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02.05.2017 Views

PC GUIA PLAY / 07 EDIÇÃO DIGITAL Aventuras na Idade da Pedra! ESPECIAL JOGAR NO MAC REVIEWS l GRAVITY RUSH REMASTERED l HOMEWORLD: DESERTS OF KHARAK l HYRULE WARRIORS LEGENDS l SWORD ART ONLINE: LOST SONG l LEGO AVENGERS l UNRAVEL l STREET FIGHTER V O clássico está de volta

PC GUIA PLAY / 07<br />

EDIÇÃO<br />

DIGITAL<br />

Aventuras na Idade da Pedra!<br />

ESPECIAL<br />

JOGAR NO MAC<br />

REVIEWS<br />

l GRAVITY RUSH REMASTERED<br />

l HOMEWORLD: DESERTS OF KHARAK<br />

l HYRULE WARRIORS LEGENDS<br />

l SWORD ART ONLINE: LOST SONG<br />

l LEGO AVENGERS<br />

l UNRAVEL<br />

l STREET FIGHTER V<br />

O clássico está de volta


ÍNDICE<br />

LUÍS ANDRADE<br />

PRIMEIRO NÚMERO DO ANO!<br />

A PC Guia Play apresenta-se ao serviço em<br />

2016 com um número repleto de análises e<br />

artigos de hardware dedicados a todos aqueles<br />

que fazem dos videojogos o seu hobby favorito.<br />

Este vai ser o ano da realidade aumentada nas<br />

consolas, mais precisamente na PlayStation<br />

com o PlayStation VR, nos computadores com<br />

o já famoso Oculus Rift e nos smartphones,<br />

com o Samsung Gear VR. No que diz respeito<br />

aos jogos, 2016 vai ser, na nossa opinião, um<br />

ano brilhante. Começa já com Far Cry Primal,<br />

Unravel, Pokkén Tournament e Sébastien Loeb<br />

Rally EVO, todos analisados nesta edição.<br />

O ano vai continuar como o lançamento de<br />

grandes jogos para alegria de todos nós e, já<br />

nos próximos meses, teremos Uncharted 4<br />

e Quantum Break; no início do Verão chega<br />

No Man’s Sky e já sabemos que o novo Call<br />

of Duty se encontra em desenvolvimento.<br />

Naturalmente, não devemos esquecer Doom,<br />

um dos jogos para PC pioneiros da indústria, e<br />

dos tão esperados Dark Souls III e The Division.<br />

Da nossa parte podem contar com o nosso<br />

entusiasmo, num ano que esperamos que seja o<br />

ano da PC Guia Play.<br />

NOTÍCIAS<br />

4 As últimas novidades do mercado<br />

nacional e internacional<br />

dos videojogos.<br />

REVIEWS<br />

28<br />

TEMA<br />

DE CAPA<br />

Far Cry Primal<br />

A Ubisoft leva-nos<br />

uma alucinante<br />

viagem no tempo até<br />

à Idade da Pedra!<br />

10 Life is Strange<br />

12 Street Fighter V<br />

14 Lego Avengers<br />

16 Homeworld: Deserts of Kharak<br />

20 Unravel<br />

22 XCom 2<br />

26 The Sims 4 - Get Together<br />

34 Pokkén Tournament<br />

36 The Legend of Zelda:<br />

Twilight Princess HD<br />

40 Sébastien Loeb Rally EVO<br />

42 Gravity Rush Remastered<br />

43 Hyrule Warriors: Legends<br />

44 Sword Art Online: Lost Song<br />

45 Tales of Zestiria<br />

Ficha técnica<br />

Director: Pedro Tróia / ptroia@pcguia.fidemo.pt<br />

Chefe de Redacção: Gustavo Dias / gdias@pcguia.fidemo.pt<br />

Editor: Ricardo Durand / rdurand@pcguia.fidemo.pt<br />

Redacção: Luís Andrade, Luís Vedor, Márcia Campana<br />

Colaborador: Carlos Vaz, Henrique Taveira e Pedro Nunes<br />

Secretária de Redacção: Lurdes Marujo<br />

lurdesmarujo@pcguia.fidemo.pt<br />

Editor Arte: Rui Lisboa<br />

Projecto gráfico, paginação e desenho de capa<br />

(ruilisboa.com / facebook.com/rui.lisboa)<br />

Fidemo – Soc. de Media Lda.<br />

Director-Geral: Vasco Manuel Taveira<br />

vascotaveira@pcguia.fidemo.pt<br />

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Directora comercial: Cristina Magalhães<br />

cmagalhaes@pcguia.fidemo.pt<br />

Assinaturas:<br />

JMToscano - Comunicação e Marketing, Lda.,<br />

A minha preferência<br />

Tive acesso à beta do jogo The Division e fiquei<br />

deslumbrado com o nível gráfico que o mesmo já<br />

apresenta, dando excelentes indicações de que pode<br />

vir a ser um sério candidato a jogo do ano. Gostei<br />

do inovador conceito, das duas missões que joguei<br />

e do facto de vir com legendas em português.<br />

Rua Rodrigues Sampaio, Nº 5, 2795-175 Linda-a-Velha<br />

Telefone: +351 214 142 909<br />

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Pré-impressão e Impressão:<br />

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2825-259 Charneca da Caparica<br />

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Cont: 509 808 859<br />

Depósito legal: 385369/14<br />

Nº registo E.R.C. 119 452<br />

Marca registada no INPI: 479 435<br />

Distribuição:<br />

VASP, Soc. de Transportes e distribuição Lda.<br />

MLP, Media Logistics Park, Quinta do Grajal,<br />

Venda Seca, 2739-511 Agualva-Cacém.<br />

Telef: 214 337 000<br />

ESPECIAL<br />

46 Jogar no Mac<br />

50 Estúdios nacionais de videojogos<br />

HARDWARE<br />

54 Asus GX 700<br />

56 MSI NIghtblade Mi<br />

58 Steam Link<br />

60 Acer Predator X34<br />

61 Asus PG348Q<br />

62 Speedlink Kudos Z-9<br />

RETRO GAMING<br />

64 Como a Nintendo<br />

salvou a indústria<br />

A SAIR<br />

66 Os jogos que vão chegar<br />

nesta Primavera<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 3


NOTÍCIAS<br />

PLAYER SURPRISE BOX:<br />

UMA CAIXA MISTÉRIO<br />

PARA OS JOGADORES<br />

O ‘Player Surprise Box’ é um conceito criado<br />

pela empresa Like a Player, que disponibiliza aos<br />

jogadores uma caixa mistério todos os meses.<br />

O jogador nunca sabe qual será o conteúdo<br />

da caixa, mas a empresa explica que são<br />

disponibilizados gadgets para videojogos, figuras<br />

coleccionáveis e objectos de anime. Todas as<br />

caixas são diferentes e a empresa indica que o<br />

total dos produtos da caixa é superior ao valor que<br />

é pago pelo consumidor. Estão disponíveis dois<br />

tamanhos de caixa: a mais pequena custa 29,90<br />

euros e a maior 59,90. As caixas de Março já estão<br />

esgotadas, mas é possível comprar já as Player<br />

Surprise Box para Abril. l<br />

SONY ADIA<br />

O LANÇAMENTO<br />

DE UNCHARTED 4<br />

A Sony anunciou que o lançamento de<br />

Uncharted 4: A Thief’s End foi reagendado<br />

para o dia 10 de Maio. O lançamento<br />

da mais recente aventura de Nathan<br />

Drake para PS4 estava originalmente<br />

agendado para o próximo dia 26 de Abril.<br />

De acordo com a informação divulgada<br />

por Shawn Layden, o presidente<br />

da Sony, explicou que a decisão de adiar<br />

o lançamento foi um «esforço para conseguir<br />

estar à altura da procura global, para que<br />

todos os jogadores possam ter acesso ao<br />

jogo ao mesmo tempo». A empresa pediu<br />

ainda desculpa aos jogadores por este<br />

atraso de duas semanas em relação à data<br />

marcada. Esta não é a primeira vez que<br />

o lançamento de Uncharted 4 foi adiado:<br />

inicialmente, o lançamento do jogo<br />

esteve marcado para o final de 2015. l<br />

NOVO FORZA MOTORSPORT<br />

VAI SER APRESENTADO NA E3 2016<br />

O próximo título da série Forza já tem data de<br />

apresentação: a <strong>rev</strong>elação vai acontecer durante<br />

a conferência da Xbox na E3 – Electronic<br />

Entertainment Expo, em Junho deste ano.<br />

Uma das promessas para este evento é a<br />

representação do Lamborghini Centenario, que<br />

vai estar presente no jogo ainda antes de ser<br />

fabricado na realidade. Resta agora saber se é<br />

já a partir deste novo título que o jogo passará a<br />

estar disponível também para PC.<br />

A Turn 10, responsável pelo desenvolvimento do<br />

título, disse há algum tempo que os próximos<br />

Forza seriam desenvolvidos também para PC,<br />

além de continuarem a sair em Xbox. l<br />

4 / PCGUIAPLAY/2016


HOLOLENS JÁ PODE SER ENCOMENDADO<br />

Os programadores já podem<br />

encomendar, por 3 mil dólares<br />

(cerca de 2 760 euros), o headset de<br />

realidade aumentada HoloLens.<br />

O dispositivo da Microsoft, que<br />

sobrepõe gráficos tridimensionais<br />

ao que o utilizador está a ver, tem<br />

uma Holographic Processing Unit<br />

(HPU), um processador 32-bit da Intel,<br />

diversos sensores, uma câmara de<br />

2 MP, quatro microfones, 2GB de RAM,<br />

64 GB de espaço de armazenamento<br />

interno, conectividade Bluetooth,<br />

Wi-Fi, porta microUSB, e uma bateria<br />

com autonomia de até três horas.<br />

As primeiras unidades do HoloLens<br />

vão ser entregues aos programadores<br />

a partir de 30 de Março. l<br />

LANÇAMENTO DE MASS<br />

EFFECT: ANDROMEDA<br />

FOI ADIADO<br />

Afinal, parece que a espera por Mass Effect: Andromeda<br />

(ME:A) ainda não está perto do fim. A EA anunciou que o<br />

lançamento do jogo foi adiado para 2017, quando inicialmente<br />

a data p<strong>rev</strong>ista rondaria o final de 2016. Blake Jorgensen<br />

explicou, à margem de uma conferência, que o jogo só estará<br />

disponível no primeiro trimestre de 2017. ME:A foi oficialmente<br />

apresentado em 2015, na E3, e desde então foram conhecidos<br />

poucos detalhes sobre o trabalho que está a ser desenvolvido<br />

pelo estúdio BioWare Montreal. Está p<strong>rev</strong>iso que o jogo esteja<br />

disponível para a Xbox One, PS4 e PC. l<br />

HÁ MAIS DETALHES<br />

SOBRE O PACK DLC DE<br />

STAR WARS BATTLEFRONT<br />

A Electronic Arts e a DICE vão lançar o DLC Outer Rim<br />

para Star Wars Battlefront, que vai ter dois novos heróis,<br />

Greedo e Nien Numb. Através do Twitter, um dos principais<br />

designers do jogo, Dennis Brännvall, respondeu a questões<br />

dos fãs e <strong>rev</strong>elou mais alguns detalhes sobre Outer Rim.<br />

De acordo com o designer da DICE, Greedo será uma<br />

mistura entre um sniper, engenheiro e piloto. Foi também<br />

dito que a DICE está a estudar a possibilidade<br />

de responder a pedidos dos<br />

jogadores, como a opção de<br />

adicionar rolling aos movimentos<br />

das personagens. l<br />

DIVULGADAS AS PRIMEIRAS IMAGENS<br />

DO SEASON PASS DE THE DIVISION<br />

Ainda faltam uns meses até ao lançamento<br />

deste título desenvolvido pela Ubisoft<br />

Massive, mas os fãs já puderam ver uma<br />

das suas primeiras imagens promocionais.<br />

A imagem foi divulgada pela loja on-line<br />

Games Only (veja-a em goo.gl/0t5Ug2) e dá<br />

algumas informações sobre as novidades<br />

do jogo. São visíveis as novas armas e<br />

alguns dos equipamentos que se estreiam<br />

neste título. O Season Pass de Tom Clancy’s<br />

The Division tem data de lançamento<br />

marcado para o dia 3 de Agosto. l


NOTÍCIAS<br />

THUMBS UP<br />

QUANTUM BREAK<br />

SÓ COM INTERNET<br />

O novo jogo Quantum Break, um exclusivo<br />

para Xbox One e PC Windows, vai precisar de<br />

uma ligação à Internet para funcionar. Isto não<br />

é uma protecção anti-cópia, mas sim devido<br />

às sequências em live-actions que são feitas<br />

em streaming. Este jogo mistura sequências<br />

filmadas, com actores de carne e osso com<br />

acção em 3D. A mecânica de Quantum Break<br />

implica jogar uma fase do jogo e depois ver um<br />

vídeo que pode ter até vinte minutos. Ao todo<br />

existem quarenta sequências de vídeo, com<br />

uma duração total de quase 13 horas. Quem<br />

tiver Xbox One pode fazer download deste<br />

vídeo para a consolas, mas os da versão PC<br />

terão mesmo de usar o modelo por streaming<br />

O jogo chega ao mercado no dia 5 de Abril. l<br />

HARMONIX QUER VER<br />

ROCK BAND 4 NO PC<br />

A Harmonix lançou uma campanha de<br />

crowdfunding para poder disponibilizar Rock<br />

Band 4 para PC no Steam. Para tal, terá de<br />

angariar cerca de 1,5 milhões de dólares<br />

(cerca de 1,3 milhões de euros), antes de 5 de<br />

Abril de 2016. A versão de Rock Band 4 para<br />

PC contará com as mesmas funcionalidades<br />

das versões para as consolas, assim como o<br />

suporte para ratos, teclados, e para os actuais<br />

acessórios Rock Band. Os jogadores vão<br />

também poder disponibilizar as suas músicas<br />

e vendê-las através do Steam Workshop. l<br />

A produtora do jogo Halo 5, a 343 Industries, inseriu na sua última<br />

actualização uma homenagem ao jogador thecrzedspartan, que<br />

em Janeiro perdeu tragicamente as suas duas filhas Lena e Trinity num incêndio.<br />

Quando entrarem no mapa Torque, os jogadores vão poder ver o nome das duas<br />

meninas escrito nas estrelas. Com este emocionante gesto a produtora demonstra<br />

que não olha só para os números das vendas dos seus jogos, mas também<br />

para quem os joga. Obrigado, 343 Industries!<br />

Depois dos jogos 3D e dos dispositivos de realidade<br />

aumentada, a indústria já está a virar-se para as luvas que,<br />

quando calçadas, vão permitir controlar os jogos e mesmo<br />

os aparelhos multimédia que o leitor tiver em sua casa.<br />

Neste particular caso estamos a falar das Power Gloves,<br />

uma marca recentemente registada pela Sony.<br />

A qualidade dos videojogos para smartphones está a avançar a uma velocidade<br />

alucinante e, num futuro próximo, pode mesmo vir a ultrapassar a dos títulos para<br />

PS4 e Xbox One. A maioria das editoras<br />

de jogos tradicionais há muito que<br />

está a apostar neste mercado e a<br />

última novidade é um título inspirado<br />

em Dark Souls que vai ser lançado<br />

pela Bandai-Namco.<br />

THUMBS DOWN<br />

A Bungie parece ter desistido de Destiny e a resposta da comunidade foi feroz,<br />

com milhares de jogadores a deixarem o jogo que lhes retirou muitas horas de<br />

sono. Tudo aconteceu porque depois da última expansão,<br />

Destiny estagnou e nem o anúncio de uma grande actualização<br />

na Primavera foi capaz de mobilizar os fãs. Queremos<br />

aqui deixar um conselho aos responsáveis da Bungie: olhem<br />

para o jogo Call of Duty ou mesmo para o seu “primeiro amor” Halo<br />

e comecem a trabalhar para comunidade e não para os seus bolsos.<br />

O jogo sensação de 2015, Rocket League, já vendeu mais de quatro milhões de<br />

cópias, um marco histórico para qualquer produtora. O grande problema é que os<br />

seus criadores descobriram que existem doze milhões de jogadores, o<br />

que indica que oito milhões de jogadores estão a utilizar<br />

cópias piratas de Rocket League. Este facto desmoraliza<br />

qualquer equipa que produz videojogos e deita abaixo<br />

futuros projectos. É sempre bom relembrar que a pirataria<br />

prejudica imenso a indústria dos videojogos.<br />

Depois de um forte crescimento do mercado de videojogos em Portugal, 2016 pode<br />

não ser um ano muito agradável. Tudo porque o Estado continua a teimar na taxação<br />

dos videojogos a 23%, acrescido do valor do inconstitucional selo do IGAC,<br />

colocando o preço dos jogos num valor pouco acessível aos bolsos dos jogadores<br />

portugueses. Para combater estes valores, os portugueses estão a recorrer aos<br />

jogos gratuitos e à pirataria que pouco ajuda o nosso mercado. Resta-nos esperar<br />

