Osho - A Harmonia Oculta

09.05.2017 Views

Tudo o que você considera de valor, torna-se valioso. Os cavadores de ouro cavam muita terra e pouco encontram. E é isso o que está acontecendo aos que estão cavando conhecimento — não experiência; cavando a verdade, e não a vida... e vida é verdade! E qualquer que seja a verdade que você cave das teorias e do conhecimento, ela será algo morto. Você não poderia descobrir os limites da alma mesmo que para isso percorresse todas as estradas — tal é a profundidade do seu significado. Tente entender três palavras: uma palavra é "conhecido", o que já se conhece; há então uma outra palavra, o "desconhecido", aquilo que ainda não conhecemos, existindo toda a possibilidade de conhecermos. A ciência divide a existência nestas duas palavras: 'conhecido' e 'desconhecido'. O conhecido, que conhecemos, e o desconhecido, que conheceremos; só precisamos de tempo. A religião divide este mundo em três palavras, não em duas: o 'conhecido', o 'desconhecido' — e o incognoscível. Não podemos esgotar o incognoscível'. O desconhecido se tornará conhecido e o conhecido poderá se tornar de novo desconhecido. Aconteceu muitas vezes. Muitas coisas foram conhecidas e depois tornaram-se desconhecidas, porque a sociedade se desinteressou por elas. Isso aconteceu muitas vezes. Se você voltar atrás e perguntar às pessoas que trabalharam profundamente com o passado, elas dirão que quase tudo o que conhecemos foi conhecido em alguma época anterior e depois foi esquecido. Colombo não foi o primeiro homem que descobriu a América; muitas pessoas a descobriram antes dele, e depois a América foi esquecida. No Mahabharat — uma das mais antigas escrituras da índia, com pelo menos cinco mil anos de idade, talvez mais — o México foi mencionado: Arjuna teve muitas mulheres, uma era mexicana. Em muitas outras escrituras do mundo a América é mencionada. Colombo não foi o primeiro a descobri-la — ele a redescobriu. Existem menções sobre aviões em muitas escrituras; não é esta a primeira vez que nós os descobrimos; nós os descobrimos e depois nos desinteressamos; eles foram deixados de lado. Nunca encontrei nada que não tenha sido descoberto antes. Todas as coisas foram descobertas e perdidas. Depende da sociedade: se a sociedade Se interessa, tudo bem; senão, se perde.

O conhecido se tornará desconhecido, o desconhecido se tornará conhecido. Mas existe uma terceira dimensão: o incognoscível. A ciência não acredita no incognoscível. Diz: "O incognoscível nada mais é do que o desconhecido". E a religião diz que aquilo que permanecerá desconhecido para sempre está numa dimensão totalmente diferente — pois tal é a sua natureza intrínseca que a mente não agüenta. O vasto, o infinito, o interminável, o que não tem co-meço, o total — o total não pode ser compreendido de modo algum pela parte, pois como pode a parte compreender o total? Como pode a mente compreender aquilo de onde a mente surge? Como pode conhecer aquilo para onde ela irá retornar? É impossível! É simplesmente impossível. E como podemos conhecer aquilo de onde viemos? Somos como ondas — como pode uma onda compreender todo o oceano? Ela pode proclamar, pois o oceano jamais refuta coisa alguma — simplesmente ri. É como uma criança proclamando alguma coisa para os pais. Eles riem. O incompreensível existe — o incognoscível existe. Heráclito diz: Você não poderia descobrir os limites da alma mesmo que para isso percorresse todas as estradas — tal é a profundidade de seu significado. Como você pode conhecer a si mesmo? Todas as religiões dizem: "Conheça a ti mesmo!" Mas como você pode realmente se conhecer? Quem então será o conhecedor e quem será o conhecido? — pois o conhecimento depende de uma divisão. Eu posso conhecê-lo, você pode me conhecer, porque eu me torno um objeto e você se torna o conhecedor — mas como você pode conhecer a si mesmo? E, se tentar, aquilo que você vier a conhecer não será você. O conhecedor estará sempre por trás; o que for conhecido estará sempre associado como objeto e você estará associado como sujeito. Por exemplo: você pode conhecer o corpo. É por isso que todos os que conhecem dizem que não somos o corpo — porque podemos conhecê-lo. Você pode conhecer a mente. É por isso que os que conhecem dizem que você não é a mente — pois a mente se torna o objeto e você o conhecedor. Você fica por trás, continua ficando sempre por trás, você é uma transcendência sutil. Tudo o que você conhecer será imediatamente transcendido. No momento em que se torna conhecido você está separado dele.

Tudo o que você considera de valor, torna-se valioso.<br />

Os cavadores de ouro<br />

cavam muita terra e pouco encontram.<br />

E é isso o que está acontecendo aos que estão cavando conhecimento — não<br />

experiência; cavando a verdade, e não a vida... e vida é verdade! E qualquer que seja a<br />

verdade que você cave das teorias e do conhecimento, ela será algo morto.<br />

Você não poderia descobrir os limites da alma mesmo<br />

que para isso percorresse todas as estradas — tal é a<br />

profundidade do seu significado.<br />

Tente entender três palavras: uma palavra é "conhecido", o que já se conhece; há<br />

então uma outra palavra, o "desconhecido", aquilo que ainda não conhecemos, existindo<br />

toda a possibilidade de conhecermos. A ciência divide a existência nestas duas palavras:<br />

'conhecido' e 'desconhecido'. O conhecido, que conhecemos, e o desconhecido, que<br />

conheceremos; só precisamos de tempo. A religião divide este mundo em três palavras,<br />

não em duas: o 'conhecido', o 'desconhecido' — e o incognoscível. Não podemos esgotar<br />

o incognoscível'.<br />

O desconhecido se tornará conhecido e o conhecido poderá se tornar de novo<br />

desconhecido. Aconteceu muitas vezes. Muitas coisas foram conhecidas e depois<br />

tornaram-se desconhecidas, porque a sociedade se desinteressou por elas. Isso aconteceu<br />

muitas vezes. Se você voltar atrás e perguntar às pessoas que trabalharam<br />

profundamente com o passado, elas dirão que quase tudo o que conhecemos foi<br />

conhecido em alguma época anterior e depois foi esquecido.<br />

Colombo não foi o primeiro homem que descobriu a América; muitas pessoas a<br />

descobriram antes dele, e depois a América foi esquecida. No Mahabharat — uma das<br />

mais antigas escrituras da índia, com pelo menos cinco mil anos de idade, talvez mais — o<br />

México foi mencionado: Arjuna teve muitas mulheres, uma era mexicana. Em muitas<br />

outras escrituras do mundo a América é mencionada. Colombo não foi o primeiro a<br />

descobri-la — ele a redescobriu. Existem menções sobre aviões em muitas escrituras; não<br />

é esta a primeira vez que nós os descobrimos; nós os descobrimos e depois nos<br />

desinteressamos; eles foram deixados de lado. Nunca encontrei nada que não tenha sido<br />

descoberto antes. Todas as coisas foram descobertas e perdidas. Depende da sociedade:<br />

se a sociedade Se interessa, tudo bem; senão, se perde.

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