />

3,3%<br />

4,4%<br />

26,7%<br />

65,6%<br />

2012<br />

3,3%<br />

4,8%<br />

25,3%<br />

66,6%<br />

2013<br />

3,0%<br />

5,1%<br />

26,0%<br />

65,9%<br />

2014<br />

Escalão A: Faturação < €500.000<br />

Escalão B: Faturação > €500.000 e < €2.000.000<br />

Escalão C: Faturação > €2.000.000 e < €5.000.000<br />

Escalão D: Faturação > €5.000.000<br />

já foi visível uma ligeira redução dos indicadores<br />

de rentabilidade e capital, não<br />

obstante uma redução do custo da dívida,<br />

existe um aumento dos gastos face<br />

a 2014.<br />

2,8%<br />

5,4%<br />

24,3%<br />

67,5%<br />

2015<br />

SAÚDE FINANCEIRA<br />

A informação dos quadros que publicamos<br />

representa o estado atual da saúde<br />

financeira das empresas neste setor do<br />

comércio de peças automóvel. Trata-se<br />

de uma amostra do estudo dos rácios das<br />

empresas do setor de peças independentes,<br />

onde apresentamos os indicadores<br />

da saúde financeira das empresas. O<br />

estudo tem ainda informação relevante<br />

com indicadores de rentabilidade e capital,<br />

com evolução comparativa desde<br />

2012 e faz parte do estudo “Observatório<br />

do Comércio de Peças e Acessórios<br />

2016” da DPAI da ACAP.<br />

As empresas são selecionadas no CAE<br />

453 (Comércio de Peças e Acessórios<br />

para Veículos Automóveis) dedicadas,<br />

exclusivamente, ao comércio de peças e<br />

acessórios, com contas ativas no período<br />

em análise. A totalidade da amostra em<br />

2012, 2013, 2014 e 2015 são 1.125, 1.195,<br />

1.270 e 1.397 empresas, respetivamente.<br />

Os rácios são expressos pelos valores<br />

médios e calculados com base nos Balanços<br />

e DR – Demonstrações de Resultados<br />

- consolidados dentro de cada<br />

escalão.<br />

Os rácios financeiros facilitam a otimização<br />

da proporção de capitais alheios<br />

no financiamento das empresas. Comparando<br />

os valores dos rácios financeiros<br />

com os de outras empresas do<br />

mesmo setor, podemos, igualmente,<br />

averiguar a razoabilidade do nível de<br />

endividamento das empresas. O rácio de<br />

Autonomia Financeira mede o nível de<br />

endividamento das organizações e permite<br />

verificar em que percentagem é que<br />

o Ativo está a ser financiado por Capitais<br />

Próprios. Deverá ser superior a 1/3, caso<br />

contrário, a empresa encontra-se numa<br />

situação difícil, pois dependerá excessivamente<br />

de capitais alheios. O rácio de<br />

Autonomia Financeira é um dos mais<br />

utilizados pelas instituições bancárias<br />

ao apreciarem o risco de uma operação<br />

de crédito.<br />

Os rácios de endividamento são indicadores<br />

utilizados pelos financiadores,<br />

ao procurar avaliar o risco de não cumprimento<br />

do serviço de dívida por parte<br />

das empresas. O rácio de endividamento<br />

indica qual o nível em que uma organização<br />

é financiada por capital alheio.<br />

46 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


LIQUIDEZ GERAL (%)<br />

É notória a evolução positiva nos últimos anos da liquidez disponível<br />

nas empresas, comum a todos os escalões. A Liquidez Geral é um<br />

rácio utilizado na concessão de créditos de curto prazo, sendo o ativo<br />

corrente o que a empresa transforma no prazo inferior a um ano em<br />

dinheiro e o passivo corrente o que a empresa tem de pagar nesse<br />

mesmo período. Pode dizer-se que a empresa está em equilíbrio<br />

financeiro de liquidez quando este rácio é superior a 1, ou seja, o<br />

valor pago é inferior ao valor recebido, sendo o ideal superior a 2.<br />

ROTAÇÃO DE INVENTÁRIOS<br />

No negócio de peças independentes, a dificuldade em obter prazos de<br />

entrega curtos dos fabricantes de peças obriga as empresas a investir em<br />

profundidade no seu stock para poderem ter uma taxa de serviço elevada.<br />

Quanto mais pequena é a empresa, maior é a dificuldade da rotação do<br />

seu inventário.O maior investimento das empresas deste setor é feito<br />

nos seus inventários. É por isso que eles são importantes na gestão.<br />

2012 2013 2014 2015 2012<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

Escalão A 1,6% 1,6% 1,7% 1,7%<br />

Escalão B 1,7% 1,9% 1,9% 2,0%<br />

Escalão C 1,4% 1,9% 2,1% 2,0%<br />

Escalão D 1,6% 1,4% 1,3% 1,2%<br />

<strong>PME</strong> Excelência 1,9% 2,1% 2,2% 2,3%<br />

Escalão A 1,7% 1,7% 1,9% 1,8%<br />

Escalão B 3,4% 3,6% 3,5% 3,6%<br />

Escalão C 3,9% 3,7% 3,7% 4,0%<br />

Escalão D 4,7% 4,9% 4,6% 4,6%<br />

<strong>PME</strong> Excelência 4,3% 4,6% 4,4% 4,4%<br />

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS (DIAS)<br />

Uma das maiores preocupações da atividade económica em<br />

geral, são os recebimentos. Existe um esforço visível na melhoria<br />

dos prazos de pagamento, que, mesmo assim, ainda não são<br />

coincidentes com a média dos prazo acordados. Em 2015, existe<br />

uma evolução positiva assinalável em relação ao passado.<br />

AUTONOMIA FINANCEIRA (%)<br />

Um dos rácios mais analisados pela banca, porque nos indica a<br />

capacidade das empresas para fazer face aos seus investimentos,<br />

sem recorrerem a capital alheio. É, de facto, uma grande evolução em<br />

relação a 2012. Apenas o escalão A apresentou algumas dificuldades.<br />

2012 2013 2014 2015 2012<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

Escalão A 87,4% 90,8% 85,1% 78,3%<br />

Escalão B 87,6% 83,7% 83,7% 81,7%<br />

Escalão C 88,4% 85,5% 82,6% 79,6%<br />

Escalão D 82,8% 78,9% 74,5% 72,1%<br />

<strong>PME</strong> Excelência 76,3% 72,4% 69,4% 66,6%<br />

Escalão A 25,2% 23,9% 23,6% 23,0%<br />

Escalão B 39,6% 42,9% 43,0% 43,4%<br />

Escalão C 23,0% 45,0% 48,7% 49,1%<br />

Escalão D 37,2% 37,7% 37,9% 38,8%<br />

<strong>PME</strong> Excelência 48,2% 51,6% 56,0% 60,6%<br />

ENDIVIDAMENTO (%)<br />

É um rácio muito utilizado para análise de crédito e crédito consolidado,<br />

pois compara o nível de dívida que a empresa contraiu para<br />

financiamento da sua atividade. Um rácio demasiado alto pode inviabilizar<br />

pedidos de financiamento bancário ou consolidação de créditos, uma vez<br />

que o risco é maior. Não é saudável valores acima dos 70%. Exceto no<br />

escalão A, os restantes mostraram níveis de endividamento razoáveis.<br />

RENTABILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS<br />

Indicador de rentabilidade e capital, que informa qual a percentagem<br />

de lucro por cada euro investido. Exceto as empresas do escalão mais<br />

elevado, maior de €5.000.000, todas viram a sua rentabilidade reduzida<br />

em 2015.<br />

2012 2013 2014 2015 2012<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

Escalão A 74,8% 76,1% 76,4% 77,0%<br />

Escalão B 60,4% 57,1% 57,0% 56,6%<br />

Escalão C 77,0% 55,0% 51,3% 50,9%<br />

Escalão D 62,8% 62,3% 62,1% 61,2%<br />

<strong>PME</strong> Excelência 51,8% 48,4% 44,0% 39,4%<br />

Escalão A -6,2% -6,4% -6,5% -3,2%<br />

Escalão B 4,7% 6,6% 8,6% 8,0%<br />

Escalão C 15,3 % 9,8% 11,4% 10,7%<br />

Escalão D 10,7% 8,1% 11,8% 11,9%<br />

<strong>PME</strong> Excelência 15,5% 17,5% 21,4% 19,7%<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

47


MERCADO AUTOMÓVEL EM PORTUGAL<br />

INDICADORES<br />

PARATODOS<br />

os GOSTOS<br />

Em 2016, por comparação com 2015, as vendas globais de veículos registaram um<br />

crescimento de 15,8%. Já a produção automóvel, teve um abrandamento de 8,6%. E no que<br />

toca a fiscalidade, o setor automóvel continuou a ser uma das “galinhas dos ovos de ouro” do<br />

Estado, ou não tivesse ele gerado receitas de 9.271 mil milhões de euros<br />

48 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


Mesmo num cenário de<br />

desaceleração da procura<br />

em 2016 face a anos<br />

anteriores, a ACAP (Associação<br />

Automóvel de<br />

Portugal) traça perspetivas otimistas no<br />

que às vendas de veículos para os próximos<br />

dois anos diz respeito. Números divulgados<br />

pela associação dão conta que,<br />

em 2016, foram comercializados 247.398<br />

veículos em Portugal, o que representou<br />

um acréscimo de 15,8% face a 2015. A<br />

quase totalidade das transações inseriu-<br />

-se na categoria de ligeiros (242.220 unidades,<br />

ou seja, +15,7%), divididos por<br />

207.330 passageiros (+16,1%) e 34.890<br />

comerciais (+13,1).<br />

Já na área dos pesados, foram vendidos,<br />

segundo dados da ACAP, 5.178 veículos<br />

no ano passado em Portugal, ou seja,<br />

+20,6% do que em 2015. Para este ano,<br />

a ACAP perspetiva um crescimento de<br />

2% nas vendas de ligeiros de passageiros,<br />

prevendo-se que possa ser atingido<br />

o total de 211.000 unidades. Este valor<br />

deverá, de acordo com as previsões da<br />

associação, crescer novamente em 2018,<br />

AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS<br />

IMPORTADOS USADOS<br />

(% no mercado de novos)<br />

10,7<br />

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016<br />

IDADE MÉDIA DOS VEÍCULOS ENTREGUES<br />

PARA ABATE NA REDE VALORCAR<br />

(Anos)<br />

15,6<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

2010<br />

+17,4%<br />

15,1 15,7 15,6<br />

2011<br />

2012<br />

20,1<br />

2013<br />

25,1<br />

2014<br />

2015<br />

28,3<br />

Fontes: IMT e ACAP<br />

16,5 16,9 16,6 17,3 18,1 18,8 19,4 19,7 20,0 20,7<br />

2016<br />

Fonte: Valorcar<br />

chegando às 218.000 unidades, o que, a<br />

confirmar-se, representaria um crescimento<br />

de 2% face a <strong>2017</strong>. As vendas de<br />

comerciais ligeiros devem igualmente<br />

crescer, prevendo-se que possam chegar<br />

às 36.000 unidades em <strong>2017</strong>, o que<br />

corresponderia a um crescimento de<br />

3%. As previsões para 2018 mantêm-se<br />

na mesma escala, ou seja, novo aumento<br />

de vendas em 3%, perfazendo 37.000 comerciais<br />

ligeiros vendidos.<br />

Produção, exportações, receitas<br />

A produção automóvel em Portugal registou<br />

um abrandamento de 8,6% em<br />

2016 face a 2015, graças ao menor número<br />

de viaturas produzidas (143.096),<br />

entre ligeiros de passageiros, comerciais<br />

ligeiros e pesados. No ano transato, foram<br />

produzidos 99.200 novos ligeiros de<br />

passageiros, o representou uma diminuição<br />

de 14,1% em relação a 2015.No que<br />

aos comerciais ligeiros disse respeito, no<br />

ano passado registou-se um crescimento<br />

de 6,9% face ao ano anterior, traduzido<br />

na produção de 39.712 novos veículos.<br />

Outra categoria em crescimento foi a<br />

VENDAS DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS EM PORTUGAL<br />

(Por tipo de veículos, de 2000 a 2015)<br />

ANOS<br />

LIGEIROS DE<br />

PASSAGEIROS *<br />

TODO-O-TERRENO<br />

LIGEIROS DE<br />

PASSAGEIROS E<br />

TODO-O-TERRENO<br />

COMERCIAIS<br />

LIGEIROS **<br />

TOTAL MERCADO<br />

LIGEIROS<br />

PESADOS DE<br />

MERCADORIAS<br />

AUTOCARROS<br />

TOTAL MERCADO<br />

VEÍCULOS<br />

AUTOMÓVEIS<br />

Unid. % Var. Unid. % Var. Unid. % Var. Unid. % Var. Unid. % Var. % Var. % Var. Unid. % Var. Unid. % Var.<br />

2000 263 381 -3.5 32 109 29.5 295 490 -0.7 115 040 12.5 410 530 2.6 7 424 5.0 927 42.2 418 881 2.7<br />

2001 253 630 -3.7 6 686 -79.2 260 316 -11.9 93 578 -18.7 353 894 -13.8 6 698 -9.8 874 -5.7 361 466 -13.7<br />

2002 225 477 -11.1 3 097 -53.7 228 574 -12.2 76 813 -17.9 305 387 -13.7 4 742 -36.1 694 -25.1 310 823 -14.0<br />

2003 189 134 -16.1 3 171 2.4 192 305 -15.9 66 555 -13.4 258 860 -15.2 3 736 -21.2 558 -19.6 263 154 -15.3<br />

2004 196 614 4.0 3 554 12.1 200 168 4.1 68 707 3.2 268 875 3.9 4 679 25.2 641 14.9 274 195 4.2<br />

2005 201 772 2.6 4 627 30.2 206 399 3.1 66 727 -2.9 273 126 1.6 4 616 -1.3 728 13.6 278 470 1.6<br />

2006 188 781 -6.4 5 826 25.9 194 607 -5.7 64 582 -3.2 259 189 -5.1 5 406 17.1 579 -20.5 265 174 -4.8<br />

2007 195 180 3.4 6 520 11.9 201 700 3.6 68 537 6.1 270 237 4.3 5 644 4.4 725 25.2 276 606 4.3<br />

2008 208 320 6.7 4 974 -23.7 213 294 5.7 55 499 -19.0 268 793 -0.5 5 536 -1.9 798 10.1 275 127 -0.5<br />

2009 155 351 -25.4 5 596 12.5 160 947 -24.5 38 972 -29.8 199 919 -25.6 3 213 -42.0 628 -21.3 203 760 -25.9<br />

2010 214 220 37.9 9 179 64.0 223 399 38.8 45 734 17.4 269 133 34.6 3 130 -2.6 491 -21.8 272 754 33.9<br />

2011 145 852 -31.9 7 552 -17.7 153 404 -31.3 34 963 -23.6 188 367 -30.0 2 665 -14.9 330 -32.8 191 362 -29.8<br />

2012 90 748 -37.8 4 561 -39.6 95 309 -37.9 16 011 -54.2 111 320 -40.9 1 892 -29.0 223 -32.4 113 435 -40.7<br />

2013 101 126 11.4 4 795 5.1 105 921 11.1 18 202 13.7 124 123 11.5 2 392 26.4 174 -22.0 126 689 11.7<br />

2014 136 430 34.9 6 396 33.4 142 826 34.8 26 166 43.8 168 992 36.1 3 126 30.7 239 37.4 172 357 36.0<br />

2015 169 551 24.3 8 952 40.0 178 503 25.0 30 858 17.9 209 361 23.9 4 039 29.2 254 6.3 213 654 24.0<br />

* Inclui desde 2000 Monovolumes com mais de 2.300 kg | ** Foram retirados desde 2000 os Monovolumes com mais de 2.300 kg<br />