que o actual Governo entenda que um videojogo não é um produto<br />

de luxo, mas sim uma peça de entretenimento.<br />

6 / PCGUIAPLAY/2015<br />

PCGUIAPLAY/2016


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REVIEWS<br />

COMO<br />

FUNCIONAM<br />

AS AVALIAÇÕES<br />

DA PCGUIA PLAY<br />

A AVALIAÇÃO DE JOGOS<br />

E HARDWARE PODE<br />

PARECER FÁCIL MAS TEM<br />

MUITO QUE SE LHE DIGA.<br />

ESTE GUIA VAI AJUDAR<br />

OS NOSSOS LEITORES<br />

A COMPREENDER O NOSSO<br />

MODELO DE NOTAS<br />

E CLASSIFICAÇÕES.<br />

Qualquer análise que<br />

esc<strong>rev</strong>emos, seja de hardware<br />

ou de software, tem<br />

em conta três ou quatro critérios, aos<br />

quais são atribuídos pesos diferentes<br />

na nota final. A avaliação de jogos<br />

e hardware é diferente e obedece<br />

a modelos distintos.<br />

JOGOS<br />

A forma como avaliamos um jogo muda nesta<br />

PCGuia Play: de uma soma das notas dadas<br />

nos vários critérios, passamos a fazer uma<br />

média das mesmas. As pontuações passam<br />

ainda a ser atribuídas de 0 a 10. Em relação<br />

às anteriores edições há ainda mudanças<br />

nos critérios: dos anteriores três, passam a<br />

quatro. Aqui fica uma explicação de como os<br />

abordamos e de como são dadas as notas.<br />

GRÁFICOS<br />

Os gráficos são a forma mais importante de<br />

contar uma história num jogo, por isso valem<br />

quase metade da nota. Aqui olhamos para<br />

a sua qualidade, incluindo os modelos 3D e<br />

as suas respectivas texturas e para efeitos<br />

visuais, como explosões ou meteorologia. E<br />

como tudo isso influencia a forma jogamos.<br />

SOM<br />

Nos últimos anos este aspecto tem sido<br />

bastante descurado nas análises, mas o som<br />

é também um factor muito importante em<br />

HARDWARE<br />

No caso do hardware, o sistema de atribuição<br />

de notas mantém-se. Assim, usamos o mesmo<br />

modelo das <strong>rev</strong>iews da PCGuia: uma soma<br />

das notas dadas em três critérios de avaliação<br />

que mudam consoante o produto. No entanto,<br />

cada um tem os seus critérios específicos e<br />

diferentes notas máximas. Mas há uma coisa<br />

que não muda: a classificação final será sempre<br />

de 0 a 10.<br />

MOTHERBOARDS<br />

As placas-mãe são avaliadas tendo<br />

em conta as ‘Medições’ (resultado dos<br />

diferentes benchmarks que usamos), as<br />

‘Funcionalidades’ e a ‘Qualidade/Preço’. As<br />

medições feitas por nós valem 60% da nota<br />

final e os restantes critérios 20% cada um.<br />

Assim, as notas máximas são as seguintes:<br />

MEDIÇÕES<br />

FUNCIONALIDADES<br />

JOGABILIDADE<br />

6<br />

2<br />

2<br />

PLACAS GRÁFICAS<br />

O sistema de avaliação é semelhante ao<br />

das motherboards, mas em vez do critério<br />

‘Funcionalidades’, usamos o de ‘Construção’.<br />

O peso de cada nota é igual ao tido nas<br />

<strong>rev</strong>iews a motherboards:<br />

MEDIÇÕES<br />

CONSTRUÇÃO<br />

QUALIDADE / PREÇO<br />

6<br />

2<br />

2<br />

COMPUTADORES PORTÁTEIS<br />

Na PCGuia Play vamos ter, sempre que se<br />

justificar, análises a laptops que sejam bons<br />

qualquer jogo: marca o seu ambiente, pode<br />

ajudar o utilizador em certas situações, ou<br />

mesmo ser a chave para resolver alguns<br />

puzzles. Um mau som é meio caminho andado<br />

para termos um jogo mal classificado. O voice<br />

acting também será aqui analisado.<br />

JOGABILIDADE<br />

Neste ponto são avaliados todos os<br />

pontos que têm que ver com jogabilidade<br />

e experiência de utilização, como o<br />

funcionamento dos comandos, a velocidade e<br />

estabilidade do jogo on-line ou a presença de<br />

bugs de todos os tipos que possam atrapalhar<br />

a progressão no jogo.<br />

LONGEVIDADE<br />

Este jogo acaba-se numa tarde ou num mês?<br />

E mesmo depois de se acabar há razões para<br />

o <strong>rev</strong>isitar ou para o pôr à venda e nunca mais<br />

olhar para ele? Aqui avaliamos se o jogo nos<br />

vai prender por muito tempo ao ecrã ou se a<br />

sua história ou modos de jogo se esgotam<br />

rapidamente.<br />

para gaming. Aqui, o critério ‘Medições’<br />

(mais uma vez com recurso a benchmarks)<br />

vale 50% da nota final. A este juntam-se o<br />

de ‘Experiência de Utilização’ (20%) e o de<br />

‘Qualidade/Preço’ (30%). As notas máximas<br />

são assim distribuídas:<br />

MEDIÇÕES<br />

5<br />

ESPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO 2<br />

QUALIDADE / PREÇO 3<br />

COMPUTADORES DESKTOP<br />

Por excelência, os computadores de gaming<br />

desktop são os companheiros preferidos por<br />

quem adora jogos para PC. Vamos tentar<br />

que sejam presença habitual na PCGuia Play,<br />

sempre com configurações de topo.<br />

Os critérios de análise são idênticos aos dos<br />

computadores portáteis, com uma mudança<br />

em duas das notas:<br />

MEDIÇÕES<br />

5<br />

ESPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO 3<br />

QUALIDADE / PREÇO 2<br />

PERIFÉRICOS DE GAMING<br />

Teclados, comandos, ratos, headsets, volantes<br />

e até cadeiras de gaming. Estes são os aliados<br />

perfeitos e essenciais para tirar o máximo<br />

partido da experiência de jogo. Aqui, e como<br />

não os vamos submeter às medições feitas<br />

nas anteriores peças de hardware, os critérios<br />

são muito empíricos e as notas são dadas<br />

na sua totalidade de forma subjectiva pelo<br />

jornalista que faz a <strong>rev</strong>iew:<br />

FUNCIONALIDADES 2<br />

ESPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO 4<br />

QUALIDADE / PREÇO 4<br />

O objectivo da PCGuia Play é melhorar sempre de edição para edição. Esta nossa mudança<br />

na forma como avaliamos os jogos e a explicação de como funciona a atribuição de notas<br />

é feita depois de termos ouvido os nossos leitores. Ouvimos e respeitamos todas as críticas<br />

que fazem sobre a <strong>rev</strong>ista - esta tem de ser o resultado do nosso trabalho e do vosso feedback.<br />

Para que haja um canal aberto de comunicação entre os jornalistas da PCGuia Play<br />

e os leitores, há um mail que pode ser usado para comentários, sugestões e críticas:<br />

redaccao@pcguia.fidemo.pt. Todos os jornalistas da <strong>rev</strong>ista têm acesso a este e-mail<br />

diariamente, por isso fica o desafio: esc<strong>rev</strong>am-nos!<br />

8 / PCGUIAPLAY/2016


REVIEWS<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

7<br />

9<br />

8<br />

7<br />

História<br />

Originalidade<br />

Desfecho sempre igual<br />

EDITORA<br />

SQUARE-ENIX<br />

DISTRIBUIDORA<br />

ECOPLAY<br />

PLATAFORMAS<br />

PS4, XBOX ONE, PC<br />

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LIFEISSTRANGE.COM<br />

PREÇO<br />

€39,90 (PS4), €34,99<br />

(XBOX ONE), €41,97 (PC)<br />

LIFE IS STRANGE<br />

HÁ SEMPRE UMA SEGUNDA OPORTUNIDADE...<br />

Este jogo conta a história de Max<br />

Caulfield, uma estudante de<br />

fotografia que desenvolve a utilíssima<br />

capacidade de andar para trás no tempo<br />

após a sua melhor amiga, Chloe, ser morta a<br />

tiro. Esta habilidade permite a Max salvá-la<br />

e iniciar a busca pelo responsável, ou<br />

responsáveis, pelo assassinato.<br />

Estas viagens no tempo são o ponto central<br />

do game<strong>play</strong> de Life is Strange e permitem<br />

à nossa personagem ganhar uma hipótese<br />

de desfazer as más decisões ou apagar<br />

quaisquer traços da sua presença em sítios<br />

onde não era suposto estar. Como se pode<br />

concluir, este será o aspecto mais importante<br />

na acção de Life is Strange; no entanto é<br />

também uma oportunidade perdida, visto<br />

que, apesar de impactarem muito<br />

a forma como a acção se desenrola<br />

ao longo do jogo, o resultado final<br />

é sempre o mesmo.<br />

De resto, Life is Strange é um jogo de<br />

aventura em que o utilizador interage com<br />

objectos que vão aparecendo no cenário<br />

e que podem, ou não, ter influência<br />

na história. Também há conversas que<br />

ajudam na construção do ambiente<br />

e da trama do jogo. Dois dos seus pontos<br />

PONTO FINAL<br />

Esta é uma das histórias<br />

mais originais dos últimos<br />

tempos no mundo dos<br />

videojogos, mas que<br />

infelizmente foi mal<br />

executada.<br />

10/ PCGUIAPLAY/2016


O UTILIZADOR<br />

INTERAGE<br />

COM OBJECTOS<br />

QUE VÃO<br />

APARECENDO<br />

NO CENÁRIO<br />

E QUE PODEM,<br />

OU NÃO, TER<br />

INFLUÊNCIA<br />

NA HISTÓRIA.<br />

fortes são o aspecto do cenário e o áudio.<br />

A atenção e o gosto dado à construção dos<br />

pormenores do cenário é fantástica e tudo<br />

parece real. O som ambiente contribui ainda<br />

mais para toda esta aura de realidade.<br />

As situações de droga, violência e bullying<br />

que a personagem vai encontrando ao longo<br />

da acção também estão perto da realidade<br />

de uma teenager actual. Tudo isto contrasta<br />

com o facto completamente fantasioso de<br />

Max conseguir viajar no tempo.<br />

O conceito de Life is Strange é interessante,<br />

mas acaba por ser desbaratado, porque,<br />

quaisquer que sejam as nossas acções,<br />

o resultado final é sempre o mesmo.<br />

Ainda assim, pela originalidade da narrativa,<br />

pelos gráficos e pelo ambiente, este jogo<br />

é uma boa experiência. Pedro Tróia<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

Heavy Rain, Until Dawn<br />

Curiosidade<br />

Este jogo é baseado no ‘Efeito Borboleta’, por isso<br />

as borboletas simbolizam as decisões que se têm de tomar.<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 11


REVIEWS<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

Multi<strong>play</strong>er<br />

Gráficos<br />

Tudo o resto que<br />

não sejam os dois<br />

pontos positivos<br />

4<br />

6<br />

5<br />

4<br />

EDITORA<br />

CAPCOM<br />

DISTRIBUIDORA<br />

ECOPLAY<br />

PLATAFORMA<br />

PS4, PC<br />

SITE<br />

STREETFIGHTER.COM<br />

PREÇO<br />

€69,99 (PS4), €59,99 (PC)<br />

STREET FIGHTER V<br />

QUE “#%$%& PASSOU PELA CABEÇA DA CAPCOM?<br />

Joguei pela primeira vez Street Fighter<br />

há muitos anos (SFII), na Super NES e<br />

lembro-me de ter ficado impressionado<br />

com os gráficos, com a diversidade de<br />

personagens, as cores e animação dos<br />

cenários, e com aqueles míticos níveis de<br />

bónus onde destruíamos um automóvel.<br />

Não segui, contudo, com especial atenção<br />

a saída dos cerca de trinta jogos seguintes<br />

deste franchise, mas lembro-me de alguns<br />

que, para mim, foram marcantes: SF II<br />

Champion Edition (1993) para Mega Drive,<br />

SF Alpha 2 para Sega Saturn e um dos que<br />

joguei mais tempo Marvel vs. Capcom, que<br />

punha Ken, Ryu e companhia frente-a-frente<br />

os super-heróis da Marvel, como Wolverine<br />

e Homem-Aranha. Desde então, a minha<br />

experiência com esta série foi apenas<br />

esporádica e curiosa, mas cheguei a dedicar<br />

algum tempo a Street Fighter IV. Porém,<br />

nada me poderia preparar para o que vinha<br />

aí com este novo jogo, um exclusivo para PC<br />

e PS4. Uma das coisas que posso desde já<br />

dizer é que os fãs de Xbox só podem estar<br />

contentes por a Capcom ter tomado esta<br />

decisão. Sem rodeios: Street Fighter V é mau<br />

demais para ser verdade. Não sei o que se<br />

terá passado pela cabeça dos programadores<br />

e pelos “artistas” da produtora japonesa<br />

para lançarem um jogo tão mal-acabado e<br />

concebido. Os problemas são tantos e as<br />

coisas boas são tão poucas, que apenas<br />

consigo dedicar uma linha desta análise<br />

ao que de óptimo tem SFV: os gráficos e as<br />

animações dos cenários. Até da jogabilidade,<br />

que sempre adorei em Street Fighter, não<br />

OS PROBLEMAS SÃO TANTOS E AS COISAS BOAS SÃO TÃO<br />

POUCAS, QUE APENAS CONSIGO DEDICAR UMA LINHA DESTA<br />

ANÁLISE AO QUE DE ÓPTIMO TEM SFV: OS GRÁFICOS E AS<br />

ANIMAÇÕES DOS CENÁRIOS.<br />

PONTO FINAL<br />

Para comprar este jogo,<br />

vai precisar de fazer um<br />

exercício: meça a sua escala<br />

de fanatismo pela saga<br />

Street Fighter de 0 a 10.<br />

Se chegar à conclusão de<br />

que é 15, compre-o.<br />

12/ PCGUIAPLAY/2016


consigo dizer bem: é confusa, os botões estão<br />

mal atribuídos aos golpes que desencadeiam<br />

(isto pode-se sempre mudar, mas na verdade,<br />

quem é que realmente faz isto?). Há uns<br />

ataques especiais que são disferidos com<br />

toques num conjunto de botões, mas está<br />

tudo muito mal-organizado e os ataques<br />

acabam por ser repetitivos. Isto não acontece,<br />

por exemplo, em Mortal Kombat X (um dos<br />

eternos rivais de Street Fighter), onde a fluidez<br />

dos ataques e dos combos é muito superior.<br />

As cascas de banana deste título continuam<br />

espalhadas um pouco por toda a experiência<br />

de jogo, e a Capcom escorrega, por exemplo,<br />

ao ter opções de jogo que ainda não estão<br />

seleccionáveis: temos de esperar por updates<br />

em Março. A produtora volta a ir ao chão<br />

quando nos apresenta as personagens<br />

disponíveis: é claro que a saga Street Fighter<br />

sempre nos apresentou jogadores novos ao<br />

longo dos anos, mas quem raio é o ridículo<br />

F.A.N.G., cujo um dos ataques especiais é voar<br />

sobre nós a bater os braços como um pombo<br />

e a deixar cair cocós em fogo? Este é apenas<br />

um dos pormenores de como este jogo se<br />

tornou caricato. E se está a pensar que vai<br />

poder afogar as mágoas com Sagat, Blanka,<br />

Guile, Balrog ou Honda, esqueça: todas estas<br />

personagens míticas ficaram à porta (pelo<br />

menos até a Capcom desencantar aí um DLC<br />

que as traga de volta). Para finalizar, e se até<br />

posso gostar de ver um modo multijogador<br />

que junta PC e PS4 nos mesmos servidores,<br />

há outra coisa inconcebível: o modo<br />

Story já não é aquela deliciosa viagem<br />

pelo mundo a dar no canastro dos nossos<br />

rivais. Ao invés disso, está limitado a três ou<br />

dois combates por cada personagem, cada<br />

uma delas com diálogos e guiões mais parvos<br />

que a outra, com um voice acting muito pobre e<br />

ilustrações 2D que parecem ter sido feitas por<br />

um aluno de EVT da preparatória. Ricardo Durand<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

Mortal Kombat X, Naruto Shippuden,<br />

One Piece Burning Blood<br />

Curiosidade<br />

Sem querer, a<br />

Capcom <strong>rev</strong>elou<br />

um teaser trailer<br />

de Street Fighter V<br />

a 5 de Dezembro<br />

de 2014. Foi aí que<br />

se soube que iria<br />

ser um exclusivo<br />

para PS4 e PC.<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 13


REVIEWS<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

6<br />

7<br />

7<br />

9<br />

Diálogos tirados dos filmes<br />

Quantidade de personagens<br />

Falta modo multi<strong>play</strong>er<br />

Repetitivo<br />

Jogabilidade em veículos<br />

EDITORA<br />

TT GAMES<br />

DISTRIBUIDORA<br />

UPLOAD DISTRIBUTION<br />

PLATAFORMA<br />

PS4, PS3, PS VITA,<br />

XBOX 360, XBOX ONE,<br />

NINTENDO 3DS, WII U,<br />

MAC E PC<br />

SITE<br />

LEGO.COM<br />

PREÇO<br />

€59,99 (PS4, XBOX ONE),<br />

€49,99 (PS3, XBOX 360,<br />

WII U), €39,99 (PS VITA, 3DS),<br />

€29,99 (PC, PELO STEAM)<br />

PONTO FINAL<br />

Para os grandes fãs, não<br />

há nada melhor que ter<br />

um grande jogo LEGO, cheio<br />

de personagens para jogar e<br />

dezenas de cenários cheios<br />

de peças de segredos para<br />

descobrir. O problema<br />

é que, apesar de estarmos<br />

na presença de um título<br />

muito bom, há coisas que<br />

a TT Games teima em não<br />

mudar e que o acabam por<br />

tornar muito repetitivo.<br />

LEGO AVENGERS<br />

HERÓIS UNIDOS NA DESTRUIÇÃO. E NA REPETIÇÃO.<br />

Ofilão de jogos LEGO que se baseia<br />

em filmes não esgota. Guerra das<br />

Estrelas, Indiana Jones, Harry Potter,<br />

Senhor dos Anéis, Parque Jurássico e DC<br />

foram alguns dos universos recriados nas<br />

pequenas peças para montar daquele<br />

que é reconhecido como o brinquedo<br />

mais vendido do Mundo. O universo Marvel<br />

não foge a esta realidade e tem aqui o seu<br />

segundo jogo do género, depois de Super<br />

Heroes em 2013. Três anos, e alguns filmes,<br />

depois a receita continua a mesma: muitos<br />

níveis com vários objectos para partir usando<br />

várias personagens e conseguir, assim,<br />

milhares de peças que nos vão dar pontos.<br />

É como o bolo de laranja da nossa avó: já o<br />

comemos há anos, sabe sempre ao mesmo,<br />

mas já não passamos sem ele. Contudo, a<br />

TTGames esforça-se sempre por adicionar<br />

um ou outro ingrediente para melhorar<br />

os seus jogos LEGO e continuar a cativar<br />

jogadores. Dois desses “ingredientes” que<br />

temos de destacar são a dezena de novos<br />

hubs de jogo e a interacção entre as duas<br />

personagens de jogo, que se juntam para<br />

desencadear um ataque demolidor que<br />

aniquila vários inimigos de uma só vez.<br />

Em relação aos hubs, quando em LEGO<br />

Marvel Super Heroes tínhamos o Helicarrier<br />

e Nova Iorque como cenários para explorar<br />

à vontade, e com muitos segredos para<br />

descobrir e desbloquear, agora estas zonas<br />

têm uma maior preponderância. Aos dois<br />

hubs que já havia no primeiro jogo juntam-se<br />

cenários como Washington, Asgard, Malibu<br />

(casa de férias de Tony Stark), a quinta da<br />

família Barton (Hawkeye) ou África do Sul<br />

(um dos cenários de A Era de Ultron, o mais<br />

recente filme Avengers). Esta multiplicidade<br />

de hubs traz-lhe mais longevidade, uma vez<br />

que nos dão mais missões, minijogos e cubos<br />

dourados para descobrir.<br />

A sua presença também é facilmente<br />

explicável, já que o game<strong>play</strong> deste título<br />

baseia-se em seis filmes com a chancela da<br />

Marvel que saíram nós últimos anos:<br />

14/ PCGUIAPLAY/2016


COM MAIS DE 200 PERSONAGENS PARA DESBLOQUEAR, ESTE É MAIS UM<br />

JOGO LEGO QUE CONTINUA A TER UMA JOGABILIDADE ALGO IRRITANTE.<br />

o primeiro Capitão América (2011), o primeiro<br />

Vingadores (2012), Homem de Ferro 3 (2013),<br />

Thor - O Mundo das T<strong>rev</strong>as (2013), Capitão<br />

América: Soldado de Inverno (2014)<br />

e Vingadores: A Era de Ultron (2015).<br />

A presença de tantas histórias e ambientes<br />

neste jogo faz com que o mais recente LEGO<br />

baseado no universo dos super-heróis seja<br />

um dos mais completos de sempre que<br />

jogámos. Contudo, a abordagem da TT<br />

Games deveria ter seguido uma fórmula que já<br />

vimos noutros títulos, como os que referimos<br />

no princípio desta análise: em vez de misturar<br />

tudo numa timeline (que até tem um epílogo<br />

algo confuso a meio do jogo), gostávamos<br />

mais de ter visto tudo bem separadinho. Ao<br />

apresentar uma linha de acção que começa<br />

em A Era de Ultron e que nos leva a passar<br />

por todos os outros filmes para depois voltar<br />

a acabar neste, torna tudo muito confuso:<br />

vai chegar uma altura em que os fãs menos<br />

atentos da Marvel não vão saber que história<br />

estão a jogar. Com mais de 200 personagens<br />

para desbloquear e um modo principal<br />

que demora entre sete a oito horas<br />

a ficar acabar, LEGO Avengers continua a ter<br />

uma jogabilidade algo irritante. Isto nota-se<br />

de forma grave quando pilotamos uma<br />

nave ou conduzimos um automóvel, onde<br />

é preciso muita experiência para que o veículo<br />

faça aquilo que realmente queremos – pilotar<br />

motas é um verdadeiro pesadelo. Mesmo<br />

quando estamos a pé com uma personagem,<br />

a câmara por vezes parece ganhar vida<br />

própria e escolhe ângulos onde se torna<br />

impossível de controlar com precisão a nossa<br />

minifigure. A falta de um modo multi<strong>play</strong>er<br />

também já é um clássico das falhas<br />

da TT Games em jogos LEGO. Ricardo Durand<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

