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somente o Todo pode ser bem sucedido. Por que então lutar desnecessariamente desde o<br />
princípio? Mas vejo pessoas lutando de milhares de jeitos — mudam de extremos, mas<br />
lutam.<br />
No Oriente — no passado, também no Ocidente — as pessoas lutavam contra o<br />
sexo. Diziam que algo estava errado, que há algo errado no sexo — porque no sexo você<br />
se torna natural como um animal e todos os pregadores têm dito que você não deve ser<br />
como um animal. O que há de errado em ser animal? Olhe para os pássaros, olhe para os<br />
animais, vá às florestas e veja! Não vá aos zoológicos, porque lá não há animais reais; eles<br />
estão corrompidos pelos seres humanos. Procure o selvagem. O que há de errado com<br />
ele? Parece tão belo, não há nada de errado em torno dele, mas todos os moralistas,<br />
todas as pessoas chamadas religiosas têm ensinado: "Não seja um animal!" E o seu ego<br />
sente que esse é um objetivo. Como se pode ser um animal? E o sexo o traz totalmente à<br />
animalidade.<br />
No sexo você se sente tão animal. Não se sente dessa maneira com nada mais —<br />
porque tudo o mais foi mudado, polido. Você pintou, educou, cultivou — tudo! Você<br />
come, mas fez um tal ritual em torno disso que não parece que isso esteja de modo algum<br />
relacionado com a fome — nada se relaciona com a fome! O que você come não é<br />
nutritivo; é uma demonstração, uma fachada. Tudo é falso, são flores de plástico por toda<br />
a volta. Mas quando você entra no amor, faz amor com uma mulher ou um homem,<br />
torna-se absolutamente animal.<br />
Você tentou esconder isso também. É por isso que o homem faz amor à noite. Só o<br />
homem faz amor à noite; todos os outros animais fazem amor durante o dia. E se você<br />
fizer durante o dia será mais profundo, porque com o sol na atmosfera você é mais vital. A<br />
noite é para o repouso, mas o homem faz amor à noite porque os animais o fazem de dia,<br />
e tem de haver uma diferença. Que esforço egoísta é esse? E então, no escuro, nem<br />
mesmo com a luz acesa, de modo a não encarar a realidade de que você está se<br />
comportando como um animal. Não faz nenhum som enquanto faz amor. Na verdade,<br />
você faz amor como algo que precisa ser feito e acabado o mais rápido possível; em<br />
poucos segundos acaba. Você aprendeu a ser contra isso — e o seu ego se sente bem.<br />
Agora, no Ocidente, a roda deu um círculo completo. Desde Freud e Wilhelm Reich<br />
que se vem ensinando cada vez mais sexo. E agora está acontecendo algo novo no<br />
Ocidente: se você não faz amor um dia, sente-se culpado. Parece que você tem de se<br />
sentir culpado, faça você o que fizer. Antes, você fazia amor e se sentia culpado: "Por que<br />
fazer amor?" Por que essa animalidade? Quando você transcenderá isso? Quando chegará<br />
o dia em que você não irá necessitar mais disso? Agora, no Ocidente, se num dia não está