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A LINGUAGEM DA CELEBRAÇÃO<br />
Somos ensinados a pensar que, a menos que haja<br />
reconhecimento, não somos ninguém, não valemos nada. O trabalho<br />
não é importante; o reconhecimento, sim. E isso deixa tudo de<br />
cabeça para baixo. O trabalho deveria ser importante — um prazer<br />
por si só. Você não deveria trabalhar para ser reconhecido, mas<br />
porque gosta de ser criativo. Você gosta do <strong>seu</strong> trabalho pelo que ele<br />
é. Faça um trabalho porque o aprecia. Não espere por reconhecimento.<br />
Se ele vier, encare-o com naturalidade. Se não vier, não pense nisso.<br />
Sua satisfação tem que vir do trabalho em si. E se todo mundo<br />
aprender essa arte simples de amar o trabalho, seja ele qual for,<br />
gostando dele sem esperar qualquer reconhecimento, teremos um<br />
mundo mais bonito e festivo.<br />
<br />
A existência é abundante — milhões e milhões de flores, milhões<br />
de pássaros, milhões de animais... Tudo em abundância. A<br />
natureza não é ascética, ela está dançando por aí — no vento<br />
passando pelos pinheiros, nos pássaros... Para que milhões de<br />
galáxias, cada uma delas com milhões de estrelas? Parece não haver<br />
necessidade, exceto pelo fato de que a abundância é a própria<br />
natureza da existência; essa riqueza é <strong>seu</strong> próprio cerne. A existência<br />
não acredita em pobreza.<br />
<br />
Se você sabe apreciar uma flor cor-de-rosa, uma árvore verdejante<br />
no <strong>seu</strong> quintal, as montanhas, os rios, as estrelas, a lua, se você sabe<br />
apreciar as pessoas, não ficará obcecado por dinheiro. A obsessão