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A crença é confortável, é conveniente. Ela entorpece. É um tipo<br />
de droga — ela faz de você um zumbi.<br />
O zumbi pode ser cristão, hindu, muçulmano — eles são todos<br />
zumbis com rótulos diferentes. E, às vezes, ficam fartos de um rótulo<br />
e resolvem mudá-lo: o hindu passa a ser cristão, o cristão passa a ser<br />
hindu — um novo rótulo, diferente, mas por trás do rótulo o mesmo<br />
sistema de crença.<br />
Destrua suas crenças. Certamente será desconfortável,<br />
inconveniente, mas nada de valor pode ser ganho sem inconveniência.<br />
<br />
A palavra religião tem que ser entendida. Ela é expressiva:<br />
significa juntar as partes de modo que elas deixem de ser partes e se<br />
tornem o todo.<br />
Cada parte se torna o todo, em união. Cada parte, separada,<br />
está morta. Unidas, uma nova qualidade aparece — a qualidade do<br />
todo. E levar essa qualidade à sua vida é o propósito da religião.<br />
Ela não tem nada a ver com Deus ou com o diabo. Mas, da<br />
maneira como as religiões funcionam neste mundo, elas mudaram<br />
toda a sua qualidade, sua própria estrutura. Em vez de fazer dela<br />
uma ciência de integração, de modo que os homens não sejam<br />
muitos, mas um só, as religiões do mundo todo ajudaram a<br />
humanidade a esquecer até mesmo do significado da palavra.<br />
<br />
A religião não é algo em que acreditar, mas algo para ser vivido<br />
algo para se vivenciar. Não é uma crença na sua cabeça, mas um<br />
aroma em todo o <strong>seu</strong> ser.