O Hipnotismo - Psicologia, Técnica e Aplicação
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K A R L W E I S S M A N N — O H I P N O T I S M O 67 moderna, entretanto, é a de não conceder-lhe muita importância. É ainda comum recomendar-se ao “sujet” passar a noite em claro e chegar cansado ao consultório para a primeira sessão. Tais pacientes costumam não entrar em transe, mas, sim em sono natural durante ou depois do intento hipnótico. E já sabemos que hipnose não é sono. Nas dezenas de milhares de pessoas por mim hipnotizadas nunca levei em conta a condição prévia da fadiga. Mas como quer que seja, os autores parecem acordes que cansaço tem o seu papel no fenômeno da sugestibilidade. A hipnose pode ser (e costuma ser) conseguida ùnicamente com a sugestão verbal. Uma única palavra, proferida com a devida serenidade e convicção, vale mais do que todo um elaborado sistema de passes, mais do que todos os expedientes fisiológicos e mecânicos de hipnotização. De resto, não nos devemos esquecer de que êsses últimos atuam ainda e sempre pelos seus efeitos sugestivos, embora indiretamente. As palavras lançadas na mente do paciente transmitem-lhe os conteúdos ideativos e imaginários. Uma das vantagens dos métodos subjetivos é a grande economia de tempo. O cansaço sensorial sempre demora mais do que a sugestão verbal. Esperar cansar a vista do “sujet” significa, muitas vezês, dar-lhe tempo para pensar e mobilizar a resistência. Enquanto a produção de um cansaço físico é sempre um processo mais ou menos demorado, uma idéia costuma ser aceita, traduzindo-se em realidade subjetiva imediatamente. Já se observou que a mente de muitas pessoas se assemelha a um palheiro, que logo pega fogo, ou a um paiol de pólvora, que explode à menor ignição verbal. Nos métodos modernos, o paciente tende a participar, cada vez mais, da própria indução, fato êsse que facilita a aplicação terapêutica ulterior. Wolberg insiste em que o “sujet” marque o seu próprio passo para entrar em transe. Levando ao extremo essa recomendação, daremos, ainda mais uma vez, ao paciente demasiado tempo para analisar a tática e os propósitos do hipnotista. A técnica hipnótica, para ser efetiva, tem de assemelhar-se, de certo modo, a um expediente de atropelamento. O regime emocional que se coaduna melhor com o intento hipnótico é um misto de temor e de curiosidade, o que não exclui um clima de ampla confiança. O paciente fica em estado de expectativa. Atento ao que o hipnotista lhe explica. Não deve oferecer nem excessiva resistência à hipnose e nem mostrar muita familiaridade ou exagerada vontade de ser hipnotizado. TESTES DE SUSCETIBILIDADE As instruções dadas ao paciente sôbre a maneira exata de executar o teste devem cercar-se de certo ritual e solenidade e acompanhadas de exemplo demonstrativo. Muitos pacientes são refratários à instrução verbal, porém propensos à imitação. O TESTE DAS MÃOS Ao propor o teste das mãos, por exemplo, mostro primeiro em todos os detalhes os movimentos a serem executados. Digo : “Faça (ou façam) como eu estou fazendo. Assim, entrelaçando firmemente os dedos.” (As mãos entrelaçadas podem ser firmadas na nuca ou mantidas em cima da cabeça, com as palmas voltadas para o operador). E continuo a
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