Qualquer jogo da série LEGO baseado em filmes<br />

Curiosidade<br />

Ao contrário<br />

de Super Heroes,<br />

que tinha diálogos<br />

originais, este<br />

jogo conta com as<br />

vozes dos actores<br />

que participaram<br />

nos filmes<br />

da Marvel nos<br />

últimos cinco anos.<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 15


REVIEWS<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

História<br />

Gráficos<br />

IA<br />

Longevidade<br />

9<br />

9<br />

9<br />

7<br />

EDITORA<br />

GEARBOX SOFTWARE<br />

DISTRIBUIDORA<br />

STEAM<br />

PLATAFORMA<br />

PC WINDOWS<br />

SITE<br />

DESERTSOFKHARAK.COM<br />

PREÇO<br />

€45,99 (STEAM)<br />

PONTO FINAL<br />

Este é um excelente jogo<br />

de estratégia que conta<br />

uma história que nos<br />

mantém agarrados até ao<br />

fim. Recomendo vivamente!<br />

HOMEWORLD<br />

DESERTS OF KHARAK<br />

ESTRATÉGIA AO MAIS ALTO NÍVEL!<br />

O<br />

jogo Homeworld original, lançado<br />

em 1999, começava com o<br />

lançamento da ‘mothership’ uma<br />

nave gigantesca que possibilitava aos<br />

habitantes do planeta desértico Kharak<br />

procurar uma nova casa, noutro planeta.<br />

A construção desta nave só foi possível<br />

devido à descoberta de um misterioso<br />

objecto repleto de tecnologia avançada no<br />

deserto, no Sul do planeta. A história de como<br />

esse objecto foi encontrado é contada em<br />

Homeworld: Deserts of Kharak, o mais recente<br />

jogo desta série, editado doze anos após o<br />

lançamento de Homeworld 2. Neste jogo de<br />

estratégia em tempo real, comandamos o<br />

Kapisi, um porta-aviões terrestre, na corrida<br />

para bater os fanáticos Gaalsien que querem<br />

impedir a todo o custo que a nossa facção<br />

encontre o objecto, e consiga a tecnologia que<br />

levará o seu povo de volta às estrelas.<br />

A personagem-chave de toda a história é<br />

Rachel S’Jet, a cientista responsável pela<br />

busca do objecto e também pela integração<br />

da tecnologia encontrada ao longo das<br />

várias missões com os sistemas dos<br />

veículos da nossa frota.<br />

Tal como acontece com os outros jogos de<br />

estratégia em tempo real, Homeworld: Desert<br />

of Kharak tem tudo que ver com a recolha<br />

de recursos e a sua transformação: por um<br />

lado, em unidades para fazer crescer o seu<br />

exército, ou repor unidades perdidas, por<br />

outro, fazer pesquisa e desenvolvimento para<br />

melhorar as unidades que já temos.<br />

No início da campanha, o jogador apenas tem<br />

à sua disposição veículos ligeiros e médios,<br />

mas à medida que o jogo vai avançando<br />

ganham-se unidades aéreas e três tipos<br />

diferentes de cruzadores pesados, capazes<br />

de receber muito mais dano, mas nem por<br />

AS OPÇÕES TÁCTICAS DADAS PELOS MAPAS SÃO MUITO<br />

INTERESSANTES, PORQUE SE PODE USAR O TERRENO<br />

COMO FORMA DE EMBOSCAR OS INIMIGOS.<br />

16/ PCGUIAPLAY/2016


Curiosidade<br />

isso com mais poder de fogo. Como em<br />

todos os jogos do género, existem unidades<br />

que não vale a pena produzir e outras que só<br />

se podem construir muito tarde – isto é uma<br />

coisa que só se descobre com o avançar<br />

da campanha.<br />

As opções tácticas dadas pelos mapas<br />

são muito interessantes, porque se pode<br />

usar o terreno como forma de emboscar<br />

os inimigos ou negar-lhes a possibilidade<br />

de dispararem sobre as nossas unidades.<br />

Na campanha single-<strong>play</strong>er, a inteligência<br />

artificial (IA) do jogo está bem programada e<br />

tenta sempre fazer uma guerra de desgaste<br />

enviando pequenas vagas de veículos para<br />

irem destruído a escolta do Kapisi ou das<br />

unidades de recolha de recursos. Muitas<br />

vezes, a IA foca toda a sua atenção no<br />

A Gearbox Software<br />

comprou os direitos<br />

do franchise dos<br />

jogos Homeworld<br />

durante um leilão<br />

que sucedeu à<br />

falência da THQ,<br />

em 2013.<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 17


HOMEWORLD: DESERTS OF KHARAK<br />

veículo de Rachel, que, se for destruído, dá<br />

uma vitória rápida à facção inimiga. Por isso,<br />

este Homeworld é tudo menos um exercício<br />

de ‘tiro ao boneco’: há que tomar decisões<br />

estratégicas e de forma rápida!<br />

Tecnicamente, a primeira coisa que salta à<br />

vista neste novo Homeworld é a qualidade<br />

dos gráficos, onde se nota que houve um<br />

grande cuidado na recriação da luz típica do<br />

deserto. As texturas dos veículos também<br />

são de uma qualidade fora de série para um<br />

HOMEWORLD: DESERTS OF KHARAK TEM<br />

APENAS TREZE MISSÕES EM SINGLE-PLAYER,<br />

MAS DEVIA TER, PELO MENOS, MAIS CINCO.<br />

jogo deste tipo. O som também está muito<br />

bem conseguido, tendo sido recuperada a<br />

cacofonia da batalha, introduzida nos jogos<br />

originais da série, em que todos tentam dizer<br />

qualquer coisa no rádio – com um tom de<br />

voz urgente e preocupado, quando a frota<br />

está a ser atacada, e com uma frieza enorme<br />

quando as coisas estão mais calmas.<br />

Estes são os aspectos positivos deste<br />

jogo. Os maus resumem-se a pormenores<br />

irritantes como o facto de algumas unidades<br />

ganharem vida própria e não obedecerem aos<br />

nossos comandos quando se quer que vão<br />

do ponto A ao ponto B. Algumas unidades<br />

aéreas ficam desorientadas, principalmente<br />

os bombardeiros que raramente lançam as<br />

18/ PCGUIAPLAY/2016


DICAS<br />

suas bombas nos sítios certos, a menos que<br />

lhes dediquemos a nossa total atenção, o<br />

que no meio de uma batalha encarniçada<br />

é um exercício difícil. Homeworld: Deserts<br />

of Kharak tem apenas treze missões na<br />

campanha single-<strong>play</strong>er, mas devia ter, pelo<br />

menos, mais cinco, já que tudo se desenrola<br />

de forma muito rápida. Jogo este tipo de<br />

títulos desde que Dune 2 iniciou o género e<br />

posso dizer que, pelos gráficos, IA e história,<br />

Homeworld: Deserts of Kahrak é um dos<br />

melhores jogos com esta mecânica que<br />

encontrei nos últimos tempos. Pedro Tróia<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

Company of Heroes, Supreme Commander<br />

1 VER TUDO DE UMA VEZ<br />

Use o mapa estratégico. Este<br />

mapa, que é activado através<br />

da barra de espaços, dá-lhe<br />

ter uma ideia de como<br />

as forças estão dispostas<br />

no mapa. o que lhe permite<br />

tomar rapidamente decisões<br />

e dar ordens mais precisas<br />

às suas unidades.<br />

2 ESCOLHA TUDO<br />

Dê dois cliques em cima de<br />

qualquer unidade para que<br />

todas as unidades desse tipo<br />

que estiverem no campo de<br />

visão sejam seleccionadas<br />

automaticamente.<br />

3 O EMP É SEU AMIGO<br />

Se estiver a ser atacado<br />

por uma grande horda de<br />

inimigos, use a bomba<br />

EMP do veículo de Rachel.<br />

Todas as unidades que<br />

estiverem no raio de acção<br />

da bomba serão desactivadas<br />

por um período de tempo.<br />

Depois pode destrui-las<br />

ou bater em retirada.<br />

4 A RACHEL TAMBÉM<br />

PERCEBE DE MECÂNICA<br />

O veículo de Rachel<br />

também pode reparar<br />

outras unidades. Mas,<br />

ao contrário dos Support<br />

Cruisers em que essa<br />

capacidade é automática,<br />

no caso do de Rachel tem<br />

de o ordenar directamente.<br />

5 CUIDADO<br />

COM O CALOR<br />

Use os níveis de energia<br />

de forma correcta e não deixe<br />

que o Kapisi sobreaqueça.<br />

6 A PRESSA É INIMIGA<br />

DA PERFEIÇÃO!<br />

Não tenha pressa em<br />

acabar as missões. Tente<br />

recolher todos os recursos<br />

na área e construir assim<br />

as suas forças. A sua frota<br />

transita de uma missão<br />

para outra – um exército<br />

bem equipado e forte é meio<br />

caminho andado para superar<br />

a missão seguinte!<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 19


REVIEWS<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

Gráficos<br />

Confuso<br />

EDITORA<br />

ELECTRONIC ARTS<br />

DISTRIBUIDORA<br />

BANDAI NAMCO<br />

PLATAFORMAS<br />

PS4, XBOX ONE, PC<br />

SITE<br />

UNRAVELGAME.COM<br />

PREÇO<br />

€19,99<br />

(PS4, XBOX ONE, PC)<br />

6<br />

9<br />

7<br />

7<br />

UNRAVEL<br />

ONDE ESTÁ O FIO DA MEADA?<br />

Jogos com personagens feitas de lã<br />

ou qualquer outro material têxtil para<br />

consolas não são propriamente uma<br />

grande novidade. Mas um jogo deste tipo<br />

lançado para PC é. Unravel segue as aventuras<br />

de Yarny, um ser feito de lã vermelha que se<br />

lança numa viagem pela Suécia, país-natal da<br />

Coldwood Interactive, a empresa responsável<br />

pelo jogo, em busca de recordações perdidas<br />

para restaurar um álbum de fotografias de<br />

uma família. No decorrer destas aventuras,<br />

Yarny vai encontrando situações mais ou<br />

menos perigosas, que normalmente envolvem<br />

a resolução de vários puzzles, e também dar<br />

de caras outros seres, como um alce<br />

ou um muitíssimo aborrecido esquilo.<br />

Tudo isto se passa num cenário bem<br />

desenhado e construído. Efectivamente, a<br />

qualidade da imagem e das texturas usadas<br />

nos cenários está ao nível das de Little Big<br />

Planet, por exemplo. Unravel é um jogo de<br />

plataformas de scroll lateral em que, para<br />

resolver as situações que vão surgindo, Yarny<br />

tem de fazer uso da lã de que é feito para criar<br />

PONTO FINAL<br />

Unravel merecia um<br />

pouco mais de cuidado na<br />

elaboração dos puzzles.<br />

Não digo que fossem mais<br />

fáceis, mas gostava de<br />

ter visto uma explicação<br />

um pouco melhor da sua<br />

mecânica. É um jogo<br />

maravilhoso para os olhos,<br />

mas para ser consumido<br />

aos poucos.<br />

20/ PCGUIAPLAY/2016


PARA RESOLVER AS SITUAÇÕES QUE VÃO SURGINDO, YARNY TEM DE FAZER USO<br />

DA LÃ DE QUE É FEITO PARA CRIAR PONTES, ROLDANAS OU PEQUENAS REDES.<br />

pontes, roldanas ou pequenas redes.<br />

A quantidade de lã que a personagem pode<br />

usar em cada nível é finita e, muitas vezes,<br />

é necessário ‘enrolar’ a lã de novo para que<br />

se possa progredir noutra secção do cenário.<br />

Aqui reside o principal problema de Unravel:<br />

é necessário testar várias soluções para se<br />

ultrapassar alguns obstáculos, pois na<br />

maioria das vezes a resolução dos problemas<br />

é tudo menos evidente – nestas alturas nunca<br />

é, sequer, dada uma pequena dica. Isto faz<br />

com que o jogo se torne frustrante e, em<br />

certas vezes, mesmo aborrecido.<br />

E aqui não há cenário maravilhoso que o safe.<br />

Este é um daqueles jogos que, apesar<br />

de terem um apelo indiscutível, não podem<br />

ser jogados muito tempo de cada vez,<br />

porque por vezes dá mesmo vontade de<br />

aplicar um golpe de karaté ao teclado.<br />

Unravel não é um jogo absolutamente inédito,<br />

mas é suficientemente diferente para merecer<br />

algum do nosso tempo, apesar de achar<br />

que a mecânica dos puzzles podia estar<br />

mais bem explicada e, em certos casos,<br />

mais bem construída. Pedro Tróia<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

Little Big Planet<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 21


REVIEWS<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

8<br />

9<br />

9<br />

10<br />

História cativante<br />

Grafismo<br />

Longevidade<br />

Jogabilidade exigente<br />

para novos jogadores<br />

EDITORA<br />

FIRAXIS<br />

DISTRIBUIDORA<br />

TAKE-TWO INTERACTIVE<br />

PLATAFORMA<br />

PC<br />

SITE<br />

XCOM.COM<br />

PREÇO<br />

€49,99 (STEAM)<br />

PONTO FINAL<br />

XCOM 2 é o título perfeito<br />

para quem gosta de jogos<br />

de estratégia por turnos,<br />

mas prepare-se para um<br />

dos títulos mais exigentes<br />

dos últimos tempos,<br />

especialmente se for<br />

a primeira vez que joga<br />

um título desta saga.<br />

XCOM 2<br />

OS TURNOS ESTÃO<br />

DE VOLTA!<br />

XCOM: Enemy Unknown (ou XCOM:<br />

UFO Defense) de 1994 é um daqueles<br />

títulos capazes de moldar a forma de<br />

ser de qualquer jogador, como era apanágio<br />

nos grandes títulos da extinta Microprose. O<br />

relançamento deste título, em 2012, <strong>rev</strong>elou<br />

ser o sucesso que a Firaxis precisava para<br />

conseguir lançar uma nova série de sucesso,<br />

que não estivesse associada ao universo<br />

Civilization, e ao seu criador Sid Meier.<br />

Com a chegada de XCOM 2, a Firaxis<br />

consegue assim dar continuidade ao título<br />

que reavivou o género de jogos de estratégia<br />

por turnos, com uma história cativante,<br />

uma acção viciante e decisões que serão<br />

fundamentais para a progressão do jogo,<br />

22/ PCGUIAPLAY/2016


EM XCOM 2, E AO CONTRÁRIO DE TODOS OS RESTANTES<br />

TÍTULOS DA SAGA, SOMOS NÓS QUE TEMOS O FACTOR<br />

SURPRESA DO NOSSO LADO, PELO QUE É FUNDAMENTAL<br />

CRIAR EMBOSCADAS PARA SE SER BEM-SUCEDIDO.<br />

e que são capazes de moldar totalmente o<br />

resultado de longas horas de jogo.<br />

Em XCOM 2 descobrimos que não fomos<br />

capazes de impedir a invasão alienígena<br />

e que o Terra tem vivido sob um regime<br />

totalitário durante os últimos vinte anos.<br />

Voltamos a assumir o papel de Comandante,<br />

mas desta vez temos nas nossas mãos<br />

o controlo de uma força rebelde que<br />

tem resistido ao domínio alienígena que,<br />

infelizmente, está bem mais forte devido a<br />

experiências que têm realizado com seres<br />

humanos. A utilização de uma nave de<br />

carga alienígena como base transformada,<br />

a Avenger, é o ponto de partida para a nossa<br />

campanha de recuperação do domínio<br />

global, face à força opositora dos Advent.<br />

Para tal, temos de seguir o plano de acção<br />

dos títulos anteriores, realizar missões que<br />

têm como objectivo eliminar todas as tropas<br />

dos Advent, recuperar itens para pesquisa,<br />

capturar corpos para autópsias e, em<br />

algumas missões, fazer salvamentos a VIP,<br />

como engenheiros ou cientistas.<br />

Dentro da Avenger teremos de fazer evoluir a<br />

nossa base, reforçando a equipa de pesquisa<br />

com a contratação de mais cientistas,<br />

melhorar o laboratório de engenharia para<br />

criarmos novas armas, armaduras e outros<br />

objectos, e reforçar a parte de pesquisa,<br />

com o lançamento de novos satélites para<br />

aumentar a cobertura das comunicações<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 23