Fonte: ACAP<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

49


MERCADO Automóvel em Portugal<br />

Fonte: ACAP<br />

IDADE MÉDIA DO PARQUE AUTOMÓVEL EM PORTUGAL<br />

11,2<br />

10,0<br />

7,4<br />

5,9<br />

11,4<br />

10,5<br />

7,7<br />

6,3<br />

11,6<br />

10,9<br />

6,7<br />

11,8<br />

11,2<br />

6,8<br />

11,9<br />

11,4<br />

8,1 8,3 8,4<br />

7,1<br />

12,0<br />

11,6<br />

8,6<br />

7,4<br />

dos pesados que, com um total de 4.184<br />

novas unidades, alcançou uma subida de<br />

4% face a 2015.<br />

Olhando para os números dos veículos<br />

produzidos pelas fábricas a operar em<br />

Portugal, no ano passado 95% (136.369<br />

unidades) destinou-se à exportação, tendo<br />

“permanecido” apenas 5% (6.727) em<br />

solo nacional. Estes valores, integrando a<br />

área dos componentes, fazem com que o<br />

setor automóvel seja o maior exportador<br />

nacional. O maior destino estrangeiro<br />

continua a ser a Alemanha, absorvendo<br />

23,1% da produção nacional, seguindo-se<br />

Espanha (15,4%), Reino Unido<br />

(11,5%) e Áustria (6,5%). Os mercados<br />

asiáticos foram o destino de 7% das viaturas<br />

exportadas, com a China a receber<br />

a grande fatia de viaturas novas (5,5%).<br />

O setor automóvel continua a dar um<br />

importante contributo para os cofres<br />

do Estado, assegurando 21,6% (9.271<br />

mil milhões de euros) do total de receitas<br />

fiscais (43 mil milhões de euros em<br />

2016).A maior fatia no ano passado teve<br />

origem no IVA dos veículos, com um<br />

total de 3.446 mil milhões de euros. O<br />

ISP (Imposto Sobre Produtos Petrolíferos<br />

e Energéticos) representou 3.259 mil<br />

milhões de euros, seguindo-se-lhe o IVA<br />

dos combustíveis (1.246 mil milhões de<br />

euros) e o ISV (Imposto Sobre Veículos),<br />

que representou 672 mil milhões de euros.<br />

MERCADO E PARQUE AUTOMÓVEL EM PORTUGAL (2015)<br />

(Inclui comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos)<br />

16,5 MIL MILHÕES volume de negócios em euros<br />

28.000 número de empresas (individuais e sociedades)<br />

90.000 número de trabalhadores (emprego direto)<br />

PRODUÇÃO AUTOMÓVEL EM PORTUGAL (2015)<br />

(Fabrico de veículos e componentes)<br />

7,2 MIL MILHÕES volume de negócios em euros<br />

440 número de empresas (sociedades)<br />

34.000 número de trabalhadores (emprego direto)<br />

11,9<br />

11,6<br />

8,0<br />

11,8<br />

11,7<br />

8,9 9,0<br />

8,4<br />

12,3<br />

12,1<br />

9,6<br />

Automóveis Ligeiros Passageiros<br />

Veículos Comerciais Ligeiros<br />

Veículos Pesados Mercadorias<br />

Veículos Pesados Passageiros<br />

FISCALIDADE AUTOMÓVEL (2016)<br />

(Receitas geradas)<br />

3.446 MIL MILHÕES IVA sobre veículos<br />

3.259 MIL MILHÕES Imposto Sobre Produtos Petrolíferos e Energéticos<br />

1.246 MIL MILHÕES IVA sobre combustíveis<br />

672 MILHÕES Imposto Sobre Veículos<br />

310 MILHÕES Imposto Único de Circulação Estado<br />

244 MILHÕES Imposto Único de Circulação Autarquias<br />

93 MILHÕES IVA portagens<br />

9,0<br />

12,8<br />

12,3<br />

10,0<br />

9,6<br />

13,5<br />

12,7<br />

10,5<br />

10,1<br />

14,5<br />

13,9 12,7<br />

13,6<br />

13,2 11,7<br />

11,1 11,2<br />

12,4<br />

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 20113 2012 2013 2014 2015 2016<br />

14,1<br />

10,7<br />

14,6<br />

11,2<br />

14,6<br />

11,6<br />

14,8<br />

15,1<br />

14,3<br />

12,9<br />

12,3<br />

Fonte: INE<br />

Fonte: INE<br />

Fontes: DGO, ENMC e ACAP<br />

IDADE E NÚMERO<br />

DE VEÍCULOS EM<br />

CIRCULAÇÃO<br />

EM PORTUGAL<br />

EM 31-12-2015<br />

Ligeiros de Passageiros – Veículos<br />

Comerciais<br />

Idade Unidades %<br />

LIGEIROS DE PASSAGEIROS (1)<br />

Idade média (anos) 12,4 ___<br />

Até 1 ano 164,806 3.6<br />

De 1 a 2 anos 139,860 3.1<br />

De 2 a 3 anos 106,722 2.4<br />

De 3 a 4 anos 103,096 2.3<br />

De 4 a 5 anos 168,308 3.7<br />

De 5 a 10 anos 1,061,742 23.4<br />

De 10 a 15 anos 1,141,908 25.1<br />

De 15 a 20 anos 1,033,135 22.8<br />

Mais de 20 anos 618,423 13.6<br />

Total 4,538,000 100.0<br />

COMERCIAIS LIGEIROS (2)<br />

Idade média (anos) 12,7 ___<br />

Até 1 ano 25 834 2.4<br />

De 1 a 2 anos 25 446 1.7<br />

De 2 a 3 anos 18 214 1.5<br />

De 3 a 4 anos 15 009 3.2<br />

De 4 a 5 anos 33 324 4.2<br />

De 5 a 10 anos 253 263 26.0<br />

De 10 a 15 anos 327 713 31.6<br />

De 15 a 20 anos 294 434 21.7<br />

Mais de 20 anos 116 763 7.8<br />

Total 1 110 000 100.0<br />

PESADOS DE MERCADORIAS<br />

Idade média (anos) 14,8 ___<br />

Até 1 ano 4 209 4.1<br />

De 1 a 2 anos 3 673 3.0<br />

De 2 a 3 anos 2 687 2.3<br />

De 3 a 4 anos 2 021 3.5<br />

De 4 a 5 anos 3 109 4.7<br />

De 5 a 10 anos 25 824 20.1<br />

De 10 a 15 anos 24 533 19.9<br />

De 15 a 20 anos 23 120 16.8<br />

Mais de 20 anos 29 824 25.6<br />

Total 119 000 100.0<br />

(1) Inclui Todo-o-Terreno<br />

(2) Inclui furgões de passageiros<br />

50 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


PARQUE AUTOMÓVEL EM PORTUGAL<br />

Automóveis Ligeiros de Passageiros, Veículos Comerciais Ligeiros e Pesados<br />

Parque Automóvel em Portugal<br />

Anos<br />

Ligeiros de Passageiros<br />

e Todo-o-Terreno<br />

Veículos<br />

Comerciais Ligeiros (*)<br />

Veículos Pesados<br />

Total<br />

Unidades % Unidades % Unidades % Unidades<br />

2000 3 593 000 75.6 1 008 000 21.2 149 000 3.1 4 750 000<br />

2001 3 746 000 75.6 1 057 000 21.3 154 000 3.1 4 957 000<br />

2002 3 885 000 75.6 1 095 000 21.3 158 000 3.1 5 138 000<br />

2003 3 966 000 75.7 1 119 000 21.4 156 100 3.0 5 241 100<br />

2004 4 100 000 75.8 1 150 000 21.3 155 700 2.9 5 405 700<br />

2005 4 200 000 76.0 1 170 000 21.2 153 270 2.8 5 523 270<br />

2006 4 290 000 76.3 1 184 000 21.0 151 000 2.7 5 625 000<br />

2007 4 379 000 76.5 1 198 000 20.9 150 100 2.6 5 727 100<br />

2008 4 408 000 76.6 1 200 000 20.8 149 400 2.6 5 757 400<br />

2009 4 457 000 76.7 1 204 000 20.7 148 500 2.6 5 809 500<br />

2010 4 480 000 76.8 1 205 000 20.7 147 600 2.5 5 832 600<br />

2011 4 522 000 77.0 1 206 000 20.5 145 000 2.5 5 873 000<br />

2012 4 497 000 77.4 1 170 000 20.1 140 100 2.4 5 807 100<br />

2013 4 480 000 77.9 1 137 000 19.8 136 200 2.4 5 753 200<br />

2014 4 496 000 78.2 1 118 000 19.5 133 500 2.3 5 747 500<br />

2015 4 538 000 78.5 1 110 000 19.2 133 700 2.3 5 781 700<br />

PARQUE E DENSIDADE AUTOMÓVEL EM PORTUGAL EM 31-12-2015<br />

Ligeiros de Passageiros – Veículos Comerciais<br />

Distritos<br />

Ligeiros<br />

de Passageiros<br />

e Todo-o-terreno<br />

Comerciais<br />

Ligeiros<br />

Total Ligeiros<br />

Pesados de<br />

Mercadorias<br />

Pesados de<br />

Passageiros<br />

Total Veículos<br />

Automóveis<br />

Habitantes por:<br />

Ligeiro Veículo<br />

Passageiros Automóvel ( * )<br />

Aveiro 322 066 91 053 413 119 9 802 1 083 424 005 2.2 1.7<br />

Beja 61 656 23 437 85 093 1 272 169 86 534 2.4 1.7<br />

Braga 367 970 95 902 463 872 8 024 1 197 473 093 2.3 1.8<br />

Bragança 56 415 28 793 85 209 1 808 215 87 232 2.4 1.5<br />

Castelo Branco 81 193 31 811 113 004 2 173 452 115 629 2.4 1.7<br />

Coimbra 191 147 52 867 244 014 5 008 807 249 828 2.2 1.7<br />

Évora 70 037 21 259 91 295 1 715 211 93 222 2.3 1.8<br />

Faro 214 778 60 620 275 399 4 009 416 279 824 2.1 1.6<br />

Guarda 73 971 24 558 98 529 2 592 184 101 306 2.1 1.5<br />

Leiria 231 022 70 137 301 159 10 229 1 070 312 458 2.0 1.5<br />

Lisboa 1 016 068 174 627 1 190 695 27 178 2 671 1 220 543 2.2 1.8<br />

Portalegre 48 059 16 617 64 676 1 416 125 66 217 2.4 1.7<br />

Porto 719 560 139 931 859 491 14 768 1 713 875 973 2.5 2.1<br />

Santarém 191 923 72 842 264 766 7 516 658 272 940 2.3 1.6<br />

Setúbal 338 212 56 529 394 741 6 035 1 390 402 165 2.5 2.1<br />

Viana do Castelo 110 815 26 016 136 831 2 629 278 139 739 2.2 1.7<br />

Vila Real 88 606 28 771 117 377 2 181 321 119 880 2.3 1.7<br />

Viseu 162 159 55 474 217 633 6 484 697 224 814 2.3 1.7<br />

Continente 4 345 658 1 071 246 5 416 903 114 839 13 660 5 545 402 2.3 1.8<br />

Açores 90 467 21 966 112 433 1 863 534 114 831 2.7 2.2<br />

Madeira 101 875 16 789 118 664 2 298 506 121 468 2.6 2.2<br />

Total 4 538 000 1 110 000 5 648 000 119 000 14 700 5,781,700 2.3 1.8<br />

(*) Não inclui ciclomotores, motociclos e quadriciclos Fonte: ACAP<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

51


MERCADO PNEUS<br />

SALDO<br />

POSITIVO<br />

Em 2016, o mercado de substituição de<br />

pneus ligeiros e pesados em Portugal<br />

encerrou com saldo positivo. Segundo dados<br />

do Europool, o crescimento face a 2015 foi<br />

de 4,6% e 4,5%, respetivamente<br />

De acordo com o Europool, entidade a que reportam as marcas<br />

de pneus que tenham, pelo menos, uma fábrica instalada em<br />

solo europeu, em 2016, no que ao mercado de substituição disse<br />

respeito, venderam-se, em Portugal, no segmento Consumer,<br />

2.999.448 pneus (+4,6% do que em 2015), dos quais 2.574.585<br />

ligeiros de passageiros (+5,3%), 183.229 4x4 (-6,8%) e 241.634<br />

comerciais ligeiros (+7,4%). Já nos pesados, o volume total, em<br />

2016, foi de 191.769 unidades (+4,5% do que em 2015), dividido<br />

por 47.953 pneus de tração (+7,3%), 81.208 pneus de direção<br />

(+2%) e 62.608 pneus de reboque (+5,6%).<br />

LIGEIROS<br />

2016 2015 VARIAÇÃO<br />

Premium passageiros 1.282.549 1.233.526 +4%<br />

Premium comerciais 85.865 91.183 -5,8%<br />

Premium 4x4 118.968 152.952 -22,2%<br />

Total Consumer Premium 1.487.382 1.477.661 +0,7%<br />

Quality passageiros 427.263 419.036 +2%<br />

Quality comerciais 65.525 58.713 +11,6%<br />

Quality 4x4 26.328 33.101 -20,5%<br />

Total Consumer Quality 519.116 510.850 +1,6%<br />

Budget passageiros 829.090 787.023 +5,3%<br />

Budget comerciais 78.934 75.034 +5,2%<br />

Budget 4x4 4.247 10.518 -59,6%<br />

Total Consumer Budget 912.271 872.575 +4,5%<br />

Passageiros 2.574.585 2.445.835 +5,3%<br />

Comerciais 241.634 224.930 +7,4%<br />

4x4 183.229 196.571 -6,8%<br />

Total R3 73.461 0 0<br />

Total Basket 7.218 6.250 +4,6%<br />

TOTAL CONSUMER 2.999.448 2.867.336 +4,6%<br />

PESADOS<br />

2016 2015 VARIAÇÃO<br />

Drive Premium 33.125 33.579 -1,4%<br />

Drive Não Premium 12.819 11.099 +15,5%<br />

Total Drive 47.953 44.678 +7,3%<br />

Steer Premium 55.453 58.340 -4,9%<br />

Steer Não Premium 21.345 21.249 +0,5%<br />

Total Steer 81.208 79.589 +2%<br />

Trailer Premium 42.623 43.385 -1,8%<br />

Trailer Não Premium 16.074 15.892 +1,1%<br />

Total Trailer 62.608 59.277 +5,6%<br />

Total Premium 131.201 135.304 -3%<br />

Total Não Premium 50.238 48.240 +4,1%<br />

Total R3 10.314 0 0<br />

Total Basket 16 0 0<br />

TOTAL M&H TRUCK 191.769 183.544 +4,5%<br />

Fonte: Europool<br />

52 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


S<br />

M®<br />

SantaremMOTOR<br />

Comercialização e Distribuição de Peças Auto Usadas<br />

”Especialistas em Motores e Caixas de Velocidades<br />

Usadas e Reconstruídas”<br />

www.santaremmotor.com<br />

santaremmotor@jpsf.pt<br />

Tel.243 104 913 / 960 249 442


MERCADO O OBSERVADOR CETELEM <strong>2017</strong><br />

AUTOMÓVEL<br />

no CENTRO<br />

do MUNDO<br />

Indispensável para muitos, indiferente para poucos, a verdade é que o automóvel<br />

está no centro do mundo. O estudo d’O Observador Cetelem <strong>2017</strong> analisa o ponto de vista<br />

dos condutores e revela dados curiosos na forma como estes encaram e se relacionam com<br />

o seu meio de transporte preferido. Será que adoramos, mesmo, o nosso automóvel?<br />

Presente em Portugal desde<br />

1993, o BNP Paribas Personal<br />

Finance, especialista<br />

no financiamento a particulares,<br />

pertence ao Grupo<br />

BNP Paribas. Em 2010, a fusão com o<br />

Credifin deu origem à criação do Banco<br />

BNP Paribas Personal Finance, S.A., que<br />

opera sob a marca comercial Cetelem.<br />

Com cerca de 600 colaboradores, esta<br />

nova entidade posiciona-se como líder<br />

de mercado em Portugal no crédito a<br />

particulares. A operar também no ramo<br />

automóvel, a Cetelem criou o Observador,<br />

que faz a análise do mercado<br />

automóvel a nível mundial.<br />

As análises económicas e de marketing,<br />

bem como as previsões, foram realizadas<br />

em colaboração com a empresa de<br />

estudos e consultoria BIPE (www.bipe.<br />

com). Os inquéritos quantitativos aos<br />

consumidores foram conduzidos pela<br />

TNS Sofres, durante o mês de junho de<br />

2016, em 15 países: África do Sul (ZA);<br />

Alemanha (DE); Bélgica (BE); Brasil<br />

(BR); China (CN); Espanha (ES); Estados<br />

Unidos da América (US); França<br />

(FR); Itália (IT); Japão (JP); México<br />

(MX); Polónia (PL); Portugal (PT);<br />

Reino Unido (UK); Turquia (TR). No<br />

total, foram inquiridos mais de 8.500<br />

proprietários de automóveis. O inqué-<br />

rito qualitativo foi efetuado, em junho<br />

de 2016, pela empresa Harris Interactive,<br />

junto de 30 automobilistas franceses,<br />

que foram convidados a transmitir a sua<br />

opinião durante oito dias, num fórum<br />

online.<br />

Intitulado “Adoro o meu automóvel”, o<br />

Caderno Automóvel d’O Observador<br />

Cetelem <strong>2017</strong> analisa o ponto de vista<br />

dos condutores e revela dados curiosos<br />

na forma como estes encaram e se relacionam<br />

com o seu meio de transporte<br />

preferido. Ao longo das próximas páginas,<br />

publicamos diversos estudos que<br />

consideramos relevantes para esta edição<br />

de <strong>2017</strong> da <strong>Revista</strong> das <strong>PME</strong>.<br />

54 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


EM PORTUGAL, A EVOLUÇÃO<br />

DO PREÇO DO PETRÓLEO NÃO<br />

TEM OU PRATICAMENTE NÃO TEM<br />

QUALQUER CONSEQUÊNCIA NA<br />

UTILIZAÇÃO DO AUTOMÓVEL POR PARTE<br />

DOS PORTUGUESES. JÁ QUANDO O<br />

PREÇO DO PETRÓLEO ESTÁ BAIXO,<br />

43% DOS CONDUTORES NACIONAIS<br />

CIRCULA MAIS COM O SEU<br />

AUTOMÓVEL E DESFRUTA MAIS<br />

DA SUA VIATURA<br />

PREÇO DO COMBUSTÍVEL NÃO INFLUENCIA A UTILIZAÇÃO<br />

DO AUTOMÓVEL PELOS PORTUGUESES<br />

A evolução do preço do petróleo não tem consequências na utilização que 57% dos portugueses<br />

fazem do automóvel. Ainda que 43% dos condutores nacionais inquiridos admitam<br />

que têm tendência a desfrutar mais da viatura quando o preço do combustível está baixo,<br />

mais de metade circulam com o automóvel independentemente das alterações nos valores<br />

do petróleo. Os portugueses são, no entanto, mais afetados pelo preço do combustível do<br />

que outros países analisados. É no Reino Unido (84%), Bélgica (81%), Alemanha (76%),<br />

