Osho - A Harmonia Oculta

09.05.2017 Views

para o seu trabalho, e depois passa pelo mesmo caminho para passear — o caminho é o mesmo, a casa é a mesma, tudo é igual; você é o mesmo, as suas pernas são as mesmas, mas quando você sai para um passeio matinal tudo é diferente. Uma pessoa religiosa está sempre caminhando como se estivesse dando um passeio; a pessoa não religiosa está sempre indo a algum lugar — ao escritório, às compras — há Sempre um objetivo. O homem mundano é orientado para um objetivo; seja ele qual for, mesmo Deus; um homem mundano é orientado para um objetivo. Uma pessoa não-mundana não é orientada para um Objetivo. Vive aqui e agora, tudo converge para o aqui e agora. E esse aqui-agora torna-se então infinito. Você anda por todos os caminhos para ele, mas ainda assim ele permanece inatingível. Assim também é a beleza. Se pudesse ser alcançada, tudo se perderia. Se pudéssemos conhecer a nós mesmos, e daí? Você iria simplesmente se cansar de si mesmo. Não, esse fastio nunca acontece — porque é um processo contínuo, infinito, de uma infinitude a outra infinitude. Lembre-se destas palavras — não mentalmente, permita que se aprofundem e se instalem em seu coração: Não façamos conjecturas arbitrárias sobre os grandes temas. Muito aprendizado não ensina compreensão. Os que buscam ouro cavam demais e pouco encontram. Você não poderia descobrir os limites da alma mesmo que para isso percorresse todas as estradas — tal é a profundidade de seu significado.

6 Os Deuses Estão Aqui Também (26 de dezembro de 1974) Quando alguns visitantes inesperadamente encontraram Heráclito aquecendo-se diante do fogo, ele lhes disse: Os deuses estão aqui também. Eu mesmo os procurei. O tempo é uma criança movendo as peças de um jogo; o poder real é o da criança. O fanatismo é o mal sagrado. Existem duas maneiras de se buscar a verdade: uma é tomar emprestado o conhecimento; a outra é buscar por si mesmo. É claro que é fácil tomar emprestado, mas tudo o que você toma emprestado não é seu, e o que não é seu não pode ser verdadeiro. Esta condição tem de ser cumprida: a verdade tem de ser sua. Eu posso ter conhecido a verdade, mas não posso transferi-la para você. No próprio ato de transferir ela se transforma numa mentira. Essa é a natureza da verdade. Portanto, ninguém pode dá-la a você, você não pode tomá-la emprestado, não pode roubá-la, não pode comprá-la — tem de conhecê-la. E a menos que você conheça, o seu conhecimento não será um conhecer — e sim um esconderijo para a sua ignorância. Você está enganando a si mesmo, está completamente desorientado. A primeira coisa a ser lembrada é que a verdade é um fenômeno vivo. Quem pode viver por você? Você tem de viver por si mesmo, ninguém pode substituí-lo. Quem pode amar por você? Os empregados não podem fazer isso, os amigos não podem ser de nenhuma ajuda — você tem de amar. Jean Paul Sartre diz em algum lugar, que mais cedo ou mais tarde chegará o momento em que as pessoas contratarão empregados para amar

para o seu trabalho, e depois passa pelo mesmo caminho para passear — o caminho é o<br />

mesmo, a casa é a mesma, tudo é igual; você é o mesmo, as suas pernas são as mesmas,<br />

mas quando você sai para um passeio matinal tudo é diferente. Uma pessoa religiosa está<br />

sempre caminhando como se estivesse dando um passeio; a pessoa não religiosa está<br />

sempre indo a algum lugar — ao escritório, às compras — há Sempre um objetivo.<br />

O homem mundano é orientado para um objetivo; seja ele qual for, mesmo Deus;<br />

um homem mundano é orientado para um objetivo. Uma pessoa não-mundana não é<br />

orientada para um Objetivo. Vive aqui e agora, tudo converge para o aqui e agora. E esse<br />

aqui-agora torna-se então infinito. Você anda por todos os caminhos para ele, mas ainda<br />

assim ele permanece inatingível.<br />

Assim também é a beleza. Se pudesse ser alcançada, tudo se perderia. Se<br />

pudéssemos conhecer a nós mesmos, e daí? Você iria simplesmente se cansar de si<br />

mesmo. Não, esse fastio nunca acontece — porque é um processo contínuo, infinito, de<br />

uma infinitude a outra infinitude.<br />

Lembre-se destas palavras — não mentalmente, permita que se aprofundem e se<br />

instalem em seu coração:<br />

Não façamos conjecturas arbitrárias<br />

sobre os grandes temas.<br />

Muito aprendizado não ensina compreensão.<br />

Os que buscam ouro<br />

cavam demais e pouco encontram.<br />

Você não poderia descobrir os limites da alma mesmo<br />

que para isso percorresse todas as estradas — tal é a<br />

profundidade de seu significado.

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