XCOM 2<br />

com as diversas forças de resistência,<br />

espalhadas por todo o globo.<br />

Recorrendo ao Unreal Engine, o grafismo<br />

é bastante agradável, e as melhorias<br />

introduzidas face ao título anterior tornam<br />

a acção mais simples e eficaz, sem que isso<br />

influencie a facilidade do título, uma vez que<br />

as missões requerem uma nova abordagem<br />

que, para alguns, poderá ser mais exigente.<br />

Ao contrário do passado, agora somos<br />

nós que temos que passar despercebidos<br />

pelas forças Advent, devendo sempre<br />

evitar os locais marcados no mapa<br />

a vermelho, que farão com que a presença<br />

das nossas tropas seja notada, eliminando<br />

assim toda e qualquer hipótese de realizar<br />

uma emboscada. Como se isto não<br />

bastasse, para tornar a acção ainda<br />

mais exigente, certas missões têm<br />

um limite de turnos, obrigando-nos<br />

a estudar muito bem toda a estratégia,<br />

que estará em modo de contrarrelógio. Outra<br />

novidade peculiar, face aos títulos anteriores<br />

da série, é a humanização dada aos<br />

soldados, que poderão ser personalizados<br />

tanto em termos de nome (é possível atribuir<br />

o nome de “heróis” da Firaxis, mas que<br />

elimina a obtenção de objectivos), com<br />

de classes (Sharpshooter, Ranger,<br />

Grenadier e Specialist) e o tipo de evolução<br />

que poderão ter dentro das suas classes.<br />

Toda esta evolução faz com que a morte<br />

24/ PCGUIAPLAY/2016


DICAS<br />

7 DICAS MILITARES PARA DEFINIR<br />

ESTRATÉGIAS INFALÍVEIS<br />

1 A ARTE DA EMBOSCADA<br />

Uma vez que as nossas forças estão em número<br />

inferior (com pouco armamento e protecção),<br />

é fundamental usar o factor surpresa<br />

para fazer emboscadas às forças Advent.<br />

2 PRECISÃO NAS ALTURAS<br />

Durante uma missão em que tem de flanquear<br />

o inimigo, aproveite o topo das estruturas<br />

ou dos edifícios para aumentar a precisão<br />

nos disparos das suas tropas.<br />

3 CUIDADO COM O HACKING<br />

Embora inicialmente seja divertido fazer hacking<br />

a certos sistemas electrónicos, por vezes é<br />

demasiado arriscado. Isto pode virar-se contra<br />

si: chama a atenção das forças Advent para a sua<br />

localização precisa e activa as torres armadas.<br />

4 SAIBA QUANDO TEM DE DESISTIR<br />

Não é nenhuma desonra reconhecer que as suas<br />

hipóteses de sucesso foram por água abaixo.<br />

O ideal é salvar as suas tropas e pedir para ser<br />

recolhido. Para tal, apenas precisa de encontrar<br />

um espaço livre (como o topo de um edifício)<br />

e requisitar uma extracção.<br />

5 PROVING GROUNDS<br />

É FUNDAMENTAL<br />

Durante o início do jogo, a construção do Proving<br />

Ground na sua base deve ser uma das suas prioridades,<br />

pois esta permitirá melhorar<br />

significativamente as suas armas.<br />

6 LABORATÓRIO PSI<br />

Só com a criação do laboratório de Psi é que<br />

vai poder oferecer aos seus soldados formação<br />

capaz de fazer frente aos ataques de controlo<br />

de mente das formas Advent.<br />

7 A IMPORTÂNCIA<br />

DA CIÊNCIA E ENGENHARIA<br />

Não espere e contrate quanto antes cientistas e<br />

engenheiros (através de missões específicas, por<br />

exemplo) à medida que vai jogando. Estes serão<br />

fundamentais para acelerar a pesquisa de novas<br />

armas, armaduras e tecnologias para equilibrar<br />

as suas forças com as dos Advent.<br />

(ou o ferimento grave) de um dos nossos<br />

soldados acabe por tornar toda a<br />

operação mais difícil, uma vez que os<br />

investimentos feitos no mesmo terão<br />

de ser novamente aplicados na criação<br />

e desenvolvimento de outro militar.<br />

Para tornar o jogo ainda mais original,<br />

a Firaxis melhorou o sistema gerador de<br />

mapas que impede que o mesmo cenário se<br />

repita. Como ponto negativo, existe apenas<br />

um: o desempenho inconstante do jogo, bem<br />

como dos elevados tempos de loading no<br />

início e final de cada nível. Pedro Tróia<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

XCOM: Enemy Unknown, Civilization V<br />

Curiosidade<br />

A série XCOM é a<br />

primeira da Firaxis onde<br />

Sid Meier não esteve<br />

envolvido. Contudo, Jake<br />

Solomon, designer-chefe<br />

da série, é conhecido por<br />

ser o protegido de Sid<br />

Meier, que já em 2003<br />

lhe tinha dado uma<br />

oportunidade para<br />

recuperar a série XCOM.<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 25


REVIEWS<br />

THE SIMS 4<br />

GET<br />

TOGETHER<br />

VIVA A VIDA (VIRTUAL)<br />

DE OUTRA MANEIRA!<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

8<br />

8<br />

8<br />

9<br />

Novos cenários<br />

Novos modos de interacção<br />

Preço para uma expansão<br />

EDITORA<br />

MAXIS<br />

DISTRIBUIDORA<br />

ELECTRONIC ARTS<br />

PLATAFORMA<br />

PC<br />

SITE<br />

THESIMS.COM<br />

PREÇO<br />

€39,99 (ORIGIN)<br />

PONTO FINAL<br />

Get Together é a expansão<br />

mais completa e interessante<br />

do último título da saga The<br />

Sims, com um mapa muito<br />

detalhado, novidades que<br />

transformam o jogo (para<br />

melhor) e muitos extras para<br />

decorar a sua casa.<br />

Tal como tem acontecido com os<br />

anteriores títulos da saga, The Sims 4<br />

acaba de receber mais uma expansão,<br />

desta vez com o nome Get Together.<br />

À semelhança do que ocorreu no passado<br />

(Showtime em The Sims 3, Nightlife em The<br />

Sims 2 e House Party em The Sims), esta<br />

actualização permite-nos relacionar de forma<br />

totalmente distinta com outras personagens<br />

do jogo, através da criação de clubes, de<br />

actividades em grupo e de um novo mapa:<br />

Windenburg. Este tem a particularidade de<br />

ser um dos mais detalhados de sempre,<br />

graças ao estilo europeu clássico, tendo<br />

disponível em si cenários como ruínas por<br />

explorar, piscinas naturais, cafés, discoteca,<br />

pubs, uma mansão assombrada. Há até um<br />

monstro marinho, que só pode ser visto num<br />

local próprio e com alguma sorte, bem ao<br />

estilo do que acontece no Lago Ness.<br />

Outra semelhança com as anteriores<br />

expansões referidas é o facto de podermos<br />

enveredar pelo mundo da música e dança,<br />

podendo realizar festas tanto na discoteca,<br />

como em casa, num pub ou nas ruínas.<br />

A parte dos clubes é uma das mais<br />

interessantes desta expansão: é possível<br />

criar um clube onde os membros partilharão<br />

os seus interesses, personalidades ou<br />

estilos, existindo a possibilidade de criar<br />

rivalidades entre clubes.<br />

Nestes grupos poderá levar a cabo as suas<br />

ideias mais absurdas, como obrigar os<br />

membros a andarem sempre vestidos como<br />

cachorros quentes ou a dançarem nus à volta<br />

de uma fogueira. Para os adeptos da criação,<br />

estão disponíveis 350 novos objectos, bem<br />

como as obrigatórias roupas necessárias<br />

para que os Sims tirem partido das novas<br />

funcionalidades, como sair à noite para as<br />

festas. Gustavo Dias<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

SimCity, Cities: Skylines<br />

JUNTO À PISCINA NATURAL, NAS RUÍNAS, PODERÁ OBSERVAR<br />

O MAR E, COM ALGUMA SORTE, VISLUMBRAR O MONSTRO<br />

MARINHO QUE PERCORRE AQUELAS ÁGUAS,<br />

À SEMELHANÇA DO QUE ACONTECE NO LAGO NESS.<br />

26/ PCGUIAPLAY/2016


TEMA DE CAPA<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

8<br />

9<br />

8<br />

8<br />

Passa-se na pré-história<br />

Gráficos<br />

Algo igual aos outros<br />

jogos da série<br />

EDITORA<br />

UBISOFT<br />

DISTRIBUIDORA<br />

UBISOFT<br />

PLATAFORMA<br />

PS4, XBOX ONE, PC<br />

SITE<br />

UBISOFT.COM<br />

PREÇO<br />

€69,99 (PS4/XBOX ONE),<br />

€59,99 PC<br />

FAR CRY PRIMAL<br />

O REGRESSO À IDADE DA PEDRA!<br />

PONTO FINAL<br />

Far Cry Primal é um bom<br />

jogo, a história é original.<br />

Quantos jogos passados<br />

na pré-história conhece?<br />

Os gráficos são excelentes<br />

e as personagens bem<br />

construídas. No entanto,<br />

sabe um pouco ao mesmo<br />

que os outros.<br />

F<br />

ar Cry, (2004), o primeiro jogo da<br />

Critek, foi um marco na história dos<br />

videojogos pelos gráficos muito<br />

à frente no seu tempo, e pela mecânica que,<br />

pela primeira vez num FPS puro, permitia<br />

ao jogador optar por ser furtivo e matar<br />

o mínimo de inimigos, ou entrar ‘à cowboy’ e<br />

transformar a ilha onde se passava<br />

o jogo num imenso cemitério.<br />

No entanto, apesar de apresentar esta opção<br />

ao jogador, o Far Cry original era muito linear.<br />

As versões seguintes foram alteradas e<br />

adoptaram uma mecânica tipo ‘sandbox’, ou<br />

de mundo aberto, que permitia ao jogador<br />

levar a cabo as missões pela ordem que<br />

quisesse, o que dava uma impressão<br />

de liberdade total de movimentos.<br />

Far Cry 2 passava-se em África e Far Cry 3<br />

levava-nos a uma ilha dominada por um<br />

psicopata chamado Vaas Montenegro;<br />

finalmente, Far Cry 4 ruma aos Himalaias<br />

num jogo em que a nossa personagem tem<br />

de combater Pagan Min, auto-intitulado rei,<br />

que também é psicopata.<br />

Tirando os psicopatas e os mundos abertos,<br />

o que liga todos os jogos da série são os<br />

gráficos fora de série com reproduções<br />

fidelíssimas do terreno e de (alguns) animais.<br />

28/ PCGUIAPLAY/2016


Far Cry Primal é igual aos anteriores,<br />

mas também completamente diferente,<br />

pelo simples facto de se passar na Idade<br />

da Pedra. Não há tecnologia avançada,<br />

espingardas de precisão capazes de eliminar<br />

os inimigos a centenas de metros<br />

de distância ou helicópetros, e outros<br />

veículos, que nos levem do ponto A ao ponto<br />

B em segundos. Aqui, a comida tem de ser<br />

caçada e as armas são construídas a partir<br />

de paus e de pedras.<br />

A acção passa-se há dez mil anos, num<br />

vale imaginário chamado Oros que está<br />

cheio de florestas, aldeias e quedas de água.<br />

Este mundo está muito bem reproduzido:<br />

a luz passa pelas copas das árvores de<br />

uma forma tão realista que, em certas<br />

alturas, parece mesmo uma foto tirada num<br />

qualquer bosque real.<br />

Outra coisa que chama a atenção é<br />

quantidade de animais pré-históricos como<br />

os mamutes ou os tigres dentes de sabre que<br />

vagueiam por Oros. Aliás Far Cry Primal é o<br />

jogo da série com mais animais. No geral,<br />

este é talvez o mundo de Far Cry mais bem<br />

conseguido de sempre.<br />

A nossa personagem chama-se Takkar,<br />

um membro da tribo Wenja, que luta para<br />

Curiosidade<br />

Toda a fauna<br />

que aparece<br />

no jogo é baseada<br />

em animais que já<br />

existiram mesmo.<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 29


FAR CRY PRIMAL<br />

NO GERAL, ESTE É TALVEZ<br />

O MUNDO DE FAR CRY MAIS<br />

BEM CONSEGUIDO DE SEMPRE.<br />

devolver à sua tribo o esplendor de outrora.<br />

Nos diálogos de Far Cry Primal não vai ouvir<br />

uma única palavra em inglês, ou qualquer<br />

outro idioma conhecido. A Ubisoft, em<br />

conjunto com uma equipa de linguistas,<br />

desenvolveu uma língua completamente<br />

nova capaz de se assemelhar a algo que<br />

os nossos antepassados pré-históricos<br />

falariam. Por isso, todo o jogo é legendado.<br />

Em termos de história, Far Cry diverge<br />

também dos outros títulos da série, pelo<br />

facto de não ter um vilão como Pagan Min,<br />

de Far Cry 4, ou Vaas Montenegro, de Far Cry<br />

3. Isto pode ser um ponto contra, visto que a<br />

máxima do cinema também se aplica aqui:<br />

‘Um bom vilão faz uma boa história’.<br />

Em vez do vilão, os argumentistas da Ubisoft<br />

decidiram criar duas tribos para o substituir:<br />

os Udam que são canibais e os Izlia que<br />

veneram o fogo. Estas duas tribos serão<br />

os principais obstáculos à progressão de<br />

Takkar. Para os combates ou para caçar,<br />

o protagonista tem de construir as suas<br />

próprias armas - mocas, arcos, flechas<br />

e lanças com ponta de pedra. Uma das<br />

capacidades de Takkar é a possibilidade de<br />

domesticar animais que depois se tornam<br />

seus aliados em combate ou para transporte.<br />

30/ PCGUIAPLAY/2016


No início só consegue usar este dom em<br />

animais pequenos, mas mais tarde pode<br />

aplicá-lo a mamutes ou a tigres.<br />

Far Cry Primal vai buscar uma solução<br />

para substituir os binóculos a Game of<br />

Thrones: a possibilidade que Takkar tem de<br />

usar animais para ver os acampamentos<br />

inimigos à distância. Assim, é possível enviar<br />

uma coruja a uma base inimiga para ver a<br />

disposição das forças e marcar os inimigos.<br />

Tal como nos outros jogos da série, em Far<br />

Cry Primal, os jogadores podem fazer as<br />

missões pela ordem que quiserem.<br />

Far Cry Primal é um Far Cry típico, só que<br />

se passa na Pré-História. Estão lá todos os<br />

elementos que fizeram deste franchise um<br />

grande sucesso. Os gráficos são fora de série<br />

e a mecânica de jogo está muito bem oleada:<br />

acabar com os inimigos com uma lança ou<br />

com uma moca a arder é refrescante. Mas,<br />

para quem jogou outros títulos da série, a<br />

familiaridade com os outros jogos pode<br />

traduzir-se num sentimento de ‘mais do<br />

mesmo’. Ainda assim, recomendo vivamente!<br />

Pedro Tróia<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

Far Cry 4, Just Cause, Fallout 4<br />

Curiosidade<br />

Em Far Cry Primal<br />

são faladas<br />

três línguas<br />

imaginárias: Wenja,<br />

Udam e Izila<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 31


FAR CRY PRIMAL<br />

DICAS<br />

8 DICAS PARA DOMINAR O<br />

AMBIENTE HOSTIL DA IDADE<br />

DA PEDRA<br />

1 TUDO O QUE MEXE QUER COMÊ-LO!<br />

Não se esqueça de que, na Idade da Pedra, os humanos<br />

ainda não estavam no topo da cadeia alimentar, por isso<br />

tudo o que mexe quer comê-lo. Literalmente! Por isso,<br />

mantenha-se sempre em movimento!<br />

2 OS OUVIDOS SÃO SEUS AMIGOS<br />

Em Oros não há carros ou aviões, por isso vai conseguir<br />

ouvir os animais ou inimigos a aproximarem-se. Se<br />

puder, jogue com auscultadores, para poder tirar o<br />

máximo partido da qualidade sonora do jogo.<br />

3 CUIDADO COM O ESCURO<br />

À noite todos os animais saem para caçar em Oros.<br />

Por isso, não se aventure muito depois do pôr-do-sol.<br />

4 NÃO SE ESQUEÇA DA CORUJA<br />

Se quiser atacar um acampamento inimigo sem fazer<br />

grande alarido terá que usar a coruja para marcar a<br />

posição dos inimigos e objectos que podem ser úteis<br />

durante o seu ataque.<br />

5 ACTUALIZE A SUA SAÚDE PRIMEIRO<br />

E SÓ DEPOIS PASSE AO RESTO<br />

Como tudo é agressivo neste mundo, a saúde e a<br />

resistência têm de estar no máximo para que consiga<br />

aguentar os ataques dos animais selvagens ou inimigos<br />

humanos. Quando a saúde estiver alta é que deve passar<br />

ao resto das habilidades, como a possibilidade<br />

de domesticar animais.<br />

6 TODOS OS ANIMAIS TÊM<br />

CARACTERÍSTICAS DIFERENTES<br />

Quando consegue domesticar as várias criaturas que<br />

habitam Oros vai reparar que cada uma delas consegue<br />

fazer coisas diferentes. Por exemplo, os ursos vão-lhe<br />

buscar recursos se estiver parado, o jaguar consegue<br />

atacar os inimigos sem os alertar. Por isso, use<br />

o animal certo para a ocasião certa.<br />

7 JUNTE O MÁXIMO<br />

DE RECURSOS POSSÍVEL<br />

Em 10 mil A.C., os seres humanos eram caçadores-<br />

-recolectores, por isso terá de o ser também em Far Cry<br />

Primal. Recolha o máximo de recursos possível para que,<br />

quando for preciso, consiga construir armas, ou outros<br />

objectos, sem problemas.<br />

8 MANTENHA AS ARMAS<br />

NA CAPACIDADE MÁXIMA<br />

Tenha sempre flechas, lanças e mocas de reserva antes<br />

de entrar em combate ou de explorar Oros. Não há nada<br />

mais aborrecido que tentar matar um canibal com as<br />

mãos vazias...<br />

32/ PCGUIAPLAY/2016


OS GRÁFICOS SÃO FORA DE SÉRIE E A MECÂNICA<br />

DE JOGO ESTÁ MUITO BEM OLEADA:<br />

ACABAR COM OS INIMIGOS COM UMA LANÇA<br />

OU COM UMA MOCA A ARDER É REFRESCANTE.<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 33