França (76%) e Estados Unidos da América (76%) que os valores cobrados pelo combustível<br />

menos afetam a circulação automóvel, na medida em que os condutores se mostram<br />

mais indiferentes a este fator.<br />

IMPORTÂNCIA DO CRITÉRIO “CONSUMO DE<br />

COMBUSTÍVEL” NO MOMENTO DE COMPRA<br />

Os portugueses e os polacos são, na Europa, os que mais se preocupam com o consumo<br />

de combustível na hora de adquirir um veículo, ainda que este critério seja importante<br />

para a generalidade dos condutores. 60% dos condutores nacionais coloca o consumo<br />

nos três principais critérios de compra de automóvel, apenas ultrapassados pelos turcos<br />

(62%) e sul-africanos (66%). Em comparação, são os belgas, os franceses (42%) e os chineses<br />

(31%) que menos consideram o consumo de combustível quando compram um<br />

veículo. O preço surge, para a grande maioria dos países, como o fator mais importante a<br />

ter em conta quando se adquire um automóvel. Em Portugal, 70% coloca o preço nos três<br />

principais critérios de compra, antes do consumo (60%) e da segurança/comportamento<br />

da viatura (50%). Seguem-se-lhes o conforto interior (21%) e a potência/performance<br />

(20%). Já quanto à marca da viatura, por exemplo, apenas é tida em conta por 18% dos<br />

condutores portugueses como um dos três critérios de compra principais, um dos valores<br />

mais baixos dos 15 países analisados (média de 20%). Também são os portugueses que<br />

menos colocam em primeiro lugar o estilo e o design da viatura (14% vs média de 18%),<br />

o impacto ambiental (7% vs média de 10%) e o país de produção (2% vs média de 5%).<br />

OS PORTUGUESES SÃO,<br />

NA EUROPA, DOS QUE<br />

MAIS SE PREOCUPAM<br />

COM O CONSUMO DE<br />

COMBUSTÍVEL NA HORA<br />

DE ADQUIRIR UM<br />

AUTOMÓVEL (96%). 60%<br />

DOS CONDUTORES<br />

NACIONAIS COLOCA<br />

MESMO O CONSUMO<br />

NOS TRÊS PRINCIPAIS<br />

CRITÉRIOS DE COMPRA DE<br />

VIATURA<br />

MÉDIA 15 PAÍSES<br />

93% 51%<br />

98%<br />

96% 96% 96%<br />

95%<br />

93%<br />

92%<br />

92%<br />

89%<br />

90%<br />

87% 88%<br />

60% 60%<br />

56%<br />

54%<br />

54%<br />

53%<br />

49%<br />

46%<br />

45%<br />

43%<br />

42%<br />

95% 96% 95%<br />

66%<br />

62%<br />

58%<br />

31%<br />

% IMPORTANTE % NO TOP 3<br />

BE<br />

DE ES FR IT PL PT UK JP US BR CN MX TR ZA<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

55


MERCADO O Observador Cetelem <strong>2017</strong><br />

OPINIÃO ALGO OU MUITO POSITIVA SOBRE OS SERVIÇOS<br />

DE CONSUMO COLABORATIVO E DE PARTILHA<br />

Os portugueses com menos de 50 anos são os mais entusiastas dos modelos de partilha<br />

de serviços de consumo, como a partilha de automóvel ou de apartamento, com<br />

84% a manifestar uma opinião favorável, um valor superior à média europeia (73%).<br />

A mesma tendência é seguida pelos seniores portugueses. 72% tem uma opinião positiva<br />

sobre este tipo de serviços, um valor que surpreende quando comparado com os<br />

restantes seniores europeus (61%). A partilha de automóvel é o serviço mais utilizado<br />

pelos portugueses no que diz respeito às formas de economia colaborativa. E é, também,<br />

o que desperta maior interesse entre os seniores portugueses. Apenas os seniores<br />

polacos (47%) e espanhóis (42%) têm mais interesse pela partilha de automóvel do que<br />

os portugueses (41%), enquanto as gerações de portugueses com menos de 50 anos são<br />

mesmo as mais entusiastas desta prática na Europa (53%). No que diz respeito à partilha<br />

de casa, os portugueses, apesar de revelarem um interesse superior à média europeia<br />

(31% vs 27%), não aderiram ainda a este serviço de economia colaborativa enquanto<br />

utilizadores. Com apenas 2% de utilizadores seniores e 6% não seniores em Portugal,<br />

comparativamente a 3% e 9%, respetivamente, na Europa. De uma forma geral, a partilha<br />

de casa é a forma de economia colaborativa menos popular.<br />

OS PORTUGUESES COM<br />

MENOS DE 50 ANOS (NÃO<br />

SENIORES) SÃO OS MAIS<br />

ENTUSIASTAS DOS MODELOS DE<br />

PARTILHA DE SERVIÇOS DE CONSUMO,<br />

COMO A PARTILHA DE AUTOMÓVEL<br />

OU DE APARTAMENTO, COM 84%.<br />

A MESMA TENDÊNCIA É SEGUIDA<br />

PELOS SENIORES PORTUGUESES,<br />

COM 72% A TER UMA OPINIÃO<br />

POSITIVA SOBRE ESTE TIPO<br />

DE SERVIÇOS<br />

4% 6% 8% 9% 10% 11% 13% 14% 15% 18% 22% 23% 27%<br />

80<br />

76<br />

78<br />

72<br />

76<br />

84<br />

69<br />

60<br />

66<br />

76<br />

67<br />

78<br />

72<br />

84<br />

46<br />

60<br />

49<br />

64<br />

52<br />

70<br />

47<br />

69<br />

61<br />

66<br />

38<br />

39<br />

SENIORES<br />

NÃO SENIORES<br />

IT<br />

ES<br />

FR<br />

DE<br />

BE<br />

DK<br />

PT<br />

HU<br />

CZ<br />

PL<br />

SK<br />

RO<br />

UK<br />

MÉDIA 15 PAÍSES<br />

84%<br />

OS PORTUGUESES SÃO<br />

OS EUROPEUS QUE MAIS<br />

ADORAM CONDUZIR (91%). DAS<br />

VÁRIAS DIMENSÕES ATRIBUÍDAS AO<br />

AUTOMÓVEL, POUPAR TEMPO É A<br />

QUE REÚNE O CONSENSO DE MAIS<br />

CONDUTORES NACIONAIS (97%).72%<br />

DOS PORTUGUESES ASSOCIA A VIATURA<br />

A UM OBJETO DE PRAZER, 68% A UMA<br />

MARCA DE MODERNIDADE, 64%<br />

A UM OBJETO DE LUXO/SONHO<br />

E 61% A UM SÍMBOLO<br />

DE SUCESSO SOCIAL<br />

ADORO CONDUZIR<br />

Os portugueses são os europeus que mais adoram conduzir (91%), a par com os polacos,<br />

encontrando-se, também, entre as nacionalidades que mais gostam de conduzir no seio dos<br />

países analisados. Das várias dimensões atribuídas ao automóvel, poupar tempo é a que<br />

reúne o consenso de mais condutores nacionais (97%), seguindo-se a liberdade, a independência<br />

e a autonomia proporcionadas pela posse de um veículo (91%). Para os condutores<br />

nacionais inquiridos, a viatura assume, sobretudo, características positivas. Associam-na<br />

a um objeto de prazer (72%), a uma marca de modernidade (68%), a um objeto de luxo/<br />

sonho (64%) e a um símbolo de sucesso social (61%). Apenas 15% revela que a viatura vai<br />

tornar-se num objeto obsoleto e pertencente ao passado. No que diz respeito aos aspetos<br />

menos positivos, 92% dos automobilistas portugueses refere que considera a viatura cara e<br />

82% associa-a a poluição, o valor mais elevado entre os 15 países analisados.<br />

81%<br />

89%<br />

83%<br />

81%<br />

83%<br />

91% 91%<br />

75%<br />

66%<br />

69%<br />

88%<br />

95%<br />

93%<br />

95% 89%<br />

BE<br />

DE<br />

ES<br />

FR<br />

IT<br />

PL<br />

PT<br />

UK<br />

JP<br />

US<br />

BR<br />

CN MX TR<br />

ZA<br />

56 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


AF_Pub_<strong>Revista</strong>TOP100_JornaldasOficinas_Pagina.pdf 1 15/05/17 12:38<br />

O prestígio está em ser diferente<br />

Novembro<br />

<strong>2017</strong><br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

Ranking<br />

aftermarket<br />

Uma publicação única no setor profissional<br />

RESERVE O SEU ANÚNCIO<br />

15.000 exemplares distribuídos no Jornal das Oficinas<br />

e Salão Mecânica de Lisboa


MERCADO O Observador Cetelem <strong>2017</strong><br />

MERCADO AUTOMÓVEL PORTUGUÊS É O QUE<br />

MAIS DEVE CRESCER EM <strong>2017</strong><br />

Portugal é dos países que apresenta o maior crescimento no mercado de<br />

veículos particulares novos (VPN). De acordo com as previsões, será mesmo<br />

o país que mais crescerá em <strong>2017</strong>. Este ano, o mercado nacional deverá<br />

chegar às 215.000 unidades e apresentar um crescimento de 6,4%. No top dos<br />

países com previsão de maior crescimento em <strong>2017</strong>, estão, depois de Portugal,<br />

a China e a Itália, com variações de 6% e 5%, respetivamente. De uma<br />

forma global, o mercado automóvel apresenta um bom comportamento.<br />

Entre 2009 e 2015, o mercado mundial de automóveis particulares e de veículos<br />

ligeiros cresceu cerca de 40%. Em 2015, registaram-se 87 milhões de<br />

veículos novos desta categoria, ultrapassando os valores de 2007, o ano pré-<br />

-crise, em que foram vendidos 68,5 milhões de veículos ligeiros novos. Em<br />

Portugal, a recuperação do mercado automóvel verifica-se apenas a partir<br />

de 2012, ano em que se registaram 95.290 veículos particulares novos. Este<br />

número aumentou, progressivamente, nos anos seguintes: 105.921 (2013),<br />

142.993 (2014), 178.496 (2015), 202.000 (estimativas para 2016) e 215.000<br />

(estimativas para <strong>2017</strong>).<br />

PORTUGAL É DOS PAÍSES QUE<br />

APRESENTA O MAIOR CRESCIMENTO<br />

NO MERCADO DE VEÍCULOS<br />

PARTICULARES NOVOS (VPN). DE<br />

ACORDO COM AS PREVISÕES, SERÁ<br />

MESMO O PAÍS QUE MAIS CRESCERÁ<br />

EM <strong>2017</strong>. ESTE ANO, O MERCADO<br />

NACIONAL DEVERÁ CHEGAR ÀS<br />

215.000 UNIDADES E APRESENTAR<br />

UM CRESCIMENTO DE 6,4%<br />

85,6<br />

87<br />

82,5<br />

ENTRE 2009 E 2015<br />

68,5<br />

79,3<br />

+39,9%<br />

66,3<br />

74,8<br />

65,1<br />

64<br />

71,0<br />

62,2<br />

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015<br />

Em milhões de<br />

veículos ligeiros<br />

2010<br />

2015<br />

EM PORTUGAL, A QUOTA DE<br />

MERCADO DOS VEÍCULOS 100%<br />

ELÉTRICOS CHEGA AOS 0,7%. NO<br />

CASO DOS VIATURAS HÍBRIDAS,<br />

A QUOTA CHEGA AOS 1,3%.<br />

VALORES QUE VÃO, DE RESTO,<br />

AO ENCONTRO DA OPINIÃO<br />

POSITIVA QUE OS PORTUGUESES<br />

TÊM DESTES DOIS TIPOS DE<br />

MOTORIZAÇÃO<br />

1,9%<br />

0,7%<br />

0,4% 1,4% 1,5%<br />

0,7%<br />

0,5%<br />

3,3%<br />

11,4%<br />

1,7% 1,3% 0,7%<br />

1,1% 1,7%<br />

0,2%<br />

QUOTA DE MERCADO DOS VEÍCULOS HÍBRIDOS<br />

Em Portugal, a quota de mercado dos veículos 100% elétricos já chega aos<br />

0,7%, um valor bastante próximo de França (1%), país que se destaca na venda<br />

deste tipo de viaturas. No caso dos veículos híbridos, a quota de mercado<br />

em Portugal é de 1,3%. Estes valores vão ao encontro da opinião positiva<br />

que os portugueses têm destes dois tipos de motorização – híbridos (7.4/10)<br />

21,3%<br />

e 100% elétricos (7.1/10) – aos quais atribuem uma nota<br />

superior à média dos 15 países analisados. Ainda assim,<br />

são os veículos com motor Diesel que reúnem a nota mais<br />

alta atribuída pelos automobilistas portugueses (7.8/10),<br />

um valor bastante superior ao da média dos 15 países que<br />

fazem parte do estudo (6.6/10). De acordo com o estudo,<br />

a questão da autonomia e as limitações das infraestruturas<br />

de carregamento são dos principais motivos que impedem<br />

os modelos elétricos de ultrapassarem completamente<br />

os combustíveis tradicionais (gasóleo e gasolina).<br />

Para os portugueses, os veículos a gasolina<br />

ocupam a 5.ª posição (6.3/10), atrás dos<br />

veículos movidos a biocombustível e flex<br />

2,2% 2,5% 0,0% 0,4%<br />

BE DE ES FR IT PT** UK<br />

JP US* CN*<br />

* US e CN 2011 ** PT e ES 2014<br />

fuel (6.4/10), evidenciando como os condutores<br />

nacionais têm pior opinião dos<br />

automóveis a gasolina do que os restantes<br />

15 países analisados (6.6/10). Por fim,<br />

posicionam-se os veículos a gás (GLP/<br />

GNV), aos quais os portugueses atribuem<br />

a classificação mais baixa (6.2/10).<br />

58 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


SERÁ A VIATURA SINÓNIMO DE POLUIÇÃO?<br />

A preocupação ambiental não é um critério que os portugueses tenham especialmente em<br />

conta na hora de comprar um automóvel. Apenas 7% consideram este critério importante<br />

quando decidem adquirir uma nova viatura. No entanto, para 84% dos portugueses,<br />

automóveis e motos são sinónimo de poluição, um valor acima da média dos 15 países<br />

analisados (70%). Questionados sobre várias dimensões associadas ao automóvel, a<br />

grande maioria dos portugueses refere que este é sinónimo de poluição. 58% concorda<br />

e 26% concorda completamente com esta afirmação, valores superiores à média dos 15<br />

países. Apenas 16% dos automobilistas nacionais afirmam não concordar que as viaturas<br />

sejam poluentes, em comparação com uma média geral de 30%. De modo oposto,<br />

são os japoneses (42%) e os alemães (51%) que menos associam a poluição à viatura.<br />

Apesar de considerarem a viatura um objeto poluente, o impacto ambiental é um critério<br />

que apenas 7% dos portugueses indica como um dos três fatores mais importantes no momento<br />

da compra do seu veículo. São os italianos (17%) os que atribuem maior prioridade<br />

a este critério, enquanto a média dos 15 países situa-se nos 10%.<br />

A PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL<br />

NÃO É UM CRITÉRIO QUE OS<br />

PORTUGUESES TENHAM ESPECIAL-<br />

MENTE EM CONTA NA HORA<br />

DE COMPRAR UM AUTOMÓVEL.<br />

APENAS 7% CONSIDERAM ESTE<br />

CRITÉRIO IMPORTANTE QUANDO DECI-<br />

DEM ADQUIRIR UMA NOVA VIATURA.<br />

NO ENTANTO, PARA 84% DOS PORTU-<br />

GUESES, AUTOMÓVEIS E MOTOS<br />

SÃO SINÓNIMO DE POLUIÇÃO, UM<br />

VALOR ACIMA DA MÉDIA DOS 15<br />

PAÍSES ANALISADOS (70%)<br />

NÍVEL DE LIGAÇÃO DE EQUIPAMENTOS<br />

Portugal é o país europeu onde se regista o nível mais elevado de ligação ao telemóvel<br />

(7 valores, numa escala de 1 a 10), superando a sua ligação ao automóvel<br />

(6.8 valores). Ainda assim, a ligação dos portugueses ao automóvel é superior à<br />

dos belgas, franceses, italianos e britânicos, mas abaixo de países como Alemanha,<br />

Polónia e Espanha. Quando questionados sobre o que mudou no automóvel nos<br />

últimos anos, os portugueses acreditam que as viaturas se tornaram mais essenciais<br />

(57%), mas, também, mais bonitas (68%), fazendo sonhar mais do que antigamente<br />

