MIOLO-SITE#29 05- 154
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Intervenção Fonoaudiológica<br />
Especializada no Autismo<br />
Fonoaudiologia<br />
H<br />
á uma preocupação grande dos pais, sobre<br />
a fala de seus filhos com o diagnóstico de<br />
TEA. Uma das primeiras perguntas que ouço<br />
é: Meu filho vai falar quando? Primeiramente os<br />
pais devem entender que, fazer com que seu filho<br />
fale por falar não auxiliará muito, se os aspectos<br />
comportamentais e de linguagem interna<br />
não estiverem bem fundamentadas.<br />
Crianças com TEA podem apresentar dificuldades<br />
de nível fonológico e sintático, como atraso<br />
ou ausência de fala, alterações de articulação, de<br />
prosódia (fala monótona), inversão pronominal<br />
(uso de “ele”, em vez de “eu”) e ecolalia (repetição<br />
da fala dos outros).<br />
Nos casos de ausência de fala, deve-se pensar<br />
junto à família a necessidade do uso de um sistema<br />
de comunicação suplementar e alternativa<br />
no qual auxiliará sua comunicação.<br />
Automaticamente à medida que a criança vai<br />
evoluindo, a fala vai acontecendo de forma natural.<br />
Um aspecto muito importante na intervenção<br />
dos quadros de TEA é a comunicação funcional.<br />
As crianças com TEA em sua maioria apresentam<br />
dificuldade em utilizar a linguagem com funções<br />
comunicativas em um contexto de interação, em<br />
iniciar a comunicação e mantê-la de forma funcional,<br />
ou seja, apresentam alteração no nível<br />
pragmático.<br />
Devido a estes fatores, verifica-se a importância<br />
dos atendimentos fonoaudiológicos com foco<br />
especializado no TEA, juntamente com uma equipe<br />
multidisciplinar onde todos falem a mesma<br />
língua, compartilhem de suas avaliações para estabelecermos<br />
o melhor planejamento terapêutico,<br />
visando a adaptação da criança nos contextos<br />
educacionais e sociais.<br />
É necessário um protocolo de avaliação específico<br />
no qual ira avaliar os aspectos comportamentais<br />
e fonoaudiológicos, pois é preciso estabelecer<br />
alguns parâmetros comportamentais para<br />
depois iniciarmos a fundo um tratamento.<br />
Comportamental: o paciente iniciará um treinamento<br />
com uma série de programas onde são<br />
dadas ordens de comando simples como, por<br />
exemplo: João, sente-se na cadeira; coloque o<br />
papel no lixo; coloque o lápis sobre a mesa e etc.<br />
Juntamente com um psicólogo que atenda na linha<br />
comportamental para eficiência e evolução<br />
dos treinos.<br />
Fonoaudiológicos: observa-se aspectos Fonológico<br />
(fonemas, sons da fala formando palavras),<br />
Sintático (formação de sentenças), Lexical (vocabulário),<br />
Semântico (significado) e Pragmático<br />
(uso funcional da comunicação).<br />
Contudo, a intervenção com orientações junto à<br />
escola e em casa, ajuda a complementar o trabalho<br />
realizado em consultório.<br />
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