REVIEWS<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

9<br />

8<br />

8<br />

8<br />

POKKÉN TOURNAMENT<br />

BANDAI NAMCO E NINTENDO REINVENTARAM<br />

TODO UM CONCEITO DE LUTAS!<br />

Combates<br />

Diversão<br />

Multijogador<br />

Gráficos<br />

EDITORA<br />

NINTENDO<br />

DISTRIBUIDORA<br />

NINTENDO<br />

PLATAFORMA<br />

WII U<br />

SITE<br />

NINTENDO.PT<br />

PREÇO<br />

€69,99<br />

PONTO FINAL<br />

Para quem é fã dos<br />

Pokémon e adorava vê-los<br />

a lutar nos torneios, este<br />

é um jogo obrigatório.<br />

Há muito tempo que a comunidade<br />

sonhava ver os Pokémon a lutarem<br />

entre si, em vez de entrarem em<br />

ginásios confinados apenas aos seus jogos.<br />

A espera chegou ao fim com este novo<br />

título que nos coloca ao comando do nosso<br />

“animal” preferido. Com ele, vamos entrar<br />

numa entusiasmante aventura onde teremos<br />

de o treinar e preparar para entrarmos nos<br />

maiores torneios de luta entre Pokémon.<br />

Em primeiro lugar temos de começar a<br />

praticar os movimentos e os ataques.<br />

Aconselhamos a praticar muito, porque cada<br />

ataque tem o seu movimento específico.<br />

Outro aspecto que há a ter em conta é a<br />

escolha do vosso Pokémon, pois cada um<br />

tem movimentos e poderes especiais que se<br />

adequam a situações específicas.<br />

Além do modo ‘Practice’ o jogo oferece mais<br />

quatro modos de jogo: ‘Single Battle’, onde<br />

jogamos contra a IA do próprio jogo; ‘Forum<br />

League’, uma liga especial de torneios;<br />

‘Local Battle’, onde podemos lutar contra<br />

os nossos amigos numa única consola; e<br />

‘Online Battle’, para entrar quando estivermos<br />

bem treinados e onde vamos competir<br />

com jogadores de todo o mundo. Também<br />

existe um local no jogo chamado My Town,<br />

onde podemos ver os nossos recordes,<br />

equipar o nosso lutador, alterar o avatar que<br />

inicialmente selecionámos e muito mais. O<br />

jogo é mais divertido com outros jogadores,<br />

mas as opções que nos permitem lutar<br />

sozinhos permitem-nos treinar ao máximo a<br />

nossa personagem, por isso são as melhores<br />

soluções iniciais. Pode parecer muito<br />

TODOS OS AMIIBOS EXISTENTES NO MERCADO PODEM SER<br />

ACTIVADOS NO JOGO, POR ISSO NÃO SE PREOCUPEM SE NÃO<br />

TIVEREM O PIKACHU OU OUTRA FIGURA.<br />

34/ PCGUIAPLAY/2016


REVIEWS<br />

THE LEGEND OF<br />

ZELDA: TWILIGHT<br />

PRINCESS HD<br />

UMA AVENTURA INESQUECÍVEL<br />

QUE É SEMPRE<br />

BOM RECORDAR!<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

9<br />

9<br />

9<br />

9<br />

História<br />

Longevidade<br />

Dungeons<br />

Amiibos<br />

EDITORA<br />

NINTENDO<br />

DISTRIBUIDORA<br />

NINTENDO<br />

PLATAFORMA<br />

WII U<br />

SITE<br />

NINTENDO.PT<br />

PREÇO<br />

€69,99<br />

PONTO FINAL<br />

Twilight Princess<br />

é uma das melhores<br />

aventuras da série<br />

e garante uma generosa<br />

longevidade.<br />

36/ PCGUIAPLAY/2016


Twilight Princess foi um dos grandes<br />

jogos lançados para Nintendo<br />

Gamecube e que, desde cedo, marcou<br />

uma geração de fãs das aventuras de Link,<br />

o herói da saga. A presença do seu cavalo<br />

Epona, da enorme quantidade de cavernas<br />

(as míticas Dungeons, repletas de perigos)<br />

e de objectos valiosos para descobrir, foram<br />

motivos suficientes para elevar o estatuto<br />

do jogo ao de ‘obrigatório’ em qualquer<br />

colecção. A aventura começa com um<br />

Link mais velho que tem de entregar uma<br />

oferenda à princesa Zelda, no castelo de<br />

Hyrule. O que parecia uma entrega normal<br />

<strong>rev</strong>ela-se, na verdade, o começo de uma<br />

grande aventura para a nossa personagem,<br />

tudo porque a vila onde estamos hospedados<br />

antes de iniciarmos a nossa caminhada é<br />

invadida de estranhas criaturas.<br />

Na sequência disto, Link é sugado para<br />

uma zona chamada Twilight. Depois de<br />

uma atribulada viagem conhecemos Midna,<br />

uma criatura que nos irá acompanhar ao<br />

longo de toda a nossa nova aventura. Nesta<br />

nova dimensão Link tem a capacidade de<br />

se transformar em lobo e é Midna que o irá<br />

ajudar a ultrapassar alguns obstáculos, ao


THE LEGEND OF ZELDA TWILIGHT PRINCESS HD<br />

DICAS<br />

mesmo tempo que nos guia. O objectivo<br />

é conseguir devolver a luz à dimensão em<br />

que estamos envolvidos, devolver a nossa<br />

forma humana e a harmonia a Hyrule.<br />

Nesta reedição para a Wii U, a Nintendo<br />

acrescentou a compatibilidade com os<br />

Amiibos, existindo alguns específicos que<br />

conseguem desbloquear cavernas e novas<br />

aventuras. Apesar do conteúdo extra muito<br />

bem-vindo, existem alguns problemas<br />

com os Amiibos – esperamos que sejam<br />

eliminados numa próxima actualização.<br />

The Legend of Zelda: Twilight Princess HD<br />

é uma excelente aventura preparada os fãs:<br />

dá-nos um óptimo pretexto para regressar<br />

a Hyrule e tem uma grande longevidade,<br />

que vai garantir muitas horas de diversão.<br />

Luís Andrade<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

Xenoblade Chronicles X<br />

LINK COM UM TOQUE<br />

DE VIGARISTA!<br />

1 GANHE UMAS BORLAS<br />

Se tiver o equipamento certo (incluindo uma ou<br />

mais garrafas vazias) é possível arrecadar uma<br />

Heart ou Lantern Potion. Quando estiver de<br />

visita ao Forest Temple, use o Coodoo e o<br />

teleporte no exterior. Vá até ao vendedor<br />

e despeje o item que ele lhe vender numa<br />

garrafa vazia. Se tentar fugir sem pagar vai ser<br />

perseguido por um pássaro, no entanto pode<br />

teletransportar-se para dentro do templo e<br />

ficar com a poção sem pagar.<br />

2 ATORDOE O GANONDORF<br />

Durante a batalha final entre Link e Ganondorf,<br />

equipe-se com a cana de pesca e agite-a. Isto<br />

deve atordoá-lo o suficiente para que se deixe<br />

atingir com alguns golpes.<br />

3 ASSASSINO DE PÁSSAROS!<br />

Se quer ganhar algum dinheiro-extra de forma<br />

fácil enquanto viaja pelo campo de Hyrule,<br />

atinja os bandos de pássaros. O boomerang<br />

Gale e o Z-Targetting permitem-lhe arrastá-<br />

-los para perto e, assim, serem mortos com a<br />

espada. Eliminar o bando inteiro vai fazer cair<br />

uma recompensa de 50 rupees do céu.<br />

4 SEJA A GALINHA<br />

Ao contrário dos antigos jogos Zelda, atingir<br />

repetidamente galinhas com a espada não vai<br />

fazer com que elas o ataquem. Em vez disso,<br />

o jogador ganha controlo sobre a galinha por<br />

tempo limitado.<br />

5 REBENTAMENTO DE BALÕES<br />

No lago Hylia pode entrar num jogo como<br />

lobo (fale com o pássaro junto ao canhão do<br />

lago), em que o objectivo é rebentar balões de<br />

fruta. Foque-se no recorde de dez mil pontos<br />

rebentando apenas balões de morango. Deve<br />

conseguir atingir esta marca mesmo antes de<br />

terminar o jogo.<br />

A AVENTURA<br />

COMEÇA COM UM<br />

LINK MAIS VELHO<br />

QUE TEM DE<br />

ENTREGAR UMA<br />

OFERENDA<br />

À PRINCESA ZELDA,<br />

NO CASTELO DE<br />

HYRULE.<br />

6 SALVE O JOGO<br />

Se quiser guardar o jogo num momento especifico<br />

numa masmorra, use o Oocoo para se<br />

teletransportar para o exterior e depois grave.<br />

Quando recomeçar, teletransporte-se para<br />

dentro da masmorra para o ponto onde saiu,<br />

em vez de ser forçado a começar do início.<br />

7 SURPRESA NA LOJA DE BOMBAS<br />

Vá até à Bomb Shop em Kakariko e enquanto<br />

estiver lá dentro, acenda a sua lanterna. Vai<br />

receber um aviso do vendedor. Acenda a vela<br />

novamente para receber uma pequena surpresa.<br />

38/ PCGUIAPLAY/2016


PROTEJA OS SEUS<br />

DADOS INFORMÁTICOS!<br />

Somos um laboratório especializado em<br />

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Garantimos um serviço de excelência, e total<br />

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REVIEWS<br />

SÉBASTIEN LOEB<br />

RALLY EVO<br />

CONDUZIR COM O PROFESSOR!<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

7<br />

8<br />

8<br />

9<br />

Nascido a 24 de Fevereiro de 1974,<br />

Sébastien Loeb é um dos franceses<br />

mais conhecidos do mundo dos<br />

ralis. À semelhança do falecido Colin McRae,<br />

o gaulês ganhou agora destaque no mundo<br />

dos videojogos com um título que convida<br />

o jogador a conhecer mais de perto a sua<br />

carreira desportiva. O jogo começa pelo<br />

desafio de iniciados, mas antes explica-nos a<br />

sua mecânica e a ligação com Loeb.<br />

São muitas as opções de corridas que temos<br />

à nossa disposição, mas como se costuma<br />

dizer, o início é para “partir pedra”. Esta é a<br />

fase essencial para aprender a guiar um carro<br />

de rali, começar a vencer alguns dos desafios<br />

e amealhar dinheiro para a aquisição de<br />

Modo carreira longo<br />

Variedade de automóveis<br />

Sébastien Loeb<br />

como professor<br />

Curva de aprendizagem<br />

na jogabilidade<br />

EDITORA<br />

BANDAI NAMCO<br />

DISTRIBUIDORA<br />

BANDAI NAMCO<br />

PLATAFORMA<br />

PS4, XBOX ONE, PC<br />

SITE<br />

SEBASTIENLOEBRALLYEVO.COM<br />

PREÇO<br />

€59,99 (PC), €69,99<br />

(PS4, XBOX ONE)<br />

PONTO FINAL<br />

Sébastien Loeb é um dos<br />

pilotos de rali de referência<br />

no desporto automóvel<br />

mundial e há muito tempo<br />

que merecia ver o seu<br />

nome num videojogo que<br />

relatasse a sua carreira<br />

desportiva.<br />

40/ PCGUIAPLAY/2016


O JOGO COMEÇA PELO DESAFIO DE INICIADOS, MAS ANTES<br />

EXPLICA-NOS A SUA MECÂNICA E A LIGAÇÃO COM LOEB.<br />

automóveis melhores, para termos mais<br />

hipóteses de vencer corridas.<br />

Como novidade, existe a hipótese de alugar<br />

um carro em vez de o comprar, opção que<br />

acaba por ser bastante útil no início da<br />

carreira. Além de conquistarmos cada uma<br />

das corridas, o objectivo do jogo é subir ao<br />

primeiro posto do ranking e alcançar o último<br />

desafio: uma verdadeira experiência com<br />

Sébastien Loeb. É aqui que vamos conduzir<br />

em alguns dos melhores cenários que o jogo<br />

nos oferece, como Monte Carlo e Finlândia,<br />

duas das mais consagradas etapas do FIA<br />

World Rally Championship.<br />

Em termos de jogabilidade, Sébastien Loeb<br />

Rally EVO não é um jogo fácil. A curva de<br />

aprendizagem, mesmo no nível de dificuldade<br />

inicial, pode tornar-se bastante frustrante:<br />

também notámos alguns problemas<br />

ao nível dos gráficos. Contudo, quem<br />

gosta de carros e deste género de jogos,<br />

consegue ultrapassar estas situações com<br />

perseverança e alcançar o “nirvana” da<br />

condução com algumas horas de treino.<br />

É impossível conseguirmos comparar este<br />

título com os Colin McRae, porque são<br />

muito diferentes.<br />

Mas convém recordar que os jogos do<br />

Escocês Voador começaram por ser<br />

verdadeiros simuladores de ralis como este<br />

primeiro de Sébastien Loeb. Por isso mesmo<br />

aconselhamos Rally EVO a quem gosta de<br />

desafios e é fã deste piloto. Luís Andrade<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

Gran Turismo 6, WRC 5, Project C.A.R.S.<br />

Curiosidade<br />

O jogo tem mais de<br />

300 km de circuitos,<br />

oito competições,<br />

cinco pistas de<br />

rallycross, a pista<br />

de Pikes Peak e mais<br />

de 50 modelos de<br />

automóveis de rali.<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 41


REVIEWS<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

9<br />

8<br />

7<br />

8<br />

GRAVITY RUSH<br />

REMASTERED<br />

UM DOS JOGOS MAIS ACLAMADOS DA PS VITA CHEGA,<br />

FINALMENTE, A UM PÚBLICO MAIS VASTO, NO “PALCO”<br />

PRINCIPAL DA SONY. SERÁ ESTE MAIS UM GRANDE<br />

POLIMENTO TÉCNICO DA BLUEPOINT GAMES?<br />

Mecânicas<br />

gravitacionais sublimes<br />

Originalidade artística<br />

Combate<br />

demasiado simplificado<br />

Linearidade dos inimigos<br />

EDITORA<br />

SONY COMPUTER<br />

ENTERTAINMENT<br />

DISTRIBUIDORA<br />

SONY SCEE<br />

PLATAFORMA<br />

PS4<br />

SITE<br />

PLAYSTATION.COM<br />

PREÇO<br />

€29,99<br />

PONTO FINAL<br />

A Sony está a deixar morrer<br />

a PS Vita. Assim, é com<br />

júbilo que vemos um IP<br />

tão interessante como<br />

Gravity Rush a aparecer<br />

na mainstream PS4.<br />

Com uma sequela a caminho,<br />

Hekseville merece uma visita<br />

tanto dos novos jogadores,<br />

como de que já tenha jogado<br />

Gravity Rush na sua<br />

versão portátil.<br />

Ojogo, lançado originalmente em<br />

2012 na PS Vita, remete-nos para<br />

a história de Kat, que sem saber<br />

quem é, ou como chegou a Hekseville,<br />

dá por si no limiar de uma aventura<br />

fantástica, cheia de emoções e perigos. Kat<br />

vê-se presa numa rede de acontecimentos<br />

que a levam a tornar-se a heroína de que a<br />

cidade precisa, quer para combater os Nevy<br />

(os inimigos da cidade), quer para desvendar<br />

e resolver os mistérios por detrás dos<br />

acontecimentos que estão a levar a cidade ao<br />

cataclismo. Ao longo desta jornada, a jovem<br />

é acompanhada por Dusty, um gato espacial<br />

que dá poderes a Kat. Estes permitem-lhe<br />

flutuar e alterar a gravidade pela cidade de<br />

Hekseville, que está subdividida<br />

em distritos, cada um com a sua temática.<br />

Nesta nova versão de Gravity Rush<br />

é importante salientar que a Bluepoint<br />

Games fez um trabalho sublime na<br />

adaptação do jogo para o comando<br />

DualShock 4 (os controlos são confortáveis<br />

e intuitivos) e para tirar todo o proveito do<br />

portento técnico da PS4. A narrativa principal<br />

não é muito extensa, mas existem desafios<br />

espalhados por Hekseville<br />

que acabam por estender um pouco<br />

a longevidade do jogo. A história acaba algo<br />

prematuramente, sobretudo tendo em conta<br />

a parte final da trama. Felizmente, a sequela<br />

está a caminho e nela iremos, certamente,<br />

encontrar respostas que nos vão permitir<br />

fechar o primeiro capítulo de Gravity Rush<br />

com “chave de ouro”. Carlos Vaz<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

Okami, Beyond Good and Evil<br />

42/ PCGUIAPLAY/2016


HYRULE<br />

WARRIORS:<br />

LEGENDS<br />

A COMBINAÇÃO PREFEITA<br />

DE DOIS MUNDOS,<br />

ORIGINALMENTE LANÇADA<br />

PARA A NINTENDO WII U,<br />

CHEGA À NINTENDO<br />

3DS RECHEADA<br />

DE NOVIDADES.<br />

H<br />

yrule Warriors: Legends aparece<br />

como um marco técnico na consola<br />

portátil da Nintendo. Esta nova<br />

versão da “aliança” entre Zelda e a séries<br />

Warrior mostra-se em toda a sua excelência<br />

na 3DS, mas não vem sozinha. Além do<br />

jogo em si, Hyrule Warriors inclui o acesso a<br />

uma grande quantidade de DLC que foram<br />

lançados para Wii U. Se comprarem Hyrule<br />

Warriors: Legends pela componente de<br />

exploração característica de Zelda, este<br />

não será, provavelmente, o jogo indicado.<br />

Neste spin-off somos lançados para um jogo<br />

de acção que só não é mais um Dynasty<br />

Warriors porque nos mostra personagens<br />

que já conhecemos do universo Zelda. Mas<br />

será que isto é mau? Claro que não: o jogo<br />

é uma lufada de ar fresco, ou melhor, uma<br />

nova receita para fazer algo excepcional com<br />

ingredientes que já conhecemos.<br />

Sendo este um Musou Game, ou seja, um<br />

jogo concebido no formato das séries<br />

Warriors, vamos progredindo de batalha em<br />

batalha, enquanto enfrentamos hordas de<br />

inimigos. Contudo, o sistema de combate é<br />

simplificado o suficiente para que qualquer<br />

pessoa se integre facilmente nestas lutas<br />

assimétricas. Não obstante, os combates<br />

continuam excessivamente longos –<br />

desenganem-se todos aqueles que pensavam<br />

que esta seria uma experiência light. A falta de<br />

portabilidade do progresso feito na Nintendo<br />

Wii U para a 3DS é uma das maiores falhas<br />

de Hyrule Warriors: Legends. Se já<br />

jogaram a primeira versão e querem<br />

jogar também esta, preparem-se para<br />

refazer grande parte das missões.<br />

Visualmente, o jogo é um pouco penalizado<br />

pelas fracas capacidades da consola.<br />

Apesar disto, Hyrule Warriors: Legends<br />

não deixa de surpreender tecnicamente<br />

e acaba mesmo por se tornar uma<br />

referência na 3DS. Carlos Vaz<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

Série Dynasty Warriors,<br />

One Piece: Pirate Warriors 2<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