(51%). Também a maioria dos polacos (58%) e dos espanhóis (54%) considera<br />

o automóvel mais indispensável hoje, embora em<br />

países fora da Europa, como China, África<br />

do Sul e Turquia, esta opinião seja ainda<br />

mais vincada. No futuro, o automóvel<br />

continuará a ter um papel relevante<br />

para os portugueses. 62% dos<br />

automobilistas nacionais afirma<br />

que, dentro de 10 anos, o<br />

automóvel será tão essencial<br />

como atualmente, com 20%<br />

dos inquiridos a responder<br />

que será ainda mais importante.<br />

Pelo contrário, 18%<br />

acredita que o automóvel será<br />

menos importante daqui a<br />

10 anos.<br />

PORTUGAL É O PAÍS<br />

EUROPEU ONDE SE REGISTA O<br />

NÍVEL MAIS ELEVADO DE LIGAÇÃO<br />

AO TELEMÓVEL (7 VALORES, NUMA<br />

ESCALA DE 1 A 10), SUPERANDO A SUA<br />

LIGAÇÃO AO AUTOMÓVEL (6.8 VALORES).<br />

QUANDO QUESTIONADOS SOBRE O QUE<br />

MUDOU NO AUTOMÓVEL NOS ÚLTIMOS<br />

ANOS, OS PORTUGUESES ACREDITAM<br />

QUE AS VIATURAS SE TORNARAM<br />

MAIS ESSENCIAIS (57%), MAS, TAMBÉM,<br />

MAIS BONITAS (68%), FAZENDO<br />

SONHAR MAIS DO QUE<br />

ANTIGAMENTE (51%)<br />

6,3%<br />

TELEMÓVEL<br />

AUTOMÓVEL<br />

AUTOMÓVEL<br />

1<br />

2 3<br />

7,2%<br />

FR<br />

UK<br />

6,7%<br />

7,3%<br />

TELEMÓVEL<br />

1<br />

5,9%<br />

TELEVISÃO<br />

5,9%<br />

2 3<br />

CN<br />

BE<br />

JP<br />

ZA<br />

US<br />

ES<br />

TR<br />

DE<br />

PL<br />

MX<br />

TELEVISÃO<br />

BR<br />

IT<br />

PT<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

59


MERCADO O Observador Cetelem <strong>2017</strong><br />

QUOTA DE MERCADO DAS MARCAS PREMIUM<br />

Em Portugal, as marcas premium representam 24% das<br />

vendas de veículos novos. Apenas a Alemanha (29%), o<br />

Reino Unido (27%) e a Bélgica (27%) apresentam quotas<br />

de mercado mais elevadas para marcas topo de gama, entre<br />

os 15 países analisados. No que diz respeito aos modelos,<br />

as berlinas e as carrinhas são, no geral, os tipos de carroçaria<br />

que mais conquistam os automobilistas nacionais. É<br />

na Europa que as marcas premium são mais representadas,<br />

com um mercado apoiado, essencialmente, pelas empresas,<br />

através de soluções de financiamento e aluguer de longa<br />

duração. Este estudo aponta ainda outros fatores que levam<br />

ao crescimento das marcas topo de gama, como a aposta<br />

em modelos alternativos à tradicional berlina, o que parece<br />

cativar novos segmentos de consumidores. As berlinas<br />

(44%) e carrinhas (21%) são, no geral, as carroçarias que<br />

reúnem mais utilizadores em Portugal, seguindo-se os monovolumes<br />

(10%). Os restantes países analisados também<br />

utilizam, sobretudo, as berlinas (57%), mas optam menos<br />

do que os portugueses pelas carrinhas (11%), que surgem<br />

20%<br />

27%<br />

24%<br />

22%<br />

em segundo lugar, juntamente com os SUV (11%). Os<br />

restantes tipos de veículos conduzidos pelos portugueses<br />

são SUV (7%), coupés/cabriolets (6%), combispaces<br />

(6%) e outros, como os utilitários (6%).<br />

No que diz respeito às intenções de<br />

compra dos portugueses para os<br />

próximos dois anos, as berlinas<br />

(19%) e carrinhas (15%)<br />

continuam a dominar as<br />

preferências, seguidos<br />

pelos SUV (9%). Os valores<br />

são, no entanto,<br />

inferiores às intenções<br />

de compra destes modelos<br />

nos 15 países<br />

analisados, exceto no<br />

caso das carrinhas: berlinas<br />

(36%); SUV (19%);<br />

carrinhas (11%).<br />

EM PORTUGAL,<br />

AS MARCAS PREMIUM<br />

REPRESENTAM 24% DAS VENDAS<br />

DE VEÍCULOS NOVOS. AS BERLINAS<br />

(44%) E CARRINHAS (21%) SÃO, NO<br />

GERAL, AS CARROÇARIAS QUE<br />

REÚNEM MAIS UTILIZADORES EM<br />

PORTUGAL, SEGUINDO-SE OS<br />

MONOVOLUMES (10%). OS RESTANTES<br />

TIPOS DE VEÍCULOS CONDUZIDOS<br />

PELOS PORTUGUESES SÃO SUV (7%),<br />

COUPÉS/CABRIOLETS (6%),<br />

COMBISPACES (6%) E OUTROS,<br />

COMO OS UTILITÁRIOS<br />

(6%)<br />

27% 28% 29% 13% 15% 8%<br />

12% 11%<br />

14%<br />

11%<br />

7%<br />

15%<br />

6% 11% 12% 13% 13%<br />

3%<br />

1% 3% 10% 4%<br />

10%<br />

3% 8%<br />

6%<br />

BE DE ES FR IT PL PT UK JP US BR CN MX TR ZA* 2010 2015 * ZA 2012<br />

GASTAR MAIS PARA COMPRAR AUTOMÓVEL<br />

Dos condutores portugueses que revelam intenção de adquirir uma viatura nos próximos dois anos, 55% afirma que pretende comprar um veículo<br />

usado. 51% dos automobilistas nacionais pensa gastar mais do que quando adquiriram o seu atual veículo, enquanto 40% refere mesmo que<br />

estaria disposto a pagar uma quantia acima do razoável para adquirir um veículo de maior qualidade. São os chineses (93%), os turcos (71%),<br />

os brasileiros (66%) e os polacos (62%) os mais predispostos a gastar mais para comprar um bom veículo. Curiosamente, são, também, os polacos<br />

que têm maior intenção de comprar um veículo usado (64%), seguidos pelos<br />

DOS CONDUTORES<br />

PORTUGUESES QUE REVELAM<br />

INTENÇÃO DE ADQUIRIR UMA<br />

VIATURA NOS PRÓXIMOS DOIS ANOS,<br />

55% AFIRMA QUE PRETENDE<br />

COMPRAR UM VEÍCULO USADO. 51%<br />

DOS AUTOMOBILISTAS NACIONAIS<br />

PENSA GASTAR MAIS DO QUE QUANDO<br />

ADQUIRIRAM O SEU ATUAL VEÍCULO,<br />

ENQUANTO 40% REFERE MESMO<br />

QUE ESTARIA DISPOSTO A PAGAR<br />

UMA QUANTIA ACIMA DO RAZOÁVEL<br />

PARA ADQUIRIR UM VEÍCULO<br />

DE MAIOR QUALIDADE<br />

portugueses (55%), enquanto a média global se situa nos 33%. A escolha<br />

de veículos novos é especialmente evidente no caso dos chineses e dos<br />

japoneses, com 99% e 88% a preferirem esta opção, respetivamente.<br />

Na opinião de 92% dos portugueses, a viatura é considerada cara,<br />

uma perspetiva que é partilhada pela esmagadora maioria dos<br />

condutores nos países incluídos neste estudo.<br />

31%<br />

39%<br />

43%<br />

29%<br />

38%<br />

62%<br />

40%<br />

42%<br />

38%<br />

36%<br />

66%<br />

93%<br />

56%<br />

71%<br />

52%<br />

BE DE ES FR IT PL PT UK JP US BR CN MX TR ZA<br />

60 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


IMPACTO NEGATIVO DAS MARCAS<br />

Os consumidores não querem continuar a ser enganados. Em média, 56% refere que o<br />

escândalo “Dieselgate”, que eclodiu em 2015, teve um impacto negativo na sua perceção<br />

das marcas (gráfico de cima). Se, na Bélgica, na Polónia e na África do Sul apenas<br />

menos de metade das famílias têm uma opinião negativa sobre as marcas em questão,<br />

já 60% dos inquiridos em Espanha, Itália, Brasil e Estados Unidos da América revela-<br />

-se mais crítico. Esta perceção de imagem negativa encontrará uma tradução numérica<br />

idêntica em termos de compra. 52% das pessoas inquiridas consideram que não comprarão<br />

um modelo de uma das marcas envolvidas nestes escândalos, sendo os italianos,<br />

os chineses e os turcos os mais radicais, com 64%, 63% e 61%, respetivamente (gráfico<br />

de baixo). Deste modo, e até agora, além da redução da penetração do gasóleo na Europa,<br />

foram verificados poucos efeitos nas quotas de mercado destas marcas a nível mundial.<br />

54% DOS PORTUGUESES<br />

REFERE QUE O FACTO DE<br />

DETERMINADAS MARCAS TEREM SIDO<br />

NOTÍCIA POR NÃO TEREM RESPEITADO OS<br />

DESEMPENHOS ENERGÉTICOS E AMBIENTAIS<br />

ANUNCIADOS PARA OS SEUS VEÍCULOS,<br />

TIVERAM UM IMPACTO NEGATIVO NA PERCEÇÃO<br />

DAS MARCAS EM CAUSA. JÁ 46% REFERE QUE TAL<br />

FACTO NÃO TEVE QUALQUER IMPACTO NEGATIVO<br />

NA PERCEÇÃO. MAIS: 51% DOS PORTUGUESES<br />

REFERE QUE ESTE ACONTECIMENTO NÃO TEM<br />

(NEM TERÁ) IMPACTO SOBRE A FUTURA ESCOLHA<br />

DA MARCA NA COMPRA DO PRÓXIMO<br />

AUTOMÓVEL. JÁ 49% INDICA QUE NÃO<br />

ESCOLHERÁ AS MARCAS EM QUESTÃO<br />

QUANDO DECIDIR COMPRAR<br />

O PRÓXIMO AUTOMÓVEL<br />

57% 49% 60% 57% 62% 41% 54% 58% 62% 59% 59% 55% 55% 54% 48%<br />

MÉDIA DOS 15 PAÍSES<br />

43%<br />

51%<br />

40%<br />

43%<br />

38%<br />

59%<br />

46%<br />

42%<br />

38%<br />

41%<br />

41%<br />

45%<br />

45%<br />

46%<br />

52%<br />

56% 44%<br />

SIM<br />

NÃO<br />

BE<br />

DE<br />

ES<br />

FR<br />

IT<br />

PL<br />

PT<br />

UK<br />

JP<br />

US<br />

BR<br />

CN<br />

MX<br />

TR<br />

ZA<br />

50% 59% 44% 52% 36% 60% 51% 51% 49% 49% 43% 37% 43% 39% 52%<br />

MÉDIA DOS 15 PAÍSES<br />

50%<br />

41%<br />

56%<br />

48%<br />

64%<br />

40%<br />

49%<br />

49%<br />

51%<br />

51%<br />

57%<br />

63%<br />

57%<br />

61%<br />

48%<br />

48% 52%<br />

BE<br />

DE<br />

ES<br />

FR<br />

IT<br />

PL<br />

PT<br />

UK<br />

JP<br />

US<br />

BR<br />

CN<br />

MX<br />

TR<br />

ZA<br />

Isso leva-me a não escolher essas marcas quando decidir comprar<br />

o próximo automóvel<br />

Esta não tem/não terá impacto sobre a minha escolha de marca<br />

quando comprar o próximo automóvel<br />

QUOTA DE MERCADO SUV<br />

Representando mais de 50% (incluindo as pick-up) das matrículas de veículos ligeiros nos Estados Unidos da América, a quota de mercado dos<br />

SUV na Europa passou de 8% em 2010 para 20% em 2015. O seu sucesso é particularmente marcante em Itália (22%), em Espanha (21%) e no<br />

Reino Unido (20%). Mesmo no Japão, onde o crescimento das vendas continua limitado, os automobilistas, mais particularmente os das jovens<br />

gerações, são conquistados por estes modelos. Os países emergentes não ficam atrás e os SUV representam quase um quarto das vendas na China.<br />

52%<br />

EM PORTUGAL,<br />

A QUOTA DE MERCADO<br />

DO SEGMENTO SUV PASSOU<br />

DE 7% EM 2010 PARA 15% EM<br />

2015. ESTE TIPO DE VEÍCULO<br />

TEM CADA VEZ MAIOR PESO<br />

NAS MATRÍCULAS DOS<br />

VEÍCULOS LIGEIROS NOVOS.<br />

HOJE, PRATICAMENTE NÃO<br />

EXISTE MARCA QUE NÃO<br />

INCLUA NA SUA<br />

OFERTA UM SUV<br />

2010 2015<br />

25%<br />

22%<br />

20%<br />

14%<br />

12%<br />

10%<br />

BE DE ES<br />

7%<br />

FR<br />

23%<br />

11%<br />

IT<br />

24%<br />

17%<br />

PL*<br />

25%<br />

7%<br />

PT<br />

15%<br />

11%<br />

UK<br />

24%<br />

5%<br />

JP<br />

12%<br />

45%<br />

US<br />

5%<br />

BR<br />

12%<br />

10%<br />

CN<br />

22%<br />

21% 21%<br />

MX<br />

* PL e ZA 2011<br />

18%<br />

14% 14%<br />

8%<br />

TR ZA*<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

61


MERCADO O Observador Cetelem <strong>2017</strong><br />

O PODER DAS MARCAS<br />

MUNDIAIS É AVALIADO TODOS OS<br />

ANOS PELA MILLWARD BROWN EM<br />

FUNÇÃO DO SEU DESEMPENHO<br />

FINANCEIRO (COM BASE NOS<br />

RESULTADOS) E DA SUA IMAGEM JUNTO<br />

DE TRÊS MILHÕES DE CONSUMIDORES<br />

DE 50 PAÍSES EM TODO O MUNDO,<br />

INQUIRIDOS SOBRE MAIS DE<br />

100.000 MARCAS. O BARÓMETRO<br />

É PUBLICADO NO<br />

FINANCIAL TIMES<br />

CLASSIFICAÇÃO DAS MARCAS DE AUTOMÓVEIS<br />

No centro daquilo que podemos chamar uma “loucura tecnológica” imposta pelo contexto económico,<br />

social, ambiental e científico, o automóvel apresenta-se como um catalisador de inovações.<br />

Atrai novos intervenientes industriais e tecnológicos. Seduz novos perfis de clientes<br />

para os quais o automóvel tradicional não seria suficiente. Consagrado no ano passado ao<br />

veículo autónomo e às novas tecnologias automóveis, este estudo realça que um automobilista<br />

em cada três irá deslocar-se com mais frequência se o veículo estiver ligado à<br />

