Osho - A Harmonia Oculta

09.05.2017 Views

os dentes um pouco de capim. O rabino não podia acreditar no que estava acontecendo. Disse: "O que está fazendo? Está louco?" Nasrudin disse: "Antes ouça a minha estória." Agora sua mente trabalhava rápido — ele havia se tornado um teólogo: ele planejava uma resposta, depois outra pergunta, e então caiu na sua própria armadilha. Disse: "Há vinte anos atrás eu era jovem e pequei com uma mulher. E o que fez Deus? Ficou tão zangado que me puniu, transformando-me num cavalo — no seu cavalo, rabino. Durante vinte anos o servi, mas parece que agora a punição acabou e de novo recuperei a humanidade." O próprio rabino começou a tremer, vendo que um pecador havia sido punido — e quem não peca? O próprio rabino pecava com muitas mulheres, e começou a tremer diante do fenômeno. Caiu de joelhos e começou a rezar. Mas havia então um problema prático a ser resolvido. Disse: "Tudo bem. Mas preciso ir à cidade, o que faço?" Nasrudin sugeriu: "O mercado não é muito longe. Você pode comprar um cavalo." O rabino foi ao mercado — e lá estava o seu cavalo com o comerciante! Começou a tremer outra vez. Chegou perto do cavalo, perto do ouvido dele, e disse: "O quê, Nasrudim! Assim tão rápido?" E a mente continua sempre e sempre — usando truques, criando um deus, depois rezando, sendo punida, mandada para o céu ou para o inferno, e tudo não passa de imaginação. Não há nenhum deus, nenhum céu, nenhum inferno — só existe você e a existência, a energia, a energia infinita. Se você está com ela, ela está com você. . Esse é o estado de um Buda, de um Heráclito: totalmente com o todo. Sem nenhum problema. Na verdade, ele não está presente para criar problemas. Há então uma graça — quando você não está, a graça está. Caso contrário, se você está lutando contra, se está se afastando, fazendo as coisas por conta própria, pela sua inteligência pessoal, está se comportando como uma ilha, então terá problemas. Sejam quais forem as explicações e as racionalizações que você crie, são fúteis, não passam de imaginação. Todas as suas igrejas, templos e mesquitas existem pela fértil imaginação do homem. Todos os seus deuses e estátuas, todas as suas preces são criações da sua imaginação. E você os criou porque se sente miserável. Isso não ajudará. Os seus templos,

as suas mesquitas e igrejas — não! Os seus padres, papas e rabinos — não! Eles não ajudam. Estão explorando a sua imaginação. E isso é um bom negócio. Você tem que parar de imaginar. Tem que sentir que a miséria vem quando você sai de sintonia com a natureza, e a felicidade vem quando você não está fora do compasso. Estar no inferno é estar fora de compasso com o Logos. Estar no céu é estar em sintonia com o Logos. E essa é a harmonia oculta. Você pode encontrá-la e ser feliz. Se não puder encontrá-la, você será miserável — mais ninguém é responsável. Você tem que buscar e encontrar. Não há nenhum Deus, mas todos são divinos. Toda a existência é divina, mas não existe Deus. Portanto, não perca seu tempo e não procure lá em cima alguém que o ajude. A ajuda virá, mas ninguém vai dá-la a você — você tem de tomá-la. Mas isso parece árduo, difícil, pois para isso você tem de mudar a si mesmo. Estar em sintonia com a natureza exige transformações radicais. Para evitar essa transformação radical, você cria todos os tipos de explicações. Tente agora entrar nestas belas linhas. Este universo, que é o mesmo para todos, não foi feito por nenhum deus ou homem, mas sempre existiu, existe e existirá — um fogo eternamente vivo, que acende a si próprio por medidas regulares e se apaga por medidas regulares. Evolução e involução; as coisas chegam a um pico, depois desaparecem num vale; as ondas se erguem para tocar o céu, depois voltam para as profundezas do oceano — em medidas regulares. Heráclito diz: o mundo é energia, a existência é fogo. Em medidas regulares ela se manifesta e depois se apaga. Assim como o dia e a noite: durante o dia você trabalha, desperta, e à noite você descansa. Assim, há períodos em que a existência está no dia, e há períodos em que a existência move-se na noite... criação e não criação, evolução e involução, dia e noite, verão e inverno, vida e morte.

as suas mesquitas e igrejas — não! Os seus padres, papas e rabinos — não! Eles não<br />

ajudam. Estão explorando a sua imaginação. E isso é um bom negócio.<br />

Você tem que parar de imaginar. Tem que sentir que a miséria vem quando você<br />

sai de sintonia com a natureza, e a felicidade vem quando você não está fora do<br />

compasso.<br />

Estar no inferno é estar fora de compasso com o Logos. Estar no céu é estar em<br />

sintonia com o Logos. E essa é a harmonia oculta. Você pode encontrá-la e ser feliz. Se não<br />

puder encontrá-la, você será miserável — mais ninguém é responsável.<br />

Você tem que buscar e encontrar. Não há nenhum Deus, mas todos são divinos.<br />

Toda a existência é divina, mas não existe Deus.<br />

Portanto, não perca seu tempo e não procure lá em cima alguém que o ajude. A<br />

ajuda virá, mas ninguém vai dá-la a você — você tem de tomá-la.<br />

Mas isso parece árduo, difícil, pois para isso você tem de mudar a si mesmo. Estar<br />

em sintonia com a natureza exige transformações radicais. Para evitar essa transformação<br />

radical, você cria todos os tipos de explicações.<br />

Tente agora entrar nestas belas linhas.<br />

Este universo,<br />

que é o mesmo para todos,<br />

não foi feito por nenhum deus ou homem, mas sempre<br />

existiu, existe e existirá — um fogo eternamente vivo,<br />

que acende a si próprio por medidas regulares e se<br />

apaga por medidas regulares.<br />

Evolução e involução; as coisas chegam a um pico, depois desaparecem num vale;<br />

as ondas se erguem para tocar o céu, depois voltam para as profundezas do oceano — em<br />

medidas regulares.<br />

Heráclito diz: o mundo é energia, a existência é fogo. Em medidas regulares ela se<br />

manifesta e depois se apaga. Assim como o dia e a noite: durante o dia você trabalha,<br />

desperta, e à noite você descansa. Assim, há períodos em que a existência está no dia, e<br />

há períodos em que a existência move-se na noite... criação e não criação, evolução e<br />

involução, dia e noite, verão e inverno, vida e morte.

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