EDITORA<br />

KOEI TECMO<br />

DISTRIBUIDORA<br />

NINTENDO<br />

PLATAFORMA<br />

NINTENDO 3DS<br />

SITE<br />

NINTENDO.PT<br />

PREÇO<br />

€39,99<br />

9<br />

7<br />

8<br />

9<br />

Quantidade de conteúdo<br />

adicionado<br />

Lutas de grande escala<br />

que levam a Nintendo<br />

3DS ao limite<br />

Falta de portabilidade<br />

de progresso desde<br />

a versão Wii U<br />

PONTO FINAL<br />

Com a inclusão das novas<br />

mecânicas, juntamente<br />

com uma base bastante<br />

sólida deixada por Hyrule<br />

Warriors da Wii U e com<br />

todo o conteúdo extra<br />

presente nesta edição, este<br />

jogo é muito interessante<br />

para os fãs do universo<br />

The Legend of Zelda, mas<br />

também para quem tenha<br />

uma Nintendo 3DS.<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 43


REVIEWS<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

6<br />

6<br />

7<br />

6<br />

Modo on-line agradável<br />

Representação fiel do anime<br />

História linear<br />

Repetitividade dos inimigos<br />

EDITORA<br />

ARTDINK<br />

DISTRIBUIDORA<br />

BANDAI NAMCO<br />

PLATAFORMA<br />

PS4, PS3, PS VITA<br />

SITE<br />

BANDAI-NAMCO.COM<br />

PREÇO<br />

€69,99 (PS4, PS3); €41,99<br />

(PS VITA)<br />

PONTO FINAL<br />

Sword Art Online: Lost Song<br />

quer ser uma representação<br />

merecedora do anime, mas<br />

desleixa-se ao permitir<br />

alguns dos pecados<br />

habituais do género, como a<br />

repetitividade dos inimigos<br />

ou a falta de uma história<br />

mais complexa.<br />

SWORD ART ONLINE:<br />

LOST SONG<br />

UM VIDEOJOGO DE UM<br />

ANIME SOBRE OUTRO...<br />

JOGO. CONFUSO?<br />

E<br />

stamos em 2022. A realidade virtual<br />

já não é uma tecnologia exótica e os<br />

VRMMORPG (Virtual Reality Massive<br />

Multi<strong>play</strong>er Online Role Playing Game)<br />

estão na ordem do dia. Através deles os<br />

jogadores ficam completamente imersos<br />

na história. No entanto, na primeira iteração<br />

pública de Sword Art Online (logo após o<br />

término da Beta) os jogadores deparam-se<br />

com a falta de um botão de log-off e ficam<br />

aprisionados no jogo. Apenas os mais fortes<br />

serão capazes de chegar ao boss final e<br />

sair do jogo; quem morrer pelo caminho,<br />

morre também na vida real. É ao longo<br />

desta jornada que conhecemos Kirito, a<br />

protagonista do anime e do videojogo em<br />

análise. Avançando na história do anime,<br />

após todos os acontecimentos e emoções<br />

de Sword Art Online, aparece Alfheim Online,<br />

uma nova versão do VRMMORPG onde não<br />

há a hipótese de deixar os jogadores presos<br />

e a lutar pela sob<strong>rev</strong>ivência. Vai ser em<br />

Alfheim Online que Sword Art Online: Lost<br />

Song nos situa, mais concretamente em<br />

Svart Alfheim, onde temos de progredir de<br />

masmorra em masmorra, enquanto vamos<br />

espremendo todos as novidades que o jogo<br />

tem para oferecer. Neste, podemos encontrar<br />

grande parte do elenco principal do anime<br />

e existem ainda personagens novas que se<br />

irão integrando no nosso grupo, ao longo<br />

da aventura. Contudo, se há ponto onde o<br />

jogo prima é no fan-service, sempre latente<br />

durante a nossa estada em Svart Alfheim.<br />

Desde HUD iguais aos do anime, até à própria<br />

concepção das criaturas, não esquecendo os<br />

ataques das personagens, Sword Art Online:<br />

Lost Song foi desenhado para agradar aos<br />

fãs. No entanto, os ambientes são muito<br />

despidos e, embora a densidade de criaturas<br />

no mapa seja quase sempre elevada,<br />

aparecem com pouca variedade e tornam<br />

os combates repetitivos. Carlos Vaz<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

Série Tales of, Dragon Quest VIII<br />

44/ PCGUIAPLAY/2016


TALES<br />

OF ZESTIRIA<br />

UM JRPG QUE DEIXA UM GOSTO BASTANTE<br />

FAMILIAR A TODOS OS FÃS.<br />

T<br />

ales of Zestiria apresenta-se como o<br />

décimo quinto jogo da série, no ano<br />

em que são comemoradas as vinte<br />

primaveras da saga. As linhas em que o jogo<br />

opera são conhecidas, mas não ao ponto<br />

de serem repetitivas ou chatas.<br />

É um voltar a casa, num cenário diferente,<br />

é certo, mas natural e reconfortante.<br />

Nesta nova aventura somos apresentados a<br />

Sorey, um bondoso humano que habita Elysia,<br />

uma aldeia de Seraphims. Os Seraphims são<br />

seres com feições humanas, que estão para<br />

Tales of Zestiria como os Spirit estavam para<br />

capítulos anteriores da franquia. Esta raça, que<br />

tem ligações aos elementos, apenas pode ser<br />

vista por humanos com forte ressonância.<br />

Sorey, o protagonista, tem uma peculiar<br />

fixação pela arqueologia, fixação esta<br />

que nos levará a percorrer as vastas terras<br />

de Glenwood, continente onde a trama se<br />

desenrola. O ambiente remete-nos para a<br />

disparidade entre as paisagens coloridas,<br />

repletas de vida e as dungeons com cores<br />

mais escuras. Esta situação confronta-nos<br />

com a eterna luta entre o bem e o mal, entre<br />

a luz e a sombra. No entanto, uma luz brilha<br />

ao fundo do túnel. A lenda de um guerreiro<br />

capaz de combater as t<strong>rev</strong>as, denominado de<br />

Shepard, corre de boca em boca. Esta lenda<br />

está gravada num livro sagrado, o Celestial<br />

Record, livro este chama de imediato<br />

a atenção de Sorey.<br />

A predestinada aventura de Sorey leva-nos<br />

numa jornada de amadurecimento,<br />

acompanhados desde o início por Mikleo,<br />

um Seraphim do elemento água e, mais tarde,<br />

por outras personagens chave, como Alisha,<br />

que pertence a uma das famílias reais de<br />

Glenwood. As mecânicas de combate estão<br />

aprimoradas, sendo que as lutas se intercalam<br />

com a restante jogabilidade de uma forma<br />

natural. Durante as lutas, uma nova habilidade,<br />

o Kamui, foi acrescentada e permite<br />

agora que duas personagens de diferentes<br />

tipos façam um ataque combinado.<br />

No departamento sonoro, somos<br />

presenteados com uma composição de Motoi<br />

Sakuraba, que acompanha cada situação<br />

de Tales of Zestiria de uma forma acertada.<br />

Apesar do jogo ser entregue em três versões,<br />

todas elas vêm bloqueadas a 30 fps.<br />

Na vertente gráfica o jogo cumpre, mas não<br />

se destaca. No entanto, este não é um jogo<br />

que aspira a ser o pináculo gráfico da sua<br />

geração, dando mais valor a uma narrativa<br />

que consegue prender os fãs. Carlos Vaz<br />

Se gosta deste jogo, sugerimos:<br />

Tales of Vesperia, Tales of Symphonia<br />

JOGABILIDADE<br />

GRÁFICOS<br />

SOM<br />

LONGEVIDADE<br />

EDITORA<br />

BANDAI NAMCO<br />

DISTRIBUIDORA<br />

BANDAI NAMCO<br />

PLATAFORMA<br />

PS4, PS3, PC<br />

SITE<br />

BANDAINAMCOENT.EU<br />

PREÇO<br />

59,99€<br />

PONTO FINAL<br />

Com Tales of Zestiria,<br />

os fãs vão sentir-se<br />

em casa, quer a nível<br />

de jogabilidade, quer<br />

a nível visual.<br />

7<br />

7<br />

8<br />

8<br />

História cativante<br />

Excelente banda sonora<br />

de Motoi Sakuraba<br />

Problemas<br />

de desempenho gráfico<br />

Movimentação<br />

confusa da câmara<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 45


ESPECIAL<br />

SimCity 5<br />

LONGE VÃO<br />

OS TEMPOS EM<br />

QUE O MAC ERA<br />

TÃO DIFERENTE<br />

DE UM PC QUE<br />

OS ÚNICOS<br />

JOGOS QUE<br />

EXISTIAM ERAM<br />

ADAPTAÇÕES<br />

DOS JOGOS<br />

PARA WINDOWS,<br />

MUITAS VEZES<br />

DE QUALIDADE<br />

DUVIDOSA.<br />

Diablo III<br />

Aadopção pela Apple de uma<br />

plataforma Intel para o hardware<br />

aproximou muito<br />

os computadores da marca da maçã<br />

dos PC tradicionais, o que levou também<br />

a que as editoras começassem<br />

a desenvolver jogos para Mac.<br />

Outro factor que contribuiu para esta<br />

aproximação foi a chegada da loja on-line<br />

de jogos Steam ao Mac: isto criou um meio<br />

fácil para os programadores distribuírem<br />

os seus títulos em todas as plataformas, ao<br />

mesmo tempo. De seguida chegou a Origin,<br />

a loja digital da Electronic Arts; a Blizzard<br />

também passou a disponibilizar alguns dos<br />

seus jogos para o Mac OS. Depois, existem<br />

alguns jogos conhecidos como EVE Online<br />

que também estão disponíveis<br />

independentemente destas lojas.<br />

A verdade é esta: existem cada vez mais<br />

jogos para Mac e as adaptações estão cada<br />

vez mais bem-feitas; no entanto, ainda há<br />

um longo caminho a percorrer para que o<br />

Mac chegue ao peso que o Windows tem<br />

no mercado dos videojogos. Perante este<br />

panorama há que falar um pouco sobre<br />

como jogar em Mac, o que fazer, ou não, para<br />

se ter uma boa experiência de jogo<br />

se for um fan boy da “maçã”.<br />

COMPRAR UM MAC<br />

PARA JOGAR: O ESSENCIAL<br />

A primeira coisa que tem de ter em atenção<br />

é a de que o Mac é uma plataforma muito<br />

mais restritiva que o PC, muito por culpa<br />

da mentalidade de ‘produto acabado’ que a<br />

Apple incute nos seus produtos. Isto torna<br />

um pouco mais difícil a obtenção e instalação<br />

de actualizações para o hardware. Outro<br />

problema está no preço. Os Mac são bem<br />

mais caros que os PC com configurações<br />

equivalentes. Por outro lado, existe sempre o<br />

Boot Camp (ver caixa), o software que permite<br />

usar o Windows num Mac e assim usar<br />

praticamente todos os jogos, com resultados<br />

surpreendentemente bons. Se quiser um Mac<br />

para jogar esqueça os Mac Mini, MacBook Air<br />

ou os novos MacBook. Todos estes modelos<br />

não têm GPU dedicado e, por isso, faltam-<br />

46/ PCGUIAPLAY/2016


Total War<br />

Sims 4 StarCraft 2 Half Life 2<br />

-lhes capacidades de processamento gráfico<br />

que permitam usar algo mais que o Solitário<br />

ou a primeira versão de Doom.<br />

Doom<br />

MAC PRO<br />

Depois há o Mac Pro, a workstation da Apple,<br />

o seu topo de gama. Esta máquina tem um<br />

preço (cerca de 3500 euros, base)<br />

a condizer com o seu estatuto, isto sem<br />

contar com monitor, teclado ou rato.<br />

O Mac Pro traz placas gráficas AMD FirePro<br />

desenhadas especialmente para caberem<br />

no seu chassis. Os discos são SSD e os<br />

processadores são Intel Xeon, desde os<br />

quad até aos 12-core.<br />

Se tiver um excelente orçamento<br />

e gostar muito de Mac, esta é a<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 47


JOGAR NO MAC<br />

Civilization V<br />

Portal 2 XCOM 2 LEGO Batman<br />

máquina a comprar. Ainda assim, se for para<br />

jogar, deve ir para a versão de quatro núcleos,<br />

porque não tem ganho praticamente nenhum<br />

se escolher a de doze.<br />

MACBOOK PRO<br />

Os MacBook Pro trazem gráficas Nvidia,<br />

processadores Intel Core i5 e conseguem<br />

executar a maioria dos jogos, embora<br />

em alguns casos, como por exemplo<br />

Call of Duty, em resoluções que ficam<br />

abaixo da resolução óptima do painel do<br />

computador. Se quiser um MacBook Pro<br />

para jogar, o modelo ideal é o de 15 polegadas<br />

com o processador mais potente (o de topo<br />

é um i7 a 2,5GHz) que conseguir encaixar<br />

dentro do seu orçamento. Aqui, prepare-se<br />

para gastar quase 2800 euros.<br />

iMAC<br />

Ficam bem em cima de qualquer secretária<br />

e têm ecrãs com resoluções fora de série<br />

(5120x2880, a que a Apple chama 5K).<br />

As gráficas são AMD Radeon R9<br />

com 2 ou 4 GB de memória gráfica dedicada<br />

e os processadores vão até ao Core i7<br />

a 4 GHz, nenhum com menos de 8 GB<br />

de memória RAM. No entanto, e apesar<br />

de estarem bem equipados, a altíssima<br />

resolução faz com que, para que se tenha<br />

uma experiência de jogo confortável, se tenha<br />

de configurar os jogos para uma resolução<br />

mais baixa, 2560x1440. Um bom iMac para<br />

jogar pode custar cerca de 3000 euros.<br />

Actualizações nos Mac: mito ou realidade?<br />

Tirando o Mac Pro, nenhum computador da<br />

Apple é de actualização fácil. Se antigamente<br />

havia portas para aceder à memória RAM,<br />

nos MacBook Pro actuais é necessário,<br />

agora, remover toda a peça traseira para<br />

se conseguir fazer alterar a configuração<br />

do hardware. E nem é possível abri-los<br />

facilmente porque a Apple começou, há anos,<br />

a usar parafusos especiais que só conseguem<br />

ser removidos com uma chave própria. No<br />

caso dos iMac mais recentes é possível fazer<br />

uma actualização à memória RAM porque<br />

existe uma pequena porta junto à base. De<br />

48/ PCGUIAPLAY/2016


Tomb Raider<br />

resto, para mudar o disco, por exemplo, é<br />

necessário remover o ecrã, o que deve ser<br />

feito por profissionais.<br />

PERIFÉRICOS PARA GAMING<br />

O teclado e o rato do Mac servem<br />

perfeitamente para esc<strong>rev</strong>er e navegar<br />

na Internet, mas para jogar nem por isso!<br />

A grande maioria dos ratos e teclados feitos<br />

especialmente para jogos são compatíveis<br />

com Mac e, depois de os ligar, só tem que ir<br />

aos sites respectivos para descarregar<br />

os drivers para OS X. Se estiver a usar o<br />

Windows com o BootCamp, faça o download<br />

dos drivers para o sistema operativo da<br />

Microsoft. Pedro Tróia<br />

COMO FAÇO PARA CORRER JOGOS WINDOWS NO MAC?<br />

O Boot Camp permite a instalação do Windows 8, 8.1 e 10 no Mac<br />

o que faz com que se possam usar jogos Windows em modo nativo.<br />

Esta solução é interessante e existem vários tutoriais no site da Apple para<br />

o ajudar na instalação e configuração: veja nos links apple.co/1Y4H2oP<br />

e apple.co/21Jv85R. O Boot Camp é gratuito, mas o Windows não.<br />

A versão Home custa 135 euros. Existem também alguns programas<br />

de virtualização que prometem grande desempenho, mas aqui temos<br />

de ser bastante claros: esqueça esta opção. Não há nada como ter todos<br />

os recursos da máquina à disposição para correr jogos.<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 49


ESPECIAL<br />

PROGRAMADO<br />

EM PORTUGAL<br />

A<br />

tecnologia<br />

é uma das áreas em que Portugal tem dado<br />

provas e é frequente exportarmos software desenvolvido<br />

cá. Os jogos não são excepção e há já vários estúdios<br />

portugueses a ter sucesso pelo mundo, tanto no mercado das<br />

aplicações, como no do gaming puro e duro. Conheça alguns<br />

estúdios que programam em terras lusas e que já são um exemplo<br />

de sucesso, mesmo que não ganhem milhões.


GOJIRA<br />

O projecto mais famoso deste estúdio, Munin, começou como<br />

um projecto de estudantes em 2011. André Silva e João<br />

Rodrigues tinham terminado um curso de design de jogos<br />

onde apresentaram um pequeno protótipo de um título que<br />

estavam a preparar como trabalho final. Pouco depois foram<br />

contactados por um dos professores do curso e dono da Gojira,<br />

António Saraiva, que lhe propôs transformar o protótipo<br />

num jogo completo. Assim, juntaram forças com uma equipa<br />

composta por programadores da Gojira, conhecidos dos dois<br />

recém-licenciados, com o objectivo de terminar uma demo<br />

melhorada que lhes permitisse encontrar investimento. Só em<br />

2013, depois de uma participação bem-sucedida à Gamescom,<br />

é que António Saraiva conseguiu chamar a atenção da<br />

editora Daedalic Entertainment, que mostrou interesse em<br />

publicar o jogo. Munin chegou ao Steam (onde ainda hoje se<br />

encontra disponível para download) no dia 10 de Junho de<br />

2014, depois de muito trabalho e noites<br />

sem dormir. O jogo é pensado para quem<br />

gosta de puzzles: uma menina de nome<br />

Munin decidiu ir dar um passeio e descobriu<br />

que conseguia transformar pilares em<br />

pontes. A história baseia-se na mitologia<br />

nórdica, em que Munin é um mensageiro<br />

do deus Odin. Para resolver os puzzles é<br />

necessário mover o ambiente, de modo<br />

a criar pontes, transformar paredes em<br />

chão ou abrir novas passagens. Este jogo<br />

é composto por um total de 77 níveis em<br />

nove mundos diferentes.<br />

PLATAFORMAS: PC, Mac, Android,<br />

iOS e Windows Phone<br />

NERD MONKEYS<br />

Especializado em jogos móveis, este estúdio nasceu pelo<br />

mão de Filipe Pina, criador do “falecido” Under Siege, um jogo<br />

cujo orçamento rondou os 1,4 milhões de euros, mas que<br />

por diversos contratempos acabou por não ter a resposta<br />

mediática esperada. Quando Pina começou a Nerd Monkeys<br />

já tinha no currículo jogos como Toy Shop Tycoon (o primeiro<br />

jogo para Nintendo criado em Portugal e distribuído em todo<br />

o mundo). O jogo Crime no<br />

Hotel Lisboa desenvolvido<br />

pelo estúdio, disponível na<br />

App Store e na Google Play,<br />

tem tido uma resposta muito<br />

positiva e em Dezembro do<br />

ano passado foi considerado<br />

um dos melhores jogos<br />

de aventura de 2015 pelo<br />

site Phone Arena. Este é<br />

um videojogo inspirado nas<br />

clássicas aventuras dos anos<br />

80 e 90 e adopta um design<br />

típico da época, tendo sido<br />

criado inteiramente usando<br />

a técnica pixel art. A história<br />

é sobre um crime estranho<br />

que ocorreu no Hotel Lisboa:<br />

um homem cometeu suicídio<br />

com catorze facadas nas<br />

costas, ao mesmo tempo que tomava tranquilamente o seu<br />

último café. O caso foi entregue à dupla de detectives Inspector<br />

Zé e Robot Palhaço. É aqui que entra o jogador, que tem<br />

de encontrar as pistas para resolver o crime. O jogo é ainda<br />

animado por piadas “secas”, que na realidade acabam por ser<br />

engraçadas e bem-humoradas.<br />

PLATAFORMAS: Android e iOS<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 51