Internet. A Tesla registou mais de 300.000 reservas para o Modelo 3. E, em 2016, pela<br />

primeira vez, sinal de que “o futuro é agora”, a marca figura no top 10 das marcas de<br />

automóveis mais valorizadas no barómetro BrandZ Millward Brown.<br />

29,5<br />

28,9<br />

26,8 26,3<br />

22,7<br />

21,8<br />

13,2 13,3<br />

13,1 13,1<br />

11,5 11,4<br />

9,3<br />

9,5 10,1 4,7 5,0 4,4 4,4<br />

4,3<br />

2016 2015<br />

TOYOTA BMW MERCEDES HONDA FORD NISSAN AUDI LAND ROVER PORSCHE TESLA vw LEXUS<br />

IMAGEM DO AUTOMÓVEL EM GERAL<br />

Nove em cada 10 condutores tem uma boa opinião (gráfico da esquerda) sobre<br />

automóveis, registando-se picos nos países emergentes (gráfico da direita). Para<br />

quase um quarto deles, esta opinião é mesmo muito boa. Os franceses concordam<br />

com esta tendência de fundo, revelando-se 85,9% positivos. E, ao contrário<br />

do “ruído” mediático e político que, por vezes, podemos ouvir sobre<br />

o assunto, 84,3% consideram que a imagem do automóvel na sociedade é<br />

boa. É de notar que, de acordo com o constatado nos estudos sobre a moral<br />

das famílias, as opiniões são melhores do que a perceção que parece existir<br />

no mundo.<br />

23%<br />

67%<br />

31% DAS PESSOAS INQUIRIDAS<br />

CONSIDERA QUE A IMPRENSA E OS<br />

RESPONSÁVEIS POLÍTICOS SE EXPRIMEM<br />

DE FORMA BASTANTE NEGATIVA EM RELAÇÃO<br />

AO AUTOMÓVEL. NA BÉLGICA, SÃO 57%<br />

E, EM FRANÇA, SÃO QUASE METADE (48%).<br />

SURGEM, DEPOIS, A ALEMANHA (44%), O REINO<br />

UNIDO (44%) E OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA<br />

(42%). NOS OUTROS LOCAIS, A PONTUAÇÃO VARIA<br />

ENTRE 20 E 30%, COM EXCEÇÃO DA CHINA,<br />

ONDE A PERCENTAGEM DIMINUI PARA 8%.<br />

APENAS 14% CONSIDERA QUE ESTE<br />

TRATAMENTO NEGATIVO NA IMPRENSA<br />

É JUSTIFICADO. A BÉLGICA DISTINGUE-SE,<br />

COM 30% DAS PESSOAS A PENSAR QUE<br />

A CRÍTICA É LEGÍTIMA<br />

1%<br />

BOA<br />

MUITO BOA<br />

MÁ<br />

MUITO MÁ<br />

19%<br />

MUITO BOA<br />

BOA<br />

9%<br />

UE<br />

18%<br />

70%<br />

JP<br />

US<br />

65%<br />

35%<br />

TR<br />

BR<br />

ZA<br />

CN<br />

MX<br />

59%<br />

62 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


ÍNDICE DAS<br />

<strong>PME</strong> AFTERMARKET 2016<br />

EMPRESAS<br />

Peças, pneus, equipamentos e repintura. O aftermarket nacional é composto por um tecido<br />

empresarial bastante vasto no setor da distribuição. Nestas páginas, damos a conhecer algumas<br />

das organizações que mais se evidenciaram no exercício de 2016<br />

64 - A. Vieira<br />

66 - Algarchapa<br />

68 - Alidata<br />

70 - Angopeças<br />

72 - Auto Delta<br />

74 - Autozitânia<br />

76 - Filourém<br />

78 - Lança & Marques<br />

80 – Macos<br />

82 – Motorbus<br />

84 - Neocom<br />

86 - Servidiesel<br />

88 - Sobrais<br />

90 - Vicauto<br />

91 - Vieira & Freitas<br />

94 - X-Action<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

63


EMPRESA<br />

A. Vieira<br />

Administradores<br />

José Branco e António Anjo<br />

Morada<br />

Av.ª D. Miguel, n.° 250, Zona<br />

Industrial de Baguim do Monte,<br />

4436 - 905 Rio Tinto<br />

Telefones<br />

229 773 410/1/2/3<br />

Fax<br />

229 750 200<br />

Email<br />

avieira@avieirasa.pt<br />

Site<br />

www.avieirasa.pt<br />

Com cinco lojas/armazéns, dois espaços de venda associados e uma rede de vendedores que chega<br />

a todo o continente e ilhas, a A. Vieira é uma das empresas mais experientes no comércio de peças e<br />

acessórios para automóveis, incluindo lubrificantes e ferramentas.<br />

Fundada a 4 de dezembro de 1974, dispõe, hoje, de uma equipa composta por 60 colaboradores e conta com mais<br />

de 30.000 referências em stock. E a sua oferta não para de crescer. Os mais recentes exemplos foram apresentados<br />

na 4.ª edição da expoMECÂNICA, que se realizou no início do passado mês de abril, na Exponor. Aos lubrificantes<br />

Eurol, que passou a distribuir há pouco tempo, a empresa de José Branco e António Anjo deu particular<br />

ênfase ao aumento do portefólio da SASIC (passou de 300 para... 1.000 referências) e ao lançamento das novas<br />

correias Optibelt (gama RBK SCC).<br />

Com mais de 50 marcas inseridas no seu portefólio, a A. Vieira tem apostado numa política de proximidade<br />

com os clientes. A boa relação preço/qualidade, a elevada capacidade<br />

de stock e a forma séria como desenvolve a sua atividade têm sido<br />

as razões do sucesso. Facto a que não é alheia a atenção constante<br />

às tendências do mercado. Como é disso exemplo o seu portal, onde<br />

a empresa recorre, hoje, a uma plataforma B2B, com TecDoc Inside,<br />

que facilita a identificação de produto e a realização de encomendas.<br />

O maior objetivo da A. Vieira passa por continuar a sustentar o negócio,<br />

tal como ele está estruturado. É, de resto, esta a visão da administração<br />

da empresa. Até porque, ao enfrentar este desafio, a organização<br />

acredita que esteja apta para as novas tendências do setor e para uma<br />

maior capacidade negocial. Certo, certo, é que a A. Vieira destaca-<br />

-se no mercado pela solidez financeira que evidencia e pelo rigor que<br />

aplica no exercício da sua atividade. O futuro a Deus pertence, mas o<br />

presente, esse, é vivido com profissionalismo e seriedade. A A. Vieira<br />

não tem, aliás, outra forma de estar no negócio.<br />

64 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


HÁ MAIS DE 40 ANOS<br />

COM TRANSPARÊNCIA<br />

NO SETOR AUTOMÓVEL


EMPRESA<br />

Algarchapa<br />

Administrador<br />

Manuel Cardoso Freitas<br />

Morada<br />

Litográfis Park, Pavilhão L, Vale<br />

Paraíso, 8200 – 557 Albufeira<br />

Telefone<br />

289 571 966<br />

Email<br />

geral@algarchapa.pt<br />

Site<br />

www.algarchapa.pt<br />

Especializada no comércio de peças para automóveis, a Algarchapa é, hoje, um dos principais players<br />

sediados no sul de Portugal. A história da empresa algarvia começou a escrever-se no dia 16 de abril de<br />

2003, quando abriu portas para iniciar a sua atividade na venda a retalho de peças de carroçaria e iluminação.<br />

Cerca de dois anos volvidos, alargou o seu portefólio com a entrada nas áreas da mecânica, lubrificantes,<br />

baterias e consumíveis, comercializando algumas das mais prestigiadas marcas do mercado e especializando-se<br />

em carroçaria, mecânica, material elétrico e lubrificantes, entre outros produtos.<br />

Mesmo com a crise económica e financeira instalada no nosso país, a Algarchapa soube crescer. Com os olhos<br />

postos no futuro. De tal forma, que, em 2010, inaugurou a sua primeira filial<br />

em Olhão, situada na zona industrial, que lhe permitiu alargar a sua distribuição<br />

a todo o Algarve e sul de Espanha. Depois, em 2013, a empresa algarvia<br />

abriu uma segunda filial, desta vez em Faro, localizada em Campinas.<br />

Ano após ano, a Algarchapa tem crescido de forma consolidada e tem sabido<br />

cimentar a sua posição no aftermarket nacional. Com seriedade, rigor e dedicação.<br />

Os mais de 700 clientes de que dispõe são o melhor testemunho do<br />

percurso efetuado, que já leva mais de 14 anos de história.<br />

E como o negócio tem, hoje, uma forte componente digital, a Algarchapa lançará,<br />

ainda este ano, um portal de vendas online. Isto para além de se dedicar,<br />

também, à importação de algumas marcas próprias, em especial óleos e baterias.<br />

Peças originais de todas as marcas, é um dos pontos fortes da empresa de<br />

Albufeira. Outros? Capacidade empreendedora, forte empenho, gestão administrativa<br />

rigorosa, seriedade e competência. A empresa liderada por Manuel<br />

Cardoso Freitas constitui, por isso, um exemplo a seguir.<br />

66 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


comércio<br />

de<br />

peças<br />

para<br />

automóveis, lda<br />

Todas as Peças<br />

para todas as Viaturas<br />

Albufeira<br />

Olhão<br />

Faro<br />

289 571 966<br />

geral@algarchapa.pt<br />

www.algarchapa.pt<br />

Albufeira: 289 247 363<br />

Olhão: 289 815 523<br />

Faro: 289 832 268


EMPRESA<br />

Alidata<br />

CEO<br />

Fernando Amaral<br />

Morada<br />

Casal do Cego, Marrazes,<br />

Apartado 4067<br />

2410 – 973 Leiria<br />

Telefone<br />

244 850 030<br />

Fax<br />

244 811 178<br />

Email<br />

geral@alidata.pt<br />

Site<br />

www.alidata.pt<br />

Especializada no setor automóvel, a Alidata desenvolve e implementa soluções de software de gestão,<br />

dispondo de produto próprio. Com 33 anos de vida, é das mais experientes software houses portuguesas.<br />

Sempre atenta às necessidades do mercado e à evolução tecnológica, a Alidata, que está inserida no<br />

Grupo Sendys, desenvolve soluções “à medida”. Apesar da grande componente de personalização existente nos<br />

seus softwares, está apta a desenvolver especificidades que o cliente necessita, de modo a que este possa ter os<br />

seus processos de negócio espelhados no software. Ou seja, é o software que se adapta ao cliente e não o inverso.<br />

O roadmap da Alidata está alinhado com as necessidades (futuras) do mercado, pois a investigação e o desenvolvimento<br />

que faz permite-lhe andar sempre à frente, antecipando tendências. Até porque são várias as Soluções<br />

de Gestão Integradas que disponibiliza. Eis algumas: Gestão de Oficinas; Quiosque de Recolha de Tempos;<br />

Mobilidade de Assistência Técnica; CRM; Receção Ativa; Portal da Oficina. A aposta na produtividade é outra<br />

das características da Alidata, pois as soluções de que dispõe permitem, de forma simples, a partilha de informação<br />

e a interoperabilidade entre departamentos e sistemas, o que conduz a elevados níveis de eficiência. Já a<br />

implementação de soluções com equipa de projeto própria, é fruto do trabalho de consultores experientes, que<br />

dispõem de grande conhecimento do mercado automóvel/reparação.<br />

Sendo o Suporte Técnico Direto ao Cliente um dos fatores determinantes para a exploração ótima de qualquer<br />

sistema de software, a Alidata dispõe de uma vasta experiência, que é determinante para cumprir os exigentes<br />

níveis de serviço. A Consultoria de Gestão, a Formação Especializada e a Instalação e Suporte de Soluções de<br />

Hardware, Infraestrutura e Videovigilância (oferece um vasto leque de serviços complementares ao software<br />

de gestão, o que a coloca numa posição ímpar na oferta de soluções globais de TI para empresas), são outras<br />

mais-valias da Alidata. Tal como os 140 colaboradores de que dispõe, distribuídos por Portugal (Lisboa, Leiria<br />

e Sertã), Angola e Moçambique.<br />

Com referências muito consistentes no mercado (conta com uma carteira de clientes vasta e diversificada), a<br />

empresa adquire uma solução de gestão diretamente ao produtor de software, permitindo-lhe uma comunicação<br />

direta, seja com a área de desenvolvimento de produto, suporte técnico ou outra, o que reduz, significativamente,<br />

tempos e custos. E aumenta a eficiência. A Alidata não é revendedora, antes fabricante, o que é visto como uma<br />

enorme mais-valia e permite agilizar muito todo o processo de implementação e suporte, bem como facilita o<br />

desenvolvimento. A cultura de proximidade com o cliente e o foco nas necessidades específicas de cada um, são<br />

outros ex-líbris desta software house portuguesa.<br />

68 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


EMPRESA<br />

Angopeças<br />

Gerente<br />

João de Almeida<br />

Morada<br />

Rua Cândido de Oliveira, Lote<br />

CC-I, Loja 3, 2620 - 135<br />

Póvoa de Santo Adrião<br />

Telefone<br />

219 385 891<br />

Fax<br />

219 376 035<br />

Email<br />

angopecas@mail.telepac.pt<br />

Site<br />

www.angopecas.pt<br />

Ao olhar para os 40 anos de história da Angopeças, João de Almeida continua a manter a mesma determinação<br />

em servir, de forma exemplar, os seus clientes.<br />

A mesma vontade com que fundou a empresa, em 1978, poucos anos depois de regressar de Angola.<br />

Situada na Póvoa de Santo Adrião, a Angopeças começou por exportar peças para o mercado angolano, mas<br />

soube evoluir sempre, conseguindo manter-se, em todos os momentos, ao longo dos anos, nos trilhos do sucesso,<br />

apesar da existência de uma concorrência feroz e nem sempre leal. Conta, para isso, com uma procura<br />

significativa de clientes dos países africanos, o que leva João de Almeida, conhecedor profundo do mercado dos<br />

PALOP, a afirmar que a Angopeças dispõe de um balcão “tipicamente africano”, algo comprovado pelo ritmo<br />

intenso das vendas.<br />

A conquista de novos clientes, oriundos de várias latitudes, permite assegurar uma percentagem de 10% de<br />

exportações no total do negócio, um número relevante e que contribuiu (muito) para que a Angopeças tenha<br />

conquistado o estatuto de <strong>PME</strong> Líder 2016, uma proeza que se explica<br />

pelo “esforço de todos os colaboradores”.<br />

Para João de Almeida, o futuro das peças, nas pequenas e microempresas,<br />

será cada vez mais difícil se não “houver um suporte com um bom<br />

importador, formalizando uma parceria de negócio, para uma maior<br />

sustentabilidade face à carga fiscal vigente, concorrência (muitas vezes<br />

desleal) e casas de peças em cima umas das outras”, lamenta. No caso<br />

da Angopeças, a relação com a Autozitânia, formalizada há poucos<br />

meses, é fundamental.<br />

Com uma equipa composta por oito pessoas e atuando na área da<br />

Grande Lisboa, a empresa tem a sucessão já garantida pela filha de<br />

João de Almeida, Carla Almeida, de 44 anos.<br />

“Se eu estivesse aqui muitos mais anos, embora a lei da vida assim não<br />

permita, pois todos temos um destino, gostaria que a continuidade,<br />

desenvolvimento e crescimento da Angopeças fossem uma realidade”,<br />

confessa.<br />

70 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


. .<br />

Rua Cândido Oliveira Lote CC1-lj 3 2620-135 Odivelas Póvoa de Santo Adrião<br />

Telf. 219 385 891 . Fax. 219 376 035<br />

www.angopecas.com


EMPRESA<br />

Auto Delta<br />

Administradores<br />

Armindo Romão<br />

e Catarina Luísa<br />

Morada<br />

Rua das Fontainhas, n.° 77,<br />

Andrinos, Apartado 776,<br />

2416 – 905 Leiria<br />

Telefone<br />

244 830 070<br />

Fax<br />

244 813 047<br />

Email<br />

geral@autodelta.pt<br />

Site<br />

www.autodelta.pt<br />

Inicialmente dedicada, em exclusivo, à venda a retalho, a Auto Delta começou a sua atividade em maio de<br />

1977, portanto há 40 anos. Primeiro, efetuando compras a importadores a nível nacional, para, em 1985, passar<br />

a importar peças, aumentando, consequentemente, o seu raio de ação para todo o país, deixando a lógica local<br />

e regional.<br />

Ainda antes do início da década de 90, a empresa de Leiria abandonou, definitivamente, a venda a retalho e passou<br />

a dedicar-se, em exclusivo, à importação e distribuição de peças e acessórios para automóveis, alterando o papel<br />

desempenhado no mercado português. A Auto Delta é, hoje, por direito próprio, um dos principais players do<br />

aftermarket nacional.<br />

Composta por uma equipa heterogénea, que acompanha as necessidades dos diversos setores da empresa (balcão;<br />

armazém; áreas administrativa, de importação e contabilística), tendo alguns dos seus colaboradores, imagine-se,<br />

mais de 25 anos de ligação à “casa”, a Auto Delta dispõe de umas instalações com 10.000 m 2 na sua sede, em Leiria,<br />

aos quais se juntam, depois, os 2.000 m 2 do armazém de apoio situado em Castelo Branco. O vasto portefólio de<br />

que dispõe, a elevada qualidade do serviço que presta e as ações que tem vindo a realizar com diversos fabricantes<br />

de renome, por si só, dizem muito acerca da Auto Delta.<br />

Quanto ao negócio em si propriamente dito, derrubar as barreiras que a<br />

Internet proporcionou foi muito importante para o desenvolvimento da<br />

empresa. Através do seu portal online, desenvolvido em colaboração com<br />

uma das plataformas de referência do setor, os parceiros da Auto Delta<br />

têm acesso à disponibilidade de cada referência e podem efetuar o seu pedido,<br />

o que torna tudo mais rápido e simples. O call center de que dispõe<br />

é outro suporte à atividade da empresa, onde técnicos especializados respondem<br />

a qualquer dúvida que seja colocada. Por último, mas não menos<br />

importante, o balcão de vendas, que continua a ser a “cara” da Auto Delta,<br />

uma vez que esta quer que os seus parceiros se sintam em casa.<br />

72 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


<strong>PME</strong> Líder ‘16<br />

excelência’16<br />

Leiria: Rua de Fontinhas, nº 77 - Andrinos | 2416 - 905 Leiria | Tel.: 244 830 070 - Fax: 244 813 047 | email: geral@autodelta.pt<br />

Castelo Branco: Zona Industrial - Rua T, Lote49 | 6001-997 Castelo Branco I Tel.: 272 349 580 | Fax: 272 349 589 | email: geral.cb@autodelta.pt


EMPRESA<br />

Autozitânia<br />

Administradores<br />

Francisco Neves<br />

Ricardo Venâncio<br />

Morada<br />

Av.ª das Acácias, Lote AE 2/3,<br />

Arroja, 1685 - 654 Famões<br />

Telefone<br />

214 789 100<br />

Email<br />

vendas.odivelas@autozitania.pt<br />

Site<br />

www.autozitania.pt<br />

Os primeiros meses de <strong>2017</strong> têm sido particularmente intensos para a Autozitânia. A empresa de Famões<br />

reformulou completamente o seu site e lançou um canal no YouTube, tendo introduzido novas<br />

gamas de ar condicionado da marca Behr Hella no seu catálogo de produtos premium. Uma aposta assumida<br />

pelos responsáveis. Destaque, este ano, para o reforço do portefólio com pastilhas de cerâmica da marca<br />

