O Hipnotismo - Psicologia, Técnica e Aplicação
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K A R L W E I S S M A N N — O H I P N O T I S M O<br />
características aparentes, é ilusório. É ainda e sempre produto de sugestão. O cansaço<br />
ocular é sugerido, assim como o sono subseqüente e tudo mais. Prova é que normalmente<br />
as pessoas podem permanecer de olhos abertos, quer numa leitura, que na contemplação de<br />
um objeto (que pode ser brilhante) horas seguidas, sem cair em transe e sem ressentir-se<br />
sensìvelmente da fadiga visual. A fadiga se produz em função da fé e da expectativa. O<br />
“sujet” espera, crê que vai e deve sentir os efeitos pressupostos da indução. E os sente, sem<br />
nenhuma necessidade específica de demora. No teste das mãos e no teste do balanço, para<br />
citar apenas êsses, os “sujets” respondem quase que instantâneamente. Só enquanto o<br />
hipnotista profere as instruções e conta até cinco. Uma vez estabelecidas as condições<br />
psicológicas para a indução, a demora não é apenas desnecessária, pode e costuma ser<br />
prejudicial. Nos métodos subjetivos ainda se recorre, eventualmente, ao expediente da<br />
fixação ocular com a sugerência concominante do cansaço — pálpebras pesadas, cansadas,<br />
querendo fechar etc. — porém de maneira apreviada. Conforme veremos, o “sujet” fita o<br />
objeto brilhante, o polegar ou os olhos do hipnotizador, durante um ou dois minutos, no<br />
máximo. De resto, as técnicas hipnóticas bàsicamente pouco se diferenciam umas das<br />
outras.<br />
Dentre os métodos subjetivos de indução hipnótica temos de citar, em primeiro lugar, o de<br />
Bernheim, considerado o fundador da escola mentalista, ou seja, da escola psicológica.<br />
Todos os demais métodos modernos são variantes de seu método fundamental.