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Osho - A Harmonia Oculta

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Tudo o que acontece nesta existência afeta a todos. Não apenas agora — tudo o<br />

que aconteceu no passado está nos afetando. E não apenas isso — tudo o que vai<br />

acontecer no futuro também está afetando, porque toda a existência culmina neste<br />

momento; passado, presente e futuro convergem e culminam.<br />

Não existe a possibilidade de uma inteligência privada.<br />

E essas pessoas que consideramos geniais e talentosas também sentem isso.<br />

Pergunte a Einstein ou a Madame Curie; eles também sentem isso. Einstein diz que tudo o<br />

que ele descobriu, descobriu nos momentos em que não estava em si quando<br />

subitamente foi possuído por alguma coisa — a consciência total. Pergunte aos poetas:<br />

dizem que sempre que algo acontece eles não estão em si. Tornam-se veículos — a<br />

consciência comum se apossa deles.<br />

Madame Curie ganhou o prêmio Nobel. O prêmio Nobel deveria ser dado ao<br />

terreno comum. Ela fez o que pôde para encontrar uma solução para um problema<br />

matemático, e não encontrava o caminho. Durante dois anos lutou e lutou, então uma<br />

noite, cansada, sentiu sono. E no sono algo aconteceu — porque no sono você está mais<br />

aberto; no sono, você não é egoísta; no sono, você é ninguém; no sono, você não se<br />

prende a uma identidade. É por isso que de manhã você se sente fresco, mais jovem,<br />

rejuvenescido, pois esteve no terreno comum. Moveu-se para dentro da consciência, do<br />

oceano. Não esteve preso à inteligência privada. Por alguns segundos, abandonou-se ao<br />

Todo e o Todo o reviveu, o refrescou. Algo aconteceu durante a noite. Madame Curie<br />

levantou-se, foi à sua mesa, e escreveu a solução que há anos buscava. Depois dormiu e<br />

de manhã se esqueceu completamente do que havia acontecido à noite. Tomou seu<br />

banho, seu café da manhã, tudo, e depois foi para a mesa... ficou simplesmente espantada<br />

— lá estava a solução! "Mas quem fez isso?" Não havia mais ninguém — só ela estava na<br />

sala; havia apenas um criado, mas ele não podia ter feito aquilo. Ela trabalhara tanto — "O<br />

que está acontecendo?" Então olhou minuciosamente — era sua própria caligrafia! um<br />

pouco diferente, pois havia acontecido durante a noite, durante o sono. Então, ela fechou<br />

os olhos e tentou se lembrar do que havia acontecido. Viu tudo como num sonho: viu que<br />

se levantou, que fez alguma coisa, que escreveu...<br />

A consciência é comum — e desnecessariamente você a proclama como sua.<br />

Nunca foi sua. Está sempre flutuando. Está em toda a sua volta. Torne-se mais poroso,<br />

mais permissivo, deixe-se levar profundamente — porque somente o todo pode entender<br />

o todo. Como pode a parte compreender o todo? Como pode um átomo compreender o<br />

todo? Mas o todo pode fluir através da parte, se a parte permitir... isto é meditação;

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