Textar e ainda para uma variedade de produtos da Ate, desde óleos a pastilhas cerâmicas para travões.<br />

Com a inauguração recente das instalações ainda na retina, a Autozitânia<br />

tem beneficiado de uma melhoria substancial nas condições de trabalho<br />

dos colaboradores e numa maior facilidade na execução da sua atividade.<br />

Além disso, a empresa conseguiu colocar no terreno novas metodologias<br />

e ferramentas, de modo a obter um desempenho mais eficiente e com resultados<br />

superiores nos seus negócios. Otimizar recursos e serviços tem<br />

sido o mote.<br />

A melhoria da infraestrutura traduziu-se, simultaneamente, numa mais-<br />

-valia para os clientes, em termos da qualidade de serviço da empresa, um<br />

imperativo para os responsáveis. Nos últimos tempos, a Autozitânia tem<br />

ampliado grandemente o seu portefólio de produtos, mantendo sempre o<br />

foco na qualidade destes, ao mesmo tempo que tem investido na adoção<br />

de novas marcas. Uma aposta permanente e com resultados muito positivos<br />

à vista de todos. O grande objetivo é ir avançando, aos poucos, para<br />

áreas onde seja possível fazer a diferença no mercado. De modo a que o<br />

crescimento permaneça sustentado, expressivo e que a empresa continue a<br />

constar da lista das melhores <strong>PME</strong> do país.<br />

74 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


UM MUNDO DE PEÇAS AO SEU DISPOR<br />

Visite-nos<br />

Novo site<br />

www.autozitania.pt<br />

Autozitânia<br />

Catálogo Online Canal Youtube


EMPRESA<br />

Filourém<br />

Administrador<br />

Carlos Gonçalves<br />

Gerente<br />

Alzira Reis<br />

Morada<br />

Rua do Ribeirinho,<br />

n.° 9 D, Apartado 158,<br />

2494 – 909 Ourém<br />

Telefone<br />

249 541 244<br />

Fax<br />

249 541 357<br />

Email<br />

geral@filourem.comt<br />

Site<br />

www.filourem.com<br />

Nos últimos anos, a Filourém tem crescido de forma consolidada e figura, hoje, entre as melhores<br />

<strong>PME</strong> nacionais. Conserva os valores tradicionais dos primeiros tempos, é certo, mas não deixa de inovar<br />

e de modernizar-se para estar sempre atualizada. A empresa aposta na venda de peças de qualidade<br />

original e/ou equivalente, com particular incidência nos automóveis de marcas germânicas, como Mercedes-<br />

-Benz, Volkswagen, BMW e Opel. Mas continua a dispensar um balcão. As casas de peças permanecem (apenas<br />

e exclusivamente) como suas clientes.<br />

No ano passado, a empresa de Ourém passou a dispor de um novo e amplo espaço, que, ao ter acrescentado<br />

1.000 m 2 , passou a facilitar imenso o acesso aos camiões para cargas e descargas. A Filourém continua a crescer<br />

nas suas mais variadas formas. Mas sempre com os pés bem assentes no terreno. Até porque o objetivo continua<br />

a ser fidelizar os clientes, através de um atendimento personalizado e de um stock muito alargado, com material<br />

de alta qualidade a preços competitivos, além de uma distribuição rápida e eficaz. A abertura do novo espaço<br />

veio agilizar os processos.<br />

Em 2016, a Filourém obteve um crescimento na ordem dos dois dígitos. Mas se recuarmos aos anos de 2014 e<br />

2015, os números foram ainda mais expressivos: 20%. Fruto de muito trabalho, de muitas horas extra e de muita<br />

dedicação. Prova do seu sucesso vincado, sobretudo nos últimos anos, está o facto de a empresa, que conta com<br />

uma equipa de 18 colaboradores, figurar no quadro das melhores <strong>PME</strong> nacionais. Um estatuto que, no fundo, é<br />

o reconhecimento pela gestão moderna e dinâmica.<br />

A proximidade com os clientes e o toque pessoal na seleção do catálogo de peças, são outras características que<br />

destacam a Filourém da concorrência. A empresa não deixa de ter em stock “aquilo que os outros têm”, mas vai<br />

mais longe. Tem sido assim desde os primeiros anos, quando começou por se especializar em Mercedes-Benz<br />

com uma gama de filtros.<br />

76 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


FILTROS TRAVAGEM EMBRAIAGEM DISTRIBUIÇÃO REFRIGERÇÃO<br />

TRANSMISSÃO<br />

DIREÇÃO E<br />

SUSPENSÃO<br />

COMPONENTES<br />

ELÉTRICOS<br />

MOTOR<br />

geral@filourem.com<br />

www.filourem.com<br />

249 541 244 249 541 357<br />

www.facebook.com/filourem


EMPRESA<br />

Lança&<br />

Marques<br />

Administradores<br />

Francisco Lança<br />

Rui Marques<br />

Morada<br />

Rua Ferreira de Castro, 6A,<br />

Bairro das Sete Quintas,<br />

1685 - 378 Caneças<br />

Telefone<br />

219 807 353<br />

Email<br />

lanca-marques@mail.telepac.pt<br />

Site<br />

www.lancamarques.pt<br />

Perto de completar 19 anos de existência, o que acontecerá em setembro de <strong>2017</strong>, a Lança & Marques,<br />

empresa que junta os apelidos dos dois sócios fundadores (Francisco Lança e Rui Marques) inscreve,<br />

pela primeira vez, o seu nome no quadro das melhores <strong>PME</strong> nacionais, muito embora os números do seu<br />

negócio há muito que sejam bastante positivos.<br />

Nos primeiros tempos, as dificuldades foram muitas. Porém, o desafio era enorme e os responsáveis encontraram<br />

sempre forma de ultrapassar os obstáculos iniciais. A Lança & Marques aproveitou, desde sempre, a vasta experiência<br />

dos dois sócios e apostava apenas nas baterias. Com o tempo, contudo, começou a alargar a sua atividade<br />

a toda a parte elétrica dos automóveis.<br />

Composta por uma equipa de oito pessoas, a empresa de Caneças conta com uma carteira de 300 clientes ativos,<br />

dispõe de um armazém de 450 m 2 e tem uma frota de quatro veículos em permanência na rua, de modo a<br />

assegurar duas entregas de manhã e outras tantas durante o período da tarde, salvaguardando ainda eventuais<br />

emergências de peças da parte dos clientes.<br />

Momento crucial para a Lança & Marques foi a criação da DuceCoo, há perto de 10 anos, marca própria que,<br />

atualmente, representa mais de 50% das vendas totais da empresa. Com este selo e embalagem, existe um pouco<br />

de tudo: compressores, alternadores, motores de arranque e baterias. O portefólio, de resto, é composto por<br />

marcas conceituadas, como, por exemplo, Beru, Meat Doria, Pierburg e VDO, entre várias outras. Outrora, as<br />

baterias chegaram a representar perto de 90% do volume de negócios da empresa. Atualmente, rondará os 30%.<br />

O mercado mudou muito. Os automóveis são, cada vez mais, compostos por sensores, com a eletrónica em destaque,<br />

enquanto as baterias já não têm a procura de antigamente. Mas a Lança & Marques soube sempre adaptar-se<br />

e construir uma relação de confiança com os seus clientes, razão pela qual, muitos deles, acompanham a empresa<br />

há quase duas décadas.<br />

78 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


Especialista em componentes eletrónicos auto<br />

. .<br />

Rua Ferreira de Castro - 39 A Bairro Sete Quintas 1685-378 Caneças<br />

Telf.: 219 807 353 . Fax: 219807349


EMPRESA<br />

Macos<br />

Sócios-gerentes<br />

Ana Maria Costa<br />

Humberto Costa<br />

Morada<br />

Rua de Silva Porto, 50<br />

4250 - 469 Porto<br />

Telefone<br />

228 347 140<br />

Fax<br />

228 321 447<br />

Email<br />

geral@macos.pt<br />

Site<br />

www.macos.pt<br />

A<br />

Macos foi fundada em 1977, tendo existido, anteriormente, como Manuel da Costa, nome do fundador<br />

da empresa e criador dos primeiros acessórios para automóveis, tais como placas de identificação,<br />

obrigatórias à data, porta-chaves, hastes e chapas limite de velocidade. Na sua vasta história, a Macos<br />

viveu vários momentos marcantes. A entrada no mercado dos autoparaventos, com o crescimento do negócio e a<br />

exportação das barras porta-bagagens e de suportes de bicicleta, bem como a criação do novo modelo de chapas<br />

de matrícula, em 1990, foram alguns deles e catapultaram a empresa para o topo dos fabricantes a nível nacional.<br />

Situada no Porto, a Macos goza de uma notoriedade ímpar e de um conhecimento profundo do mercado. Trunfo<br />

é ainda uma gama alargada de produtos a preços competitivos e com um nível de qualidade reconhecido. Além<br />

de dispor de uma estrutura flexível e com capacidade de resposta rápida para diferentes tipologias de clientes<br />

em todo o país. O portefólio é constituído, sobretudo, por acessórios de automóvel que pretendem responder às<br />

necessidades diárias mais variadas do automobilista, seja com soluções de transporte, produtos de manutenção,<br />

emergência, conforto, ou substituição de algumas peças originais: lâmpadas, escovas limpa-vidros, chapas de<br />

matrícula e tapetes, entre outros. Em exclusivo, a Macos distribui marcas como a Turtle Wax e a Restore. Para<br />

<strong>2017</strong>, a Macos pretende manter o elevado nível de serviço aos clientes e assumir-se, como sempre, como um<br />

parceiro e facilitador de soluções, procurando comprar da melhor maneira, para que os produtos tenham preços<br />

ainda mais competitivos para o consumidor final.<br />

Os benefícios do Estatuto de <strong>PME</strong> Excelência? “Não são visíveis, nem imediatos”, acreditam. No entanto, a distinção<br />

reforça e valida a imagem de empresa sólida perante clientes, fornecedores e restantes stakeholders.<br />

80 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


EMPRESA<br />

Motorbus<br />

Administradores<br />

Óscar Pereira, Pedro Lebre<br />

e Joel Lebre<br />

Morada<br />

Rua Monte de Além 70/90,<br />

4410 - 268 Vila Nova de Gaia<br />

Telefone<br />

227 300 230<br />

Email<br />

motorbus@motorbus.pt<br />

Site<br />

www.motorbus.pt<br />

Especializada, desde a primeira hora, em produtos de primeiro equipamento, a Motorbus é uma empresa<br />

“realizada” em relação às marcas que representa oficialmente e que compõem o seu vasto portefólio.<br />

No conjunto, são mais de 30 marcas em diferentes produtos e famílias, num stock com mais de<br />

15.000 referências.<br />

Ao longo de duas décadas de vida, o negócio tem corrido a preceito. Mas o ano de 2016 foi um dos melhores<br />

da história da empresa de Vila Nova de Gaia. A aposta no crescimento da atividade tem sido uma constante e<br />

ainda recentemente a empresa viu alargada a sua equipa comercial, de modo a poder assegurar as vendas a sul.<br />

Refira-se, a propósito, que a abertura de uma sucursal a sul do país é<br />

uma hipótese em cima da mesa para a Motorbus. Um investimento<br />

que, a concretizar-se, permitirá a este player de referência do mercado<br />

um maior acompanhamento dos clientes desta região. Ao todo, são já<br />

quatro os comerciais da Motorbus no terreno.<br />

Para o administrador, Joel Lebre, a empresa, enquanto distribuidor de<br />

peças para pesados, tem um segredo para o seu sucesso. E este passa<br />

por não abdicar nunca da exigência e do rigor a todos os níveis: qualidade,<br />

diversificação e quantidade disponível”, afirma.<br />

“O serviço é tudo neste negócio”, garante ainda o responsável da empresa<br />

que se encontra, hoje em dia, completamente fornecida em matéria<br />

de recursos internos e externos, para cumprir um sistema de entregas<br />

das peças extremamente eficaz e em regime bi-diário.<br />

82 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


EMPRESA<br />

Neocom<br />

Administradores<br />

Carlos Abade e Rosa Malta<br />

Morada<br />

Rua da Taboeira - Armazém<br />

n.° 1, Zona Industrial da<br />

Taboeira, 3800 - 266 Aveiro<br />

Telefone<br />

234 302 150<br />

Fax<br />

234 302 159<br />

Email<br />

neocomaveiro@neocom.pt<br />

Site<br />

www.neocom.pt<br />

Especialista na reconstrução de direções assistidas, transmissões e juntas homocinéticas, nos últimos<br />

tempos, a Neocom tem apostado forte na distribuição de componentes novos, apresentando sempre<br />

com preços base inferior às peças de origem. Os clientes são a prioridade da empresa e, para isso, importa<br />

ter um portefólio atualizado, completo e de qualidade.<br />

A Neocom respeita os canais de vendas e não “chega” diretamente às oficinas, mas apenas aos retalhistas de peças.<br />

Os produtos reconstruídos, de qualidade, têm bastante procura no mercado, razão pela qual a empresa tem<br />

aumentado os ritmos de produção destas peças.<br />

A empresa está focada em otimizar os seus procedimentos de trabalho<br />

e gestão de stock para tornar a atividade ainda mais eficaz. Detentora<br />

do estatuto de <strong>PME</strong> Líder nos últimos anos, a Neocom alcançou o estatuto<br />

de <strong>PME</strong> Excelência nos últimos três: 2014, 2015 e 2016.<br />

Para Carlos Abade, gerente da empresa, a atribuição deste estatuto é<br />

motivo de orgulho e significa o reconhecimento do trabalho conjunto<br />

de toda a equipa da Neocom. Mas, mais do que viver de louros<br />

passados, o administrador pretende focar-se no futuro, dado que, no<br />

seu entender, o grande benefício destas distinções é a confirmação de<br />

que a empresa se encontra no caminho certo, não desaproveitando as<br />

oportunidades que encontra, cientes de que a excelência e o rigor que<br />

emprega nos seus serviços fazem já parte do seu ADN.<br />

84 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


Junte-se a nós em Lisboa<br />

na MECÂNICA <strong>2017</strong>!


EMPRESA<br />

Servidiesel<br />

Gerente<br />

Amadeu Bordalo<br />

Morada<br />

E.N. 9, km 17, Sítio da Galega,<br />

Ral, 2710 – 458 Sintra<br />

Telefones<br />

219 230 329/219 233 598<br />

Fax<br />

219 241 474<br />

Email<br />

geral@servidiesel.pt<br />

Site<br />

www.servidiesel.pt<br />

A<br />

reparação e reconstrução de turbocompressores é apenas uma das várias especializações da empresa<br />

de Amadeu Bordalo. Ainda que o nome tivesse sido adotado em 1994, com a mudança das instalações,<br />

as origens da Servidiesel remontam a 1984 com a criação da empresa Serviços Diesel de Amadeu Joaquim<br />

Cristovão Bordalo. Em 2006, a Servidiesel passou a pertencer ao restrito grupo dos Bosch Diesel Center<br />

como o serviço Diesel mais completo devido à sua capacidade técnica e apoio pós-venda para os fabricantes de<br />

veículos.<br />

Dos 38 colaboradores que integram as suas “fileiras”, cinco estão afetos à reparação e reconstrução de turbocompressores.<br />

“Só fazem turbos”, refere Diogo Bordalo, responsável pelo departamento de pós-venda da Servidiesel.<br />

A área dos turbocompressores foi, recentemente, alvo de um processo de restruturação, que se iniciou em 2015.<br />

O objetivo passou por otimizar procedimentos. Dispondo dos mais evoluídos equipamentos, a Servidiesel procede,<br />

também, à reparação e reconstrução de turbocompressores de todas as marcas para diversos setores, ainda<br />

que os dos veículos ligeiros sejam os que concentrem o maior volume de trabalho.<br />

As causas mais frequentes que estão na origem das avarias dos turbos? “Estão relacionadas com má lubrificação,<br />

ausência de lubrificação ou óleo contaminado. Depois, a entrada de corpos estranhos no sistema de admissão<br />

e o excesso de rotação. E ainda existe o problema da obstrução da linha de escape. Se os filtros de partículas ou<br />

as válvulas EGR entopem, acabam por encher a geometria variável de carvão devido às emissões produzidas<br />

que não são libertadas pelo sistema de escape, prendendo as pás da turbina. Perante um cenário destes, há que<br />

descarbonizar o turbocompressor, que, a maioria das vezes, entra nas nossas instalações partido”, revela Amadeu<br />

Bordalo, gerente da Servidiesel. Diogo Bordalo, filho, acrescenta: “Temos vários clientes transportadores que<br />

gastavam muito dinheiro em turbos novos, uma vez que só os trocavam quando partiam. Provámos-lhes que,<br />

se os repararem, no momento da revisão ao camião, reduziriam os custos com um componente novo. Houve<br />

clientes que optaram por fazer a revisão ao turbo aquando da revisão geral ao camião”. A Servidiesel, que repara<br />

turbocompressores desde os anos 90, dedica-se, hoje, na sua maioria, à reconstrução e venda.<br />