PROGRAMADO EM PORTUGAL<br />

BICA STUDIOS<br />

Fundada em 2013 pela mão de Nuno Folhadela e Miguel<br />

Tomás, a Bica Studios foi a responsável pelo desenvolvimento<br />

do jogo para plataformas móveis, SmashIt! Adventures,<br />

que, entretanto, recebeu a sequela Smash Time. A ideia<br />

para criar este jogo nasceu de uma análise de mercado que<br />

permitiu aos fundadores perceber a ausência de ‘smashers’:<br />

jogos em que se partem, esmagam e escavam coisas.<br />

Este tipo de jogo é caracterizado por ser simples e fácil<br />

de aprender. Foi assim que Nuno e Miguel decidiram<br />

desenhar a série Smash. Depois do êxito de Smash IT!,<br />

a Bica conseguiu um acordo com um grupo de investidores<br />

portugueses que se tornaram donos de parte da<br />

empresa. Os dois criativos usaram o dinheiro das negociações<br />

para desenvolver a sequela Smash Time, com<br />

o objectivo de fazer do jogo um campeão de vendas. A<br />

gigante King (editora do Candy Crush Saga) ainda tentou<br />

comprar o jogo, mas os fundadores não o venderam. Os<br />

45 níveis de Smash Time opõem os jogadores aos Blarguinis,<br />

inimigos que aprisionaram os animais do planeta:<br />

para os derrotar é preciso esmagá-los com a ponta do<br />

dedo. É preciso usar mesmo o dedo no ecrã para esmagar os<br />

inimigos, bastando um toque, pontaria e acertar no momento.<br />

A ideia da equipa é continuar a acrescentar novos conteúdos:<br />

personagens, desafios e integração com as redes sociais.<br />

PLATAFORMAS: Android, iOS e Windows Phone<br />

NERD MONKEYS<br />

A Tio Atum desenvolveu em menos de quatro anos, seis jogos<br />

para plataformas móveis que ultrapassaram os dois milhões<br />

de downloads. A equipa é constituída por apenas duas pessoas,<br />

Afonso Cordeiro e Miguel Rafael, que já fazem jogos há<br />

alguns anos e se juntaram em 2012 para criar a empresa.<br />

A banda sonora dos jogos tem ficado a cargo de outro amigo:<br />

Miguel Cintra. Apesar de estarem mais focados em jogos<br />

móveis, a equipa está a desenvolver o seu primeiro jogo para<br />

PC e consolas, chamado Greedy Guns. Este já esteve disponível<br />

uma versão beta para teste, mas neste momento não<br />

é possível descarregar a demo. Apesar de já estar garantido<br />

que o jogo vai chegar ao PC ainda, não se sabe que consolas<br />

vão receber Greedy Guns. Este é um jogo de plataformas com<br />

muitos tiros, inspirado nos antigos Gunstar Heroes, Metal<br />

Slug e Contra. A equipa não precisou de investimento externo<br />

para trabalhar neste jogo e fizeram tudo com os rendimentos<br />

obtidos dos jogos on-line. Os seis jogos da Tio Atum que já<br />

estão disponíveis no Google Play e na App Store são Bloody<br />

Epic, Super Bit Dash, Madman Drop – Queda do Maluco, Fruit<br />

Monkeys e Naseball Jam. Todos esses jogos são gratuitos<br />

e os rendimentos surgem das compras na app<br />

e da publicidade.<br />

PLATAFORMAS: Android e iOS, em b<strong>rev</strong>e em PC e consolas


DAVID<br />

AMADOR<br />

Sem pertencer a um estúdio, David Amador criou sozinho<br />

o jogo Quest of Dungeons. Depois de durante anos<br />

ter feito jogos, tanto para empresas como nos seus<br />

tempos livres, conquistou um certo estatuto na<br />

comunidade de jogadores portugueses. Durante o ano<br />

em que desenvolveu Quest of Dungeons, David foi<br />

partilhando os progressos do jogo nas redes sociais e nos<br />

fóruns. Quando ficou satisfeito com o resultado, criou um<br />

trailer e mandou-o para o Steam. Poucos dias depois de ter<br />

enviado o jogo, este foi aprovado para a loja. O jogo<br />

baseia-se na história de um senhor das t<strong>rev</strong>as que roubou<br />

a luz, luz esta que deve ser recuperada pelo jogador.<br />

Uma das particularidades do jogo é que os níveis são todos<br />

diferentes e nunca se repetem.Depois do Steam David<br />

Amador lançou o jogo para plataformas móveis, primeiro<br />

em iOS e depois em Android. Agora também já está na Xbox.<br />

David Amador desenvolveu tudo a solo, usando o dinheiro<br />

que foi ganhando com o jogo.<br />

PLATAFORMAS: Android, iOS, PC, Mac e Xbox<br />

DSQUARE GAMES<br />

The Inner Sea é um jogo que já deu provas no Steam Greenlight<br />

e que deverá chegar à loja do Steam em b<strong>rev</strong>e. Trata-se<br />

de um jogo em mundo aberto com elementos de RPG, passado<br />

durante o século XVII num arquipélago misterioso.<br />

Os jogadores têm de criar uma frota partindo de um único<br />

navio danificado, contratar tripulação, envolver-se em batalhas<br />

navais, tanto com pessoas das ilhas como com criaturas<br />

do oceano, e realizar missões.<br />

O produtor deste jogo<br />

é Ivo Duarte, que, antes<br />

de fundar o seu projecto,<br />

trabalhou com a Massive<br />

Entertainment na produção<br />

do jogo The Division. A sua<br />

carreira começou como<br />

programador em vários<br />

estúdios e durou sete anos,<br />

tendo passado por vários<br />

países. Colaborou ainda em<br />

jogos como Kung Fu Panda<br />

2 e Jambo! Safari. Por fim<br />

decidiu virar-se para o Indie.<br />

Ao seu lado tem Antoine<br />

Dekerle, que começou a<br />

trabalhar em 2004 na produção de séries de televisão como<br />

Skyland e Mikido. Na indústria dos jogos já participou em títulos<br />

como A Idade do Gelo 3, Dead Space Extraction e Bullet<br />

Run. A presença na loja do Steam poderá lançar a empresa e<br />

trazer-lhe a visibilidade de que precisa para crescer mais.<br />

PLATAFORMA: PC<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 53


HARDWARE<br />

ASUS GX 700<br />

O ROG GX 700 É O PRIMEIRO COMPUTADOR<br />

PORTÁTIL COMERCIAL COM UM SISTEMA DE<br />

REFRIGERAÇÃO A LÍQUIDO.<br />

MEDIÇÕES<br />

CONSTRUÇÃO<br />

PREÇO / QUALIDADE<br />

Desempenho<br />

Construção<br />

Preço<br />

4<br />

2,8<br />

0,5<br />

Os sistemas de refrigeração a líquido<br />

são muito mais eficazes que os<br />

tradicionais, por conseguirem dissipar<br />

quantidades muito maiores de energia<br />

térmica. Isto faz com sejam os favoritos<br />

de muitos overclockers que querem<br />

puxar ao máximo pelos componentes<br />

das suas máquinas.<br />

No entanto, devido ao seu volume e<br />

quantidade de peças necessárias, até agora<br />

estavam limitados aos computadores<br />

desktop. Em Setembro de 2015, a Asus<br />

apresentou na IFA o ROG GX 700, aquele que<br />

é o primeiro computador portátil comercial<br />

com um sistema de refrigeração a líquido.<br />

Este modelo foi pensado, precisamente,<br />

para o mercado dos overclockers e de quem<br />

quer jogar em qualquer lado sem que seja<br />

preciso fazer grandes concessões na<br />

qualidade dos gráficos. O GX 700 é um<br />

computador portátil com ecrã UHD<br />

(3480x2160 px) de 17,4 polegadas<br />

com tecnologia G-Sync da Nvidia.<br />

O processador é um Intel Core<br />

i7 6820HK que funciona a<br />

2,7 GHz, podendo<br />

chegar aos 3,6 em modo Turbo, mas que<br />

está desbloqueado atingir uma velocidade<br />

máxima de 4,1 GHz. O mesmo se passa<br />

com a GPU GTX 980 da Nvidia, que pode ser<br />

acelerada até aos 1,4 GHz, e que tem 8 GB<br />

de memória GDDR 5 dedicada. A memória<br />

RAM do sistema é composta por quatro<br />

módulos de 16 GB DDR4 a 2800 MHz, o que<br />

perfaz um total de 64 GB. O armazenamento<br />

é composto por dois SSD de 512 GB<br />

em RAID 0, perfazendo 1 TB de espaço.<br />

Estas unidades são NVM Express, ou seja,<br />

ligam-se directamente ao bus PCI Express<br />

para obter o máximo de<br />

DISTRIBUIDORA<br />

ASUS<br />

SITE<br />

ASUS.PT<br />

PREÇO<br />

€4499<br />

54/ PCGUIAPLAY/2016


desempenho possível. As ligações físicas<br />

incluem três entradas USB 3.0, uma USB<br />

Type-C, uma Thunderbolt 3, uma HDMI 2.0,<br />

uma Mini Dis<strong>play</strong>Port 1.3 e um leitor de<br />

cartões de memória SD. Para a utilização de<br />

rede com fios existe uma entrada Ethernet<br />

Gigabit. As ligações sem fios são Bluetooth<br />

4.0 e Wi-Fi, até à norma 802.11ac. O sistema<br />

de refrigeração a líquido é composto por<br />

uma doca que agrupa todo o hardware<br />

necessário para fazer funcionar o sistema,<br />

como a bomba, radiadores e ventoinhas.<br />

Quando o computador está instalado na<br />

doca, os tubos que conduzem o líquido<br />

são ligados automaticamente e o sistema<br />

começa a funcionar sem qualquer<br />

intervenção do utilizador. A única coisa<br />

diferente no funcionamento do GX 700<br />

enquanto está ligado na doca<br />

é o desbloqueio das funcionalidades<br />

de overclocking manual. Quando o GX700<br />

está a funcionar fora da doca, comporta-se<br />

como um portátil normal, usando até uma<br />

fonte de alimentação mais pequena e fácil de<br />

transportar para carregar a bateria.<br />

O Asus ROG GX700 é todo feito em<br />

alumínio com uma montagem muito bem<br />

conseguida, sem folgas ou peças soltas.<br />

Mas não é perfeita: os botões do trackpad<br />

parecem estar soltos e a ligação da fonte<br />

de alimentação na doca devia ter sido<br />

mais bem pensada. O leitor pode pensar<br />

que estou a ser um pouco exagerado nos<br />

pormenores, mas uma máquina que custa<br />

em Portugal 4499 euros (!) tem de ser o<br />

mais perfeita possível.<br />

No campo do desempenho, esta máquina<br />

é oficialmente a máquina mais rápida que<br />

passou por esta redacção. Nas nossas<br />

medições obtivemos 5187 no teste Work<br />

do PCMark e 5190 pontos no teste Home<br />

do mesmo programa. Nos testes gráficos<br />

com o 3DMark 11 obtivemos 11 440 no<br />

Firestrike e 179 732 pontos no IceStorm. O<br />

valor obtido com o Firestrike é praticamente<br />

o dobro do melhor até agora que pertencia<br />

ao computador desktop Alientech Blade<br />

Gaming. Nos testes efectuados com jogos<br />

obtivemos 123 fps no FarCry 4 a 1980x1080<br />

com qualidade Very High; o GX 700 não<br />

conseguiu executar o Metro Last Light como<br />

deve ser, mas, se extrapolarmos os dados<br />

que obtivemos, podia ultrapassar facilmente<br />

os 100 fps. O Asus GX 700 é vendido, como<br />

já dissemos, por 4499 euros, o que lhe dá<br />

direito a levar para casa o computador, o<br />

sistema de refrigeração, duas fontes de<br />

alimentação, um rato gaming Asus Sica e<br />

um headset. Tudo é entregue dentro de uma<br />

mala de protecção personalizada com a<br />

imagem ROG. O GX 700 é bonito,<br />

bem construído e é muitíssimo rápido,<br />

mas por 4500 euros consegue-se construir<br />

um computador ainda mais rápido que este.<br />

A única desvantagem é que está agarrado à<br />

secretária. Pedro Tróia<br />

A MEMÓRIA<br />

RAM DO GX 700<br />

É COMPOSTA<br />

POR QUATRO<br />

MÓDULOS<br />

DE 16 GB DDR4<br />

A 2800 MHZ,<br />

O QUE PERFAZ<br />

UM TOTAL<br />

DE 64 GB.<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 55


HARDWARE<br />

MEDIÇÕES<br />

CONSTRUÇÕES<br />

PREÇO / QUALIDADE<br />

Compacto<br />

Competente<br />

Preço<br />

Expansibilidade<br />

DISTRIBUIDORA<br />

MSI<br />

SITE<br />

MSI.COM<br />

PREÇO<br />

€898,99<br />

2,4<br />

2,6<br />

1<br />

MSI NIGHTBLADE Mi<br />

Recentemente temos assistido ao<br />

ressurgimento do PC como máquina<br />

de jogos, muito por culpa de empresas<br />

como a Valve que, através da sua<br />

marca Steam, criou um standard<br />

para máquinas de jogos a que<br />

chamou Steam Machines. Todas<br />

elas são compactas e com um<br />

design que se assemelha mais<br />

ou menos ao de uma consola de<br />

jogos tradicional. No entanto, as<br />

marcas são livres de lhes dar a<br />

forma que quiserem, como é o<br />

caso deste MSI Nightblade, um<br />

PC em formato de torre com um<br />

processador Core i5-6400 a 2,7<br />

GHz e uma gráfica GeForce GTX<br />

960 com 2 GB de memória RAM<br />

dedicada. Para armazenamento<br />

de dados há um SSD com 256<br />

GB, acompanhado de um disco<br />

mecânico com 1 TB.<br />

Esta máquina inclui ainda uma<br />

drive de leitura e gravação de DVD. As<br />

ligações frontais incluem USB 3.1 e entradas<br />

para auscultadores e microfone. Atrás temos<br />

PS/2, USB 3.1 Gen 1, USB 2.0, HDMI e Dis<strong>play</strong><br />

Port para ligação a uma TV ou monitor.<br />

PC compactos como este oferecem uma<br />

grande vantagem e várias desvantagens:<br />

a vantagem tem que ver com o facto<br />

de o cliente levar para casa um produto<br />

acabado, montado em fábrica, que inclui<br />

os componentes que a marca pensou para<br />

a sua construção; a desvantagem está na<br />

expansibilidade, que, além da memória RAM<br />

e da capacidade dos discos, está muito<br />

limitada. Por exemplo, se quiser colocar<br />

uma gráfica diferente, compra uma com<br />

uma configuração semelhante ou então<br />

arrisca-se a que a nova não caiba na caixa.<br />

A construção deste Nightblade Mi é muito<br />

boa, embora o aspecto, na minha opinião,<br />

não seja o mais apelativo. No que respeita a<br />

desempenho, esta máquina é competente,<br />

mas não brilhante. Nos testes genéricos PC<br />

Mark obtivemos 3686 no Work. Este valor<br />

fica acima da média de todos os testes<br />

que fizemos: 2872. No mesmo teste, em<br />

versão Home, obtivemos 3420, valor que<br />

está bastante acima da média que neste<br />

momento se situa nos 2399. Nos testes<br />

gráficos do 3D usámos o mais exigente<br />

Firestrike e o mais modesto IceStorm,<br />

onde conseguimos 5983 e 132 775,<br />

respectivamente. Aqui, o Nightblade também<br />

ultrapassa a média que neste momento está<br />

nos 4204 pontos para o Firestrike e nos 70<br />

291 para o IceStorm. No FarCry 4 obtivemos<br />

uma frame rate média de 26 fps e, no<br />

Metro Last Light, de 30,3 fps. Nestes<br />

dois jogos, a média é de 43,85 para o<br />

Far Cry e 33,63 para o Metro Last Light.<br />

Estes valores são explicados, em grande<br />

medida, pela utilização de uma gráfica<br />

GTX 960 que oferece menos “músculo”<br />

que outras propostas da Nvidia ou<br />

AMD. Um outro problema é o preço:<br />

898,99 euros. Francamente, para este<br />

desempenho, componentes e tipo de<br />

máquina é demais. Pedro Tróia<br />

56/ PCGUIAPLAY/2016


HARDWARE<br />

FUNCIONALIDADES<br />

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO<br />

PREÇO / QUALIDADE<br />

1,5<br />

3<br />

3,8<br />

Cumpre o que promete<br />

Interligação<br />

Preço<br />

Pequenos bloqueios<br />

DISTRIBUIDORA<br />

VALVE<br />

SITE<br />

STORE.STEAMPOWERED.COM<br />

PREÇO<br />

€55<br />

STEAM LINK<br />

Esta caixa de stream faz a ponte entre o<br />

PC e a televisão, e na maioria das vezes<br />

fá-lo com subtileza. A pequena caixa negra<br />

da Valve pode ter vindo ajudar o computador<br />

a roubar um lugar que há muito pertence<br />

às consolas: o móvel da TV. O Steam Link<br />

tem um objectivo simples que concretiza,<br />

na maioria das vezes, na perfeição: permitir<br />

usufruir da nossa colecção de jogos na TV,<br />

ao mesmo tempo que, pelo meio, nos permite<br />

controlar o computador. É muito simples<br />

interligar o PC com o Steam Link: depois dos<br />

passos óbvios (ligar à TV, ao cabo Ethernet<br />

e adicionar um rato) é só inserir o código<br />

que aparece no computador. E pronto, está<br />

a funcionar e agora podemos correr qualquer<br />

jogo na televisão, desde que o Steam Link<br />

esteja na mesma rede que o computador.<br />

As experimentar jogos como LEGO: Lord of<br />

the Rings, DiRT Showdown e Tomb Raider,<br />

a resposta do Steam Link foi exactamente<br />

como esperávamos: suave e eficaz.<br />

É agradável encontrar um produto que<br />

cumpre o que promete por um preço<br />

acessível. A aparência é bastante simples,<br />

toda em preto, muito semelhante a um disco<br />

rígido portátil, mas com uma saída HDMI,<br />

três portas USB e Ethernet. A interface é<br />

simples, intuitiva e é o único sítio onde se<br />

desliga o Steam Link, porque no exterior<br />

não existe nenhum botão. Pode fazer-se<br />

acompanhar do Steam Link para todo o lado e,<br />

como este guarda os computadores com que<br />

é emparelhado, só tem de inserir o código a<br />

primeira vez. Apesar de funcionar muito bem e<br />

de a ligação com o PC ser óptima, a qualidade<br />

e “idade” da placa gráfica, bem como a força e<br />

estabilidade da ligação à Internet são factores<br />

muito importantes. Convém que a máquina<br />

que está realmente a correr o jogo esteja<br />

equipada com um GPU. Além disso, a Valve<br />

também recomenda uma ligação de Internet<br />

estável, pelo que seguimos os conselhos<br />

e usámos um cabo Ethernet (ligado por<br />

powerline). É claro que pode usar o Steam Link<br />

com Wi-Fi, mas não é recomendado (a não ser<br />

que tenha uma norma específica).<br />

