Osho - A Harmonia Oculta

09.05.2017 Views

por elas. É claro, os ricos já estão nesse caminho. Mais cedo ou mais tarde, os que tiverem recursos para isso não irão se aborrecer. Por que se aborrecer se um criado pode fazer isso? Você pode encontrar um que seja belo, que seja um bom criado, e ele pode amar por você. Você tem coisas mais importantes para fazer — o amor pode ficar para os criados. Mulla Nasrudin disse-me certa vez: "Estou muito interessado na felicidade da minha esposa." Eu lhe perguntei: "O que você está fazendo para isso?" feliz." Ele respondeu: "Contratei um detetive particular para descobrir porque ela está Mas outra pessoa pode amar por você? Não, não existe nenhuma possibilidade. Não se pode viver por procuração, não se pode amar por procuração — e não se pode alcançar a verdade por procuração. Essa é a própria natureza das coisas. Não há como ser esperto em relação a isso, não há como ser ladino. O homem tem tentado. "Existe alguém que sabe, podemos conseguir isso com ele, podemos pedir emprestado." Mas a verdade tem de ser vivida. Não é algo externo, é um crescimento interior. Não é uma coisa, não é um objeto, é a sua subjetividade. A verdade é subjetiva, então como consegui-la através de outra pessoa, através das escrituras, dos Vedas, dos Alcorões e das Bíblias? Não, Jesus não vai ajudar muito, tampouco Buda. Você tem de passar por ela, não existe atalho; você precisa viajar, sofrer. Muitas vezes você fracassará, muitas vezes cometerá erros, muitas vezes se perderá — mas é assim mesmo. Tente nova e novamente; recomece a busca outra e outra vez. Muitas vezes o caminho se perde; outras tantas você anda em círculos, volta repetidamente ao mesmo ponto. Parece que não há progresso — mas continue buscando. Continue a busca e não se sinta impotente ou deprimido. Mantenha a esperança: essa é a qualidade do buscador. Um buscador confia, tem esperança, pode esperar, pode esperar infinitamente. Tem paciência e continua buscando. Não que todos os passos conduzam ao alvo; às vezes ele está se movendo exata-mente na direção oposta. Mas mesmo indo na direção oposta, aprende-se; até mesmo o erro faz parte do aprendizado. Ninguém pode aprender se sentir muito medo de errar. Se alguém tem muito medo de se perder, não tem nenhuma possibilidade de viajar.

É por isso que a mente diz: "Pergunte aos Acordados, àqueles que sabem — informe-se com eles." Mas então a verdade é de segunda mão, e não existe verdade de segunda mão, isso é simples-mente uma mentira. A verdade de segunda mão é uma mentira. Uma verdade, para ser verdadeira, tem que ser de primeira mão, tem que ser original. Tem que ser nova, você precisa alcançá-la — ela é sempre virgem. Heráclito diz: Eu mesmo os procurei. Está dizendo: "Não estou dizendo coisas que ouvi — busquei por mim mesmo. Não são coisas que aprendi, são coisas que desenvolvi por mim mesmo. É um crescimento, uma subjetividade — é minha própria experiência." E quando a experiência é sua, ela o transforma. Jesus diz: "A verdade libera". Mas você conhece muitas verdades que não o liberaram. Pelo contrário, tornaram-se prisões, são como grilhões que o prendem. A verdade libera, as mentiras tornam-se uma prisão. por isso que Heráclito diz: O fanatismo é o mal sagrado. Um homem que conhece a si mesmo jamais é fanático, jamais é sectário; nunca fica obcecado por uma teoria. Nunca proclama que só ele é verdadeiro, pois quando se conhece a verdade, sabe-se que ela é multifacetada e que existem milhares de maneiras de se olhar para ela. E sempre que alguém se aproxima, tudo o que vê é individual. Nunca foi daquela maneira antes, e jamais será igual — porque esse indivíduo nunca esteve lá antes e esse indivíduo é total-mente único. Portanto, cada visão, cada encontro com a verdade é único. Não pode ser comparado. Um homem que se conheceu passa a saber que existem milhões de caminhos e são milhares as faces da verdade. Como pode ser fanático? Como pode dizer: "Somente a minha verdade é verdadeira, somente o meu deus é Deus; o seu deus é falso"? Essa é a linguagem daqueles cujas verdades são emprestadas. Vê-se milhares de pessoas religiosas por todo o mundo proclamando a verdade. Elas não chegaram a conhecer, não buscaram por si mesmas, senão, como não entenderiam isso? Como poderiam não entender a experiência multifacetada, o fenômeno da verdade? Como poderiam dizer: "Somente a minha verdade é a verdade", porque quando alguém chega a conhecer que não existe nenhum 'eu', como pode reivindicar isso? Como o é possível o fanatismo?

É por isso que a mente diz: "Pergunte aos Acordados, àqueles que sabem —<br />

informe-se com eles." Mas então a verdade é de segunda mão, e não existe verdade de<br />

segunda mão, isso é simples-mente uma mentira. A verdade de segunda mão é uma<br />

mentira. Uma verdade, para ser verdadeira, tem que ser de primeira mão, tem que ser<br />

original. Tem que ser nova, você precisa alcançá-la — ela é sempre virgem.<br />

Heráclito diz:<br />

Eu mesmo os procurei.<br />

Está dizendo: "Não estou dizendo coisas que ouvi — busquei por mim mesmo. Não<br />

são coisas que aprendi, são coisas que desenvolvi por mim mesmo. É um crescimento,<br />

uma subjetividade — é minha própria experiência." E quando a experiência é sua, ela o<br />

transforma.<br />

Jesus diz: "A verdade libera". Mas você conhece muitas verdades que não o<br />

liberaram. Pelo contrário, tornaram-se prisões, são como grilhões que o prendem. A<br />

verdade libera, as mentiras tornam-se uma prisão.<br />

por isso que Heráclito diz:<br />

O fanatismo é o mal sagrado.<br />

Um homem que conhece a si mesmo jamais é fanático, jamais é sectário; nunca<br />

fica obcecado por uma teoria. Nunca proclama que só ele é verdadeiro, pois quando se<br />

conhece a verdade, sabe-se que ela é multifacetada e que existem milhares de maneiras<br />

de se olhar para ela. E sempre que alguém se aproxima, tudo o que vê é individual. Nunca<br />

foi daquela maneira antes, e jamais será igual — porque esse indivíduo nunca esteve lá<br />

antes e esse indivíduo é total-mente único. Portanto, cada visão, cada encontro com a<br />

verdade é único. Não pode ser comparado.<br />

Um homem que se conheceu passa a saber que existem milhões de caminhos e são<br />

milhares as faces da verdade. Como pode ser fanático? Como pode dizer: "Somente a<br />

minha verdade é verdadeira, somente o meu deus é Deus; o seu deus é falso"? Essa é a<br />

linguagem daqueles cujas verdades são emprestadas. Vê-se milhares de pessoas religiosas<br />

por todo o mundo proclamando a verdade. Elas não chegaram a conhecer, não buscaram<br />

por si mesmas, senão, como não entenderiam isso? Como poderiam não entender a<br />

experiência multifacetada, o fenômeno da verdade? Como poderiam dizer: "Somente a<br />

minha verdade é a verdade", porque quando alguém chega a conhecer que não existe<br />

nenhum 'eu', como pode reivindicar isso? Como o é possível o fanatismo?

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