86 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


Reconstruidos Bombas Injectoras Injectores Turbos<br />

Logística para todo o país e ilhas<br />

Apoio técnico ao cliente<br />

Formação técnica<br />

Filtros de Partículas<br />

Turbos Reconstruídos<br />

Servidiesel | Estrada Nacional 9, Km 17 | Sitio da Galega - Ral | 2710 Sintra<br />

Tel.: 219 230 329 | 219 233 598 - Tel. Peças: 219 107 985 | Fax: 219 241 474<br />

Email: geral@servidiesel.pt<br />

GPS: Lat. 38º 49’16.92 | Long. 9º 21’40.36


EMPRESA<br />

Sobrais<br />

Administradores<br />

Henrique Sobral<br />

e João André Sobral<br />

Morada<br />

Zona Industrial de Cantanhede<br />

3060 – 197 Cantanhede<br />

Telefone<br />

231 420 753<br />

Email<br />

sobrais@sobrais.pt<br />

Site<br />

www.sobrais.pt<br />

A<br />

Sobrais é uma empresa de raiz familiar que se dedica, essencialmente, ao fabrico e reconstrução<br />

de radiadores. Para automóveis, camiões e máquinas (industriais e agrícolas). Constituída em 1978,<br />

dispõe, hoje, de 21 colaboradores e desenvolve a sua atividade numa área de 11.300 m2, localizada em<br />

Cantanhede. Nos últimos tempos, tem vindo a especializar-se em radiadores e permutadores para fins industriais<br />

e maquinaria pesada, incluindo sistemas de refrigeração de óleo ou outros fluidos, área de mercado onde<br />

a empresa é, de resto, líder a nível nacional.<br />

Consciente da importância da implementação de um sistema de gestão na atividade desenvolvida, a Sobrais<br />

definiu, há muito, a sua política de qualidade, que se traduz em diversos princípios. Que, no fundo, estão na<br />

génese do seu sucesso enquanto organização e que muito contribuíram para a obtenção do estatuto de <strong>PME</strong><br />

Excelência atribuído pelo IA<strong>PME</strong>I. E que princípios são esses? Orientar as suas atividades e processos de forma<br />

a atingir e manter a satisfação global dos clientes, indo ao encontro dos requisitos destes; compromisso com a<br />

implementação e cumprimento dos requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade, segundo a norma NP EN ISO<br />

9001:2000, melhorando, continuamente, a sua eficácia; incentivar o envolvimento dos colaboradores de modo a<br />

obter a melhoria contínua das suas atividades e processos do Sistema de Gestão da Qualidade; desenvolver um<br />

ambiente de parceria e envolvimento com os seus fornecedores, para garantir que os requisitos da empresa e dos<br />

clientes sejam cumpridos.<br />

A especialização da Sobrais permite-lhe dispor de uma carteira de clientes que inclui as principais empresas da<br />

indústria, construção, transportes, cimenteiras, energia térmica e portuárias, entre outras. É nestes subsetores de<br />

atividade que a empresa liderada por Henrique Sobral e João André Sobral está a evoluir tecnologicamente como<br />

alternativa ao setor automóvel, atualmente alvo de forte pressão concorrencial por parte dos grandes fabricantes<br />

asiáticos de componentes para automóveis.<br />

88 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


Fabricantes de Radiadores<br />

e Ninhos para Ligeiros,<br />

Pesados, Tractores Agrícolas,<br />

Máquinas e usos Industriais<br />

Especialistas em Radiadores<br />

de Grande Porte, incluindo<br />

de refrigeração de óleo,<br />

ar e outros fluidos<br />

Fabrico / Reconstrução<br />

Zona Industrial Ap. 44 3061-909 Cantanhede<br />

Tel.: 231 420 753 - Fax: 231 420 456<br />

comercial@sobrais.pt www.sobrais.pt


EMPRESA<br />

Vicauto<br />

Gerentes<br />

João Manuel e Carlos Alberto<br />

Gestor de compras<br />

Ricardo Almeida<br />

Morada<br />

Zona Empresarial do Campo,<br />

47-49 A/B, 3515 - 342 Viseu<br />

Telefone<br />

232 451 197<br />

Email<br />

geral@vicauto.pt<br />

Site<br />

www.vicauto.pt<br />

Com 25 anos de vida e situada no coração de Viseu, a Vicauto é especialista em todos os produtos que<br />

compõem os camiões, reboques e autocarros. A distinção como <strong>PME</strong> Líder 2016 foi motivo de orgulho<br />

da administração pelo trabalho desenvolvido e pelas apostas feitas em produtos e marcas de primeiro equipamento.<br />

Contudo, não se deixa “deslumbrar” pelo êxito alcançado. “É um trabalho de todos dentro da Vicauto,<br />

mas, também, dos clientes, fornecedores e parceiros”.<br />

Em 2016, a empresa mudou para umas novas instalações, uma decisão que trouxe vários benefícios, desde uma melhor<br />

logística para os clientes a uma maior facilidade de estacionamento, além de mais espaço de armazenagem e uma maior<br />

variedade de referências disponíveis. Refira-se que a nova “casa” têm uma área coberta de 1.000 m 2 , dispondo a empresa,<br />

hoje, de 25.000 referências em stock, contando com marcas como Hella, Mann-Filter, Valeo, febi, Icer, Federal-Mogul,<br />

Ferodo, Jurid e Sachs. A proximidade com o cliente é um dos fatores mais importantes para a Vicauto. Mas também a<br />

correta classificação das peças e as soluções disponíveis para os clientes são os principais trunfos da empresa de Viseu.<br />

O serviço 24h é usado pelos clientes da empresa sempre que necessitam<br />

de alguma peça ao fim de semana, feriado ou fora de horas. “Normalmente,<br />

os clientes deslocam-se às nossas instalações para este serviço.<br />

Um cliente de Lisboa, se tiver uma viatura avariada na nossa zona, pode<br />

ligar-nos que nós, se tivermos a peça em stock, iremos prestar esse serviço”,<br />

asseguram os responsáveis.<br />

A estratégia para <strong>2017</strong> passa por consolidar a posição junto dos novos<br />

clientes, sem descurar os mais antigos. Manter os principais fabricantes<br />

de primeiro equipamento e encontrar novas parcerias para ir ao encontro<br />

das necessidades dos clientes é a estratégia para crescer num ano que<br />

se prevê difícil no mercado.<br />

90 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


25 anos de<br />

experiência<br />

Profissionalismo<br />

Apoio 24h<br />

Qualidade<br />

Excelência<br />

Confiança


EMPRESA<br />

& Vieira Freitas<br />

Administradores<br />

José Gomes e Paulo Torres<br />

Morada<br />

Rua Costa Soares, 39,<br />

Dume, Apartado 2515,<br />

4701 – 906 Braga<br />

Telefone<br />

253 607 320<br />

Fax<br />

253 607 328<br />

Email<br />

comercial@vieirafreitas.pt<br />

Site<br />

www.vieirafreitas.pt<br />

Referência no mercado da distribuição de peças elétricas e eletrónicas para automóveis, a Vieira & Freitas é,<br />

hoje, uma sólida empresa com 37 anos de idade. Na génese da sua vitalidade, está a equipa de 28 colaboradores de<br />

que dispõe e o bom relacionamento que esta tem com clientes e fornecedores. O extenso portefólio de produtos<br />

que disponibiliza é outra das mais-valias da Vieira & Freitas. Gama essa que foi, aliás, enriquecida no espaço de um ano<br />

com nada menos do que 6.000 novas referências, com particular destaque para as peças de qualidade OE na área de gestão<br />

de emissões e de motor, sempre sem esquecer as linhas de reparação elétrica de alternadores e motores de arranque.<br />

Reconhecendo que quantidade não é sinónimo de qualidade, a Vieira & Freitas sabe que grande parte do seu sucesso<br />

se deve à gestão rigorosa da tesouraria e à boa capacidade para administrar stocks. E<br />

o portal que inclui é outra das evoluções introduzidas, tratando-se esta plataforma<br />

B2B de uma importante ferramenta de comunicação com os clientes. A mudança de<br />

imagem, com novas cores e um logótipo mais estilizado, que foi feita em 2016, trouxe<br />

modernidade e uma visão de futuro à empresa de José Gomes e Paulo Torres. A<br />

evolução do portal caminha, de resto, no sentido de tornar-se cada vez mais de fácil<br />

e rápido acesso.<br />

Não negando que o maior desafio que enfrenta é o grande “ataque” dos fabricantes<br />

de automóveis, através do software dos veículos comunicantes, a Vieira & Freitas está<br />

atenta a todas as alterações que se avizinharão. Contudo, a empresa bracarense nada<br />

tem a temer. A seu tempo, saberá com adaptar-se a uma nova realidade. Até porque<br />

sem peças elétricas e eletrónicas os veículos comunicantes e autónomos não circularão.<br />

92 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


EMPRESA<br />

X-Action<br />

Administrador<br />

Filipe Teixeira<br />

Morada<br />

Rua do Vale do Paraíso, Ponte<br />

de Eiras, 3020 - 324 Coimbra<br />

Telefone<br />

239 431 002<br />

Email<br />

geral.coimbra@x-action.pt<br />

Site<br />

www.x-action.pt<br />

Com pouco mais de sete anos no mercado, a X-Action tem conseguido garantir<br />

um crescimento contínuo e apostado na angariação de marcas de prestígio. Exemplo<br />

disso, foi a “conquista” das marcas Kennol, ABS e MDR. As duas primeiras, em regime<br />

de exclusividade, passando, desde o ano passado, a constar do amplo portefólio da empresa.<br />

O objetivo passa por cobrir toda a zona geográfica do nosso país, através de uma rede de distribuidores limitados.<br />

O ano de 2016 foi intenso para a X-Action, tendo, inclusivamente, ampliado as instalações em Coimbra.<br />

Um investimento pensado, sobretudo, para otimizar a logística de entregas de peças às oficinas, mas, também,<br />

para que a empresa possa concretizar os seus projetos de distribuição a<br />

nível nacional.<br />

Com a constante procura de marcas de relevo para o seu catálogo, caso<br />

da Kennol, a X-Action pretende, cada vez mais, cimentar e consolidar a<br />

sua posição no mercado, oferecendo serviços e produtos de qualidade,<br />

nomeadamente peças de marcas premium, de modo a satisfazer as necessidades<br />

diárias dos seus clientes.<br />

Com 21 funcionários, a X-Action serve uma rede superior a 300 clientes<br />

ativos em Coimbra e arredores, disponibilizando mais de 40.000 referências<br />

em stock.<br />

A “X”, como carinhosamente é conhecida a empresa de Ponte de Eiras<br />

pelos seus parceiros/fornecedores, tem nos valores humanos um dos<br />

seus maiores pilares.<br />

94 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


®<br />

A NOSSA UNIÃO É A SUA SOLUÇÃO!<br />

Site: www.x-action.pt<br />

Coimbra:<br />

Rua do Vale Paraíso - Ponte de Eiras<br />

3030-324 Coimbra<br />

☎ 239 432 494<br />

Condeixa:<br />

Rua das Dadas, 2A - Sebal<br />

3150-287 Condeixa-a-Nova<br />

☎ 239 942 453 / 239 942 454


<strong>PME</strong> LÍDER Aftermarket 2016<br />

EXEMPLO<br />

A SEGUIR<br />

Empresa<br />

Concelho<br />

Empresa<br />

Concelho<br />

A. Esteves, Lda. Cinfães<br />

A. Vieira, S.A. Guimarães<br />

Abílio Lourenço, Herdeiros, Lda.<br />

Oliveira de Azeméis<br />

Abreu, Araújo & Silva, Lda.<br />

Barcelos<br />

Açorpeças - Peças e Acessórios para Automóveis, Lda.<br />

Ponta Delgada<br />

Adelino Pedro - Comércio de Peças Automóvel, Lda.<br />

Ponta Delgada<br />

Agostiauto - Comércio de Peças e Acessórios para Automóveis, Lda. Setúbal<br />

Alcino & C.ª - Fábrica de Equipamentos para Pintura, Lda.<br />

Maia<br />

AleCarPeças - Acessórios de Automóveis, Lda.<br />

Lisboa<br />

Algarchapa - Comércio de Peças para Automóveis, Lda.<br />

Albufeira<br />

Alidata - Soluções Informáticas, Lda.<br />

Leiria<br />

Altaroda, S.A.<br />

Paredes<br />

Angopeças - Sociedade Comercial e Importadora de Peças, Lda.<br />

Odivelas<br />

António dos Santos Sousa, Lda.<br />

Santa Maria da Feira<br />

António Miguel Martins, Lda.<br />

Oliveira do Bairro<br />

Arfiltucks, Lda.<br />

Lisboa<br />

Arnaldo & Berenguer, Lda.<br />

Funchal<br />

Auto Cabomonte, Lda.<br />

Santa Maria da Feira<br />

Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda.<br />

Leiria<br />

Auto Duque - Oficinas de Reparações de Automóveis, Lda.<br />

Porto<br />

Auto Filivone, Lda.<br />

Paços de Ferreira<br />

Auto Fornecedora - Acessórios, Lda.<br />

Porto<br />

Auto Índia de Sacavém - Comércio e Reparações de Automóveis, Lda. Loures<br />

Auto Jota - Peças, Lda.<br />

Seixal<br />

Auto Mecânica Gineto da Costa e Martins, Lda.<br />

Sever do Vouga<br />

Auto Peças Barlavento, Lda.<br />

Lagoa<br />

Auto Reparadora Carlos A.D. Rosa, Lda.<br />

Mealhada<br />

Auto Reparadora Central do Jamor, Lda.<br />

Oeiras<br />

Auto Reparadora da Muna, Lda.<br />

Viseu<br />

Auto Silva - Acessórios, S.A.<br />

Porto<br />

Auto Torre da Marinha - Comércio Peças para Veículos Automóveis, Lda. Seixal<br />

Autoaval - Acessórios de Automóveis do Mondego, Lda.<br />

Coimbra<br />

Auto-Chico - Reparações de Automóveis, Lda.<br />

Cascais<br />

Autoengenhocas - Reparações de Automóveis, Lda.<br />

Alenquer<br />

Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda. Santa Maria da Feira<br />

Autogarsilva, Lda.<br />

Miranda do Corvo<br />

Autoni - Pneus e Óleos, Lda.<br />

Santo Tirso<br />

Autopeças CAB - Acessórios e Lubrificantes, Lda.<br />

Seixal<br />

Auto-peças Espogama, Lda.<br />

Esposende<br />

Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A.<br />

Odivelas<br />

Autozitânia II - Veículos e Peças, S.A.<br />

Odivelas<br />

B.C.L. Car - Automóveis, Lda.<br />

Porto<br />

Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A.<br />

Vila Nova de Famalicão<br />

Bolas - Máquinas e Ferramantas de Qualidade, S.A.<br />

Évora<br />

Bompiso - Comércio de Pneus, S.A.<br />

Valongo<br />

Botelho & Filho, Lda.<br />

Beja<br />

Brás & Filho, Lda.<br />

Porto<br />

Calçada & Costa, Reparação de Automóveis, Lda.<br />

Ponte de Lima<br />

Caldeira & Caldeira, Lda.<br />

Figueira da Foz<br />

Canfer - Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Mafra<br />

Carbus - Veículos e Equipamentos, Lda.<br />

Sertã<br />

Carola - Casa dos Rolamentos, Lda.<br />

Porto<br />

Carsistema Portugal - Representações, S.A.<br />

Coimbra<br />

Caseiro, Costa & Vieira, Lda.<br />

Leiria<br />

Cátia & Diana - Comércio e Reparações de Auto. Unipessoal, Lda. Gondomar<br />

Central Diesel, Lda.<br />

Lisboa<br />

Centralbat - Comércio e Distribuição Baterias Acessórios, Lda. Castelo Branco<br />

Centro Glass - Comercialização e Aplicação de Vidros em Viaturas, Lda. Leiria<br />

Centrocor - Comércio de Tintas e Ferramentas, Lda.<br />

Penafiel<br />

Claro Sacarrão, Lda.<br />

Cantanhede<br />

Coimbrapeças - Peças e Acessórios de Automóveis, Lda.<br />

Coimbra<br />

Comercialpeças - Mário de Almeida & Martins, Lda.<br />

Matosinhos<br />

Cometil - Comércio de Equipamento Técnico Industrial, S.A.<br />

Loures<br />

Comsoftweb - Sistemas Informáticos, Lda.<br />

Pombal<br />

Corauto - Pintura e Técnica Automóvel, Lda.<br />

Loures<br />

Corcet, Lda.<br />

Penafiel<br />

Correia & Pedro, Lda.<br />

Funchal<br />

Coteq, S.A.<br />

Braga<br />

Covipneus, Lda.<br />

Fundão<br />

Cunha & Filhos, Lda.<br />

Porto<br />

D. Costa - Peças e Equipamentos Rolantes, S.A. (Coperol) Loures<br />

D.M.S. - Trucks, Lda.<br />

Leiria<br />

Daniel Mestre - Comércio de Pneus Unipessoal, Lda.<br />

Beja<br />

Darquepeças - Comércio de Peças e Acessórios Unipessoal, Lda. Viana do Castelo<br />