Se a gráfica ou a rede forem fracas,<br />

eventualmente existirão picos de lag e a<br />

imagem vai congelar. Durante a instalação<br />

de alguns jogos tivemos de ir ao computador<br />

e alguns pop-ups ou programas também<br />

exigiram mais atenção, mas isto porque<br />

estávamos a usar o comando. A melhor<br />

maneira de jogar através do Steam Link é<br />

mesmo com o comando e é aqui que o PC<br />

pode “roubar” tempo de antena às consolas.<br />

É óbvio que o Steam vende um comando<br />

especialmente desenhado para o Steam<br />

Link, mas também pode ser utilizado com<br />

os comandos da Xbox One e Xbox 360. Esta<br />

opção é óptima para quem não quer ter um<br />

teclado e um rato na sala. Por outro lado, há<br />

coisas que não conseguimos controlar com o<br />

comando como fazemos com o rato. Como o<br />

que usámos foi o da Xbox, não conseguimos<br />

atingir a perfeição na interactividade. Talvez<br />

o oficial corrija esta falha. Márcia Campana<br />

58/ PCGUIAPLAY/2016


HARDWARE<br />

QUALIDADE DE IMAGEM<br />

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO<br />

PREÇO / QUALIDADE<br />

DISTRIBUIDORA<br />

ACER<br />

SITE<br />

ACER.PT<br />

PREÇO<br />

€1299<br />

3,5<br />

3<br />

2<br />

Qualidade de imagem<br />

Suporta Nvidia G-Sync<br />

Preço<br />

ACER PREDATOR X34<br />

Acer, com o X34, <strong>rev</strong>ela-nos o seu<br />

A monitor de topo da gama Predator,<br />

especificamente criada para os adeptos de<br />

videojogos. Com um design curvo e formato<br />

Ultra Wide (21:9), ficamos com um ecrã de<br />

grandes dimensões - tal como o nome indica,<br />

de 34 polegadas. Este recorre à tecnologia<br />

IPS e está preparado para garantir imagens<br />

de elevadíssima qualidade (resolução<br />

UW-QHD 3440x1440 pixéis).<br />

O tempo de resposta reduzido, de apenas<br />

4 ms, torna-o ideal não só para jogar, mas<br />

também para ver filmes ou até mesmo<br />

trabalhar, algo não era aconselhável nos<br />

antigos monitores de gaming com ecrãs TN.<br />

Por se tratar de um modelo da gama<br />

Predator, este monitor conta com um visual<br />

futurista, com elementos diferenciadores.<br />

Exemplo disso é o design da base e a<br />

presença de um sistema de iluminação<br />

inferior personalizável RGB. Há ainda modos<br />

de visualização específicos para diferentes<br />

tipos de jogos, sistema de som estéreo<br />

integrado (duas colunas de 7W cada)<br />

com certificação DTS Sound e suporte do<br />

sistema Nvidia G-Sync, que permite eliminar<br />

falhas e falta de suavidade na reprodução<br />

da imagem, desde que tenha uma placa<br />

gráfica Nvidia GeForce compatível. Caso<br />

contrário, poderá sempre tirar partido<br />

do sistema de overclock de imagem<br />

integrado, que permite duplicar a taxa de<br />

refrescamento da imagem (dos tradicionais<br />

50 Hz num monitor do tipo LCD, para os<br />

100), tornando assim a imagem mais suave<br />

e linear. Apesar de se tratar de um monitor<br />

para gaming, a Acer optou pela instalação<br />

de funcionalidades que só tendem a ser<br />

encontradas em monitores profissionais,<br />

como a já referida base, que permite ajustar<br />

o ecrã, tanto em altura, como em inclinação<br />

(de -5 a 35 graus).<br />

Destaque ainda para as ligações existentes,:<br />

HDMI 2.0, Dis<strong>play</strong>Port 1.4 e um hub USB<br />

3.0 de quatro portas, particularmente útil<br />

para ligar rato, teclado e auscultadores<br />

de gaming. O preço pedido poderá tornar<br />

este monitor menos apelativo, mas está<br />

perfeitamente dentro da média dos valores<br />

pedidos por equipamentos desta dimensão.<br />

E é preciso não esquecer a vantagem de ser<br />

compatível com a tecnologia Nvidia G-Sync,<br />

que tende a encarecer significativamente os<br />

monitores suportados. Gustavo Dias<br />

60/ PCGUIAPLAY/2016


ASUS PG348Q<br />

Os monitores ultra wide que oferecem<br />

3440 x 1440 px de resolução, com um<br />

rácio de 21:9, são os ideais para mostrar a<br />

nova tecnologia de ecrãs curvos. A largura<br />

do painel é de tal forma grande que, a menos<br />

que tenham alguma curvatura, é muito<br />

complicado ao utilizador ver mais que uma<br />

pequena secção da imagem se estiver a usar<br />

o monitor numa secretária. Estas soluções<br />

são também ideais para jogar, porque<br />

permitem ter uma grande área de imagem<br />

sem que haja a necessidade de ter dois<br />

ecrãs. A Asus, por intermédio da Republic<br />

of Gamers (ROG), a sua marca de hardware<br />

para jogos, lançou o PG348Q, um monitor de<br />

34 polegadas curvo ultra wide com<br />

3440 x 1440 de resolução. Este painel traz<br />

a tecnologia G-Sync da Nvidia, que permite<br />

sincronizar a frequência do monitor<br />

com a da gráfica para minimizar<br />

os riscos de a imagem aparecer<br />

cortada. Por falar em frequência,<br />

este ROG tem a possibilidade de<br />

ser “acelerado” até 100 Hz, o que<br />

permite a obtenção de valores fps<br />

mais elevados.<br />

Este Asus tem HDMI, Dis<strong>play</strong>Port, 4<br />

entradas USB 3.0 e uma entrada de<br />

3,5 mm para auscultadores.<br />

Por ser uma máquina para jogos,<br />

a Asus deu a este monitor um<br />

aspecto muito vanguardista e até<br />

colocou uma luz que projecta o logo<br />

da ROG no tampo da secretária<br />

onde estiver o monitor. Já no campo<br />

do software, o PG348Q oferece um<br />

sistema optimização de cor e luminosidade<br />

pensado especialmente para jogos e também<br />

uma mira que o monitor coloca por cima da<br />

imagem do jogo para que dar um headshot<br />

seja mais fácil.<br />

A navegação pelos menus é facilitada pelo<br />

joystick montado na parte de trás do monitor;<br />

no entanto a grande maioria das funcionalidades<br />

podem ser alteradas por software.<br />

A qualidade de montagem do Asus PG348Q e<br />

dos materiais usados é excelente – o mesmo<br />

se pode dizer da imagem, embora em certas<br />

ocasiões haja um tom algo avermelhado<br />

no ecrã, coisa que poderá ser facilmente<br />

corrigida por software. O preço é que não é<br />

simpático: os mais de mil euros são muito<br />

“puxados”, embora um monitor não seja uma<br />

coisa que se compre todos os dias. Pedro Tóia<br />

QUALIDADE DE IMAGEM<br />

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO<br />

PREÇO / QUALIDADE<br />

Construção<br />

Funcionalidades<br />

Imagem<br />

Preço<br />

DISTRIBUIDORA<br />

ASUS<br />

SITE<br />

ASUS.PT<br />

PREÇO<br />

€1200<br />

3,5<br />

3<br />

1,5<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 61


HARDWARE<br />

FUNCIONALIDADES<br />

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO<br />

PREÇO / QUALIDADE<br />

Acabamento<br />

Funcionalidades e<br />

programação<br />

Aparência frágil<br />

2<br />

3<br />

2,5<br />

SPEEDLINK KUDOS Z-9<br />

ASpeedlink, por intermédio da<br />

sua representante em Portugal<br />

(FraggerZstuff) fez-nos chegar o Kudos<br />

Z-9, um rato vermelho e preto para gaming<br />

com nove botões programáveis, um scroller<br />

que pode ser movido em quatro direcções<br />

e um LED com 64 cores. Apesar de ser todo<br />

em plástico, o Kudos Z-9 tem uma boa<br />

construção: tanto as peças vermelhas como<br />

as pretas têm um acabamento aveludado<br />

que lhe conferem um elevado conforto<br />

de utilização. Apesar da boa qualidade da<br />

montagem, este rato pode não durar muito<br />

tempo sob uma utilização mais intensa – se<br />

for um jogador “apaixonado” conseguirá<br />

destrui-lo com alguma facilidade. O cabo é<br />

forrado a tecido e a ficha USB é banhada a<br />

ouro para garantir um bom contacto eléctrico<br />

com a entrada respectiva do computador.<br />

O sensor oferece um máximo de<br />

8200 dpi de resolução, o que se<br />

traduz numa boa velocidade<br />

de movimentos em jogos<br />

exigentes como CS:GO ou Call of Duty.<br />

Já os botões podem ser programados para<br />

o acesso rápido a funções mais complexas,<br />

em jogos que exigem sequências de<br />

comandos. Por falar em programação dos<br />

botões, este rato da Speedlink vem com um<br />

software de configuração para Windows que<br />

permite ao utilizador gerir facilmente todas<br />

as funções do Kudos. Em termos utilização,<br />

este rato é muito confortável, mesmo<br />

em sessões mais longas. Devido<br />

à saliência para o polegar que existe do<br />

lado esquerdo, o Kudos Z-9 apenas poderá<br />

ser usado por pessoas dextras.<br />

Este rato é uma alternativa válida a<br />

dispositivos mais caros e é capaz de lhes<br />

fazer alguma concorrência. Gustavo Dias<br />

DISTRIBUIDORA<br />

FRAGGERZSTUFF<br />

SITE<br />

MADCATZ.COM<br />

PREÇO<br />

€59,99<br />

62/ PCGUIAPLAY/2016


RETRO GAMING<br />

COMO<br />

A NINTENDO<br />

SALVOU<br />

A INDUSTRIA<br />

Existe, aos olhos do público mais<br />

distraído, uma noção errada<br />

de que os videojogos apareceram<br />

na geração das 8-bit. Apesar de a Nintendo<br />

Entertainment System ter marcado um<br />

grande ponto de viragem no panorama<br />

dos videojogos, esta já se insere<br />

na terceira geração de consolas.<br />

Após uma curta análise, vemos que existe<br />

uma barreira, fundamental a priori, que<br />

serve o propósito de marcar um antes<br />

e um depois, ao mesmo tempo que<br />

representa a forma de como os videojogos<br />

foram evoluindo, atingindo o patamar<br />

actual da indústria.<br />

Em grande parte, podemos afirmar que esta<br />

barreira teve a sua génese com o “grande<br />

crash” da indústria dos videojogos,<br />

que se deu em 1983.<br />

O REINADO DA ATARI<br />

Este acontecimento colocou um grande<br />

ponto de interrogação numa indústria que<br />

até então crescia a um ritmo desenfreado.<br />

O crash foi tão grande que empurrou os<br />

videojogos até ao limiar da extinção, tendo<br />

causado uma queda de perto de 97% nos<br />

lucros das editoras de videojogos da época.<br />

A queda foi tão impressionante que<br />

conseguiu levar muitas empresas, como por<br />

exemplo a Atari, à bancarrota. Até à data<br />

do crash dos videojogos, a Atari 2600<br />

era a grande vencedora de uma guerra<br />

travada entre as consolas de segunda<br />

geração, tendo atingindo a posição de<br />

consola doméstica mais popular<br />

(com cerca de trinta milhões<br />

de consolas vendidas até aos dias de hoje).<br />

No entanto, se o ano de 1983 marcou<br />

o início de uma quebra sem precedentes<br />

na indústria, 1985 viria a marcar a ascensão<br />

dos videojogos para o lugar dourado<br />

do entretenimento no qual hoje se<br />

encontram. Mas como foi a indústria salva?<br />

Qual foi a mudança que fez com que<br />

os videojogos voltassem à posição<br />

que era sua por direito? A resposta<br />

é muito simples: Nintendo!<br />

UMA CATAPULTA<br />

CHAMADA NES<br />

A Nintendo fez a sua incursão na terceira<br />

geração de consolas através da Famicom<br />

(acrónimo de Family Computer). A consola<br />

doméstica de 8-bit da Nintendo foi lançada<br />

no Japão em Julho de 1983, mas só viria<br />

a atingir o seu pináculo em 1986, ano em<br />

que chegou aos Estados Unidos da América<br />

com a designação Nintendo Entertainment<br />

System (NES). Com uma imagem retocada<br />

64/ PCGUIAPLAY/2016


face à sua congénere japonesa, a NES bateu<br />

todos os recordes estabelecidos até então<br />

no mercado das consolas domésticas:<br />

foram vendidas aproximadamente 62<br />

milhões de consolas. Foi com a NES que<br />

vimos nascer alguns dos grandes franchises<br />

da indústria, como por exemplo Super Mario<br />

Bros., The Legend of Zelda e Metroid. A<br />

consola foi um êxito gigante – em 1986<br />

vendeu mais de 1,1 milhões de unidades,<br />

tendo conquistado 73% do mercado.<br />

Nos anos seguintes, os números de<br />

consolas vendidas foram ainda mais<br />

impressionantes: em 1989 chegaram aos<br />

9,2 milhões (80 e 90% do mercado), mas em<br />

1990, já com quase 28 milhões de consolas<br />

vendidas, a Nintendo conseguiu arrecadar<br />

90% do mercado com 7,2 milhões<br />

de unidades comercializadas.<br />

A SEGA ENTRA<br />

NO JOGO<br />

As vendas de software foram também<br />

um marco. Super Mario Bros., por exemplo,<br />

chegou às 40,4 milhões de unidades<br />

vendidas e é, actualmente, o quinto jogo<br />

mais vendido de sempre.<br />

Apesar de os números não deixarem<br />

margem para dúvidas, mais duas empresas<br />

tentaram estabelecer-se na terceira geração<br />

de videojogos. A SEGA disponibilizou a<br />

Master System em 1986, nos Estados<br />

Unidos. No entanto, em grande parte<br />

por ter uma oferta menos atractiva<br />

de jogos em relação à NES, a Master<br />

System não conseguiu acompanhar<br />

as vendas da Nintendo. Isto pode ter<br />

estado relacionado com as políticas de<br />

licenciamento da Nintendo, que vinculavam<br />

exclusividade temporária em jogos que<br />

fossem lançados para a sua consola.<br />

A SEGA ficou, assim, apenas a contar com<br />

os seus próprios jogos e com o software<br />

desenvolvido pela Activision e pela Parker<br />

Brothers, o que conferiu uma clara<br />

vantagem às NES. A Atari ainda tentou a sua<br />

sorte na terceira geração com a Atari 7800,<br />

a primeira consola que permitia, sem a<br />

necessidade de nenhum add-on, retrocompatibilidade<br />

com quase toda a colectânea<br />

de jogos da Atari 2600. Apesar desta<br />

apetecível característica, a Atari pereceu<br />

face a uma NES altamente estabelecida<br />

nos EUA, mas também (e tal como a Master<br />

System) devido às políticas controversas de<br />

licenciamento que a Nintendo implementou.<br />

Em suma, com o lançamento da NES fora<br />

do Japão, a Nintendo conseguiu <strong>rev</strong>italizar<br />

a indústria e, ao mesmo tempo, ganhar<br />

a guerra das consolas de 8-bit. Carlos Vaz<br />

2016/PCGUIAPLAY/ 65


A SAIR<br />

A<br />

OS JOGOS QUE VÃO<br />

CHEGAR NESTA PRIMAVERA<br />

NOS PRÓXIMOS MESES, O MERCADO DOS VIDEOJOGOS VAI SER FÉRTIL EM<br />

LANÇAMENTOS, DESDE HITMAN A NEED FOR SPEED PARA PC OU UNCHARTED 4:<br />

A THIEF’S END, UM EXCLUSIVO PS4. UMA LISTA PARA MANTER DEBAIXO DE OLHO!<br />

MARÇO<br />

n Hitman (Xbox One, PS4, PC) – dia 11<br />

n WWE 2K16 (PC) – dia 11<br />

n htoL#NiQ: The Firefly Diary (PC) - dia 14<br />

n EA Sports UFC 2 (Xbox One, PS4) – dia 15<br />

n Marvel Battlegrounds<br />

(Xbox One, 360, PS4, PS3, Wii U, PC) - dia 15<br />

n Need for Speed (PC) – dia 15<br />

n Samurai Warriors 4 Empires<br />

(PS4, PS3, Vita) – dia 15<br />

n Sebastian Loeb Rally EVO<br />

(Xbox One, PS4, PC) - dia 15<br />

n Senran Kagura: Estival Versus<br />

(PS4, Vita) – dia 15<br />

n Dungeon of the Endless (Xbox One) - dia 16<br />

n Pokken Tournament (Wii U) - dia 18<br />

n Shantae and the Pirate’s Curse<br />

(Xbox One) - dia 18<br />

n 101 Ways to Die (PC) - dia 22<br />

n Lichdom: Battlemage<br />

(Xbox One, PS4) - dia 22<br />

n Republique (PS4) - dia 22<br />

n Trackmania Turbo<br />

(Xbox One, PS4, PC) - dia 22<br />

n The Descendant (PC) - dia 24<br />

n Samarost 3 (PC, Mac) - dia 24<br />

n Slain (PC) - dia 24<br />

n Adr1ft (Rift, PC) - dia 28<br />

n Albino Lullaby (Rift) - dia 28<br />

n Bank Limit: Advanced Battle Racing<br />

(Rift) - dia 28<br />

n Forced Showdown (PC) - dia 29<br />

n Killer Instinct Season 3<br />

(Xbox One, PC) - dia 29<br />

n MLB The Show 16 (PS4, PS3) – dia 29<br />

n Nights of Azure (PS4) – dia 29<br />

n Resident Evil 6 (Xbox One, PS4) - dia 29<br />

n Epistory (PC, Mac, Linux) - dia 30<br />

ABRIL<br />

n Assassin’s Creed Chronicles<br />

Trilogy Pack (Vita) - dia 5<br />

n Dirt Rally (Xbox One, PS4) - dia 5<br />

n Enter the Gungeon (PS4, PC) - dia 5<br />

n Quantum Break (Xbox One, PC) - dia 5<br />

n Dark Souls III (Xbox One, PS4, PC) - dia 12<br />

n Ratchet & Clank (PS4) - dia 12<br />

n Aurion: Legacy of the Kori-Odan (PC) - dia 14<br />

n Bravely Second: End Layer (3DS) - dia 15<br />

n Star Fox Zero (Wii U) - dia 22<br />

n Dungeons 2 (PS4) - dia 26<br />

n The Song of Tyrim (PC, Mac, Linux) - dia 26<br />

n Stranger of Sword City (Vita) - dia 26<br />

n Total War: Warhammer (PC) – dia 28<br />

MAIO<br />

n Battleborn (Xbox One, PS4, PC) – dia 3<br />

n Uncharted 4: A Thief’s End (PS4) – dia 10<br />

n Doom (Xbox One, PS4, PC) – dia 13<br />

n Homefront: The Revolution<br />

(Xbox One, PS4, PC) - dia 17<br />

n Mirror’s Edge Catalyst<br />

(Xbox One, PS4, PC) – dia 24<br />

n Sherlock Holmes: The Devil’s Daughter<br />

(Xbox One, PS4, PC) – dia 27<br />

n One Piece: Burning Blood<br />

(Xbox One, PS4, Vita) - dia 31<br />

MIRROR’S EDGE CATALYST<br />

ASSASSIN’S CREED CHRONICLES TRILOGY PACK<br />

HITMAN<br />

66/ PCGUIAPLAY/2016


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