David Abreu Unipessoal, Lda.<br />

Guimarães<br />

Diamantino Perpétua & Filhos, Lda.<br />

Leiria<br />

Dingipeças - Comércio de Peças Automóveis, Lda.<br />

Leiria<br />

Dispnal Pneus, S.A.<br />

Penafiel<br />

Ecopartes, Lda.<br />

Leiria<br />

Eduardo Coelho, Lda.<br />

Arouca<br />

Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda.<br />

Ourém<br />

Electropeças Auto de Braga, Lda.<br />

Braga<br />

ELPS Peças para Automóveis, Lda.<br />

Funchal<br />

Endal - Estudos de Decorações e Alumínios, Lda.<br />

Sintra<br />

Equiwash - Comércio e Assistência de Equip. e Prod. Auto, Lda. Guimarães<br />

Eticadata - Software, Lda.<br />

Braga<br />

Eugénio Teixeira Ribeiro & C.ª Unipessoal, Lda.<br />

Felgueiras<br />

Eurofiltros - Auto Acessórios, Lda.<br />

Valongo<br />

Fabriscape - Fábrica de Escapes para Automóveis, Lda.<br />

Torres Novas<br />

Filourém - Comércio de Peças Auto, Lda.<br />

Ourém<br />

Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda.<br />

Braga<br />

Francecar - Peças Automóveis, Lda.<br />

Viseu<br />

Gaiafor - Comércio de Peças Auto, Lda.<br />

Vila Nova de Gaia<br />

Garagem Condestável, Lda.<br />

Lisboa<br />

Golipe - Representações, Equipamentos e Acessórios Auto, Lda.<br />

Mafra<br />

Gonçalteam - Comércio de Equip. e Acessórios Auto e Rep., Lda.<br />

Seixal<br />

Granmotor - Comércio de Peças Auto, Lda.<br />

Torres Vedras<br />

Gulosipeças - Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Viana do Castelo<br />

H. & J. Barradas, Lda. Estremoz<br />

H.B.C. II - Peças Auto, Lda.<br />

Batalha<br />

Hermotor - Comércio de Automóveis, S.A.<br />

Guimarães<br />

Heroeléctrica - Reparação e Acessórios Automóveis, Lda.<br />

Lisboa<br />

Hojer - Electromecânica, Sobressalentes Auto e Indust., Lda. Ferreira do Zêzere<br />

Hydraplan - Manutenção e Comércio de Veículos, S.A.<br />

Vila Franca de Xira<br />

Imporquímica - Indústria Portuguesa de Produção Química, S.A.<br />

Moita<br />

Indústrias Metálicas Veneporte, S.A.<br />

Águeda<br />

96 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>


SER <strong>PME</strong> LÍDER OU, MELHOR AINDA, EXCELÊNCIA, NÃO ESTÁ AO ALCANCE DE TODAS AS<br />

EMPRESAS. APENAS AS ORGANIZAÇÕES QUE SE DIFERENCIAM PELOS PRODUTOS, SERVIÇOS,<br />

QUALIDADE E GESTÃO PODEM SER DISTINGUIDAS COM OS ESTATUTOS ATRIBUÍDOS PELO IA<strong>PME</strong>I.<br />

OS NOMES QUE FIGURAM NESTAS PÁGINAS CONSTITUEM, POR ISSO, UM EXEMPLO A SEGUIR<br />

Empresa<br />

Concelho<br />

Empresa<br />

Concelho<br />

Infiniauto - Importação e Exportação de Peças Auto, Unipessoal, Lda. Santo Tirso<br />

Interescape - Fabricação de Escapes para Automóveis, Lda. Vila do Conde<br />

Isuvol - Importação e Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Cartaxo<br />

J. Alves - Oficinas Auto, Lda. Santo Tirso<br />

J.F. de Oliveira - Importação e Exportação, Lda.<br />

Oeiras<br />

J. Soares & Rodrigues, Lda. (Soarauto) Braga<br />

João António Almeida Matos, Lda. (Grupo Pneus Cruzeiro) Póvoa de Lanhoso<br />

José Aniceto & Irmão, Lda.<br />

Cantanhede<br />

José Lourenço - Pneus e Combustíveis Unipessoal, Lda.<br />

Proença-a-Nova<br />

José Lourenço & Filhos, Lda.<br />

Proença-a-Nova<br />

José Manuel Rodrigues Fortunato, Soc. Unip., Lda. (JF Auto Peças) Fundão<br />

Krautli Portugal - Equipamentos para Veículos, Lda.<br />

Vila Franca de Xira<br />

Lança e Marques, Baterias e Acessórios, Lda.<br />

Odivelas<br />

Leiridiesel - Comércio e Reparação de Veículos Automóveis, S.A.<br />

Leiria<br />

Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A.<br />

Leiria<br />

Loja de Tintas - Comércio de Tintas, Lda.<br />

Almada<br />

Lovistin - Comércio de Máquinas e Tintas, Lda.<br />

Viseu<br />

Lubrifátima Pneus, Lda.<br />

Ourém<br />

Lubrinordeste - Peças e Acessórios, Lda.<br />

Vila Real<br />

Lusofiltros - Filtros e Acessórios para Veículos, Lda.<br />

Vila Nova de Gaia<br />

M.C.D. Garcia, Lda.<br />

Sintra<br />

M.F. Pinto - Importação e Exportação de Peças Automóveis, S.A.<br />

Sintra<br />

M. Ferreira da Silva Guimarães & C.ª, Lda. Vale de Cambra<br />

M.C.S.- Peças e Acessórios para Automóveis e Camiões Unipessoal, Lda. Loures<br />

Macos - Extras e Acessórios para Automóveis, Lda.<br />

Porto<br />

Manuel Maria & Caetano, Lda.<br />

Lagoa<br />

Manuel Peixoto Correia, Lda. (Audiauto)<br />

Braga<br />

Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores)<br />

Vila Nova de Gaia<br />

Mário Santos Silva - Manutenção e Rep. de Veículos Auto., Lda. Porto de Mós<br />

Meadela - Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Viana do Castelo<br />

Mecanibraga - Reparação e Comércio de Automóveis, Lda.<br />

Braga<br />

Megape - Comércio e Indústria de Pneus, S.A.<br />

Loures<br />

Menapeças - Com. e Import. de Peças e Acess. para Auto. e Camiões, S.A. Alenquer<br />

Mondegopeças - Comércio de Acessórios para Automóveis, Lda. Coimbra<br />

Montenegro, Fernandes & C.ª, S.A.<br />

Porto<br />

Mota & Pimenta, Lda.<br />

Vila Nova de Famalicão<br />

Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda.<br />

Vila Nova de Gaia<br />

Motormáquina - Comércio de Máquinas e Peças, Lda.<br />

Loures<br />

Neocom - Distribuição de Componentes Automóvel, Lda.<br />

Aveiro<br />

Nipocar - Importação e Comércio, Lda.<br />

Gondomar<br />

Orcopeças - Organização Comercial de Peças e Acess. para Auto., Lda. Santarém<br />

Paulo & Daniela - Comércio de Peças Auto, Lda. (PD Auto)<br />

Braga<br />

Peçafiltros - Comércio e Indústria de Peças e Filtros, Lda.<br />

Porto<br />

Peçasram - Comércio de Peças e Acessórios, Lda.<br />

Funchal<br />

Peciloures - Comércio de Peças, Lda.<br />

Loures<br />

Placauto - Chapas de Matrícula e Acessórios para Automóveis, S.A. Sintra<br />

Pneus D. Pedro V - Comércio de Pneus, S.A.<br />

Trofa<br />

Pneus do Alcoa, Lda.<br />

Alcobaça<br />

Pneus Josilex, Lda.<br />

Felgueiras<br />

Pneuser - Manutenção Automóvel, Lda.<br />

Penalva do Castelo<br />

Pneusmir, Lda.<br />

Mira<br />

Pneusol - Sociedade de Pneus de Santarém, Lda.<br />

Santarém<br />

Pneuval - Centro de Pneus, Lda.<br />

Águeda<br />

Pneuvita - Comércio e Serviços de Automóveis, Lda.<br />

Sintra<br />

Póvoa Hidráulica - Soc. de Imp. de Componentes p/ Carroçarias, Lda. Póvoa de Varzim<br />

Projetiva - Representações e Serviços, Lda.<br />

Torres Novas<br />

Quimirégua - Detergentes Químicos da Régua, Lda.<br />

Peso da Régua<br />

Recauchutagem Guiense, Lda.<br />

Pombal<br />

Recauchutagem São Mamede, Lda.<br />

Guimarães<br />

Remaçor - Sociedade de Representações, Lda.<br />

Vila do Porto<br />

Renacentro - Reparação de Veículos Automóveis, Lda.<br />

Aveiro<br />

Renalopes - Sociedade Comercial de Acessórios, Lda.<br />

Leiria<br />

Reparaz - Auto Reparadora, Lda.<br />

Reguengos de Monsaraz<br />

Roberlo Portugal - Produtos Químicos Unipessoal, Lda.<br />

Albergaria-a-Velha<br />

Rocha & Soares, Lda.<br />

Ponte de Lima<br />

Rodapeças - Pneus e Peças, S.A.<br />

Pombal<br />

Rodasa - Comércio de Veículos, S.A.<br />

Sever do Vouga<br />

Rofel - Indústria Metalúrgica de Águeda, Lda.<br />

Águeda<br />

Rubber Vulk, Lda.<br />

Oliveira de Frades<br />

Rugempeças, Lda.<br />

Sintra<br />

S.B.L. - Comércio de Componentes Auto., Lda.<br />

Esposende<br />

S.V.A.- Serviços Viaturas Auto., Lda.<br />

Paredes<br />

Sá Gomes, S.A. (Auto Esfera)<br />

Braga<br />

Salsamotor - Comércio e Reparação de Automóveis, Lda. Albergaria-a-Velha<br />

Samiparts - Comércio de Peças Auto, Lda.<br />

Pombal<br />

Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda.<br />

Portimão<br />

Serenopeças - Comércio de Peças de Automóveis, Lda.<br />

Torres Vedras<br />

Servidiesel, Lda.<br />

Sintra<br />

Silva & Carvalhas, Lda.<br />

São Pedro do Sul<br />

Simopeças - Peças e Componentes para Viaturas Limpeza Urbana, Lda. Odivelas<br />

Simporal - Sociedade Importadora de Peças para Automóveis, Lda. Lisboa<br />

Sobrais - Fábrica de Radiadores e Componentes Térmicos, Lda. Cantanhede<br />

Sonergil - Sociedade de Recuperação de Energias, S.A.<br />

Palmela<br />

Sotinar - Sociedade de Representações de Tintas, Lda.<br />

Coimbra<br />

Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda.<br />

Aveiro<br />

Sotinar Lisboa - Representações de Tintas, Lda.<br />

Odivelas<br />

Sotinar Porto - Tintas e Sistemas de Pinturas, Lda.<br />

Maia<br />

Soulima - Comércio de Peças, S.A.<br />

Odivelas<br />

Sousa & Sousa, Lda.<br />

Leiria<br />

Station Carregado - Centro de Manutenção de Veículos, Lda.<br />

Alenquer<br />

Station Viana - Centro de Manutenção de Veículos, Lda.<br />

Viana do Castelo<br />

Suministros Exteriores - Acessórios para Auto., Lda. ( Sumex ) Vila do Conde<br />

Tacofrota - Comércio de Tacógrafos, Lda.<br />

Benavente<br />

Tractorminho - Distribuidora de Peças e Material Auto. e Tractor, Lda. Braga<br />

Turbomax - Comércio de Componentes Auto, Lda.<br />

Setúbal<br />

Turbotest, Lda.<br />

Fafe<br />

Vauner Trading, S.A.<br />

Gondomar<br />

Via Pesados - Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda. Viana do Castelo<br />

Viamorim - Comércio de Automóveis e Acessórios, Lda.<br />

Vila do Conde<br />

Vicauto - Peças Para Viaturas Pesadas, Lda.<br />

Viseu<br />

Vieira & Freitas, Lda.<br />

Braga<br />

Viseldiesel - Peças e Acessórios, Lda.<br />

Viseu<br />

Vitor Cardoso - Car Service, Lda.<br />

Maia<br />

Vulcal - Vulcanizações e Lubrificantes, S.A.<br />

Pombal<br />

X-Action, Lda.<br />

Coimbra<br />

Zoom Pneus, Lda.<br />

Aveiro<br />

<strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong><br />

97


<strong>PME</strong> EXCELÊNCIA Aftermarket 2016<br />

Empresa<br />

Concelho<br />

Empresa<br />

Concelho<br />

A. Vieira, S.A. Guimarães<br />

Açorpeças - Peças e Acessórios para Automóveis, Lda.<br />

Ponta Delgada<br />

AleCarPeças - Acessórios de Automóveis, Lda.<br />

Lisboa<br />

Algarchapa - Comércio de Peças para Automóveis, Lda.<br />

Albufeira<br />

Altaroda, S.A.<br />

Paredes<br />

Arfiltucks, Lda.<br />

Lisboa<br />

Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda.<br />

Leiria<br />

Auto Fornecedora - Acessórios, Lda.<br />

Porto<br />

Auto Reparadora Carlos A. D. Rosa, Lda.<br />

Mealhada<br />

Auto Silva - Acessórios, S.A.<br />

Porto<br />

Auto Torre da Marinha - Comércio de Peças para Veículos Automóveis, Lda. Seixal<br />

Autoengenhocas - Reparações de Automóveis, Lda.<br />

Alenquer<br />

Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda. Santa Maria da Feira<br />

Autozitânia - Acessórios e Sobressalentes, S.A.<br />

Odivelas<br />

Blue Chem - Indústria e Comércio, S.A.<br />

Vila Nova de Famalicão<br />

Calçada & Costa, Reparação de Automóveis, Lda.<br />

Ponte de Lima<br />

Comercialpeças - Mário de Almeida & Martins, Lda.<br />

Matosinhos<br />

Comsoftweb - Sistemas Informáticos, Lda.<br />

Pombal<br />

Corauto - Pintura e Técnica Automóvel, Lda.<br />

Loures<br />

Corcet, Lda.<br />

Penafiel<br />

D.M.S. - Trucks, Lda.<br />

Leiria<br />

Daniel Mestre - Comércio de Pneus Unipessoal, Lda.<br />

Beja<br />

David Abreu Unipessoal, Lda.<br />

Guimarães<br />

Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda.<br />

Ourém<br />

Equiwash - Comércio e Assist. de Equipamentos e Produtos Auto, Lda. Guimarães<br />

Filourém - Comércio de Peças Auto, Lda.<br />

Ourém<br />

Fimag - Importação e Comércio de Acessórios, Lda.<br />

Braga<br />

Francecar - Peças Automóveis, Lda.<br />

Viseu<br />

Gulosipeças - Peças e Acessórios Auto, Lda.<br />

Viana do Castelo<br />

H.B.C. II - Peças Auto, Lda.<br />

Batalha<br />

Imporquímica - Indústria Portuguesa de Produção Química, S.A.<br />

Moita<br />

Indústrias Metálicas Veneporte, S.A.<br />

Águeda<br />

J. Alves - Oficinas Auto, Lda. Santo Tirso<br />

José Aniceto & Irmão, Lda.<br />

Cantanhede<br />

José Manuel Rodrigues Fortunato - Soc. Unip., Lda. (JF Auto Peças) Fundão<br />

Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A.<br />

Leiria<br />

Loja de Tintas - Comércio de Tintas, Lda.<br />

Almada<br />

Lovistin - Comércio de Máquinas e Tintas, Lda.<br />

Viseu<br />

M.C.D. Garcia, Lda.<br />

Sintra<br />

M.C.S.- Peças e Acessórios para Automóveis e Camiões Unipessoal, Lda. Loures<br />

Macos - Extras e Acessórios para Automóveis, Lda.<br />

Porto<br />

Manuel Maria & Caetano, Lda.<br />

Lagoa<br />

Manuel Pereira de Sousa, Lda. (Sousa dos Radiadores)<br />

Vila Nova de Gaia<br />

Mário Santos Silva - Manut. e Rep. de Veículos Automóveis, Lda. Porto de Mós<br />

Mota & Pimenta, Lda.<br />

Vila Nova de Famalicão<br />

Motorbus - Reparações e Peças Auto, Lda.<br />

Vila Nova de Gaia<br />

Neocom - Distribuição de Componentes Automóvel, Lda.<br />

Aveiro<br />

Rubber Vulk, Lda.<br />

Oliveira de Frades<br />

Rugempeças, Lda.<br />

Sintra<br />

Sandia Stand - Acessórios Auto, Lda.<br />

Portimão<br />

Servidiesel, Lda.<br />

Sintra<br />

Simporal - Sociedade Importadora de Peças para Automóveis, Lda. Lisboa<br />

Sobrais - Fábrica de Radiadores e Componentes Térmicos, Lda. Cantanhede<br />

Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda.<br />

Aveiro<br />

Station Viana - Centro de Manutenção de Veículos, Lda.<br />

Viana do Castelo<br />

Tacofrota - Comércio de Tacógrafos, Lda.<br />

Benavente<br />

Turbomax - Comércio de Componentes Auto, Lda.<br />

Setúbal<br />

Turbotest, Lda.<br />

Fafe<br />

Via Pesados - Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda. Viana do Castelo<br />

Vieira & Freitas, Lda.<br />

Braga<br />

98 <strong>PME</strong> Líder & Excelência Aftermarket Junho <strong>2017</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!